cura
a
cura
é
crua
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rimovias #1
carinho
é
caminho
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animal divino #1
dentes de mamífero,
mandíbula brava
mastigo cada palavra
com gosto de ego e ilusão
a carne da costela se eriça
alma inteiriça de constelação!
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disciplina do fogo #1
disciplina do fogo:
arder e arder
sem culpa!
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anedota do eu #17
talvez todo eu
seja museu
de sonhados futuros
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retina #1
sonhei que fotografava
rostos anuviados no céu.
era um entardecer
de amenidades coloridas
e verdades terríveis.
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devaneio, devaneio
devaneio, devaneio
me explique por favor
a que veio?
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pirografia
na linguagem do fogo
forjo meu palavreado ígneo
sob carícia do sol
não titubeio em cauterizar o passado
procurando honrar os anos fumegantes
e ainda, os destinos chamuscados.
estimada escrita em brasa
que se reescreve
enquanto pássaros-faíscas fulguram
a luminância da alma
na íris do eternidade:
fotografia móvel de labareda!
e trilha de magma no rosto.
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entardecer #1
plurais do agora em flor:
atravesso o ego por amor!
e a luz refratou no refrão:
qual será a cor da canção?
a sol realçou os tons da saudade
sonhei-te no afã dourado da tarde
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agosto modorrento
no pantanoso pensar
em meio a um lamaçal
sem leme e sem lume,
mastigo o azedume
dos pesadelos:
será que,
os náufragos apelos
aceitam seu destino
ou apenas se cansam
sem desatar o desatino?
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xamã #3
altar da lua
patamar de pele crua
carne de fruta divinal
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praia vermelha #1
do meu olhar
escorre poesia silente
por enquanto,
o poente e seu ponteado
me distraem
na praia vermelha
deu na telha
cantar contra o vento
isento de qualquer
vão julgamento
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travesseiro
creio que nada atravesso em vão
me agrada viver na imensidão
do livre movimento.
a força, eu mesmo invento
e intento transpassar qualquer dor
na cor de um acorde que ferve
e me morde de leve o pé do ouvido,
devagarinho, devagarinho:
fazendo da noite um ninho
e do sono bom
um reencontro sem colisão.
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soterrado
ao pé do despenhadeiro
da despedida indócil
desvendo num fóssil
a fratura da última lisura sincera
fagulha fula que ainda espera
com sua inteireza se tornar farol
enquanto a bruma dengosa
mimetiza o abismo,
desejosa pelo sol.
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insônia
aturdido de toneladas de memórias empossadas
criando limo e mágoa sem medida,
fiz alarde ardente contra o murmúrio hipócrita
dos indiferentes e dos desumanizados
como se fosse uma guerra santa
contra a própria ideia de guerra,
a fim extinguir a indômita diatribe contra si:
pelo grito oco que vem das vísceras
tão literal e cênico,
que mais é sentido do que se escuta
como um golpe de lâmina fria
no meio da carne da noite
quase inescapável, quase inaudível
com sua cantoria de corte
recortando o indizível
a escrever com a ponta quase cega
sangrias delicadas
tingindo a hora intranquila do sono
quando se esquece que o próprio silêncio
é amolado, porém tão necessário.
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lumiada
até a silhueta
da tua sombra
me ilumina
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xamã #2
raízes no céu, esfera de raios…
caminhos e descaminhos
tracejando os balaios
dos relâmpagos e das sinapses,
nas sinopses do olhar!
linguagem de encontros voltaicos
a eletrificar
uma cornucópia
de brevidades bioluminescentes
inebriadas em ambrosias
de absurdos delicados
e remanescentes
que, em sua sofreguidão,
latejam ainda
por novos lampejos
de inspiração.
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