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blogcaixadesom · 2 years
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10 anos de “Clockwork Angels”
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Texto: Leonardo Melo | Arte da capa: Hugh Syme | Foto: Andrew MacNaughtan
Hoje, 12 de junho de 2022, completa-se uma década do lançamento de "Clockwork Angels" , o vigésimo e último álbum de estúdio do Rush. Ainda que o grupo tenha liberado outros trabalhos posteriormente, como o registro ao vivo da turnê do referido disco, edições especiais de aniversário de álbuns clássicos da carreira, como "2112", "A Farewell to Kings", "Hemispheres", “Permanent Waves” e a obra-prima "Moving Pictures", o incrível documentário “Time Stand Still”, sem falar em sua própria cerveja, a chegada de "Clockwork Angels" às lojas acabaria por marcar o derradeiro lançamento de canções inéditas do trio canadense, que se aposentou em 2018. E que baita disco.
As gravações ocorreram no Blackbird Studio, em Nashville (EUA), e no Revolution Recording, em Toronto (Canadá), sob a batuta da banda em parceira com o produtor Nick Raskulinecz (Foo Fighters, Alice in Chains, Deftones), durante a “Time Machine Tour”, que celebrou os 30 anos de "Moving Pictures" e passou pelo Brasil em 2010. Suas doze faixas são a síntese de uma trajetória ímpar dentro da indústria musical, marcada pela excelência e integridade que sempre nortearam a união entre Geddy Lee (vocais, baixo e teclados), Alex Lifeson (guitarra) e o saudoso Neil Peart (bateria, percussão e letras) em estúdios e nos palcos por mais de quatro décadas.
O disco, conceitual e que serviu de base para o livro homônimo assinado por Peart e pelo mestre do gênero steampunk, o escritor Kevin J. Anderson (lançado aqui em 2015 pela editora Belas Letras, sob o título "Os Anjos do Tempo"), traz músicas inspiradas em histórias de gênios da ficção-científica, como Júlio Verne e H.G. Wells. A trama, que percorre as faixas do álbum e o livro aprofunda/amplia, é centrada na figura de Owen Hardy, um jovem que cuida de um pomar de macieiras e num belo dia deixa o seu pacato vilarejo de Barrel Arbor para viver uma grande e fantástica aventura entre civilizações perdidas, um exótico circo, piratas, anarquistas e alquimistas.
Entre os meus destaques estão "Caravan", a faixa-título "Clockwork Angels", "Halo Effect", "Seven Cities of Gold", "Wish Them Well" e, claro,"The Garden", que não apenas é, na minha opinião, uma das mais lindas composições do grupo, como é o seu canto do cisne, encerrando de maneira sublime, para não dizer emocionante, o disco e a carreira de uma banda única, que atravessou décadas, modismos e estilos sem abrir mão de sua identidade e do que acreditava.
"A medida de uma vida é uma medida de amor e respeito Tão difícil de ganhar, tão fácil de queimar Na plenitude dos tempos Um jardim para nutrir e proteger O tesouro de uma vida é uma medida de amor e respeito A maneira como você vive, os presentes que você dá Na plenitude dos tempos É a única retribuição que você espera"
Trecho de "The Garden" (Letra de Neil Peart)
Nada pode ser mais lindo do que isso.
Muito obrigado por tudo, Lee, Lifeson e Peart.
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blogcaixadesom · 5 years
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Marenna-Meister: primeiro single já tem capa e data de lançamento
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ÓTIMA NOTÍCIA PARA OS FÃS DE HARD ROCK!
Marenna-Meister é o novo projeto do vocalista Rod Marenna (Marenna) com o guitarrista Alex Meister (Pleasure Maker).
Com mais de 25 anos de experiência na música e reconhecimento dentro e fora do país, a dupla apresenta um hard rock intenso e poderoso. Para tornar a jornada mais interessante, o projeto conta também com Alexandre “Tilly” Rampini (Silent) na bateria e Cristiano Gavioli no baixo. “Follow Me Up”, o primeiro single, será lançado no próximo dia 5 de julho em todas as plataformas digitais, trazendo uma atmosfera totalmente anos 1980, recomendada para fãs de Dokken, Winger, Firehouse, Warrant e outras bandas do gênero. Acompanhe o Marenna-Meister nas redes sociais e fique sempre por dentro das novidades!
www.facebook.com/MarennaMeister www.marennaonline.com www.alexmeister.com
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blogcaixadesom · 5 years
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RIP, Andre Matos
Texto: Leonardo Melo | Foto: reprodução
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Tirando a poeira aqui do blog com uma triste notícia. 
A maior voz do Heavy Metal brasileiro se calou. Andre Matos faleceu hoje em São Paulo, com apenas 47 anos. Se o chamado "rock pesado" feito aqui no Brasil tem já há algum tempo respeito e reconhecimento lá fora, na Europa e, sobretudo, no Japão, muito se deve a esse cara, com as bandas que ele fundou, Viper, Angra e Shaman.
Baita cantor, que chegou a ser cogitado para assumir os vocais de ninguém menos que o Iron Maiden, quando Bruce Dickinson deixou o posto em 1993, Andre também era um baita compositor, pianista e maestro. Além do talento, tinha simpatia e carisma inigualáveis. 
Cheguei a ver shows com ele de certa forma tardiamente. Dois com o Viper (ambos em 2012, sendo o segundo na abertura pro Kiss) e um com o Shaman (em dezembro de 2018), na turnê que também reuniu a formação original da banda. Mas, assim como para todos os fãs, o sonho de vê-lo se juntar de novo ao Angra, infelizmente, não será mais possível. 
Sua partida neste sábado deixa uma lacuna que jamais será preenchida. Seu legado permanecerá para sempre. Valeu demais, cara. Descanse em paz. :-(
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blogcaixadesom · 5 years
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Melhores shows de 2018
Texto: Leonardo Melo
Abaixo, os shows que mais agradaram a esse simples redator nesse ano. Ordenados por data de realização, são eles:
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Phil Collins - "Not Dead Yet Live Tour" Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro/RJ Data: 22/02/2018 Foto: Tuiki Borges/Midiorama
Após deixar para trás a aposentadoria, anunciada em 2011 e que durou até 2017, o eterno baterista e cantor do Genesis fez, finalmente, sua primeira turnê solo no Brasil - antes, ele veio com o grupo em 1977. Apesar da saúde debilitada (Collins entra no palco de bengala e permanece sentado durante todo o show), o músico britânico de 67 anos mostrou estar em dia com a marcante voz que já embalou gerações. É para se guardar na alma vê-lo apresentar grandes hits da lendária banda de rock progressivo, como "Throwing It All Away", "Follow You Follow Me" e "Invisible Touch", e, claro, também de sua carreira solo, como "Against All Odds (Take a Look at Me Now)", "Another Day in Paradise" - essas duas logo de cara na abertura do show - e "Sussudio". Tudo apoiado por uma bandaça com 15 integrantes, incluindo naipe de metais, backing vocals e músicos tarimbadíssimos como os veteranos Daryl Stuermer e Leland Sklar, além de seu filho, Nic Collins, de apenas 16 anos, na bateria, que mostrou que o talento musical ali corre nas veias. Resumindo em uma palavra: emocionante.
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Depeche Mode - "Global Spirit Tour" Allianz Parque - São Paulo/SP Data: 27/03/2018 Foto: Edi Fortini
Foram necessários 24 anos para que a influente banda inglesa de synthpop e electro-rock, com pitadas dark, voltasse ao Brasil. Mas a espera valeu (e muito) a pena. Apesar da chuva que despencou na capital paulista, local da única apresentação no País e que encerrou a passagem pela América Latina, o vocalista Dave Gahan, o guitarrista e tecladista Martin Gore, e o tecladista Andy Fletcher entregaram uma performance para se anotar no caderninho. Divulgando o mais recente ábum, "Spirit" (2017), o trio - ao vivo encorpado pelo tecladista e baixista Peter Gordeno e o baterista Christian Eigner - apresentou músicas desse novo trabalho (o 14º de estúdio), como "Going Backwards", "Where's the Revolution" e "Cover Me", e sucessos atemporais da carreira, incluindo "Enjoy the Silence", "Personal Jesus" e "Strangelove" - esta em versão acústica com Martin nos vocais. A configuração do estádio em formato de anfiteatro, com apenas metade de seu espaço utilizado, tornou o show ainda mais vibrante.
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Moonspell - "1755 Tour" Teatro Odisseia - Rio de Janeiro/RJ Data: 25/04/2018 Foto: Daniel Croce/Rockarama
Liderada pelo vocalista Fernando Ribeiro, a banda portuguesa de gothic metal fez sua estreia solo no Rio de Janeiro, após o elogiado show no palco Sunset do Rock in Rio, em 2015. E se alguém duvidou que eles pudessem se superar... A nova apresentação teve como base o ótimo álbum conceitual "1755", sobre o terremoto que assolou a cidade de Lísboa no ano retratado no título. Lançado no ano passado, o disco (12º de estúdio e o primeiro com letras inteiramente no idioma natal do grupo) forneceu oito de suas dez músicas ao repertório (incluindo o excelente cover para "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas do Sucesso). A performance ainda contou com trocas de roupas e a utilização de elementos cênicos (máscara, cruz e lamparina) por parte do frontman, além de uma caprichada iluminação, que conferiram ao show um interessantíssimo ar teatral, mesmo em um palco de pequenas dimensões, como o do Odisseia.
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Ozzy Osbourne - "No More Tours 2" Jeunesse Arena - Rio de Janeiro/RJ Data: 20/05/2018 Foto: Frederico Cruz
Menos de dois anos após o derradeiro show do Black Sabbath, foi a vez de Ozzy Osbourne também embarcar em sua "Farewell Tour". Dizer que o Madman, que recentemente completou 70 anos, é uma figuraça, um dos maiores nomes da história do heavy metal e da música em todos os tempos, é chover no molhado. Por falar em água, não rolou banho de mangueira e de balde jogado no público e sobre si mesmo, como de outras vezes em que o cantor inglês aqui esteve. Nem tampouco, mordida no morcego (de borracha, que fique bem claro). Mas seu carisma e clássicos de sua carreira solo, a exemplo de "Bark at the Moon", "Mr. Crowley" e "Crazy Train", assim como do próprio Sabbath, incluindo "Fairies Wear Boots", "War Pigs" e "Paranoid", não têm como serem limados do setlist. E para as apresentações dessa anunciada última grande turnê mundial, Ozzy conta com a volta de seu cultuado e mais longevo guitarrista, Zakk Wylde.
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Carl Palmer's ELP Legacy - "Emerson Lake & Palmer Lives On!" Vivo Rio - Rio de Janeiro/RJ Data: 25/05/2018 Foto: Daniel Croce/Rockarama
Aos 68 anos, o baterista inglês voltou ao Brasil com uma turnê em homenagem aos igualmente geniais, Keith Emerson (teclados) e Greg Lake (baixo e vocais), seus ex-companheiros no lendário ELP, ambos falecidos em 2016. Acompanhado pelos jovens talentosos e não menos virtuoses Paul Bielatowicz (guitarra) e Simon Fitzpatrick (baixo e Chapman Stick), Carl Palmer deu um show de técnica e precisão ao reproduzir clássicos de um dos maiores grupos de rock progressivo em todas as épocas, como "From the Beginning", "Lucky Man" e "C'est la vie". E também de simpatia, ao contar histórias sobre a icônica banda formada nos anos 1970 e sua carreira. O que dizer de seu hipnotizante número solo, de quase dez minutos de duração, em que até as baquetas são utilizadas para se tirar som? A apresentação ainda contou com participações especiais dos cantores Ritchie (do hit oitentista "Menina Veneno"), Sérgio Vid (do Vid & Sangue Azul) e Toni Platão (ex-Hojerizah).
