Tumgik
soueuseoul · 9 years
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90% das vezes em que contei para conhecidos que iria fazer Intercâmbio na Coréia, ouvia em seguida: “qual delas?” acompanhadas ou de uma risadinha sarcástica ou de um tom de legítima preocupação.  Não, não fui fazer intercâmbio na Coréia do Norte (imagino que se isso é possível, só com nacionalidade russa ou chinesa, mesmo com o Brasil tendo representação diplomática no país), nem passei um final de semana em Pyongyang (apesar de hoje em dia isso ser possível, á preços exorbitantes, através de agências de turismo especializadas http://www.koryogroup.com/ ) mas tive minha aventura nas terras de Kimzinho.
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Não é segredo para ninguém que o Norte é a maior pedra no sapato do Sul: enquanto a pauta de reunificação parece estar mais distante á cada nova geração de coreanos que nasce acostumado com a idéia de um país dividido, o governo de Seoul faz de tudo para que a atmosfera de ameaça nuclear do seu “irmãozinho briguento” seja minimizada o máximo o possível. E não é a toa: á cada teste militar ordenado por Kim Jong Ul, as ações de quase todas as empresas coreanas despencam e o sonho de uma nota de Benchmarking mais elevada é posto fora de negociação. Ainda existe uma ilusão de que a coréia é um lugar perigoso de se investir. A solução: sedimentar o conflito tornando ele um patrimônio turístico.
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Existem hoje na Coréia do Sul  4 empresas autorizadas que oferecem tours guiados á buffer-zone da fronteira, ou DMZ (Demilitarized Zone), e até mesmo á JSA (Joint Security Area), o único ponto em que soldados sul e norte coreanos se encaram e a ultrapassagem da fronteira é permitida para negociações. A brincadeira é cara (77 dólares para o tour da JSA, uma vez que os soldados que te protegem são pagos para estar ali), burocrática (o passaporte deve ser enviado com 48h de antecedência para avaliação e deve ser mostrado pelo menos 3 vezes aos soldados á medida que se atravessa o lugar, apenas 3 pontos são autorizados para se tirar fotos dentro da DMZ) e desgastante (o tour demora 7h, apenas 30 minutos são da JSA de fato, o resto é orientação, almoço, circular pela DMZ tendo aulas extremamente parciais sobre a história da Coréia). Mas olha, se você gosta de história, vale muito a pena.
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A primeira parada é Imjingak, a última estação de trem antes da fronteira e último ponto em que civis podem chegar sem autorização (o tour da JSA e DMZ é proibido aos cidadão sul-coreanos). Existe um observatório onde por binóculos é possível ver os primeiros pedaços de terra da Coréia do Norte (todos montes pelados, uma vez que a matriz energética do país ainda é o carvão e os recursos naturais são escassos). Também aqui são feitas as homenagens aqueles que tiveram as famílias separadas e não podem mais atravessar a fronteira, de modo que a região ganha ares de muro de Berlim
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Do observatório também é possível ver os destroços da Gyeongui Train Line, destrúida pelos próprios sul-coreanos durante a guerra para impedir os avanços do norte e a Freedom Bridge, atual meio de conexão entre Seoul e a zona desmilitarizada para além do rio Imjingak (que dá nome á estação). A locomotiva que estava cruzando a ponte também é exposta como memorial ao conflito.
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Á partir desse ponto, dois soldados sul-coreanos passam a nós acompanhar e todos os nossos movimentos são observados. Todos devem assinar um termo de responsabilidade (roubei uma cópia extra como souvenir) e fotos só são permitidas em pontos pré-determinados, com checagem aleatória de câmeras.
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Passamos pelo vilarejo que existe dentro da DMZ. SIM, existem coreanos que moram dentro da fronteira. São agricultores subsidiados pelo governo sul-coreano cujos descendentes moravam na região antes da divisão. Os coreanos que lá vivem não pagam impostos e recebem um salário adicional, mas só podem sair da zona em momentos pré-determinados e tem suas casa checadas diariamente por soldados para verificar se suas famílias ainda tem o mesmo número de pessoas. Como o vilarejo não possui High School nem Universidade, as crianças que ali moram devem escolher aos 15 anos se vão ficar trabalhando na lavoura ou ir junto com suas mães estuda em seoul (os pais jamais devem deixar de residir nas casas, dó contrário perdem o patrimônio), podendo regressar apenas ao fim de seus estudos. Do outro lado também existe uma vila, porém falsa,  onde ninguém vive e as edificações são pintadas e por onde anos os Norte-Coreanos emitiram ondas de rádio e TV com propagando Kimilsungnista. Se me perguntarem um lado é tão irreal quanto o outro.
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Chega o grande momento: o edifício do outro lado já é a coréia do norte. Mas pera, cade os Norte-coreanos?
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Vamos só dizer que eu não tive muita sorte…  Os soldados Norte-coreanos só aparecem em maior número quando existem visitas do outro lado, mas mesmo assim fomos advertido inúmeras vezes para não apontar, acenar ou fazer qualquer tipo de movimento que pudesse ser gravado e posteriormente usado como propaganda negativa em relação ao ocidente.
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A fronteira em si: a parte em concreto é o norte e as pedrinhas são o sul.
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Dentro da sala de negociação, o microfone é o divisor oficial entre o norte e o sul. Tivemos exatos 7 minutos para tirar as fotos, o que explica o desespero das pessoas na foto em tirar selfies.
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Mas quem resiste, né? Rumores dizem que só os soldados mais saudáveis e altos são escalados para esta posição na tentativa de impressionar o outro lado.
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No final todos são levados para uma parada obrigatória: o gift shop (!), onde todo o tipo de tranqueira com o logo da DMZ e emblemas estadunidenses e sul-coreanos é vendido. Bandeiras da Coréia do norte, por lei, não podem ser comercializadas, mas acabei trazendo uma lembrancinha:
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100 wons Norte-coreanos pela bagatela de 3000 wons Sul-coreanos; e você ai reclamando do câmbio do dólar.
"O Sul mais ao Norte" ou "O Norte mais ao Sul"
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soueuseoul · 9 years
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"Chaebol has it all" ou "O Shampoo da LG"
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Chaebol (재벌) é o termo utilizado para se referir as gigantescas empresas de origem familiar da Coréia do Sul (Chae significa "fortuna" e "bol"  significa clã), muito similares aos Zaibatsus japoneses. LG, Samsung, Hyundai e outros são nomes conhecidos mundialmente por sua excelência em produtos de determinadas áreas como computadores e automóveis, mas na coréia estes ganham uma proporção muito mais elevada.
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Fortemente subsidiados pelo governo desde os anos 60, em uma tentativa de reerguer o país no pós-guerra, estas empresas expandiram nos últimos 25 anos de forma global, mas mantiveram no país de origem uma forte presença. De construção civil á cosméticos, de alimentos á serviços bancários, de restaurantes á lojas de roupas: empresas que jamais imaginaríamos se envolver com os mais diversos tipos de negócio são os campeões nacionais aqui em quase tudo. 
