Tumgik
anagapesys · 1 year
Text
minha mãe passou a comprar leite sem lactose pra mim depois de eu ter dito uma única vez que ele era o único que não me fazia mal
minha amiga leu um tuíte aleatório em que eu disse que estava triste e mandou chocolate pra que me sentisse melhor
minha tia falou comigo no telefone durante quase uma hora quando tive uma crise de ansiedade e não tinha ninguém em casa
meu afilhado aparece do nada, diz que estava por perto, só pra vir me ver e ficar sentado durante uma tarde toda do meu lado
e quando eu penso nisso, nessas coisas, nessas pessoas, eu me pergunto quantas vezes eu acreditei que não era digna de ser amada
quantas vezes me senti vazia porque você, especificamente, não me amou. quanta coisa eu nivelei por você, quantas pessoas eu rebaixei por você, quanto amor eu não vi, eu não quis ver
então quando você tem a cara de pau de me questionar como que eu pude te amar tanto pra de um dia pro outro nada
eu quero que você me diga
quanto você me amou
porque essas pessoas, nenhuma delas me perdeu
todas elas recebem de mim tanto ou mais do que me dão
então sou eu que te pergunto
o que você me deu
que eu só pude devolver
com um adeus?
49 notes · View notes
anagapesys · 1 year
Text
Tumblr media
7K notes · View notes
anagapesys · 2 years
Text
Tumblr media
21K notes · View notes
anagapesys · 2 years
Text
Começo da noite de uma dia de tempo agradável, onde a lua ilumina de forma magnífica a cidade, me dando uma visão espetacular, mas o peito carrega uma tempestade de saudade de você. E nem uma noite agradável é tão agradável assim sem você.
7 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
o amor triste nº2
eu te achei sem querer não por acaso - toda coisa tem razão há outros nomes pro início além de vontade: víscera, necessidade ou fome
eu te achei sem querer todas as luzes penduradas muito antes do natal ou infinitamente depois eu realmente não sei quando
você não é a versão comercial de ou como deveria ser uma data marcada pra sentir e dizer certas coisas
você - os pisca-piscas fora de época sobre uma cidade escura - eu
baixe a coletânea de poemas gratuitamente | ig | fb | twitter
69 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
12/08
virei a noite hoje trabalhando. foi a primeira vez que passei café sem ajuda. sobrou a beça. vou continuar te escrevendo religiosamente. dia sim, dia não. te contar dessas banalidades. das vezes que lembro de passar óleo no corpo. das vezes que esqueço de sorrir. de todas as coisas que descubro que você despertou na minha pele principalmente nas vezes em que não a tocou. você disse que eu te escrevi bonito, como quem você queria ser. e era um elogio. era a sua razão pra me manter por perto: praia, shopping, pé sujo, santa tereza, av das américas, guaratiba. eu era a tua gênese. e esse foi o meu fim. você me lembra de outros tempos. outras pessoas que me olharam muito fundo nos olhos, porque o reflexo fica miudinho, então custa discernir. e eu, que quero tanto tanto tanto ser vista, toda vez que sou olhada, fico. torcendo que dê na mesma. mas nunca é. vou continuar te escrevendo, agora que você não vai mais ler. cotidianamente,  com a mesma honestidade. todos os lugares onde você não está. todas as minhas partes que você já não sabe. todos os seus desacessos, seus fracassos de mim. por todas as coisas que eu te quis com um lirismo que só desespero confere à palavra. por cada página que antes te escrevi como um roteiro, como um delírio, como o maior dos meus desejos em anos. agora te escrevo a minha realidade: a única coisa que posso dizer com certeza que você não é.
53 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
é mais fácil agora que eu sei ser possível desfazer os vícios e ancorar a interação a traços saudáveis e estáveis de nós. antes quando todo ponto parecia sinônimo de um nunca mais, eu desesperava. impor espaço significa lentamente reconhecer a ausência muito vívida, quase palpável, de uma pessoa que eu espero reencontrar quando ambos formos melhores pra nós mesmos.  nós cresceremos e sairemos das cascas, casulos, crostas. cascos que nos protegem de estar presentes por inteiro. barreiras que nos deixam desejando que alguém nos adivinhe ou nos invente bem, sem que precisemos nos expôr. nós lapidaremos a liberdade. como tem de ser. com punhos cansados e a coragem de fora. quando nos esbarrarmos de novo, por acaso ou por querer, já não seremos os mesmos. e aí então, talvez consigamos nos ver sem distorções cruéis. talvez, seja seguro ficar.
54 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
"Tenho medo de me esforçar para ver o que há dentro de mim e acabar surpreendendo uma porção de coisas feias, sujas."
