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tresdedoze · 4 years
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astbrero​:
Mudanças eram verdadeiramente assustadoras para Astro. Toda vez que um pequeno aspecto se modifica por alguma influência do ambiente, Astro sente que tudo está diferente e esquisito, demorando um pouco para se acostumar com o novo. E isso acontecia atualmente. Não se sabe o que realmente houve com o diretor, mas ele parecia estar muito bem quando o viu pela última vez, mesmo o rapaz sentindo-se desconfortável perto dele. Apesar disso, ignorou pelo fato de achar que pode estar exagerando e resolveu focar no pedido que Ever havia feito, o qual era um convite para visitar e passar um período com a família do namorado. É claro que ele estava nervoso com a ideia, mas havia aceitado antes de pensar por algum segundo direito caso encontrava-se pronto ou não. No entanto, não poderia mais pedir um tempo para pensar, mas estava feliz com a ideia… Após o almoço totalmente falho, Astro queria um canto tranquilo para que pudesse enterrar sua cabeça e morrer da vergonha que lhe sufocava. Não entendia como tinha saído tão errado assim, mas desconfiava que a culpa era totalmente sua. “Céus, sou um idiota.” Repetiu em sua mente, enquanto observava algumas flores na sua frente ouvindo a voz de Ever. Suspirou levemente, encarando agora o namorado com um olhar envergonhado: - Eu não sei, Ever… Acho que eles me odeiam muito e não querem eu por perto, por que você acharia o contrário Não acho que eles vão curtir a minha presença aqui… Por que houve aquilo no almoço? -
“Teoricamente, desde que eu namorei a Coral, você é o primeiro namorado que eu trago pra casa.” Ever respondeu ao se aproximar da estátua de sua mãe, observando os detalhes e as flores que circulavam ao redor. Nenhum dos outros relacionamentos do rapaz acabara chegando à sua casa porque, bem, terminaram antes que o príncipe pudesse fazer as apresentações de fato. “Eles só estavam te zoando mesmo.” O príncipe abriu um sorriso que evidenciava todas as covinhas existentes. Seus irmãos fizeram algumas piadas com o relacionamento de ambos — inofensivas, é claro, mas que pareciam dizer algo sobre a demora. De acordo com Marcus, o segundo mais velho, apenas Ever e Astro não sabiam que eles se gostavam. Aparentemente, toda a escola comentava sobre os abraços pelos corredores, as piadas e as fotos na Nimbo. Até seu pai, que se encontrava na cadeira no início da mesa oval, com vinte lugares, comentara sobre ter vasculhado as redes sociais do filho e ter percebido que ele, possivelmente, parecia estar envolvido com o rapaz a sua frente. Todos se divertiam com a demora — segundo os próprios — em Ever e Astro perceberem seus sentimentos um pelo outro. E comentavam sobre isso, fazendo piadinhas e mais piadinhas que, para Ever, que conhecia bem aos irmãos, eram apenas brincadeiras. Para Astro, adentrando agora a família, poderia vir a ser algo bem mais hostil de que de fato o era. “Meus irmãos são uma grandiosa quinta série B. Eles só queriam tirar uma com a nossa cara mesmo. Zoar comigo no processo. Eles realmente acham que eu sou muito muito lerdo.” Explicou a situação ao levantar o olhar para o teto abobado da estufa, observando os raios preguiçosos da tarde que ultrapassaram o vidro, irradiando sua luz em algumas folhas. Era possível ver as partículas de poeira rodopiando no ar. “Hey, quer ver algo que aprendi a fazer?” Indagou ao retornar o olhar à face de Beaumont, desejando tirá-los daquele assunto.
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tresdedoze · 4 years
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Ainda que considerasse tudo um tanto estranho, o príncipe não recusara a ideia de partir por um período. Desejava rever seu pai, mesmo que não admitisse para os demais, tal como precisava de um tempo. Deixar Aether, contudo, não era uma função fácil àquela altura. Fizera amigos naquele local, tal como possuía tantas raízes que era extremamente doloroso partir; todas as brincadeiras com os amigos do quarto, todas as conversas reflexivas na madrugada e os diversos fios branco que crescera... Ainda havia os que desapareceram, os que não estavam mais ali para contar a história consigo, contudo, era hora de reconhecer a necessidade de partir. E sabendo que poderia não retornar, o príncipe acabara convidando Astro para que fosse consigo conhecer seu reino, seu pai e, bem, passar um tempo de qualidade com a sua família. Há algum tempo aceitara que estava completamente apaixonado e, ainda que receios anteriores impedissem que demonstrasse tanto quanto outrora, procurava cativar o outro aos poucos. A forma gradual com a qual ambos estavam lidando com tudo que ocorria naquele relacionamento era o suficiente para que aquele laço se tornasse mais forte. Ainda assim, não acreditara que Astro fosse aceitar de primeira, surpreendendo-se positivamente com a resposta alheia. Agora, no entanto, enquanto o encarava olhando as flores favoritas de sua mãe, em um jardim que era meticulosamente mantido pela sanidade mental do próprio pai, e o qual era visitado com frequência por toda a família, questionava-se a possibilidade de Astro ter se arrependido. O almoço não fora o que Ever chamaria de sucesso, embora ninguém estivesse com raiva do rapaz. ‘ Você sabe que eles podem estar rindo um pouco, mas ninguém te odeia, né? ’ Sorriu ao apertar a mão alheia na sua. Andavam assim, de mãos dadas, enquanto se preocupava em apontar uma e outra flor. ‘ Eles meio que são assim. Fazem piadas e brincam com tudo quando acham que alguém é da família. ’ Não mudariam mesmo que significasse traumatizar alguém por uma vida, aparentemente. ‘ E estão animados por estarmos em casa, mas não te odeiam. Eu juro. E vou falar com eles depois sobre isso. Eu prometo. ’
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tresdedoze · 4 years
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Os braços de Ever se encaixavam com perfeição sobre os braços de @astbrero, o peito desnudo encontrando as costas do imrense enquanto escondia o próprio rosto na nuca alheia, embora já não estivesse mais dormindo. Ficara ali, do momento em que acordara até então, pensando em como poderia abordar um assunto delicado com o outro. Prometera que não esconderia nada do namorado, portanto, sabia que deveria cumprir sua palavra; procurava, então, um modo de contar a Astro que estava planejando ir para a Floresta Assombrada. Ele precisava ir. A cabeça se erguera enquanto o corpo se afastava minimamente, evitando movimentos bruscos para acordá-lo, os dígitos traçando a linha das omoplatas enquanto encarava detalhes que nunca eram cansativos para si. ‘ Você está acordado, não está? ’ Perguntou com um sorriso pincelando seus lábios, erguendo-os minimamente enquanto continuava com os movimentos sutis. ‘ Eu queria conversar algo com você. Algo importante. Sobre a Floresta Assombrada. ’ Nunca fora de fazer rodeios, portanto, não começaria agora.
