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psicologofabiano · 5 months
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Aprendi que ao esperar demais do amor, temo a solidão, como sendo esta a perda do amor. A solidão não deve ser combatida e nem negada. Aqui eu sugiro: ela deve ser explorada.
"O amor e a solidão sempre andam juntos - não são dois contrários, mas dois reflexos de uma mesma luz, que é viver", diz André Comte-Sponville.
É preciso que nos sintamos a sós com a gente mesmo para nos dirigirmos ao outro e amá-lo, e, inevitavelmente, mesmo em uma experiência bem-sucedida de um amor que, por sorte, encontre reciprocidade, não há amor que nos livre da solidão. Sempre amamos sozinhos, pois cada um ama a seu próprio modo, cada um ama com sua história, com seu sintoma, com suas perebas psíquicas, com seus perrengues transgeracionais.
No amor a gente sempre comparece com a gente mesmo.
Ps: o amor não nos livra de sermos sós, mas certamente torna a experiência de estar só algo muito interessante. Não fosse assim, não nos dirigiríamos a ele. Se não fosse o amor, não seria a solidão. Se não fosse a solidão, não seria o amor. Amor e solidão se fundem e se dependem.
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psicologofabiano · 5 months
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A ansiedade, quando disfuncional, é um estado emocional caracterizado por sentimentos de medo, nervosismo, preocupação ou angústia, que podem interferir na qualidade de vida das pessoas. A ansiedade pode afetar os relacionamentos de diversas formas, dependendo da intensidade, da frequência e da origem dos sintomas. Algumas das possíveis formas de como a ansiedade pode afetar os relacionamentos são:
✨️ Afastamento: a ansiedade pode levar a pessoa a se isolar, evitar contato social, perder o interesse pelas atividades que antes gostava, ou se sentir incompreendida pelo parceiro. Isso pode gerar distanciamento, falta de comunicação, desconfiança ou ressentimento na relação.
✨️ Necessidade de validação: a ansiedade pode também fazer com que a pessoa busque constantemente a aprovação, o elogio, o carinho ou a atenção do parceiro, como forma de aliviar sua insegurança, baixa autoestima ou medo de rejeição. Isso pode sobrecarregar o relacionamento, gerar dependência emocional, ou causar conflitos se as expectativas não forem atendidas.
✨️ Insegurança: a ansiedade pode provocar pensamentos negativos, irracionais ou obsessivos sobre si mesmo, sobre o parceiro ou sobre o futuro da relação. A pessoa pode duvidar do seu valor, do seu desempenho sexual, do amor do parceiro, ou da estabilidade do relacionamento. Isso pode levar a comportamentos de ciúme, controle, cobrança ou acusação, que podem prejudicar a confiança, o respeito e a harmonia na relação.
✨️ Preocupação excessiva: a ansiedade pode fazer com que a pessoa se preocupe demais com o bem-estar, a saúde, a segurança ou a felicidade do parceiro, a ponto de negligenciar suas próprias necessidades, limites ou desejos. Isso pode gerar ansiedade no relacionamento, estresse, cansaço, frustração ou ressentimento, além de dificultar o desenvolvimento da autonomia, da individualidade e da maturidade do casal.
A Psicoterapia certamente pode ajudar o casal nessa trajetória, sejam terapias individuais ou mesmo de casal. As vezes parece o fim, mas é só o começo de algo bem melhor.
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psicologofabiano · 5 months
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Em primeiro lugar é importante dizer que uma clínica ampliada, que acolha eticamente a comunidade LGBTTQIA+, não se resume à ela. Todas as pessoas que sentem desejo de procurar psicoterapia devem procurar, e um psicólogo LGBT não impede de te ouvir ou fazer um trabalho psicoterapico ético.
Afirmar-se enquanto clínica LGBTTQIA+ mostra-se importante quando, com dados, percebemos que não são todas as pessoas graduadas em Psicologia que estão aptas à atenderem tal comunidade - seja lá por qual limite esta profissional apresente.
Não é raro na clínica ouvir "que bom que te achei" e o motivo é sempre porque não havia encontrado um espaço de acolhimento, que permitisse esta pessoa a partilhar de forma segura.
A Psicoterapia torna-se importante para as pessoas LGBTTQIA+, que podem enfrentar dificuldades de aceitação, preconceito e discriminação. A psicologia pode ajudar a comunidade LGBTTQIA+ a entender a própria sexualidade, personalidade e tomada de decisão, além de oferecer um espaço de acolhimento e respeito --> ético!
O profissional deve contribuir com seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra a população.
Uma nota técnica do Conselho Federal de Psicologia que revisita a Resolução CFP nº 01/99, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à orientação sexual, aborda questões sobre os direitos humanos, os direitos sexuais e os princípios éticos da profissão, além de tratar dos avanços na despatologização das orientações não-heterossexuais e da ilegitimidade das terapias de reorientação sexual.
A Psicoterapia precisa ser um espaço que te dê segurança, conforto e que permita que você avance, enfrente suas dificuldades e descubra os seus desejos legítimos.
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psicologofabiano · 5 months
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Filme "antigo" mas que deixa um aprendizado para nós. E não é raro na clínica que demandas como luto por términos de relacionamentos apareçam.
Para quem não assistiu ainda, vale a pena. Tentarei não dar spoilers neste texto. 🫢
A princípio, talvez no minuto final do filme, você ache a Summer uma grande "vilã". (Este é um sinalizador que nos aponta para a ideia de que precisamos culpabilizar, sempre, alguém). Este sentimento, no decorrer das nossas vidas, pode mudar.
Muitos de nós já estivemos no papel dela. E não é "pecado" algum. Relacionamentos acabam. As vezes com motivos, sejam quais forem, e as vezes não. O desejo precisa existir para que exista a troca. Sem ele, agimos facilmente como a Summer.