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Olhando quase todo empreendimento de sucesso na coréia é possível encontrar a mão de um de esses conglomerados, o que não é tão diferente de nossa realidade (quantos produtos do nosso dia-a-dia não tem a mão da Unilever, por exemplo?). No entanto, nem se quer existe uma maquiagem para criar a ilusão de competição: tudo tem a marquinha deles e esta em si tem valor de mercado pois existe um orgulho de consumir o produto nacional e de certo modo dar suporte ao país. 
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O grupo Lotte, apesar de práticamente desconhecido no ocidente, talvez seja o mais assustador de todos no sentido de multiplicidade de produtos e serviços: Bancos, Hotéis, Shopping, Grife de roupa, Centros empresariais,Lanchonete fast-food (genialmente chamade de "Lotteria") e até um gigantescos parque temático subterrâneo (o maior do mundo) chamado Lotte World. Ás vezes a impressão que dé é estar dentro de uma grande Lotte city.
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As surpresas são muitas para quem vem desavisado. Outro dia descobri que meu prédio inteiro havia sido construído pela empreiteira da Hyundai, incluindo a tecnologia das fechaduras eletrônicas e dos elevadores. Quase cai para trás quando descobri que o e-mart, uma das maiores redes de supermercado do país e onde vou toda semana comprar pão é propriedade da Samsung. Os donos da Coréia tem nome, sobrenome e endereço.
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soueuseoul · 9 years
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"Entre Oppas e Sexy Ladies" ou "Gangnam"
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O nome ficou conhecido internacionalmente pelo hit do cantor PSY há alguns anos atrás, mas nem todos sabem que Gangnam (강남) é na verdade o bairro mais representativo da prosperidade econômica de Seoul, onde todas as lojas de grife, boates de luxo e inclusive as sede da Hyundai e Samsung se localizam. A música do PSY em si é uma crítica ao estilo de vida opulento dos moradores do local: "Oppa" (오빠) significa homem mais velho e atraente (similar ao "senpai" japonês", se ajudar a entender melhor), portanto, "Oppa Gangnam Style" significa basicamente "O boy é coxinha" em carioquês.
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Apesar do constante clima de ostentação que rola no lugar, especialmente nas casas noturnas como Octagon e Ellui (as maiores de toda a Ásia) onde o consumo de álcool e frenético e estrelas do K-Pop e de K-Dramas festejam com seus amigos em suntuosas áreas VIP, dá para tirar uma casquinha do lugar sem acabar com suas economias. A maioria dos clube tem dias selecionados nos quais a entrada e franca para a área da plebe (apesar de já ter entrado de penetra na VIP mais de uma vez) .Além disso,  todos os clubs permitem que você entre e saia do lugar quando bem entender: como lojas de conveniência é a coisa que mais existe na Coréia, dá para curtir seu Soju com babosa do lado de fora tranquilamente.
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Para os fãs de arquitetura moderna, o lugar também é interessante: esse prédio é a antiga sede da Hyundai, referência em termos de design,  fica bem no centro do bairro, próximo ao igualmente interessante templo budista Bongeunsa e o COEX Mall, o maior shopping subterrâneo do mundo.
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É possível encontrar também empreendimentos curiosos no meio do oceano de Porches e Ferraris que é o lugar, a foto acima, por exemplo, tirei no Pierrôt Stricke, um boliche/pub/discoteca todo em Neon que surpreendentemente não custava os olhos da cara.
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 Os turistas chegam no lugar procurando hordas de pessoas galopando em ternos colorido podem ficar meio frustrados; Gangnam surfou na notoriedade inesperada do videoclipe por um tempo, mas existe uma ambivalência entre o desejo de ser global e a figura caricata desenhada por PSY. Existe de fato a estátua na foto que abre o post, e a melhor parte: quando se pressiona um botão na estrutura a música começa a toca. É difícil resistir a tentar improvisar a coreografia, mesmo com o olhar de censura de alguns coreanos da alta-burguesia. No mais, há um esforço em trocar a imagem de PSY por uma de real sofisticação. 
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soueuseoul · 9 years
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"O riacho que desafoga a cidade" ou "Cheonggyecheon"
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Poucos lugares em Seoul são tão bonitos e inspiradores quanto as margens do Cheonggyecheon (청계천), um afluente do Rio Han (한강) com 10km de extensão que corta a parte antiga da cidade (Jongno and Dongdaemun). Simplesmente um dos maiores parques públicos da coréia bem ao lado da sede de suas maiores empresas e centros comerciais. Quem olha para esse símbolo de prosperidade e serenidade não imagina que  a menos de 11 anos atrás o lugar era uma grande rodovia.
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Cheonggyecheon como conhecemos foi inaugurado em 2005, como parte de um controverso empreendimento de revitalização urbana do centro da cidade, estimado em quase 1 bilhão de dólares. Toda a área em que hoje se encontra o rio havia sido soterrada em 1958, alguns anos depois da guerra da Coréia, para a construção de uma grande highway que, á época, era símbolo do progresso e dos esforços do país renascido das cinzas para entrar no mundo da industrialização. 45 anos depois a edificação era implodida e em 2 anos o parque abria suas portas, considerado como um dos projetos urbanísticos mais bem sucedidos da história.
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O Parque também serve de espaço para muitas demonstrações artísticas e culturais. Tirei a foto acima durante o Lotus Lantern Festival, um dos muitos eventos em torno da vigília do aniversário de Buddha (25 de Maio). Neste dia, várias lanternas coloridas  retratando as alegrias da chegada do mestre são expostas ao longo do riacho enquanto músicas típicas podem ser ouvidas ao fundo.
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Exposições de arte são lugar comum ao longo do caminho, e como o rio em si fica situado em torno de 5 metros abaixo do chão é difícil ouvir businas ou qualquer outro barulho do lado de fora. Tem uma quietude de cidade do interior.
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Alguns coreanos me afirmaram que a água é potável. Apesar de ela ser cristalina,  preferi não arriscar. Perguntei se no calorzão do verão o pessoal dava um mergulho na ribanceira, eles riram da idéia e disseram que seria muito inconveniente para os outros. É idéia de brasileiro mesmo, mas que fiquei tentado fiquei.
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soueuseoul · 9 years
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"Hiking, Praia & Ajummas" ou "Existe vida fora de Seoul"
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Desde que cheguei na Coréia ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer o que existe para além da capital, de modo que logo aceitei quando meus amigos propuseram uma roadtrip até Sokcho, uma cidade de pescadores na costa leste do país. O plano era tomar um ônibus até Seoraksan National Park e trilhar 20km até a cidade costeira, pernoitando no próprio parque, hábito que é paixão nacional dos coreanos. Todo final de semana verdadeiro batalhões de Ajummas [아줌마] e Ahjussis [아저씨], apelidos carinhosos para senhores e senhoras de meia-idade, figuras icónicas do folclore urbano coreano, marcham em direção as dezenas de parques nacionais do país para fazer hiking e acampamento, todos devidamente uniformizados com roupas esportivas de cores vibrantes, viseiras e grandes mochilas.