- Caio Fernando Abreu, Limite branco
294 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
por que você continua usando apenas metade das palavras? da última vez que eu precisei adivinhar o resto nada ficou no lugar certo. só eu me lembro da queda porque hematomas são intransferíveis. parece que não adianta te contar, mas eu perguntei se deveria mesmo assim, porque a verdade tem me salvado. eu sei que o jogo é mais divertido mas eu não funciono mais a base de angústia. o que você quer de mim? eu sei que você acha que o ambíguo atiça mas a verdade é que sobra muito pouco depois de um incêndio. eu não quero mais queimar de dúvida por ninguém.
200 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Photo
Tumblr media
Frank Bidart, “To the Dead”, Half-Light: Collected Poems, 1965-2016
[Text ID: “The love I’ve known is the love of two people staring
not at each other, but in the same direction.”]
19K notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
Tumblr media
7K notes · View notes
anagapesys · 3 years
Quote
Eu quero fazer silêncio, um silêncio tão doente, do vizinho reclamar.
Chico Buarque.  (via proseastes)
32K notes · View notes
anagapesys · 3 years
Photo
Tumblr media
讓我保護你
17K notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
[…]
te amar foi uma festa pagã pra um deus sol qualquer numa vã tentativa de que a luz cicatrizasse  as minhas feridas mais profundas enquanto você pairava em órbitas muito distantes da minha.
mas eu nunca soube emitir sons árduos por salvação alguma.
585 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
sigo em uma eterna busca dos significados por trás do meu reflexo
tenho pavor de me prender a uma vida que não me representa
que não me faz sentir
cs.
378 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
enxergamos o mundo a partir de como somos - isso não significa que, por exemplo, enxergamos o mundo um lugar ruim porque somos pessoas ruins, mas o enxergamos desta forma porque aprendemos, a partir das nossas experiências, a enxergá-lo assim. certa vez li um texto chamado "o mundo é um espelho", não lembro de que autoria, que dizia mais ou menos isso. o mundo é, de fato, um espelho, cada um enxerga no mundo um reflexo de si.
toda beleza e toda dor que enxergamos no mundo nada mais é do que um reflexo de quem somos, do nosso passado e presente. é como se cada um enxergasse o mundo através de uma lente única, exclusivamente sua, o que faz com que as situações e coisas tenham pesos diferentes, cores diferentes, sabores diferentes.
cada ser humano é um mundo, cada ser humano constrói um mundo para si - não necessariamente de forma consciente.
é como se, de certa forma, cada um vivesse em um mundo próprio, fruto de determinadas experimentações, as quais nos fazem reagir de determinadas formas a determinados estímulos, a sentir determinadas coisas em determinadas circunstâncias, a focalizar em determinados assuntos, a compreender melhor determinados conceitos, a ser mais afetado por determinadas causas.
o mundo, em si, não possui significado próprio - não passamos de grandes atribuidores de significados. infinitas são as subjetivações que criamos.
cs. (univversos)
553 notes · View notes
anagapesys · 3 years
Text
se eu não te disser pausadamente meus medos e neuras você luta pra saber ou não importa? esse não é papo de bar. de gente que acabou de se conhecer e quer ser legal pro outro. isso é pra quando a gente já viu o outro sem roupa no claro. quando é confortável existir do lado. quando a gente sente medo, mas também sente muita vontade de fazer parte. eu não sei dizer se quis ser parte sua. eu não sei dizer se te quis parte minha. eu só queria mapear sua vontade. ela existe? a gente existe? eu digo com muita rispidez que sozinha eu faço mais sentido, só que eu não quero ficar só, ninguém quer. eu quero ser perpetuamente amada como se fosse essa a coisa mais bonita que você já teve na vida. como se quisesse viver outras milhoes de coisas mais bonitas ainda. e quisesse dividi-las comigo. porque nos amamos. e o amor é partilha. se eu não te disser como me sinto quando o homem que eu amo toca no meu ombro. se eu não te explicar que o arrepio tem níveis e formas de despertar o meu corpo, você vai esticar o dedo e tentar? você vai desejar ser o homem que amo? se a minha poesia me deixar, tu vai embora ou tu fica? tu vai querer me explicar sem ela? vai querer morar no cético e ácido? como a parede bege e sem graça do meu antigo emprego na Vargas? você vai me amar se eu não puder escrever sobre você? ou o que tu quer é o palco? o nome do texto, o pranto? tu quer os lados, não me quer no meio? tu quer os frutos e se eu estiver frita, cê não me cuida? nem sara? se eu não souber voltar pra casa, cê me leva? eu fico pensando. eu não sei até onde vai seu interesse em mim. eu não sei até quando.
327 notes · View notes