"Esta carta tem destino e pessoas leitoras incertas, como uma mensagem na garrafa que flutua vacilante nas tábuas das marés.
Ouvi recentemente de um homem negro cubano uma frase que ele aprendeu com seus antepassados: "O sol nasce por Guiné". Na incerteza de suas rotas, nos porões da diáspora, os únicos fatos inalienáveis são o balanço do mar, a precariedade das travessias e que, independente da deriva e em qualquer direção o sol nascerá. Ele encabeçará a linha do horizonte com seus raios âmbar, para fazer arder as peles de azeviche embotadas de sal - depois da evaporação da liquidez do oceano e das lágrimas.
Por entre as frestas de qualquer cativeiro flutuante, o sol se fará presente. E, ao vê-lo nascer, saberemos, mesmo sem qualquer bússola que ele sempre nasce por Guiné. Porque Guiné já não é um lugar no mapa. É a imaginação livre de onde o coração se aquece e as raízes ancestrais mais profundas se esgueiram na terra dura. A cada dia, a iluminação amarela que vem dos céus será saudade e desejo de luta.
Quando o sol tocar os poros negros deste lado de cá do Atlântico, ele já queimou a tez daqueles que estão e estiveram do lado de lá."
Tiago Sant'Ana
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