Tumgik
edu20sexual · 3 years
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Agradecimentos
Agradecemos a todos por terem acompanhado nosso TCC até aqui, foi uma oportunidade única e muito especial mesmo em um momento tão difícil. Esperamos que todos vocês tenham gostado e se quiserem estarem a disposição para responder e conversar sobre este tema tão importante! ❤🤩
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edu20sexual · 3 years
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Referências bibliográficas
CARVALHO, L. G. L.; JARDIM, M.C.; GUIMARÃES, A. P. M. Educação sexual na perspectiva dos temas transversais: uma revisão de literatura. Educacionais, v.7, n.2, p.19-29, 2019. DOI. Disponível em: <http://sustenere.co/index.php/educationis/article/view/CBPC2318-3047.2019.002.0003/1834>. Acesso em: 25/06/20.
Barbosa, Luciana U. Facilidades e dificuldades da educação sexual na escola: percepções de professores da educação básica Disponível em <http://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/515/355>. Acesso em: 25/06/20.
GESSER, M., Oltramari, L. C., Cord, D., & Nuernberg, A. H, et al. Psicologia escolar e formação continuada de professores em gênero e sexualidade. Disponível em: <http://psicologiaeeducacao.ubi.pt/Files/Other/Artigos%20OnLine/2020V1/V3N1%20-%205.pdf >. Acesso em: 25/06/20.
G14PLAY, Profissão Repórter Educação Sexual. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=e7OBAZoOEJk >. Acesso em: 25/06/20.
APPLE, M. W, et al. Ideologia e currículo. Disponível em:
< http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 25/06/20.
FUTURA. Precisamos superar o mito de que a educação sexual pode erotizar crianças. Disponível em: < https://www.futura.org.br/educacao-sexual-na-infancia/ >. Acesso em: 25/06/20.
PUTTI, Alexandre. Educação sexual para crianças: qual é a melhor forma de tratar o tema?. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/diversidade/educacao-sexual-para-criancas-qual-e-a-melhor-forma-de-tratar-o-tema/>. Acesso em: 25/06/20.
CHAGAS, E. R. C, et al. (1995). A Sexualidade e a Criança. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X1997000100008>. Acesso em: 25/06/20.
MODELLI, Lais. Como e quando falar sobre sexualidade com as crianças. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-43052366>. Acesso em: 25/06/20.
RIBEIRO, Geise; COELHO C, Ana. Educação Sexual potencializa o combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Disponível em: <https://www3.ufrb.edu.br/reverso/educacao-sexual-potencializa-o-combate-aos-crimes-sexuais-contra-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em: 25/06/20.
MORAES, Isabela. Educação Sexual: o que é e como funciona em outros países? Disponível em: <https://www.google.com.br/amp/s/www.politize.com.br/educacao-sexual-o-que-e-e-como-funciona-em-outros-paises/amp/>. Acesso em:26/06/20.
SILVA P. C, Regina; NETO M. Jorge. Formação de professores e educadores para abordagem da educação sexual na escola. Disponível em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5274096>. Acesso em: 26/06/20.
G1. Educação sexual ainda é tabu no Brasil e adolescentes sofrem com a falta de informação. Disponível em: <https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/profissao-reporter/noticia/2019/06/27/educacao-sexual-ainda-e-tabu-no-brasil-e-adolescentes-sofrem-com-a-falta-de-informacao.ghtml>. Acesso em: 26/06/20.
MARINI, Eduardo. Benefícios e dificuldades de implantar projetos de educação sexual nas escolas. Disponível em:
< https://revistaeducacao.com.br/2019/11/13/projetos-educacao-sexual-escolas/>. Aceso em: 26/06/20.
DARC, Larissa. Por que é importante falar de educação sexual nas escolas. Disponível em: <https://www.google.com.br/amp/s/ponte.org/por-que-e-importante-falar-de-educacao-sexual-nas-escolas/amp/>. Acesso em: 26/06/20.
YANES, Adriana. Um crime entre nós. Disponível em:
< https://www.videocamp.com/pt/movies/um-crime-entre-nos>. Acesso em: 26/06/20.
CHILDHOOD. Educação sexual para a prevenção do abuso sexual de crianças e adolescentes. Disponível em: https://www.childhood.org.br/educacao-sexual-para-a-prevencao-do-abuso-sexual-de-criancas-e-adolescentes. Acesso em 10 de julho de 2020
RIBEIRO, Geise; COELHO C, Ana. Educação Sexual potencializa o combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Disponível em: <https://www3.ufrb.edu.br/reverso/educacao-sexual-potencializa-o-combate-aos-crimes-sexuais-contra-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em: 25/06/20.
AGLIO, Débora D. D.; GARCIA, Ainda C. L. Uma experiência de educação sexual na pré-escola. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X1997000100008. Acesso em 10 de julho de 2020.
CONSONI, Marilia P. Educação sexual na educação sexual infantil e ensino fundamental: recursos e materiais didáticos disponíveis. Disponível em: file:///C:/Users/Maria%20Luiza/Downloads/ConsoniMariliaPasqualotto_TCC%20(1).pdf. Acesso em 8 de agosto de 2020.
DACARO, Carolina. Criança, sexualidade e formação de professores. Articulações históricas e possibilidades pedagógicas. Disponível em: file:///C:/Users/Maria%20Luiza/Downloads/DacaroCarolina_TCC.pdf. Acesso em 8 de agosto de 2020.
KESLEY Pricilla. Para que serve a educação sexual na escola?. Disponível em: <https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/para-que-serve-a-educacao-sexual-na-escola/>. Acesso em: 26/06/20.
