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Que quadrinho sensacional. É dessa forma que abro essa pequena resenha a respeito de Feliz Aniversário Minha Amada. Brão Barbosa nos mostra em poucas páginas o que uma pessoa é capaz para obter aquilo que supostamente ama. Sadismo exacerbado e uma pitada de humor negro compõe o enredo que possui uma conclusão de explodir a cabeça. Pois é, poucas páginas e uma história tão adulta e intensa. Eu confesso que não conhecia o trabalho do autor, mas depois dessa leitura, ficarei de olhos bem abertos e já tô feliz que já tem mais material dele na pilha de leituras. #BrãoBarbosa #Brão #FelizAniversárioMinhaAmada #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #Nerd #Geek #InstaHQ #Leitura #Read #MinhaEstante #AfroNerd #EquipeSuperAmigos #AfroNerdLeiturasNacionais
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Dois amigos, uma adolescência complexa e alguns anos de distância, é assim que a base de Garotos do Reservatório estabelece sua narrativa. Hector e Victor se conhecem em uma situação inusitada, mas muito realista e dali pra frente, muitas experiências passam a ser experimentadas. Victor é um garoto comum, que sofre com a ausência dos pais, enquanto Hector claramente tem problemas de relacionamento com os pais dele. Essa ausência permite que os garotos tomem escolhas que mudam completamente suas vidas. A HQ se baseia no presente e no passado dos personagens, sempre indo e voltando, para que o leitor possa entender como é porque certas coisas aconteceram. A narrativa, que foi feita pelo iniciante Celio Cecare está ótima e muito humana. As falas dos personagens estão mais próximas de um papo de adolescentes do dia a dia e não aquelas falas roteirizadas artificiais. A história como um todo, inclusive sua conclusão, são muito sensíveis, nos mostrando que mesmo as pessoas que cometem os piores erros, podem também fazer escolhas boas ou de caráter altruísta. A arte do já experiente Fábio Cobiaco funciona perfeitamente bem para a trama da HQ. Suja, com traços simples e mais retos, passando até uma sensação agressiva, Fábio transparece através de seu traço, as nuances que o quadrinho precisa apresentar ao leitor: violência, crueza e por vezes ambiguidade no olhar dos personagens para com seus verdadeiros sentimentos. Enfim, este foi um ótimo lançamento do cenário nacional de 2018, e vale a pena sua atenção. Uma história forte sobre amizade e consequências de nossas escolhas, escritas por uma dupla que torço pra desenvolverem mais trabalhos juntos! #GarotosdoReservatório #EditoraMino #CelioCecare #FábioCobiaco #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #Read #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/BtUTlqNgLRp/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=cud98y2d6jyh
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Maré é aquele tipo de quadrinho que logo em suas primeiras páginas já diz a que veio. Questões profundas e dramáticas tomam conta do roteiro da primeira HQ de Edson Bortolotte. Jonas é um rapaz que busca em um ser improvável, uma vida cheia de sonhos e um futuro amoroso. Mas não tarda para que ele perceba que quando se tenta quebrar as leis naturais, há um preço considerável a ser pago. A narrativa vai e vem o tempo todo, permitindo assim que o leitor menos atento, se perca na linha temporal dos acontecimentos. Ainda assim, por centralizar a história apenas em seus dois personagens, a questão acaba por não ser um grande problema narrativo. O simbolismo intrínseco na história é muito belo e notável: o amor que tenta superar todas as adversidades, mas o que mais chama a atenção é a belíssima arte de Edson. Os traços, as cores, o estilo, tudo é incrível. Esta é a primeira HQ do autor promissor e certamente não ficará por aí. Se você também quiser ser conduzido pela maré de Bortolotte, a CCXP será sua chance. #Maré #EdsonBortolotte #HqNacional #ArtistAlley #CCXP18 #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #InstaHQ #InstaLeitura #Leitura #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/Bq3A_4wAzus/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=fei1rbj4q9i5
