Tumgik
domaredoamor · 4 months
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preciso escrever
preciso pôr em palavras o que sinto ou morrerei em lágrimas já não somos mais os mesmos olho pra ti e parece que não nos fazemos tão bem quanto antes sinto que despertamos, de maneira mútua, um lado desconhecido que habita em nós dois um lado perigoso, agressivo, quase indomável me pergunto se antes existíamos ou apenas fingíamos um pro outro
olho pra nós e sinto como se nossos caminhos estivessem aos poucos se distanciando olho pra mim e parece que aos poucos estou te perdendo olho pra ti e parece que aos poucos está me perdendo estamos nos perdendo não sei o que fazer não sei o que dizer fugir não parece ser uma opção, mas o ficar não parece gerar conforto e ânimo nos dois talvez nos perdemos talvez nunca de fato tenhamos nos encontrado fora da cama
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domaredoamor · 2 years
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Tenho pensado muito sobre mim, sobre minha existência no mundo e minhas relações com as pessoas.
A importância de cada pessoa em minha vida, o que eu espero e busco na relações, seja de amizade ou no campo afetivo-sexual, o que eu espero de mim dentro dessas relações e as expectativas em torno delas.
Sempre tive uma visão romântica sobre as relações, talvez por ter sido criada num ambiente de muito amor, muito afeto, onde cada um fazia exatamente o que precisava ser feito e as coisas funcionavam muito bem, sem necessidade alguma de briga ou qualquer gritaria que fosse. Era uma espécie de acordo invisível para que tudo funcionasse; se entendiam tão bem que não havia necessidade de comunicação verbal pra fazer acontecer. Cresci mal acostumada, pois as relações, em sua maioria das vezes, não funciona com silêncios.
Sempre fui a amiga do diálogo que pouco dialoga quando as coisas não saem quando planejado. Sempre foi mais fácil sair fora do que tentar consertar as coisas, o que é puro surto de uma pessoa que pretende ser psicóloga. Hoje entendo que as relações precisam de diálogo, comunicar o que funciona e o que não funciona pra você e alinhar os objetivos e expectativas.
Mas o que funciona pra mim?
E se eu quiser muito continuar na vida de uma pessoa, mas o que funciona pra mim não irá funcionar pra ela?
Hoje eu entendo que me colocar no centro da relação não funciona exatamente só fazer o que eu desejo. Isso é egoísmo. Entender o ponto do outro, entender o meu e então chegarmos num acordo é um equilíbrio que eu nunca, jamais consegui. Sempre achei que meu ponto fosse o meu importante, que o meu jeito de amar fosse o correto e tudo que fugisse disso não merecia meu mínimo esforço. Egoísmo. Sempre fui egoísta e o ato de tentar reverter esse comportamento é mais doloroso do que reconhecê-lo.
Sempre fui adepta das paixões. Ah, aquele sentimento insano que rasga o peito… sem paixão, não me sinto viva. Se não há paixão e o desejo de viver esse sentimento corrosivo, qual o objetivo de duas pessoas estarem juntas?
Sempre pensei que viver a paixão seria, concomitantemente, estar num relacionamento sério-gostoso-cafona com o sujeito apaixonante.
Calma, coração. Quem falou que toda paixão precisa ser vivida dessa forma? Quem ordenou que precisamos especular uma vida ao lado dessa pessoa? Há formas de se apaixonar (pela pessoa, por alguma característica da pessoa, pelo o que a pessoa faz por você etc) e hoje eu entendo que nem toda paixão precisa ser vivida nessa urgência de vislumbrar um amanhã.
Nem todo fogo serve pra ser queimado muito tempo. Às vezes a chama seria tão alta que seria capaz de destruir uma vila inteira.
Calma, coração. Respire, tome tempo e enxergue que nem tudo merece uma continuidade.
FSA, dois de fevereiro de dois mil e vinte e dois.
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domaredoamor · 2 years
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Recorro ao passado com frequência. 
Dúvida Saudade? Coisas mal resolvidas?
Se passado não é lugar de permanência, por que estou sempre indo lá? Se o presente me satisfaz, por que ando de flerte com o passado?