ADORNO, T. & HORKHEIMER, M, et al. Dialética do esclarecimento (fragmentos filosóficos). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro102.pdf>. Acesso em: 26/06/20.
EDUCA MUNDO. Educação sexual para crianças e adolescentes: como abordar. Disponível em: <https://www.educamundo.com.br/blog/educacao-sexual-criancas>. Acesso em: 26/06/20.
BRAGA, Eliane Rose Maio, et al. Sexualidade infantil: a importância da formação de professores (as) na questão de gênero. Disponível em:
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1105/800>. Acesso em: 26/06/20.
BRASIL. Decreto-Lei 6.286, de 5 de Dezembro de 2007. Institui o Programa de Saúde na Escola – PSE, e dá outras providências. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394/1996. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. Art. 4, p. 271-273. Disponível em: <https://www.uespi.br/prop/siteantigo/XSIMPOSIO/TRABALHOS/INICIACAO/Ciencias%20da%20Educacao/A%20EDUCACAO%20SEXUAL%20EM%20ESCOLAS%20DA%20REDE%20PUBLICA%20DE%20ENSINO%20DE%20TERESINA%20(PI).pdf>. Acesso em: 26/06/20.
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edu20sexual · 3 years
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Considerações Finais
Durante a construção do trabalho, ficou evidente o fato do Brasil ser um país muito preconceituoso e conservador em relação à Educação Sexual Infantil mesmo com tantos estudos que comprovam sua necessidade e eficácia. Por conta disso, acreditava-se que os professores da rede SESI 379 – Vila Carrão não haviam recebido orientações sobre como abordar tal tema em sala de aula, fato esse que foi comprovado através dos questionários e entrevistas apresentados no 2º capítulo do trabalho.
Da mesma forma acreditava-se que os pais dos alunos do Fundamental I e II seriam resistentes ao tema e a possibilidade da implantação de um projeto para abordar a sexualidade infantil em sala de aula, porém foi comprovado o contrário, em sua grande maioria os responsáveis apresentaram-se receptivos à proposta e parecem compreender a importância, enquanto a minoria mostraram-se mais cautelosos e acreditam ser irrelevante.
Para solucionar a questão e unir ainda mais a escola e os pais, propõe-se um projeto de Educação Continuada, a qual envolveria a direção da escola, pais, professores e alunos.
O projeto tem como objetivo:
• Capacitação, informação e apoio para professor;
• Conscientização e apoio dos pais e responsáveis;
• Organização de rodas de conversa, gincanas, eventos interdisciplinares e abordagem durante o ano, não somente em aulas específicas sobre o corpo humano.
Esta ideia de proposta nasceu durante a entrevista com a sexóloga Lelah Monteiro, a qual se dispôs a participar e auxiliar na criação e implantação do projeto.
O projeto seria realizado nas seguintes etapas:
1. Conversa e alinhamento de ideias com a direção da escola
Contatar a sexóloga para uma reunião junto com a diretoria da escola e os alunos do grupo para apresentar o projeto, assim como sua importância e continuidade.
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2. Brainstorm
Após o aval da direção, se iniciaria um processo de aproximadamente 3 meses com a sexóloga e com os professores, o qual incluiria pesquisas, leituras de livros infantis sobre o tema, debates e criação de ideias, chamado de brainstorm (tempestade de ideias).
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3. Elaboração da grade anual
Com todas as ideias na mesa, seria a hora de realizar um “peneiramento”, ou seja, avaliar a possibilidade e capacidade de incluir as atividades durante a grade curricular. Devem ser inclusos rodas de conversas, gincanas, eventos interdisciplinares e projetos lúdicos, que incitem a criatividade e conscientização da criança.
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4. Reunião com pais e responsáveis
Para esta etapa seria requerido mais de uma reunião, pois é necessário alinhar os pensamentos dos pais com a escola em relação à definição de o que é a Educação Sexual Infantil e a sua importância, depois informar os pais sobre o projeto e atividades.
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5. Alterações necessárias
Realizar quaisquer alterações que se mostrarem necessárias durante as reuniões com pais e responsáveis.
6. Implantação do projeto
Após todas as etapas concluídas, se iniciaria a aplicação do projeto dentro da sala de aula, criando um ambiente de confiança e conhecimento entre alunos e professores.
Vale ressaltar a importância de ser uma atividade continuada, não somente pontual, e de que é valido para todos os professores, não somente aos que possuem em sua grade curricular a matéria de anatomia e reprodução humana.
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O trabalho foi muito importante para o conhecimento e formação dos autores por estimular à pesquisa, entrevistas e a realizar questionamentos.
Após a postagem deste texto o projeto já pode ser colocado em execução. Caso for dado continuidade, deve ser explorado mais em relação à dinamicidade das atividades e do conteúdo.
Agradecemos a todos que acompanharam o trabalho até aqui.
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edu20sexual · 3 years
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Questionário aos pais
As perguntas foram elaboradas com base na opinião dos pais sobre o tema Educação Sexual Infantil e sua abordagem na escola.
1. Qual seu gênero?
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2. Qual série o seu filho está cursando?
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3. Para você, o que é educação sexual infantil?
Foi possível observar duas linhas de pensamento:
• Pais que acreditam que a Educação Sexual seria voltada somente para o sexo, órgãos genitais, higiene e orientação sexual.
• Pais que abordam de forma mais abrangente, em relação a abusos e proteção, conhecimento do próprio corpo e do corpo do sexo oposto (onde podem ou não tocar), além dos outros pontos citados pelos outros pais.