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Roger Waters - "Us + Them Tour" Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro/RJ Data: 24/10/2018 Foto: Frederico Cruz
Em sua quarta visita ao Brasil, o mítico ex-baixista do Pink Floyd trouxe sua mais nova e grandiosa turnê, em meio ao turbilhão eleitoral no País. Alvo de críticas pelo seu ativismo (que é de longa data, diga-se), o músico britânico de 75 anos, apoiado pela competentíssima banda de sempre, mais uma vez proporcionou ao público um espetáculo audiovisual sem igual, graças ao gigantesco telão em HD e ao não menos incrível sistema de som quadrifônico, que só potencializam a força do seu repertório. Não faltaram o porco inflável da capa de “Animals” (1977), o prisma com lasers de "Dark Side of the Moon" (1973), nem o coral infantil em "Another Brick in the Wall Part 2". Muito menos, críticas ácidas ao presidente americano Donald Trump, a outras figuras políticas associadas à extrema direita e a corporações. Um dos pontos altos foi acompanhar a usina de Battersea, que também ilustra a capa de "Animals", emergir do solo com suas quatro chaminés ativas, em um efeito excepcional que rompia os limites do enorme telão. Perto do fim, o show prestou homenagem à vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março, tendo Waters recebido no palco os familiares dela, que ainda lutam por justiça. De arrepiar.
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Alice in Chains - "Rainier Fog Tour" Km de Vantagens Hall - Rio de Janeiro/RJ Data: 11/11/2018 Foto: Frederico Cruz
Após participar do Hollywood Rock em 1993 (no auge do movimento grunge) e do Rock in Rio em 2015, o Alice in Chains voltou à Cidade Maravilhosa agora como atração do festival Solid Rock. A banda, que na ocasião dividiu o palco com o Black Star Riders e o Judas Priest, veio promover seu sexto disco de estúdio, o excelente "Rainier Fog", lançado em agosto. Além de novas canções como "The One You Know" e "Never Fade", o quarteto de Seattle desfilou clássicos como "Them Bones", "We Die Young" e "Man in the Box". Tendo três álbuns já lançados com o grupo, é visível como William DuVall está mais à vontade no lugar de Layne Staley também no palco. Seu entrosamento com o chefão, o ótimo guitarrista e compositor Jerry Cantrell, inclusive nos vocais dobrados, é outro destaque. Não dá para esquecer também, obviamente, a competentíssima cozinha rítmica formada pelo baixista Mike Inez e o baterista Sean Kinney. Fica a torcida para que em uma próxima visita ao Rio de Janeiro, a banda faça, enfim, uma apresentação solo.
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Judas Priest - "Firepower Tour" Km de Vantagens Hall - Rio de Janeiro/RJ Data: 11/11/2018 Foto: Frederico Cruz
Ainda que os substitutos sejam excelentes, não vou negar que foi um pouco estranho ver um show do Judas Priest pela primeira vez sem a sua dupla original de guitarristas. Me refiro a K.K. Downing, substituído por Richie Faulkner desde 2011, e, agora, Glenn Tipton, que vem dando lugar a Andy Sneap devido à doença de Parkinson. Mas um show do Judas Priest é sempre um show do Judas Priest. Ainda mais quando se tem um ótimo álbum para divulgação, o caso de "Firepower", lançado em março, e um tal Rob "Metal God" Halford, em forma aos 67 anos, nos vocais. Atração do festival Solid Rock ao lado do Black Star Riders e do Alice in Chains, a veterana banda inglesa fechou a noite, apresentando faixas do novo disco (o 18º de estúdio), como "Lightning Strike", "No Surrender" e "Rising From Ruins", além de clássicos eternos, como "Painkiller", "Breaking the Law" e a festeira "Living After Midnight". Sem falar na sempre sensacional produção de palco do grupo e, particularmente, na potência absurda do sistema de som, que fizeram o peso das guitarras ecoar nos tímpanos por dias.
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L7 - "I Came Back to Bitch Tour" Circo Voador - Rio de Janeiro/RJ Data: 01/12/2018 Foto: Frederico Cruz
Formado somente por mulheres, o L7 foi uma das sensações da "edição grunge" do festival Hollywood Rock, a mesma que trouxe, em 1993, Nirvana e Alice in Chains, dos dois maiores nomes do movimento. Após um longo recesso, entre 2000 e 2014, a banda de Los Angeles (uma das mais representativas da década de 1990) reuniu sua formação original, fez turnês pela Europa e EUA, além de lançar um documentário e duas músicas inéditas. A recente passagem pelo Brasil mostrou que Donita Sparks (vocais e guitarra), Suzi Gardner (guitarra e vocais), Jennifer Finch (baixo e vocais) e Dee Plakas (bateria e vocais) seguem com a mesma energia e a aura punk vistas naquele bombástico show na Praça da Apoteose, há 25 anos. E o público que lotou o Circo Voador parecia estar também ligado nos 220 volts, ao som não apenas das novas canções, "Dispatch From Mar-a-Lago" e "I Came Back to Bitch", mas sobretudo das clássicas, como "Fast and Frightening", "Monster" e, claro, "Pretend We're Dead". Um show furioso.
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Shaman - "Reunion Tour" HUB RJ - Rio de Janeiro/RJ Data: 02/12/2018 Foto: Frederico Cruz
Os fãs pediram e o esperadíssimo reencontro dos integrantes originais do Shaman - três deles egressos da formação clássica do Angra - finalmente aconteceu em 2018. Para quem não tinha conseguido ver o grupo paulistano ao vivo nos áureos tempos (e me incluo nessa lista), foi um presente e tanto de final de ano. Andre Matos (vocais), Hugo Mariutti (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria), juntos de novo no palco, e - com reforço do tecladista Fabio Ribeiro - executando um repertório ímpar, os álbuns "Ritual" (2002) e "Reason" (2005) na íntegra. O show ainda contou com a luxuosa participação especial do grande compositor e violinista mineiro Marcus Viana (Sagrado Coração da Terra), que além de ter tocado nos discos citados, assinou temas de novelas de sucesso, como "Pantanal", "Terra Nostra" e "O Clone", entre outras. Pela sintonia e alegria explícitas no palco, será, no mínimo, um sacrilégio se o retorno desses quatro caras ficar somente restrito à uma turnê de reunião.
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blogcaixadesom · 5 years
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Melhores álbuns de 2018
Texto: Leonardo Melo | Fotos: divulgação
Sem delongas e ordem de preferência, mas sim de lançamento, eis abaixo os discos que mais agradaram a esse humilde escriba nesse ano:
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Judas Priest - "Firepower" (Sony Music Entertainment) Lançamento: 09/03/2018
Os veteranos do heavy metal surpreenderam com o seu melhor lançamento em quase 20 anos. Aclamado pelo público e pela crítica, o sucessor do bom "Redeemer of Souls" (2014) foi o último trabalho da lendária banda inglesa a contar com o guitarrista e membro fundador Glenn Tipton, que se afastou das atividades devido ao mal de Parkinson. Trazendo Rob "Metal God" Halford (do alto de seus 66 anos) em forma nos vocais, o álbum (18º de estúdio) apresenta um som moderno, mas sem deixar de fazer referências ao legado do grupo, com quase cinco décadas de carreira. Sugestões para audição: "Firepower", "Lightning Strike", "Never the Heroes" e "Evil Never Dies".
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W.E.T. - "Earthrage" (Frontiers Music Srl) Lançamento: 23/03/2018
A parceria entre o grande vocalista norte-americano Jeff Scott Soto (ex-Talisman) e os talentosos músicos suecos Erik Martensson (Eclipse) e Robert Säll (Work of Art) liberou o seu terceiro álbum, mantendo a já aclamada alta qualidade dos predecessores. É aquele melodic hard rock de primeira, repleto de canções com ótimos riffs, solos e refrãos empolgantes para se cantar junto, como já visto em "Rise Up" (2013) e em "W.E.T." (2009). Cá entre nós, com um baita time desse não poderia dar errado. Aperte o "play" e corra para o abraço! Sugestões para audição: "Watch the Fire", "Burn", "Dangerous" e "Calling out Your Name".
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Ghost - "Prequelle" (Loma Vista Recordings) Lançamento: 01/06/2018
Em meio a um período conturbado por mudanças na formação, briga na justiça e revelação das identidades (até então secretas) dos integrantes, o Ghost chegou a seu quarto álbum de estúdio. E mantendo a ascendente escala de qualidade, notável desde o primeiro trabalho do grupo sueco. O sucessor do ótimo "Meliora" (2013) traz mais uma vez aquela saborosa sopa de influências que vai desde o doom ao AOR. Tudo agora sob o comando de Cardinal Copia, que assim como foram os demais frontmen da banda, é encarnado pelo vocalista e líder Tobias Forge. Sugestões para audição: "Rats", "See the Light", "Dance Macabre" e "Witch Image".
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The Darkness - "Live at Hammersmith" (Cooking Vinyl Records) Lançamento: 15/06/2018
Gravado no famoso Hammersmith Apollo, em Londres, é o primeiro álbum ao vivo da banda comandada pelos irmãos Justin Hawkins (vocal e guitarra) e Dan Hawkins (guitarra e backing vocals). O registro traz todo o poder de fogo do quarteto inglês de hard/gam rock no palco e um apanhado dos seus cinco discos de estúdio até aqui, incluindo o mais recente, "Pinewood Smile" (2017). É o tipo do material que merecia (e deveria) ter sido também filmado, para lançamento em DVD/Blu-ray. Sugestões para audição: "Love is Only a Feeling", "One Way Ticket", "Buccaneers of Hispaniola" e "I Believe in a Thing Called Love".
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The Night Flight Orchestra - "Sometimes the World Ain't Enough" (Nuclear Blast Records) Lançamento: 29/06/2018
O projeto sueco que reúne integrantes do Soilwork e do Arch Enemy me despertou curiosidade desde o seu início pela ousadia. Fugindo do que seria a tendência óbvia, ou seja, seguir o death metal melódico praticado pelas bandas principais de seus membros, o grupo optou por uma sonoridade totalmente distinta, vintage, calcada no classic rock, no AOR e até na disco music. Tudo, é claro, também realizado com exímia competência e qualidade. E nesse quarto álbum, que sucede o excelente "Amber Galactic" (2017), isso não é diferente. Sugestões para audição: "Turn to Miami", "Paralyzed", "Pretty Thing Closing in" e "Speedwagon".
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Gioeli - Castronovo - "Set the World on Fire" (Frontiers Music Srl) Lançamento: 13/07/2018
Já se passavam mais de 25 anos desde que o vocalista Johnny Gioeli (Axel Rudi Pell) e o baterista Deen Castronovo (The Dead Daisies, ex-Journey) haviam trabalhado juntos pela última vez. Mais precisamente, em "Double Eclipse" (1992), a ótima estreia do Hardline. Depois de todo esse tempo, a dupla voltou a se encontrar, agora em um projeto batizado com seus respectivos sobrenomes. A restabelecida parceria originou um novo e excelente disco de melodic hard rock, no qual os fãs podem atestar que não apenas o privilegiado gogó de Gioeli segue intacto, como as habilidades também vocais de Castronovo. Sugestões para audição: "Set the World on Fire", "Though", "Ride of Your Life" e "Who I Am".
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Alice in Chains - "Rainier Fog" (B.M.G Music Management) Lançamento: 24/08/2018
Um dos ícones do movimento grunge, o quarteto norte-americano entrega o seu melhor disco desde o retorno ao batente, com o vocalista William DuVall no lugar do lendário Layne Staley. E olha que os dois anteriores, "Black Way Gives to Blue" (2009) e "The Devil Put Dinossaurs Here" (2013), já mereciam todos os elogios. O som denso, arrastado, para não dizer até deprê da banda estão lá, assim como músicas, digamos, mais suaves, em que a dobradinha vocal de DuVall com o guitarrista e principal compositor, Jerry Cantrell, também funciona que é uma beleza. Sugestões para audição: "Fly", "The One You Know", "Maybe" e "Rainier Fog".