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tresdedoze · 4 years
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astbrero​:
A morte deveria ser natural para Beaumont. Mesmo não tendo certeza, não tinha nenhuma informação acerca de sua irmã, concluindo que ela poderia estar morta. Além disso, ele tinha visto vários moradores de rua, os quais tinha passado um tempo com eles até encontrar Jack Frost e partir, falecerem por diversos motivos, incluindo a fome e o frio. No entanto, não havia se acostumado de jeito nenhum os acontecimentos que, infelizmente, levaram alguns amigos seus. Agora, estava com a possibilidade de perder mais um querido. Uma pessoa que Astro não imaginava passar nenhum momento sem ela e ter aquela pequena chance fazia seu coração apertar de forma sufocadora. Queria poder abraçar o rapaz e dizer que estava tudo bem, que tentaria de tudo para proteger… Até pediria ajuda ao seu pai, o qual Astro tenta não manter nenhum vínculo. Porém, o orgulho e a mágoa ainda encontravam-se presentes em seu coração quando não ficou sabendo dos problemas dele antes, pois, depois da conversa com Zane, se uma relação for ser mantida, teria que ter um diálogo sincero entre os parceiros… - Mesmo não falando Ever, ainda existe essa possibilidade. E quero que você me conte, porque, se isso acontecesse antes de eu saber, eu não saberia o quê fazer da vida… Eu… - Suspirou alto passando sua mão esquerda entre os fios de seus cabelos virando-se de costas para o namorado. Precisava de um minuto para pensar no que falaria para ele de volta. Ele tinha razão em vários momentos, mas Astro ainda estava magoado com aquele ocultamento, mesmo não tendo muita argumentação em estar devido ao fato de que também escondia segredos obscuros de sua vida. - Eu sei. Sei que não falei de tudo que eu fiz, mas estou tentando. Depois da conversa que tive com Zane, quero te contar tudo que aconteceu, mas eu não sei se consigo fazer isso agora, principalmente por ter descoberto que você pode morrer. Isso é grave demais, Ever! Isso não afeta você, e sim todos nós que convivem ao seu redor. Seus irmãos, amigos e eu… - Seu corpo voltou-se para o outro com evidência de que lágrimas já rolavam pelo seu rosto não se importando com o fato. Havia muita coisa para falar sobre como se sentia, mas não sabia como colocar exatamente em palavras. - Eu quero deixar isso para lá, mas eu não consigo. Eu… Estou sendo injusto?! Muito, mas não consigo mudar isso. - Mordiscou seu lábio inferior rapidamente, querendo abraçar o namorado e dizer que tudo estava bem; querer largar daqueles sentimentos negativos que o segurava fortemente. Queria fazer isso… E, então, fez. Astro aproximou-se do corpo de Ever com os olhos concentrados no dele e abraçou-o fortemente na mesma hora, dizendo-lhe: - Não morra, por favor… -
Inspirou algumas vezes, percebendo que havia uma falha na voz de Astro. Desejou tocá-lo, conquanto, ele ainda precisava de seu tempo e Ever não iria interrompê-lo. O outro ainda não havia lhe pedido para se aproximar, ou demonstrado que não o queria por perto; em verdade, temia que a resposta fosse outra. Quando Astro voltou a falar, o estômago do príncipe retorceu-se, percebendo que o que não desejava, acontecera. Era como ele seria visto a partir daquele momento. Era como Astro iria enxergar a vida de Ever. Um delicado fio que poderia se desmanchar a qualquer momento. Diferentemente do fio de Ariadine, que levaria seu herói para casa, vencendo todos os perigos à espreita no labirinto, o fio que o ligava à vida poderia ser desfeito a qualquer momento; e era como deveria ser enxergado. Com a fala proferida pelo namorado, o príncipe negou com a cabeça, não permitindo a continuidade da fala alheia. ‘ Eu não quero que você pense assim. ’ O tom carregava um teor doloroso, sua voz baixa, seus olhos sem conseguir encarar sequer as costas do imrense. Ever queria dizer que não queria que Astro pensasse que ele morreria, conquanto, não era aquilo. Ever não queria que o canadense pensasse que, caso já não estivesse ali, sua vida havia acabado de alguma forma. Ainda assim, não verbalizou o próprio pensamento, deixando que outro transparecesse. ‘ Não quero que pense dessa forma. ’ Negou outra vez, sabendo que era difícil Astro saber exatamente a que se referia. A menção de Zane o deixou intrigado, embora tenha deixado de lado o questionando de lado, por enquanto. ‘ Eu não quero que você fale sobre algo que não está preparado. Eu posso esperar. ’ Tranquilizou-o enquanto colocava um fim ainda maior à distância entre ambos. ‘ E eu sei. Sei que não afeta só a mim e sei que não foi certo ocultar isso. ’ Os dígitos formigavam para tocar a face de Astro, limpar as lágrimas que insistiam em cair, mas ainda permanecera com o corpo rígido. Por um momento, pensara que aquele seria o momento que todas as suas considerações anteriores falariam mais alto e o imrense realmente saíra pela porta, sem perdoá-lo. Estava preparado para isso. O que viera a seguir, conquanto, acabara o pegando em um suspiro aliviado, os braços automaticamente envolvendo o corpo de Beaumont com força, os olhos se fechando enquanto os lábios tocavam a curva do pescoço alheio outra vez. ‘ Sinto muito. ’ O sussurro era uma constante súplica enquanto o príncipe o mantinha ali. Ficara naquele abraço por tanto tempo que seus músculos enrijeceram e sua mente ecoando o pedido de Astro. Pensava em como poderia fazer aquilo; como poderia não morrer. ‘ Eu não vou. ’ Afastou o rosto alheio para que o encarasse, permitindo-se olhar os olhos de Astro com ternura e uma certeza que ele não poderia ter. Uma promessa que ele não poderia fazer, mas ainda assim o fez. ‘ Nada vai acontecer comigo. ’ Suas mãos passaram pelas maçãs do rosto do canadense, segurando ambos os lados do rosto alheio. Um sorriso complacente em seus lábios aparecera antes de encerrar a distância entre seus lábios. Não fora um beijo feliz, um beijo típico de um reencontro, mas era o suficiente para selar uma promessa. Ever beijou, então, o queixo alheio, tal como suas bochechas, seus olhos... E, então, tornou a abraçá-lo. ‘ E eu prometo que não vou esconder as coisas de você. Nunca mais. ’
— encerrada!