4. Você considera este tema importante?
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5. Você acha que a educação sexual infantil também deve ser tratada com as crianças na escola?
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Foi possível observar que as 3 pessoas que votaram nas opções “Não, é irrelevante” e “Não, é um tema que só deve ser abordado pelos pais dentro de casa”, responderam na pergunta 3 uma definição mais simplista e conservadora.
6. Caso você tenha assinalado “Não, é um tema que só deve ser abordado pelos pais dentro de casa.”, por que só deve ser abordado dentro de casa pelos pais?
Pessoa 1: É algo muito pessoal e dependendo de quem for ensinar pode constranger.
Pessoa 2: Tenho medo da forma que é colocado à criança.
7. Para você que é favorável a educação sexual infantil nas escolas, qual/quais é o aspecto positivo deste assunto ser tratado em ambiente escolar?
Aspectos apontados pelos pais:
• Interação com colegas da mesma idade;
• Falta de orientação em casa;
• Possibilidade de a criança sofrer abuso dentro de casa;
• Saber o certo e o errado, e como se defender
• Discurso de um profissional capacitado e neutro (não distorceria os fatos baseados em suas crenças e experiências);
8. Se o SESI tivesse uma iniciativa de implantação de Educação Sexual Infantil, você apoiaria?
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Os 3 votantes que escolheram a opção “Não tenho certeza” são pais de alunos do 1º ano, ou seja, por ser a menor faixa etária, aparentam ter mais receio, como se ainda não fosse o momento para falar sobre o assunto.
Através deste questionário pode-se concluir que existem pais mais favoráveis que conhecem a importância e acreditam que deve sim ser trabalhado dentro da escola, e outros pais que são menos favoráveis, que defendem que não precisaria ser abordado em ambiente escolar.
Apesar disso, não houve muita resistência em relação a possibilidade da implantação deste tema no SESI, onde apenas 3 pais votaram que não têm certeza se apoiariam.
Os pais se mostraram curiosos e receptivos às informações, sendo assim, o ideal seria antes de iniciar um diálogo com as crianças, conversar primeiro com os pais para esclarecer todas as dúvidas e definir para todos o que a escola acredita ser a Educação Sexual Infantil, assim como sua importância e aplicação com os alunos.
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edu20sexual · 3 years
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Entrevista com a Psicóloga
A psicóloga Amanda Dastry foi convidada através de uma indicação de uma amiga do grupo. A entrevista foi realizada por meio de uma chamada de vídeo no WhatsApp que durou em média 20 minutos.
1. Qual a sua formação e área que atua?
A - Sou psicóloga, e hoje trabalho em clínicas, porém a maioria do tempo eu trabalhei da área social (onde possuo mais experiência).
Sou do campo de terapia também (abordagem da psicologia).
2. Na visão da especialista, qual a importância da educação sexual?
A - Tirar o tabu (pré-conceito). Se isso é uma coisa inevitável, por que não falar?
3. Você acredita que esse assunto deve ser falado disso nas escolas?
A - Obviamente, pois abordar esse tema nas escolas não significa que você está incentivando a nada, mas sim preparando as crianças e adolescentes.
4. O que você acha da falta de orientação que pode influenciar na criança?
A - A buscar por informação fora, porque pode não ser uma informação necessária.
5. Como você colocaria esse assunto nas escolas?
A - Abordaria da maneira mais natural e verdadeira possível: nomear partes do corpo, como engravida e porque engravida, ou seja, explicar tudo conforme a idade permite.
6. Pegando em um ângulo geral, você acha que a sociedade é preconceituosa em relação a esse assunto? E por quê?
A - Muito, porque desde sempre a sociedade coloca isso como um tabu na gente, ou seja, não deve falar sobre sexo pois pode incentivar ao ato.
7. Como você convenceria os pais a permitir esse assunto nas escolas?
A - Isso depende da realidade de cada pai, o importante é saber de que forma eles pensam quando falamos desse assunto e porque para eles é tão difícil falar sobre, e a partir disso você consegue acessar eles, pois você já sabe como eles pensam sobre tudo. Porém deve ser feito da maneira mais leve possível, pois as vezes não é preciso convencer, e sim fazer uma colocação.
8. Você já teve alguma experiência com alguma criança mal aconselhada?
A - Mal aconselhada não, mas não aconselhada sim. Pois a criança querendo ou não, tem curiosidades. Podemos ver até mesmo na TV, pois apenas um beijo pode gerar curiosidade em uma criança.
Através desta entrevista foi possível afirmar alguns pontos que já foram apresentados pelos autores durante o trabalho: que a sexualidade deve ser abordada para preparar e aconselhar as crianças, não ensinar a fazer sexo; de que a falta de orientação leva as crianças a pesquisarem por conta própria as suas dúvidas e serem encaminhadas para sites que não vão as instruir adequadamente. Além de que ela salientou a importância de o assunto ser abordado com naturalidade, nomeando adequadamente as partes do corpo sem ficar fantasiando.
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edu20sexual · 3 years
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Entrevista com a sexóloga e terapeuta de casal
A sexóloga Lelah Monteiro foi convidada através do seu perfil profissional do Instagram e se mostrou muito receptiva e aberta às perguntas. A entrevista ocorreu por meio de uma chamada de vídeo que durou em média 20 minutos.
Lelah Monteiro será identificada pela letra - L
1. Qual a sua formação?
L - Eu sou Sexóloga Clínica, a minha 1ª faculdade foi de Fisioterapia na Universidade Estadual de Londrina, onde tive a oportunidade de ter muitas vivências importantes.