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Creye - "Creye" (Frontiers Music Srl) Lançamento: 12/10/2018
Capitaneada pelo guitarrista Andreas Gullstrand (ex-Grand Slam), a  banda sueca de melodic hard rock/AOR fundada em 2015 surpreende em seu álbum de estreia auto-intitulado. O trabalho reúne treze faixas pra lá de colantes, que trazem como molho adicional um agradável sotaque pop e influência dos anos 1980. Prato cheio para fãs de grupos como Houston, Eclipse, Work of Art, H.E.A.T. e Wigelius. Mais um golaço da gravadora italiana Frontiers, que desde sempre aposta no estilo. Sugestões para audição: "Holding On", "Nothing to Loose", "Different State of Mind" e "All We Need Is Faith".
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Greta Van Fleet - "Anthem of the Peaceful Army" (Republic Records) Lançamento: 19/10/2018
Sensação do rock atual, a jovem banda norte-americana de nome curioso (inspirado em uma moradora de sua cidade natal) não decepciona em seu primeiro disco full-lenght, após dois elogiados EPs. Resta saber se o quarteto de Frankenmuth, Michigan, formado pelos irmãos Josh, Jake e Sam Kiszka, mais Danny Wagner, se descolará das comparações com o Led Zeppelin (de fato, boa parte das músicas traz enorme semelhança, sobretudo pelo vocal "Robert Planteano" de Josh e pela guitarra "Jimmy Pageana" de Jake), rumo a uma identidade própria. Potencial existe. Sugestões para audição: "Age of Man", "Lover, Leaver", "The New Day" e "Mountain of the Sun".
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The Struts - "Young & Dangerous" (2018) (Interscope Records) Lançamento: 26/10/2018
Quatro anos após colocar na rua o bastante elogiado "Everybody Wants" (2014), a banda inglesa (outra grande revelação da cena roqueira atual) voltou ainda mais afiada em seu segundo álbum full-lenght. Quem já curtiu o clima festeiro do trabalho de estreia dos caras, que traz aquela áurea setentista e combina glam, hard rock e alternativo, vai se esbaldar aqui também. Sem falar que a performance do figuraça vocalista Luke Spiller (que estampa a capa), uma mistura de Mick Jagger, Steven Tyler e, sobretudo, Freddie Mercury (inclusive no timbre vocal), é um destaque à parte. Sugestões para audição: "Body Talks", "Primadonna Like Me", "Fire - Part 1" e "Somebody New" .
Também fizeram bonito esse ano, merecem destaque e, claro, boas audições:
Angra - "Ømni" Blackberry Smoke - "Find a Light" Cauldron - "New Gods" Melyra - "Saving You from Reality" Nordic Union - "Second Coming" Pleasure Maker - "Dancin' with Danger" Treat - "Tunguska" Sixty-Nine Crash - "Postcards from the Black Sun" Steve Perry - "Traces" Stone Temple Pilots - "Stone Temple Pilots"
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blogcaixadesom · 5 years
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Resenha: “Bohemian Rhapsody”
Texto: Leonardo Melo | Fotos: divulgação/20th Century Fox
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Depois de meses de muita expectativa e uma conturbada produção, com direito a trocas do ator principal e do diretor, finalmente chegou aos cinemas, "Bohemian Rhapsody". Eu estava apreensivo por conta das primeiras críticas que li a respeito não terem sido lá muito elogiosas à cinebiografia do Queen e de sua grande estrela, o mítico vocalista Freddie Mercury (1946-1991). Mas querem saber, no geral, eu saí da sala satisfeito.
Com direção de Bryan Singer ("X-Men"), que na reta final das filmagens foi demitido pela Fox e substituído por Dexter Fletcher ("Voando Alto"), produção executiva do guitarrista Brian May e do baterista Roger Taylor, obviamente, o filme dispensa comentários no aspecto musical. E visualmente não fica atrás. Fotografia, figurinos, reconstituição da época...É impecável. O longa aborda desde o encontro, no início dos anos 1970, em Londres, entre o jovem Farrokh Bulsara, nascido em Zanzibar (Tanzânia), e a banda Smile, que depois se tornariam Freddie Mercury e o Queen, até a lendária participação do grupo no Live Aid, em meados da década de 1980.
A caracterização dos personagens, com destaque para os membros da icônica banda inglesa, impressiona, trazendo Joseph Mazzello (que interpretou, quando criança, o garotinho de "Jurassic Park") como o baixista John Deacon, Ben Hardy (o mutante Anjo de "X-Men: Apocalipse") na pele de Taylor e Gwilym Lee (da série "Midsomer Murders"), idêntico como May. E Rami Malek? O ator da série "Mr. Robot", que assumiu o posto inicialmente oferecido a Sacha Baron Coen ("Borat"), entrega um trabalho de primeira, ao reproduzir com fidelidade os gestos e a intensa linguagem corporal de Mercury. Será que teremos uma indicação ao Oscar?
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Muito interessante ver como foram gestados alguns dos maiores hits do grupo, como "Another One Bites the Dust", "We Will Rock You", além, é claro, da música que dá título ao filme. Até mesmo a origem do famoso pedestal de microfone de Freddie (sem o pé) é mostrada. O lado festeiro e os conflitos pessoais de Freddie, a conturbada relação com sua família, as brigas com os integrantes da banda também ganham espaço na tela. E para quem achava que o filme não abordaria a homossexualidade do cantor, o tema não é descartado. Tudo conduzido para o clímax, a apresentação no evento beneficente Live Aid, em 1985, no estádio de Wembley, em Londres. Inacreditavelmente bem reconstituída.
Ainda sobre o roteiro... Ok, há licenças poéticas (e não são poucas), que eu apelidaria de "tropeços cronológicos". E logo de cara, o que talvez chame mais a atenção de nós, brasileiros. Na cena em que Freddie declara à namorada Mary Austin (Lucy Boynton, de "Assassinato no Expresso do Oriente") ter escrito "Love of My Life" para ela, ambos assistem na TV à inesquecível performance do público cantando em uníssono a faixa no Rock in Rio, que é "antecipado" para a década de 1970. Quando todos sabem que a primeira edição do mega festival carioca (que contou com o antológico show do Queen) se deu em 1985.
Em outro momento, na cena em que Brian May lança a ideia para a clássica batida do hino "We Will Rock You", clássico escrito em 1977, Freddie já aparece no estúdio com seu famoso bigode. Na verdade, o cantor só passou a adotá-lo nos anos 1980. Para citar outro episódio, mais adiante, o vocalista revela a seus companheiros de banda ser portador do vírus HIV, durante os ensaios para a apresentação no Live Aid. Na realidade, ele teria a confirmação do diagnóstico da doença em 1987, portanto dois anos depois.
Enfim, contar a história de uma das maiores bandas de todos os tempos, e tão querida como o Queen, com todas as suas complexidades, não é tarefa das mais simples. Sobretudo, agradar aos fãs mais ferrenhos. No entanto, a meu ver, o saldo final é positivo após 2 horas e 15 minutos de projeção. Ainda mais quando me lembro de ter ido às lágrimas durante "Radio Ga Ga", na sequência da performance do quarteto no Live Aid. Obrigado, Rami Malek. Obrigado, Freddie Mercury. Obrigado, Farrokh Bulsara.  
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blogcaixadesom · 6 years
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Resenha: Creye - "Creye"
Texto: Leonardo Melo | Foto: divulgação
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Graças à recomendação de uma amiga no Instagram, fui conferir o primeiro full-lenght do Creye. Curiosamente, dias antes, por acaso eu esbarrei com a bela capa do álbum (veja ela aí no alto), ao fazer uma pesquisa na Internet. E confesso: apesar de ter achado a arte gráfica bem bonita e de ser muito fã de Hard Rock, Melodic Rock e AOR, isso não foi o suficiente para que me interessasse em ouvir o material. Tremendo engano da minha parte, porque a estreia da banda sueca é simplesmente genial.
Lançado pela Frontiers Records no fim de setembro, "Creye" (sim, o disco é batizado com o próprio nome do grupo) traz um conjunto de canções empolgantes para nenhum apreciador do estilo botar defeito. "Holding On" (ouça no player abaixo), a faixa de abertura, já é logo de cara um belo exemplo do que virá pela frente. Com grandes arranjos e melodias, competência instrumental a cargo de Andreas Gullstrand (ex-Grand Slam) e Fredrik Joakimsson nas guitarras, Gustaf Örsta no baixo, Joel Rönning nos teclados e Arvid Filipsson na bateria, além do ótimo vocal de Robin Jidhed (filho de Jim Jidhed, vocalista do Alien), a sequência segue inspirada com "Nothing to Lose", "Different State of Mind" (assista ao clipe no player abaixo) e "Never Too Late".
"All We Need Is Faith" não fica atrás, sendo outro destaque do trabalho, apesar de sua pegada mais cadenciada, que logo é compensada por mais um refrão e segunda parte vibrantes. "Miracle" mantém o ritmo desde sua introdução guiada por um violão e igualmente conquista pela ótima melodia e refrão cativante. Com destaque para a camada de teclados que permeia a faixa e a atuação da bateria, "Christina" (confira o lyric video no player abaixo) também empolga pelo ótimo refrão. Na sequência, "Straight to the Top" apresenta backing vocals caprichados que valorizam ainda mais o gogó de Jidhed.
Cumprindo a, digamos, “cota de baladas" de todo bom álbum de Hard/AOR que se preze, temos "Love Will Never Die", que desempenha bem o seu papel. Ao passo que "Still Believe in You" retoma o andamento mais agitado, assim como "City Lights", logo em seguida. "Desperately Lovin'" reduz um pouco a marcha, mas sem perder em qualidade, da mesma forma que "Better Way", responsável pelo fechamento da track list regular do disco.
E como já se tornou uma prática habitual da Frontiers, a edição japonesa traz aquela manjada versão acústica de uma música que já consta no álbum. A escolhida foi "Straight to the Top". Nesse caso, poderiam ter incluído, por exemplo, a faixa "No Easy Way Out" (cover de Robert Tepper presente no filme "Rocky IV"), que encerra o EP "Straight to the Top" liberado pelo Creye em 2017 e que não está no recém-lançado disco. Ok, o EP em questão trazia Alexander Strandell (ex-Diamond Dawn, Art Nation) nos vocais, mas não daria para regravá-la com Jidhed (que depois assumiu o posto) na função? Vá entender...
Crítica à parte, se você gosta de Work of Art, Wigelius, Houston, H.E.A.T. e Eclipse, só para citar alguns outros nomes do gênero (coincidentemente, todos belos representantes do Hard Rock/AOR sueco), então o Creye é, de fato, a sua praia. Não seria exagero algum dizer que temos aqui um fortíssimo candidato a álbum do ano. Pelo menos em seu segmento. Vida longa ao Creye!
Track list:
01. Holding On 02. Nothing to Lose 03. Different State of Mind 04. Never Too Late 05. All We Need Is Faith 06. Miracle 07. Christina 08. Straight to the Top 09. Love Will Never Die 10. Still Believe in You 11. City Lights 12. Desperately Lovin’ 13. A Better Way 14. Straight to the Top (Acoustic Version - Japan Bonus Track)
Line-up:
Robin Jidhed - Vocais Andreas Gullstrand - guitarra Fredrik Joakimsson - guitarra Gustaf Örsta - baixo Joel Rönning - teclados Arvid Filipsson - bateria
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Resenha: Treat - “Tunguska”
Texto: Leonardo Melo | Foto: divulgação
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Após voltar à ativa em 2006, deixando para trás um hiato de 13 anos, os suecos do Treat lançaram dois ótimos álbuns de estúdio, "Coup de Grace" (2010) e "Ghost of Graceland" (2016), além do ao vivo, "The Road More and Less Travelled" (2017). Eis que o mais novo capítulo da fase pós-retorno, "Tunguska", saiu na sexta-feira (14 de setembro), também pela italiana Frontiers Records. Seu curioso título faz referência à grande explosão provocada pela queda de um asteróide próximo ao rio Tunguska, na Sibéria, em 30 de junho de 1908. Metafórica e artisticamente, porém, representa a última peça do quebra-cabeça a ser encaixada após o reencontro da banda, nas palavras do guitarrista, produtor e membro fundador Anders Wikström.