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tresdedoze · 4 years
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aliolindo​:
Alistair vinha fazendo o seu melhor para não ligar pras implicâncias de Ever, mas essa se tornava uma tarefa complexa quando o outro parecia disposto a pegar qualquer frase para usar como alfinetada. ❛❛ —— O que ‘tá acontecendo, Ever? Você não costumava ser tão arisco quando eu fui embora. ❜❜ A escolha da palavra para se referenciar ao comportamento alheio era quase selecionada para tornar as coisas ainda piores. E, bem, diante da correção, as bochechas do príncipe adquiriram um rubor breve e ele ainda chegou a esboçar um sorriso sem-graça em seus lábios. ❛❛ —— Ah! Perdão. Eu acho que me confundi aqui. ❜❜ Culpe o intelecto limitado de Ali pela situação! ❛❛ —— Eu acho que entendi o que você quer dizer. Mas quem poderia ir no meu lugar? Tem que ser alguém confiável porque o filho do Gaston quer roubar minhas capas. ❜❜ Então, uma olhada mais rápida pro seu amigo serviu para que ele tivesse vislumbre de uma ideia. ❛❛ —— E se você dividir a próxima capa comigo? Eu ainda estaria lá e teria outra pessoa também. ❜❜
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A pergunta de Alistair o pegara de surpresa, fazendo com que o processo automático de reflexão começasse. Ficara em silêncio por alguns segundos, ponderando sobre tudo que dissera, ainda sem encontrar uma problemática de fato, mas chegando a conclusão que poderia, realmente, ter falado de uma forma não convencional. Outrora, Ever não era tão irônico, conquanto, ultimamente parecia ter ativado o mecanismo de defesa. ‘ Ataque de ogros, Floresta Assombrada, maldição do sono, desaparecimentos... Você escolhe. ’ Concluiu após o minuto de silêncio. Muita coisa havia acontecido, mas Alistair, graças aos narradores, não passara pela metade. ‘ Você não vai encontrar todo mundo como estávamos antes, Ali. É bom você ter noção disso. ’ Alertou-o ao baixar os olhos para a própria bandeja. A fome, momentaneamente, havia passado. Possuíam apenas alguns segundos de conversa antes que cada um fosse para sua respectiva mesa. ‘ Você não vai me usar de queerbait, né? ’ Assim que terminou a frase, percebera que aquilo seria praticamente impossível — assim como Alistair conhecer o conceito. ‘ Esquece. ’ Completou rapidamente, dando de ombros. ‘ Eu até poderia pensar na sua proposta. ’ Quem não gostava de um pouco de biscoito? ‘ Eu muito poderia pensar na sua proposta. ’
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tresdedoze · 4 years
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ciewhoiam​:
Suspirou irritada com o caminho onde aquela conversa estava indo, pois não era nenhum que pudesse lhe suprir o seu desejo em comer algo que não fosse a dieta estabelecida. De qualquer maneira, ela tentou sorrir calmamente para que seu tom de voz não ultrapasse os limites de tranquilidade, os quais ela estava tentando manter: “Porque, pelo menos, tô’ fazendo algo útil invés de ficar aqui parada como uma múmia… Meio que estou me sentindo cansada disso.” Respondeu desanimada de forma bem sincera. Sua cabeça e seu corpo estavam doendo, e ela só queria que tudo curasse logo para voltar a correr e divertir-se como de costume, mas parecia um sonho tão impossível naquele momento. “Sim, ok, admito: não tô’ nada bem! Ia quase morrendo e tive um sonho bem louco, não sei o que tá’ acontecendo nem sei o que vou fazer! Só queria um pedaço de bolo e dormir! É pedir muito?! " Cielo não queria ser grossa com o rapaz, mas a sua raiva consigo mesma e com o mundo acabou se descontrolando mais do que o normal.
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‘ Você não está parada feito uma múmia... Está sendo cuidada. Você entende o que aconteceu? ’ A pergunta saltou de sua boca antes que pudesse contê-la. Não havia conotação que visava inferiorizar a capacidade intelectual de Cielo, porém, desejava compreender o quanto ela sabia sobre sua situação. Ainda assim, conhecia o suficiente da forma como adolescentes funcionavam para que não se agitasse totalmente com o modo como a Upland estava dramatizando — e utilizava o termo sem a existência de algo melhor naquele momento. ‘ Cielo, eu entendo que você está com fome de algo que não seja comida de enfermaria, pois é horrível, eu bem sei. ’ Abriu um sorriso ao se lembrar da sua estadia após os eventos na Floresta Assombrada. ‘ Mas você acordou tem pouco tempo, não é? Ainda está coberta de ataduras. Você bem disse: quase morreu. Como seu corpo reagiria com um alimento que, bem, é bem pesado? Eu não entendo nada de culinária, mas não acho que você vai receber muito bem essa comida. O que você tem de fazer agora é seguir as recomendações dos curandeiros para sair quanto antes e, então, comer a tal torta. ’ Pela experiência, sabia que tons complacentes e promessas funcionavam melhor com os mais novos. ‘ Eu posso ver com o Asher se ele faz uma torta pra você. Ele é filho do Coelhão. ’ O problema seria convencer Asher àquilo, mas ele daria um jeito. ‘ O que acha? ’
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tresdedoze · 4 years
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aliolindo​:
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❛❛ —— Depois eu faço uma doação das melhores ervilhas de Paradiso pra compensar, Ever. ❜❜ O herdeiro retrucou com um quê de cansaço em sua voz, umedecendo os lábios conforme erguia ambas as sobrancelhas por um curto instante. Havia aprendido em dado momento da sua vida que o amigo poderia ser impossível quando começava com as suas problematizações e era melhor sair pela tangente do que bater de frente com todos os argumentos que o bailarino poderia ter. ❛❛ —— Foi você que disse isso, Ever! Monopolização. Você tá falando daquele jogo que a gente jogava, né? ❜❜ Inclusive, faziam eras que eles não se reunião para jogar uma partida de Monopoly, o jogo conhecido pelas réplicas perfeitas de moedas dos duendes!  ❛❛ —— Eu acho até de boa. Só não entendi onde você viu isso nas minhas capas. ❜❜ Essa era a parte que estava deixando-o confuso ali.
