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#Advogado trabalhista em recife
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When A Lawyer Is Needed, Start With These Pointers
Are you in need of a lawyer but don't know where to turn? Don't worry because this article contains many helpful tips and tricks for finding the right lawyer to meet your needs. Keep reading so that you can learn how to put the worry to the side and come out on top with the right attorney. Make a budget when it comes to paying for legal fees. If you contact an attorney and they are above your price range, try to find someone else. While there is nothing wrong with going a little over your budget, you do not want to choose a lawyer that you will have trouble trying to pay. Do not hire a lawyer without doing some background research. Look their name up on the Internet and talk to friends or relatives who might know the lawyer you are interested in. It is always in your best interest to choose a lawyer with an excellent reputation and good ethics. If you go to see a lawyer for any legal reason and they tell you that your case will be simple, you should not hire them. Most legal cases have a lot of things involved with them, so it is not very likely that many cases can be that easy. Make it clear up front that you would like your legal fee agreement in writing from your lawyer. This will help you avoid the surprise of an unexpectedly high bill. Make sure that all expenses and fees are itemized, so that you'll have a clear understanding of what exactly you are paying for. Specialty lawyers are more costly by the hour, but they take fewer hours to complete a specialty task. A specialist won't have to research as much as a general lawyer, saving you research fees. When looking for a good lawyer, make sure to obtain personal references. Talking to the local community that have experienced issues similar to you. For instance, if you're a victim of sexual harassment, speak with a women's group. Ask them about the lawyers they had and what their experiences were like. Figure out your budget. Although you may have a winning case, you need to consider the costs carefully. Research charges and fees of any prospective lawyers. You should also talk to potential lawyers face to face about how much you can afford and what you want to accomplish. Know that you may go over budget, sometimes. Always consult an attorney before filing a claim. A lawyer who specializes in the field will give you a better chance at winning your case. Independent research will help you somewhat, but you will never have the same knowledge as an expert in their field. Make sure to chose wisely. Where did your lawyer go to school? This alone won't decide whether you hire him, but it should be considered. If your lawyer went to a great school, it is likely that they worked hard to get there. Any mediocre school can still produce a successful lawyer, but it's nice to know where they come from when hiring them. In certain states, members of a family could get compensation if a member of that family has died while working. Worker's comp isn't just for the employee, but their family too. The lawyer will make sure no entitlements are overlooked and that the correct paperwork is filed. Check the desk of the lawyer if you are going in for a consultation. Make sure that he is neat, well-organized and clean. Also, notice his speech when you have a conversation with him. These are very good indicators of how professional he is, and how well he will present your case in court. If Advogado trabalhista em recife cannot afford a lawyer, consider representing yourself. Find a lawyer who is willing to help you prepare a good defense and give use some useful advice. Some lawyers will help you build a solid defense and bill you for a the few hours they spent working with you. Do you feel like you can better handle the selection process now for an attorney? If so, you should make sure you keep everything you've read in mind as you go about hiring yourself a lawyer. Remember that the right lawyer means better chances of winning your case, and knowing how to find the right one saves you much time.
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petrosolgas · 1 year
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1778 vagas de emprego e estágio para advogado e setor jurídico
Brusque (Santa Catarina – SC), 28 de março – O LinkedIn é uma das maiores plataformas de networking e recrutamento do mundo, oferecendo uma ampla variedade de oportunidades de emprego em diversas áreas. No setor jurídico, a plataforma já contabiliza cerca de 1778 vagas de estágio e emprego para advogados e assessores jurídicos em todo o Brasil.
As vagas estão distribuídas em diversas cidades do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre, entre outras. Essas oportunidades abrangem diferentes áreas do direito, como tributário, trabalhista, civil, empresarial e criminal, entre outras, tanto para o setor B2B quanto B2C ou outros.
Para ser advogado, é necessário possuir uma formação superior em Direito, além de deter aprovação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para obter a licença para atuar profissionalmente na área. A OAB é uma instituição cujo objetivo é regulamentar a profissão de advogado no país, garantindo a ética e a qualidade dos serviços prestados.
Um dos principais requisitos para ser advogado é manter a inscrição ativa na OAB. Para isso, é necessário pagar a anuidade e cumprir com as obrigações éticas e profissionais estabelecidas pela instituição. Além disso, é preciso manter-se atualizado sobre as mudanças na legislação e no mercado jurídico, aprimorando constantemente os conhecimentos e habilidades necessárias para exercer a profissão com excelência.
Com as diversas oportunidades de emprego disponíveis no LinkedIn, os advogados e assessores jurídicos encontram novas possibilidades de crescimento profissional e desenvolvimento de carreira em todo o país. Basta estar preparado e atento às exigências e tendências do mercado para aproveitar ao máximo essas oportunidades.
Principais vagas de emprego para advogado e assessor jurídico no Brasil
Confira, abaixo, a lista com as principais vagas de emprego que o Petrosolgas separou destinadas para advogado e assessor jurídico. Caso tenha interesse em ter acesso a todas as oportunidades, basta criar uma conta no Linkedin e filtrar os cargos pelo seu perfil.
Vagas de estágio jurídico – Reis Advocacia Empresarial – São José, Santa Catarina (SC), Brasil
O escritório de advocacia empresarial está em busca de uma estagiária para atuar em meio-período em São José/SC. O estágio tem carga horária de 05h00 a combinar e terá foco de atividades nas áreas de direito, como elaboração de petições, recursos, acordos, planilhas e relatórios, diligências, organização de documentos e consulta e acompanhamento de processos, além de realizar pesquisa jurisprudencial.
É necessário estar cursando a partir da 5ª fase de Direito e ter competências de comunicação oral e escrita. O candidato ideal deve residir preferencialmente em São José/SC. A vaga oferece uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento profissional em uma renomada empresa do setor jurídico.
Clique para se candidatar à vaga de estágio jurídico em São José, SC.
Auxiliar jurídico – CEU RH – Brusque, SC
A vaga de emprego oferece suporte aos advogados em atividades administrativas e judiciais, como elaboração de documentos técnicos-jurídicos e relatórios, controle de prazos, recepção de clientes, organização de documentos físicos e digitais, realização de pesquisas para os casos, atendimento e direcionamento de chamadas telefônicas, acompanhamento de atendimentos e audiências com os advogados.
Os candidatos devem ter experiência como auxiliar jurídico e conhecimento em informática, especialmente no Microsoft Word. É necessário ter formação completa ou em curso em Direito. A forma de contratação e os benefícios são a combinar, e o horário de trabalho também será determinado conforme a necessidade do escritório. A vaga oferece uma oportunidade de trabalho em uma equipe jurídica experiente e renomada, com possibilidade de crescimento profissional.
Clique para se candidatar à vaga de emprego de auxiliar jurídico em Brusque, SC.
ADVOGADO (A) MASTER – CORPORATIVO – VAGA PREFERENCIAL PARA MULHERES – Vale Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
A vaga de emprego é para atuar no setor regulatório de empresas de infraestrutura e mineração, elaborando peças e acompanhando demandas administrativas junto a autarquias, realizando análise de documentação, elaborando relatórios e supervisando o acompanhamento processual.
É necessário ter formação superior em Direito, OAB ativa, especialização em direito público, experiência em empresas de grande/médio porte e/ou escritórios de advocacia e conhecimento em Pacote office e inglês intermediário. A empresa oferece diversos benefícios como previdência privada, PLR, assistência médica, odontológica e farmacológica, seguro de vida em grupo, auxílio funeral, vale alimentação, transporte fretado ou vale transporte, gympass, passagens no trem de passageiros e desconto para aluguel de carros.
Clique para se candidatar à vaga de emprego de advogado no Rio de Janeiro (RJ).
Advogado(a) Jr. – Contencioso Cível – Banco PAN São Paulo, São Paulo, Brasil
A vaga é para um advogado atuar no planejamento estratégico da área gerencial do Contencioso de Varejo de Ações Indenizatórias e Revisionais. Além disso, o profissional deve realizar a análise de indicadores de desempenho, atuar em projetos de eficiência e coordenar escritórios externos em relação ao atingimento de resultados da estratégia do banco.
É necessário ter OAB ativa, ensino superior e habilidade em gestão de escritórios. O trabalho é em modelo híbrido, sendo 4 dias no escritório localizado na Av. Paulista, com disponibilidade para viagens. Os benefícios incluem bônus/PLR, vale alimentação e refeição, assistência médica e odontológica, programas de incentivo acadêmico, entre outros.