A primeira música, "Progenitors", começa com uma introdução climática, para não dizer soturna, que parece ter sido feita sob medida para ser a faixa de abertura também dos shows da nova turnê, antes de desaguar em uma batida marcial pela bateria de Jamie Borger e nas cortantes guitarras de Wikström. Também conta com refrão, backing vocals, riff e solo matadores. Dona de uma levada mais Hard/AOR, "Always Have, Always Will" me fez lembrar do Europe em alguns momentos. É, de fato, uma das melhores músicas do play. Sem falar que o vocal de Robert Ernlund soa até um pouco parecido com o de Joey Tempest. Mesma impressão, aliás, causada por "Riptide", que vem mais adiante. 
"Best of Enemies" retoma o peso da primeira faixa e traz como destaque a guitarra de Wikström. Em seguida, "Rose of Jericho", o segundo single do trabalho, apresenta um ritmo mais cadenciado. Conta com ótimo refrão, belas harmonias, melodias e solo inspirado de Wikström (confira o lyric video ao final do texto). Com refrão grudento, "Hearthmath City" é um empolgante Hard Rock, que desafia o ouvinte a ficar com os pés parados. "Creeps" é, por sua vez, um Hard mais direto e não apresenta tantos corais e backing vocals como verificado em outras faixas do disco. 
Escolhida como primeiro single, "Build the Love" (cujo clipe também pode ser visto abaixo) cumpre bem a sua função de carro-chefe do álbum. Possui riff e refrão que colam na cabeça de imediato. Em "Man Overboard", os teclados e sintetizadores de Patrick Appelgren ganham protagonismo, assim como o marcante baixo de Pontus Egberg (King Diamond, ex-The Poodles), nesse que é seu primeiro disco de estúdio com o Treat.
Já "Tomorrow Never Comes" é daquelas músicas para se ouvir com os  isqueiros...ops, com os celulares erguidos nos shows. É uma bela balada com destaque para os teclados de Appelgren, ainda que Wikström brilhe nos solos de guitarra. A edição japonesa do álbum traz uma versão acústica da faixa como bônus. E aqui vale uma ressalva. A Frontiers bem que poderia dar um tempo nessas versões desplugadas (ainda mais de uma faixa já presente no disco), algo que tem sido corriqueiro nos mais recentes lançamentos da gravadora. Uma canção inédita ou um cover (nem que fosse de um clássico da própria banda) cairiam melhor. 
"All Bets Are Off" descarrega logo de cara um riff pesadão e mescla momentos mais melódicos. Por fim, "Undefeated" é mais cadenciada, sem obviamente abrir mão de um ótimo e marcante refrão, e fecha bem o disco. Com "Tunguska", seu oitavo registro de inéditas, o Treat oferece a seus fãs e de Melodic Rock em geral um trabalho coeso, que mantém o padrão de qualidade dos seus últimos lançamentos. Grandes canções, riffs e solos inspirados, melodias espalhadas por todos os lados e excelentes arranjos, que o credenciam como um dos grandes álbuns de 2018. 
Track list: 
01. Progenitors 02. Always Have, Always Will 03. Best of Enemies 04. Rose of Jericho 05. Hearthmath City 06. Creeps 07. Build the Love 08. Man Overboard 09. Riptide 10. Tomorrow Never Comes 11. All Bets Are Off 12. Undefeated 13. Tomorrow Never Comes (Acoustic Version - Japan Bonus Track) 
Line-up: 
Robert Ernlund (vocais) Anders Wikström (guitarra, backing vocals) Patrick Appelgren (teclados, guitarra, backing vocals) Pontus Egberg (baixo) Jamie Borger (bateria)
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Carl Palmer’s ELP Legacy no Rio*
Vivo Rio - 25 de maio de 2018
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Daniel Croce
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Lenda. Gênio. Ícone. Mestre. Deus. São inúmeros os superlativos quando se quer enaltecer a figura de quem, por talento, habilidade e dedicação, atinge tamanho grau de excelência em seu ofício, que não há parâmetro para comparações. Algo, aliás, muito comum nos universos esportivo e artístico. Talvez por esse seu emprego corriqueiro, é que o uso de tais termos tenha ficado tão desgastado ao longo dos anos. No entanto, me perdoem o clichê, quem foi ao Vivo Rio na última sexta-feira, 25 de maio, assistiu a uma verdadeira aula de alguém que reúne todo esse simbolismo com um par de baquetas nas mãos e um kit de bateria diante de si. Seu nome: Carl Frederick Kendall Palmer. Ou, simplesmente, Carl Palmer.
O músico britânico, do alto de seus 68 anos, veio ao país com a turnê “Emerson Lake & Palmer Lives On!”, uma homenagem a Keith Emerson (teclados) e a Greg Lake (baixo e vocais), seus ex-companheiros no ELP, ambos falecidos em 2016. Apesar da carreira relativamente curta, o grupo (um dos maiores do rock progressivo em todos os tempos) teve uma trajetória bastante prolífica entre 1970 e 1979, com sete discos de estúdio lançados ao longo do período (fora os trabalhos ao vivo). Um retorno do trio ocorreria posteriormente, nos anos 1990, rendendo mais dois álbuns. Manter vivo esse legado é também a proposta do Carl Palmer’s ELP Legacy (o nome já diz tudo, né?), projeto que ainda traz os igualmente talentosos e virtuoses Paul Bielatowicz (guitarra) e Simon Fitzpatrick (baixo e Chapman Stick) – os dois com idades para serem filhos do homem.
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Configurado no formato de mesas e cadeiras, o Vivo Rio recebeu um público apenas razoável, que contemplou cada detalhe, cada nota extraída pelos exímios músicos. E a viagem no tempo começou com “Abaddon’s Bolero”, faixa de “Trilogy”, disco lançado por Emerson, Lake & Palmer em 1972. Logo de cara, a ausência de teclados no palco chamou atenção. Ainda mais se considerarmos que o instrumento é um dos pilares da sonoridade do ELP (e do prog em geral), primeiro grupo de rock a levar um sintetizador para um show, em 1970. No entanto, a ideia do tributo capitaneado por Carl Palmer é também reinventar o material da banda, fazendo a guitarra substituir as partes imortalizadas por Keith Emerson. E Paul Bielatowicz assume a tarefa de forma ímpar.
Sem falar que o guitarrista é uma figura a parte. Além da técnica apurada, com direito a “tappings” e “two hands” (algum fã de Eddie Van Halen aí?), o músico cabeludo esbanjou bom humor em gestos, caras e bocas. Olhando assim, parece ser a coisa mais fácil do mundo. Igual destaque e reconhecimento merece Simon Fitzpatrick. Embora mais discreto, o baixista impressionou pelo som que também consegue tirar do Chapman Stick, instrumento de dez cordas criado pelo americano Emmett Chapman (daí o nome) no início dos anos 1970. Espécie de híbrido entre baixo e guitarra (e também capaz de soar como teclado), teve como um de seus precursores Tony Levin (King Crimson, Peter Gabriel, Liquid Tension Experiment), que o popularizou. 
Após “Karn Evil 9: 1st Impression, Part 2”, extrato da épica composição (de quase meia hora!) do disco “Brain Salad Surgery” (1973), “Tank” e “Knife-Edge” fizeram uma dobradinha do autointitulado álbum de estreia do ELP, lançado em 1970. Durante esta última, os telões laterais do Vivo Rio reproduziram uma sequência de imagens esportivas (provas de motovelocidade, corrida de lanchas, rodeios, saltos em queda livre, entre outros). Ao final de “Trilogy”, faixa-título do álbum de 1972, Carl Palmer foi até o microfone à beira do palco para falar com o público, uma cena que se repetiria muitas vezes ao longo do show. Mas ao invés de anunciar a próxima música e contar histórias sobre a banda, desta vez veio se desculpar pelo pedal de um dos bumbos ter quebrado e pedir alguns minutos para o reparo da peça.
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Com o problema resolvido rapidamente, Palmer e seus dois jovens seguidores iniciaram uma versão para “Canario”, música do compositor e pianista espanhol Joaquín Rodrigo (1901-1999), para a qual o ELP fez um cover no álbum “Love Beach” (1978). Na sequência, um dos momentos mais aplaudidos da noite: “21st Century Schizoid Man”, faixa que abre “In the Court of the Crimson King”, o disco de estreia do King Crimson, em 1969, à época com Greg Lake na formação. Enquanto o trio presenteava o público com uma inspiradíssima versão instrumental para o clássico desse outro peso-pesado do rock progressivo, os telões mostravam imagens futuristas alternadas à emblemática capa do álbum, assinada por Barry Godber. “Está alto o suficiente?”, perguntou Carl Palmer ao público no final, novamente na beirada do palco.
Igualmente ovacionadas foram as performances individuais dos músicos. Durante o ótimo número de Paul Bielatowicz, a capa do seu CD solo, “Preludes & Etudes” (2014), ganhou destaque nos telões. Simon Fitzpatrick também brilhou em sua apresentação com o Chapman Stick. A exibição acabou sendo um “recheio” entre as participações especiais de convidados surpresa. “Lucky Man”, balada folk do primeiro disco do ELP, trouxe ao palco Ritchie (membro do Vímana nos anos 1970 e famoso pelo sucesso oitentista “Menina Veneno”) para os vocais. “From the Beginning”, do “Trilogy”, teve a voz de Sérgio Vid (do Vid & Sangue Azul), enquanto que “C’est La Vie”, do álbum “Works Volume 1”, de 1977, contou com a presença de Toni Platão (ex-Hojerizah).
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Mesmo sem chegar aos seus vinte minutos originais, a execução da faixa-título de “Tarkus”, álbum lançado pelo ELP em 1971, fez literalmente o público levantar das cadeiras e aplaudir de pé o trio Palmer-Bielatowicz-Fitzpatrick. Nos telões, uma animação destacava a criatura metade tatu, metade tanque de guerra, que estampa a capa do disco, criada por William Neal. Logo depois, uma desconstruída versão roqueira de “Carmina Burana”, famosa ópera do alemão Carl Orff (1895-1982), manteve todos perplexos. Já “Fanfare for the Common Man”, outro cover de Aaron Copland (aquela da clássica abertura com um naipe de metais) presente em “Works Volume 1”, antecedeu o momento que, enfim, justifica todos os adjetivos enumerados no início desse texto. O fabuloso solo de bateria de Carl Palmer. 
Ao longo de aproximadamente dez minutos, o veterano músico comprovou porque é uma das maiores referências no instrumento em todas as épocas. De fato, o que se testemunhou foi uma verdadeira aula, como já dito antes. Uma exibição de gala em que praticamente nenhuma peça do kit foi ignorada. Tons, caixa, bumbos, surdos, pratos, aros, hastes e até as próprias baquetas. Carl Palmer usou tudo o que estava ao seu alcance para tirar som. E com extrema precisão, técnica, bom gosto, classe e estilo. Até pela forma como segura as baquetas (por entre os dedos, tal qual um músico de jazz). Só faltou mesmo o banquinho.
Como um amigo e colega jornalista comentou antes mesmo do início do show, solos de bateria (e de qualquer outro instrumento, vamos combinar) se tornam cansativos após certo tempo. Muitas vezes até desnecessários, eu diria. No entanto, segundo ele (que estivera na antológica apresentação do ELP em 1993 no hoje - e até quando? - fechado Canecão), o também membro do Asia (superbanda que Palmer integra ao lado de componentes do Yes) faz parte de um seleto grupo de cinco bateristas em atividade, que possuem habeas corpus para tal. E depois de presenciar tamanho primor, fica impossível não concordar em gênero, número e grau.
