Tumgik
mwindsors · 10 years
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A noite se mostrava tão escura quanto as outras na soberba ilha Babilônia. Margary aproveitava como nunca os dias em terra para depois ter que voltar à sua rotina como maruja do Vervloekt Lot. Não que não gostasse de viver em auto mar, mas para garantir sua reputação como uma das melhores e mais competentes marujas do navio, precisava trabalhar exaustivamente em seu cargo e, um pouco de diversão nas ilhas era essencial para estimular a pirata. A garota havia aproveitado sua noite, havia tomado uma boa dose de rum em uma das tabernas e realmente não esperava mais nada de especial para a madrugada sombria da ilha, porém não tinha sono algum. Ultimamente Margary passava constantemente por problemas desse tipo, cumpria seus adeveres e quando finalmente caia em algum canto para uma não muito boa noite de sono, simplesmente não conseguia dormir. Isso não era um grande problema para ela, afinal, estava acostumada com o fato de não poder descansar nem por um milésimo de segundo. Em seu passado, havia passado muitas noites em claro para salvar sua própria vida e, não é uma insônia indesejada que irá lhe aborrecer.
A pirata decide então, vagar pela praia. O mar, surpreendente calmo naquela noite, deixava Margary mais tranquila. O grande oceano sempre lhe mostrava algo a mais, mostrava segurança. Não importa o que aconteça, a jovem Windsor sabia que podia voltar ao oceano para viver sua vida, de algum modo. Ao caminhar pelas vastas praias da ilha e, observar o constante movimento do mar, Margary uma figura incomum chamou-lhe a atenção. Podia ver sua silhueta à claridade que a lua transparecia na escura noite, não era apenas um homem, mas um homem carregando outro sobre o ombro. O estranho misterioso entrou no mar e caminhava cada vez mais a fundo. A garota, curiosa como sempre, seguiu a figura, se escondendo entre as sombras. Chegou mais perto e desvendou a cena toda, se sentindo uma grade tola por não ter percebido antes. Quando a água do mar batia em seus pés, o homem virou-se, pregando a Margary um susto que, logo foi substituído por um sorriso astuto em seus lábios quando percebeu de quem era o dono dessa voz perdida. A pirata soltou um leve riso e logo respondeu ao homem que, mesmo não o conhecendo direito, sabia que era de sua tripulação - Ora Hansen, não fique tão assustado. - ela prosseguiu com sarcasmo - Quem foi a vítima dessa noite?- a garota pergunta apontando para o cadáver nas mãos do homem e, não resistindo a entrar mais à fundo do mar, já molhando a borda de suas roupas.
Bloodgood | @hansgary
Poucas eram as vezes em que a briga não era iniciada por Hansen. Aquela era uma dessas raras ocasiões.
Das três ilhas, a Babilônia era sua favorita. A mais banal e violenta também, das prostitutas mais belas e ardentes. Era sem dúvida o lugar perfeito para Hansen, tirando - talvez - o Vervloekt Lot. Mas também era de toda a escória da região. Marujos bêbados e ladrões mentecaptos se espalhavam aos montes pela ilha.
Um imbecil desses havia começado a puxar briga com Hansen. Logo com Hansen. Se era confusão o que queria, havia encontrado. A assassino apenas estava em busca de mais uma prostituta do bordel, quando se deparou com o depravado ser.
Tudo começou com um simples xingamento. Hansen poderia ter ficado na sua e ignorado. Mas não. Queria matá-lo. Precisava matá-lo. Puní-lo por sua arrogância. E era exatamente aquilo que faria. Só precisava das palavras certas. Insultar o homem. Manipular a situação. Quando o bêbado finalmente sacou a faca, para matá-lo, Hansen sorriu por dentro. Foi mais rápido. O corte fora seco. O sangue espirrara do pescoço do homem. Era uma vista linda. Enchia Hansen de um prazer indescritível, parecido com uma gozada. No entanto, era uma pena que nauseasse as rameiras.
- Eu cuido dele… - Hansen disse, enojado. Era sem dúvida um excelente ator. E ninguém ali duvidava de que ele era completamente inocente, agindo em legítima defesa. A situação lhe auxiliara e aquilo era o que Hansen chamava de crime perfeito.