Clique para se candidatar à vaga de emprego de advogado em São Paulo (SP).
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alencarnovomundo · 3 years
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Cinco tendências em direito trabalhista para o mundo pós-pandemia | Exame
Com a adoção do modelo de trabalho remoto durante a pandemia, as novas políticas internas das empresas que passaram a adotar esse regime vieram e vêm constantemente acompanhadas da seguinte dúvida: como conduzir juridicamente essa mudança?
Com a experiência de adaptação das relações de trabalho, essas tendências para o mundo pós-pandemia mostram os riscos e as oportunidades para as empresas que instauram o home office e destacam, ainda, a importância de se buscar orientações adequadas para assegurar os direitos dos funcionários diante de um modelo novo e que requer, portanto, inovações.
A Bússola conversou com Luiz Marcelo Góis, sócio trabalhista do BMA Advogados, que destaca as cinco principais tendências em direito trabalhista no home office, a que as empresas devem estar atentas.
   1. Direito à desconexão
“O empregado controlar seu volume de trabalho é fundamental. Os excessos podem levar, inclusive, a um aumento da caracterização de doenças mentais como acidente de trabalho”.
     2. Criação de uma política global de home office
“Este ponto é interessante principalmente para empresas internacionais, que têm rotina de reuniões com funcionários em diferentes países. Nestes casos, pode-se pensar em um horário comum que coincida com o fuso-horário de todos e num regime “flex” com determinação de horários ou realidade híbrida (a mescla do virtual e do presencial)".
     3. Competências para julgamento de ações
“Se você contrata um funcionário de Recife para uma empresa de São Paulo, onde ele vai entrar com ação? Não há impedimento para contratar essa pessoa, mas a área de competência para julgamento de ações precisa ser indicada previamente”.
     4. Detecção de assédio moral
“A denúncia de assédio moral também tem validade no trabalho remoto, e os casos igualmente requerem provas, como testemunhas e comprovação de carga horária”.
    5. Dever de confidencialidade
“No home office, o empregador perde um pouco o controle de como as informações estão sendo tratadas pelos funcionários e as pessoas que com ele convivem. É importante deixar claro o dever de confidencialidade”.
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essenciajuridica · 3 years
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● AÇÕES MAIS COMUNS DO JUIZADO DE PEQUENAS CAUSAS: - indenizações por danos oriundos de acidentes de trânsito; - ações de despejo para uso próprio do imóvel; - ações de cobrança de valores que não ultrapassam 40 salários mínimos; - ações de restituição de valores pagos indevidamente por consumidores; - ações de danos materiais de baixos valores; - ações de indenização por danos em muros particulares ou imóveis. ● QUAIS AÇÕES NÃO PODEM SER DISCUTIDAS NO JUIZADO? -Ações trabalhistas; -ações de família como: alimentos, divórcios, interdições, dissoluções de união estável, inventários, arrolamentos, falências e concordatas não podem ser ajuizadas no juizado de pequenas causas. ● No Juizado de Pequenas Causas não existe cobrança de custas judiciais ou honorários sucumbenciais (aqueles cobrados no processo). A sua única despesa será com a contratação do seu advogado e os honorários advocatícios. . . . . . #timemena #consumoconsciente #direitodoconsumidor #dicas #direitos #direito #pequenascausas (em Recife, Brazil) https://www.instagram.com/p/COIiP03r-ni/?igshid=1ozocw60hprvt
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caiosilvabrasil · 4 years
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Dia do Advogado: origem e datas comemorativas da advocacia
História do Dia do Advogado e datas e nomes importantes para a advocacia
11 de agosto de 1827. Não, você não leu errado. Voltamos quase dois séculos no tempo para falar sobre o Dia do Advogado no Brasil. Voltamos para quando os primeiros juristas brasileiros começaram a se formar em um ensino jurídico também brasileiro.
Até então, todos os advogados – ainda não as advogadas, pois a primeira advogada brasileira só se formará no final do século XIX e atuará apenas na segunda década do século XX – precisavam obter seu diploma em universidades do exterior. O ensino à distância, naquela época, era à distância do lar.
Foi há exatamente 193 anos, portanto, que as primeiras faculdades de Direito brasileiras, a Faculdade do Largo do São Francisco (que deu origem à USP) e a Faculdade de Direito de Olinda (posteriormente transferida para Recife e hoje integrante da UFPE), foram instituídas por meio de um decreto imperial.
De fato, a história do Dia do Advogado nos mostra que 11 de agosto foi um marco importante para o Brasil e seu desenvolvimento pós independência e enquanto Estado-Nação, porque permitiu que os seus aprendessem e aprimorassem o ordenamento jurídico brasileiro.
A instituição das primeiras faculdades não é, contudo, anacrônica, mas bastante coerente com o momento pelo qual o país passava. Em 1822, ocorria a “independência” do país em relação a Portugal. As leis antes vigentes, portanto, eram as leis portuguesas, em um aspecto geral.
Os juristas brasileiros, até então, também formavam-se fora do país – onde, por óbvio, não se estudava a natureza do fenômeno jurídico no Brasil.
Após a independência, no entanto, o país precisa desenvolver leis novas. Códigos brasileiros surgem.
E com essa inovação vem a necessidade de profissionais que as estudem ao invés de estudarem leis externas. Surge, assim, a necessidade de faculdades de Direito propriamente brasileiras.
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Datas importantes para a advocacia
O Dia do Advogado, contudo, não é a única data comemorada pelos advogados e advogadas. São datas importantes para a advocacia também:
Dia da Pendura: o que é a famosa data em que os estudantes de Direito saem sem pagar
É difícil alguém que não conheça o Dia da Pendura. E essa data coincide com o Dia do Advogado, no dia 11 de agosto.
Embora a sua prática seja polêmica hoje, no início, ela era mais bem vista. Como comemoração pelo Dia do Advogado e a instituição das antigas faculdades de Direito, sendo a advocacia uma profissão prestigiada, muitos bares e restaurantes davam o consumo como cortesia aos estudantes de Direito. Ou seja, deixavam que eles “pendurassem” a conta
Com o tempo, entretanto, a prática tanto se popularizou quanto ganhou proporções tão grandes, que se tornou mal vista, sobretudo por esses donos de bares e restaurantes, que acabavam no prejuízo.
A prática nunca foi regulamentada por lei e, portanto, constitui uma infração de acordo com o Código Penal.
Dia do advogado criminalista e dia do advogado trabalhista
Poucos sabem, mas as diferentes áreas do Direito também possuem diferentes datas comemorativas. O dia do advogado criminalista, por exemplo, é dia 02 de dezembro. Já o dia do advogado trabalhista é dia 20 de junho.
O dia do advogado criminalista foi instituído por meio de pedido da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo, mas logou passou a ser comemorada por todo o país.
Cabe lembrar que cada área possui suas particularidades e também lutas por reconhecimento.
Dia da mulher advogada: uma conquista na profissão
Dia do advogado é também dia da advogada!
Contudo, há outra data importante que merece ser mencionada, pois carrega consigo uma história de luta por valorização no meio jurídico.
2016 foi o ano da mulher advogada. E com as ações da OAB em alinhamento ao Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada veio a definição de que o dia 15 de dezembro seria o dia da mulher advogada, uma homenagem a Myrthes Gomes.
Myrthes Gomes é considerada a primeira mulher advogada brasileira, tendo se formado em Direito em 1898, ainda que a contragosto da família. Sua atuação na advocacia, contudo, data de 1906, em decorrência do longo processo de aprovação da sua filiação ao Instituto dos Advogados do Brasil (IAB).
Hoje, os quadros da OAB contam com mais de 598 mil advogadas.
Dia de São Ivo, o padroeiro dos advogados
Além do Dia do Advogado, muito profissionais também comemoram o Dia de São Ivo, santo padroeiro da advocacia.
São Ivo foi aluno de São Tomás de Aquino, cujas teorias, até hoje, são estudadas tanto em disciplinas de Filosofia e História do Direito. Além disso, ele também se tornou bacharel em Direito Civil.
O dia é comemorado, então, em 19 de maio, data de seu falecimento.
