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#essa eh nova entao se vocês acharem um lixo me avisem
amethvysts · 17 days
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AM I WASTING MY TIME? — E. VOGRINCIC.
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𖥻 sumário: a she-wolf e o líder invicto da fórmula um fazem parte da mesma equipe. o que pode dar errado? 𖥻 par: driver!enzo x driver!reader. 𖥻 avisos: alguns termos de f1. machismo. vintage mclaren for the vibesss. enemies to lovers? ou uma segunda opção misteriosa. enzo babaca, meio tóxico. menção a sexo. minha inabilidade de escrever diálogos.
💭 nota da autora: esse aqui teve que passar a frente dos outros pedidos porque quando eu menos esperava, já me vi escrevendo kk tanto que foi bem fluxo de consciência, então pode estar um pouquinho vago (pq eu pensei em uma construção da relação entre os dois hihi). acho que o final pode ser um pouco abrupto, mas just feel the vibes !! enquanto escrevia, imaginei uma ambientação mais anos noventa, so... espero que gostem! ♡ btw, indico bad girl e love song da madonna como trilha sonora desta vius! estou totalmente mdnazada
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"Eu? A única coisa que eu acho é que você não sabe perder". 
Poucas coisas na sua vida te fazem sentir tanta raiva quanto estar perto de Enzo Vogrincic. E isso é dizer muito, considerando a sua posição como a única mulher num grid composto de puro testosterona e babaquice. O pior é que você nem tinha perdido… pelo menos, não efetivamente. Mas o segundo lugar é sempre o primeiro dos perdedores, não? Ele mesmo te disse isso.
O piloto uruguaio era uma constante pedra no seu sapato, um obstáculo fixo na sua caminhada para o primeiro lugar da tabela – até o momento, ele seguia invicto como o líder da temporada, te deixando uma posição abaixo, para a sua frustração. Não que ele não merecesse a classificação, até porque era um motorista brilhante e extremamente hábil, mas o que tinha de genialidade também tem de chatice fora das pistas. Desde quando iniciaram juntos, como rookies depois de um ano incrível na Fórmula Dois, vocês nunca se bicaram. 
E tudo piorou quando conseguiram se classificar para a mesma equipe, compartilhando as duas cadeiras da McLaren e a constante dor de cabeça de dividir o mesmo ambiente. 
A imprensa também não ajudava muito, os colocando um contra o outro em todas as declarações e entrevistas, sempre procurando incitar uma discussão e ganhar mais uma manchete explosiva. E por mais que você tentasse se abster desse disse-me-disse, Enzo parecia se divertir com a troca de farpas, inflamando ainda mais a fogueira. Gostava de expor sua opinião sobre você ser uma colega de equipe no mínimo tolerável, ao mesmo passo que também vivia a dizer que você é uma piloto única em seu estilo, e que te considera a única competidora páreo para ele. Inclusive, foi ele que, indiretamente, colaborou para a criação do seu apelido dentro do esporte a motor: She-wolf – pelo seu modo agressivo e feroz de conduzir o carro. No entanto, quando são só vocês dois, ele insiste em te tratar apenas como uma lobinha, fingindo que suas garras não chegam a fazer cócegas. 
"Se, pelo menos, eu perdesse de maneira justa, não estaria reclamando," você retruca, tirando a balaclava que cobria seu rosto em um único puxão. Respirando direito, as suas inspiradas de ar eram carregadas de raiva. A adrenalina do treino livre ainda corria em suas veias, se misturando com a agitação de estar em mais uma discussão com o rapaz. "Mas você me jogou para fora da pista, tentou criar um espaço que não existe. Se não fosse pelo cagão do Venturinni, eu teria voado contra a parede". 
