Tumgik
#pinta manta
peninsularian · 9 months
Text
Futuristic Afro-Beat by way of Cabo Verde on this newly released compilation The Cosmic Sound of Cabo Verde 1977 - 1985, courtesy of Analog Africa
5 notes · View notes
deepinsideyourbeing · 18 days
Note
Enzo conociendo a su hijita por primera vez y siendo un mar de lágrimas 😭😭😭, tiene toda la pinta de que le daría miedo agarrar a una cosita tan chiquita pero a mismo tiempo nunca la querría soltar para protegerla siempre
AAAAA QUIEN ME MANDA A TENER BABY FEVER
Fluff ♡
Enzo te observa desde el otro extremo de la cama, temblando y abrazándose a sí mismo en un intento de contener todas las emociones que amenazan con desbordarlo.
-¿Vas a ir con papi ahora...?
Acorta la distancia en un par de pasos temblorosos y teme que las piernas le fallen cuando ve el rostro de la bebé, sus ojos entrecerrados que observan el entorno y el puño cerrado cerca de su boca. Enzo puede jurar que tiene tu nariz, pero el color del cabello es idéntico al suyo y también la forma de las orejas.
Quiere decir que es la bebé más hermosa que vio.
-Está enojada- es lo único que logra formular.
Te reís y él se pregunta cómo alguien puede verse tan divina luego de sudar, llorar y gritar por horas. Tal vez se deba a que ya sos hermosa, pero cree que también tiene que ver con el hecho de que gracias a vos ahora hay una pequeña criatura que es la personificación del amor que ambos se tienen.
Observa con horror cómo enderezás tu postura y acomodás a la bebé entre tus brazos para entregársela. Aunque está aterrado y no puede dejar de morderse los labios toma asiento a tu lado y extiende los brazos, sus vellos erizándose al sentir el calor atravesando la delicada manta que cubre a su hija.
Suspira y sus ojos arden.
Lloró cuando le dijiste que estabas embarazada. También cuando vio la primera ecografía, escuchando el latido y cuando supieron que iba a ser una nena... Pero nada podía prepararlo para este momento, cuando siente que el sonido de su corazón es ensordecedor y sus hombros tiemblan violentamente.
-Respirá- le recordás.
Suelta una risa y sus lágrimas comienzan a caer. Su mirada baila entre los rostros de las dos mujeres que más amará en la vida y cierra los párpados con fuerza cuando besa la nariz de la más pequeña, que emite un sonido similar a una queja.
-No...- se aclara la garganta-. Nunca elegimos nombre.
-Elegí.
-¿Yo...?
-Que quede bien con tu apellido.
Una carcajada estrepitosa brota de sus labios y se interrumpe para no asustar a la bebé, pero ella permanece en calma entre sus brazos. Enzo te dirige una mirada y su sonrisa es cálida cuando toma tu mano para besar tu piel.
Acá se va a notar que soy un poco hippie de alma, pero si tuviera una hija le pondría Almendra o Vera y creo que ambos nombres re van con el apellido Vogrincic :)
94 notes · View notes
mikrokosmcs · 1 month
Text
El  calor  que  siente  en  su  cara  y  en  su  cuerpo  es  muy  diferente  a  aquel  que  emanaba  el  volcán  con  su  lava  o  las  espesas  fumarolas,  el  calor  que  experimenta  es  el  del  sol.  En  su  reino  era  complejo  ver  un  día  tan  luminoso,  que  pueda  existir  un  espacio  tan  verde  y  lleno  de  flores  que  no  sea  su  jardín  del  Edén,  por  ende,  cuando  Hanbin  sugirió  que  tal  vez  podrían  tomarse  unas  vacaciones  y  llevar  a  los  niños  a  un  espacio  más  agradable  climáticamente,  Junseong  supo  que  en  el  fondo  tal  vez  quería  volver  a  casa.  El  Reino  del  Cuarzo  Rosa  sigue  siendo  gobernado  por  Hanbin  en  conjunto  con  él,  así  que  no  era  extraño  que  su  rey  fuese  de  vez  en  cuando  a  visitarlos,  especialmente  ahora  que  la  familia  había  recibido  al  segundo  hijo.  Sanjun  se  ríe,  y  eso  pinta  una  sonrisa  en  su  faz,  la  manta  debajo  de  su  peso  se  siente  suave  y  todas  las  flores  de  colores  y  espigas  de  trigo  le  hacen  sentir  como  en  una  nube.  -  —Luce  feliz  en  este  lugar,  realmente  es  tu  hijo  —  -comenta,  apegando  un  poco  más  a  la  recién  nacida  en  su  pecho  y  echando  un  vistazo  al  otro.  -  —El  sol  luce  bien  en  ti  también,  te  ruboriza.   
Tumblr media
5 notes · View notes
greenthundren · 4 months
Note
when you get this, put 5 songs you actually listen to, then publish. Send this ask to 10 of your followers (positivity is cool) 
1. Carolina Carol Bela - Jorge Ben Jor, Toquinho 💛
2. Pinta Manta - Antonio Sanches 🧡
3. Matisse - Gendema 💚
4. Forever - Night Tapes 💙
5. Align - Voyage ❤
Bonus | Classic - Hieroglyphics 💜
4 notes · View notes
tsunami-subastas · 2 months
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
2023
OLA 5/ Agustina Siffredi
31 años. Licenciada en Diseño de Comunicación Visual por la UNR. Estudiante de Bellas Artes. Cursó la cátedra optativa de Posporno y actualmente cursa el Taller de Crisis. Asistió a Residencia Manta, al Programa de Artistas de Espacio Lava y a Residencia Territorio. Dictó seminarios de serigrafía, arte urbano y participó en proyectos de investigación en arte y territorios. Su trabajo gira en torno a un imaginario de paisajes de interior y de exterior que ponen en contraste a objetos de la cultura y la naturaleza manifestándose en dibujos, pinturas, fotografías e instalaciones. Sus trabajos fueron expuestos en en el Museo de Arte Contemporáneo de Rosario, en el Museo Municipal de Arte Dr. Urbano Poggi, Rafaela y en el 110 Salón Nacional de Artes Visuales. Actualmente se dedica a la producción musical, trabaja como diseñadora gráfica en Rosario, como artista NFT y a veces pinta murales. www.agustinasiffredi.com.ar
2 notes · View notes
tecontos · 1 year
Text
Fazendo o titio feliz ! (10-12-2022)
By; Soffie
Ola. Me chamo Soffie, tenho 22 anos, sou negra, tenho 1,65 de altura, tenho seios grandes durinhos (próteses), quadril largo, bunda grande, pernas torneadas, cabelos cacheados e cintura fina, e sou passista de uma escola de samba.