Advogados famosos da história do Direito
Para homenagear os advogados e advogadas brasileiros e parabenizá-los pelo Dia do Advogado, é preciso também reconhecer aqueles que fizeram parte dessa história. Cada profissional tem a sua parcela de contribuição na advocacia que, aos poucos se tem construído, mas abordamos, agora, algumas figuras de advogados famosos na história do Direito Brasileiro:
Pontes de Miranda: da sociologia jurídica aos negócios jurídicos
Nascido em 1892, Pontes de Miranda foi um dos maiores juristas brasileiros. E é impossível não falar dele ao se abordar o Dia do Advogado e a História do Direito Brasileiro.
Pontes de Miranda foi um jurista excepcional, não apenas por sua produtividade – afinal, 60 volumes de um Tratado de Direito Privado não é algo tão simples de ser produzido em simultaneidade a uma carreira. Ele também marca uma visão mais abrangente e sociológica do Direito. Dessa maneira, conseguiu desenvolver uma teoria aplicável ao Direito Civil, sobretudo, que até hoje é utilizada como referência para os recentes institutos.
Aqui no blog, por exemplo, o colunista Rafael Brasil já abordou a questão da Escada Ponteana para os negócios jurídicos. Ou seja, os requisitos de validade para esse negócio através da teoria de Pontes de Miranda.
Além disso, o advogado conta com dois prêmios concedidos pela Academia Brasileira de Letras.
Luiz Gama: a luta pelo abolicionismo
Trabalhar com o Direito não é apenas executar as leis, é também batalhar pelo exercício dos direitos. E não raro, a advocacia é vista ao lado de movimentos sociais, não apenas para preservação de garantias fundamentais, mas também pelo avanço legislativo dianto de causas sociais.
Falar do Dia do Advogado, portanto, é também reconhecer o aspecto social – e o Código de Ética da OAB fala da função social da advocacia – dessa carreira. E reconhecer também advogados que fizeram parte dessa história.
Luiz Gama, filho de Luísa Mahin, mulher negra e pai branco, nascido livre, feito escravo aos 10 anos por seu próprio pai, dedicou sua vida a lutar em prol da libertação. E hoje é conhecido como um dos maiores abolicionistas brasileiros, senão o maior.
Jornalista, por meio da imprensa, manifestava-se, então, em reação à condições sociais de sua época. E frequentou aulas de Direito como ouvinte, embora nunca tenha possuído o diploma. Legalmente, possuía o direito apenas de advogar em causa própria. Ainda assim, contribuiu para a libertação de mais de 500 escravos por meio do Direito.
Morreu em 1882, antes da abolição. E veio a receber o título póstumo de advogado em 2015.
Esperança Garcia Gomez: a primeira advogada negra
Esperança Garcia Gomez, do mesmo modo que Luiz Gama, foi reconhecida advogada apenas mais de um século depois de sua morte. Em 1770, quando era, então, escrava da Instância de Nazaré, Esperança Garcia enviou uma carta ao Governador da Província do Piauí pleiteando direito de liberdade religiosa.
Em 2017, a OAB do Piauí reconheceu-a, então, como a primeira mulher advogada negar, motivo pelo qual ela também deve ser lembrada neste Dia do Advogado – e da Advogada.
Como será o Dia do Advogado de amanhã
Tanto mudou nos últimos séculos. Tanto mudou no último ano. E tanto mudará nos próximos que virão, que é difícil saber como será o Dia do Advogado no futuro. A profissão se modifica conforme a sociedade se modifica, porque o Direito é um reflexo da sociedade.
Não precisarmos ir muito longe para ver essa mudança. Talvez as gerações futuras de juristas não percebam tanto, mas o quanto o processo eletrônico impactou a vida dos advogados e advogadas brasileiros. Sem ele, talvez toda a movimentação decorrente da pandemia do COVID-19 não fosse possível. E novamente, uma outra forma de atuar se mostra.
Audiências virtuais, provas digitais, entre tantos elementos que exigem dos profissionais uma adaptação, transformam também o perfil do advogado contemporâneo. Quem é esse novo ser que se se forma e que trabalha, assim, na defesa de direitos?
É, muitas vezes, um profissional sobrecarregado, movido a prazos e atendimentos, que às vezes mal tem tempo para si. Mas em geral, também é um profissional que se orgulha daquilo que faz e de ver que o seu trabalho, por menor que seja, reflete direto na vida de outras pessoas.
Advogar, então, é viver o lado bom e o lado ruim da sociedade. É passar pelo choro, mas é sorrir com a vitória. É ver acima do bem e do mal, é defender o dever ser. E é fazer Direito, a cada dia: construí-lo, executá-lo, defendê-lo, modificá-lo, adaptá-lo, vivê-lo.
Parabéns a todos os advogados e advogadas por lutarem todos os dias pela Justiça no Brasil!
E o SAJ ADV disponibilizou um presente a vocês. Acesse, gratuitamente, as palestras do ADV Conference 2019, com dicas para o exercício da sua profissão!
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Dia do Advogado: origem e datas comemorativas da advocacia publicado primeiro em: https://blog.sajadv.com.br
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sportimagem · 4 years
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Jean Patrick alega salários atrasados e pede rescisão de contrato com Sport na Justiça Contratado como reforço para 2020, o volante Jean Patrick entrou com uma ação na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão de contrato indireta com o Sport, e a baixa do registro junto à Confederação Brasileira de Futebol. De acordo com o advogado do atleta, Filipe Rino, ele alega três meses de salários e direito de imagem atrasados, além de quatro meses referente ao depósito do FGTS. O vice-presidente jurídico do Leão, Manoel Veloso, por sua vez, diz que o clube não foi notificado da solicitação. . "Ainda não recebemos nada oficialmente. Até agora nenhum atleta me disso isso. Mas caso recebamos, só queremos no Sport quem estiver interessado de comprar a briga do Sport. Vamos sentar e conversar, se for o melhor, vamos fazer. Mas ratifico, só fica quem tiver interesse de comprar a briga. As portas da rua são a serventia da casa." . O processo de Jean Patrick, que tramita na 14ª Vara do Trabalho de Recife, tem como base o Artigo 483 da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que prevê rescisão indireta após três meses de pagamentos atrasados. O pedido não foi acatado de forma imediata porque a juíza designada para o caso, Walkíria Miriam Pinto de Carvalho, considerou necessária a "produção de provas para formação do convencimento" e, portanto, uma audiência será designada. Apesar disso, os representantes do atleta, de acordo com o advogado Filipe Rino, fizeram uma nova solicitação na tentativa de rescisão imediata, uma vez que as audiências presenciais estão suspensas devido à pandemia causada pela Covid-19. . - Pedimos a rescisão, quando entrou com a ação eram três meses de salários e imagem atrasados e quatro meses de FGTS não depositados. Pedimos uma liminar em primeira instância, foi negado por entender que necessita de uma audiência. Possivelmente, na audiência, deve rescindir o contrato com o Sport. Mas entramos com mandato de segurança no final da tarde, estamos aguardando a decisão do Tribunal. Como as audiências presenciais estão suspensas, estamos tentando o mandato para rescindir de forma imediata. Globo Esporte PE https://instagr.am/p/B_7QS_OlB_o/
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Tecnologias Avançadas A inteligência artificial da OABJuris ajuda os advogados e advogadas a aumentarem sua eficiência. Foi desenvolvido com o objetivo de aumentar as soluções do mundo em parceria com a Legal Labs, uma empresa com maior especialização em Inteligência Artificial jurídica no Brasil. #tecnologia#disrupitivo #justicadofuturo#legaltecs #startup#inovacao#direitodigital #valedosilicio#negociosocial#tmj #impactoaocial #direitodofuturo#profissionaldofuturo#thefutureofjobs #marketingadvogados #marketingdigital #marketingjuridico #inteligenciaartificial#startups #tecnologias#jurídicas#assessor #jurídico#previdenciário#civil #trabalhista#cabodesantoagostinho#recife (em Uninabuco) https://www.instagram.com/p/BwrfrXUF-UX/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=nxrk21kmmjl8
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jogopolitico · 6 years
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Conheça os candidatos ao Senado pelo Pará
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Conheça os candidatos ao Senado pelo Pará
PARÁ - PA
Benedita do Amaral (PSTU) 1º suplente: Silvio Ribeiro (PSTU)
2º suplente: Galeno (PSTU)
Benedita Duarte do Amaral, 64 anos, é natural de Belém (PA). Professora da rede municipal há 28 anos, é coordenadora distrital do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp). É servidora aposentada pela rede estadual de ensino, onde atuou por 38 anos.