"Então você queria que eu não fizesse meu trabalho?" Enzo te responde com outra pergunta, 
fingindo incredulidade por você pressioná-lo. Essa era a rotina de vocês; discutir até sobre a formiguinha que passava no chão durante a corrida, sempre culpando um ao outro pelos erros de outrem. Tudo era munição para a guerrinha que existia entre vocês. Com uma risadinha descrente, ele nega com a cabeça, revirando os olhos enquanto cruza os braços na frente do corpo, "Pelo amor de Deus, garota, se você não quer correr, é só trocar de profissão… tira um ano sabático, vai pegar um sol. Só não vem querer me dizer como eu devo pilotar". 
Como se colocasse um ponto final na conversa, Enzo sai andando em direção aos repórteres, te deixando para trás. Te frustrava pensar em admitir isso, mas ele sempre tinha o controle em todas as discussões – e quando sentia que a vantagem lhe escapava, dava um jeito de contornar a situação, não importava como. Ser colega de equipe dele te dava a vantagem de perceber que, muitas vezes, o rapaz conduzia a própria vida como se fosse uma corrida. Sentia uma vontade natural de ganhar, estar em primeiro e se destacar, mesmo que a situação não pedisse isso.
Era complicado estabelecer qualquer tipo de relação com ele. Volúvel, Enzo não consegue permanecer no mesmo lugar por muito tempo, agindo de uma mesma forma. Sempre que tenta tirar o pé do acelerador e aproveitar a paisagem, caindo uma ou duas posições, algo sempre o propulsiona para frente e, quando você menos espera, ele já te ultrapassou. Ele muda de percurso como a água, chegando perto apenas para se afastar quando quer. 
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É o dia do Grand Prix Italiano, e Monza é uma loucura. Sendo uma das últimas corridas do calendário, o fim do campeonato parece mais próximo do que todos imaginavam. O nervoso de encarar mais uma corrida te deixa mais distraída do que o normal enquanto observa os mecânicos trabalharem no seu carro, preparando-o para que tudo saia dentro dos conformes técnicos. A máquina só vai até certo ponto, o resto é com você. Se antes essa frase te enchia de inspiração, hoje ela parece apenas te preencher de temor. Parada ali com seu uniforme vermelho, seus dedos mal conseguem segurar as mechas do próprio cabelo, falhando em trançá-lo. Os pensamentos sobre a sua vice-liderança estão insistentes, martelando na única solução para o seu problema: se manter em uma pole position, acima da terceira, para ultrapassar a pontuação de Enzo. Depois de uma temporada incrível, digna de um documentário de superação, esse seria o desfecho perfeito… mesmo que seja contra a vontade de todos. Os chefes da equipe, a mídia e até os próprios pilotos faziam campanha pela vitória de Vogrincic; talvez por não acreditarem no seu merecimento, ou para dar continuidade a sequência de vitórias do uruguaio, garantindo seu bi-campeonato. 
Desde a sua subida ao pódio na corrida anterior, você batalhava contra o desejo de ir contra sua equipe, em uma corrida gananciosa pela glória. Os prós e os contras eram remoídos, fazendo a sua cabeça pesar de tanta dúvida.
"Deixa eu te ajudar com isso," a voz de Enzo surgiu e, distraída, mal percebeu que ele falava com você até o piloto parar bem ao seu lado. Também usava o macacão vermelho, com a pequena bandeira do Uruguai bordada junto de seu nome na faixa do quadril. 
Você não entende ao que ele se referia… com o que poderia te ajudar naquele momento? Será que se você pedisse com jeitinho suficiente, Enzo ficaria de fora da corrida? Sua mente realmente não estava muito boa naquele momento. E o curto-circuito pareceu piorar quando, com um suspiro impaciente, Vogrincic retira as suas mãos do seu cabelo, dividindo as mechas em três partes e fazendo a trança por você. O seu toque delicado contrastava com boa parte das interações que tiveram até o momento, mas não todas.