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Depois de 3 horas de viagem de ônibus que surpreendentemente estava bem aquém da qualidade dos ônibus intermunicipais do Rio ou mesmo do excelente sistema de metrô de seoul (além de relativamente caros), chegamos no parque nacional. infelizmente descobrimos que a rota que queriamos fazer estava fechada em função da temporada de incêndios. Decidimos então fazer uma rota menor, de apenas 10km e seguir para Sokcho com outro ônibus.
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A trilha em si foi incrível, o parque era bem conservado e o cenário de montanha não deixava nunca o caminho ficar sem graça, sem contar as Ajummas que se divertiam com a nossa presença inusitada, ensaiavam um inglês meio rocambólico e em um momento maravilhoso dançaram musica eletrônica com a gente. O tempo também estava coolaborando o bastante para que pudéssemos dar um mergulho no rio que cortava o parque. Fizemos um picnic e visitamos alguns templos budistas ao longo do caminho.
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Chegando em Sokcho, fomos agraciados com um por-do-sol incrível e apesar de a cidade em si não ter muito atrações noturnas (rodamos o lugar inteiro e não tinha um bar decente numa sexta-feira a noite, deus abençoe o Soju e as lojas de conveniência 24h), nos divertimos com o hábito local de soltar fogos artifícios caseiros na orla. Depois de uma sessão de cantoria no Noraebang local, fomos tomar um banho num jjimjibang e dormir por lá mesmo ( sempre a opção mais barata, dormir no chão é o que há).
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No dia seguinte fomos conhecer a cidade, primeiro a torre de Sokcho, a figura mais icônica da cidade.
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Em seguida a praia de Sokcho: meu primeiro mergulho no mar do Japão (ou mar da Coréia, como eles preferem dizer). A estação de praia não tinha começado oficialmente, mas não pude deixar passar a oportunidade, nem que ao custo do estranhamento de alguns coreanos.
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Por último, e talvez o que tenha valido mais a pena, foi a visita ao Naksansa Temple, um dos maiores e mais antigos  templos budistas da coréia. As estátuas e altares foram os mais imponentes que vi até agora.
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#d
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soueuseoul · 9 years
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"K-Cristianismo"ou "Kristianismo"
Como eu disse algumas vezes em posts passados, a Coréia do Sul não possui um grupo religioso majoritário. A população é composta por uma pluralidade de pessoas sem afiliação religiosa (46%) e parcelas significativas de budistas (23%) e cristãos em suas mais variadas formas (27%). A presença do segundo grupo, no entanto, é bem estridente e com certeza uma das coisas que mais me causou estranhamento e mal-estar no país. É lugar comum encontrar nas ruas pequenos grupos de homens e mulheres idosas e evangélicas protestando aos berros contra algo (geralmente a presença de estrangeiros que "denigrem"a integridade do país ou contra a união homoafetiva) ou mesmo tentando recrutar novos seguidores na frente de templos budistas (?!). Crucifixos em neon fazem parte da vista de quase toda Seoul. Até ai, nada que que não se veja no Brasil também de algum modo (vide Edir Macedo, Pastor Everaldo, etc, etc), o que causa espanto é a velocidade do crescimento e a popularidade que a religião tem nos jovens, que vêem no cristianismo uma forma de se ocidentalizar (algo meio paradoxal com as reinvidações dos mais velhos). Ser cristão para alguns tem status de ser "cool" e a missa aos domingos tem um pretexto de socialização. 
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Curioso, decidi visitar a barriga da fera, a Igreja do Evangelho Pleno, ligada à ilha de Yoido, um bairro nobre em Seul, conhecido como o maior templo pentecostal do mundo. A estrutura é realmente impressionante, o prédio principal acomoda simultaneamente 3 cultos em espaços dignos de shows de K-Pop enquanto os anexos abrigam centros de estudos da bíblia e escolas dominicais. 
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A entrada é aberta a todos, alguns inclusive fazem peregrinação para cá e dormem em trailers que ficam em um estacionamento do lado de fora (não que seja algo muito difícil, haja vista o tamanho da coréia).
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Uma vantagem de se ouvir uma missa em coreano é não entender (e se revoltar com) o que é dito e se focar na devoção e emoção dos que participam. Câmeras filmam o culto para a televisão e uma orquestra com mais de 15 músicos fora o extenso coral acompanham as palavras do sacerdote.
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Existem camarotes envoltos em vidro para convidados especiais com televisores, petiscos e bebidas (suponho que não-alcoólicas). O vestido das assistentes é particularmente curioso, lembra muito os trajes tradicionais coreanos (Hanbok) e pouco tem de ocidentais. Os assistentes masculinos usam um terno branco e gravata laranja.
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Os cantigos eram todos em coreano, de modo que não entendi muito além do "Amén" e do "Obrigado, Senhor", mas possuíam uma melodia clássica. Nada do estilo Gospel Black famoso nas periferias dos EUA.
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Uma coisa que achei interessante, e realmente não tenho idéia se algo similar é feito nas Igrejas protestantes no Brasil, é a possibilidade de direcionar a causa para qual o pagamento do dízimo será utilizado, dependendo da cor do envelope no qual se põem a contribuição.
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Ao final da cerimônia, muitos dos jovens presentes se reunem e vão aproveitar o resto de domingo nos grandes parques de cerejeiras da região. Parecem felizes, muitos ostentam adornos do crucifixo nas roupas e nas jóias. Não é a toa que o cristianismo cresce como fogo em palha seca no país: em uma sociedade que o senso de comunidade  é tão importante, igrejas como essa criam rapidamente o senso de pertencer a algo importante. O que é ensinado nesses ambientes é o que mais me preocupa: os jovens sorridentes que saltitam para um dia de primavera depois da missa de hoje serão aqueles que estarão falando atrocidades com um megafone na rua amanhã e construindo a Coréia do futuro. O que é o cataclisma nuclear comparado á isso?
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soueuseoul · 9 years
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"A Monja e o Internacionalista" ou "Dormindo com Buddha"
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Alguns dias atrás tive a oportunidade de passar a noite no Monastério Budista Jingwansa como parte do treinamento de um trabalho voluntário que estou realizando aqui em Seoul.  A idéia era ter um intensivo de 36h seguindo exatamente a rotina das monjas do templo: a meditação, a dieta sem carne, as vestimentas, a oração, as palestras sobre budismo, tudo. Era uma oferta irrecusável, não só por ser de graça para os voluntários (e consideravelmente caro para pessoas que faziam o mesmo individualmente), mas por oferecer um olhar mais profundo em uma religião que sempre me despertou curiosidade. Na verdade, me incomodava bastante o fato de, por mais que seja praticado por mais de 500 milhões de pessoas (o que representa quase 9% da população mundial), o Budismo ser encarado, de forma geral no ocidente,  como exoterismo barato, algo entre o horóscopo de jornal e o yoga da academia, não uma religião "de verdade"( o que quer que isso signifique). Na Coréia, a competição entre o budismo e o cristianismo é bem séria: em torno de 45% da população são ateus enquanto 18% é protestante, 10% Católico e 23% Budista.A maior concentração de cristão em centros urbanos onde o crescimento é o maior do mundo (tenho que falar sobre esse fato assustador qualquer dia) e muitos são criticos ferrenhos ao budismo. Minha mentora contou me contou que a mãe dela a havia proibido de fazer essas estadias em templos budista com amigas com medo de que ela se convertesse.