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Naturalmente envolvente, Aya de Yopougon é um dos quadrinhos mais diferentes e cativantes da maratona AfroPower. Escrito por uma mulher da Costa do Marfim chamada Marguerite Abouet, no quadrinho acompanhamos a vida de Aya, uma garota jovem, estudante e com um futuro promissor. Tudo muda na vida dela quando as amigas começam a tomar decisões ruins, baseadas na criação tradicional que obtiveram. E apesar de não estar relacionada diretamente aos problemas, Aya se vê no centro de tudo isso, já que tem o sonho de ser médica, numa sociedade que os estudos avançados são ligados diretamente à figura masculina. A HQ procura trabalhar características sociais de Yopougon, seu dialeto, que é bem apresentado nos balões de fala e nos extras. Conceitos muito importantes também são abordados, como a gravidez na adolescência, machismo e uma realidade pouco explorada em qualquer mídia, sobre o que realmente acontece nos países africanos como Costa do Marfim. O quadrinho é desenhado pelo francês, Clément Oubrerie que aqui tem uma arte simples de entender, fino e com cores muito vibrantes, características africanas. Orna bem com a narrativa, contribuindo pra naturalidade da trama. Por fim, Aya de Yopougon é um quadrinho desconhecido por muitos e que tem muito a dizer. Este é apenas o primeiro volume da trama da jovem sonhadora e ela merece sua atenção. #MargueriteAbouet #ClémenteOurbrerie #Ayade Youpong #AfricanComics #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #Book #Livro #InstaHQ #Leitura #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd #AfroPower https://www.instagram.com/p/BqyHOv5gz-c/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=c29egu0izx0w
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Vamos novamente entrar no mundo da música na maratona, mas desta vez com o bom Blues de um dos músicos mais importantes do estilo: Robert Johnson. Podemos começar pelo fato que este quadrinho é mudo, o que contradiz por ser uma história de um músico, mas que não torna menos pesada e dramática a história de Johnson. A HQ apresenta ainda que brevemente a vida do artista com sua mãe e um padrasto carrasco, abusador e agressivo. Apesar de seus esforços, Robert não consegue ajudar a mãe. Impedido de simplesmente encostar no violão, agredido e vendo sua mãe sofrer o pão que diabo amassou, Johnson decide então fazer do diabo seu aliado e livrar sua mãe daquela vida. Com uma narrativa muito rápida, porém densa, Alcimar Frazão nos apresenta partes da vida do bluesman, que deu início a famosa lenda dos astros que morrem aos 27 anos, devido ao suposto pacto com o diabo. Apesar de tudo, "O Diabo e Eu" apresenta apenas um pedaço da vida do músico, sendo por vezes subjetivo, mas muito bem auxiliado pelos traços icônicos do quadrinho. Se atendo aos traços, Frazão busca referência direta em Lourenço Mutarelli, com uma arte mais suja, carregada de tonalidades pretas. E o acanemto gráfico dado pela Editora Mino, com hotstamp no título da capa e a impressão da arte que dá um certo relevo e textura diferentes, embelezam ainda mais o quadrinho. Além disso os extras dos artistas convidados são incríveis. O Diabo e Eu é um quadrinho curto e objetivo. Talvez não agrade tanto leitores mais acostumados com o mainstream, mas só pela arte já vale o risco. #ODiaboeEu #AlcimarFrazão #EditoraMino #RobertJohnson #Blues #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ#Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #Read #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd #MaratonaAfroPower https://www.instagram.com/p/BqQlaCggU_p/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1rfiyhinjhgs7
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Cumbe é um quadrinho que já figurou no feed do AfroNerd, mas relembrar esta obra ganhadora de prêmios como Eisner, HQ Mix e inclusive seu autor, nunca é demais. A narrativa utiliza de personagens únicos contando diversas histórias sobre possíveis acontecimentos daquela época. Drama, vingança, violência e logicamente a força dos escravos é demonstrada com maestria. É incrível como D'Salete ensina História contando histórias. A forma como D'Salete conta sua antologia é muito bem elaborada e intrigante. Há vários pontos de vista diferentes e histórias menos comuns entre os vários contos incluso nesta publicação. Uma coisa que enriquece a obra para mim foi ter visto Marcelo D'Salete discursar sobre quadrinhos com contexto histórico, onde ele explicou com mais detalhes sobre o desenvolvimento de Cumbe e Angola Janga. Ambos foram fruto de bastante estudo e o resultado é fantástico. O dicionário de símbolos, os elementos culturais, tudo foi bem formatado. Ainda que seja uma das muitas interpretações possíveis daqueles tempos, mais uma vez D'Salete acertou na forma como conta sua história. Se você curte quadrinhos com contexto histórico, tanto Cumbe como Angola Janga são pra você. #Cumbe #MarceloDSalete #Veneta #Angola #Cultura #História #Escravidão #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #Book #Livro #InstaHQ #Leitura #Read #AfroPower #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/Bp7_aSaAAH8/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=g7zt7o2x77pn