Depois de um problema de saúde, eu resolvi fazer Fisioterapia Pélvica e depois fiz a Sexologia, porque eu via que se as mulheres tinham problemas muscular pélvico, elas também teriam problemas psicológicos/ psicoemocional/sexual, então eu fiz toda área em si. Fiz psicanálise, fiz Psicoterapia Sistêmica de Casal e de Família, fiz Coaching, Hipnose Clínica e fui pra França fazer um curso de medicina integrativa, experiência que foi inesquecível e muito enriquecedora, pois o governo de lá se importa com a saúde da mulher. Estou a 28 anos nesse nicho sofrido e nada glamoroso. Fiz algumas especializações na área de Abuso e Violência: Exploração Sexual, porque todos veem a sexologia como tema de “como chegar no orgasmo?”, mas ninguém fala das mulheres, das crianças e toda questão LGBTQIA+, que ainda sofrem dia após dia por falta de respeito das pessoas.
2. Para você a Educação Sexual deve ser trabalhada desde a infância? Se sim por quê?
L - Sim, desde o maternal de preferência, para evitar a questão da pedofilia, que é um crime hediondo, não existe “estupro culposo”, pois todo estupro é criminoso. Então devemos ensinar nossas crianças que o que está guardado ninguém pode meter a mão, e que não existe segredo segredíssimo. Acho que desde o momento que a criança nasce devemos ter esse respeito e cuidado, e não falar de educação sexual desde a primeira infância é de alguma forma ser coautor dos crimes sexuais que estão por aí.
3. Como a sexualidade pode ser abordada com as crianças?*
L - Eu falo que a forma da gente abordar corretamente com as crianças é fazer uma educação sexual com os pais, com os cuidadores e instituições, porque a maldade não está na cabeça das crianças. Somente a partir da pós puberdade, esse ser, agora pré-adolescente, começa a ter uma noção do corpo que nenhuma outra criança tem, então somente a partir da adolescência que a gente vai ter uma coisa chamada desejo. Antes disso a criança enfia o dedo no ouvido, no nariz, na boca, no umbigo, na vagina ou mexe no pênis, como se tivesse mexendo no dedão do pé, sem nenhuma maldade ou erotismo. Então, quem coloca a maldade na cabeça das crianças são os adultos que deveriam protegê-las.
Sendo assim, o modo que deveríamos falar de uma forma muito simples, trazendo essa questão da educação para o adulto que tem que proteger a criança.
4. Você acredita que o Brasil é um país com muito preconceito em relação à Educação Sexual Infantil? Por quê?
L - Nós sempre fomos hipócritas, então já tem esse preconceito em tudo. Somos um país preconceituoso, sem educação, não somos nada super sexualizados como falam. A gente vende essa imagem, mas não somos um país assim, e nos últimos tempos tivemos um retrocesso em tudo isso.
Se formos olhar países como a Dinamarca, Suécia e os países do norte da Europa, as crianças têm sim acesso à preservativos de uma forma educativa, e não punitiva. Mas deveríamos falar de afetividade junto com sexualidade, e que isso não é separado. Pois quando falamos sobre sexualidade de fato nas escolas é na 5ª serie somente em uma aula sobre o corpo humano, aparelho reprodutor masculino e feminino e a gestação, e depois chamam alguém para palestrar no ensino médio sobre “Cuidados com as DST’s”, “Gravidez Indesejada”.
Precisa ser falado de corpo com sentimento, com paixão, então a gente tem 0 de educação.
5. Tem alguma maneira de convencer os pais a permitirem que seus filhos aprendam sobre educação sexual na escola?
L - Sim, eu acho que a maneira é trazer um pouco de dinâmica e talvez menos teoria, para os pais lembrarem que um dia foram adolescentes, até os pais mais retrógrados/conservadores só são assim porque tiveram pais “piores”. É trazer o emocional de que um dia eles foram iguais aos filhos.
6. Você já passou por alguma experiência em relação a curiosidade das crianças com a sexualidade?
L - Eu nunca passei por nenhuma situação vexatória com criança, nem ela tendo deficiência mental. Eu nunca vi uma criança ser invasiva, agressiva, até aquelas que eram encaminhadas por uma hipersexualidade. Quando vem uma criança dessa dizendo que é hipersexual a gente vê que tem abuso por trás, e que essa criança é só o reflexo do meio em que vive.
O que eu vejo é que existem cuidadores doentes que transferem essa questão sexual para as crianças. Ela nunca é a autora, então eu já tive mais problemas com adultos do que com crianças/adolescentes, o adulto insiste em não entender.
Por meio da conversa com a sexóloga foi possível perceber que o problema nunca é a criança, ela muitas vezes é o reflexo do meio em que vive, então primeiramente a educação tem que chegar aos pais e educadores e depois para os nossos menores. É necessário zelar pela saúde mental delas, para que nosso futuro não seja mais problemático do que já é.
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edu20sexual · 3 years
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Entrevista com as professoras
As profissionais que se dispuseram a participar das entrevistas foram as docentes Fernanda Guimarães de Castro Rodrigues, que leciona Língua Portuguesa para o 6º, 7º e 8º ano do Fundamental II, e a docente Andréia de Lima Modesto Rodrigues, que leciona para o 2º, 4º e 5º ano do Fundamental I.
Fernanda será identificada pela letra “F” e a Andréia será identificada pela letra “A”.
As perguntas focaram-se na experiência pessoal delas trabalhando na educação infantil.
1- Durante a sua formação houve algum debate ou orientação sobre a educação sexual?
F e A – Que eu me lembre não.