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domaredoamor · 2 years
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Tumblr media
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domaredoamor · 2 years
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Ando com sede. Sede de mim, sede do outro. Sede de viver… Estou há sete dias vivendo um turbilhão de sentimentos que me fazem questionar todos os campos da minha vida, sobretudo o amoroso. Uma vontade louca e insana de amar e ser amada, de ter acesso ao fundo da alma do outro e permitir que ele acesse a mim também… viver todas as sensações de forma avassaladora, leve, lasciva… Faz tempo que não habita em mim um desejo tão louco e tão intenso de viver o amor e tudo o que ele tem a oferecer, mas sem doer.
pensamento, 15.01.2022
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domaredoamor · 2 years
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alguns poucos anos, algumas crises e expectativas depois, me volto ao bem querer e como é gostosa essa sensação... sempre fui dada às miudezas, ao dengo, mas, no fundo, em algum lugar dentro de mim, eu deixei isso de lado por alguns anos constantemente indo rápido demais, repetidamente querendo viver todas as emoções num só mergulho é difícil viver na borda das emoções era difícil viver o hoje simplesmente (continua sendo) correria, angústia, projeção do amanhã de amanhã em amanhã, fui fugindo das miudezas  medo, pressa, fuga sempre fugindo, sempre correndo, me esquivando
eis que paro em você.
nunca me pediu nada, nem nada me cobrou chegou manso, com uma presença firme e um olhar meio vago de quem está pronto pra partir, mas que, no fundo, pede pra ficar você que muito tem me feito bem e quem eu quero muito bem  
um sentir gostoso, leve.... você, que eu sei porque chegou, mas não sei pra onde quer ir, muito menos isso tudo vai dar não sabemos.
a única certeza presente é a de querer ficar. 
no momento.
sobre G., 23.11.2021
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domaredoamor · 4 years
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em tempos de pandemia...
...volto a mim. parece que me reencontrei. madrugadas sem sono, matutando. só não consigo mais escrever como antes... o desejo de voltar à rotina solitária, numa cidade grande, longe do carinho do lar. quero a volta e não quero a volta. estar longe de casa é muito solitário... mas preciso seguir... não agora, óbvio. meus dias não têm sido muito produtivos, apenas durmo e assisto
tento ler, mas parece impossível ler 3 páginas sem pensar em quem está me mandando mensagens no whatsapp... voltei à mim e voltei ao vício. mas eu sigo sem pressa, sem me pressionar pois ja fiz isso demais. me matriculei num curso grátis de astrologia e ando fazendo cálculos e análises dos mapas de minhas amigas. é engraçado me ver nesse espaço... eu, escorpiana, que nunca liguei muito pra isso. tenho tido esperança de dias melhores, tenho ouvido muita música, tenho refletido sobre meu lugar no mundo, tenho pensado sobre o que esperar de minhas relações, tenho pensado mais no coletivo, tenho pensado no são joão que provavelmente será perdido, tenho pensado do tanto de oportunidade de viver que deixei passar. minha mente fervilha, mas, por fora, sigo calma, como se nada estivesse acontecendo dentro. e eu sigo. sigo acreditando que tudo isso vai passar, que eu e os meus sairemos ilesos e iremos todos voltar a nos abraçar no pós apocalipse.
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domaredoamor · 5 years
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teríamos sido perfeitas amantes; teríamos descoberto juntas cada cantinho da cidade; teríamos, mais uma vez, discutido como o mundo está louco, como as pessoas são cruéis; teríamos uma cerimônia bem simplista, íntima; filhos? talvez. teríamos descoberto o mundo juntas
eu com pressa você com calma
nos encontramos na hora errada. que pena.
