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"Jabí não era macho" é o subtítulo da série de diários "Baluarte", escrito no período de 2017. Vivi nesse período um grande vislumbramento, tenho dois gatos chamados "Fando e Lis", que é o mesmo nome do título de um texto de Fernando Arrabal, dramaturgo que integra o nicho da dramaturgia conceituada como "Teatro do Absurdo". Fando e Lis atualmente estão com 7 anos de idade, moram em São Paulo, com minha ex companheira Izabela. Quando adotei Jabí, estava ouvindo muito uma música do Lirinha (que alguns conhecem mais como vocalista da Banda Cordel do Fogo Encantado), a música chama-se "Jabitacá". Quem me doou Jabí, afirmava que ela era um gato macho, eu queria mesmo um gato macho, mesmo assim estava satisfeito com o gênero dela, seja qual fosse. Esse período me trouxe um conforto, pela companhia da minha gatinha. Onde estou morando agora existem três cachorros, gosto deles, mas os gatos são os animais pelo qual tenho grande amor e fascínio. Jabí foi o nome mais apropriado que encontrei pra nomear um bicho que não sabia a sexualidade, iria esperar ela crescer, o nome se encaixaria tanto pra um macho como uma fêmea. Não escrevo apenas sobre isso nesse diário, esse título apenas nomeia o encerramento do curto ciclo de Jabí comigo, que sim, foi morta por um dos cachorros da minha casa. E porquê escreve sobre a morte da minha gata? Porquê a morte pra mim é um propulsor, não algo lamentável, mas um grande instigador de vida, um prazo que aciona a todo tempo em minha mente, a urgência de viver.

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Após meu retorno a Macapá, esse tem sido o trabalho que venho desenvolvendo, o caderno da foto foi produzido em 2017. Intitulado "O Datilógrafo do Recanto Girassol...". Escrito num período de reafirmação do meu exercício de escrita, durante muitas vezes me questionei se tudo o quê escrevia havia sentido, essa resposta encontrava no decorrer das coisas que me aconteciam, tomei gosto por registrar a vida, escolhi não me ater apenas a grandes acontecimentos, escrevo como uma necessidade de esvaziamento, como uma forma de materializar o relato de experiência, a maioria das coisas escritas são fatos, mas me permito devanear, falar coisas que julgo muito importantes, ou até mesmo o mais efêmero dos acontecimentos. Como viso que pessoas leiam esses diários, quero apresentar relatos que possam possibilitar múltiplas percepções, principalmente no que diz respeito ao comum, a rotina, a vida como ela é na sua forma muitas vezes mais banal, dentro desses intervalos de ócio e tédio, existem narrativas de fatos marcantes e pungentes. Não é uma biografia heróica, existe glória, mas não existe um desfecho com grande final, o final é cíclico, se encerra e logo se inicia outro, não existe uma superação determinante, estou em trânsito entre dias memoráveis e outros de extremo tédio existencial. Talvez minha tentativa seja provar a mim mesmo e a quem tiver acesso a essa obra, que a vida não é uma constante, muito menos uma jornada previsível, mas sim uma sucessão de acontecimentos dinâmicos e simultâneos.

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Um estudante de cinema estava vendendo alguns produtos, ele estava juntando dinheiro pra custear sua viagem até Cuba, onde iria fazer seu Mestrado. Entre os objetos que vendia, existia uma máquina de datilografia, foi por intermédio desse cineasta, que adquiri minha máquina de escrever. Comecei timidamente a escrever, por volta de 2015, o Diário desta foto é o primeiro caderno escrito na máquina, o título geral é "Baluarte" e o subtítulo tem o mesmo nome, foi o início de um projeto que venho produzindo constantemente, que por enquanto não pode ser publicado, é uma obra que visa o futuro. Escrevo solitariamente, num processo contínuo e ao mesmo tempo lento, pois quando encerro um diário, é porque me dou por satisfeito no período que registrei. Viso publicar um dia esses diários, por enquanto eles servem como uma forma de autoanalise, um processo de autoconhecimento, uma válvula paras as adversidades diárias, escrevo quando feliz, satisfeito, ou até mesmo em profunda melancolia. Compartilho aqui o registro da existência desse material, que considero humildemente como um trabalho artístico.

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“Baluarte” é um diário-poético-documental escrito na minha máquina de datilografia, no qual registro minha interação com o mundo em algumas fases que passo, inspirado no Livro do Desassossego de Fernando Pessoa, nessa publicação consta a segunda obra dessa série, intitulada “Baluarte - Libélula”, que trata entre outras coisas de um processo de recuperação de saúde, a ideia de publicação desse livro só pode ocorrer em duas situações, uma é se os assuntos contidos caducarem com o passar do tempo ou caso eu morra, desse modo fica a cargo dos poucos amigos para quem distribuo cópias fazerem a publicação. 

#baluarte #libélula #diário #poético #documental #datilografia #datilografo

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Vídeo Arte, Dany-é-lá, 25 anos da minha irmã caçula, Direção Ramon Cristóvão, elenco Marly, Wili e Thiago.

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Banda Plácido Balbúrdia na Mostra Perifeéricos - Artes nas Periferias. No bairro Conjunto Ceará. No Baixo Marcos Cortez, Guitarra e Vocal Valnei Rodrigues, Bateria Naiara Lopes e no Vocal e Violão Ramon Cristóvão. 

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vídeo da primeira apresentação da banda Plácido Balbúrdia, no encerramento da V semana de artes cênicas do IFCE. Apresentando a música "Borboletas Góticas".

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Estreia da banda Plácido Balbúrdia no encerramento da V Semana de Artes Cênicas do Instituto Federal do Ceará - IFCE. Com Naiara Lopes (bateria), Marcos Cortez (baixo), Valnei Rodrigues (guitarra e vocal) e Ramon Cristóvão (violão e vocal).

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Divulgação do espetáculo Woyzeck High-Tech.

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Divulgação do Espetáculo Woyzeck High-Tech.

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Blog do espetáculo Cordel do Amor Sem Fim

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Material de divulgação da Oficina sobre Patativa do Assaré em Macapá-AP.

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Material de Divulgação da Oficina Ministrada em Macapá-AP.

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Em uma ação ocorrida no "Abrigo São José" (lar de idosos) em janeiro de 2016, Izabela Wégila e Ramon Cristóvão tocaram um repertório de músicas antigas a convite de Jenifer Nunes (artista visual na cidade). Além de outras ações também desenvolvidas no dia, como plantio e ornamentação, além de intervenções visuais nas paredes do abrigo.

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Músicas autorais e músicas dos outros, um pocket de Izabela Wégila e Ramon Cristóvão no "Trampo Bar" localizado no Mercado Central de Macapá-AP em janeiro de 2016.

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Teaser para apresentação da performance cênica-musical "O Fio da Faca Fica Pro Lado de Dentro", apresentada na semana de artes cênicas do Instituto Federal do Ceará - IFCE no ano de 2013, trabalho sob minha direção, edição Toni Benvenuti.

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Gravação amadora da música autoral "Beijo Azul", filmagem feita na Casa de Artes do Instituto Federal do Ceará - IFCE, com imagem e edição feitas por Marcos Cortez no ano de 2015.