Caminhou com o cadáver no ombro, andando até a praia. Já era tarde da noite. O mar levaria o corpo e seria o fim do homem sem nome. Mas uma coisa lhe surpreendeu. Quando estava prestes a jogar o cadáver dentro do mar, dentro da água até a cintura, percebeu que alguém lhe observava.
- Pois não? - Perguntou a figura, protegida pela escuridão. - Algum problema? - A voz era carregada de ironia e irritação, pela interrupção.
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mwindsors · 10 years
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Pretende formar uma família algum dia?
Talvez, nunca se sabe. 
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mwindsors · 10 years
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Conte-nos seu mais perverso segredo
Se eu contar não será mais segredo.
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mwindsors · 10 years
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É verdade que você e Niek nutrem relações?
Você está louco ou...?
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mwindsors · 10 years
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Vocês do navio holandês são mais pútridos do que baratas mortas.
Repita isso e o próximas manchas de sangue em minhas roupas serão suas. 
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mwindsors · 10 years
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De onde vieram suas garras felinas?
Se eu te contar, você vai preferir não ter perguntado. 
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mwindsors · 10 years
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Deixa eu te comer
Se você tivesse uma cara eu até poderia cogitar...
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mwindsors · 10 years
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Já dizia o poeta John, your body is a wonderland!
Wow, esse é realmente o seu melhor?
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mwindsors · 10 years
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Prefere ser uma prostituta ou uma freira devota?
Uma freira devota, é claro. Sou tão pura quanto uma.
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mwindsors · 11 years
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it must be destiny | @margyle
O sol se colocava tão alto quanto as nuvens, que mal se enxergavam, com o azul ofuscante do céu de verão. Era assim que Isla Negra se encontrava na manhã em que Vervloekte Lot acostou em seu porto. Margary não tinha tantos tarefas para realizar naquela manhã, o que a deixava realmente aliviada. A pirata era certamente uma boa maruja, não deixava de fazer nenhuma de suas obrigações, principalmente àquelas que lhe eram propostas pela capitã em pessoa. A mulher havia lhe dado a chance de sua vida quando a deixou participar da tripulação, não queria desapontá-la de modo algum. Era uma das poucas pessoas, se não a única, que Margary realmente respeitava. Quando terminou todas suas tarefas a garota se deu ao luxo de explorar mais uma vez a bela Isla Negra, havia estado lá inúmeras vezes e, arranjado ótimo clientes, talvez até amigos, em suas idas às tabernas mais famosas do vilarejo. Ela foi em direção de um dos prostíbulos mais lascivos da ilha, as meretrizes daquele lugar se mostravam tão vulgares e, sem caráter algum. Com a incrível capacidade de preferir foder os homens mais sujos do vilarejo para conseguir suas malditas moedas em troca de qualquer mixaria de drogas, do que cuidar ou respeitar, pelo menos uma vez, a si mesmas. Mas talvez era esse um dos principais motivos que Isla Negra tornou-se um dos lugares preferidos da pirata. 
Quando chegou ao prostíbulo, ele se encontrava caindo aos pedaços, como sempre. As meretrizes, como de hábito, olharam diretamente à porta a espera de um novo cliente, mas logo voltaram ao trabalho quando viram a figura feminina no local. Muitas já a conheciam e se extasiavam com sua presença, outras se mostravam intimidadas, o que divertia Margary, outras, até se ofereceram para a pirata, mas ela deixou claro que não queria nenhum de seus trabalhos por hoje. Haviam muitos clientes nesse horário para um lugar tão obsceno como aquele. Cada gemido indecente e berros ao fundo soavam como uma verdadeira orquestra para a garota, podia até ouvir as moedas de ouro caindo ao chão, sabia que era um belo dia para lucrar. Mais adentro do local ela pôde ver uma imagem conhecida, talvez algum de seus antigos clientes escondido pelos seios de uma prostituta diretamente em seu rosto, mas quando ela se aproximou percebeu que não era qualquer cliente. Um sorriso astuto pairou em seus lábios quando se lembrou quem era o tão jovem garoto em sua frente. Carlyle Malvallet era seu nome, um jovem e rico garoto que se aproveitava completamente dos pais para seus próprios prazeres. Era um belo rapaz, ela não podia negar e, calhou de ser uma ótima freguesia para Margary. A garota se aproximou esperando, pacientemente, a prostituta acabar seu serviço, até que o garoto finalmente percebeu sua presença - Então, você por aqui? - a pirata diz analisando distraidamente suas unhas - Posso dizer que, de todas os seres do mundo, você era o que eu menos esperava encontrar por esses arredores. - ela continuou, esperando pela resposta do jovem moço. 