"Dá pra sentir teu nervosismo do outro lado da garagem," ele comenta enquanto os dedos trançavam os cabelos na coroa da sua cabeça. Já te viu fazendo o penteado tantas vezes que sabia exatamente como você gostava de usá-lo. Às vezes, te impressiona o tanto que ele parece te conhecer; o resultado de inúmeras noites mal dormidas nos hotéis com o passar dos anos, de estarem acorrentados a um estilo de vida em comum, dividindo o mesmo sonho, mesmo que com obstáculos tão diferentes. "É só mais uma corrida, você sabe que vai se dar bem". 
"Se você não me ultrapassar logo nos cinco primeiros segundos, talvez eu me dê mesmo," comenta, meio seca. Enzo dá aquela risada típica e você consegue sentir a leve suspirada dele no pé do seu pescoço. 
"Não posso te prometer nada," os dedos parecem se mover mais lentamente, se demorando ao chegar perto da metade do cabelo. Vocês permanecem em silêncio por alguns segundos, até que ele murmura, "Eu não me desculpei por aquela ultrapassagem, umas corridas atrás". 
Essa não era a primeira vez que ele vinha se desculpar por alguma atitude impulsiva durante um dos circuitos. Os pedidos de desculpas, sinceros, mas sempre um tanto indiferentes, também se tornaram parte da rotina de vocês. Às vezes, aconteciam logo após a corrida, ou quando dividiam uma garrafa de vinho no quarto do hotel, ou mesmo quando, já muito bêbados de mais daquela garrafa de vinho, ele te fodia de frente para o espelho do quarto, te encarando pelo reflexo e, entre gemidos quebrados, se desculpava até gozar dentro de você. 
A lembrança te faz piscar os olhos, mudando o peso de uma perna para a outra.
"Tá se desculpando só pra ficar limpo pra me jogar pra fora da pista hoje de novo?" você pergunta, virando o rosto um pouco para o lado, tentando ter um vislumbre do rosto do piloto. "O ideal seria você não fazer, sabe…"
"E eu não vou," te interrompe, e a voz soa tão séria que você pensa em acreditar na garantia. As mãos continuam trançando os fios do seu cabelo, na mesma velocidade lenta de antes. "Tô curioso pra ver se você vai ter coragem de pegar um P3 hoje". 
Você pisca de novo, dessa vez, surpresa com a revelação. Agora ele tá lendo a sua mente, porra? Tenta virar a cabeça para encará-lo, querendo uma conversa franca, olho no olho, mas as mãos dele são mais ágeis, te obrigando a ficar naquela mesma posição. Mesmo que não consiga olhar o rosto do uruguaio, você sabe que ele está com aquela expressão convencida, os lábios alongados naquele sorriso ridículo de sempre. A vontade de fazê-lo comer poeira borbulha na boca do seu estômago.
"Como é?" 
"Não precisa fingir que você não quer sair na minha frente, nena," ele ri, fazendo aquele arzinho bater contra a sua nuca de novo, "Dá pra ver pela sua cara que você tá se mordendo pra contrariar todo mundo. Mostrar serviço, que você é capaz… tem uma xuxinha aí?"
Com a pergunta inesperada, você se pega soltando a respiração que não percebeu prender. Bufando, puxa o elástico do próprio pulso e o entrega para o piloto, sentindo as bochechas queimarem em um misto de frustração e vergonha por ser tão fácil de ler. 
As mãos dele se movem rapidamente agora, finalizando a trança ao amarrar a xuxinha, prendendo as pontas. 
"Se preocupa não. Você vai se dar bem," ele te diz, colocando a mão em seu ombro e te fazendo virar para encará-lo. Você mal consegue compreender o turbilhão de sentimentos que explodem no seu peito ao vê-lo sorrir daquele jeito. Caçoando de você, a mão traça um caminho fervoroso, roçando sob a pele do seu pescoço, até a sua bochecha. Os dedos tamborilam ali, como se ele estivesse se proibindo de te dar um tapinha, "Só não vai ser melhor que eu". 
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