Eu sempre estou aprontando, adoro sexo e a minha ultima maluquice aconteceu nesse final de semana. Eu moro em Madureira, e nesse final de semana fui para casa dos meus pais em Parati-Rj, e quando cheguei por lá encontrei o meu tio que fi resolver uns B.Os La pela cidade e acabou se hospedando na casa dos meus pais, já fazia tempos que não o via, pois ele mora em outra cidade.
Ele é um coroa boa pinta, é ex militar, ta em forma, tem aquela cara seria e um corpo bem cuidado, e eu adoro um coroa assim, alem de boa trepada ainda dar pra ganhar uns presentinhos.
A noite eu estava com um shortinho de dormir e uma camisetinha larguinha, tinha acabado de sair do banho com os cabelos molhados. Eu observava ele com um olhar faminto, e isso me deixou excitada, passava de um lado para o outro provocando, e ele me olhava com cuidado para meus pais não perceberem. Fui a cozinha e ele pediu, trás ��gua pro tio,
Eu: - Tio, vem pegar aqui.
Ele veio, e encostou “acidentalmente” e pude sentir seu cacete duro, ele tomou a água e voltou para sala para ficar conversando com o pai, e eu olhando sem parar, peguei uma manta e me deitei no sofá. Ele e papai ficaram de conversa até umas 23:00, e meu pai se despediu e foi dormir.
Ele: - Você se tornou uma linda mulher.
Eu: - Obrigada titio, realmente me tornei uma mulher cheia de desejos.
Ele ficou sem jeito. Não entendi essa reação, roça o pau duro no meu rabo e fica sem jeito com uma resposta minha?
Dei um beijo no rosto dele e nessa abaixada ele pode ver meus seios. Fui pro quarto, e deixei minha porta propositalmente com uma fresta que dava para me ver deitada, tirei a camisetinha, e o shorts, deitei de barriga para baixo, deixando minha linda bunda a mostra.
Uns 30 minutos depois, podia ouvir os roncos dos meus pais, e vi a sombra de alguém na porta, dei uma mexida na cama, e senti as mãos na minha coxa. Me virei era o titio, levantei tranquei minha porta, me ajoelhei em sua frente e tirei seu pau pra fora e comecei a mamar, segurei na base do seu pau e comecei a dar beijinhos em toda sua piroca, chupei somente a cabeça, passando a língua em toda circunferência, engoli seu pau de uma vez babando nele todo, punhetava de leve e chupava suas bolas, ele socava na minha boca lentamente, gemia baixinho. Aquele cheiro de pau maravilhoso estava me deixando cada vez mais excitada.
Ele não aguentou e encheu minha boca de leitinho, e engoli tudo e ele se surpreendeu. Me deitei na cama, tirei minha calcinha e com o olhar indiquei o que queria, e ele entendeu, começou a beijar minhas coxas e logo chegou na minha boceta que estava molhada, ele delicadamente beijou minha boceta e com os lábios pressionava meu clitóris, e eu gemia baixinho e esfregava minha boceta na cara dele, ele enfiava a língua dentro da minha boceta e eu aperta sua cabeça com minhas pernas, falei gemendo baixinho;
- Títio, vou gozar…. Chupa ahhh chupa …. Ta gostoso….
E ele chupou e seu pau ganhou vida novamente, e quando vi aquele membro rígido doido pra me foder, não aguentei e gozei. Ele percebendo meus olhinhos brilharem ao olhar tua piroca, que era linda, piroca, grossa de uns 17cm que estava louca pra me foder. Ele disse baixinho:
- Vou foder você gostoso sua putinha, fica de quatro pro tio foder você.
Rapidamente me posicionei de quando e senti aquela rola entrar de uma vez na minha boceta melada, gemi como uma boa vadia que sou, ele fazia movimentos devagar, abriu minha bunda e via seu pau entrar e sair da minha boceta, começou com os movimentos rápidos e isso me enlouquece, e comecei a gemer baixinho, mordendo o travesseiro, rebolei como uma vadia na piroca do meu tio, e ele nao parava de socar forte minha boceta, quando anunciei o gozo ele abriu minha bunda, e socou tão forte que senti uma leve dor, essa estocada me fez gozar muito, deixando seu pau esbranquiçado do meu gozo. Me virei e ele deitou em cima de mim, me beijou, cheirou, mordeu delicadamente meus seios e novamente penetrou na minha boceta, e desta vez os movimentos foram rápidos, eu chegando novamente ao orgasmo Dizia:
- Me fode com força tio, arrebenta minha boceta ahhhhh vou Gozar de novo…
Ele nao falava muito apenas gemia baixinho, o que era o suficiente pra me excitar. E assim aconteceu abracei ele forte e gozei dando um gemido no seu ouvido que fez ele dar umas metidas fortes.
Ele deitou e me pediu pra sentar em cima dele de costas ele queria ver seu pau entrando na minha boceta, e assim fiz.
Sentei no seu pau, cavalguei e neste momento meu corpo anunciava mais um gozo, e curvei meu corpo apoiando em suas canelas, onde meu rabo ficou empinado, e ele teve a visão da minha boceta engolindo seu pau e ele segurou minha bunda e meteu, e logo senti minha boceta receber sua porra, ele deus umas bombadas e parou, tirei seu pau que estava todo melado e sua porra escorria pela minhas coxas.
Deitei ao seu lado e ele foi me fazendo carinho nos cabelos e adormeci. Quando acordei assustada já era dia e ele não estava mais, levantei e fui até a cozinha e não encontrei ninguém, meus pais tinham saído para feira e meu tio resolver suas coisas.
Assim que meus pais voltaram eu inventei que tinha que voltar ao Rio para resolver umas coisas e me mandei antes do meu tio voltar. A tarde ele me ligou dizendo que estava com saudade e queria me ter novamente, vou cozinhar ele um pouco antes de dar pra ele de novo e ganhar algo em troca.