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O monastério fica em Seoul mesmo, em uma região um pouco afastada e bastante bucólica, cercada por 9 montanhas que, segundo as monjas, provem a segunda melhor energia para meditação de todo o país. Algumas pessoas tomavam a trilha do templo para fazer hiking, uma paixão nacional da coréia com a qual não compactuo. 
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Chegando lá fomos orientados a trocar nossas roupas pelas vestimentas do templo, as mesmas usadas por monges e monjas no início de seu treinamento. Em seguida, fomos apresentados a monja que nós guiaria em nossa estadia, Seo-hyeon, uma jovem senhora com um inglês meio rocambólico mas muita energia.
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Foram muitas as lições dela: desde o princípio Budista de se fazer presente a cada momento e ser feliz agora (e não em uma vida posterior), até a busca pelo fim do desejo em suas muitas formas como o fim do sofrimento (incluindo o próprio amor romântico). Um dos momentos mais marcantes talvez tenha sido ouvir a história pessoal dela: antes de ser monja era uma biocientista de algum renome e, após a morte da irmâ mais nova entrou em crise sobre o valor da vida em face da morte. Quando optou pelo sacerdócio e abdicou de todos os seus bens os pais choraram, a deserdaram e ela nunca mais os viu. Fato que nunca a impediu de sorrir e nutrir respeito aos pais.
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As refeições eram um espetáculo á parte: Apesar de carne, peixe e os ditos "Temperos pungentes" (que incluem cebola e alho) serem proibidos de todas as refeições sob a alegação de atrairem pensamentos raivosos e desequilibrados, a comida era bem gostosa. De fato, descobri depois que  Jingwansa é famoso pela qualidade da culinária das monjas. 
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O mesmo recinto usado para as meditações e cerimônias é onde as monjas (e nós) dormimos. No chão mesmo. E vou te contar que é até bom, já que na coréia o aquecimento vem do piso e fazia uma noite fria lá fora. Tivemos que dormir 9h da noite, já que pela rotina do templo o despertar é as 3h da manhã.
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Uma das coisas que mais concordei na rotina do templo: o desperta é um momento de silêncio. Ninguém deve dizer bom dia ou nada do gênero na primeira hora após acordar pois os primeiros momentos após o sono são aqueles em que  estamos em maior contato com nós mesmos, mais desconectados do mundo material, perfeito para reflexão. Quando a monja  nos despertou pontualmente ás 3 da madrugada com seu sino de madeira para os rituais matinais, arrumamos a sala sem fazer nenhum barulho.
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O primeiro ritual matinal é o mais intenso: as 108 prostrações. De acordo com Buddha, existem 108 modos de se desvirtuar do dito caminho do meio. Para se ver livre destes, os praticantes do budismo fazem uma reverência total até o chão para cada uma delas, ao som dos respectivos ensinamentos de Buddha (lido, para nós, em inglês).É exigido certo ritimo e o esforço físico junto com as palavras de conhecimento tem com certeza algo de transcendental (ou no mínimo aeróbico).
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Meditação também fazia parte do treinamento: 30 minutos imóveis, com a luz apagada, sem dormir (com o risco de levar um tapinha com a vara de bambu da monja), apenas fazendo o esforço de esvaziar a mente.
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No geral, foi uma experiência inesquecível. Não é para os fracos, mas com certeza me fez repensar sobre uma ou duas coisas que estavam fora do lugar. 
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Não sei se particularmente seria um budista. Quem sabe um pouco de história sabe que o budismo é passível de ser pivô de horrores dantescos como qualquer outra religião (Myanmar/Burma tá ai para provar isso), de modo que eu particularmente evito me associar de modo mais profundo á qualquer uma delas. O que não quer dizer que não houve simpatia. Muito do que ouvi fez bastante sentido e faço o convite para tentarem fazer o mesmo, se tiverem oportunidade semelhante.
Namastê
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soueuseoul · 9 years
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"Um Legado Olímpico" ou "2016 tá ai, viu?"
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1988 foi um ano histórico para Seoul. Mais do que simplesmente sediar os jogos olímpicos daquele ano, a cidade vinha apresentar para o mundo (ainda imerso nos impasses da guerra fria) como a Coréia, após a tragédia de sua  divisão de quase 40 anos antes e mais de 30 anos de regime ditatorial, estava pronta para ser um modelo de superação para o mundo. O país vinha mostrar que "tinham dado certo" e "chegado lá"  e nada melhor do que um mega evento para provar isso, não é? ( soa familiar?)
De um modo ou de outro, as Olimpíadas de'88 estão no imaginário coletivo coreano como um momento de glória: o chamado "milagre do Rio Han" estava á pleno vapor, a economia se abria amplamente ao exterior e um sopro de esperança para a reunificação entre as Coréias surgia em meio á movimentos estudantis. O legado do ano pode ser para sempre revisitado no Olympic Park: Um gigantesco complexo onde os jogos foram realizados que, além de manter a memória do evento, ainda é espaço para competições esportivas, shows musicais, galerias de arte, picnics e museus históricos.
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No centro do complexo, a chama olímpica continua acesa,mesmo debaixo da leve chuva que fazia no dia em que visitei
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Um grande mural no centro do parque expõem o quadro de medalhas do evento e o nome daqueles que a conquistaram. Á título de curiosidade: o Brasil levou 6 medalhas. Apenas 1 delas foi de ouro, no Judô.
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Mascotes geralmente são uma das partes mais flopadas e embaraçosas e toda Olimpíada. O tigre Hidori até que não fez tão mal o seu papel, inclusive alguns adornos dele ainda podem ser vistos em algumas estações de metrô de Seoul e até já vi capinha de telefone e T-money comemorativo dele. Na foto de baixo ele usa um Hanbok, traje típico coreano.
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O museu em si tinha  5 andares diversas alas que falavam de diversos aspectos do evento de forma interativa, desde as competições em si até o impacto socio-político causado.
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Não que todas as informações estivesse assim muito acuradas... 
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Também tive a oportunidade de assistir (de graça) o campeonato regional de Handbol feminino que estava sendo jogado em um dos centros poli-esportivos do parque. Foi engraçado, até líder de torcida eles tinham.
