tashanela

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rickricardonaorenner‌:

✗♔ • △   Richard deixou-se passar a chorar um tanto quanto alto, podia sentir o corpo todo tremer nos braços de Natasha enquanto se encolhia ali tentando sentir o máximo do calor alheio, ele sentia falta de estar nos braços de Tasha, ele amava a sensação, amava poder ficar acordado por noites a dentro conversando com a outra.  — Você promete que vai ficar?  — Ele sabia que era egoísmo pedir por isso, afinal ele não era a melhor das pessoas, ele tinha problemas que Natasha não deveria ter que passar com ele, mas ele queria, ele queria tanto que ela estivesse ao lado dele, que fosse ela a segurar-lhe. — What? Sim. Espere, você não esta falando isso só porque eu estou chorando no na sua sala não é? — Perguntou confuso antes de sorrir brevemente e capturar os lábios alheios calmamente.

—— (( ♡┇☓ — I promisse. — Foi o que a estudante de moda sussurrou enquanto afagava o corpo de Richard, os dedos subindo e descendo pelas costas alheias em sinal de conforto. Ela queria prometer muito mais, dizer muito mais, mas concordar com o que ele havia perguntado no momento parecia tudo o que conseguia fazer. Como se tivesse medo de vacilar caso falasse outras coisas. O questionamento seguinte o rapaz, porém, a fez soltar um pequeno risinho conforme meneava a cabeça de leve. — Eu estou falando sério, vai me fazer ajoelhar? — Ela brincou, ainda que se lembrasse dele ter dito algo semelhante quando a pediu em casamento. E ela o deixou sem resposta, sendo arisca demais.  — Eu até desenhei alguns vestidos... — Murmurou contra os lábios dele antes de se deixar envolver pelo beijo calmo. ))

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✗♔ • △   Ele deveria, ele queria dizer que havia tentado, mas não conseguia fazer as palavras saírem de sua boca, ao invés disso apenas fechou os olhos lutando contra as lágrimas enquanto colocava a cabeça um pouco para trás. Ele podia sentir o perfume da outra e o calor da mesma próximo demais, entretanto não ousou se mover. — Você já fez.  — A voz saiu ríspida ao mesmo tempo que embargada. — Você me deixou porque eu queria mais, eu entendo, você não quer casar comigo, mas você não precisava me deixar, eu não consigo ficar sem você…Eu não consigo…Você é tudo que restou.

—— (( ♡┇☓ Ver Richard daquela forma só a fazia se sentir ainda mais culpada, e ponderar que talvez o relacionamento deles não acabasse como o de seus pais caso viesse à evoluir. Nunca havia visto seu pai sofrer pela mãe como o Belucci demonstrava no momento. E, bem, Elizabeth também nunca demonstrara um pingo de afeto pelo marido, não fosse na cama. E ela sentia, céus, como ela sentia carinho pelo quaterback. Carinho não, amor. — Eu. Nós estamos aqui agora, isso é o que importa Dick. — Ela murmurou, passando os braços em torno do corpo do atleta ao murmurar um sonoro “shhh” em retorno às palavras dele. Richard merecia muito mais do que as migalhas que parecia pedir naquele momento. E ela queria dar à ele. Não apenas algo maior e melhor do que o outro pedia, mas o melhor do mundo. Bem, era o que ela imaginava que Richard Belucci merecia. — Eu quero, sim. Eu não sabia disso antes, mas eu sei agora. — Ela começou, se permitindo capturar o queixo alheio como se buscasse atrair a atenção dele para si. — Se casa comigo? ))

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✗♔ • △   Richard tinha quase certeza que passava das duas, mas ele não era o mais confiável naquele momento, só sabia disso porque tinha ligado para a loira, ou melhor, tentado sem sucesso ligar para  a loira a meia noite. — Eu vim aqui te ver.  —— Rick se apoiou no sofá da garota tomando o resto da garrafa e apontando para ela enquanto ouvia atentamente as palavras alheias com certa surpresa. — Está tudo bem, todos que me amam vão embora, de qualquer jeito. Eu estou acostumado, você não precisa mentir para mim, mon cherri…