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Já com Paul Bielatowicz e Simon Fitzpatrick de volta, “Nutrocker” encerrou uma noite histórica para os fãs de rock progressivo e de boa música em geral. A execução do tema assinado pelo compositor russo Pyotr Tchaikovsky (1840-1893), e que ganhou um cover no álbum ao vivo “Pictures at an Exhibition” (1971), foi ilustrada por diversas imagens da carreira do ELP nos telões. Emoções a parte, é justamente nesse ponto que reside a única ressalva aos olhos desse redator. A experiência audiovisual que o espetáculo (ao longo de uma hora e 55 minutos cravados de duração) prometia, de certa forma, ficou um pouco prejudicada. No aspecto visual, lógico. É bom deixar claro. 
Com os diminutos telões laterais do Vivo Rio e distantes da banda (no formato power-trio, os músicos acabam posicionados mais ao centro do palco), o público praticamente se dividiu entre acompanhar a performance dos instrumentistas e os vídeos exibidos. Talvez o mais sensato fosse que as projeções tivessem como espaço o fundo do palco. Nada, porém, que tenha tirado o brilho e a emoção de ver um dos maiores músicos do mundo ainda em atividade, em plena forma e com intensa paixão pelo que faz.  Lenda. Gênio. Ícone. Mestre. Deus. Ou, simplesmente, Carl Palmer. 
Set list: 
01. Abaddon's Bolero (Emerson, Lake & Palmer) 02. Karn Evil 9: 1st Impression, Part 2 (Emerson, Lake & Palmer) 03. Tank (Emerson, Lake & Palmer) 04. Knife-Edge (Emerson, Lake & Palmer) 05. Trilogy (Emerson, Lake & Palmer) 06. Canario (Emerson, Lake & Palmer) 07. 21st Century Schizoid Man (King Crimson) 08. Solo de guitarra 09. Hoedown (Aaron Copland) 10. Lucky Man (Emerson, Lake & Palmer) 11. Solo de baixo 12. From the Beginning (Emerson, Lake & Palmer) 13. C’est La Vie (Emerson, Lake & Palmer) 14. Tarkus (Emerson, Lake & Palmer) 15. Carmina Burana (Carl Orff) 16. Fanfare for the Common Man (Aaron Copland) 17. Solo de bateria 18. Nutrocker (Pyotr Tchaikovsky)
*Publicado originalmente no portal Rockarama
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Moonspell no Rio*
Teatro Odisseia - 25 de abril de 2018
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Daniel Croce
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Lisboa, 1º de novembro de 1755. Feriado. Dia de Todos os Santos na tradição cristã. Dia de festa, de devoção, de celebração da fé. Igrejas lotadas. Naquela manhã de sábado, porém, um terremoto de grande magnitude (calcula-se entre 8,5 e 9 graus na escala Richter) abalou a capital portuguesa, seguido por um tsunami e incêndios que deixaram um rastro de destruição, também em outras áreas do país, vitimizando milhares de pessoas. Esse trágico episódio, até hoje apontado como uma das maiores catástrofes naturais da Europa, é o pano de fundo para um dos melhores álbuns de heavy metal lançados no ano passado: “1755”, da banda portuguesa Moonspell, que iniciou na última quarta-feira, 25 de abril, no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro, a etapa brasileira de sua nova turnê pela América Latina, e que tem o mais recente disco (12º de estúdio) como base.
A apresentação marcou o retorno do grupo de gothic metal à cidade, após a elogiada performance no Palco Sunset do Rock in Rio, em setembro de 2015. Já aguardados por um bom público, o quinteto liderado pelo vocalista Fernando Ribeiro subiu ao palco do Odisseia, pouco depois das 21h30, sob gritos e palmas. Trazendo todas as letras em português, algo até então inédito na carreira de mais de 25 anos da banda, o CD temático (ou conceitual, como queiram) “1755” foi o destaque do repertório, com oito de suas dez músicas tocadas. Quatro delas já logo de início: “Em Nome do Medo” (originalmente do disco “Alpha Noir”, de 2012, mas que ganhou uma nova versão nesse último trabalho); a faixa-título “1755”, “In Tremor Dei” e “Desastre”. 
Um grande painel ao fundo do palco e um caprichado jogo de luzes coloridas, que se alternavam a cada canção, reforçavam a atmosfera retratada no álbum, dando apelo teatral ao show. Como auxílio à intensa interpretação conferida a cada música, já amplificada por sua potente voz, que oscila entre passagens limpas e guturais, Fernando Ribeiro explorou vários acessórios e elementos cênicos. Na faixa “1755”, por exemplo, surgiu caracterizado como os médicos de peste que tratavam pacientes afetados por doenças infectocontagiosas na Europa da Idade Média (o episódio do terremoto em si ocorreria apenas séculos adiante). O traje sinistro incluía chapéu, sobretudo e uma máscara no formato de cabeça de ave, cujo pronunciado bico exalava substâncias aromáticas que protegiam o especialista do risco de contágio na época.
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Nas execuções de “Em Nome do Medo”, no começo do set, e de “Lanterna dos Afogados” (belo e soturno cover para o hit do Paralamas do Sucesso, presente em “1755”), lá no fim da primeira parte do show, uma lamparina à vela erguida pelo cantor chamava a atenção. Já durante “Todos os Santos” (outra do mais recente disco), foi a vez de uma cruz com dois orifícios que projetavam feixes de lasers vermelhos na direção do público. Sem falar em outro crucifixo, menor, agarrado ao pedestal do microfone por todo o show. Ao longo da apresentação, o frontman também recorreu a diversas trocas de figurino, desde jaqueta e colete de couro a casacões - um deles de veludo e capuz, utilizado, por exemplo, durante “Vampíria”, do primeiro CD, “Wolfheart” (1995), que o fez lembrar um gigantesco morcego com as asas abertas. 
O vocalista também esbanjou muita simpatia, não apenas nos inúmeros agradecimentos ao público, mas em elogios ao Rio de Janeiro. No fim de “Night Eternal”, música do álbum de mesmo nome (lançado em 2008) e com boa técnica do baterista Mike Gaspar no pedal duplo e nas viradas, disse que o Rio é a “cidade mais portuguesa do Brasil”, arrancando gritos e aplausos. Na sequência, logo depois de “Opium”, faixa do CD “Irreligious” (1996), que também contou com “Awake!” e mais duas canções já na parte do bis, Fernando Ribeiro exaltou a participação da plateia como fantástica. Em outro momento, durante o hino “Alma Mater”, do disco “Wolfheart”, chegou a descer do palco para cantar junto aos fãs colados à grade.
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Tudo acompanhado, claro, por um time de ótimos instrumentistas, incluindo também Ricardo Amorim com seus timbres e solos cortantes na guitarra, Aires Pereira e seu pulsante baixo de cinco cordas, e Pedro Paixão, que extraía belas melodias de seus teclados atrás de uma estilizada estrutura de peças tubulares. Ainda na primeira parte da apresentação, o disco “1755” cedeu mais duas músicas, “Ruínas” e “Evento”, ao repertório. Entre elas, o Moonspell fez uma dobradinha do álbum “Extinct” (2015), ao tocar “Breathe (Until We Are No More)” e a faixa-título, igualmente bem recebidas pelo público, convertendo a pista do Teatro Odisseia em um mar de braços levantados, punhos cerrados e mãos que reproduziam o icônico chifrinho símbolo universal do heavy metal. 
No bis, após um breve intervalo sem que o público parasse de gritar o nome da banda um só instante, o quinteto sacou “Everything Invaded”, do disco “The Antidote” (2003), “Mephisto” e “Full Moon Madness”, ambas do “Irreligious”, que encerraram um show para ficar na memória. Ao final de uma hora e 45 minutos de puro gothic metal, se alguém duvidava que os nossos irmãos portugueses conseguiriam superar aquela apresentação na Cidade do Rock, a noite de 25 de abril de 2018 minou qualquer incerteza a respeito. E no que depender dos fãs cariocas, Fernando Ribeiro e sua trupe já podem carimbar os respectivos passaportes para uma nova visita. 
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Set list: 
01. Em Nome do Medo 02. 1755 03. In Tremor Dei 04. Desastre 05. Night Eternal 06. Opium 07. Awake! 08. Ruínas 09. Breathe (Until We Are No More) 10. Extinct 11. Evento 12. Todos os Santos 13. Vampiria 14. Alma Mater 15. Lanterna dos Afogados (cover dos Paralamas do Sucesso) Bis 16. Everything Invaded 17. Mephisto 18. Full Moon Madness
*Publicado originalmente no portal Rockarama 
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Blackoustic: Kotipelto & Liimatainen no Rio*
Teatro Odisseia - 18 de abril de 2018
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Daniel Croce e Gustavo Maiato
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Guitarras rápidas e distorcidas, baterias turbinadas com dois bumbos que pulsam na velocidade da luz e, ocasionalmente, teclados para dar uma encorpada extra no som. Quem curte power metal sabe que essas são algumas das principais características dessa vertente do rock pesado. Mas e quando dois consagrados nomes do gênero subvertem tais atributos, por assim dizer, dando uma abordagem diferente às canções? Digamos que esta seja a proposta do Kotipelto & Liimatainen, projeto capitaneado pelo vocalista Timo Kotipelto (Stratovarius) e o guitarrista Jani Liimatainen (ex-Sonata Arctica): trazer versões acústicas para clássicos de suas respectivas bandas e de outros artistas do rock e do heavy metal. Interessante, não?
O duo finlandês apresentou uma amostra desse trabalho (já registrado em estúdio, no álbum “Blackoustic”, lançado em 2012 e que batiza a turnê), em show realizado no Teatro Odisseia, Rio de Janeiro – o primeiro de um longo giro pela América Latina que se estenderá por todo o mês de maio. Além de material do Stratovarius, Sonata Arctica, Cain’s Offering (outra parceria da dupla) e Kotipelto, o público também pôde conferir releituras para músicas do Iron Maiden, Deep Purple, Queensrÿche e Dio, entre outros, em uma performance intimista e descontraída, no estilo banquinho, voz e violão. A abertura ficou aos cuidados do Syren, que também preparou um set em formato “unplugged”. 
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Os cariocas executaram músicas próprias como “Devil Road”, do seu primeiro álbum, “Heavy Metal” (2011), além de covers. E agradaram bastante. Em meia hora de apresentação, o vocalista Luiz Syren, o baixista Mauricio Martins e o baterista Júlio Martins tiveram o reforço de Thiago Velasquez (Leather Leone Band e LionHeart) e Daniel Escobar (HR Estudio) nos violões, como convidados. Versões inspiradas para “Tears of the Dragon”, de Bruce Dickinson, e “Sweet Dreams (Are Made of This)”, do Eurythmics, foram responsáveis pelo arremate final em grande estilo. Ambas contaram com a participação também especial do cantor Rodrigo Rossi (Os Cavaleiros do Zodíaco in Concert e Rec/All), que fez um belo dueto com Luiz Syren.
Por volta das 21h, as luzes sobre o palco do Odisseia diminuíram de intensidade, deixando o espaço, propositalmente, quase às escuras. No sistema de som da casa, ecoavam as badaladas dos sinos de “Hells Bells”, do AC/DC, seguidas da instrumental “War”, tema assinado por Vince DiCola para o filme “Rocky IV”. Pouco depois, Timo Kotipelto e Jani Liimatainen entraram em cena ovacionados pelo público, que deixou bastante a desejar em termos numéricos, infelizmente. No entanto, se faltou em presença, compensou em animação. Após cumprimentar a todos com um “Oi, tudo bem!” em português, o cantor iniciou a festa com “I Surrender”, cover do Rainbow.