2- As crianças possuem muita curiosidade em relação ao seu corpo e aos dos colegas?
F - Algumas sim e outras não, creio que essa curiosidade seja mais explorada entre eles. Penso também que não se sintam à vontade em falar com um adulto, talvez esse seja o erro.
A - Depende do ano, minha experiência foi mais com o 5° ano, eles têm curiosidades, porém alguns se sentem intimidados para perguntar. Exemplos: as meninas em relação à fase de menstruação, os meninos quanto as mudanças no corpo em geral.
3- Na sua opinião, deve ser abordado educação sexual nas escolas para as crianças?
F e A - Sim e defendo a educação sexual nas escolas. Acredito que na escola podem tirar as dúvidas com os professores.
4- Qual a maior dificuldade que você encontra para responder ou até mesmo falar sobre assuntos que estejam relacionados a sexualidade com seus alunos?
F - Medo de ser mal interpretada por um adulto. Por exemplo, falar para ajudar, e alguém de fora achar que é incentivo e não orientação.
A- Acredito que se estiver na proposta da escola e conversar com os pais em reunião não vejo nenhum impedimento. É um tema delicado, mas que deve ser abordado sim.
5- Você como professora acha que tem muita resistência dos pais em relação a este assunto?
F - Pais que entendem a importância apoiam. Porém, os mais ignorantes (no sentido real da palavra), pensam que isso não é assunto a ser tratado na escola, pois entendem que a criança tem conhecimento entre o certo e o errado, e conseguem se defender, consequentemente acabam não se tornando vítima de abuso.
Arthur (filho dela) já está com 8 anos, e eu converso sobre isso com ele( de onde podem ou não tocar nele e vice-versa) mas ele, por exemplo, está numa idade que o que o professor Fala é lei, então se isso se tornar uma prática da escola muitas crianças serão preservadas.
A - Quando dei esse conteúdo para o 5º ano não tive problema algum, tudo vai depender de como você irá direcionar suas aula, sem expor os alunos e responder de forma clara e objetiva, sem fantasiar, mas é claro que estou me referindo com os maiores.
6- Você já realizou alguma atividade referente ao tema com os seus alunos?
F - Na prefeitura, alunos do 8º e 9º ano receberam em 2019 formação sobre orientação sexual ministrada pela assistente social e enfermeiros de uma UBS. Mesmo com o consentimento dos pais, tivemos problemas com os anos que não participaram, alunos do 6º ano por exemplo, viram camisinhas com os estudantes dos outros anos e, no dia seguinte, havia muita reclamação na escola. Antes dos pais perguntarem o motivo preferiram reclamar.
A - Eu fiz com o 5° ano uma caixinha na qual eles colocavam as perguntas escritas em um papel sem identificação, para que eu respondesse durante a aula.
E teve um outro ano que eu fiquei responsável das meninas e outro professor ficou responsável pelos meninos para abordar o assunto, Confesso que adorei, pois assim tivemos a oportunidade de tirar as dúvidas de forma que ambos ficassem mais à vontade.
Com as entrevistas pudemos perceber que o maior empecilho da abordagem do tema com as crianças são os pais, pois muitos, apesar de possuírem conhecimento sobre a importância da educação sexual, preferem que seja aplicada somente em casa.
Ao analisar as entrevistas de ambas as professoras, percebe-se que os alunos mais velhos (5⁰, 8⁰ e 9⁰ ano) possuem uma maior curiosidade e não possuem tantas barreiras para conversar sobre o tema com os pais e professores, porém as crianças mais novas possuem uma certa resistência em relação aos pais e aos professores por eles terem uma certa autoridade acabam se tornando inseguros.
Contudo percebe-se que realizaram algumas atividades e funcionaram como o esperado, conseguindo assim retirar dúvidas e despertar a curiosidade tanto das crianças quanto dos pais.
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edu20sexual · 3 years
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2º CAPÍTULO: DIFERENTES OLHARES
Para melhor compreensão do cenário da educação sexual infantil no CE SESI Vila Carrão, foram realizados questionários com pais e professores sobre o tema, sendo enviados e respondidos por e-mail devido ao momento de pandemia da COVID-19.
Os objetivos destes questionários são conhecer a experiência dos professores em sala de aula, a opinião dos pais e a opinião das profissionais de como abordar o tema da maneira mais adequada e dinâmica, tanto com os responsáveis quanto com os alunos.
Foram selecionados os pais das turmas do primeiro ao nono ano do ensino fundamental I e II para responderem ao questionário, e dentre esses 17 pais responderam o mesmo.
Além disso, para o aprofundamento do tema, duas professoras, uma sexóloga e uma psicóloga foram entrevistadas individualmente. Entretanto, foi disponibilizado um questionário para todas as professoras do Ensino Fundamental I e para os professores do Ensino Fundamental II que totalizaram 11 respostas e resultaram nos dados apresentados a seguir:
Questionário aos professores
A pesquisa foi redigida com base na experiência deles dentro da escola SESI Carrão 379, contendo as seguintes questões:
1- Qual seu sexo?
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2- Para qual faixa etária você leciona?
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3- Durante o horário de aula, seus alunos já fizeram alguma dessas indagações? (Pode ser assinalada mais de uma alternativa).
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Dentre estes dados, obteve-se as seguintes informações:
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Houve mais curiosidade de perguntar aos professores entre as crianças de 6 a 11 anos do que entre as crianças de 12 a 15 anos. Esse fato pode se dar por diversos fatores: preconceitos que são adquiridos com a idade, barreira entre professor e aluno e o maior acesso das crianças mais velhas à internet, onde podem pesquisar e buscar por conta própria respostas para as suas dúvidas.