—— (( ♡┇☓ Permanecia encostada na porta, como se fosse seguro manter alguma distância do moreno ainda que desejasse se jogar nos braços dele, e por querer isso ela sorriu com a resposta de Richard. — Você poderia ter avisado antes. — Ela brincou, sempre preferindo o humor para se manter segura. Bastou, porém, que ele virasse a garrafa para que ela se aproximasse, desta vez tomando o vidro dele enquanto repousava a outra mão no ombro de Richard. — Eu não vou, Rick. — Ela sentia uma dor quase literal em vê-lo daquela forma, como sempre era, e talvez essa dor tenha feito sua perna fraquejar e Natasha se ajoelhar ao lado dele. — Eu não vou embora, Richard Belucci. ))

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—— (( ♡┇☓ Assim que reconheceu a voz, deixou os croquis sobre a cama para abrir a porta, encarando Richard com uma expressão confusa. — Que horas são? Richard, o que faz aqui? — Questionou, tentando alcançar a garrafa do rapaz, mas invés disso, pegando a borda da camisa alheia e o puxando para dentro. — Eu tenho vizinhos. — Ela explicou ao fechar a porta, finalmente o observando. — Não se trata de escapar, Rick. Eu. Eu amo você... ))

✗♔ • △   —— Eu quero fazer um brinde!  —— Rick sabia que ele já tinha passado dos limites, ele estava quase caindo de bêbado, na porta de Natasha, sempre na porta de Natasha, ea incrível como ele nunca conseguia parar em outro lugar, a garrafa foi levantada e uma risada eufórica dada. —— Ao fato de que você se livrou disso, você realmente escapou, não é? 

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✗♔ • △   Richard permaneceu sentado, os olhos não saindo em nenhum momento de Natasha e obviamente a expressão sem mudança alguma que indicasse que estava falando sério ou não, ele não se sentia ofendido por ela achar que era brincadeira, apenas assumiu que talvez ele não tivesse sido claro o suficiente, por isso o anel foi tirado do bolso.   —— Case comigo, Natasha…Espere, eu vou ter que me ajoelhar? Eu posso fazer, prefiro não fazer, mas eu posso.

—— (( ♡┇☓ Sua garganta travou e seu queixo caiu assim que Richard retirou a mão do bolso, e enquanto parte de si sentia uma felicidade que a assustava, outra parte sentia-se irritadiça pelo gesto do namorado. — Isso é sério, Belucci? — Questionou em tom irônico antes de respirar fundo, permitindo-se sorrir e então se sentou no colo do moreno. Os dedos deslizaram com cautela pelo contorno do rosto de Richard, e fazia questão de sustentar o olhar alheio. — E o que vai falar para ela, Tessa? Ou pretende que o casamento seja escondido também, Honey? ))

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✗♔ • △   Ambas as sobrancelhas foram levantadas rapidamente diversas vezes e então riu. —— Aham, escravo. —— Ricky se jogou no sofá sabendo que seu apetite não estava grande suficiente para comer pizza.   —— Sério? Achei que ia dizer que eu pareço tão bom quanto brócolis. Deus, você é tão linda comendo como um lobo faminto, queria ver isso pelo resto da vida…Aliás, casa comigo.

                                             ❛ ——— ( Rolou os olhos com a afirmação do garoto, seguindo-o em direção à sala. Porém, seu caminho fora interrompido com as palavras alheias, e ao fim da sentença do outro, a fatia de pizza que carregava foi ao chão. As sobrancelhas estavam unidas, formamdno um vinco entre estas e os lábios entreabertos. A surpresa, porém, tornou-se divertimento ao considerar que ele não poderia estar falando sério. As mãos foram para a cintura, os olhos caíndo para a pizza antes de Natasha girar nos calcanhares, buscando por um guardanapo na cozinha. — Brócolis é verde, não gosto de verde, mas gosto de brócolis. E você seria tão bom quanto mirtilo, afinal, são meus preferidos. — Limpou a porção do chão que recebera a mancha do molho e voltou para a cozinha, livrando-se do papel e tomando outra fatia em mãos antes de retornar à sala. — Seu bom humor me agrada, mas hoje está engraçadinho demais. Casamento, até aprece...)