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‘  Você se alimenta só de ervilhas, Alistair? ’ Um alimento que, caso indagassem Ever, ele diria que até poderia comer se fosse bem escondido em sua comida. Ele não gostava e certamente havia mais pessoas que não apreciavam. Mas a pretensa discussão que poderia começar acerca do assunto fora abandonada pela resposta do Charming. ‘ Quê? Não, Alistair! Não estava nem pensando em um jogo... Você acha que eu realmente estaria pensando sobre jogos agora? ’ Não poderia cobrar a mesma reação de Alistiar, afinal, ele não estivera presente enquanto os demais aprendizes sofriam o que sofreram. Também não poderia dizer que ele estava preso aos seus traumas, pois estava discutindo a possibilidade de outras personalidades na capa de uma revista. ‘ Eu estava falando sobre você parar de sair toda vez na capa da revista, Ali. Você é até bonito, mas tem outras pessoas, não é? ’ Indagou retoricamente, afinal, já era capaz de ouvir a resposta do outro ecoando em sua cabeça.
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tresdedoze · 4 years
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Agora que o príncipe aparecera bem, sem nenhum ferimento aparente, e fora capaz de se resolver com seus amigos e namorado — aquela havia sido a parte mais complicada, certamente— considerou a possibilidade de voltar à Floresta Assombrada para responder algumas perguntas. A ideia de não saber o que fizera durante o seu desaparecimento o inquietava, mas não era pior que ter a constância de que realmente fizera algo terrível. Dividia-se entre conversar com Astro e contar o que pretendia — e acabar descobrindo que o imrense iria com ele mesmo que não fosse fácil — e ir sozinho. Porém, Ever não desejava ir sozinho. Caso fosse sozinho, sem ninguém para mantê-lo ligado ao plano físico, seria capaz de ter seu corpo transmutado em sombras novamente. Era por isso que ainda não havia se decidido, pois, enquanto pensava nos possíveis nomes, não se via capaz de pedir para nenhum de seus amigos que fosse junto dele, afinal, era pedir demais. Estava tão absurdo que quase dera de cara com @opsjaxon​, mas conseguira parar. ‘ Sabe, fiquei pensando que você foi um dos poucos que não perguntou como eu estava ou onde eu estava... Como assim? ’ Controlava-se para não manifestar um sorriso mínimo enquanto proferia sua fala. ‘ Isso quer dizer por acaso que você não se importa comigo, Jaxon Hook? Todas as nossas discussões sobre como você “não dança” não significaram absolutamente nada para você? Terei de chamá-lo para um desafio de espadas para ser digno de sua preocupação? ’
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tresdedoze · 4 years
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tresdedoze · 4 years
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cssabesta​:
‘ Dos Narradores? ’ não pode deixar de notar a fala do outro que vinha no plural, estranhando a facilidade com que dizia aquilo, como se não temesse a ira da entidade que estava acima de todos eles. Era por conta de comportamentos como aquele que as desgraças aconteciam — falta de fé e blasfêmia. ‘ Eu estava me referindo a um único Narrador. O único que existe ’  corrigiu, como se apenas suas crenças importassem.  ‘ E não posso falar pelos outros, só pelo que acontece comigo ’ concluiu, dando de ombros, porque era possível que começasse a dar lições se se estendesse ali. O que veio a seguir soou muito como uma ameaça, fazendo com que o corpo de Vincent se retesasse e o herdeiro franzisse o cenho. ‘ Pardon, devo ter entendido errado… Está me ameaçando? ’  a possibilidade era tão absurda que ele tinha de se certificar, mas não seria o primeiro em Aether a achar que era mais perigoso do que realmente era. ‘ Ou você só se tornou um assassino em série? Fique sabendo que estamos a poucos metros de um agente da Diegese, garoto ’
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‘ Sim, narradores. Eu sou politeísta, Vincent. Eu não acredito que haja apenas um único narrador que tudo escreve, tudo faz, blablabla. Acredito na existência de vários deles. Nossas histórias, por vezes, não há gênero comum, não há uma linha a ser seguida, o que acaba sendo uma marca de um escritor. É, na verdade, bastante razoável... ’ Perdeu-se naquele pensamento por um momento, ignorando o que fora dito em seguida. Ever nunca tivera a ideia de que havia apenas um único narrador de histórias, mas narradores que davam, a cada história, sua contribuição para Mítica. Muitas histórias se destoavam de tal forma, sem um único ponto comum, que era impossível acreditar quem havia dado vida ao conto do príncipe à sua frente, também trouxera Drácula à vida. Com a fala sobre os agentes da Diegese, o sorriso se alargou. Era o suficiente para que as covinhas do alemão ficassem visíveis. Ah, seu irmão o mataria por estaria provocando um herdeiro, mas, bem, Ever há muito havia se libertado das amarras monárquicas. Ademais, aquilo lhe soava tão certo; como se estivesse, naquele momento, colocando um pinto em um i: Ever era perigoso, e isso era um fato; conquanto, também era poderoso, ainda que não soubesse a real extensão dos próprios poderes. Afirmar aquilo era apenas... certo. No mais, dava-lhe força fazer aquilo, ainda que não compreendesse tão bem o motivo; uma ligação invisível à natureza real dos próprios poderes. ‘ Eu duvido um pouco da capacidade de ser pego. Se tentassem, eu não acho que acabaria bem para eles. ’ Assentiu para o pensamento, afinal, tudo que tocava, quando estava em uma forma não-humana, era destruído ou, bem, morto. ‘ E não é uma ameaça. É um fato. Andar comigo tem seus perigos. ’
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tresdedoze · 4 years
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astbrero​:
Assim como o outro, Astro necessitava de um pouco espaço para preparar-se em ouvir o que ele diria e até mesmo em falar o que se passava em sua mente, a qual se encontrava bastante inquieta ultimamente. Se escutaria palavras francas vindas de Ever, também deveria ser franco com ele, visto que precisava e queria manter uma relação saudável com o parceiro. Por isso, quando se afastou, ele organizava seus pensamentos para ter ideia o que iria falar, enquanto respirava fundo para controlar seus batimentos que começava a acelerar mais do que o normal devido ao nervosismo do que poderia acontecer no futuro. Seus olhos mantinham no outro, observando-o vestir a roupa e, mesmo já ter passado o visto despisto, Astro ainda sentia-se levemente envergonhado com aquela situação, apesar de seus olhos não se desviaram de jeito. Adorava ver cada curva que tinha no corpo alheio e sentia-se feliz por Ever deixar aquilo acontecer. Deixou-se ser guiado pelo o outro, sentando-se o suficientemente perto dele para poder sentir o cheiro natural, o qual amava toda vez que se encontrava com ele. Era perfeito, pensava Astro totalmente feliz em estar ali. Concentrou-se, então, em ouvir as palavras alheias para não perder-se mais por nenhum, embora o selinho tenha lhe trazido um pouco de desconcentração. Assentiu com a cabeça concordando com ele, pois queria escutá-lo para depois tentar dizer alguma coisa… Os minutos se passavam e Astro tentava encaixar as peçinhas que recebiam a cada momento, eram informações grandiosas que por um momento, Astro não achou capaz de acontecer tudo aquilo com Ever sem ele saber. Ele não sabia de quase nada, nem mesmo totalmente sobre ele se transformar em sombras. Tinha escutado algumas coisas sobre um ataque ao Njord, mas os detalhes… 
Astro achou um absurdo cada um, pois não conseguia ver aquilo acontecendo com o outro. Já a doença de pele… Ele desconfiava com certeza, perguntando-se o que acontecia com o namorado e o porquê de Ever não falar nada, como se queria esconder. E, bem, aconteceu. Mesmo dos seus erros do seu passado não comentados para ele, Astro sentia-se irritado e magoado por ter tido aquelas informações ocultas dele. Informações que se Beaumont tivesse mais cedo, poderia ter ajudado-o de várias formas, mas não foi o que ocorreu. Ele não sabia daquelas notícias, não sabia como nem onde estava Ever e sentia-se totalmente inútil em defendê-lo diante daquelas maldições. Parecia que o mundo tivesse virado para Astro e falado que ele só vai sofrer sem poder ajudar ninguém. Breu deveria estar rindo agora. Pensava com um gosto amargo em sua boca. Não sabia exatamente no que falar nem o que pensar. Uma parte de sua razão queria que ele perdoasse Ever por ter escondido, pois acreditava que o mesmo estava com medo e Astro fazia também ocultando alguns momentos do passado, no entanto, a outra parte considerava aqueles comportamentos alheios egoístas por terem deixado ele de lado. Sem perceber de primeira, lágrimas rolavam pelo seu rosto sem concentrar seus olhos no traços do rosto de Ever que admirava tanto toda vez que olhava. Então, impulsivamente, ele tirou suas mãos perto das deles e afastou-se do corpo alheio, o qual parecia ser bastante desconhecido para Beaumont. Magoava, estava. 
- Por que? Não me fala sobre a preocupação nem nada, quero saber o verdadeiro motivo de ter escondido tudo isso. Por ter me deixado no escuro, eu pensei que confiava em mim, Ever. Pensei que éramos parceiros, mas será que somos? - E foi ali que ele encarou-o de volta com seu coração dolorido e esmagado de tanta tristeza que sentia. Só queria uma causa sustentável para explicar todos os comportamentos do namorado, para aquietar seu coração. 
Ainda que fosse incômodo o afastamento alheio — quiçá um tanto doloroso observar que ferira Astro — Ever não manifestou qualquer ação para que o outro se mantivesse ao seu lado. Ele precisava de um tempo para processar tudo que fora falado, tal como sabia que Beaumont fazia o processo óbvio naquele momento: Ever não só havia ocultado informações sobre a própria vida do outro — não apenas informações pequenas e indolores, mas grandiosas e que tinham relação direta com a sua vida e a relação de ambos — como também havia mentido descaradamente em todas as oportunidades que Astro lhe indagara como estava se sentindo; se tudo estava bem. O alemão sabia que não havia possibilidade de pedir ao outro que fosse razoável em seu julgamento; que ponderasse o que ele sentira por diversos momentos, o temor de revelar a verdade. Não poderia pedir algo quando, bem, não dera nada em troca. Expirou pelo nariz, voltando-se para que suas pernas ficassem suspensas na cama, observando as reações alheias com certa expectativa. Com a pergunta, entreabriu os lábios, esperando que resposta óbvia surgisse e fosse proferida, porém, nada saiu. Ever ficou ali, boca aberta, lutando contra as palavras enquanto elas se atropelavam em sua mente, sem nunca chegar aos lábios. Ficara naquele estado por alguns segundos, cerrando os próprios lábios em uma linha fina enquanto o silêncio se estendia por eles, as ideias sendo formuladas e reformuladas em sua mente. Preocupação não havia sido o ponto de partida para toda aquela confusão. Ocultar a verdade de Astro a fim de protegê-lo não fora o início de todas as mentiras que contara em sequência ao namorado. E ele tinha ciência disso. ‘ Porque se eu te contasse, estaria afirmando que isso é uma possibilidade real. Que eu realmente corro risco de morrer. ’ Aprendera a lidar com a morte ainda em tenra idade. Aprendera a lidar com as consequências da perda assim que sua mãe se fora — tal como, naquele momento, aprendeu que morte e vida estavam conectadas; que havia vida na morte. No entanto, mesmo sua experiência, não lhe preparou para lidar com a própria morte. Não lhe preparou para a possibilidade de ter a própria vida extinguida antes que, sequer, tenha pensando em conseguir um conto. Nada o havia preparado para a possibilidade quando esta poderia ocorrer consigo. Nada. Tampouco preparado para lidar com a própria, tampouco preparado para lidar a notícia aos que amava. ‘ Eu não te disse porque, se eu falar sobre isso, se eu mesmo pensar sobre isso, estarei trazendo a possibilidade. Estarei falando como algo que é real. E eu não quero pensar nisso como uma possibilidade. Eu não quero pensar que eu posso realmente morrer. Eu não quero aceitar isso como um dos vários destinos que os narradores pensaram para mim. Eu não quero morrer. ’ E, desde que tudo começara, Ever transmitiu seu verdadeiro medo. ‘ E isso não é uma questão de confiança, Astro. Não é que eu não confie em você para dividir a minha vida. Há coisas que só são difíceis de lidar ou falar. Eu sei que há coisas que você não me conta, que há coisas que você ainda não se sente preparado para me falar, mas eu sei que não é porque não confia em mim, mas porque ainda não está pronto. E eu estarei aqui caso queira me contar... ’ Agora, o príncipe havia se colocado de pé, caminhando de forma incerta para estar próximo do outro. ‘ Eu sei que te magoei e sinto muito por isso. Eu só... Não conseguia contar isso. ’