Bogo (PRP) 1º suplente: Fabio Maia (PRP)
2º suplente: Keilon Coelho (PRP)
Elleri Bogo, 36 anos, é natural de Quilombo (SC). Empresário, contador e pastor, especialista em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria. Também é credenciado como instrutor pela ONU na área de empreendedorismo. Bogo é membro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Pará. Também é pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Belém. Disputa pela primeira vez um cargo público.
Coronel Osmar Nascimento (PDT)
1º suplente:
2º suplente:
Osmar da Silva Nascimento, 53 anos, é natural de Ceres (GO). Chegou no Pará em 1976, onde formou-se em Engenharia, ingressando depois na carreira militar. Em 1991, deixou o Exército para ingressar na Polícia Militar, chegando ao posto de coronel. Possui mais de 30 anos de serviço público, sendo os últimos 5 à frente da Secretaria de Saneamento de Ananindeua. É candidato pela primeira vez.
Flexa Ribeiro (PSDB)
1º suplente: Dirceu (PSDB)
2º suplente: Raimundo (PSDB)
Fernando de Souza Flexa Ribeiro nasceu em Belém, em 1945. Formado em Engenharia Civil na Universidade Federal do Pará, foi professor na mesma universidade de 1969 a 1987. Em 1990, foi eleito presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil e assumiu a presidência da Federação das Indústrias, ambos do Pará. Em 2002, obteve a primeira suplência com a eleição de Duciomar Costa para o Senado, assumindo em 11 de janeiro de 2005 a vaga deixada pelo titular. Se reelegeu senador em 2010. Como congressista, presidiu a Comissão de Ciência e Tecnologia, a Subcomissão de Acompanhamento das Obras da Hidrelétrica de Belo Monte e a Frente Parlamentar Brasil-China. Também atuou como ouvidor-geral do Senado. Nesta legislatura no Senado, é membro titular de quatro Comissões, vice-presidente da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) e 1º vice-presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
Jader Barbalho (MDB)
1º suplente: Helenilson Pontes (PSD)
2º suplente: Chamon (MDB)
Jader Fontenelle Barbalho nasceu em Belém, no estado do Pará, no dia 27 de outubro de 1944. É formado em Direito. Já foi vereador pelo MDB. Em 1971, elegeu-se deputado estadual. Exerceu dois mandatos como deputado federal, até que em 1982 foi eleito governador do estado do Pará. Foi Ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário em 1987 e, em 1988, assumiu o Ministério da Previdência e Assistência Social. Em 1991, é eleito novamente governador pelo estado e em 1995, elege-se senador, tendo atuado como líder da bancada do PMDB e eleito presidente do Congresso Nacional, em fevereiro de 2001. Cumpriu mandatos de deputado federal em 2002 e 2006. Atualmente, é senador pelo MDB e tenta a reeleição. É membro titular da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) e suplente na Comissão de Serviços de Infraestrutura e no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Jarbas Vasconcelos (PV) 1º suplente: Paracampo (PV)
2º suplente: Savanas (PV)
Jarbas Vasconcelos do Carmo, 51 anos, é natural de Santarém (PA). Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Pará. É advogado trabalhista. Atualmente, Jarbas é conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e preside a Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia. Foi eleito presidente da Ordem em 2010 e reeleito em 2012.
Prado Sá (PSB)
1º suplente: Ednaldo Tembé (PSB)
Mario David Prado Sá, 61 anos, é natural de Itaituba (PA). Formado em Direitos, já assumiu suplência da Câmara dos Deputados em 2014. Concorre ao Senado pela primeira vez.
Professor Gerson Dourao (PCdoB) 1º suplente: Maria Irene (PCdoB)
2º suplente: Catarina Katia (PCdoB)
Gerson Dourao da Costa, 40 anos, é natural de Moju (PA). Formado em Pedagogia e Matemática pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), tem especialização em Educação no Campo pelo Instituto Federal do Pará (IFPA). Atualmente é vereador e é a primeira vez que Gerson se candidata ao Senado.
Sidney Rosa (PSB) 1º suplente: Junior de Citropar (PSB)
2º suplente: Luis Mendes (PSB)
Sidney Jorge Rosa, 62 anos,é natural de Santa Tereza (ES). Administrador e produtor rural, atualmente cumpre seu segundo mandato como deputado estadual. Sidney já foi prefeito de Paragominas por duas gestões (1997-2004) e Secretário Especial de Estado, na pasta de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção. Também compõe, entre outras, as duas comissões do parlamento estadual: a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Fiscalização Financeira e Orçamentária CFFO), como vice-presidente.
Ursula Vidal  (Psol) 1º suplente: Araceli (Psol)
2º suplente: Rosa de Oliveira (Psol)
Ursula Vidal Santiago de Mendonça, 46 anos, é natural de Recife (PE). Jornalista, cineasta e ativista política, desde 1987. Estreou como locutora de rádio aos 15 anos. Em mais de três décadas de carreira, trabalhou em diversos veículos de rádio e TV do Pará e do Rio de Janeiro. Entre 2014 e 2016, produziu e dirigiu o documentário "Catadores de Sonhos" sobre a luta dos trabalhadores do Lixão do Aurá em Ananindeua (PA). Sua trajetória política se iniciou em 2014 com a candidatura a deputada estadual. Em 2016, concorreu à prefeitura de Belém, ambas sem êxito.
Wlad (SD)
1º suplente: Nega Lucimar (SD)
2º suplente: Angêlo Raiol (SD)
Wladimir Afonso da Costa Rabelo, 54 anos, é natural de Belém (PA). É empresário, cantor, compositor, apresentador de TV, político e radialista brasileiro atualmente filiado ao Solidariedade. Cumpre mandato de deputado federal pelo Pará e concorre ao Senado pela primeira vez.
Xaropinho do Povo (PPL) 1º suplente: Leny Campelo (PPL)
2º suplente: Astrolabio Santos (PPL)
Iromarto Lauriano Sobral Cardoso, 51 anos, é natural de Santarém (PA). O candidato é jornalista, blogueiro e publicitário há 30 anos. Ele passou por diversos veículos de comunicação do Estado do Pará. Cardoso participa da sua primeira eleição como candidato.
Zé Geraldo (PT)
1º suplente: Rai Moraes (PT)
2º suplente: Aparecida Igreja (PT)
José Geraldo Torres da Silva nasceu na cidade de São Gabriel, no estado do Espírito Santo, no dia 21 de dezembro de 1961. Estudou no Colégio Ginásio Valeriene, não chegando, porém, a completar o Ensino Médio. Dedicou-se posteriormente à agricultura. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1986. Foi secretário do Diretório Municipal de Medicilândia (PA) e secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Medicilândia. No ano de 1994, foi eleito de deputado estadual pelo Pará, pelo PT, reelegendo-se para o cargo nas eleições de outubro de 1998. Ainda pela legenda do PT, Zé Geraldo foi eleito para o cargo de deputado federal nas eleições de 2002, 2006, 2010 e 2014. Na Câmara dos Deputados, atualmente, é membro titular da Comissão de Minas e Energia e da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia.
Zequinha Marinho (PSC)
1º suplente: Arlindo Siva (PSC)
2º suplente: Marinho Cunha (Avante)
José da Cruz Marinho nasceu no município de Araguacema, antigo Estado de Goiás, hoje estado do Tocantins, no dia 18 de setembro de 1959.Trabalha como educador, sendo formado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Também é Bacharel em Teologia pela Universidade João Calvino e técnico em contabilidade e pós-graduado em Administração Pública pela Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter). Iniciou a sua vida política em 1992, como candidato a prefeito de Conceição do Araguaia, no Estado do Pará. Em 1994, foi eleito deputado estadual, com 7.965 votos, levando o candidato à primeira suplência pela Coligação União pelo Pará e, posteriormente, à efetivação no cargo parlamentar em 1997. Em 1998, foi reeleito para o mesmo cargo e, no ano de 2002, eleito deputado federal pelo estado do Pará. Em 2006 e 2010 foi reeleito para o mesmo cargo.