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✗♔ • △   Riu com o comentário de Tasha, eles não eram irresponsáveis e de fato Richard tinha uma camisinha na carteira, mas era sempre bom brincar com Natasha, ainda mais se fosse capaz de fazê-la corar. —— Com todo prazer, eu sou seu escravo e algo me diz que sabe disso. —— A risada foi quase inevitável, ele estava feliz e se sentia feliz, era algo raro e que ele gostava de aproveitar, principalmente pessoas importantes para ele.   —— O que quer dizer com isso ein? Quer dizer que se eu perguntasse se você estava afim de me comer você ia querer, é?

                                              ❛ ——— ( A risada de Richard fazia com que o sorriso nos lábios de Natasha fosse simples, e qualquer problema que pudesse a incomodar desaparecia com aquele som. Ela gostava daquilo, talvez por não ouvir com tanta frequência, então, sempre que ouvia, tentava memorizar principalmente em seu coração. Ele estava rindo, com ela, e a constatação a fazia corar um pouco mais. — Meu escravo? Eu posso acabar gostando disso mais do que deveria... — Murmurou divertida, ignorando o que essa frase poderia significar em outro dia ou outro momento. Agora ele estava feliz, e era isso o que lhe importava. Com um leve dar de ombros Natasha afastou-se dele, caminhando para o balcão antes de se servir de uma fatia de pizza. — Na minha grande lista de novas experiências, canibalismo não está presente. Mas até que você parece ser gostoso...)

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✗♔ • △   —— Oh, please, você me deixaria entrar em mais do que seu apartamento sem camisinha ou com. Nossa, Natasha, que apartamento mais bagunçado, não tem vergonha de me convidar para isso aqui, não? —— Olhou para a loira e então riu piscando. Colocou a pizza na mesa assim como o vinho antes de se aproximar e beijar a garota com calma.   —— Quer comer?

                                               ❛ ——— ( Arqueou as sobrancelhas, pasma com as palavras do garoto, mesmo que ele estivesse correto. — Você quem pensa... — Ocupou-se em fechar a porta após a entrada, limitando-se a rolar os olhos quando o outro falou sobre seu apartamento. Em defesa, os papéis espalhados aqui e acolá eram as frustrações da garota, que simplesmente não conseguia desenhar nada bom naquele dia.  — Eu te convidei exatamente para que pudesse me ajudar a arrumar, querido.  — Retribuiu a piscadela em um sorriso, que se desfez ao corresponder ao beijo. Os lábios movendo-se com calma antes do afastar do outro, que resultou em um baixo murmúrio da Lancaster.  — Já que é essa a única opção, quero sim... )

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                                                 ❛ ——— ( Acho que não posso te deixar entrar, já que a última parte é brincadeira. Sabe, eu acabei com o meu estoque desse produto. Mas como você trouxe pizza, eu acho que vou ser obrigada a te puxar para dentro! )

—— Eu comprei vinho, pizza e camisinha. Ok, a última parte é brincadeira porque eu sei que você já tem o suficiente na sua gaveta.