Enviado ao Te Contos por Soffie
28 notes · View notes
ocasoinefable · 2 years
Text
Vuelve el sueño a llamarte en la noche, en los claros de las estrellas. Vuelven a tus ojos entre telillas del bombillo, me pego a tu respiro, muerdo tu mejilla y me desnudo a tus pies. Tus palmas a mi espalda siendo la manta, bajando entre la comisura, atrapando mis dedos, reventando al sonido de las piernas que se levantaban como hojarasca. Me tomas con el sutil roce de las yemas de tus dedos, peinando mi vellos a tus uñas, enredado los nudillos con las colinas. El calor de tu boca alumbraba entre mis cabellos, revuelven los deseos, los latidos y la calma... mientras las caderas danzaban entre los patios de la lluvia; con sus picos alargados nos extendemos en los lunares del otro, en sus espacios y silencios... La nada se acoge en tus brazos, el todo cobra sentido, me pintas a tus labios y ríes conmigo, tus venas están en mi cuerpo, la sed se avalancha y sonrojan las flores, nace mi voz en tu piel, mis dedos en tus letras, mi sonrisa en tu sonrisa, mi boca en tus manos, mi olor en tu cuerpo. Riega la noche, llegas al lado de la cama, me juntas a un suspiro y veo caer al tiempo, y solo sé que quiero dormirme así, soltar las cuerdas y dedales... y solo acomodar tu nombre entre mis dedos.
21 notes · View notes
soundgrammar · 10 months
Audio
Listen/purchase: Pinta Manta by António Sanches
3 notes · View notes
flavia0vasco · 29 days
Text
SEQÜÊNCIA 13 - A ILHA DO PESCADOR
Bateu à porta. Uma lua cheia guiou-o pelo caminho. E na fina réstia iluminada das frestas vinda do interior da moradia, achou esperança de chegar em boa hora.
Saulo apareceu. De novo, a cuia. Só que dessa vez cheia de carne de baleia e farinha de mandioca passada na água, fazendo um pirão. Juntou entre os dedos um punhado, e deu uma bocada. Fez sinal pra André entrar. Lambeu os dedos, fechando a porta com o cotovelo. Foi até o cabideiro horizontal, suspenso na parede, e dum lado do alforje tirou uma cumbuca de bambu, dentro da qual distribuiu mais alimento, tirado da tigela à mesa, para servir André.
Este comeu a contrafeita. O primeiro gosto do pitéu contraiu-lhe o estômago, entendido agora porque a carne não era apreciada na mesa civilizada, como se lia no diário. Teve a impressão de ter lido em algum lugar serem os japoneses uma exceção. Enrugou a cara sem demonstrar. O engulho cresceu demasiado sem a careta.
Farto o desjejum, os preparativos para zarpar deram na beira d`água. Tatuís esperavam enterrados na areia. Também ali, num furinho, foi ter Saulo, com um cano de bambu, de onde saiu um corrupto, afundado no bater das ondas. André se admirou.  
Percorreram mais a beira da praia entapetada de pequenas conchas, que foram aqui e ali coletadas num “saco” de vime, e jogadas enfim num grande baú de couro de crocodilo, cheio da água do mar, aonde iam parar as demais iscas. Em meio a esse trabalho, surgiam aqui e acolá, siris no vai-e-vem da maré, indo lá os catadores de conchas ao encontro deles.
A essa cata, para o primeiro pescado, seguiu-se a manobra para içarem as velas, sob o frio da manhã ainda nascente. Saulo desfez o nó da quilha, da corda atada, na outra extremidade, ao pino de pau tosco sob a areia, e com a ajuda de André deslizou o casco até as espumas, espargidas sob os pés descalços, e ondeadas, até a altura da canela. Num impulso, ele venceu, com destreza, a baixa rebentação, saltando o costado. Estabilizado o balouço, imitou-o André. Meio desequilibrado.
Um tronco de jangada acabou de embalar a saída pra longe do banco de areia. Saulo fez esse movimento de empurrar e tirar a verga da água, até não mais dar pé. Na esteira de Saulo, agachado à popa, André arrastava do fundo, com um arado rudimentar, um lodaçal de algas verdes, despejando-o num balde ripado de madeira, usado pra fazer argamassa. Uma vez lançados ao mar, enfrentaram a suave vagação, à força de remo, até o ponto de lançarem a rede. Velas recolhidas, eles plainaram na brisa e na ondulação, protegidos pelas blusas de frio e calças compridas. O blusão de Saulo, imitando as mantas alérgicas amarronzadas, de outrora, usadas nas casas dos avós de André -- cheirando a mofo, e finamente espessas --, vinha tal qual salpicado por diminutas pintas vermelhas, verdes, amarelas e brancas, encimando a blusa de linho cru, trazida sempre aberta no peito. A alpercata de couro preto, trançado, compunha o resto do seu conjunto, com o linho da calça. André destoava dele com a regata por baixo da blusa de moletom, junto com a calça de cambraia, e a sandália de dedo.
O primeiro arrasto trouxe junto a pequenos peixes, camarões – um marisco fortemente atrativo para uma grande quantidade de peixes. Na sua esteira, um pouco além, veio um molusco, lulas. Trazido a bordo, antes da passagem de um cardume inesperado de sardinhas. Acumulados em boa quantidade, garantiam uma série de batidas. Mais à frente, se precisassem tinham ainda, nos costões, os mexilhões para serem iscados.  
Passaram o resto da manhã sem palavra, apenas moxixos, entre um comando e outro da pescaria. André, sempre de olho, pegava a manha de botar uma isca na pesca do peixe certo. O primeiro a ser pego foi um pampo. Na boca do qual foi morrer um tatuí.  Que atraiu o peixe pelo seu movimento, preso no anzol pela carapaça. Depois foi a vez do sarnambi dar o seu show: a conchinha. Também, balançando, com um toquinho de seu corpo só pra fora do anzol, fez-se apetitoso para o seu predador. André viu Saulo preparar a isca: este pegou do molusco, espetando-o no anzol, por cuja ponta passou trançando-o três vezes. Fixou-o então na parte superior com uma linha, para que não escapasse fácil. Esse cuidado com a fixação também era exigido na hora de iscar o siri, que tinha o corpo muito mole, retirada a casca bem dura. Outro segredo, que descobriu André, foi esfregar bem o corpo do camarão contra a linha do anzol para liberar seu cheiro, e aguçar ainda mais o interesse de seus admiradores. A lula, por sua vez, tinha fama de não se soltar fácil do anzol. Mas, era preciso prepará-la: primeiro, com as mãos extraía-se a cartilagem enrijecida, em suas costas, que retinha a tinta em seu interior: a “pena”. Segundo, ainda com as mãos, arrancava-se os tentáculos. E, por último, com uma faca faziam-se anéis de 0,5 cm de espessura, da sua parte superior, transformando-os em seguida, em filamentos, deixados um dedo pra fora do anzol.