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mwindsors · 11 years
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A ruela se encontrava escura e fria, os lampiões iluminavam tão pouco que mal se enxergaria os homens bêbados caídos ao chão, se não fosse pela iluminação da taberna à frente. Prostitutas também se mostravam ali, fazendo seu trabalho, a garota lhes deu um olhar enojado, não sentia nada além de desprezo por mulheres que eram tão facilmente submissas em troca de dinheiro, porém as respeitava. Sempre tinha a presença de um pensamento ruim que, se não tivesse sucesso em ser pirata acabaria, com muita certeza, na maravilhosa carreira de meretriz e, essa ideia não lhe agradava nem um pouco. Margary Windsor abrindo as pernas por tão pouco dinheiro e respeito? A garota riu de seus pensamentos e voltou à sua preocupação inicial. Ela esperou pelo pirata, sabia que ele iria aparecer em seu encontro. Margary havia o cercado exatamente como ele deveria ser, era certamente esperta e sabia como lidar com homens dessa laia, mas realmente queria aproveitar a noite com Arthur, isso era apenas uma diversão prévia para ela. Havia um bom tempo que a pirata estava de olho no homem, desde que começou a participar da tripulação de Vervloekte Lot, o jovem Van Oeveren era o pirata que mais lhe chamava atenção, sempre trocavam olhares no navio e isso efetivamente a provocava. Queria ele para si essa noite, e talvez essa era a hora. Seu orgulho ainda lhe precavia que não havia brincado o bastante com sua refeição, mas o desejo carnal de Margary era maior que seu orgulho no momento e ela não iria desperdiçar mais nenhum segundo de seu tempo. 
Pôde ouvir os passos de Arthur vindo em sua direção, ele lhe parecia um tanto quanto frenético, mas ainda com controle em suas mãos. Margary não podia resistir em colocar um sorriso faceiro em seus lábios. Podia perceber que o homem se controlava para não lhe tocar e isso a deixava cada vez mais animada, seus planos ocorriam demasiadamente certos, como sempre. Cada jogo de palavras cuspidos pelo rapaz, sabiamente e, sedutoramente perto demais de seus lábios, alimentavam a excitação que Margary se encontrava de tal modo, que apenas admiradores de uma pequena discussão astuta, poderiam saber. - Mas não é isso que pensa Arthur? - a garota sorriu e abaixou rapidamente seu olhar para os lábios do pirata e novamente para seus profundos olhos azuis - Não sou mais uma que deseja tomar com sua grande lábia de conquistador? - ela o provocava, gostaria de saber o que ele faria após disso, mas talvez ele não fosse tão tolerante assim. Arthur podia-se declarar vitorioso com as próximas ações da garota, ela não estava com tanta paciência no momento e, talvez o pirata fosse seu ponto fraco, pelo menos nessa noite. Margary se aproximou de Van Oeveren, sorrindo encantadoramente, umedeceu seus lábios e finalmente selou um beijo entre os dois. Ela gostou da reação do homem e certamente do sabor de seus tão esperados lábios, se aprofundando cada vez mais enquanto suas unhas passavam-se delicadamente pelos macios fios de cabelo do pirata. 
a ghost ship on the blue | @arthary
O semicerrar dos olhos, o leve franzir de cenho e o morder do interior das bochechas foram as expressões que tomaram o rosto do holandês com a recusa. Se fosse outra mulher, era provável que o dar de ombros desinteressado e o sorrir mordaz se perfizessem em meio à situação. Porém não foi isso que aconteceu. A primeira sensação a penetrar o corpo do homem foi descrença, seguida depois por desconfiança. Contudo, não deram-se por encerradas aí as sensações. Não, de certo que não. Arthur Van Oeveren raramente levava nãos como resposta, e aquela mulher não lhe diria não, certamente. A desconfiança dava lugar ao desafio que, por sua vez, atraía o desejo. Sim, o desejo que antes apenas se fazia presente, agora aderira os ossos do Van Oeveren, embebedando seu âmago. Ele umedeceu os lábios, enquanto fitava a figura verter a bebida restante do copo em direção à garganta. Estava partindo, a maldita Margary. Talvez aquilo só fizesse parte da provocação, pensou Arthur provavelmente correto em suas especulações. Deixou que um sorriso divertido assomasse-lhe aos lábios. - Ah, não? - O desejo era explícito não só na voz, como nos olhos azuis intensos também. E, quando a mulher virou-se e caminhou em direção à porta da taverna, Arthur a seguiu. Não poderia fazer diferente: estava, afinal, curioso.