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tresdedoze · 4 years
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clvrgirl​:
Não era comum que isso ocorresse, mas Lyla sentia um eco incomum em sua mente sempre que Ever falava em transformação. Ele não tinha revelado a ela, até o momento, no que se transformava e quanto isso era perigoso, mas com a mente fértil da loira e sabendo que nenhuma transformação era boa, especialmente se você não nascesse com tal habilidade, a garota começava a achar que boa coisa não vinha daquilo. No entanto, não queria soar invasiva e questionar os pormenores da transformação alheia, não quando o rapaz parecia tão exasperado com o que estava acontecendo e com a possibilidade de ter ferido alguém. ‘ entendo. ’ ela assentiu, ter o amigo inteiro fisicamente não parecia bastar para ele, o medo transparecendo em cada uma das palavras mencionadas pelo mesmo. Às vezes, as pessoas só precisavam ter a oportunidade de desabafar e, por isso, que Lyla aproximou-se do rapaz e o abraçou. O gesto era simples, mas deixava claro que fosse lá o que tivesse ocorrido ao voltar para a escola, Lyla não o julgaria. Acariciou as costas do rapaz por um momento e então afastou-se para encará-lo. Ele tinha razão ao afirmar que cada vez era menos o Ever que ela conhecia. O rapaz andava mais magro, a pele mais pálida e o cabelo um pouco menos brilhante, ela já tinha notado os sinais, mas nunca tinha parado para pensar a respeito, sua mente havia interpretado como uma consequência natural de toda a tragédia que afetava a escola, dia após dia, até mesmo ela começava a notar mudanças em si. As crises de ansiedade começando a serem mais frequentes e intensas desde que não reencontrará com Araminta. ‘ você não pode se preocupar por antecipação, ok? e para sua sorte, sua amiga é uma detetive. Vamos procurar saber se você fez algum mal para alguém, mas eu tenho certeza que não houve nada e isso é apenas o medo falando mais alto.’ sugeriu com um sorrisinho, afagando o braço do rapaz, se fosse preciso que Lyla se embrenhasse na floresta mais uma vez em busca de pistas, para que o rapaz voltasse a sentir-se tranquilo, ela faria isso, não conseguiria perder mais um de seus amigos.
Ainda que Ever continuasse, em sua mente, dizendo que nada terminaria bem, Lyla parecia possuir uma aura analítica que era impossível ignorar. Não poderia culpá-lo por ser um tanto dramático, não é? Agradecia pelo conforto ofertado por Holmes, um abraço que, ainda tendo o surpreendido inicialmente, fora suficiente para que se sentisse melhor, mesmo que seus pensamentos não tenham se afastado da tônica anterior. ‘ Se preocupar antes da hora faz parte de quem eu sou. ’ Ainda que tenha expirado vagarosamente, um tanto melancólico, o príncipe forçou um sorriso em sua face, assentindo para a fala de Lyla enquanto ponderava sobre o que fazer a seguir. ‘ Seria melhor que eu fosse saber o que aconteceu, não é? Mesmo que não goste da resposta... Posso saber exatamente o que aconteceu. ’ Voltar à Floresta Assombrada, mas desta vez para saber exatamente o que ocorrera; nada mais interessante, não é? Ainda assim, notara que não contara exatamente tudo o que estava acontecendo com ele para Delilah, pressionando os lábios enquanto pensava sobre o assunto. Novamente assumindo que era conhecimento geral desde que perdera o controle mais de uma vez. ‘ Eu sei que seria exigir demais da nossa amizade, mas... Talvez você, minha amiga detetive, pode me ajudar nisso. ’ Poderia existir constrangimento com o pedido, mas Ever não o sentia. ‘ Minha transformação envolve eu perder o controle do meu corpo mesmo e ele se transformar em uma sombra. Eu não tenho consciência nesses momentos. Quer dizer, eu tenho, mas depois, sabe? Na hora eu não consigo me ver ali. Agora está assim, nebuloso. ’ Precisou acrescentar enquanto retomava a linha que desejava questionar. ‘ O que eu queria pedir, na verdade, é se você pode me ajudar a procurar formas de encerrar isso. Eu posso explicar todos os detalhes sórdidos que Merlin me contou... ’ E, então, abriu um sorriso para o proferir, pensando em como seria explicar os detalhes daquilo para Delilah.
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tresdedoze · 4 years
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ciewhoiam​:
Um sorriso insistia em ficar em seu rosto para que pudesse ter alguma possibilidade em influenciar o mais velho, no entanto, à medida em que o rapaz falava, a esperança de poder experimentar, mesmo sendo um pouco, o doce que tanto desejava, perdia-se totalmente. Embora não quisesse ceder a situação, Cielo sabia, no fundo, que o mais velho tinha uma razão sobre a situação. No entanto, nem mesmo isso era suficiente para fazer com que a garota desistisse da ideia de comer o que desejava. “Ever, honey, sei que você tem medo da Melena, porque eu tenho. Mas… Eu tô’ bem melhor!” Colocou seu melhor sorriso no rosto, mesmo sendo uma mentira quase por completo. Cielo sentia várias dores por vários lugares, além de estar totalmente enfaixada, mas isso não era o suficiente para ficar quieta. “Então, pode confiar em mim quando eu falo que estou bem e posso comer a torta, então, por favor, não é nenhum capricho e sim, bem… Uma necessidade porque eu não aguento mais ficar nessa cama.” Agora, toda calmaria evaporou-se dando o local para irritação por estar sem a possibilidade de fazer nada, nem mesmo comer o que adorava. 