Entre um turno e outro em que Saulo chamava os peixes, André tinha tempo de espiar no diário, mais um registro. De início, Saulo, estranhou o atrevimento do menino de trazer consigo um objeto tabu do Pescador.  André confessara ter bulido em suas coisas, e que planejava inventar uma história com base no que descobrisse ao longo de sua viagem. Sem entender direito aquilo, Saulo deixou de lado a repreensão, e voltou a ter com suas prendas.
André leu:
Morei 52 anos nessa ilha. Percorri cada palmo de terra e braço de mar e de rio. Desvendei todos os seus segredos com sua gente sábia e encantada. Mirei a ponta da minha lança no meio da cabeça de cada baleia que abati, até os primeiros dez anos, após minha chegada aqui, não mais para manchar-me de ambição irrefletida e maldade insana do sangue emplastado delas no meu condenado juízo, mas para alimentar a quem precisasse.
Noutro trecho, a página virada mais atrás dizia:
A Festa da Baleia, em fins de setembro, quando se encerrava a temporada de caça, na armação da baía, era comemorada na minha rua - a principal do povoado - junto aos pescadores, com grande pompa, como um carnaval. De dia, a igreja era invadida por fiéis, e de suas escadarias saía uma enorme baleia rosa, confeccionada de estrutura em arame, revestida de isopor, e envolta num panejamento propriamente costurado para conferir-lhe a feição devida. Vinha cheia de fitas e lantejoulas, coloridas, até o mar, onde era lançada em grande algazarra, numa jangada.
... Na ilha, a cerimônia era muito mais singela: era servida a sopa da carne de uma baleia, quentinha, com pão, pra agradecer a fartura, e render a esses cetáceos, sagrado apreço e mimos, enquanto verdadeiros totens do mundo à nossa volta, em que a jubarte reinava incólume desde tempos imemoriais. Ali, a caça era sem tempo, mas conhecia um único propósito: alimentar os aldeões. O dia da oferenda coincidia com o de maior afluxo dos vários espécimes que faziam da ilha o local de passagem para águas mais quentes. 
Posto isso, de repente, num assomo de incredulidade, postou a meio palmo de André a visão do andrajoso. Veio calmo, e sentou-se ao seu lado. Tirou a boina, como da outra vez, e olhou o diário, dizendo:
Tumblr media
- Vou lhe contar uma história:
Nem sempre essa ilha foi um refúgio de paz. Houve um dia em que tudo desmoronou. Após uma tempestade fatídica, sobre ela se abateu um verdadeiro massacre. 1947. Foi o ano. Com a bonança, no dia seguinte, vieram os navios baleeiros prontos pra matança. Sacha era uma baleia jubarte sob a mira dos canhões. Como milhares delas. Com a diferença de que ela nutria por um homem uma amizade sincera. E vice-e-versa. No dia em que foi alvo dos ataques, ela tinha 50 anos. Ele, 92. Se conheceram em 1912. Ele na altura dos 57, e ela na altura dos 15. Estava a caminho de dar cria ao seu segundo filhote: Sancho. Na ocasião, Tico, o mais velho, de apenas 1 ano, encalhou na praia, e foi salvo pelo seu benfeitor -- o tal homem -- com a ajuda de todo o vilarejo. Sacha nunca esqueceu o gesto daquele homem, o mais devotado de todos, que agiu como se não contasse com mais ninguém. Administrou as bandagens por todo o corpo do baleote, para evitar queimaduras do sol, e manteve controlada a temperatura com intermináveis banhos de baldes de água do mar. Até que a providência maior mandou uma maré mais alta, e o desenganado, conseguiu desvencilhar-se da areia, deslizando pelo mar adentro. Continuaram os contatos entre eles ano após ano, com momentos muito felizes. Em 1924, no entanto, uma tragédia deu cabo à vida do outro filhote, Sancho. Novamente o homem tentara salvá-lo -- como ao outro --, dessa vez do ataque de um tubarão. Mas, foi em vão. Em contrapartida, foi ele mesmo, salvo pela baleia que, milagrosamente, livrou-o dos dentes do assassino. Daí, por diante, suas histórias se entrelaçaram, ainda mais, e todos os anos pelo resto de suas vidas, renovaram os votos de camaradagem, à presença de Tico, o mais velho.    
No dia em que chegaram os baleeiros, o mar estava calmo. As ondas domadas. Quase não havia marola. O homem sem prever a calamidade, botou-se a desenhar à ponta de um lápis-carvão o animal que tanto o admirava. Desenhou-lhe a cauda, marcando em cada traço a sua característica. Uma digital. Não demorou dois minutos, o tempo de guardar o esboço numa caixa, os sanguinários abriram fogo contra os cetáceos, com seus arpões de lanças explosivas, a partir de canhões. As jubartes eram os principais alvos. Poucos da espécie submergiram vivos.
Num ato heróico, o homem intercedeu a favor de Sacha, e a meio caminho dela e do baleeiro se interpôs para evitar que fosse atingida por um arpão. O barco em que estava não agüentou a força das águas insurgentes a reboque do grande navio, e virou, naufragando no oceano, depois de ser destroçado no impacto.
Não sobrou alma viva pra ressuscitar o homem. Esse morreu, no fundo do oceano, sem salvar sua amiga e companheira, que também soçobrou depois de ter os miolos estourados pela ponta de um arpão explosivo.
André não sabia o que dizer. A presença daquele velho o perturbava. Ou fosse o que fosse. Saulo parecia não notá-lo. Claro que não. Ou teria se virado, dito algo, esboçado reação. Não fosse mesmo uma aparição, o outro o perceberia. Mas, por que André? André começava a duvidar de suas faculdades mentais.
Num ato impensado para se ater ao mundo real, recorreu ao diário, folheando a esmo algumas páginas. Perturbado, deu num esboço de um desenho. Olhou bem, e quase não acreditou: era a cauda de uma baleia. E no lado, a descrição dizia: Sacha.
Se o tal homem da história, era o Pescador, o que o andrajoso teria a ver com ele? Como sabia da tal história? E se sabia, como explicar sua aparição? Ele tinha que ser real, de alguma forma.