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                     {★} ━━ ❛ Os olhos de Richard se viraram para Natasha como se levassem consigo um aviso, um aviso de não faça isso, não faça isso consigo mesma. Ele não confortava ela, talvez tentasse o bastante para parecer que o fazia, mas a verdade que ambos sabiam era que Richard nunca tinha tido o poder de cura, ele era sempre o problema, nunca a solução. Os olhos se fecharam por um momento tentando tatuar aquelas palavras em sua mente, ele fazia-a sorrir e isso já contava muito para ele, teria que contar nos meses seguintes ou então estaria novamente na porta dela ajoelhando e implorando como um cachorro que foge de casa e volta quando com fome. Richard sabia que não podia, ele tinha dito a si mesmo que não diria que a amava, não naquela noite, mas ele precisava. Ele precisava que ela soubesse como se sentia, como a amava, os braços envolveram o corpo alheio enquanto esta deixava com que as palavras cruéis fossem jogadas ao ar, era esperado que Natasha fosse fazer o melhor para brincar com a situação e machucá-lo, a segunda com certeza havia funcionado já que as palavras da outra pareciam uma adaga entre suas costelas. ❛ Eu terminei com Tessa. ❞ As palavras saíram sem que pudesse se frear.  ❛ Eu terminei com ela e eu não posso deixar que a única moral dúbia seja a sua. Eu não estou te protegendo, eu estou te avisando. Nós dois somos grandinhos o suficiente para fazermos nossas próprias escolhas e a minha é acabar com isso, é finalmente poder dormir com a consciência limpa. E não se engane, não é fácil para mim, eu não sou como você. Eu não sei fingir estar bem, então eu não vou. Porque eu não estou. Eu te amo e não ter me mata todo dia, mas eu não posso continuar assim, tendo que me distrair com alguém para não pensar em Andrew te tocando, te beijando…Eu não posso. ❞ 

                                                  ❛ ——— ( O olhar carregado e até mesmo pesado do garoto fora ignorado totalmente, tal como a sensação de frio que percorreu sua medula. E agindo como se não desejasse se encolher e buscar nele um conforto diferente do que ele sempre oferecia, Natasha sustentou o olhar masculino, como se não se sentisse abalada. Ela sempre fazia aquilo, sempre tentava ser o pilar forte da relação inexsistente que existia entre os dois. Ela era a que confortava, a que escondia seus problemas para curar os alheios. A que às vezes remava sozinha, e nunca se mostrava cansada. Talvez fosse um pouco sádica por pensar daquela forma, por ser tão suscetível à ele, mas o que ela poderia fazer? Dizem que o amor é capaz de nos fazer se jogar dos mais altos precipícios sem nem questionar. E ela o amava. Ao ser abraçada Natasha finalmente expirou, os olhos se fechando assim que os dedos se enrolaram na barra da camiseta masculina, como se ela fosse capaz de o prender ali. As lágrimas pareciam lutar para escaparem, e Tasha as teria deixado rolar se não fosse pelas palavras alheias. A cabeça, que repousava no peito masculino, afastou-se de imediato, apenas para que o Belucci fosse observado por uma Natasha pasma. — Eu sinto muito. — A resposta automática escapou de seus lábios. Mas ela sentia muito, de verdade? Eles finalmente poderiam ficar juntos, sem o peso da culpa puxar Richard apra baixo, então porque o peito dela parecia doer tanto? As pestanas foram batidas lentamente conforme o discurso alheio era digerido para Lancaster, que diferente do que deveria fazer, se mantinha nos braços do moreno. Os dedos prendendo com mais força o tecido da blusa alheia, até mesmo o puxando sutilmente contra ela. — Mas Richard...  — Começou, de repente, a falta de espaço entre eles parecendo sufocante demais. Natasha o soltou, lutando contra os braços alheios para se afastar dele. O que estava acontecendo. A respiração estava acelerada, e o ar parecia não chegar à seus pulmões, tal como pareciam que eles poderiam explodir por excesso de oxigênio. Meneou a cabeça para os lados, só notando que estava perto da bancada ao sentir o frio do granito conta a palma das mãos. Os olhos foram fechados antes de finalmente completar uma respiração de forma decente. Girou nos calcanhares, avançando na direção masculina. O rosto alheio sendo tomado entre as mãos delicadas, enquanto as lágrimas rolavam quentes por seu rosto. — Você não vê que ninguém precisa ficar com a moral dúbia? Por favor, não faça isso comigo, não me deixe... Eu posso fazer parecer fácil, como se eu não me importasse. Mas a verdade é que preciso me distrair com ele desde o dia que me contou que tinha conhecido outra garota. Eu te amo Richard, e ela nunca vai te amar dessa forma. Acha que não doia em mim observar como olhava para ela? Como a beijava com carinho? Como segurava a mão dela em público? Mas não precisamos passar mais por isso. Por favor... )