4- Qual foi sua reação diante destas perguntas?
Foram obtidas 6 respostas a essa questão, onde foram identificadas duas ideias conflitantes: uma defende que o assunto deve ser tratado com naturalidade, sinceridade e abrir rodas de conversa; e outra que se mostrou mais cautelosa e conservadora, respondendo somente à pergunta realizada.
5- Você recebeu orientações do SESI sobre como responder adequadamente questões relacionadas à sexualidade para as crianças?
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6- Caso a resposta para a pergunta acima for sim, quais foram essas orientações?
Não obteve resposta.
Conclui-se, com esta pesquisa, que existe interesse e curiosidade das crianças tanto do Fundamental I quanto do Fundamental II (porém principalmente do Fund. I), e que são feitas indagações sobre o tema em ambiente escolar. Por conta disso, nota-se a necessidade de orientação da unidade escolar para todos os professores em relação ao tema, atitude essa que não foi de ser efetuada ainda no CE SESI Vila Carrão.
A falta de orientação da instituição pode causar uma insegurança nos professores, conforme expressa na questão 4. Essa insegurança gera, nestes profissionais, o medo de serem mal interpretados e, consequentemente, manchar a reputação do professor e da escola em relação aos pais.
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edu20sexual · 4 years
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1° capítulo EDUCAÇÃO SEXUAL: AMADA E ODIADA
Para que haja um estudo e compreensão da situação atual da educação sexual no mundo, é necessário olhar o seu passado, suas origens e a evolução com o passar dos anos.
De acordo com Barroso & Bruschini (1982), o início da discussão sobre a sexualidade na escola se deu a partir da segunda metade do séc. XVII na França. Foi nesse período que a chamada Educação Sexual começou a preocupar a sociedade.
Nesse mesmo período começava a acentuar-se a repressão sexual, causada pela urbanização, que trouxe diversas mudanças na vida coletiva, estabelecendo a família como principal pilar social. Essa repressão fundamentava-se na ideia de que o sexo só seria permitido após o casamento, visando a reprodução.
Em contrapartida, nascia também o sentimento de infância, a infantilização dos pequenos, acarretando uma comunicação diferente com as crianças, podendo ser identificada nos contos de fadas. Dessa forma, a educação sexual que começou a ser implementada na França era acompanhada de uma censura à linguagem sexual. E é dentro desse contexto que se inicia a educação sexual na França, sob um discurso repressor e moralista, com objetivo maior de combater a masturbação. Um grande filósofo e pedagogo da época, Rousseau, representa bem essa linha de pensamento, na qual diz que não deve ser admitida a sexualidade na criança, considerando que a inocência e a pureza seria a ausência do contato com isso.
Um século depois (final do séc. XIX) discute-se sobre a educação sexual intencional. Freud teve um importante papel nessa pauta, pois devido aos trabalhos que ele desenvolveu, a sexualidade encontrou seu lugar no desenvolvimento psicossexual da criança, ao criticar o estado de ignorância delas em relação ao desenvolvimento sexual.
Foi no início século XX que se resgata as discussões acerca da abordagem da educação sexual nas escolas, influenciada principalmente pela incidência de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e preocupações com a degenerescência das raças e com o aumento do aborto clandestino. Além destas preocupações predominantes, algumas iniciativas favoráveis à Educação Sexual com o intuito de ensinar os jovens a transmitirem a vida, dada à relação entre o instinto sexual e a reprodução humana. Já em 1930, surgem movimentos que defendiam a educação sexual para conscientizar mulheres de que a maternidade não é um dever.
Com o passar dos anos, cartas foram enviadas ao governo francês com o objetivo de inserir a educação sexual nas escolas, porém, é somente em 1973 que o Ministério da Educação da França adota oficialmente a educação sexual nos livros de biologia. Concomitantemente, em outros países europeus terá a discussão sobre a importância da educação sexual, e isto veremos em momentos posteriores.
Já no Brasil, a educação sexual teve início no século XX, e foi marcada pelas influências médico-higienistas europeias, que deram origem a algumas propostas de educação sexual que buscavam combater as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e a masturbação. Posteriormente ocorre a publicação de livros que buscavam orientar cientificamente a prática sexual dos indivíduos.
Na década de 1960, começou a ser implantada nas escolas brasileiras, tendo seu início em unidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1968, dentro do período de ditadura militar no país, houve uma tentativa de Projeto de Lei que sugeria a introdução obrigatória de Educação Sexual nas escolas do país. Todavia, o projeto foi recusado pela Comissão Nacional de Moral e Civismo por influência da Igreja Católica, devido à época de repressão pela qual o país passava.
Um dos motivos da implantação da Educação Sexual nas escolas foi a mudança de comportamento dos jovens. Essas alterações começaram a afetar as classes média e alta, sendo consideradas uma revolução sexual moralista, por não serem as únicas classes afetadas. Sendo assim, as primeiras escolas que abordaram a educação sexual eram tradicionais, excluindo assim, as classes mais abastadas que tem uma educação menos progressista.
No governo do presidente Geisel, houve uma abertura que possibilitou a inserção da Educação Sexual no currículo das escolas. Em 1980, foi realizado um debate durante a XXXII Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência com objetivo de discutir se o tema seria um instrumento de democratização ou repressão nas unidades escolares. Nessa reunião foi questionado para quem seria destinada e para que serviria afinal, tendo como resultado a conscientização dos professores, porém a não aplicação nas escolas.