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Provavelmente a maior parte dos leitores conhecem o Marcelo D'Salete de histórias mais vinculadas a escravidão, mas aqui temos uma obra mais urbana do autor. Encruzilhada é uma antologia dentro de uma comunidade de periferia, no qual acompanhamos os cidadãos passando por diversas coisas cotidianas. Abuso de autoridade, criminalização, drogas, pirataria etc. D'Salete trabalha esses problemas sociais de maneira bem realista, dando um tom de "a vida como ela é", e que justamente nos faz pensar exatamente o que escrevi acima: coisas cotidianas, ou seja comuns. A crítica que levanto através desta obra é justamente, o quão deveria ser considerado anormal pessoas viverem dessa maneira criminalizada, em pro de um sistema que privilegia poucos. Diversas situações deprimentes são relatadas no quadrinho, que possui um traço simples, já característico do autor. Mas que acaba sendo em alguns dos contos, um tanto quanto confuso. No fim, Encruzilhada acaba sendo uma crítica social com boas histórias muito bem construídas em alguns casos, e outras nem tanto, mas que para mim não diminuem a experiência da leitura. Ainda que com alguns deslizes nesta publicação, Marcelo D'Salete se mantém com uma das grandes referências em HQs com temática racial. #Encruzilhada #MarceloDSalete #EditoraVeneta #Veneta #Afro #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #AmoLer #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd #MaratonaAfroPower https://www.instagram.com/p/Bp5cmYfA9Ux/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1o80vbcpda1kq
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Esta HQ não podia ter sido publicada num momento tão oportuno. Uma adaptação da obra de George Orwell, feitas pelas mãos do autor nacional Odyr, a Revolução dos Bichos é uma obra de relevância histórica essencial e sua versão em quadrinhos não é diferente. A premissa da obra é que os animais cansados de serem destratados pelo seu dono, Sr. Jones decidem assim desenvolver uma revolução, pós o incentivo de um porco chamado velho Major. Conquistada a sua vitória e suposta liberdade, não tarda para os animais perceberem que algo errado na nova administração está acontecendo, já que os porcos, tidos como animais mais inteligentes começam a gozar de certos privilégios. A obra original foi escrita por George Orwell, concebida como uma crítica a regimes totalitários, sendo então possível de identificar diversas referências a figuras históricas nos personagens da trama. Praticamente uma publicação atemporal, a HQ é bem didática ao apresentar a ascensão do totalitarismo. Engrandecendo a obra temos a adaptação e arte de Odyr, que aqui arrasa com sua arte em tinta acrílica, que não só da vida a obra, mas transparece claramente os sentimentos dos animais. Desde a tristeza, espanto, cansaço e até alegria, as cores e feições são muito bem desenhadas dando o tom certo para cada cena. A narrativa é de fácil leitura, sendo até que rápida por sinal e a Quadrinhos na Cia deu um acabamento sensacional pra publicação, com direito a hotstamp na capa e arte que se expande formando uma ilustração excepcional. Enfim, A Revolução dos Bichos segue como forte candidata a melhores do ano, não só por se um clássico importante, como também por possuir a combinação de narrativa e arte esplêndidos. Super indico a aquisição, não haverá arrependimento na minha opinião. #ARevoluçãoDosBichos #GeorgeOrwell #Odyr #QuadrinhosnaCia #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #Book #Livro #Bookgram #InstaHQ #Leitura #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/BpdT9-jgoXt/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1rqmoz4mn3k8n
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Rafael Torres traz através de Melina, uma história sobre traumas passados e como os mesmos afetam nossas vidas em situações próximas. Melina é uma mulher que sofre com pesadelos de um passado conturbado, não direi exatamente do que se trata o sonho para não estragar uma possível experiência de leitura. Logo ela se vê na obrigação de confrontar seus medos para superar as angústias do passado e viver sua vida plenamente. A HQ é bem curta e sua proposta apesar de profunda é resolvida de forma rápida demais, sem grandes aprofundamentos, coisa no qual eu senti um pouco de falta. Ao término da história, você entende o porquê dos pesadelos estarem acontecendo especificamente naquele momento, mas falta detalhar um pouco mais a relação da personagem com seus medos, assim como sua origem. A arte, que aqui também é assinada por Rafael Torres está muito bela, com uma paleta majoritariamente de tons frios e variações de azul, que certamente é pra representar um pouco da tristeza carregada pela personagem devido aos pesadelos que a atormentam. Enfim, o saldo acaba positivo, até porque este é o primeiro álbum publicado de forma independente pelo autor. Certamente iremos ver Torres brilhar muito mais no cenário da nona arte nacional. #Melina #RafaelTorres #QuadrinhoIndependente #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/BoxeCyFHgaS/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=9f8zav5wutxy