Primeiro saiu a mulher e logo depois o homem. Arthur pairou diante de Margary, fitando-lhe o rosto bem esculpido e alvo. Ele não saberia dizer com certeza, porém os olhos da pirata pareciam faiscar com a figura do holandês, como se ela soubesse os movimentos dele, como se ela os houvesse previsto e agora deleitava-se no sabor da vitória. - O que te faz pensar que te acho fácil, Margary? - Murmurou ele, novamente aproximando-se da figura; desta vez, porém, sem tocá-la. Chegou próximo suficiente para que o hálito alheio tocasse sua pele. As mãos jaziam entrelaçadas atrás das costas, para evitar qualquer toque. - O que te faz pensar que eu não estou te tratando como trato uma mulher difícil? - Agora o murmurou transformava-se em sussurro. - O que, por um milésimo de segundo, te faz pensar que te considero como as outras? - Se considerava ou não, nem mesmo ele poderia dizer. Muito provavelmente não. O homem não costumava ser simpático, não costumava correr atrás. Não, Arthur Van Oeveren era orgulhoso, e lá estava ele, correndo atrás de uma pirata que lhe dera uma recusa bela, provavelmente épica. Arqueou as sobrancelhas, deixando seus lábios roçarem contra os da outra, numa provocação. - Não te trato como as outras, Windsor, então não me trate como os seus outros. - E, com isso, deu um passo para trás. Os olhos fitando intensamente a mulher. Arthur estava preparado para ir embora, com ou sem a figura feminina. 
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mwindsors · 11 years
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é pq vc saiu do país das maravilhas
Ah sim...
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mwindsors · 11 years
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moça vc chama alice?
Alice? Não mereço nome tão ordinário. 
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mwindsors · 11 years
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me pega sua gata
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mwindsors · 11 years
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melhor pirata, mais macho q muito homem!!!!!!
Tenho certeza disso, meu caro. Muito obrigada. 
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mwindsors · 11 years
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Margary não conseguia tirar seu sorriso mordaz dos lábios. Encontrava-se tão acostumada a homens estúpidos que não lhe propunham prazer algum nos convites informais ao sexo, que não podia deixar de aproveitar esse cortejo. A garota gostava de pessoas que eram espertas, mas não tanto quanto ela. Arthur era um homem minuciosamente sábio e isso deixava Windsor excitada, de diversas maneiras que podia-se ficar. O homem sabia muito bem como usar sua língua. As palavras sábias que atingiam Margary com uma certa surpresa, tinha a habilidade de lhe deixar realmente contente com si mesma e, sabia, com devida certeza, como usar suas mãos. O toque do homem em sua pele lhe deixava entusiasmada, podia sentir o calor dentro de si e o desejo a consumindo a cada palavra que este pronunciava. Nesse instante, a jovem Windsor desejava em seus ossos se perder nos fortes braços de Arthur e, realizar todos seus anseios do momento, mas iria resistir. Havia uma reputação em seu nome para zelar. Mesmo que todos seus órgãos e membros estivessem suplicando pelo corpo do homem à sua frente, a garota não iria se oferecer tão fácil assim.