Em 1994, foi publicado um guia no Brasil por Marcio M. Silva, médico higienista, que demonstrava a importância da educação Sexual devido à epidemia de HIV que ameaçava a evolução dos países em desenvolvimento, sugerindo que o combate se desse por prevenção via educação nas escolas. Esse guia havia sido publicado em 1991 pelo Sex Information and Education Council of the United States (SIECUS), o Guidelines for Comprehensive Sexuality Education, sendo adaptado no Brasil inicialmente pelo Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS), com a assessoria da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) e da Comunicação em Sexualidade (ECOS). Ocorreu ainda a constituição do Fórum Nacional de Educação em Sexualidade, que envolveu a participação de trinta instituições na revisão e aprovação do material.
O guia em 2009 encontrava-se na 11ª edição, apresentando algumas pesquisas realizadas pela Editora FTD e pelo Datafolha, as quais tratavam respectivamente da formação dos professores para abordagem das questões de sexualidade em suas escolas, bem como da aceitação do ensino de Educação Sexual pelas famílias dos alunos. No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) houve a inserção oficial da Educação Sexual no currículo escolar, buscando eliminar a discriminação contra a mulher. Aos dizeres de Silva:
 “A influência dos órgãos internacionais no governo FHC implicou na adoção de políticas reformistas centradas no currículo escolar, o que no caso das políticas de sexualidade e gênero culminou na inclusão do tema transversal “Orientação Sexual” pelos PCN. Apesar de a inserção do tema no currículo ser considerada um avanço, vários problemas podem ser apontados, em geral decorrentes do “caráter centralizador e prescritivo dos PCN” [...] e da falta de ações governamentais que favoreçam a abordagem do tema nas escolas, dentre as quais se destaca a falta de ações no âmbito da formação inicial e continuada de professores.”
 Enquanto isso, em países mais liberais do Ocidente (Bélgica, Nova Zelândia, Inglaterra e Escócia) o tema é considerado completamente natural e necessário, já em alguns países Islâmicos do Oriente o assunto é proibido.
Na Europa, os estados geralmente estabelecem algumas instruções básicas sobre pautas relacionadas ao tema que devem ser tratadas nas escolas, mas as abordagens de educação sexual diferem entre as unidades. Geralmente adota-se uma abordagem transversal, ou seja, não é ministrada uma disciplina específica de educação sexual, invés disso o tema é abordado dentro de outras disciplinas. No contexto europeu o tema é majoritariamente abordado nas aulas de biologia e, eventualmente, em alguma outra disciplina. Vejamos alguns exemplos de como a educação sexual é abordada ao redor do mundo:
Países onde a educação sexual já é aplicada
1.    Holanda
O país entende a sexualidade como algo completamente natural e saudável, e a aplicação de programas de educação sexual é compulsória em todo o país. O tema é tratado desde os quatro anos de idade, porém com abordagens diferenciadas de acordo com a faixa etária.
O programa de educação sexual do país foca em construção de respeito pelo corpo e sexualidade próprios e dos outros, e inclui lições sobre consenso, DSTs e prazer. A taxa de gravidez na adolescência no país está entre as mais baixas do mundo.
2.    Portugal
Entre 1995 e 1998, o Programa de Promoção e Educação para a Saúde e a Associação para o Planeamento da Família criaram o Projeto Educação Sexual e Promoção da Saúde nas Escolas. Um projeto experimental, a partir do qual se pretendeu efetuar uma generalização gradual às escolas portuguesas, no sentido da integração regular de projetos e atividades de Educação Sexual nos vários níveis de ensino.
Os assuntos abordados envolvem o entendimento da sexualidade como um dos componentes mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projeto de vida que englobe valores e uma dimensão ética, a compreensão dos aspectos relacionados com as principais ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), maternidade na adolescência, aborto e aspectos relacionados com o uso de métodos contraceptivos e de preservativos.
Países que já tem a implementação, mas não é uma prática (insipientes)
1.    Estados Unidos
A educação sexual tem apoio de mais de 90% dos pais nos Estados Unidos, mas as regras para aplicação nos currículos escolares variam entre os Estados. Em quase metade dos Estados não é obrigatório instruir jovens sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
2.    Chile
Neste país implementaram-se as designadas JOCAS (Jornadas de Conversas sobre a Afetividade e a Sexualidade), um programa que tinha como principal objetivo abrir um espaço para se conversar e tornar visíveis as necessidades dos alunos, dos pais e dos professores. Apesar das alegações da hierarquia da Igreja Católica e dos grupos conservadores, teve um forte impacto social e cultural durante vários anos, mas foi perdendo gradualmente o seu poder e foi reduzido a uma metodologia de trabalho para as escolas que o queiram implementar.
Países onde o assunto é tabu
1.    Brasil
No Brasil, este é um tema complexo e sujeito a múltiplas lógicas analíticas, nem todas submetidas ao rigor da interpretação científica dos dados estatísticos. As análises são tendenciosas, misturando determinantes sociais com dados brutos da epidemiologia ou o fenómeno antropológico com a sua dimensão clínica. A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) conclui que a falta de programas de educação sexual em escolas e de políticas de saúde reprodutiva são as principais causas da gravidez precoce.
2.    Uruguai
No Uruguai, houve várias tentativas de integrar formalmente a educação sexual, mas têm sido prejudicadas pela pressão dos setores mais conservadores da sociedade. O Ministério da Saúde tem participado ativamente nestes esforços desde a criação de um Grupo de Trabalho para implementar um projeto de Educação Sexual no Ensino Público, coordenado pelo Ministério da Educação em 1990.