Quando se voltou pra fazer as perguntas, já não havia mais ninguém lá. Mas, uma cena mudou todo o seu semblante. Atrás de um grupo de jubartes, não muito longe dele, um indivíduo seguido de outro em seu rastro, exibia uma série de posições na água. André, capturado pela rara exposição, empunhou a câmera, em zoom, e registrou o cetáceo em várias modalidades de salto. Repassou as fotos pra ver, e o padrão que viu na cauda, não lhe passou despercebido: era o mesmo que a pouco conferira nas linhas do desenho. Sem acreditar, garantiu, era mesmo Sacha.
***
0 notes
mad-sci · 6 months
Text
"Resquicio de la difracción de la luz blanca"
¿Ves como la luz entra por la rejilla?
El polvo suspendido en el aire corre cuando resoplas, pintas con suaves colores el panorama, la puerta se entre abre y escuchas una hermosa voz hablándote, todo está bien, la calidez de tu manta te libra de aquella tortuosa soledad, la dulzura de sus brazos me envuelve, siento su mano acariciando mi mejilla.
"Te amaba de verdad" me susurras al oido mientras te recuestas de costado dándome la espalda, la persiana deja entrar los últimos rayos de sol, el día cae, tu suave respiración me tranquiliza, no necesito buscarte porque estás acá, sin embargo mi corazón llora ¿Por qué?
Es claramente un sueño lo que vivo, un sueño donde corro detrás tuya, dónde te busco, te escondes en aquel oscuro callejón en dónde nos encontramos, nos vemos a los ojos, nos sentimos agitados y entregamos nuestras almas mediante un cálido beso, te deseo y...
Un rayo de sol me despertó, la persiana seguía mal cerrada y dejaba entrar la luz, me toco la mejilla y no es tu cálida mano, son lágrimas, me giro a verte, no estás.
.27. "deslumbrado"
0 notes
mediahoradecyber · 7 months
Text
Soñé que era de noche y tenia que pasar con una gente por esta zona abierta cerca de la playa, y cuando miro al piso estaba lleno de tortugas, de todos los tamaños y me daba mucha impresión pensar en pisar una. En eso había que parar y poner una manta en el piso, tipo picnic para que yo puedo armar unos sanguchitos de queso y dárselos a una chica que me había pedido. Pero mi celular se había quedado sin batería y no tenia forma de decirle donde estaba.
Y en realidad siempre me pasó eso con las tortugas, nunca pude entender bien el vínculo. Una vez, tipo en salita de 5 años a mi mejor amiguita de ese tiempo la vino a buscar la mamá a la salida con una caja de zapatos en la mano y cuando revela la sorpresa a mi amiguita.. era una pequeña tortuga ahi dentro. Ella re contenta, a mi me dio impresión y no la quise tocar. Me daba cosa que se metiera adentro del caparazón, su textura, el caparazón en sí, es fascinante, pero hay algo que no puedo explicar, de solo pensar en que me muerdan un dedo me da una impresión, pensar mi piel en contacto con esa boca tirante.. dios, igual me pasa lo mismo con los sapos y ranas. Pero creo que peor, esa textura jugosa y rugosa aaaa. Y como mueven las extremidades. Eso que en mi patio estaba lleno de sapos, y te saltan arriba si les pinta. Y lo más desafiante, el final boss de mis pesadillas: los escuerzos.
0 notes
el-mar-de-la-grieta · 7 months
Text
Kaishun
(...continúa)
El calor llega desde el piso de abajo, atravesando las desvencijadas tablas que los separan. Los raros momentos en los que los gritos y los improperios cesan, llega hasta él el crepitar de la hoguera que arde vivamente en la chimenea. También le llega el humo. El viejo tiro de la chimenea está partido a media altura y nadie parece haber tenido necesidad de arreglarlo.
Un guardia con un raído jubón que apenas mantiene los colores amarillo y morado de Asima entra en la estancia procedente del puesto de guardia sobre ella. Se frota frenéticamente los brazos y dice algo dirigiéndose a él. Pese a no entender su idioma, Kaishun comprende que se está quejando. Seguramente por el frío o por la humedad que impregna hasta la cálida sala de abajo. El viejo jubón descolorido rezuma agua ante la fricción de las manos. Tras entender que sus quejas caen en saco roto, deja de hablar y busca entre los desordenados petates hasta que encuentra una manta tan raída como sus ropas y se envuelve en ella antes de bajar por las escaleras.
Kaishun sonríe levemente. Su situación dista mucho de ser buena, pero ¿acaso lo ha sido en algún momento en los últimos tres años? Tras el hundimiento del Kormora, Kaishun quedó relegado a la vida en tierra, es su expiación, su penitencia por… Los gritos en el piso inferior interrumpen su línea de pensamiento. Reconoce la férrea voz del que parece ser el líder del grupo, abronca al empapado soldado que acababa de buscar el apoyo de su prisionero. Empujado y tropezando en los escalones, el guardia vuelve a aparecer en escena y corre rápidamente de nuevo al puesto del vigía.
Poco después oye ruido de caballos. El nauta trata de hacer memoria de cuándo fue la última vez. Lleva casi dos semanas encerrado allí; lo que originalmente parecía una detención arbitraria por parte de unos guardias cada vez tiene más pinta de un secuestro por parte de unos bandidos que busquen rescate. ¿Quién pagaría un rescate por él? En condiciones normales, un nauta atrapado puede esperar que su tripulación lo rescate pero él no tiene tripulación, no tiene nada. Es suficientemente listo, ha viajado lo suficiente para entender lo que pasa en esas situaciones. Un reo de rescate sólo tiene el valor que alguien pague por él. Un reo de rescate que no puede ser rescatado es sólo una boca más que alimentar. Lleva casi dos semanas encerrado allí, vuelve a pensar, y no había salido nadie a caballo desde el tercer o el cuarto día.
Se incorpora un poco y trata de desentumecer las manos. Los correajes de cuero con los que le mantienen atado de pies y manos están flojos, podría soltarse si de verdad quisiera. El paso de los días acerca a Kaishun a la muerte, eso es seguro, pero también mengua el celo de sus carceleros. Si el nudo del primer día era prieto y bien peinado, el de hoy está hecho con tan poco cuidado que casi podría deshacerse solo con agitar las muñecas. El prisionero se permite soñar con una oportunidad, si alguien pasase por ese solitario camino, si tan solo alguien pasase…
Poco después, el ruido de caballos revela la vuelta de los que habían partido. La voz del capitán, ronca y dura, parece menos hostil que antes. Sus hombres ríen al otro lado de las maderas del suelo, incluso él deja escapar una sonora risotada. Uno de los hombres sube al primer piso haciendo que Kaishun deba dejarse caer de inmediato a su posición anterior. Vocifera unas palabras en un tono alegre mientras agita por el hombro al único de ellos que permanece dormido en la sala. Deben de ser buenas noticias porque el adormilado guardia corre a la pileta del fondo de la estancia y se lava la cara sin dejar de sonreír. Poco después grita algo mirando a Kaishun y desaparece escaleras abajo.