Fonte: Conheça os candidatos ao Senado pelo Pará
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DEGRAVAÇÃO DA ENTREVISTA COM O DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR  - JUIZ PRESIDENTE DA 2ª TURMA RECURSAL PERMANENTE DA PARAÍBA, SOBRE OS DESAFIOS DA MAGISTRATURA E A REALIDADE DE SER JUIZ NA ESFERA DOS JUIZADOS ESPECIAIS:
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: A primeira coisa que é preciso entender é que se trata de uma justiça diferente,  o sistema de juizado é uma outra justiça. Então tem: Justiça do trabalho é regida pela CLT, a Justiça eleitoral pelo Código Eleitoral e o Juizado Especial que é outro sistema de justiça, é regido pela Lei 9.099/95. Muitas vezes os advogados ficam querendo trazer o Código de Processo Civil pra realidade dos Juizados, mas só vem se não houver previsão na lei. O CPC é subsidiário pra tudo, quando não está previsto na lei específica. Então é uma justiça específica que no futuro, acredito que será como na Justiça do Trabalho, uma Justiça autônoma, pode ser vinculada ao Tribunal, mas com uma autonomia de julgamento, até porque já de fato, é.  Porque você hoje entra com uma ação no Juizado Especial e o processo termina na Turma Recursal. Com as criações das Turmas Recursais Permanentes deu uma segurança jurídica, de maneira que você hoje advogados, partes sabem, por exemplo: se você vai entrar com uma ação contra uma companhia aérea por atraso de voo, você já tem hoje um parâmetro porque as turmas recursais da Paraíba (são três: Uma em Campina Grande e duas em João Pessoa) já possuem entendimentos consolidados, unificando-os, inclusive em termos de valores de condenação. Então, por exemplo: Um caso do juizado de Bayeux estava dando indenização por danos morais por mau funcionamento de serviços telefônicos e nós já entendemos aqui nas turmas que isso é natural e é uma coisa que é pontual e até mesmo aqui no gabinete não tem sinal e nem por isso eu posso entrar com uma ação pedindo dano moral, e os juízes estavam concedendo, nesse sentido estamos reformando todas as sentenças que chegam com esse teor de decisão e isso está repercutindo no primeiro grau do sistema de Juizado e os juízes já estão mudando. Da turma recursal só cabe recurso para o Supremo Tribunal Federal, o que é uma vantagem para o consumidor, então a criação da Turma Recursal  permanente foi um grande feito do Tribunal em 2016, que deu uma certa segurança, pois é composta por juízes titulares, antes era rodízio, o juiz passava dois anos e depois trocava por outro por mais dois anos e não tinha entendimento consolidado, cada um pensava de um jeito e hoje tem um detalhe interessante, pois os seis juízes aqui da capital, são todos juízes bem antigos, o que tem menos tempo de serviço tem 27 anos de magistrado, são juízes experientes, com uma bagagem não só jurídica mas principalmente experiência na judicância e isso está dando uma segurança. As sessões de Julgamento das turmas já tiveram até 35 sustentações orais e isso não acontece nem no Tribunal, 35 advogados fazendo sustentação oral em uma sessão e em cada sessão tem pelo menos 10 sustentações orais, e outro detalhe, os advogados também já viram que a sustentação oral é muito importante porque nós, eu mesmo, várias vezes já mudei o meu voto, a minha minuta de voto por causa de uma boa sustentação oral que trouxe um detalhe do processo que eu não tinha observado ou que tinha escapado ou que não tinha sido analisado com mais profundidade. Então, isso tá sendo um marco na Justiça Paraibana, além da produtividade, nós em 1 e 3 meses julgamos 9.000 processos, não é fácil, não é todo lugar que consegue isso. Por exemplo, aqui na Segunda Turma Recursal, nós julgamos em 2017, em Novembro começamos a julgar os processos cujas ações foram ingressadas em 2017, no mesmo ano, a ação deu entrada em Março e já foi em Agosto, ou seja, 5 meses do ajuizamento  para a sentença do juiz e o julgamento do recurso, nesse tempo a parte teve seu direito reconhecido ou negado, depende do caso mas foi apreciado, foi dado uma decisão final em 5 meses e isso era uma coisa impensável.  Eu fui juiz de Vara cível e quando você conseguia terminar um processo em 1 ano ou 1 ano e pouco era uma grande vitória, na 10ª cível a gente até conseguia mas é muito difícil, você espera 5, 6, 10 anos por uma decisão, então o sistema de Juizado é a Justiça de hoje, de amanhã e do futuro porque é célere, dá a resposta e outra coisa, atende do pobre ao rico, é a justiça do consumidor e todo mundo é consumidor, além de que é gratuita, você pode entrar até sem advogado, que é uma facilidade para o cidadão, só o recurso é que você tem que ter advogado, se for o caso mas assim é uma Justiça que realmente tá dando uma resposta, tá dando a decisão esperada ou não pelo autor e pelas partes mas está dando a decisão e é isso que é importante. Todos nós juízes estamos empolgados com esse resultado que nós estamos tendo e motivados, porque também julgar em colegiado é muito bom, pois em colegiado não é uma decisão monocrática que só um juiz decide e pode errar, claro. Mas é principalmente, eu diria que o grande feito da criação das turmas recursais é a uniformização, a segurança jurídica e a celeridade do julgamento.
 LEX SCRIPTA: O QUE LEVOU O SENHOR A ESCOLHER O CURSO DE DIREITO?  E EM QUAL UNIVERSIDADE O SENHOR SE FORMOU?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Isso é interessante, sabia? Vou contar a história, eu era militar, oficial do exército, fiz vestibular com 18 anos para Agronomia e não cursei porque fui pro exército (NPOR) e não fui pra Areia, desisti. Fiz Engenharia de Alimentos aqui em João Pessoa, nada a ver, não tinha cursado Agronomia e pra não ficar parado aí fiz Eng. De Alimentos, estudei apenas um ano, terminei o NPOR e fui pra Recife ser Oficial do Exercito, estando lá eu transferi o curso para Engenharia Civil pois não tinha Engenharia de Alimentos lá e era meu sonho de infância ser Engenheiro Civil. Passei três anos em R   ecife, estudei Engenharia Civil na Universidade Católica pela noite, porque eu era militar e só podia estudar a noite, logo depois voltei pra João Pessoa e chegando aqui não tinha Engenharia no turno da noite e não poderia transferir o curso para a área tecnológica, pois todos era pela manhã, então eu tive que perder depois de três anos o curso de Engenharia. Um dia eu pensando o que é que eu vou fazer, queria estudar, sempre gostei de estudar, bom, uma profissão que eu acho muito bonita é a de juiz mas pra ser juiz tem que cursar direito, então eu vou fazer Direito para ser juiz, eu já fiz o curso de Direito com o único objetivo: ser juiz. Eu não queria ser advogado. Fiz Direito porque era obrigado a fazer senão não poderia ser juiz, eu brinco dizendo que fiz vestibular para me capacitar para juiz e assim foi, fiz o vestibular, passei e foi no Unipê, terminei em 1988, no meu concurso tem vários colegas que eram da minha turma de conclusão, por exemplo: na Turma Recursal que eu estou hoje, Dr. Inácio Jairo, Dra. Túlia terminaram a faculdade comigo de Direito na Unipê, essa turma foi abençoada, deu mais de quinze juízes e promotores da minha turma de conclusão que foram aprovados nesses concursos.