sobre R., 26.07.2019
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domaredoamor · 5 years
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recipro cidades a reciprocidade é um vício. eu te amei na noite passada mesmo sabendo que você não me amava na mesma intensidade. ou melhor, não sei se você me ama na mesma proporção, e isso me importa em qual momento? em qual momento eu coloco uma balança nisso que chamo de relação e começo a medir trocas por meio do  amor? semana passada você me fez um misto quente em plena quarta-feira de sol com um sorrido lindo e por um  momento eu me entristeci pois pensei que nunca havia feito nada parecido. o ato, em si, não pedia reciprocidade. ou melhor: o que era recíproco, ali, era minha vontade de estar. por vezes, reciprocidade tem a ver com disposição. “eu estou disposto a ir fundo nisso? a estar aqui? a dar o meu melhor?” uma vez eu ouvi que “tudo bem você não concordar com tudo aquilo que eu te dou. mas se eu dou meu  melhor, pelo menos isso espero que você reconheça.” o problema é que você dá e espera que te deem da mesma maneira. mas você não é diferente dele? ele gosta de melancia. você detesta melancia. você nunca viajou pra fora do estado. ele já aprendeu quatro idiomas. percebe? relações são sobre distinções que decidiram coexistir. reciprocidade tem a ver com o quanto você está disposto a entender que alguns dias serão mais amenos do que outros. que alguns movimentos te trarão frustração porque não seirão como você espera, mas que, caramba, é preciso saber lidar. se você não lida, a insegurança aumenta. e tudo,  consequentemente, vira motivo pra querer cair fora. reciprocidade é uma balança. você entregará mais presença em determinados dias.  ele te doará mais carinho e temperança em outros.  em alguns dias, ela vai querer estar sozinha no quarto onde vocês dois compunham discussões sobre as próximas férias. noutros, ela vai querer dormir no seu pescoço e fará uma rede entre  uma orelha e outra. reciprocidade é isto: você saber que ele tem se esforçado e tem entregado o que você. se é insuficiente, você também pode abdicar e dizer que não serve.  mas, caramba, não é bom tentar? às vezes é sim.  reciprocidade é energia. é a mão em cima da outra. é o olho confortável dentro do olho do outro. não menos que isso. menos que isso não queira.  mas também não dê amor já esperando recebê-lo de volta na mesma intensidade, tempo e espaço. pode acontecer depois, pode acontecer amanhã, pode acontecer semana que vem. quem sabe na semana que vem eu não faça um café da manhã também? não por obrigação ou peso na consciência ou porque estou atolado no conceito de reciprocidade. mas porque decidi ficar e é bom estar com você. porque você se entrega pra mim diariamente e eu também. porque eu prefiro literatura russa e você, alemã. porque suas músicas não tocariam numa playlist minha  e, mesmo assim, conseguimos depositar-nos um sobre o outro quando todo mundo faz questão de partir e abandonar.  reciprocidade é sobre entender demandas, mas entender que o amor preenche tudo, no seu tempo - e enquanto seres humanos diferentes, a seu modo.   fonte: textos cruéis demais para serem lidos rapidamente
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domaredoamor · 5 years
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no mar de teus olhos, me perco, me afogo no lume do teu riso, me ilumino, me cego na amora de teus lábios, me perco, me entrego no envolver de teus braços, me levo 
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domaredoamor · 6 years
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"ah, que saudade tenho da Bahia (...)"
Sinto e canto com a mesma melancolia que João Gilberto canta seu verso Saudade do mar, do cheiro do mar, do sal do mar e do barulho de suas ondas Saudade do sol se pondo amarelinho, beijando a água azul que se perde no horizonte Saudade de sua gente preta com o sorriso largo Saudade de seus encantos arquitetônicos que, apesar de advindos de sua época triste, nos salta os olhos e nos enche a imaginação Saudades das descobertas Saudades da pulsação enérgica que só a Cidade da Bahia tem Saudade de seus tambores e suas cores Saudades de andar pelas ruas do Garcia sentindo o cheiro do verde de suas árvores Saudades de avistar, ao longe, a Colina Sagrada Saudades de me sentir sempre como se estivesse pisando lá pela primeira vez, todas as vezes A Bahia me tem E eu a tenho. Saudades.
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domaredoamor · 6 years
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21.06.18
perdi-me do nome; hoje, em tua boca, atendo por ‘amor’. é o nome mais bonito que eu poderia ganhar, depois de anos atendendo pelo mesmo... e vindo de tua boca, soa ainda mais doce, suave. de amor me chamas, de amor te chamo,
e com amor vivemos.
sobre R.
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domaredoamor · 6 years
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a noite chega entre tosses e pigarros, me vem à memória a doce lembrança do que fui e o inquieto pensamento do que hei de ser hei? eu já sou! necessito escrever necessito pôr pra fora todo esse sentimento preso que me rasga o peito a cada amanhecer necessito buscar em mim forças para não deixar morrer o sentimento que me persegue e que chega a machucar machuca, dói, mas também traz esperanças, traz forças contraditório, não? mas viver é contradizer-se a todo tempo sempre a busca incessante de si mesmo
mas se já estou e sou, por que me procuro?
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domaredoamor · 6 years
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17.05.18
me dispo inteira diante de ti encontro-me nua, plena, de alma e corpo expostos o que pode ser mais poderoso que o amor em seu ato sublime? amar, envolver, despir... despida de alma, corpo, sonhos, palavras inteira, nua, posta, explêndida quero-te da mesma forma: intensa, poética, despida porque não há nada mais lascivo que o entrelaço de corpos que se sintonizam numa mesma frequência
sobre R.
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