Tumgik
#derem and emily
bimafe · 4 months
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emily: only an idiot does that.
derek: hey! i do it all the time.
emily: exactly;).
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falliturvisio · 7 years
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"Dizem que virgens que choram sangue são consideradas milagres, então posso deduzir que a filha da minha vizinha deve ser santa, pois sangra de três a quatro vezes cada vez que o padrasto a toca. Ela tem 9 anos. Nenhuma igreja quis canonizá-la e ninguém acreditou nas historias delas. O medo costurou seus lábios com linhas feitas de vergonha e confusão e ela que adorava a Disney se transformou na princesa Anastácia. Seu silêncio era uma burca, tão brutal quanto mutilação genital. Ela era Asha Haji Elmi e sua libido foi cortada centímetro por centímetro com um pedaço de caco de vidro. O bicho papão existe e morava no quarto ao lado. Cada vez que ela via seu padrasto se aproximar, era Emily Davison vendo o cavalo do rei Jorge V no Derby Epson Downs. Seu voto era por castidade e ela se jogaria na frente do animal sem pensar. Cada vez que ele a tocava, seus músculos em espasmos se transformavam em um prisioneiro de Auschwitz e escreviam em sua carne: se existir um Deus, quando eu chegar no céu, ele terá que me pedir perdão de joelhos. Cada vez que chorava, era Hasnah Mohamed Meselmani e suas lágrimas de cristal refletiam todas as mulheres que já quiseram ser um copo de cerveja, ao perceberem que essa era a única coisa que seus parceiros seguravam com carinho. Às vezes pensava que Deus e a Morte estavam jogando baralho, pois nenhum dos dois lhes dava atenção quando ela os chamava. Jack Estripador teria mais compaixão e se morrer significasse se esquecer, a paz seria uma amnésia eterna. Ela gostava de maquiagens, por isso, viu o punho do seu padrasto pintar em seu rosto sombras em tons de lilás que nem Djavan imaginou quando escreveu a canção. A cor púrpura foi inspirada em seus hematomas. Alice Walker vivia em suas cicatrizes. Sua esperança era Waris Dirie e queimava em seu peito como pontas de cigarro. Ela era uma flor no deserto, cujo olhar foi Abeer Qassim Hamza na frente dos 5 soldados americanos, que a transformaram numa nota de rodapé nos autos dos crimes de guerra. Ninguém perguntou, nós não falamos. Iraque devia ser seu quarto, pois nada do que aconteceu lá o mundo ficou sabendo. Suas unhas eram teboris, com elas criou verdadeiras obras de arte na tentativa de arrancar da pele o cheiro do seu padrasto. Seus sonhos, tratados como as bruxas de Salem na inquisição queimavam como o edifício Joelma e ela sabia que havia perdido mais um pois, por dentro, queimava como fogo e por fora pingava denso como cera de vela. Ouvir sua voz era o mesmo que ver Helen Keller brincando de soletrar, sua tristeza era tão grande que era como se suas palavras fossem pingos de tinta num copo cheio de lágrimas. A mágoa diluiu tanto seu timbre de voz que suas cordas vocais tiveram que aprender a linguagem dos sinais. Mas cada vez que falava NÃO, era como se Joana Darc berrasse ao mundo a história das irmãs Mirabal no meio da Marcha das Vadias, era o coro das Las Mariposas contra Trujilo e era Rosa Parks se recusando a se levantar dentro do ônibus Montgomer. Mas cada vez que dizia NÃO, era Nisia Floresta escrevendo conselhos a minha filha. Era Madonna e Valesca cantando sobre liberdade sexual da forma mais explícita possível e era 400 mulheres no Miss América queimando seus sutiãs Mas, numa paz talibã, cada vez que dizia não, seu coração, que era Maria da Penha, se transforma em Amina, a afegã, e o apedrejamento foi inevitável. Cada tapa soava como as trancas das portas da fábrica de tecidos Cotton, e hoje, 8 de março, ela morreu sufocada..
Silencio não é consenso. Sua história se repete em outras casas, em outros corpos, em outras comunidades, em outras mulheres. Ela é a jovem indiana condenada a ser estuprada pelo crime de se apaixonar. É a garota em Nova Deli que foi violentada num ônibus e atirada dele em movimento em 2012. Ela é uma saia menor e a idéia imbecil de que o estupro é ou foi culpa dela. E ela é as vítimas da violência doméstica, cujo as queixas morrem como as mesmas, na sombra do esquecimento, em silêncio e beirando a inexistência.
Entender feminismo, é mais do que entender que a cada seis minutos uma mulher é estuprada, que a cada 18 segundos uma mulher é espancada ou que três em cada quatro mulheres vão ser vítimas de pelo menos um crime de violência durante toda a sua vida. Entender o feminismo, é entender que algumas mães fazem papel de pais por que um homem não foi homem suficiente. É entender que o termo sexo frágil só seria utilizado caso vasos de porcelana transassem, e que a cólica da TPM é uma dor reflexo causada pela postura curvada que vocês ficam por muitas vezes carregarem o mundo nas costa.
Entender o feminismo, é compreender que viemos de uma mulher. É entender a história da sua mãe. É ver que mulheres são capazes de despertar a inveja em Shiva, pois o que fazem com dois braços, Shiva não faria com cem. Feminismo é entender que a vida de cada mulher é uma luta e que a história de cada uma seria capaz de ensinar para as árvores sobre o que é ser raiz.
Entender o feminismo, é compreender que machismo é o reflexo da insegurança do ego masculino e que impotência não é quando falhamos como homem, é quando falhamos como ser humano. Roupa jamais definiu caráter e que, onde o não termina, não necessariamente começa o sim.
Se Eva nasceu da costela de Adão e a costela existe para proteger o coração, feminismo é quando entendemos que essa causa é nossa, pois fomos feitos pela mesma mão. É quando a revolução tira a maquiagem e se apresenta como veio ao mundo: linda E é quando entendemos que, se gerar vida é um dom divino e toda mulher é capaz de ser mãe, podemos deduzir que putas e freiras podem ser santas, afinal, aquelas que não derem a luz com seu ventre certamente o farão com seu coração!" MARCELO GUGU
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