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Apesar de ser a primeira publicação, eu finalmente terminei a trilogia das cores de terror da Draco, com O Rei Amarelo. Confesso que gostei muito da publicação logo de cara, pois o roteiro de 6 das 8 histórias me agradou muito. Sempre tive dificuldade em me conectar com histórias de terror, talvez por achar que elas deveriam me amedrontar, coisa que nunca aconteceu, mas acredito ter aprendido a apreciar esse tipo de história, devido a narrativa ser envolvente e neste caso fascinante. Apesar de seis terem me cativado, três deles eu achei realmente muito bons: Fantasma na Máquina com roteiro e arte de Pedro Pedrada devido a crítica social e terror contemporâneo, A Boneca com roteiro de Tiago Zanetic e arte de Lucas Chewie, por causa do horror e brutalidade dos acontecimentos e por fim Maldita Rotina de Airton Marinho e arte de Marcos Caldas, pelo teor pesado e sem sentido lógico que leva o protagonista a cometer seus atos. Ficando por último, mas como o protagonista principal, o acabamento e arte da Draco, já característico dessa até então, trilogia. Os traços amarelos, brancos e pretos são um deleite aos olhos em praticamente todas as histórias. Os artistas são muito bons. Enfim, eu espero que haja mais cores nesse arco-íris de terror da Draco Editora. #OReiAmarelo #RobertWChambers #Horror #Terror #EditoraDraco #Carcosa #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ#Quadrinhos #Comics #ComicBook #Book #InstaHQ #Leitura #Read #AmoLer #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/BosSRPunrNe/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1bmskq6atcwuk
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Vencedor do 29° Troféu HQ Mix como melhor publicação independente e um dos destaques de 2016, Opala 76 de Eduardo Ferigato traz em seu roteiro uma puta história de violência e herança, com o clássico carro como símbolo principal. Desenvolvido como homenagem ao pai do autor, que era um homem que tinha muito apreço pelo carro Opala, a HQ conta a história de Dario, um homem que trabalha para a família Braga. Em serviço o rapaz se mostra frio e calculista, motivo do qual é o orgulho do patrão, até que ele se dá conta que seu trabalho pode ser muito mais cruel do que imagina. Logo ele abandonar sua vida de pistoleiro, mas ele perceberá que o passado não pode ser tão facilmente esquecido. O quadrinho possui um roteiro na medida, pois apresenta bem seu protagonista, seus traumas e as consequências que suas ações passadas trouxeram a sua vida. A história também faz muita referência aos tradicionais filmes de ação, onde a vingança é elevada a seus limites. O clímax da obra é muito bem desenhado por Ferigato, que aqui comanda roteiro e arte. A violência sem limites é o estopim que eleva a obra a um realismo de reação humana (quando já há aquela pré-disposição). Com relação ao carro, que deveria aqui ser parte fundamental da história, é mais um objeto catalisador do retorno ao passado, do que co-protagonista. Porém, apesar de tudo cumpre seu papel na história. Esta HQ é mais um exemplo de que temos uma variedade enorme de obras nacionais de qualidade com os mais variados temas. Objetiva em seu argumento, a obra foi uma baita estreia solo para Eduardo Ferigato. Espero ver mais materiais deste nível do autor. #EduardoFerigato #Opala76 #ProacSP #HQMix2017 #QuadComics #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/BokjOxOnUta/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=7jpadjm426p
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Castanha do Pará é uma obra fantástica! Não só pelo fato de ser premiada pelo prêmio Jabuti, ou pela belíssima arte. Aqui a narrativa é o carro chefe que nos transporta de onde estivermos, para as ruas de Belém do Pará. Gidalti Jr conseguiu através desta digníssima publicação, contar uma história comovente de um jovem garoto da periferia de Belém do Pará, que devido a diversas situações vai parar nas ruas, situação corriqueira que não é particular apenas de norte, como em diversas outras regiões do país. Mas a habilidade de nos fazer se sentir no Pará é impressionante. Gidalti cria aqui uma série de diálogos muito realistas (são coisas que uma pessoa realmente diria, não falas novelescas artificiais), que se sustentam nas gírias, regionalismos e particularidades da cultura paraense. Não só os diálogos estão representam muito bem, como a arquitetura da cidade é lindamente homenageada nas páginas do autor, que mistura aquarela com belo traço de lápis 6B, que dá um brilho nos olhos. Se você já visitou Belém, certamente irá reconhecer locais e a infraestrutura apresentada. Mas, como citei no início, o maior ponto forte pra mim é o roteiro. De maneira muito pesada, Gidalti apresenta temas como violência doméstica e aspectos da vida de um jovem de rua e o que esses garotos passam, enquanto