A garota se aproximou cada vez mais de Van Oeveren, passando, delicadamente sua mão por seu peitoral em direção ao seu abdômen, suas unhas arranhando sutilmente suas finas vestes. Dirigiu seu olhar felino para os lábios desejados de Arthur e trancou novamente seu olhar com o dele. Windsor sussurrou, com sua voz mais provocativa, podendo sentir seus lábios com os do homem quase se tocando - Adoraria te deixar sangrando de prazer Arthur, mas não acho esse lugar propício - ela diz sarcasticamente e se afasta novamente - e talvez essa não seja a hora certa. - Margary podia sentir, em todas as partes, o desejo latente pelo homem, mas se fazer de difícil era de longe sua atividade favorita. Ainda mais para alguém como Arthur. Ela tomou o restante da bebida de seu copo, absorvendo cada gota restante de seus lábios, provocando o pirata. Seus lábios formavam um sorriso ácido, sabendo que havia desapontado, de alguma forma, o homem. Ela se aproxima dele mais uma vez e murmura em seu ouvido - Não sou tão fácil como pensa, Arthur. - a garota sorri e se vira em caminho à porta da taberna, curiosa para saber os próximos passos de Van Oeveren.
a ghost ship on the blue | @arthary
Verteu o rum pela garganta, apreciando o gosto amargo enquanto fitava a mulher com olhos de quê provocativo. Um singelo sorriso divertido pairava em seus lábios postados no vidro do copo e, em sua expressão, o prazer que o flerte trazia a si fazia-se presente. Umedeceu os lábios absorvendo quaisquer resquícios do rum amargo que ali jaziam. Sentiu a mulher aproximar-se com sua áurea felina circundando-a. Não havia respondido nenhuma das provocações que à ele foram atiradas propositalmente, esperando - como um predador espera por sua presa - pela hora do ataque final. Ouviu cautelosamente, enquanto as unhas metálicas de Margary roçavam sutis na barba ruiva, trazendo ao outrora nobre arrepios prazerosos. Ele deixou-se sorrir, arqueando as sobrancelhas. Podia sentir a respiração feminina contra a sua, servindo apenas para aumentar o desejo que nutria pela companhia da mulher. Puxou-a pela cintura, fazendo com que seu corpo se prensasse contra o dela. Os lábios agora estavam mais próximos, chegando a roçar uns contra os outros. Arthur sorriu com pretensão. - Quer saber em como pensei em você? - Murmurou ele contra a boca da outra, sentindo a vontade de tocar-lhe seus lábios selvagemente. - Pensei em meus lábios roçando cautelosamente seu pescoço alvo, pensei em minhas mãos explorando seu corpo de formas antes nunca exploradas, pensei em seus sussurros roucos de amante satisfeita. - Apertou-lhe a cintura leve e propositalmente, enquanto a outra mão colocava-se no ventre da mulher, adentrando o fino pano que cobria o local e postando-se sobre a pele fria e macia do corpo tão desejado. 
- Deixaria que você me arranhasse com suas malditas unhas até que meu sangue escorresse pelas costas, pelos ombros. - Aquela parte certamente não era de toda vera. Arthur deixava que escapassem de seus lábios manipuladores mentiras que agradariam aos ouvidos da essência narcisista que jazia em Margary, ele bem ouvira outros marujos comentarem sobre ela e, como desejada lhe era a mulher, prestara atenção nas conversas. Era orgulhosa, diziam, e também egoísta. Estava Arthur alimentando o ego da mulher, então, como era de seu feitio inteligente e manipulador. - Deixaria que você fizesse de mim seu cão, como bem mereço ser. - E, com isso, o roçar tornou-se um toque suave, e a mão que agarrava a cintura da mulher pressionou-a ainda mais. Afastou-se, então, fitando Margary com nada mais que diversão nos olhos. 
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mwindsors · 11 years
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Margary finalmente se rende a um gole na bebida a sua frente, ela sente o saudoso gosto forte e nostálgico do rum descer sua garganta, esse bar era realmente bom por trazer tais lembranças à garota, mas eram tempos totalmente diferentes agora, o que fazia do momento ainda mais cativante. Sem destrancar os olhares com Arthur, por nem um segundo, ela enfim o responde – Isso porque não passo todas minhas noites me embebedando e me estrangulando em seios de putas. – diz com um delicado sarcasmo em seus lábios. A jovem Windsor utilizava o sarcasmo como uma de suas maiores armadilhas, era esperta o bastante para saber como utilizá-lo e não se sair prejudicada com isso, como a maioria dos leigos se saiam.