Para introduzir o assunto da educação sexual com crianças, não é necessário que haja esse tipo de preconceito, e sim uma boa dosagem de humor e criatividade. Pensando nisso, foi elaborada uma lista com alguns autores e suas obras mais conhecidas para tratar o assunto de uma forma natural e simples entre os pais e as crianças:
1.    A mão boa e a mão boba, por Renata Emrich: aborda a pedofilia com vocabulário poético e didático trazendo uma medida preventiva para a educação infantil.
 2.    Eu me protejo; por Neusa Maria e Patrícia Almeida: retrata a prevenção à pedofilia e orientação para crianças de como se protegerem e como contarem o que sofreram para um adulto ou responsável.
 3.    Segredo, segredíssimo; por Odívia Barros: aborda através da história de amizade entre duas amigas a importância de se manter um diálogo entre adultos e crianças, além de falar sobre acolhimento e afeto. Este livro é muito especial para a autora, pois, por conta de ter sofrido abuso durante sua infância, resolveu contar sua história através do livro muitos anos após o ocorrido, pensando em proteger e ensinar a sua filha.
Em contrapartida a essas autoras que seguem uma linha de pensamento mais progressista e favorável ao ensino dessa modalidade, desde 2014 a uma disseminação por todo país projetos legislativos inspirados no movimento Escola sem Partido, que prevê limitar o que o professor pode falar em sala de aula e, na maioria dos casos, vetar menções a política, gênero e educação sexual.
Segundo a pesquisa Datafolha, a oposição à esse ensino só é superior em dois grupos: entre os que dizem ter votado em Bolsonaro (54% discordam com a adoção do tema) e entre evangélicos (53%). Entre os críticos da educação sexual e da presença de assuntos políticos nas aulas há o argumento de que o papel da escola é focar no ensino dos conteúdos considerados clássicos.
O escritor Olavo de Carvalho, apontado como ideólogo do presidente eleito e das pessoas a seu redor, disse em entrevista à Folha de S.Paulo: "quanto mais educação sexual, mais put... nas escolas". "Está ensinando criancinha a dar a bund.., chupar pi.. e espremer peit.... da outra em público. Acham que educação sexual está fazendo bem, mas só está fazendo mal." O ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez, indicado por Olavo de Carvalho, criticou em seu discurso de posse o que chama de "ideologia de gênero" e um suposto "marxismo cultural" na educação.
A partir do que foi apresentado será feito uma análise de como é feita esta abordagem na rede de ensino SESI Vila Carrão, que será visto no pr��ximo capítulo.
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O que é a infância?
No Brasil, a infância é compreendida como o período entre o nascimento e a adolescência, por volta dos 12 anos. Há, ainda, uma subdivisão: a primeira infância, que vai dos 0 aos 6, uma fase ainda mais intensa de desenvolvimento e, portanto, de potencialidades.
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De acordo com Rousseau, a infância não é um lugar de passagem para outros estágios mais desenvolvidos, e sim precisa ser considerada como uma etapa de valor próprio. Ou seja, é necessário que seja compreendida como uma etapa importante, e não somente uma preparação para algo no futuro. A criança mesmo sendo dependente, é um sujeito que tem tantos direitos quanto um adulto.
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Além dos direitos fundamentais de educação, saúde e bem estar, a criança tem direito de brincar livremente, de explorar os espaços com seu corpo, de conhecer os territórios e a sociedade para além da família, ser ouvida e participar de decisões. Ou seja, é necessário a criança desenvolver-se integralmente.
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edu20sexual · 4 years
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Apresentação
No presente trabalho será abordado a educação sexual infantil na instituição de ensino SESI – Unidade Vila Carrão, com intuito de dissipar os preconceitos e esclarecer dúvidas sobre o tema.
Visa clareá-lo, fundamentado em pesquisas exploratórias, buscando a razão, motivo, causa e efeito dele, propondo problemas ou hipóteses. Possui caráter objetivo, apresentando dados, opiniões e informações, acompanhado da subjetividade da interpretação dos autores, baseando-se em fontes primárias como teses, livros e dissertações, e em fontes secundárias, como por exemplo: centros de pesquisa, filmes e vídeos, internet etc. Serão realizadas entrevistas com profissionais do ensino fundamental e com pais de alunos, questionários para os alunos nas redes sociais além de estudo de documentos para maior veracidade da pesquisa.
A educação sexual é um termo utilizado para se referir ao processo que busca proporcionar conhecimento e esclarecer dúvidas sobre temas relacionados à sexualidade. Ao contrário do que muitos pensam, a educação sexual bem orientada é uma ferramenta muito importante e eficaz para diminuir a vulnerabilidade da criança perante a violência sexual, e não para ensinar as crianças a fazer sexo.
Foi escolhido o SESI Vila Carrão para realizar as pesquisas e análises por ser um ambiente vivenciado pelos pesquisadores, no qual há mais liberdade para aplicar os questionários e entrevistas.
De acordo com o documentário “Um Crime Entre Nós”, o Brasil é o 2º país no ranking mundial de ocorrências de exploração sexual infantil, sendo 500 mil casos registrados todos os anos. Dados como esses mostram a necessidade de pais e escolas discutirem sobre métodos de prevenção ao abuso sexual infantil.
Segundo a sexóloga Lena Vilela, deveria ser abordado o tema desde os anos iniciais do ensino fundamental e ir aumentando o grau de profundidade no tema, pois desta forma além do estudante se conhecer ele também aprende sobre o que pode ou não ser feito, e a falar se perceber algo que está ocorrendo com ele sem ter medo. A educação sexual ajuda a prevenir não só o abuso, mas também ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e a gravidez precoce.
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