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Quem não tinha medo da Melena? Era essa dúvida que insistia em ser perguntada. ‘ Mas o que tem a ver o desejo de sair da cama com a comida? ’ Caso Cielo prestasse muita atenção, poderia ter notado que havia um humor no fundo da voz de Ever. O príncipe parecia tentar dissuadi-la do desejo de comer algo potencialmente perigoso para si com perguntas para manter outra conversa, distanciando-se do principal. Quanto à visita que ele desejava fazer naquele lugar, bem, poderia esperar. ‘ Eu não diria que você está completamente bem sendo que passou alguns dias desacordada depois de um evento um tanto traumático. E perigoso. ’ Não sabia o real estado das bruxas de Oz, porém, sabia que fora uma situação extremamente delicada.
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tresdedoze · 4 years
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cssabesta​:
Na visão de Vincent, sua vida era, sim, interessante demais para que passasse despercebido, de modo que devia ser bastante difícil para os colegas simplesmente ignorar o que ele fazia. Mesmo enquanto Ever achava naquilo uma forma de desmerecê-lo, o D’Rose direcionava a ele risinho cético, sem nada dizer; como todos, o Zraa devia estar apenas com inveja, e o loiro não fazia ideia do que havia dito de tão grave para que o outro se mostrasse tão irritadiço. Era esse o problema daquelas pessoas: mesmo quando era cortês, não retribuíam a educação. “ Está mais para graças aos planos do Narrador. Sou abençoado ” não duvidava que, se estivesse presente, poderia ter morrido, e decerto seria um desastre lamentado por todos, considerando a grande perda para Mítica. “ Oui, foram os primeiros que procurei, mas nada grave se abateu sobre eles… Devem ter te contado errado. Como disse, somos protegidos. E quanto a você? Como conseguiu os… ”  então, gesticulou, circundando o rosto.  “ Deve ter uma boa história pra contar ”
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O pensamento que perpassara a cabeça do príncipe fora ao passo que irônico e melancólico. A visão de um Narrador onipresente e onisciente — o qual Ever não acreditava fielmente na existência de um apenas — permitindo pessoas que desapareciam aos montes e mantendo aquelas que não deveriam existir. Ainda assim, nada comentou, ignorando a ideia por um momento enquanto ouvia os dizeres seguintes. ‘ Então você está sugerindo que o restante tanto não foi abençoado quanto não tem os olhos dos narradores sobre eles? ’ Ainda parecia desinteressado, seu tom de voz neutro, conquanto, com a pergunta, precisou abrir um sorriso de canto, os olhos recaindo sobre a face do D’Rose com um ar um tanto perigoso: a íris dourada brilhava, como se ali existisse uma névoa que a todo tempo desejava passar para o outro lado; pela primeira vez, Ever queria soar perigoso. ‘ Ninguém te contou as boas novas? Estar ao meu lado é perigoso agora, D’Rose. Ninguém sabe a hora que eu posso matar. ’ E, caso ele estivesse atento aos boatos, realmente saberia que havia tal possibilidade; conquanto, duvidava que Vincent estivesse atento a algo que não ele mesmo. 
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tresdedoze · 4 years
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yourhghness​:
Que Ever se achava superior não era novidade. Era óbvio que se via como muito diferente do Westergaard e isso fazia com que se sentisse autorizado a desfazer. De modo geral, o esforço alheio era apenas cansativo para o príncipe, que nem sempre estava no clima para rebater os argumentos do rapaz. Era visto, também, que ambos sempre lutavam por terem a última palavra.  “ Que você está longe de ser perfeito ninguém discute ” escarneceu, com um risinho, coçando a barba. Mesmo com o passar dos anos o sulista era incapaz de abandonar aquele comportamento, que só tinha piorado depois que Ever tinha começado a revidar.  “ Vai se apoiar nisso de novo? ”  elevou as sobrancelhas, perguntando sério dessa vez, assim que ouviu o discursinho ensaiado.  “ Já considerou que você é atacado porque é um escroto e só? Sem outros mistérios por trás? ”   revirou os olhos, levando o polegar e o indicador para comprimir os olhos, demonstrando todo o esgotamento provocado por aquele tipo de encontro. Talvez fosse muito importante para o alemão repetir e repetir e repetir o quanto estava certo, o quanto era perseguido, o quanto achava que ele, Krastan, era ignorante pra caralho, mas naquele momento não era com a cabeça nisso que o Westergaard estava, e se fosse sincero nunca estaria, porque algo que não lhe afetava, em suma, não merecia sua atenção.  “ Você nunca vai ser melhor do que eu. Nem por um mísero dia da sua vida vai conseguir ser melhor do que eu ”  contorceu a cabeça, desconfortável por continuar repetindo algo que já não sabia se acreditava, apenas para que mantivesse a fachada que gostaria de manter erguida. Sabia que o outro estava apelando para o coração que ele não tinha enquanto falava da situação de seus irmãos, do quanto estavam sofrendo por conta das transformações. A verdade é que o filho de Hans não duvidava de nada daquilo, e até ele entendia a gravidade de submeter crianças a uma transformação traumática, mas não seria isso a fazer com que, de repente, ele e Ever virassem melhores amigos de infância. Pelo Caldeirão, ele só esperava que não estivesse soando tão dramático quanto o Thindrel enquanto se lamentava, porque ver estampado no resto de outra pessoa problema idêntico fazia com que o desconsiderasse. “ Eu não ligo ”   a vagueza poderia sugerir que estava se referindo a tudo, inclusive a Fenrys, mas a questão era que só não queria parecer sentimental na frente do garoto. Ademais, ele que lidasse com os próprios poderes e parasse de se lamentar. Não era o que todos faziam? E só porque nunca se via tendo assunto suficiente para tratar com Ever, ele virou as costas e rumou para fora da sala.