 LEX SCRIPTA: QUAIS FORAM SEUS MÉTODOS DE ESTUDO PARA PASSAR NO CONCURSO E QUANTO TEMPO VOCÊ ESTUDAVA POR DIA?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Isso é uma coisa interessante porque às vezes eu digo e as pessoas não acreditam porque eu era militar e não tinha tempo pra estudar.  Eu saí do exército para arrumar tempo e passei no concurso do TRT, eu só fiz dois concursos na vida e passei nos dois. Fui trabalhar no TRT, concurso de nível superior mas não era trabalho interno, era o cargo de Oficial de Justiça Avaliador, só que eu pensando que ia ter folga, não tive o tempo que achava que ia ter, porque naquele tempo eu era de uma Junta Trabalhista, que na época eram os juízes classistas e na Junta eu tinha que ir pra Pedras de Fogo, Itambé, Itabaiana, era toda a região, passava o dia trabalhando sem parar, aí abriu concurso para promotor e eu não me inscrevi porque eu queria ser juiz, todo mundo estava fazendo a ESMA e eu também fiz em 1989, todos de lá fizeram o concurso de promotor e eu não fiz porque estava num firme propósito de ser juiz e não abri mão dele. Eu tentava estudar nas horas de folga, eu era casado e tinha três filhos pra sustentar e não tinha tempo de ficar estudando muito, então eu fui estudar para o concurso, a inscrição foi em 1990 e o concurso foi em 1991. Eu estudei intensivamente três meses, porém eu fiz a ESMA, estudava em torno de duas horas por dia porque não podia mais por não ter mais tempo do que isso e possuía muito conhecimento residual, eu tenho muita facilidade em acumular conhecimento desde criança. Eu fazia as provas do colégio muitas vezes sem estudar, porque eu aprendia muito nas aulas. A ESMA foi muito importante pra mim porque eu aprendi muito lá e destaco aqui o Desembargador que na época era Juiz, Dr. Jorge Ribeiro Nobre, já falecido que foi uma fonte de inspiração pra mim, ele era um grande professor e passava muito ensinamento e eu gravava todas as aulas dele na cabeça, não tinha celular na época e ficava sedimentado, eu prestava atenção nas aulas. Se você fizer um cursinho pra concurso, vá pra prestar atenção, escreva menos e escute mais porque o que fica na memória é o que a gente escuta. Então ai eu fiz o meu primeiro concurso de juiz e passei, mas a fórmula além de estudar, hoje os tempos são outros, é obvio, a concorrência é muito maior mas eu costumo dizer que um dos maiores problemas que os candidatos tem não é nem a falta de conhecimento, todos são muito preparados, o candidato não concorre com ninguém além dele mesmo, porque sempre sobram vagas em concurso de juiz. O que eu fui Presidente da Comissão sobraram vagas, você tá concorrendo com você, com o seu nervosismo, com sua memória, então é muito importante e aqui eu quero destacar: além de estudar, é obvio que hoje o nível é muito alto, até a Ministra Carmem Lúcia fez um comentário algum tempo atrás, que teria que se rever essa questão dos concursos porque não são concursos para Juiz e sim para pessoas que sabem muito de Direito e nem sempre quem sabe muito de Direito vai ser um bom juiz, isso está provado na prática. Grandes juristas, pessoas que tem o conhecimento jurídico elevadíssimo nem sempre são bom juízes, porque tem que ter perfil, ter vocação e tem que ter prazer naquilo que faz. Um outro conselho que eu dou pra quem vai fazer concurso de juiz é controlar o sistema nervoso porque no concurso que eu fui Presidente da Comissão, uma moça que estava entre os primeiros colocados chegou na prova oral, na qual eu estava presidindo a banca e literalmente ela desmaiou e perdeu o concurso, foi reprovada, ela não respondeu as perguntas, voltou, chamou o SAMU e ela não se recuperou, travou e não conseguiu dizer uma palavra, terminou tirando zero. Do que adianta estudar demais e não ter controle emocional, você tem que fazer acompanhamento psicológico, tudo isso faz parte do conjunto de ações que devem ser adotadas pelo candidato ao cargo de Juiz, não é simplesmente ter conhecimento jurídico.
 LEX SCRIPTA: COM QUE IDADE O SENHOR TOMOU POSSE?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Tomei posse com 32 anos. Antigamente não tinha exigência de prática jurídica mas tinha de idade, era no mínimo 25 anos de idade.
 LEX SCRIPTA: QUAIS AS CARACTERÍSCAS PESSOAIS QUE UM ESTUDANTE DE DIREITO TEM QUE TER PRA SE TORNAR UM BOM JUIZ?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Um bom Juiz deve ter, acima de tudo, prazer em ser Juiz, vocação e isso logicamente se aplica ao estudante, ele tem que ter foco, caráter, tem que saber que vai ter um bom salário mas que isso não seja a motivação para ele fazer o concurso. Muita gente hoje está fazendo concurso em razão do salário, que para os padrões do nosso país é um salário bom, a questão é muito maior da segurança, advogados ganham até mais que juízes, mas a questão hoje é se sentir seguro. Você tem que acima de tudo ser vocacionado, você pode ter o conhecimento do mundo todo, pode ter vontade, mas você não será um bom juiz se não for sua vocação. É um sacerdócio, é como uma pessoa que decide ser padre, ou decide ser pastor, são sacerdócios. Ser juiz exige muita renúncia, você não pode ter mais nada além da sua profissão a não ser, ser professor, mas você não pode ter nenhuma outra fonte de renda, você tem seus finais de semana limitados, você tem suas noites limitadas, ás vezes tem que levar trabalho pra casa, geralmente tem que levar trabalho pra casa, então você vive pra isso. Se você não gostar vai ser uma pessoa infeliz e consequentemente não vai ser um bom profissional, então pra mim o fundamental é ter a vocação. Se você faz o concurso pensando em salário, em segurança, apenas nisso, você não será um bom juiz. Quando eu passei no concurso de juiz, eu fui ganhar a metade do que eu ganhava no TRT, estava trabalhando na Capital, com mulher, três filhos pequenos e passaram a ser criados no interior, Diana fez a formatura do ABC em Conceição, lá no final da Paraíba, estudaram em escola pública, moramos em casa em que as caranguejeiras subiam na parede. Serraria, Conceição, Pombal e depois Areia. Eu deixei um trabalho em que eu ganhava o dobro de um Juiz e morava na minha casa em João Pessoa pra ir pra Serraria, no brejo paraibano e depois pra Conceição que é a ultima cidade do Estado, fronteira com o Ceará, se não tiver vocação não adianta. E valeu muito a pena porque eu continuo hoje, 27 anos de magistrado, tendo o mesmo prazer que eu tinha quando ingressei na carreira e isso é outra coisa muito importante, que é se manter motivado.
 LEX SCRIPTA: QUAL FOI A PRIMEIRA COMARCA QUE O SENHOR TRABALHOU? E QUAIS FORAM OS DESAFIOS INICIAIS?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: A primeira comarca que eu trabalhei foi Serraria - PB e os desafios iniciais são normais, mas eu já tinha certa experiência porque tinha sido militar por dez anos, tinha trabalhado no TRT por nove meses, possuía alguma experiência de vida, não era tão jovem. O desafio é natural, o frio na barriga quando chega à comarca pela primeira vez, mas eu sempre fui uma pessoa muito criteriosa e quando eu passei no concurso, demoraram uns quatro meses pra ser chamado para assumir o cargo. Eu nunca tinha ido ao fórum, nunca tinha participado de uma audiência, eu me formei em Direito só pra ser Juiz, então passei no concurso do TRT e depois no de Juiz, aí passei a visitar as varas do fórum cível, principalmente e tem uma pessoa que eu reputo muito importante na minha carreira e que eu tenho como referência, o Desembargador Athayre, já faleceu também. Cheguei, bati na porta, escolhi aleatoriamente uma vara cível e fui muito bem recebido por ele, o qual me deu uma atenção especial, me mandou sentar do lado dele na sala de audiência e eu me apresentei dizendo que tinha passado no concurso de juiz e expus que não tinha noção nenhuma de uma audiência, aí ele me colocou embaixo do braço e aprendi muito com ele. Quando cheguei na comarca eu já sabia  fazer audiência de fato, porque antigamente não tinha curso como hoje tem, os juízes são aprovados no concurso e fazem um curso preparatório de três meses antes de assumir. Eu passei e quando fui empossado fui direto para a comarca, sem fazer curso nenhum e eu por minha conta tive a experiência com Dr. Athayre e que foi muito bom porque eu cheguei sabendo fazer audiência e quando fui fazer meu primeiro Júri, eu já estava em Conceição e fui pra Patos e a Desembargadora Graça, que hoje é presidente do TRE, era a juíza do Júri de Patos e eu fui assistir ao Júri com ela para aprender, então a humildade é muito importante, você não achar que sabe demais, não importa, conhecimento sem a prática não terá um bom desempenho.  Eu não tenho vaidade nenhuma e ainda hoje consulto colegas, tiro duvidas, troco ideias, isso é importante. Cheguei em Serraria mais ou menos preparado mas o friozinho na barriga é inevitável.