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O parque também é ótimo para passeios á seu aberto, picnics e passeios de bicicleta. Nessa época do ano também é ótimo lugar para ver as cerejeiras desabrocharem.
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A visita vale a pena, nem que seja para o friozinho na barriga para o ano que vem...
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soueuseoul · 9 years
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"Comos os coreanos dizem adeus" ou "Sabor de saudade"
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Hoje tive certamente uma das experiências mais únicas da minha estadia na Coréia, e provavelmente uma das mais curiosas. O avô da minha mentora. Dae Su, havia falecido dois dias atrás, de modo que a própria teve que desmarcar um compromisso comigo em função disso. Obviamente disse que não havia problema e tentei ao máximo dar algum consolo. Qual não foi minha surpresa que na manhã seguinte Dae Su me convida para o funeral.
Á princípio estranhei e perguntei se não haveria problema em comparecer uma vez que não conhecia o falecido nem os costumes de uma ocasião como essa. Dae Su negou dizendo que fazia parte da tradição coreana fazer da morte uma grande festa de despedida, chamando os amigos e quem mais desejasse para a partida do espírito para o outro plano, em rito chamado "Bibimbap" (비빔밥). Sendo assim, confirmei minha presença.
Chegando ao lugar marcado, logo se avistava uma grande fila de homens e mulheres entoando canções melódicas em coreano e em certo ponto, já dentro do templo, fazendo reverência á uma grande urna no centro de um altar florido com a foto do avô de Dae Su.
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Um mestre de cerimônia proferiu algumas palavras em coreano, e uma dezena de sacerdotes vestidos de preto nos conduziram para o local exterior onde proferiram alguns cânticos e executaram uma espécie de dança em torno da urna fúnebre. Foi uma visão impressionante de se acompanhar.
Quando o rito terminou, todos os convidados se alinharam de frente para a urna. Perguntei á Dae Su o que estava acontecendo e ela respondeu que este era o ápice da cerimônia, o chamado "Makgeolli" (막걸리)  em que todos deveriam prestar sua homenagem ao falecido ingerindo um pouco das sua cinzas para que seu espírito continuasse em parte vivo dentro deste mundo, guiando os que ficavam para trás.
Fiquei incrédulo, mas de fato todos os convidados estavam se agachando e recolhendo os restos mortais em um copo plástico e engolindo-os em meio á uma prece. Em um primeiro momento achei que só os mais próximos deveriam participar do rito, mas na verdade todos os presentes estavam convocados. Na minha vez na fila, suspirei fundo antes de cometer o pequeno canibalismo. Nem foi tão ruim. Tinha gosto de galinha.
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soueuseoul · 9 years
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"Semprelândia" ou "Orlando não tá com nada"
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Pessoalmente, já tive minha cota de parques temáticos. Quando criança e adolescente ia á Florida com alguma regularidade e até já fui em parques na Califórnia e na Europa. No entanto, seria difícil conter minha curiosidade em ver de perto como a Coréia interpreta um dos lugares mais fetichezados em seu imaginário sobre o Ocidente: os números gigantescos de turistas coreanos nos parques temáticos do Walt Disney World quase só ficando atrás dos brasileiros e japoneses comprova isso.
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Na verdade, fica difícil entender o porque de irem tão longe:  a Coréia possui uma grande quantidade de parques temáticos nacionais de qualidade. A grande Seoul sozinha possui 4. Dentre as opções escolhi Everland, o maior e mais tradicional (fundado em 1976) dos parques, apesar de ser o mais afastado do centro (demorou em torno de 1h40 de metrô para chegar ao complexo).
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Pode ser coisa de gente de RI, mas só de olhar em relance ao mapa você sente que a geopolítica está em todo lugar: enquanto os parques do ocidente em geral tentam simular ambientes de aventura em lugares "exóticos" como o Caribe, as florestas amazônicas, os safaris africanos ou mesmo a própria Ásia, aqui o ambiente á ser desbravado é o próprio ocidente. Enquanto o Área "America Adventure" tenta fazer um pastiche de tudo que os EUA representa, desde os drive ins dos anos 50 até um brinquedo que simula á chegada de Colombo ao continente americano, o European Adventure faz um esforço para trazer um ar do velho mundo para a montanhas russa com temas suiço e os restaurantes com frases em francês (com ruídos culturais muito divertidos para quem vê de fora).
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Nada de castelo da Cinderela: a primeira coisa que avistamos ao entrar no parque é um grande  teatro onde é possível assistir shows holográficos das principais sensações do K-Pop (nominalmente (PSY, 2NE1 e BIGBANG).
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Cometi o erro de ir em um sábado para o parque, o que significa que ele estava absurdamente cheio (curiosamente, mais com jovens casais e idosos em excurções do que com crianças). A média de espera para cada brinquedo era de 70 minutos, mas não demorou muito para eu e meus amigos descobrirmos o macete: bastava entrar na filas de "single riders" (aquelas para pessoas desacompanhadas completarem os carrinhos) que eramos os primeiros á entrar no brinquedo. Aparentemente, ir ao parque de diversões na coréia é mais uma atividade social á ser compartilhado do que propriamente pela emoção do brinquedo.
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 Fui pego de surpresa por uma atração do filme Rio no meio do parque (no meio da "European Adventure, vai entender).
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Pororo, o desenho coreano que só perde em populridade para a Hello Kitty, também estava presente no parque. Tem cota nacional na diversão, sim :) 
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Brinquedos radicais eram os mais populares.O meu favorito, de longe foi o T-express, cuja foto abre esse post. A montanha russa de madeira, a segunda maior do mundo e é patrocinada pelo T-money. De longe minha atração favorita , fui duas vezes.
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O parque também abriga um zoológico, o segundo maior da coréia, com tigres, leões, ursos, macacos e afins. Eles tinham um pequeno safari disponível, mas a fila não vale a pena.
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Como eu disse, tentam ser USA, mas algo dá errado (ou muito certo) no caminho (e eu adoro).
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soueuseoul · 9 years
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"Café com o que?" ou "Um capuccino, um playmobil, um siamês e a conta, por favor"
Já havia mencionado antes a quantidade absurda de coffe shops que existem em Seoul, no quarteirão do meu apartamento tem pelo menos 3 que clamam ter "o verdadeiro café parisiense" ou o "best american coffe", mas não vim aqui falar de qualquer genérico de Starbucks. Com a febre das cafeterias em alta na Coréia, aparentemente impulsionada por uma das novelas mais populares da história do país ("Coffe Prince"), negócios locais foram forçados a inovar para se manterem competitivos, dai surgiram os que eu chamo de "Cafés-qualquer-coisa": estabelecimentos onde o ato de beber o café é figurativo as outras atividades do local.
Dog Café, Board Game Café, K-PoP Café, Study Café, Zoo Café, Sheep Café (Sim, fazer carinho em Ovelhas de verdade), Doll Café, Onesie Café, Habok Café (para beber café com a vestimenta tradicional coreana), etc. Todo esses lugares existem e propõem servir exatamente o que anunciam em seu nome: café e alguma outra coisa muito aleatória.