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E, logo de cara, aqui vai um destaque. Não é novidade que Kotipelto é um dos maiores vocalistas do heavy metal. Fato. Mas ouvir seu gogó privilegiado reinar absoluto, sem disputar as atenções do público com outros instrumentos (como ocorre quando se divide o palco com uma banda), eleva tal percepção a outro nível. “Sleep Well”, do projeto solo batizado com seu sobrenome, veio na esteira, antes de Kotipelto revelar que a próxima música seria de uma banda da Finlândia, chamada Stratovarius. Foi a vez da clássica “Black Diamond”, de “Visions” (1997), que levantou o público.
O show, aliás, reuniu várias canções do repertório do grupo, desde mais antigas, como “Speed of Light” e “Forever”, de  “Episode” (1996), a mais recentes como “My Eternal Dream”, de “Eternal” (2015). Repertório este que também rendeu tiradas hilárias da dupla. Antes de “Shine in the Dark”, por exemplo, Kotipelto arrancou gargalhadas ao dizer que a música em questão, do “Eternal”, seria a pior que tocariam naquela noite, por se tratar de uma composição dele e Liimatainen juntos. 
Em outro momento bem-humorado, após “Season of Change”, do “Episode”, ambos anunciaram “A Million Light Years Away”, de “Infinite” (2000), como uma música entediante, de uma banda e vocalista igualmente entediantes. Já o Cain’s Offering foi apenas representado por “I Will Build You a Rome”, do disco “Stormcrow” (2015). Da mesma forma, o Sonata Arctica também teve uma única faixa executada, “My Selene”, com direito a uma linda interpretação acompanhada pelo público. Escrita por Liimatainen, ela faz parte de “Reckoning Night” (2004), seu penúltimo álbum com o grupo. Membro fundador do Sonata, o guitarrista deixaria a banda em 2007, após o disco “Unia”.
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Voltando ao show, “I Don't Believe in Love” foi introduzida por Kotipelto como uma das músicas de um dos seus discos favoritos, “Operation: Mindcrime”, a obra-prima do Queensrÿche. Mais adiante, após o cantor dizer que a faixa seguinte seria uma do Deep Purple que eles sabiam tocar, um Liimatainen gaiato iniciou o emblemático riff de “Smoke on the Water”, levando todos às risadas. Porém, o que veio na sequência foi a igualmente clássica “Perfect Strangers”. No fim, Kotipelto pediu uma saudação do público ao guitarrista, que, em resposta, brincou, dizendo ser um cara tímido, finlandês, e que não poderia aceitar aquilo. Sem pensar duas vezes, o vocalista mandou, à capela, o refrão de “We're Not Gonna Take It”, hit do Twisted Sister. Simplesmente, hilário.
Os dois ainda prestaram homenagens ao guitarrista e cantor Gary Moore, por meio do cover de “Out in the Fields”, e a um dos maiores vocalistas da história do heavy metal, nas palavras do próprio Kotipelto, o também saudoso Ronnie James Dio, em uma versão de “Holy Diver”. Como se o jogo já não estivesse ganho de goleada, “2 Minutes to Midnight” e “The Trooper”, daquela banda inglesa que você, fã de metal, conhece na ponta da língua, também marcaram presença, com entusiasmada participação do público no famoso corinho e nas palmas.
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Após um breve intervalo, a dupla voltou ao palco sob aplausos e iniciou o bis com uma bela canção tradicional finlandesa, chamada “Karjalan Kunnailla”. A clássica “Paradise”, pertencente a “Visions”, retomou a cantoria do povo, que chegou a pedir por “Eagleheart” na sequência. Mas a faixa de “Elements Pt 1” (2003) não rolou. Por sua vez, “Hunting High and Low”, de “Infinite”, mostrou que não faltam clássicos ao Stratovarius, com todos cantando em conjunto. Anunciada como a última da apresentação, de quase uma hora e 50 minutos, “The Final Countdown”, maior hit do Europe, fechou com chave de ouro (perdoem-me o clichê) uma noite ímpar. 
Certamente, aquela impressão de que os finlandeses, assim como os europeus de modo geral, são um povo fechado ou sisudo (imagem essa que, equivocadamente, pode ser confundida com arrogância) caiu por terra a partir daquela noite de 18 de abril no Odisseia. Timo Kotipelto e Jani Liimatainen deram um show não apenas musical, mas também de carisma, simpatia e muito bom humor. Em tempos tão obscuros e intolerantes como os atuais, a dupla mostrou que, definitivamente, rir de si mesmo é o melhor remédio. Que assim seja. Pena de quem não foi. 
Kotipelto & Liimatainen - Set list: 
01. I Surrender (Rainbow) 02. Sleep Well (Kotipelto) 03. Black Diamond (Stratovarius) 04. My Eternal Dream (Stratovarius) 05. Out in the Fields (Gary Moore) 06. Speed of Light (Stratovarius) 07. Shine in the Dark (Stratovarius) 08. I Don't Believe in Love (Queensrÿche) 09. Season of Chance (Stratovarius) 10. A Million Light Years Away (Stratovarius) 11. I Will Build You a Rome (Cain’s Offering) 12. Perfect Strangers (Deep Purple) 13. 2 Minutes to Midnight (Iron Maiden) 14. My Selene (Sonata Arctica) 15. Forever (Stratovarius) 16. Holy Diver (Dio) 17. The Trooper (Iron Maiden) Bis 18: Karjalan Kunnailla 19. Paradise (Stratovarius) 20. Hunting High and Low (Stratovarius) 21. The Final Countdown (Europe)
*Publicado originalmente no site da revista Roadie Crew
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Resenha: “Alice in Chains - A história não revelada”
Texto: Leonardo Melo
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Embalado pelo ótimo e recém-lançado novo disco, "Rainier Fog", e na expectativa pelos shows em novembro, concluí nos últimos dias a leitura da biografia daquela que costumo brincar como "a minha banda grunge". De fato, o Alice in Chains sempre foi a banda que mais gostei entre as integrantes do chamado "Big Four" de Seattle.
Em "Alice in Chains - A História não revelada" (Edições Ideal, 2016),  o autor, o jornalista David de Sola, entrega um interessantíssimo trabalho, fruto de entrevistas com pessoas diretamente ligadas ao grupo (amigos, familiares, empresários, produtores, roadies e técnicos de estúdio) e de uma vasta pesquisa. Há histórias bem curiosas, como por exemplo, o passado "glam" do vocalista Layne Staley e do guitarrista Jerry Cantrell, e como uma das marcas registradas de "Livin' on a Prayer", grande clássico do Bon Jovi, acabou influenciando "Man in the Box", o maior hit do Alice. Sem falar na primeira vinda ao Brasil, em 1993, no auge, como atração do extinto festival Hollywood Rock.
Embora o livro seja uma biografia da banda, a dramática trajetória de Layne Staley acaba (e não poderia ser diferente) ganhando protagonismo. Muito triste acompanhar o trágico destino de um dos mais talentosos vocalistas de rock dos anos 1990 e que ainda poderia oferecer muito à música. Da mesma forma, mostra como o Alice in Chains se reergueu, voltou à ativa e, desde 2009 (ainda que tenha sofrido o impacto da morte de seu ex-baixista, Mike Starr, em 2011, nove anos após a de Layne), tem lançado bons álbuns que prosseguem seu importante legado.
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Garbage no Rio
Circo Voador - 11 de dezembro de 2016
Texto: Leonardo Melo | Foto: divulgação
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"Eu só fico feliz quando chove", já cantava uma ruivinha Shirley Manson em 1995, ano em que o Garbage lançou seu emblemático e homônimo álbum de estreia (aquele da capa rosa). Mas o público que lotou o Circo Voador para ver a banda americana no Rio de Janeiro, domingo passado (11 de dezembro), saiu com a certeza de que a felicidade independe da ajuda de São Pedro. A correria pelos ingressos, quase esgotados nas primeiras semanas de vendas (em setembro), já indicava o grau de expectativa em torno do show. Afinal, o grupo formado por Shirley (ostentando hoje cabelos pink) nos vocais, Butch Vig ("apenas" o produtor de "Nevermind", o clássico disco do Nirvana, entre outros) na bateria, Duke Erikson e Steve Marker nas guitarras e teclados debutaria na Cidade Maravilhosa, após mais de duas décadas de carreira (entre idas e vindas). 
Nesta segunda visita ao Brasil (a anterior foi há quatro anos para o festival Planeta Terra, em São Paulo), o Garbage promove "Strange Little Birds" (2016), seu sexto trabalho de estúdio. No palco, a banda (uma das mais influentes dos anos 1990 e do rock alternativo) ainda ganha o reforço do baixista Eric Avery (ex-Jane's Addiction). A grande ausência ficou por conta de Butch Vig, que cede temporariamente as baquetas para Eric Gardner, devido a problemas de saúde. O repertório composto por vinte e duas canções trouxe um apanhado de toda a discografia do quarteto, embora o primeiro álbum e o mais recente tenham maior destaque, ao fornecer cinco músicas cada. Houve ainda espaço para "#1 Crush", uma faixa "B-side" da época do CD de estreia, com sotaque pós-punk (alguém se lembrou de Siouxie and the Banshees, aí?), executada lá pela metade da apresentação. 
Após um imperceptível minutinho de atraso, o grupo iniciou o show, marcado para as 20h, com "Supervixen" (do seu debut, "Garbage", 1995). Mas foi na segunda música que o Circo Voador entrou de vez em estado de ebulição. A clássica "I Think I'm Paranoid" (do disco "Version 2.0", 1998) desencadeou um frenético pula-pula e a cantoria do público em alto e bom som. Na sequência, outro hit, "Stupid Girl" (do primeiro álbum) também foi recebido euforicamente pelos fãs. Envolta por um belo jogo de luzes, que variavam de cores a cada música, a banda enfileirou desde faixas mais cadenciadas, a exemplo de "Even Though Our Love Is Doomed" e "Night Drive Loneliness" (do disco "Strange Little Birds") e "The Trick Is to Keep Breathing" (do "Version 2.0"), até outras mais agitadas, como as roqueiras "Why Do You Love Me" e "Sex Is Not the Enemy" (do álbum "Bleed Like Me", 2005). 
Com hipnótica presença de palco e a propriedade de musa do rock alternativo dos anos 1990, Shirley Manson merece um parágrafo especialmente dedicado a ela. A vocalista, que completou 50 primaveras este ano (e nem parece), entregou uma performance catártica, de alguém realmente apaixonada pelo que faz. Durante as quase duas horas de show, além do ótimo gogó em dia, a moça dançou, agitou, e deu um espetáculo de simpatia. Bastante carismática e comunicativa, ela se desculpou por não falar português, mas não economizou elogios ao público, aproveitando para agradecer a presença de todos, apesar do salgado preço dos ingressos. Falou sobre o controverso período vivido pela banda à época do álbum "Bleed Like Me", que antecedeu um longo hiato de cinco anos. Também sentiu na pele e comparou o calor do Rio (sob a lona do Circo, a sensação térmica era de um verdadeiro caldeirão) ao frio de sua terra natal, a Escócia. 
De volta ao show, a combinação entre o rock e a música eletrônica, mistura que o Garbage traz na sua sonoridade desde o berço e já sacudiu muitas pistas de dança, se evidencia em faixas como "Automatic Systematic Habit" (do CD "Not Your Kind of People", 2012), "Push It" (do "Version 2.0") e "Magnetized" (do "Strange Little Birds"). Nem a ocorrência de alguns problemas técnicos prejudicou o ritmo da apresentação, como no início da música "Blood for Poppies" (do "Not Your Kind of People"), que fez a banda recomeçá-la. "Blackout" (outra faixa do "Strange Little Birds") adquiriu ares ainda mais sombrios, em um palco propositalmente quase às escuras, iluminado por apenas alguns spots de luz. 