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                      {★} ━━ ❛ Deveria, o amor deveria curar mais que machucar, ele era feito para isso. Para que duas pessoas compartilhassem algo para todo sempre, mas quem eles iriam enganar? Eram o clube dos amantes sujos, não haveria nada de bonito e florido em ser amado ou amar um deles, cada novo encontro, cada minuto que passavam juntos era um pecado maior que o outro e amor não era sobre pecar. Então sequer ele deveria estar falando sobre amor com Natasha? Ele a amava, oh ele tinha certeza que o fazia, mas do que isso adiantava quando tinha uma namorada lhe esperando com um sorriso no rosto? Uma namorada para a qual voltava todo santo dia com o cheiro da Lancaster ainda emanando de suas roupas, com a memória de seu toque queimando cada células de seu corpo. Ele não prestava e era tão injusto colocar a culpa de tudo no amor que sentia por ela. ❛ Eu queria que você tivesse alguém que pudesse te confortar tanto quanto machuca, se não, mais. Eu não posso, eu tento, mas eu sei que eu faço um péssimo trabalho com isso…Me desculpe, Tasha. ❞ Ele queria continuar, contar sobre sua namorada, dizer sobre a briga que tiveram e sobre o término, mas não queria jogar aquilo no colo de Natasha, não queria deixá-la com a responsabilidade de ser a única que traia alguém naquele…Relacionamento. O toque da loira foi aproveitado a cada segundo, Rick acabou por tomar a mão de Tasha beijando-a antes de soltá-la tentando um sorriso rápido e sincero.     ❛ É porque eu sempre estou fodendo tudo. ❞ A menção da DR o fez respirar fundo, seria bom para variar que discutissem  o que era aquilo, eram mas namorados do que Tessa e ele jamais haviam sido, mas ao mesmo tempo não podiam fazer simples coisas como andar na rua, ter encontros de verdade ou falar ao telefone sem sussurrar❛ Tasha… Eu te amo.❞ Soltou antes de respirar fundo desviando o olhar pegando um copo do suco.  ❛ E eu acho que deveríamos parar com isso antes que você se machuque. ❞