Listo aqui 3 das minhas experiências com "Cafés-qualquer-coisa" :
1) Hello Kitty Café
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O Hello Kitty Café, localizado no coração de Hongdae (um dos centros de maior atividade noturna da cidade), é uma enorme casa pink tão kawaii por dentro quanto por fora. E o café cor-de-rosa que servem é tão superfaturado quanto você imagina que seja.  
Apesar de ser japonesa, Hello Kitty ainda é uma sensação gigantesca na Coréia. Tudo, de T-money á band-aid, de bonecas á calcinhas, pode ser adquirido em Seoul com a cara dela (e provavelmente pode ser adquirido no grande gift shop anexo ao café), portanto nada mais natural do que a existência desse lugar.
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Os mimos são muitos. As xícaras possuem a cara da Hello Kitty estampada e é possível agendar cafés-da-manha com as personagens. É uma overdose de fofura que beira ao ridículo, isto é, se você já não estivesse na coréia e esse tipo de coisa já não fosse normal.
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Se a Hello Kitty é um gato de verdade eu ainda não sei, mas uma coisa é certa: nunca achei que fosse ver tanto rosa na minha vida. 
2) Lego Café
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Na verdade ele se chama "Get & Show Café", e eles também trabalham com Playmobil e Mega Blocs, mas esse não é o ponto.
Localizado em Hapjeong (um verdadeiro triãngulo das bermudas dos "Cafés-qualquer-coisa"), o estabelecimento é até agora o meu favorito. A id��ia é bem simples: Você escolhe um café e um pequeno Lego Set e monta ali mesmo. A brincadeira toda não é nenhum absurdo, em torno de 9,000 won ( 8 dólares) por tudo, e você ainda pode levar o lego para casa!
Outros destaques são os chocolates em formas de blocos e bonequinhos de lego que eles servem e o pequeno museu de criações próprias da casa.
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O Squirtle lindo que eu fiz <3
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Sailor Moon <3
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O único perigo é se engasgar com as peças enquanto bebe o café.
3) Cat Café
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Uma das incontáveis variáveis dos cafés "faça-carinho-em-um-bicho-enquanto-bebe-seu-frapuccino-de-caramelo".Já tive notícias de café com cachorro, ovelha, coelho, Hamster e até cavalo, mas esse foi o precursor dos outros e portanto um clássico.
Existem muitos cat cafés espalhados pela cidade.O que fui também era em Hapjeong, mas encontrar um é mais fácil do que comprar meias em Seoul.
A quantidade de gatos em sua volta é absurda: todos mansos, com unhas constantemente aparadas e, o mais impressionante, sem nenhum cheiro. Eu realmente não tenho idéia de como conseguem manter esse lugares tão limpos e perfumandos com pelo menos 40 gatos em volta.
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A popularidade do café com bichinhos é facilmente justificável: com habitações urbanas cada vez mais compactas, fica difícil para o coreano médio ter animais domésticos, valendo mais a pena pagar para fazer um carinho neles de vez em quando do que arcar com as responsabilidades de ser dono.
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soueuseoul · 9 years
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"T-Money makes Korea goes round" ou "O Bilhete único que vale mais do que cartão de crédito"
As pequenas maravilhas tecnológicas da Coréia ainda me pegam desprevenido de vez em quando. Sejam os robôs que te cumprimentam na porta de algumas lojas, ou os telefones públicos touchsreen da samsung espalhados por algumas ruas (que permitem video-chamadas gratuitas de até um minuto), tem sempre coisinhas que te levam á crer que o futuro do passado não está tão longe. 
Mas de todas as diminutas inovações, a minha favorita, e possivelmente a mais útil, é o T-money. Em princípio, o T-Money nada mais seria do que o nosso bilhete único: tem a função original de servir tarjeta recarregável para o transporte público da cidade. Indo em guichês eletrônicos (na coréia não tem nenhum ser humano para te vender passagem em nenhuma estação), é possível comprar ou adicionar crédito ao seu T-money cards para que se possa transitar pela cidade. Nenhuma novidade, mas as semelhanças acabam por ai.
Para começar, lhes-apresento meu T-Money :
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Sim, é possível ter seu T-money card como chaveiro de telefone. Existem vários modelos, já vi coreanos com edição especial da Hello Kitty e até de times de futebol (o urso polar era o único modelo disponível na primeira estação em que embarquei, mas passei a gostar dele).
Estética, no entanto, não é a única vantagem do T-money.
Com ele é possível pagar uma quantidade absurda de serviços. O primeiro choque: Táxi. Sim, Táxi (que aqui inclusive é bem mais em conta), uma super mão na roda para quando se volta da night, nunca tenho que me preocupar com troco. 
Vários cafés e lojas de conveniência também aceitam, algumas, a 7-eleven inclusive, oferece descontos para quem paga suas compras com T-Money ao invés de dinheiro. O soju e a passagem já saem por conta do T-Money. Vending machines em todas as estações também aceitam o apetrecho
Alguns modelos de telefones coreanos também permite que crédito de ligação em telefones pré-pagos  seja adquirido pelo simples contato do T-money Card.
A maquina que emite os documentos administrativos da faculdade aceita T-Money para as taxas de emissão, bem como a que emite os tickets para o restaurante universitário (SIM, O D.A.R. E A TIA DO BANDEJAO SÃO ROBÔS AQUI, vide foto abaixo) 
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Quando chegou minha carteira de estudante, nem foi tão grande a minha surpresa ao descobrir que além de este ser chave de acesso para a biblioteca, cartão de débito e crédito da conta universitária e cupom de desconto registrado para os principais museus da cidade, ele também era nada mais nada menos do que... T-Money!
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Como quase tudo na Coréia, T-money is bigger on the inside.
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soueuseoul · 9 years
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"Disneilândia da Guerra" ou "Uma festiva lamentação"
Quando se pensa na Coréia quase automaticamente fazemos associação com imagens do trágico conflito que dividiu o país em dois. A mais sangrenta guerra civil da história recente e quase prelúdio de uma terceira guerra mundial deixou marcas profundas não somente nos coreanos, mas em tudo do que pode ser chamado de “comunidade internacional”. De fato, a guerra passou a ter um lugar quase mitológico para ambos os lados do paralelo 38, questionamentos sobre as respectivas histórias oficiais são mal-vistos e comentários exaltados sobre a perversidade alheia são comuns. Isto sem nem mencionar o pavor silencioso de um cataclisma nuclear (todos os metrôs de seoul possuem abrigos de chumbo).