Próximo ao fim da etapa inicial, "Shut Your Mouth" (do disco "Beautiful Garbage", 2001) conferiu, digamos, um breve toque hip hop ao show, até pela forma de Shirley cantar (ou falar) a letra. Em seguida, "Vow" foi mais uma canção premiada com notável participação do público, além de preparar o clima para, certamente, o momento principal da noite. "Only Happy When It Rains" (aquela citada no início do texto) era a música que todos esperavam. Diferentemente da gravação de estúdio, o maior hit do Garbage começou em marcha lenta (embora com singular interpretação de Shirley, sentada no palco), porém depois mostrou toda a sua força, lavando a alma de quem ali estava. No bis, a festa se completou com as faixas "Queer" (também do primeiro álbum), "Empty" (do mais recente) e "Cherry Lips" (do "Beautiful Garbage"), que encerrou um dos melhores shows recebidos pelo Rio de Janeiro neste ano. 
A abertura da noite ficou a cargo da revelação paulistana BBGG. Com apenas dois anos de existência e um trio feminino na linha de frente, o quarteto formado por Dani Buarque e Ale Labelle (vocais e guitarras), Joan Bedin (baixo e vocais), mais o barbudo Julio Mairena (bateria) agradou bastante o público, trazendo seu garage rock cheio de energia e atitude. Daí, a imediata lembrança de bandas encabeçadas por mulheres, como L7, Hole ou The Runaways, por exemplo, não ser apenas uma mera coincidência. Apesar do show curto (menos de meia hora, em que pese oito faixas tocadas), o grupo, elogiado pela própria Shirley Manson, mostrou boas músicas autorais, como "Slippery Blonde", "Little Red Dot", "My Bedin" e "It's Not Me (It's You!)". Para quem não conhecia, foi uma grata surpresa. 
Set list (Garbage): 
01. Supervixen 02. I Think I'm Paranoid 03. Stupid Girl 04. Automatic Systematic Habit 05. Blood for Poppies 06. The Trick Is to Keep Breathing 07. Sex Is Not the Enemy 08. Blackout 09. Magnetized 10. Special 11. #1 Crush 12. Even Though Our Love Is Doomed 13. Why Do You Love Me 14. Night Drive Loneliness 15. Bleed Like Me 16. Shut Your Mouth 17. Vow 18. Only Happy When It Rains 19. Push It 
Bis:
20. Queer 21. Empty 22. Cherry Lips (Go Baby Go!) 
Set-list (BBGG): 
01. Vs Angel 02. Slippery Blonde 03. Little Red Rot 04. Tiny Dancer, Ur Hired! 05. My Bedin 06. Red Couch 07. It's Not Me (It's You!) 08. Defenselles
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blogcaixadesom · 6 years
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Soilwork no Rio*
Teatro Odisseia - 9 de setembro de 2016
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Luciana Pires
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Rápido e eficiente. Esta é a melhor definição para o show realizado pelo Soilwork no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro. A apresentação marcou o pontapé inicial da primeira turnê dos suecos na América Latina. Fato este, literalmente, estampado na camiseta à venda na barraquinha de merchandising oficial. E que viu seu estoque disponível aos fãs cariocas se esgotar antes mesmo de a banda subir ao palco, pouco depois das 20h.
Embora não seja natural de Gotemburgo, cidade onde a chamada "Nova Onda do Death Metal Sueco" floresceu, o Soilwork sempre teve o seu nome atrelado aos principais representantes da cena, como In Flames, At the Gates e Dark Tranquillity. Sob a liderança do carismático vocalista Björn "Speed" Strid, o sexteto veio promover "The Ride Majestic" (2015), seu mais recente álbum de estúdio. O trabalho é o décimo ao longo de uma carreira que já acumula 20 anos. Foi exatamente com a faixa-título deste último que o grupo iniciou o massacre sonoro que lhe é peculiar (e dos bons) na Lapa.
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Em seguida, um retorno à década passada, com "Nerve", música de "Stabbing the Drama" (2005), e o petardo que batiza seu segundo disco, "The Chainheart Machine" (2000). Apesar do público mediano (o número de shows agendados no Rio neste mês de setembro e o fato de a galera estar com pouca grana podem ter influenciado), a euforia dos presentes compensou. Nem precisava Björn "provocar" a plateia, girando o dedo indicador apontado para o alto. As muitas rodas de pogo durante a performance já se formariam naturalmente na pista. Mas, é óbvio que o comando dado pelo frontman funcionou como um combustível extra. 
A energia e a satisfação dos músicos não ficavam atrás. Prova disso era o sorriso constante da boa e irrequieta dupla de guitarristas composta por David Andersson e Sylvain Coudret. Não menos animado, o cabeludo e barbudo baixista Markus Wibom chegou a subir na caixa de som à direita do palco por duas vezes. Mas o dono da festa foi mesmo Björn Strid. Único membro remanescente da formação original, o cantor exibe forte presença de palco aliada à versatilidade vocal, alternando entre o limpo, melódico, e o rasgado, gutural, sem esforço algum. Elementos ainda mais amplificados pela batida furiosa do novo baterista Bastian Thusgaard (substituto de Dirk Verbeuren, hoje no Megadeth), ao lado do igualmente competente tecladista Sven Karlsson.
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O repertório visitou boa parte da discografia da banda, com faixas de sete dos dez álbuns já lançados. Entre os destaques, pedradas como "Overload" e "Rejection Role", ambas do "Figure Number Five" (2003); "Bastard Chain", do "A Predator's Portrait" (2001); e a cadenciada "Whirl of Pain", do CD "The Ride Majestic", que finalizou a primeira parte da apresentação. No bis, após um breve intervalo, "Follow the Hollow", do "Natural Born Chaos" (2002); "This Momentary Bliss", do disco duplo "The Living Infinite" (2013); e "Stabbing the Drama", do trabalho homônimo, fecharam a conta. 
Apesar do show relativamente curto (menos de 80 minutos de duração), uma vez que o Teatro Odisseia precisaria ser liberado para outro evento, a estreia do Soilwork diante do público latino-americano, e que teve a Cidade Maravilhosa como cenário, foi um ótimo cartão de visitas. Daí, a combinação rapidez e eficiência, destacada logo no início do texto. Depois do Brasil, onde também incluiu São Paulo e Curitiba no roteiro, o grupo leva seu Death Metal Melódico para Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Colômbia e México. Mas já fica a expectativa de que um retorno não demore outras duas décadas para acontecer.
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Set list: 
01. The Ride Majestic 02. Nerve 03. The Chainheart Machine 04. The Crestfallen 05. Death in General 06. Tongue 07. Overload 08. Petrichor by Sulphur 09. The Living Infinite 10. Bastard Chain 11. Rejection Role 12. Whirl of Pain Bis: 13. Follow the Hollow 14. This Momentary Bliss 15. Stabbing the Drama
*Publicado originalmente no site da revista Roadie Crew
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Sabaton no Rio*
Circo Voador - 30 de outubro de 2016
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Luciana Pires
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O set principal do show do Sabaton no Rio de Janeiro já caminhava para o fim, quando, na pausa entre duas músicas, um incrédulo e ao mesmo tempo extasiado Joakim Brodén mostrou a todos seu antebraço esquerdo. Em seguida, perguntou ao bom público presente ao Circo Voador como se dizia "estar arrepiado" em português. Ao tentar repetir a palavra, carregado de sotaque, o vocalista sueco arrancou aplausos e risadas gerais. O episódio resume bem o que foi o divertido retorno da banda de Power Metal à Cidade Maravilhosa, dois anos após sua não menos empolgante estreia, no Teatro Rival. 
Completado pelos guitarristas Chris Rörland e Tommy Johansson, o baixista Pär Sundström e o baterista e futuro papai Hannes Van Dahl (parceiro de Floor Jansen, do Nightwish, que está grávida), o grupo veio promover seu oitavo disco de estúdio, "The Last Stand" (2016). Em 80 minutos de espetáculo, iniciado pouco antes das 20h, com duas faixas pré-gravadas, "In the Army Now" e "The March to War", que já deixaram a pista do Circo em estado de ebulição, o quinteto executou um total de 16 músicas. O set privilegiou o trabalho mais recente e o anterior, "Heroes" (2014), incluindo cinco faixas de cada. 
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Após entrar no palco com "Ghost Division", do álbum "The Art of War" (2008), o Sabaton emendou a dobradinha "Sparta" e "Blood of Bannockburn", do disco lançado em agosto, mas já na boca do povo. Vale enfatizar a calorosa participação dos fãs, que detém todo o repertório na ponta da língua. Abordando guerras e batalhas históricas, a linha temática das letras da banda ganha, digamos, suporte visual pelo traje dos integrantes, com direito a calças de estampas camufladas. "Swedish Pagans" (faixa-bônus presente em "The Art of War") foi antecedida por uma hilária apresentação do novo guitarrista Tommy Johansson, feita pelo carismático Brodén, ao público carioca. 
Se o clima por parte da plateia era de total descontração, traduzido pelas seguidas rodas de pogo, palmas ritmadas e muito pula-pula, o que dizer de quem estava no palco? Rörland, Sundström (com seu baixo nas cores da bandeira sueca) e Johansson (que não ficava atrás, esmerilhando sua guitarra com pintura camuflada) agitavam o tempo inteiro, quando não trolavam uns aos outros. Comandante da festa, o igualmente irrequieto Brodén regia o público, ora apontando o microfone para que a plateia cantasse junto (era mesmo necessário?), ora em coreografias, que variavam entre palmas e punhos para o alto. Estrategicamente, na hora dos solos, o frontman saía de cena para os companheiros assumirem o protagonismo. 
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Ainda na metade do set principal, o grupo deixou brevemente o palco, durante o playback de "Diary of an Unknown Soldier", e voltou com "The Lost Battalion", dona de um ritmo mais cadenciado. Após a execução de "Shiroyama" (outra música do álbum "The Last Stand"), Brodén mostrou suas habilidades nas seis cordas, ao tocar o riff de "Master of Puppets", do Metallica, cantando também um trecho da mesma. Se o jogo antes já não estava ganho... "Resist and Bite" veio na sequência, ainda com três guitarras no palco, e "To Hell and Back" (também de "Heroes") fez a alegria geral com sua animada melodia, apesar do dramático teor da letra. 
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Além de anteceder a cena descrita no início do texto, "The Lion from the North" (do disco "Carolus Rex", de 2012) trouxe uma grande performance de Johansson no solo, reforçando o acerto em sua escolha como substituto de Thobbe Englund. Já no bis, "Smoking Snakes" (mais uma de "Heroes") foi certamente o destaque da noite. A canção homenageia o ato heroico de três soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que não se renderam e lutaram até a morte contra as tropas alemãs, em Montese, Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. "Primo Victoria" (faixa-título do primeiro álbum do Sabaton, de 1999) encerrou o show, mantendo a energia no topo e já deixando os fãs cariocas na torcida por um retorno, o mais breve possível, dos suecos à cidade. 
A abertura da noite ficou por conta do Armahda. Trazendo na bagagem músicas em inglês e português, inspiradas na História do Brasil, a banda paulistana foi ovacionada pelo público com uma ótima apresentação. Em pouco mais de meia hora, Maurício Guimarães (vocais), Renato Domingos e Ale Dantas (guitarras), Paulo Chopps (baixo) e João Pires (bateria) tocaram faixas de seu homônimo álbum de estreia, que saiu em 2013, como "Queen Mary Insane", "Paiol em Chamas" e "Canudos". Houve também espaço para "Last Farewell", música lançada posteriormente como single e que presta tributo à memória da morte de Dom Pedro II.