 LEX SCRIPTA: O QUE O SENHOR DIRIA HOJE PARA QUEM ESTÁ NO CURSO DE DIREITO COMO INCENTIVO PARA CHEGAR A CARREIRA DE MAGISTRATURA?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: O incentivo é que é uma carreira muito bonita, é gratificante, pra mim é uma das coisas mais gostosas que eu faço no dia é vir pro fórum trabalhar, adoro estar em família, lazer também mas eu não me imagino sem trabalhar e no que eu trabalho, eu costumo dizer também e brinco com isso que faço o que gosto, que o trabalho pra mim é tão bom quanto viajar, quanto o lazer e ainda sou remunerado. Poxa vida, é igual a um jogador de futebol, que joga pra ganhar dinheiro, o que é uma diversão. Você tem que ter prazer no que faz e eu tenho, adoro vir pra cá , então pra um estudante de direito na faculdade, que pensa em fazer um concurso e como eu já disse: tem que ter foco mas ele tem que saber que isso aqui tem que ser uma atividade prazerosa, ele não tem que vir ao fórum por obrigação. Eu só saio do fórum as 20h/21h, o expediente vai até as 19h e eu só saio mais tarde, eu gosto de ficar aqui, é um ambiente que me dá prazer, que me agrada, é agradável. Tal qual a minha casa, esse é um lugar que me dá prazer. A convivência com as pessoas, o estudante tem que saber que conviverá com as pessoas, os servidores do judiciário paraibano são pessoas muito capacitadas e muito boas, eu tenho grandes amizades aqui e a motivação é essa, saber que você vai fazer um trabalho muito bom e o salário é o que menos importa.
 LEX SCRIPTA: QUANTOS ANOS DE MAGISTRATURA O SENHOR TEM?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Completo 27 anos de Magistratura no inicio de Fevereiro.
 LEX SCRIPTA: ALÉM DA LEI, QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE SER UM JUIZ DE VARA CÍVEL E SER UM JUIZ DE TURMA RECURSAL?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: As diferenças são enormes. Eu era da décima vara cível e juiz de vara cível, vou tentar resumir em duas palavras e depois eu desenvolvo. O juiz de vara cível trabalha “enxugando gelo” e o juiz integrante da turma recursal trabalha com “entrega rápida”, o resumo seria isso. O de vara cível está ali, o acervo é muito grande, bem como o de juizado também, porém o sistema de juizado, as particularidades, a lei própria é uma lei que dá uma celeridade processual que eu não sei porque ainda não evoluiu, não aumentou esse limite dos 40 salários mínimos, porque você vê a eficácia da sua decisão. Em uma vara cível, além do volume de processos e da carência de pessoal, tem cartórios aqui com três servidores, é uma coisa inadmissível, então ás vezes você dá a decisão e só cinco meses depois chega na parte porque o cartório não consegue cumprir, a vara cível é sobrecarregado, trabalha muito e se você não tiver um método de trabalho em que você faça uma gestão processual que foi o que nós fizemos na vara cível,  eu consegui deixar o cartório com zero processos conclusos mas foi um trabalho hercúleo e de equipe, eu não consegui sozinho, foi toda a minha equipe de assessores e estagiários, conseguimo fazer um trabalho com gestão, separando os processos repetitivos e você pega-os tendo em vista se tratar de decisões idênticas, a chamada tac e tec, matérias repetitivas, julgávamos em lote, era a mesma sentença praticamente, mudava só o nome das partes e isso ia fluindo mas mesmo assim na vara cível, a própria lei processual dificulta o trâmite e você tem a frustração de saber que o processo não vai acabar ali, vai pro Tribunal de Justiça, vai pro STJ, enfim demora muito. Na turma recursal é outra história, como já falei, nós julgamos em 2017 processos que foram ajuizados em 2017 e isso é uma coisa fantástica, é o que faz você ter motivação para trabalhar. Eu me sinto bem quando eu julgo bem e quando a decisão sai em tempo hábil, de maneira que é o meu gol, o meu gol é julgar rápido e fazer com que a parte receba o seu direito ou não mas que receba uma decisão, do que esperar anos e anos a fio.
LEX SCRIPTA: QUAIS OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA MÍDIA EM SUA PROFISSÃO?
DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Eu não me preocupo com mídia, eu não tenho preocupação nenhuma com mídia, ela pode entronizar você hoje e demonizar amanhã e você tem que está ciente disso e não se deixar encantar, não ouvir o canto da sereia quando você estiver fazendo algo que a mídia está elogiando, porque amanhã essa mesma mídia pode estar criticando, é o papel da mídia esse. Defendo a liberdade de imprensa, desde que não ataque a minha honra, eu aceito críticas, podem criticar decisões minhas não tenho problema nenhum. E nesse momento que o país está vivendo, onde existem críticas das decisões desse julgamento que teve agora do ex-presidente Lula, críticas à decisão do juiz, críticas à decisão do TRF e elogios e a gente vive disso, a imprensa vive de vender notícia. Existem os sensacionalistas que só querem vender o que é ruim e geralmente o que dá mais notícia é o que é ruim, tem que ter crime, tem que ter sangue para as pessoas assistirem, isso é do ser humano mas a mídia não me afeta em nada, inclusive eu respeito muito, o contraditório, inclusive até quando me criticam pois é o papel deles, e é bom que se tenha imprensa livre porque é uma forma de frear porque você só receber elogio é perigoso, a crítica constrói.
 LEX SCRIPTA: QUAL SERIA A POSTURA IDEAL A SER UTILIZADA POR UM JUIZ DIANTE DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO  A EXPRESSAR SUAS OPINIÕES PESSOAIS?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Veja bem, existe um liame, uma linha tênue entre o que é pessoal e o que pode ser utilizado pro seu lado de julgador, esse é o cuidado que o juiz deve ter. Por exemplo as redes sociais, eu adoro rede social mas eu não expresso opiniões politicas em rede social, apesar de eu ter, eu sou cidadão, tenho o direito de gostar ou deixar de gostar de político A ou B, de partido A ou B, agora eu não exponho isso nas redes sociais porque como juiz eu posso ter que amanhã estar julgando. Teve até um caso de um magistrado que lá atrás tinha feito críticas ao ex-presidente Lula e depois ele teve que julga-lo em uma decisão desfavorável a ele, eu não acredito que isso tenha influência mas  “não pega bem”, as pessoas comentam, ás vezes as pessoas esquecem que nas redes sociais tem muitas pessoas  que vão ver aquilo que se está escrevendo. Eu evito fazer comentários principalmente políticos, jurídicos apenas alguns posicionamentos e com toda a cautela, sempre penso muito no que eu vou postar pois amanhã pode vir uma questão daquele tema e eu não poderei julgar, então eu tenho esse cuidado de não expor, não deixar o cidadão José Ferreira Ramos Júnior entrar na seara do Juiz José Ferreira Ramos Junior, esse cuidado eu tenho sempre.
 LEX SCRIPTA: QUAIS SÃO AS REGRAS BÁSICAS PARA UM JULGAMENTO?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Primeira coisa é a imparcialidade, você tem que julgar o fato e não a pessoa, baseado nas provas dos autos, porque ás vezes você vai julgar uma pessoa que eu achava extremamente antipático e que realmente era e que eu tive que julgar favorável, julguei de “dente trincado”, mas julgo porque eu tenho que ser justo. Pessoal, corrupção desvio de conduta não é só receber vantagem pecuniária, na hora que você deturpa o direito deliberadamente para atingir uma pessoa que você não gosta, por exemplo: eu nunca tive problema nenhum com advogado mas ás vezes pode acontecer de ter um advogado que você tenha um bate e boca em audiência,  o qual não respeitou o ato da audiência em si, eu não posso tomar uma atitude de me vingar, porque eu não estarei prejudicando o advogado e sim a parte, ainda que a parte seja chata também você não pode deixar influenciar o seu julgamento porque você está cometendo um desvio de conduta, você estaria cometendo um ato falho, a primeira coisa é essa, imparcialidade total. Eu vou fazer 27 anos de magistrado e nunca me averbei suspeito de nenhum processo, nunca foi necessário, teve um advogado em Campina Grande que fez uma representação contra mim na Corregedoria porque eu marquei uma audiência em uma ação de despejo, porque não era previsto no Código e ele exigia que eu revogasse, eu fiz um despacho bem simples, respeito o seu entendimento mas a minha decisão é essa e pronto, porque eu gosto de uns despachos meio (...).  E ele disse que eu tinha sido desrespeitoso e continuei no processo mesmo com a representação contra mim e foi favorável a ele, eu não me abalo com isso, com esse tipo de atitude, não saio do processo com facilidade.