Las siguientes dos o tres horas son un hervidero de actividad, oye abrir y cerrar la puerta varias veces e incluso cuando uno de los hombres sube a dar el relevo a media tarde al vigía, ambos parecen emocionados. Cuando Kaishun comienza a oír el rechinar de ruedas y el sonoro traqueteo, entiende su emoción. Una caravana bastante grande debe de estar pasando ante la torre. Aún tras dos semanas, el nauta no ha llegado a saber a ciencia cierta si sus captores son bandoleros disfrazados o guardias tan corruptos como la madera con broma, pero en cualquiera de los dos casos, tanto si la asaltan como si le cobran un desmesurado peaje, una caravana es un filón.
Aprovechando que lo han dejado solo, Kaishun se levanta y se arrastra hasta la pared que da a la puerta de la torre. Pasando las manos por su superficie no tarda en encontrar una corriente de aire. Estira el cuello lo suficiente como para ver a través de la grieta. La caravana es mayor de lo que había pensado, un enorme carromato de dos ejes tirado por mulas sufre bajo la excesiva carga que sujeta sobre él con una tensa lona. Un coche de caballos con dos corpulentos caballos de tiro lo sigue de cerca, parece lujoso a pesar del desgaste. Tras ellos una plétora de caballos, mulos y burros, cargan con bultos o tiran de pequeñas carretas de un eje. Cuatro jinetes se separan de la comitiva y se dirigen hacia la edificación. Kaishun es incapaz de ver sus caras en la oscuridad de la noche.
La caravana continúa por el camino. Es la mejor oportunidad hasta la fecha, si consigue salir de la torre, un grupo tan grande podría disuadir a sus captores en el uso de la fuerza. En el piso de abajo las voces son bajas y parecen cordiales. Todos parecen hablar en el idioma local pero Kaishun cree reconocer el suave y gutural acento almuzalif en uno de ellos. “Comerciantes” -piensa- “, pero Asima está en guerra con el Califato, o al menos eso dicen oficialmente.” Ningún comerciante almuzalif intentaría hacer negocios en Asima, tampoco en la Gran Cuenca, de donde viene el camino.
Se tira al suelo y pega la oreja a las tablas. Antes de dar un paso en falso tiene que intentar entender la situación. El acento del que parece ser el portavoz de la caravana ha congelado a Kaishun en su sitio. Demasiados interrogantes. ¿Un espía? ¿Algún tipo de ataque enemigo a Asima? Si escapa de unos guardias corruptos para caer en las manos de alguien así su suerte sólo empeoraría. La conversación parece haber subido de tono cuando una voz nueva interviene, parece un hombre anciano, su tono es tan conciliador como el de un sedente y tan paternal como el de un rey almirante.
Antes de poder terminar de procesar la situación, el inconfundible sonido de una bolsa de monedas contra la madera de una mesa parece terminar de un plumazo con la conversación y con sus inconclusos planes de huida. Kaishun se encoje de nuevo en su rincón, enfadado consigo mismo. Si hay otra oportunidad, la que sea, la tomará. El sueño lo alcanza aún con los dientes apretados, el frío y el suelo duro le han tenido en vela demasiado tiempo durante su cautiverio y la parca manta con la que le han obsequiado sus captores, más chinches que lana, apenas sirve como solución para ninguna de las dos cosas. Tiene que escapar.
La oportunidad despierta a Kaishun en forma de grito de alarma. Tarda unos segundos en entender qué está pasando. La voz del vigía sobre él suena fuerte y agitada. Un ataque. Kaishun corre hasta la rendija sobre la puerta y trata de vislumbrar el exterior. Sus captores han arrojado algunas antorchas al suelo que iluminan tenuemente el área empalizada. Entre las sombras más allá de la cerca, alcanza a ver una figura; se asoma y se esconde velozmente, lanzando flechas hacia la torre. Decidido a no dejar pasar otra oportunidad, Kaishun se suelta rápidamente sus ataduras. Las correas de cuero están tan gastadas y maltratadas que incluso si el nudo hubiese sido mejor, podría haberlas roto sin problemas. Los ruidos del combate llegan hasta él, han alcanzado el cuerpo a cuerpo. Un grito espantoso de dolor que se impone sobre las órdenes que brama el capitán le hacen perder pie por un instante mientras corre escaleras arriba.
En el puesto del vigía, uno de sus captores trata de devolver las flechas a los atacantes. Kaishun dista mucho de ser un tirador experto pero podría haberlo hecho mucho mejor que él. El hombre tensa pobremente el arco y no parece tener buena puntería, a pesar de ello pone en cada disparo toda su atención, apretando la cara y entreabriendo la boca lo suficiente como para poder sacar la lengua con tensión. Entre disparo y disparo trata de escudriñar la oscuridad más allá de la empalizada, como si buscase blancos aunque nunca parezca alcanzarlos.
De un potente empujón, el nauta consigue precipitar al arquero por el borde de la torre. Antes de que pueda entender qué ha ocurrido, el grotesco sonido de su cráneo contra el suelo de piedra viva esparce sus sesos entre una lluvia de astillas de la gastada barandilla de madera que, rota, cae tras él. Kaishun contiene el aliento mientras se asoma por el desprotegido borde para contemplar su obra. Su víctima es la tercera baja del combate. Otro de los guardias grita junto a la puerta de la empalizada mientras una daga sin dueño parece luchar por incrustarse más y más en la herida de su pecho. El guardia que parecía quejarse de la humedad de su ropa esa misma mañana riega ahora el suelo con la sangre que brota a borbotones de su cuello.
El capitán y su único hombre en pie tratan de ganar terreno contra sus asaltantes. Visto desde arriba, a la luz de las antorchas, Kaishun cree ver dos figuras. “¿Sólo dos hombres han hecho esto?” No tiene que perder tiempo pensando. Ve el techo de paja y hierba de las caballerizas y decide descolgarse hasta él. El techo cede ante su peso, pero amortigua lo suficiente la caída como para conseguir llegar ileso al suelo. Para entonces, el capitán ya está fuera de combate, de nuevo con esa maldita daga tratando de escarbar en sus entrañas. Grita y grita mientras Kaishun busca una vía de escape.