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Sabaton - Set list: 
In the Army Now The March to War 01. Ghost Division 02. Sparta 03. Blood of Bannockburn 04. Swedish Pagans 05. Carolus Rex 06. 40:1 07. The Lost Battalion 08. Far from the Fame 09. Shiroyama 10. Resist and Bite (precedida por um trecho de "Master of Puppets", do Metallica) 11. To Hell and Back 12. The Lion from the North 13. Winged Hussars Bis: 14. Night Witches 15. Smoking Snakes 16. Primo Victoria 
Armahda - Set list: 
01. Echoes from the Duke 02. The Iron Duke 03. Canudos 04. Queen Mary Insane 05. Last Farewell 06. Armahda 07. Paiol em Chamas
*Publicado originalmente no site da revista Roadie Crew
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blogcaixadesom · 6 years
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Suicide Silence no Rio*
Teatro Odisseia - 31 de julho de 2016
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Fernando Pires**
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Embora fosse noite de domingo, eram ainda pouco mais das 21h quando os acordes furiosos de "You Only Live Once" caminhavam para o seu fim. Naquele instante, também se aproximava o desfecho da curta, porém devastadora primeira apresentação do Suicide Silence no Rio de Janeiro. E com direito a fã subindo no palco para tentar tirar uma selfie com vocalista. Além do próprio cantor arriscando um "crowd surfing" sobre o público colado ao pequeno tablado do Teatro Odisseia, na Lapa, que recebeu uma ínfima, mas vibrante audiência. As selvagens rodas de dança que tomaram a pista durante praticamente toda a performance são prova inequívoca disso. 
Com o som no talo, o show de pouco mais de uma hora marcou o término da turnê do grupo norte-americano de deathcore pela América Latina, em divulgação do seu mais recente álbum, "You Can't Stop Me" (2014). O trabalho é o primeiro com Hernan "Eddie" Hermida (ex-All Shall Perish) à frente dos vocais, no lugar do saudoso líder e fundador, Mitch Lucker, que morreu em um acidente de moto, dois anos antes. Na abertura do set, a banda voltou no tempo com "Unanswered" e "No Pity for a Coward", duas tijoladas de seu registro de estreia, "The Cleansing" (2007). Daí em diante, o que se viu foi um repertório bem equilibrado entre os quatro discos lançados até aqui.
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A sombria vinheta "M.A.L." e a faixa "Inherit the Crown" fizeram a primeira dobradinha extraída de "You Can't Stop Me". Logo depois, em "Wake Up", do CD "No Time to Bleed" (2009), Eddie Hermida apontou o microfone para o público soltar a voz no refrão. Em seguida, pediu para que todos levantassem o dedo médio e gritassem o título da música que viria adiante. Foi a deixa para "Fuck Everything", do álbum "The Black Crown" (2011). No final, sobrou até para as Olimpíadas, quando um fã esbravejou seu desagrado pela realização dos Jogos na cidade. 
Outra dobradinha do último disco, "Cease to Exist" e "Sacred Words" (com sua ótima introdução, flertando com o doom ou o gothic metal) também mostraram uma banda pra lá de afiada. E ainda mais pesada ao vivo. O altíssimo (e bem equalizado) som advindo das caixas do Odisseia deu gás extra à brutalidade dos vocais de Eddie Hermida, que transita do gutural ao mais esganiçado com absoluta destreza, às guitarras agressivas de Chris Garza e Mark Heylmun, ao baixo bem marcado de Dan Kenny, e à bateria veloz de Alex Lopez. Ponto para o técnico responsável. Sem deixar o palco um instante sequer e, portanto, sem aquela saída estratégica antes do tradicional bis, o quinteto californiano emendou um petardo atrás do outro. 
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O público, por sua vez, também manteve o pique do início ao fim. Até em músicas com várias mudanças de andamento, como nos casos de "Disengage", do "No Time to Bleed", de "Slaves to Substance", do álbum "The Black Crown", e da própria faixa-título de "You Can't Stop Me". O fervor no salão e sobre o palco seguiu em "Destruction of a Statue" e "Bludgeoned to Death", ambas do CD "The Cleansing", já quase na reta final. Apesar da escassa plateia, o Suicide Silence entregou uma intensa apresentação, saindo ovacionado em seu debut no Rio.
No início da noite, os cariocas do Reckoning Hour tocaram faixas do seu recém-lançado primeiro álbum, "Between Death and Courage", como as pedradas "Misguided", "Eye for an Eye" e "Newborn Generation". Em meia hora cravada, o grupo de death metal melódico mostrou uma boa prévia do disco, a exemplo do que, aliás, já fizera ao abrir o show do Children of Bodom no final de maio, ali pertinho, no Circo Voador. E com a mesma aprovação do público, diga-se. Além do competente instrumental, a cargo de Philip Leander e Lucas Brum (guitarras), Cavi Montenegro (baixo) e Johnny Kings (bateria), destaque para a alternância entre vocais limpos e guturais do versátil JP Pires. 
Suicide Silence - Set list:
01. Unanswered 02. No Pity for a Coward 03. M.A.L. (vinheta) 04. Inherit the Crown 05. Wake Up 06. Fuck Everything 07. Cease to Exist 08. Sacred Words 09. Disengage 10. Slaves to Substance 11. You Can't Stop Me 12. Destruction of a Statue 13. Bludgeoned to Death 14. You Only Live Once 
*Publicado originalmente no site da revista Roadie Crew **Fotos registradas no show realizado em São Paulo
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Children of Bodom no Rio*
Circo Voador - 29 de maio de 2016
Texto: Leonardo Melo | Fotos: Alessandra Tolc
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Não fosse a facilidade de acesso à informação graças à internet, seria de se supor que muitas pessoas não lembrariam ou nem mesmo saberiam que o Children of Bodom já tocou no Rio de Janeiro antes. Afinal, já fazia bastante tempo. Realizada em um longínquo agosto de 2004, a então única apresentação dos finlandeses na hoje capital olímpica teve como palco a casa de espetáculos Scala (famosa por abrigar aqueles bailes carnavalescos outrora exibidos pela TV), quando o espaço ainda funcionava no bairro do Leblon, na Zona Sul da cidade. Depois de quase doze anos, outras três vindas ao Brasil e cinco álbuns de estúdio lançados, o grupo que é um dos principais expoentes do Death Metal Melódico mundial voltou, enfim, a pisar em solo carioca, para uma nova performance matadora. Desta vez, no icônico Circo Voador, na Lapa.
O show marcou o encerramento da turnê na América Latina, como parte da divulgação do álbum "I Worship Chaos" (2015), nono de estúdio da trupe liderada pelo guitarrista e vocalista Alexi Laiho, após passar por México, Chile e Argentina. A abertura ficou a cargo do Reckoning Hour, que também acompanhou a banda nórdica em São Paulo, na noite anterior. Promovendo "Between Death and Courage", seu recém-lançado primeiro disco, JP Pires (vocal), Philip Leander (guitarra e vocal), Lucas Brum (guitarra), o novo integrante Carlos Victor Montenegro (baixo) e Johnny Kings (bateria) iniciaram os trabalhos às 19h33, diante de poucos presentes. Em cerca de meia hora, o competente quinteto carioca mostrou uma boa prévia do álbum de estreia. Além do instrumental bem executado, destaque para o versátil JP, que alterna vocais limpos e guturais.
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No intervalo, a galera vibrou quando o pano de fundo do Children of Bodom surgiu atrás da bateria, enquanto a equipe técnica regulava os instrumentos da principal atração. Eis que, pouco depois das 20h30, Alexi Laiho (e sua tradicional cusparada para o alto), Henkka Seppälä (baixo e backing vocals), Janne Wirman (teclados), Jaska Raatikainen (bateria) e Daniel Freyberg (guitarra), contratado em janeiro para o lugar de Antti Wirman (irmão de Janne e que estava na banda temporariamente desde a saída de Roope Latvala, há cerca de um ano), davam início ao esporro, com a dobradinha "Are You Dead Yet?" e "In Your Face" (do disco "Are You Dead Yet?", de 2005).
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Devido a alguns desajustes no som, mas tão logo resolvidos, o peculiar vocal urrado de Alexi se ouvia com certa dificuldade. No meio da pista, a primeira das muitas rodas de pogo formadas em praticamente todo o show já comia solta. "Morrigan" (single do "I Worship Chaos") veio em seguida, marcada por um solo devastador, ainda na primeira metade da música, do talentoso Alexi, que esmerilhava as cordas de uma de suas várias guitarras ESP Flying V Signature, usadas durante a noite.
Na sequência, o petardo "Sixpounder" (do "Hate Crew Deathroll", de 2003), trabalho cuja turnê trouxe a banda para sua então única passagem pelo Rio, estremeceu as estruturas do Circo. Nem é preciso afirmar que o jogo já estava pra lá de ganho. "I Hurt" (mais uma música do "I Worship Chaos") chegou ao fim com o nome do grupo berrado pela razoável plateia (em número, não em animação), repleta de muitas caras jovens, que por motivos óbvios não deviam estar no show de doze anos atrás. Palmas seguiram a marcação do baterista Jaska no bumbo, durante a intro de "Trashed, Lost & Strungout" (outra do disco "Are You Dead Yet?"). 
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Guiada por uma bateria com bumbos duplos a trezentos por hora, a combinação entre guitarras raivosas e as camadas melódicas dos teclados, tão caraterística na sonoridade extrema do Bodom, é algo que dá gosto de se ouvir. Ainda mais ao vivo. O que dizer, por exemplo, do solo conjunto de Alexi e Janne em peças como "Everytime I Die" (do álbum "Follow the Reaper", de 2000)? Ou então na cadenciada "Angels Don't Kill" (do "Hate Crew Deathroll") e em "Silent Night, Bodom Night" (do CD "Hatebreeder", de 1999), nas quais a dupla solou dividindo o mesmo espaço no praticável do teclado? 
Por falar em Janne, foi curioso notar que o descontraído tecladista se ausentava do palco algumas vezes, com as músicas em pleno andamento. No caso, por exemplo, de "Lake Bodom" (única faixa pinçada do primeiro álbum, "Something Wild", de 1997), para buscar uma bebida. Em outro momento, durante "Hate Crew Deathroll", ele abandonou brevemente seu posto para ir até o kit de bateria de Jaska, pegar uma baqueta e jogá-la ao público. No entanto, sempre voltava a tempo para o teclado, a fim de retomar sua participação, sem prejudicar a performance. Coisa de quem domina o que faz.
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Após a primeira etapa do set, a banda deixou o palco por alguns instantes, sob as luzes apagadas e um som mecânico de trovoadas saindo do P.A.s, que preparavam o clima para o bis. "Children of Decadence", "Kissing the Shadows" (ambas do "Follow the Reaper") e "Downfall" (do álbum "Hatebreeder") formaram a trinca que encerrou o massacre sonoro (e dos bons) de aproximadamente 85 minutos, proporcionado pelos finlandeses. Em seu aguardado e avassalador retorno ao Rio (embora o Circo Voador estivesse longe da lotação), o Children of Bodom mostrou que, mesmo depois de tanto tempo, seu poder de fogo e aquela fúria juvenil seguem intactos. Os fãs cariocas agora esperam que não demore novamente mais de uma década para que eles possam conferir tudo isso de pertinho outra vez.
Children of Bodom - Set list: 
01. Are You Dead Yet? 02. In Your Face 03. Morrigan 04. Sixpounder 05. I Hurt 06. Trashed, Lost & Strungout 07. Everytime I Die 08. Children of Bodom 09. Hate Me! 10. Lake Bodom 11. I Worship Chaos 12. Angels Don't Kill 13. Silent Night, Bodom Night 14. Hate Crew Deathroll Bis: 15. Children of Decadence 16. Kissing the Shadows 17. Downfall
Reckoning Hour - Set list:
01. The Awakening (Introdução) 02. Misguided 03. Condemend to Failure 04. Eye for an Eye 05. What Really Matters 06. Dead Man Walking 07. Times of Trial
*Publicado originalmente no site da revista Roadie Crew
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