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 Em grande parte vim para essa viagem com o intuito de entender melhor o que aconteceu em 1945 uma vez que o conflito (perpetuado até hoje, haja vista que o status atual entre as Coréias é apenas de cessar fogo e nenhum tratado de paz foi assinado) é marco para muito do que venho pesquisando para minha monografia. No entanto, acho que nada do que eu tivesse lido anteriormente teria me preparado para a visita que fiz ao War Memorial. Não que algo fosse propriamente inesperado: estava ciente que seria apresentado á uma versão bem unilateral da história e á relatos intensos e emocionantes de sobreviventes e tive exatamente isso.  A Statue of Brothers, cuja foto abre este post, ilustra bem esse lado do passeio: Um tenente sul-coreano abraçando seu irmão mais novo, um soldado norte-coreano fragilizado, enquanto o chão abre aos seus pés. No seu interior, pinturas ilustram os horrores da guerra em um estilo similar ao Guernica de Picasso (foto abaixo).
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O que me pegou desprevenido em minha visita foi a proporção e método de narrativa da história. O museu é todo automatizado, com bonecos animatrônicos, cinemas 4D, Simuladores de tiro, mascotes coloridos representando as forças armadas e grandes tanques de guerra para se tirar selfies: a tristeza da guerra ás vezes ficava ofuscada pelos ares de disneilândia, mesmo com os túmulos dos soldados ao lado. Interessantíssimo na mesma medida.
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O que ficou claro logo de cara era o esforço para fazer com que a juventude se interessasse pelo que se apresentava, todas as exposições eram interativas e de algum modo tentavam se moldar ao suposto gosto infantil. Uniformes em miniatura do exército sul-coreanos eram vendidos no gift shop. Os atos heróicos dos soldados, seu triunfo apesar de todas adversidades e a crueldade dos líderes norte coreanos eram exaltados á exaustão com muitos jogos de luzes e fumaça. Literalmente. Vale lembrar que entrada para o museu é gratuita e visitá-lo ao menos uma vez é parte obrigatória do currículo escolar coreano.
O filme 4D que assiti (um dos 4 que o museu possui) foi por si só um episódio á parte. No papel de piloto da aeronaútica sul-coreana, os visitantes são coordenados pelo General MacArthur á, em conjunto com as tropas da ONU, reconquistar a ilha de Incheon do domínio do Norte. Sim, Douglas MacArthur. O General megalomaniáco que ativamente comandou os maiores massacres da histórias do Japão e das Filipinas. Na minha frente. Em 3D. Me dando ordens. Quem faz Relações Internacionais sabe que foi difícil não conter o riso de nervoso.
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Apesar do maior foco do museu ser a guerra dá Coréia, o museu pretende ser um monumento á todas as guerras que o país participou. Existem extensas exposições sobre a guerra do Vietnam, bem como das guerras dinásticas da Coréia feudal, entre outras.
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Foi um misto de fascínio e espanto o passeio inteiro, mas acho que não deveria esperar menos. Basta uma pequena pesquisa sobre a história da Coréia para saber que guerra sempre foi um elemento constante da sua história: Chineses, Japoneses, Soviéticos, Estadunidenses, todos querendo um pedaço da pequena penísula. Práticamente uma polônia asiática (só que com mais sangue quente para ir á guerra).
Mais algumas fotos:
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E essa daqui vai para quem estudou política externa brasileira da era Vargas e quer dar uma risadinha:
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soueuseoul · 9 years
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"Valentine's day everyday~" ou "Coreanos também amam"
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Coreanos são românticos, não tem como negar.
Dos restaurantes fast food que oferecem descontos para casais ao curioso hábito de namorados usarem roupas iguais para mostrar que estão juntos (sério, isso acontece, look it up), toda a sociedade parece voltada para a idéia de estar junto com alguém. 
Será por causa dos ares da paixão do Leste asiático? Talvez. Será pelos esforços governamentais de reduzir a queda da natalidade? Provável. Será por causa dos grandes conglomerados querendo vender mais flores e chocolates? certamente.
Para um povo tão fissurado no amor, só um dia para celebrar o fato de não estar solteiro não é o bastante. Nãaao, nem pensar. Ao invés disso, todo dia 14 existe um tipo diferente de comemoração em torno dos namorados. 
Então, FELIZ WHITE DAY, todo mundo!
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Não sabe o que é? Eu explico todos aqui:
Diary Day (14 de janeiro): Para simbolizar um novo começo, casais trocam agendas e marcam nelas planos de coisas que querem fazer juntas durante o ano.
Valentine's Day (14 de Fevereiro): Ok, esse tem em todo lugar (apesar de no Brasil celebrarmos só 12 de Junho), mas aqui é diferente. No Valentine's Day coreano só as meninas dão presentes para os meninos. Em geral elas são encorajadas á confessar seu amor por alguém entregando flores ou chocolates.
White Day (14 de Março):  É o dia em que os homens agradecem o presente que foi dado no mês anterior. A etiqueta diz que o valor do presente deve ser, no mínimo, 3 vezes maior do que o que for recebido no Valentine's Day. Ah, o amor...
Black Day (14 de Abril): Se você não recebeu nada nem no Valentine's Day nem no White Day, não se desespere! Também tem festa para você! Eita país maravilhoso! No Black Day, solteiros se juntam para comer Jjajyangmyeon (짜장면), uma espécie de miojo preto, e beber soju, lamentando/agradecendo estarem sozinhos na vida. Minha professora de diversidade étnica e cultural é negra e disse que costuma ser muito mais divertido do que o Black Day dos EUA. 
Rose Day (14 de Maio): Os casais trocam rosas (para comemorar a primavera, imagino).
Kiss Day (14 de Junho): Meu guia da coréia diz que nesse dia todo mundo beija todo mundo. Tô achando que tem algo errado aê, no Brasil a gente chama isso de sexta-feira.
Silver Day (14 de Julho): Namorados trocam presente feitos de prata, em geral correntinhas com o nome do parceiro.
Green Day (14 Agosto): Nada a ver com Punk Rock dos anos 90 (infelizmente). Neste dia os casais celebram o verão indo para parques ou algum lugar com muito natureza para beber Souju debaixo da sombra agarradinho.
Photo Day (14 de Setembro): Os casais tiram fotos juntos. Outro estranho, eles parecem fazer isso todo dia.
Wine day (14 de Outubro): Dia de beber vinho com o mozão.
Movie day (14 de Novembro): Cinema com o mozão.
Hug Day (14 de Dezembro) : Abraçoes quentinhos para espantar o frio
Os capitalistas pira!
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soueuseoul · 9 years
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"10 coisas que você provavelmente não sabia sobre Seoul" ou "10 pequenas descobertas que talvez sejam pequenas demais para um post só sobre elas"
1. Se come cachorro na Coréia, sim. Supera. Normalmente como sopa, o chamado Boshintang (보신탕), e não costuma ser barato. A maior parte da juventude não vai muito com a cara mas acha algo normal. No entanto, experimenta perguntar se eles comem gato para ver a cara de “o que você acha que somos? Bárbaros?”que eles vão fazer.