Con movimientos rápidos, pisando sobre una de las vallas de las caballerizas y escurriéndose con soltura entre las vigas del tejado, Kaishun consigue sobrepasar los troncos de la empalizada, saliendo a la nevada oscuridad de la noche. No lo esperaba, uno de los atacantes, el que porta el arco, está apuntándolo desde la esquina exterior del muro. Su huida parece terminar casi antes de empezar.
-¿Me entiendes? -dice el desconocido en la lengua mercante después de entender por su cara de desconcierto que no comprende la lengua local.
Kaishun asiente levemente.
-¿Estabas prisionero de estos salvajes?
Kaishun vuelve a asentir, abre la boca para decir algo pero un grito y un espeluznante gorgoteo lo interrumpen. El hombre del arco aparta la vista de él y mira hacia el interior de la empalizada. Las arrugas de su cara parecen acrecentarse, incluso oscurecerse; sus ojos revelan una emoción que el nauta no consigue interpretar, quizá miedo, quizá asco, quizá todo a la vez y algo más. La otra figura lo alcanza, es un hombre alto, la mayor parte de su cara queda oculta tras una capucha negra; la capa a la que se une está recogida por delante de su pecho y sobre su hombro, dejando a la vista dos dagas curvas y largas que parece acabar de envainar. Su boca, visible bajo la capucha, parece totalmente inmóvil, tranquila, como si la batalla no hubiese supuesto tensión alguna para él.
-¿Lo matamos también? -pregunta sin inflexión en la voz, señalando con la barbilla hacia Kaishun.
-Creo que ya has matado suficiente -responde el hombre del arco con un tono molesto. Vuelve a mirar hacia dentro-. Se estaba rindiendo.
Vuelve a mirar hacia Kaishun y le hace un gesto para que se acerque.
-Era un prisionero de esta gente. Nos lo llevamos junto con los caballos. No podemos abandonarlo aquí -se cuelga el arco a la espalda y le tiende la mano-. Soy Sardo de Naxos.
-Kaishun -consigue articular el nauta mientras empieza a asumir que no lo matarán.
Durante dos horas, Kaishun y Sardo cabalgan en silencio. El veterano mercante parece herido, pero no dice nada. El otro hombre, el de la capucha oscura ha salido por delante de ellos con los caballos robados. Finalmente ve la luz entre las ramas de los árboles. La caravana que había visto por la tarde ha cerrado un círculo entorno a una hoguera.
Sardo desmonta junto a dos guardias del campamento. Ambos tienen rasgos almuzalifes, quizá djebeles. Seguramente son los que había oído hablar durante la reunión de la tarde. Están acabando de cepillar y atar a los caballos robados. El otro hombre, Harmat si ha oído bien, llegó hace rato. Hablan entre ellos en bajo pero, al menos en parte, emplean la lengua mercante. Kaishun no puede entenderlo todo pero los vigías parecen coincidir con Sardo en que el otro, el tipo siniestro de la capucha, ha convertido un robo de caballos en un baño de sangre. El nauta no siente pena por sus difuntos captores y, aunque probablemente tienen razón en sus opiniones sobre Harmat, mirando sólo por si mismo, su situación ha mejorado ostensiblemente.
-Puede dormir en mis cómodos aposentos -Kaishun reconoce la voz, él es el que hablaba en la torre, pero no acaba de entender el tono. Se gira hacia él para añadir con una sonrisa-. Me queda toda la noche de guardia.
Se llama Yusuf, Yusuf ifn algo, no lo consigue recordar, igualmente Kaishun se lo agradece. Lo agradece más aún cuando ve la tienda. Una tienda colorida y brillante, de fina seda a través de la cual se filtra el tenue brillo de un brasero. La tienda es mucho más cálida que la habitación llena de agujeros de la torre. Antes de acostarse aprovecha para lavarse la cara frente a un espejo de bronce. “La conocida higiene de los almuzalifes” -piensa sonriendo. Sin ataduras en las muñecas, con la cara y las manos limpias y cubierto con suaves sábanas en lugar de la infestada manta, la sonrisa le acompaña hasta dormir.
-¿Kaishun?¿Un nauta? -alguien habla en imperial cerca de la tienda entre toda una jerigonza de idiomas y palabras agitadas.
El sol ilumina ya las sedas, llevaba demasiado tiempo sin dormir de un tirón.
-Nauta parecía, desde luego, con todas esos tatuajes que trata infructuosamente de ocultar -es la voz de Yusuf, parece tan fluido en la lengua común del imperio que en la lengua mercante.
-¡Kaishun! -grita la primera voz, parece acercarse a la tienda.
-¿Jeffrey Shelby? -la voz del nauta transmite la misma sorpresa que probablemente está reflejando ahora mismo su cara.
(continúa...)