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Não havia argumento racional que indicasse o porquê ele estava tentando, porém, ali estava. Ainda assim, permitiu-se demonstrar irritação com cada pequena fala do sulista: o movimento irritadiço dos dedos tamborilando sobre o tampo da mesa; os olhos que se moviam rapidamente, como se já não desejasse estar no ambiente; os lábios que se comprimiam para evitar um murmúrio exasperado... E, obviamente, a inquietude em seu cerne que sempre aparecia quando demonstrava o mínimo de desconforto. Tudo que era negativo, bem, tornava-se uma espécie de pavio. E Ever lutava para não deixa com que aquele incêndio começasse. Conquanto, Njord não ajudava e, quando ele sugeriu que Ever parecia preso a uma narrativa, o príncipe se colocou de pé, os punhos cerrados enquanto o brilho que faiscava em seu olhar era ligeiramente perigoso. ‘ Você acha realmente que é só, Njord? ’ Não era inimaginável que ele não se importasse, ou sequer sabia, quais marcas foram deixadas naquele processo hostil e violento. Ele não poderia imaginar o que era ter a sua essência utilizada para violentá-lo repetidas vezes. Njord Westergaard não sabia e por isso ele não se importava. E aquilo era o suficiente para enfurecê-lo. ‘ Se você não tem noção do que todas as merdas que você disse e fez, e ainda diz e faz, são homofobicas, então é exatamente por isso que nós sabemos quem tem mais QI nessa conversa. ’ A fala saiu entredentes, controlando-se para que simplesmente não voltasse a atacar Westergaard novamente. ‘ E eu espero que seu irmão não sonhe que vai voltar para casa e achar a família se importando minimamente com ele. ’ O amargo em sua boca era oriundo do desejo cruel e sanguinário, os nós de seus dedos cada vez mais evidentes enquanto se esforçava. Permanecer naquela conversa apenas lhe traria ainda mais desconforto por lutar avidamente por manter uma vida que ele, naquele momento, não desejava manter. Um esforço de manter uma conversa que não precisava e sequer poderia. E, bem, jamais poderia. Njord não fazia ideia do que havia feito e nem queria saber. Ever, pensando mais em si do que no outro, girou em seus calcanhares, rumando furiosamente para a mesa onde lia no início daquilo tudo e, com um baque ligeiramente alto, fechara o exemplar com força e, com passadas largas, deixara o ambiente.
— encerrada!
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tresdedoze · 4 years
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aliolindo​:
Alistair tinha a crença de que era um cristalzinho precioso que merecia receber um tratamento especial apenas por ele ser quem era, no entanto, chegava a ser curioso como o herdeiro não tinha lá muito ânimo para lutar pelos ditos privilégio – que ele julgava ser um merecedor nato em qualquer situação. No fim das contas, o medo de terminar com o rosto marcado era maior do que a vontade de ter razão! Por isso, bastou que ele notasse que Ever estava com uma cara de pouco amigos para que o herdeiro de Paradiso se afastasse um pouco da funcionária com alguns passos laterias, deixando para trás não apenas um bufar irritadiço, mas, também, um bico totalmente visível em seus lábios. ❛❛ —— Eu não vou comer, beleza? Vai ficar no prato. ❜❜ Ele disse de maneira contrariada até que sua atenção recaiu sobre a figura do outro príncipe. ❛❛ —— Do que você tá falando, Ever? Eu nunca coloquei um jogo nas minhas capas… Ou alguém fez isso pelas minhas costas? Quando você viu isso?! ❜❜
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‘ Eu sou contra desperdício de alimentos... ’ Comentou o alemão com uma careta, embora, obviamente, não tenha sido o melhor momento para que dissesse aquilo. Ainda assim, não havia motivo para discutir acerca daquilo quando o próprio Ever acreditara, por muito tempo, que não havia nenhum mal em deixar comida no prato. De qualquer forma, também não haveria tempo hábil para tal já que a pergunta do outro lhe deixou ligeiramente desconcertado por um momento, fazendo-o franzir o cenho. Não havia falado nada sobre jogo. ‘ Espera, o quê? ’ Até se esquecera de pegar o próprio prato, consideravelmente confuso pelo rumo que aquela conversa estava tomando. ‘ Eu não disse nada sobre jogo. Na verdade, você nem gosta de jogar, gosta? ’ Ever sabia que ele não gostava nada de esportes, mas sempre havia os príncipes que desejavam, de alguma forma, se provar.
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tresdedoze · 4 years
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imnoternest​:
Não esperou nem que terminasse a frase direito para que estivesse dentro do quarto de Ever. “Como assim?” questionou, sem entender direito a real dúvida do amigo sobre o restante dos aprendizes.  “Você dormiu por quanto tempo, Belo Adormecido?” brincou, sem perder a chance de zombar da cara dele. Contudo, após alguns segundos, notou que a pergunta era realmente séria e que ele parecia não saber do que aconteceu, o que era muito estranho. Lembrou que já não via Ever por uns bons dias também, o que ficou ainda mais estranho. “Espera. Acho que a pergunta certa a se fazer aqui é onde o senhor estava.” lançou os olhos azuis na direção do amigo assim que o questionou. Asher tinha o semblante meio confuso, como alguém que estivesse tendo uma baita dificuldade em montar um quebra-cabeça. “Você realmente não sabe? Poxa, achei que vinha trazer boas energias e ‘tô vendo que serei o mensageiro da desgraça para você.”
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‘ Eu acordei e todo mundo sumiu. ’ E não havia forma de explicar aquilo mais detalhadamente, pois não os possuía. Com a indagação alheia, franziu o cenho enquanto ponderava sobre o tempo que havia permanecido adormecido — ter uma DR certamente havia culminado para o desgaste mental ser ainda mais, ocasionando na quantidade de horas que permanecera inconsciente — e acabara chegando a uma conclusão divertida. ‘ Eu não faço ideia, mas eu tô com o corpo dormente. ’ Era incomum que dormisse tanto tempo, afinal, Ever tinha sérios problemas para dormir — relativo ao hábito, tal como a noites difíceis graças a Breu — então dormir tanto era motivo para que abrisse um sorriso tão largo que as covinhas acabavam aparecendo. ‘ Ahm, essa pergunta. ’ Comentou enquanto se afastava da porta, deixando com que Asher adentrasse. Permitiu-se levar a mão aos fios encaracolados, organizando-os de forma que ficasse mais apresentável. Aquela pergunta ainda não possuía uma resposta concreta, embora, agora, alguns flashs surgissem. ‘ Eu estive na Floresta Assombrada. ’ E era uma certeza. Ele estivera vagueando aquele ambiente enquanto, involuntariamente, acabara por destruir algumas moradas que ali existiam... No entanto, a resposta que buscava, sobre se havia vida entre os danos colaterais de seus poderes, bem, esta ele não possuía. E aquilo sim era o suficiente para que quisesse permanecer inconsciente por muito tempo. ‘ Pera, que desgraça? ’ E, por um momento, pensara sobre o que ele fizera; que, de alguma forma, Asher soubesse o que acontecera — e isso seria desagradável e bom ao mesmo tempo, pois, ao menos assim, não ficaria criando mil e uma teorias em sua mente.
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