 LEX SCRIPTA: EM SUA OPINIÃO O QUE DEVE SER FEITO PARA QUE A POPULAÇÃO SINTA O PODER JUDICIÁRIO MAIS PRÓXIMO?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Eu noto que a população nunca sentiu tanta liberdade, tanta proximidade, eu diria até uma certa intimidade com o Poder Judiciário como nos tempos que nós estamos vivendo, com as transmissões ao vivo as quais eu defendo mesmo, é muito importante porque o cidadão está vendo o que está acontecendo. Independente de resultado, esse julgamento do TRF do ex-presidente Lula foi uma forma diferente de julgar, os votos foram colocados de forma esclarecedora e em uma linguagem que o povo entende, os Desembargadores tiveram um cuidado muito grande e foram brilhantes, não estou falando do teor da decisão, pouco importa pra mim a decisão, tenho minha opinião, mas eu não estou me referindo a decisão deles se foi certa ou errada, foi certa porque toda decisão de um juiz pra ele é certa, pode não ser pras outras pessoas e por isso existe recurso. Mas estou me referindo a forma como eles se portaram, com equilíbrio, segurança, serenidade, proferindo os votos de uma forma tão palatável e de fácil entendimento para o cidadão comum, eu fiquei encantado, dando exemplos práticos para que as pessoas entendessem, abrindo mão do “juridiquês”. Nunca o cidadão esteve tão próximo do Judiciário como está agora e o segredo é justamente esse, transparência. O cidadão tem acesso as decisões, tem o CNJ que foi um grande avanço para o Judiciário porque tem as metas e tudo é divulgado. E o segredo para que o juiz também colabore com isso é ser transparente. Nas sessões da nossa Turma Recursal nós somos extremamente transparentes e eu até diria que um pouco descontraídos, convido a todos para assistirem, todas as terças e quintas no turno da tarde. A oralidade predomina, não existe formalismo, a linguagem que falamos é simples, popular, nós falamos de Direito mas na língua do povo, na língua do cidadão comum. Eu quando era juiz no sertão e chegava aquelas pessoas humildes, aqueles agricultores pobrezinhos, tremendo, nervosos, sentava na cadeira e colocavam os cotovelos na mesa e o que eu fazia com essas pessoas era começar a falar do tempo, perguntava se tava tudo bem, perguntava da safra, conversando de assuntos totalmente diversos, criando uma conexão e a partir desta era criado um laço de confiança daquela pessoa e quando eles relaxavam aí eu começava a tratar do processo. Eu deixava o clima bem descontraído, de forma que as coisas fluíam e com isso eu consegui fazer uma justiça melhor, porque eu recebia a informação da testemunha de uma forma segura, olho no olho, você sabe quando a pessoa está falando a verdade. O segredo é tratar bem e se fazer acessível, porque o juiz não está em um pedestal, a justiça não é algo inalcançável, é uma forma do cidadão buscar o direito dele.
 LEX SCRIPTA: O SENHOR ACREDITA QUE A IMPARCIALIDADE EXISTE OU É APENAS UM IDEAL INATINGÍVEL? COMO DEIXAR NOSSOS PRECONCEITOS E CONVICÇÕES DE LADO PARA JULGAR?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Não é fácil isso, eu brinco dizendo que não existe imparcialidade, porque na hora que você julga, você tomou partido por uma parte mas é só uma brincadeira. A imparcialidade é fundamental, antes do julgamento, porque na hora do mesmo você irá tomar partido por uma parte, não pelas suas convicções pessoais e sim julgar de acordo com os autos. Eu não julgo as pessoas, julgo as provas e os fatos que estão no processo, o segredo da imparcialidade é este. Eu já absolvi um traficante, porque naquele processo especifico não tinha nenhuma prova contra ele, eu não estou julgando fulano de tal e sim o processo, agora se eu for condenar, vou analisar os agravantes mas eu não posso sem ter provas concretas, condenar aquele cidadão por ouvir dizer.
 LEX SCRIPTA: O SENHOR PODERIA NOS RELATAR UM CASO JURÍDICO QUE MARCOU SUA VIDA?
 DR. JOSÉ FERREIRA RAMOS JÚNIOR: Tem vários mas teve um interessante, eu sou evangélico e em uma das comarcas que eu passei, houve um crime em que as testemunhas apontaram como um dos mandantes um padre e a polícia pediu a prisão do padre, e eu decretei a prisão do padre e foi um reboliço, aqui em João Pessoa, a imprensa caiu em cima, justificando minha atitude porque eu sou evangélico e eu prendi a pessoa que foi acusada do crime, não estou olhando se ele é padre, se fosse pastor eu teria decretado do mesmo jeito e eu acho que decretei a prisão de um pastor também uma vez, ou seja, não importa se ele é padre, pastor, político, médico, o que seja, o que importa é o que ele está sendo acusado e foi um reboliço danado mas não me afetou em nada porque eu estava convicto do que tinha feito. E teve outro caso, que foi o mais peculiar da minha carreira que eu estava substituindo um juiz na comarca de Pocinhos, isso em 1998, uma ação muito simples, de cobrança, a mulher vendia produtos Avon, e vendeu o perfume “toque de amor” e um batom, o preço era equivalente hoje a quarenta reais e chegamos a audiência de conciliação, chegando as partes, a devedora justificava dizendo que não podia pagar porque era manicure e disse que ganhava 5 reais para fazer as unhas, aí na hora me deu um estalo, perguntei a credora se ela fazia as unhas e ela afirmou que fazia 1x por semana, pagando 5 reais por semana, e eu propus que a devedora pagasse a divida fazendo as unhas da credora, ficou 10 unhas por 4 reais, em 2 meses e meio, fazendo toda semana. E as duas entraram em consenso e pra mim esse foi o acordo mais importante que eu fiz na minha vida e eu até me emociono quando falo.
 FIM
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Advogado Trabalhista Novo Hamburgo
No Brasil, para ser advogado, é preciso ter o título de graduação como bacharel em Direito, e estar regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A inscrição nos quadros da OAB é obtida mediante prévia aprovação no Exame de Ordem, uma prova instituída por lei (Estatuto da OAB - Lei Federal 8.906/94, art. 8º, inciso IV), que é realizada pela OAB em todo o país, três vezes ao ano. Em 2006, de acordo com o Ministério da Educação, existiam 1.066 cursos de Direito no Brasil. Veja citação on line do ano de 2007 [3]
A criação dos cursos jurídicos, uma exigência da conjuntura em face da independência nacional, era uma decorrência inevitável da militância liberal. Em 1825, o imperador instituiria, por decreto de 9 de janeiro, o ensino dos cursos jurídicos na cidade do Rio de Janeiro, regido pelos estatutos elaborados por Luís José de Carvalho de Melo, Visconde da Cachoeira. Este curso, entretanto, não chegou a ser inaugurado. A questão foi retomada pelo Parlamento em 1826. Um projeto de nove artigos, assinado por José Cardoso Pereira de Melo, Januário da Cunha Barbosa e Antônio Ferreira França, que receberia várias emendas, transformou-se na Lei de 11 de agosto de 1827, ano de fundação da Faculdade de Direito de Olinda, depois transferida para Recife, hoje vinculada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, atualmente vinculada a Universidade de São Paulo (USP).
Rui Barbosa, patrono dos advogados brasileiros Os bacharéis não podem ser inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se não forem aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.[4]
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Para ser aprovado no Exame de Ordem, deve acertar o percentual mínimo de 50% das provas objetivas (questões com quatro alternativas onde apenas uma deve responder a questão dada); e obter nota mínima de 60% em prova de caráter subjetivo (uma peça processual privativa de advogado, valendo 5 pontos e 4 questões subjetivas, cada uma valendo 1,25 ponto, totalizando o máximo de 10 pontos).[4]
O Advogado que seja civilmente julgado incapaz está impedido de advogar.[4]
O Advogado que comete muitos erros em seus pleitos judiciais (troca de peças jurídicas, de procedimentos, e erros crassos), sendo representado junto à OAB, ou sendo de conhecimento público (Processo Administrativo ex-officio) responderá a Processo Administrativo com o fim de ser impedido de Advogar.[4]
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