0 notes
j-o-r-c-h · 11 months
Text
EL CANSANCION PARTE 2
En estas nuevas aguas, conocí una nueva chica, sí, de vuelta al ruedo. En esta ocasión yo realmente estaba interesado en buscar un poco de paz en mi vida, regresar al gimnasio, a mis amigos, a mi vida, recontruirla. Es así que incluso los primeros días ni siquiera note que ella estaba ahi conmigo en la consulta, era una rotante, genuinamente no me interesaba si quiera saber algo de ella, tenia problemas que resolver y en eso me quería enfocar, cruce algunas palabras con ella, realiza la residencia en La Paz, Baja y su sueño era ser neurologa en la sede donde actualmente hago mi residencia para después volver y llevar ese conocimiento a un lugar que ella pinta como de ensueño a pesar de ella ser originaria de la capital . Me invito a en el futuro realizar mi practica en la región pues "Neurocirujanos también hacen falta allá", ese comentario me tomó por sorpresa ni siquiera me pasó que era una señal, solo nunca había pensado en ese lugar, para mi no existía. De a poco se interesó en acompañarme especificamente a mi a mi consulta, consulta de neurocirugía que poco tenia que ver con sus intereses, pero siempre se trata de casos inteeresantes, rimbombantes o impactantes. Fue ahí cuando me pidió realizar ella una exploración neurologica que quede cautivado, cuando me demostró su habilidad y su conocimiento, fue que mis ante mis ojos apareció, como si le hubieran quitado una manta oscura, una mujer hermosa. Quedé desarmado, fue amor a primera vista (no tan literal, pero la idea se entiende) y fue que comenzó un interes mutuo, al interesarme en ella y conocerla, solo me lleve una gran sopresa superaba con creces todo aquello que me interesa de una mujer, los ideales, sentimientos y proyectos, su belleza solo aumentaba, y yo no podía alcanzar el freno, no quería eso en ese momento, había cosas que resolver; pero cuando se presenta una oportunidad así creo que no se debe desperdiciar. Salimos y sellamos ese lenguaje no escrito o dicho pero que ambos sabíamos que existía, nos besamos y de ahi en adelante no dejamos de hacerlo sin importar los ojos de nadie. En su momento conversamos sobre nuestra situación y lo equivocado del momento, ella tambien salía de una relación significativa y no quería entablar algo que potencialmente en el futuro podría lastimarla de nuevo. Yo sentía lo mismo, incluso en ello estábamos en la misma sintonía pero no hicimos caso a las convenciones y nos dejamos llevar. Formalizamos lo nuestro, en lenguaje y comportamiento mas no en votos. Ante los ojos del mundo éramos una pareja formal, con responsabilidades y acuerdos, los cuales existían, sin embargo en el fondo sabiamos que no debiamos formalizarlo, ella incluso me advertía del fin, cada una de esas advertencias las guarde, para aceptar que la decisión de continuar adelante si ella lo hacía era mía . Bajo este comportamiento un poco expectante, reciví de ella la intención de realizar planes a futuro, vivir una vida juntos como pareja, lograr nuestros sueños y metas de la mano, y tomé la decisión de bajo el dolor que pudiera vivir cuando esto fallara, luchar por esta idea imposible de lograr lo nuestro. Así definí mis sentimientos y sup que quería algo formal con ella, porque sentía que era correspondido, porque ese era el lenguaje que ella me expresaba, porque en mi opinión hay cosas que solo realizas con una pareja formal y ella prestaba la inciaitiva de realizarlas, viajar juntos, conocer a su familia, compartir espacios intimos juntos, incluso nuestra sexualidad. Pasarón un par de meses, en los que me sentí increiblemente feliz y realizado, vivía un sueño que antes no había vivido, sabía que la quería de una forma real y tangible, profunda en el corazón y ella me externaba que sentía lo mismo. Fue hasta que seguro de mi postura le propuse formalizar lo nuestro, establecer los votos, ya que ella me externo que previamente sus relaciones fracasaban por el titubeo de sus exparejas; de formación soy cirujano y en esta rama te entrenas para nunca titubuear porque eso siempre ocasiona un mal desenlace en el paciente... CONTINUA
0 notes
theshatterednotes · 4 years
Audio
Antonio Sanches - Pinta Manta
1 note · View note
Video
youtube
0 notes
ocasoinefable · 2 years
Text
Me encuentro sola, mirando silencios que no dejan de hablar. Me encuentro cansada y quisiera que no doliera tanto despertar siendo yo, repaso el cielo como el beso a mis labios, me lleno de su color y el aroma de su olvido. Ordenó mis cuadernos, abro una hoja de cualquier día y sonrió repitiendo aquellas líneas, era lo que sentía, ese momento concreto que se perdía en el blanco, que se aplacaba y brotaba entre mis manos. El primer día recordando y apuntando lilas que variaba de pétalo, el resuello de una estrella escondida entre las mantas... Sigo estando sola, hablando al viento, tocando mis cuerdas y llegando a una letras para dormir, sigo a pesar de la pesadez de mis ojos soñando entre lilas y bailando tras pétalos. A veces quisiera sentirme presente, estar entre las risas y juegos, tener amigos, salir sabiendo que alguien estará al llegar a casa, pero es tan azul mi boca que se despierta riendo a los claros de la tierra, se despierta entre las mareas que surcan las nubes... Yo no he podido mantenerme entre el mundo, todo lo que sucede me afecta, cada percepción del sonido me mueve, cada gesto, cada persona, todo lo que me rodea golpea y pinta mi pecho, me lleno de vida y debo vivir, pero no encuentro de mí alguna vida, así que solo sonrió, pinto y escribo... No quiero más expectativas, no quiero doler al ser una desilusión, no quiero atarme a unos ideales y asfixiarme al tratar de cumplirlos... me he exigiendo a cada minuto, solo quiero cantar con los silencios que besan mi cuello y aparecen entre mis labios...
Me encuentro en una esquina, mirando la soledad que despierta a escribirme cuentos, me reclinó e imagino cosas que nunca he vivido, lugares y personas que no son... Lo hago consiente y gentil atiendo a estos escritos que se encierran en si para no molestar. Me agrada soltar mi voz a perseguir las nubes, a dejar que la noche se duerma mientras la oscuridad pinta velitas entre la ventana, me gusta traer sus risas y saber que sigo mis días por la alegría de recordarlas. Sigo confesándome entre letras, rodeando su escritura y leyendo en calma su rastro.. sigo mirando el sonido y pensando en sentido de esta existencia, queriendo los rincones y alejándome para descansar. Sigo aquí en el mismo lugar cambiando, aprendiendo, pensando e imaginado los días. Mi tristeza es profunda, es parte de mí y de como me encuentro en este mundo, no muero de ella, la llevo como los puntos en el borde de mi sonrisa, la entiendo y la dobló en las sábanas de ilusiones. Me agobia la crueldad que veo afuera y no puedo hacer mucho, me atormenta el sufrimiento que se come los huesos y no se puede hacer mucho, esa realidad que golpea todos los días y que con cerrar los ojos y pensar en las flores no se borrará, ser conciente de la profundidad psíquica del ser humano me funde entre un monólogo mordaz, no comprendo aunque lea teorías, no comprendo aunque presencie sus gritos, no puedo entender que la crueldad sea natural, que el odio sea del ser humano y que el daño a otro ser pueda verse justificado. Simplemente no lo puedo entender... Por dentro me rompo cada día, lo hago sin saber cómo, me levanto y quiero alcanzar, en mi alma se extiende un llanto que descansa al toque de las palabras, por dentro hay rayitos de luz que descuelgan en todo mi ser y me pintan notas en girasol, adentro de mí hay algo que quiero expresar, hacer, sonreír.. algo que es más que una vida, que es el raíz del sentir, me encuentro sintiendo y viendo a toda hora.
14-Abril-2022, el silencio de los días.
19 notes · View notes