Os gestos extremamente provocativos de Arthur não atingiam Margary. Ela conhecia muito bem o jeito do pirata para se desmanchar como uma flor à luz do dia. Já havia ficado com muitos como ele e sabia como as coisas ocorriam. Porém, o jovem Van Oeveren demonstrava-lhe algo a mais, algo que nem a própria garota podia distinguir e, ela, como uma admiradora de mistérios nata, gostava disso. Talvez uma das coisas que mais lhe deixava atraída ao homem, ainda assim não iria manifestar seus sentimentos.
Margary pousa uma de suas mãos ao rosto do homem e desliza suas afiadas unhas por sua barba, sem lhe causar dano nenhum, é claro. A garota se aproxima lentamente do pirata e para, quando apenas alguns centímetros de distância estão entre seus lábios – Isso não é segredo nenhum, Arthur. – ela o responde com o mesmo tom que o homem utilizou – Na verdade, acho muito difícil alguém não pensar em mim depois de me conhecer e, acho que você sabe bem o por quê. – o tom acintoso era claramente presente na voz de Margary,deixando seus diálogos cada vez mais crípticos.  
a ghost ship on the blue | @arthary
O entardecer sempre parecera entediante aos olhos azuis límpidos de Arthur Van Oeveren. Fosse pálido, fosse não, estava ali todos os dias a merda do alvorecer, demonstrando beleza que muitos diriam ser plena mas que, na opinião do pirata torpe, nada mais era que pura merda. Merda, tudo era merda. O odor das ruas, a fala enfadonha de um bêbado, a própria existência em si. Gritaria a plenos pulmões tabagistas o quanto Deus era bosta também, se estivesse embriagado. Porém ainda não estava e por isso caminhava com um andar sombrio, à luz da quase noite que se fazia presente. Os passos ecoavam em seus ouvidos, porém as ruelas estavam lotadas de vozes. Bêbados, ladrões, prostitutas: estavam todos por aí. Enojado, Arthur cuspiu na terra batida da rua de pedra e abriu a porta da Golden Teeth com um chute violento. Deixou-se gritar, uma vez dentro do bar, pedindo por cerveja.
Companhia não era das melhores, isso ele precisava admitir. Deixou-se beber do líquido quente que era aquela espessa bebida de cor amarelada e, depois de matar o copo, viu-se optando por uísque: cerveja era deveras relés, e um astuto como era o Van Oeveren certamente merecia melhor. Dentro da taverna, o perfume de tabaco se perfazia, assim como a gritaria de piratas bêbados e prostitutas assediadas. Arthur, por mais que não o admitisse, gostava do local. Esquadrinhou a taverna com os olhos, então, observando as mulheres da noite moverem-se sensuais sobre a clientela nojenta. Foi quando seus olhos, porém, se desviaram para uma figura conhecida. Deixou-se sorrir quase provocativamente. Ele fitava Margary Windsor, e ela correspondia seu olhar. O pirata matou de seu copo a bebida restante e colocou-se de pé.
O caminhar felino e certamente mal intencionado fez com que a figura masculina se dirigisse até aquela que desejava fazer de companheira. Fitou os olhos azuis da mulher ante si, deixando-se umedecer os lábios enquanto o fazia. - Permite-me? - Perguntou e, sem esperar por uma resposta, acomodou-se no banco ao balcão. - Magary Windsor, - O tom era divertido enquanto pronunciava as palavras e virava-se em direção a pirata. Fitou-a, o meio sorriso leviano erguendo-se em seus lábios bem marcados. - nunca a vi antes por aqui. - E, com isso, pediu à mulher do balcão que lhe trouxesse o que a companhia bebia, deixando-se pagar pelas duas doses de rum: a sua e a de Margary; era cavalheiro, afinal. 
- Posso lhe contar um segredo? - Murmurou, enquanto inclinava-se sobre a figura loira da pirata, deixando que uma de suas mãos se direcionasse singelamente à cintura da mulher. Apertou-a levemente. A barba ruiva roçou suave no pescoço feminino, enquanto os lábios faziam caminho ao pé do ouvido de Margary. - As vezes penso em você. - Talvez estivesse mentindo, talvez não; os olhos aparentemente sinceros de Arthur nunca demonstravam a verdade. O homem, então, voltou a sua posição inicial, fitando a companhia com claro divertimento leviano nos olhos, enquanto vertia nos lábios um gole do melhor rum da casa. 
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