                                               ❛ ——— ( Tentava ignorar os problemas que tudo aquilo poderiam trazer aos dois, tentava agir como se nada fosse capaz de estourar a bolha deles, mas sabia que o fino véu que os separava da realidade, estava escorregando cada dia mais. Aquilo não era bom para nenhum dos dois, ambos sabiam disso. Não era bom para ninguém. Mas Natasha temia ser ainda pior sem a presença constante de Richard em sua vida. Não importa o quanto se machucassem, ambos eram egoístas demais para aceitar o conforto pleno de outrem. — Você me conforta, Richard. — A voz soou decidida. Natasha não era nenhuma tola, e coneguia ver claramente o final de tudo aquilo. Seria o fim. A garota sentiu um nó se formando em seu estômago com a confirmação. Ela queria abraça-lo e dizer o quanto ele era importante para si, queria dizer que por ele, abriria mão do que fosse necessário, cederia à tudo se pudessem ficar juntos. Fosse do jeito torto que faziam, ou finalmente assumindo à todos o que sentiam. Ela só queria ele, e uma simples migalha seria melhor do que nada. Os olhos fecharam-se levemente ao receber o beijo na testa, o simples afeto parecendo mais íntimo do que rolar com ele abaixo dos lençóis. — Isso não deixa de ser verdade, em vários sentidos. Mas você também está sempre me fazendo sorrir…  — Tentou fazer piada, ocupando com o humor o vazio que sentiu ao não tocar ou ser tocada por ele. Estava pronta para implorar se fosse necessário e a constatação lhe tornava irreconhecível para si mesma. Palavras como limite e orgulho, pareciam ter seus significados roubados quando Natasha estava perto do moreno. Pareciam insignificantes comparado com a falta que ele lhe causaria. — Você não pode dizer que me ama e terminar comigo em seguida. Pessoas que se amam costumam fichar juntas, Richard! — A voz se tornou agressiva, por mais que o tom ainda fosse baixo. Se ele desejava parar para não machucá-la, já era tarde demais. A garota respirou fundo, dizendo a si mesma para voltar a ser a Natasha do começo. A Lancaster que se pegava com o Belucci no escondido, principalmente pela adrenalina que tudo aquilo trazia. Com um respirar fundo, uniu-se ao moreno, tomando para si o outro copo de suco. — Não acha que sou grandinha demais para decidir o que fazer? Eu sei me proteger de você, Mark, e se eu por acaso me machucar… Acho que Andrew pode me consolar, mesmo sem saber o verdadeiro motivo. — Se achava cruel por estar falando daquela forma, como se não se importasse. Mas a verdade é que para ela, seria uma honra até mesmo ter o coração partido por ele.)

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                                            ❛ ——— ( Natasha já havia dito a si mesma que colocaria fim naquela história, mas bastou ver Richard para tudo mudar. A decisão fora substituida pela dúvida assim que colocou os olhos nos verdes do mais velho. O aperto no coração misturando-se com um calor que só sentia quando estava ao lado dele. Sabia que estava indo contra diversos de seus príncipios ao aceitar tudo aquilo, mas considerava os encontros escondidos melhor do que a total distância do garoto. Claro que no começo era só diversão, mas conforme o tempo fora passando, Natasha foi sentindo que estava cada vez mais nas mãos alheias, e embora não deixasse isso evidente a mais ninguém, sabia que era verdade tanto quanto a água é transparente. A Lancaster engoliu em seco com as palavras masculinas, sentindo as borboletas em seu estômago junto com uma dor que só ele conseguia lhe proporcioar. Masoquista. — O mesmo amor que machuca deveria curar… — A voz estava mais baixa que o habitual enquanto fazia seu caminho até a cozinha. O aperto no coração parecendo diminuir conforme dizia a si mesma que sim, ele estava ali. A loira acendeu a luz da cozinha assim que entrou no cômodo, indo silenciosamente até a geladeira, onde abaixou-se assim que a abriu. Os dedos ageis buscaram as tangerinas na gaveta de frutas antes da agrota se levantar, fechando a geladeira com os pés sem se importar com a presença alheia. Deixou as frutas sobre o balcão antes de apoiar as duas mãos sobre este, abaixando a cabeça. Aquela situação parecia confusa demais, e tudo o que a Lancaster desejava era que se resolvesse. Se resolvessem. Natasha ergueu a cabeça, um sorriso fraco desenhando seus lábios enquanto ia para perto de Richard. A alfa ajeitou delicadamente os cabelos dele com a mão direita, que caiu suavemente para a bochecha do garoto, o polegar afagando a pele alva do Belucci com carinho. — Já percebeu que está sempre se desculpando?  — O tom era amável, e ainda mais baixo do que antes. Natasha deslizou os dedos pelo peito alheio, continuando seu trajeto até enroscar os próprios dedos aos de Richard. — Já passou, esqueça isso ou seremos obrigados a ter um DR, Loverboy, e sequer somos namorados para isso… Vamos tomar um suco de tangerina e comer alguns alcaçus, ok? — A brincadeira disfarçava a mágoa enquanto a Lancaster puxava o mais velho para perto do balcão. )

@rickricardonaorenner

#Eu queria muito continuar esse tiro

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❛ ——— { NATASHA LANCASTER }