2. Meias na coréia são uma coisa muito importante. Além de representarem um certo orgulho nacional (o algodão coreano é dito como um dos melhores da Ásia, exportado por toda a região), é visto como ato extremamente rude visitar a casa de alguém ou ir á qualquer lugar sagrado sem meias. Em função disso, meias são vendidas literalmente em TODO e QUALQUER lugar. Tem até maquinas em alguns lugares da cidade que vendem meias. O preço é muito barato (nunca é mais do que um dólar por par), e você consegue encontrar muitas divertidas, como algumas bordadas com a cara do PSY ou outras estrelas do K-pop sem nenhuma dificuldade.
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3. Pornografia online é bloqueada na Coréia. Não me perguntem como eu descobri isso.
4. Quem tem lido meu blog já sabe o que são Noraebangs. O que vocês talvez não saibam é que também existem mini-noraebangs espalhados por vários lugares, como fliperamas e até boates. Cada m��sica custa 50 centavos de dólar e cabem de 2 até 4 pessoas dentro das caixinhas.
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5. Quem faz sua emigração no aeroporto de Incheon é um robô. Quando você passa seu passaporte no leitor automático ele identifica seu país e começa a falar a sua língua, fazendo perguntas e coletando impressões digitais (imagina meu susto em ouvir português carioca depois de 24h de viagem, ainda por cima desse jeito).
6. A cerveja nacional é vendida usualmente vendida em garrafa plástica. Os alemão chora.
7. Seoul tem mas cafés por metro quadrado que Paris ou Roma. É totalmente absurdo, existem pelo menos 3 coffe shops estilo starbucks ou e faux-european por quarteirão, que vão desde os pequenos estabelecimentos locais as grandes redes nacionais como “Paris Baguette” ou Internacionais como “Hollys Café”. Os coreanos estão sempre com um café na mão, tenho até que checar se a gente tá exportando para cá porque o ritmo é frenético. Se não acredita, leia essa singela matéria do jornal O Globo (que nem sempre mente):
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8. Na Coréia você é sempre, no mínimo, um ano mais velho. Quando você nasce, já tem (para eles) um ano de idade. Existe também outro sistema também que a sua idade varia dependendo do fato de você ter já ter feito aniversário no ano presente ou não.Para evitar confusões com estrangeiros, geralmente eles te perguntam o ano em que você nasceu ao invés da sua idade.
9. Em alguns lugares tem Internet 5G gratuita na ruas. Vou repetir. INTERNET 5G GRATUITA NAS RUAS.
10. Existem mais produtos de maquiagem e para cuidado estético para homens do que para mulheres. Arrisco a me dizer que o homem ( sim, o homem cis-hetero-machão-pegador-de-mulher-na-balada-de-Gangnam) gasta mais tempo nesse rituais de beleza do que as próprias mulheres. 
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soueuseoul · 9 years
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"Chihiro & Totoro & Mononoke & Ponyo" ou "A inesperada visita ao Mundo Mágico de Miyazake"
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Quem conhece o Studio Ghibli sabe que este nome representa o ápice da animação japonesa e (em uma terrível comparação) possui a mesma influência na Ásia que os Studios Disney tem no ocidente. Qual não foi minha surpresa ao perambular pelas ruas de Seoul e encontrar uma exposição, exclusiva para a Coréia, totalmente dedicada a recriar cenas clássicas das obras primas do Mestre Miyazake.
Dentro da Yongsan Station, uma das muitas estações/centros de convenções/shoppings da Coréia, foi montado um pequeno paraíso para os fãs do Studio.
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A exposição foi dividida em 6 grande áreas temáticas inspiradas nos maiores sucessos do estúdio, com referências menores ao longo do passeio para os outros filmes. Nominalmente, e em ordem, as áreas são: O Castelo animado ("Howl's Moving Castle"), Princesa Mononoke ("Princess Mononoke"), Pom Poko, Meu Amigo Totoro ("My Neighbour Totoro"), Porco Rosso e A Viagem de Chihiro ("Spirited Away").
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O Castelo se movia de verdade <3
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Os efeitos e a música da sala da princesa mononoke eram só <3
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Eu nunca vi Pom Poko, dizem que é um filme muito triste sobre guaxinins que perdem seu lar nos anos 80 em função do intenso processo de urbanização japonesa... quem sabe um dia.
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TOTORO <3 TOTORO <3 TOTORO
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AHHH FOFURA DEMAIS
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Tinha uma chuva fina de verdade ao fundo desse cenário, mas infelizmente não era possível abraçar o Totoro :(
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A parte de Porco Rosso era bem menor que as outras. Também tinham o avião dele, mas acabei não tirando foto...
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Entre a sessão do Porco Rosso e Chihiro tinha uma parte especial dedicada ao futuro e dito último filme do Studio, que supostamente fecha as portas no final desse ano: "When Marnie was there". Tinha o trailer passando e algumas artworks. Teoricamente, como o filme ainda não teve sua estréia, não era possível tirar fotos. Acabei traficando essa, mas vocês não vão contar para ningúem, né?
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Chihiro foi o primeiro filme Ghibli que vi e até hoje é meu favorito, também era de longe a maior das sessões, com muitos efeitos sonoros e de iluminação. Talvez não dê para perceber nas fotos, mas todos os dioramas eram bem grandes, se utilizando de ilusão de ótica para parecerem maiores ainda.
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Na lojinha matei minha vontade de abraçar o Totoro <3
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E para fechar com chave de ouro, a estátua gigante inspirada em Ponyo que ficava do lado de fora da exposição.
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Foi uma experiência incrível, mas infelizmente fui informado a exposição será encerrada no final de Abril... quem sabe ainda não dá tempo de vocês correrem para Seoul?
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soueuseoul · 9 years
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"O que os coreanos bebem" ou "Sou Seu, Soju"
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Soju (소주) é o principal lubrificante social da Coréia, um papel muito importante para um país cujos habitantes, por mais simpáticos e educados que sejam, costumam ser tímidos e introvertidos no seu cotidiano. Devo dizer que ele cumpre muito bem a tarefa. Soju realmente  é aquela bebida mágica que transforma Ban-ki Moons em PSYs.
Com a composição similar ao do Sake, sendo uma espécie de cachaça de arroz, o Soju é vendido em todo o lugar, sempre em garrafas verdes facilmente reconheciveis que podem ser tanto de 600ml quanto de 2 litros (1,500 won /3,500 won respectivamente). 
É possível beber puro, mas muitos misturam ou com sucos e refrigerantes ou com cerveja, o que eles chamam de somaek (소맥). O gosto em si é bem neutro (para mim, parece água) , por isso pode ser misturado facilmente com quase qualquer coisa. Justamente ai mora o perigo.
Apesar de não ter um teor alcóolico muito elevado (apenas 17%, tendo algumas versões mais fortes com até 22%), o gosto leve do Soju leva a você a nem sequer perceber que está bebendo alcóol. Quando você dá conta de si, Já esta dançando Macarena em algum nightclub underground em Hongdae. É comum ver coreanos jogados na rua de madrugada depois de tomarem porres grandes demais de Soju. A drinking culture aqui é barra pesada.
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