A narrativa fragmentada do filme proporciona uma visão única sobre os altos e baixos do amor e desilusões. A abordagem realista e a falta de um final convencional contribuem para a singularidade do filme, provocando reflexões sobre as complexidades das relações interpessoais.
O término de um relacionamento pode ser uma experiência emocionalmente desafiadora. A psicoterapia pode oferecer um espaço seguro para explorar e processar essas emoções, ajudando na compreensão dos sentimentos de perda, tristeza e possivelmente, raiva.
Um profissional de Psicologia pode fornecer suporte emocional, estratégias para lidar com o luto e orientação para o crescimento pessoal. A psicoterapia também pode ajudar a identificar padrões de comportamento, promovendo a autoconsciência e auxiliando na construção de relacionamentos futuros mais saudáveis.
Não é pulando de relação em relação que o luto por um término é elaborado. Não que você não possa se relacionar, mas é preciso atenção para que comportamentos disfuncionais da relação antiga não repitam-se.
A melhor forma de superar o fim de um relacionamento é se concentrando na sua relação com você mesmo, não esquecendo a psicoterapia. Com ela, a elaboração do luto é mais fluída e o sofrimento tende a ser mais equilibrado.
Fugir da dor é como colocá-la em uma caixa que pode ser aberta, involuntariamente, a qualquer momento.
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psicologofabiano · 5 months
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Muitas vezes eu preciso de espaço, e você?
Compromissos, demandas profissionais, relacionamentos, preocupações externas. Existem, e com cada vez mais intensidade. Parece clichê, e talvez seja, mas é verdade que a era virtual (sobretudo pós-pandemia), nos deixou um tanto "claustrofóbicos" (peço aqui licença pelo uso não científico da palavra).
A pandemia promoveu o que chamamos de "lockdown", onde nos vimos obrigatoriamente a ficar em casa. Mas, não pode-se deixar de falar que as demandas, ao mesmo tempo, tornaram-se mais intensas. Sejam pelas pessoas que passaram a trabalhar muito mais com a proposta do trabalho remoto, ou com as pessoas que perderam seus empregos (sinalizador potente de estresse, ansiedade, etc).
Quando digo que preciso de espaço, me refiro a espaço de qualidade. Resguardar um tempo para ouvir minha playlist favorita, passar horas no catálogo do serviço de streaming sem escolher o filme que quero mesmo ver, estudar com prazer - e calma -, aquilo que preciso.
Espaço. Falta espaço para muita gente, e é uma demanda recorrente em clínica. Sejam pelas demandas profissionais ou mesmo a configuração familiar ao qual o cliente se encontra.
O espaço emocional refere-se ao ambiente psicológico que uma pessoa necessita para lidar com suas emoções, expressar sentimentos e manter o equilíbrio mental. Onde você encontra o seu espaço neste mundo? A reflexão é importante, porque se você não encontra uma resposta, você está comprometendo a si com suas preocupações, falta de regulação, ansiedade excessiva, entre outros comportamentos disfuncionais.
A Psicoterapia pode ser um espaço para trabalhar suas emoções, para compreender melhor a sua trajetória, para retomar um cenário de bem-estar, mas pontuo que pode ser importante criar um espaço além deste, para que se reflita inclusive aquilo que você leva à terapia. Afinal de contas, a terapia só começa quando ela termina: quando começamos a refletir os questionamentos e demandas levadas ao profissional.
Compartilhe o cuidado, mas cuide de si. ◇ Estou certo de que seu* espaço há de lhe proporcionar bem-estar. Ps: você pode fazer tudo no seu espaço. Inclusive nada. "E tá tudo bem".
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psicologofabiano · 5 months
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O questionamento que proponho neste texto não poderia ser outro. O amor é uma pauta recorrente nas clínicas de Psicologia, e não é raro que deste cenário surjam inúmeras e diferentes formas de insatisfação.
Se a gente pensa que o amor está em excluir as diferenças, em amar o outro o tempo todo, em se agradar com tudo que ele faz e diz, corre o risco de ler as ambivalências do campo do amor como falta de amor. E a fantasia neurótica, que é uma fantasia de completude, trabalha para isso, para a aniquilação da diferença, para o não querer saber daquilo que nos aborrece no outro. O amor é resultado de uma força constante para fazer de dois um, sem jamais conseguir, porque conseguindo, paradoxalmente o que acontece é a morte do amor. É a tensão entre amor e ódio que faz o amor existir.
Para amar é preciso desejar, e só podemos desejar o que não temos. Amar, então, é uma posição de falta. O amante crê que o amado tem algo que lhe interessa. Por isso, quando não se pode reconhecer-se como faltante, não se pode sustentar o amor. Porque o amor tem disso, não basta amar em silêncio, em paralisia, é preciso dizê-lo, é preciso movimentar-se. Por isso amar é tão trabalhoso. Não tem quase nada de confortável no amor, embora ele dê tanta cor à vida e amparo à existência.
A meu ver, só podemos amar alguém pela diferença. Amar o igual é de um narcisismo intolerável. Narciso morreu afogado em sua própria imagem. Precisamos da diferença, somos ávidos por ela! É que quando ela aparece, nos coloca a trabalho e nem sempre estamos dispostos a pagar o preço. É o que a neurose faz, não se cansa de colocar pedras no caminho do amor. Amar não é fácil, mas a fantasia neurótica leva as pessoas a pensarem que se é difícil, é porque não é amor. Ledo engano.
Um trabalho em psicoterapia nos possibilita trocar pedras por perdas. E aí a gente descobre que se pode perder ideal, pode amar. Sem fantasia.
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