sofrem os perigos das ruas e ausências de coisas básicas. O quadrinho também se permite ter uma liberdade fantástica em pontos chave, e são onde a arte brilha ainda mais, além das várias metáforas que são possíveis de serem encontradas na história, por começar com a cabeça de urubu do protagonista que se relaciona diretamente ao abandono. Enfim, Castanha do Pará certamente é uma grande obra do nosso quadrinho nacional. Se tivesse lido antes, bem provavelmente estaria inclusa entre os melhores que li em 2017. Vale muito a pena o investimento (ainda mais agora que está sendo republicado pela Sesi). #CastanhadoPará #GidaltiJr #SesiSPEditora #Jabuti #BelémdoPará #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #Book #ComicsCollection #InstaHQ #Leitura #Read #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd https://www.instagram.com/p/BoAi3gin6ya/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=11meczrvocin5
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José Aguiar me fez sofrer durante minha leitura de "A Infância do Brasil". Em pleno dia da Independência, um quadrinho que reconta trechos da história brasileira através de pontos de vista diferentes e épocas distintas não poderia ser uma escolha melhor! O quadrinho publicado pela Avec Editora em 2017, trabalha muito bem sua temática, porém com sabor agridoce, pois a cada conclusão de capítulo você fica com o coração apertado, quando enxerga para onde estamos indo com os cidadãos que deveriam ser o futuro: as crianças. Cada conto se passa em um período e conclui-se com um trecho que terá sua importância no final. Não só dividido por períodos, a HQ também trabalha tópicos específicos em cada época, amarrando assim, tudo para sua conclusão excepcional. Durante leitura quase todos os contos me emocionaram, mas, um em questão me deixou muito comovido, que foi o "Reter - Século XIX", no qual é trabalhada a temática do racismo e direitos humanos de uma criança negra e sua mãe escrava. Esta imersão nas páginas de "A Infância do Brasil" faz questionar diversos pontos da importância do dia da Independência. Colonizados por europeus, ignoramos nossa própria cultura por diversas vezes em detrimento de outras, alguns comemoram a perda de patrimônio cultural como se a história não fosse importante para se construir um futuro melhor e estamos mais preocupados com o medo desenfreado do que com a educação da sociedade, e consequentemente de nossas crianças. São muitos pontos de reflexão que entrelaçam a obra de José Aguiar e a realidade que vivemos. Seria possível discorrer diversos outros pontos abordados na HQ aqui, mas acredito esta é uma publicação que deve estar em sua pilha de leitura. Para que você possa fazer sua própria reflexão sobre o que a infância brasileira dirá do futuro do nosso país. Obrigado a Avec Editora, por ter me enviado a obra e logo mais terá sorteio de um exemplar pra galera. #AInfânciaDoBrasil #JoséAguiar #AvecEditora #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #Livro #Cultura #CulturaBrasileira #NonaArte #InstaHQ #Leitura #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/BncKBkVHcHp/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=mogo30taayl3
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A primeira coisa que vou dizer de Ramthar é que se você curti ação, violência e um traço bem feito composto de luz e sombra em PB, esse quadrinho vai te agradar. Curto e objetivo, Ramthar é um sobrevivente num mundo pós apocalíptico, estilo Mad Max (que aqui serve de muita inspiração). Em sua peregrinação há apenas um objetivo: se vingar do assassinato brutal de sua mãe. Tudo acontece muito rápido, até porque o quadrinho tem apenas 84 páginas. Logo, não espere um roteiro robusto ou muitos balões de fala. O que certamente engrandece a obra é a arte, aqui colaborativa entre Mike Deodato e Mozart Couto. A dupla brasileira destrói com seu traço fino, detalhista e em preto e branco. Uma curiosidade é a história no qual o personagem em questão foi concebido. Uma criação original de Deodato Borges (pai de Mike Deodato). Pai e filho inauguraram o personagem em o que poderíamos chamar de um zine humorístico (incluso nesta edição), e que posteriormente fora resgatado para compor essa nova história. Ramthar funciona como uma HQ de ação, ambientada num cenário Sci-fi. Nada grandioso, mas serve como uma leitura rápida de entretenimento. #AfroNerdSciFi #MikeDeodato #MozartCouto #Ramthar #MadMax #Mythos #MythosEditora #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #Read #AmoLeitura #SciFi #LeiaSciFi #MaratonaPopTwo #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/BnCkHDIn-0D/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=h1e6kqvznlg0
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Vou confessar, essa HQ é uma viagem muito louca. Baseado na vida de William S. Burroughs, o quadrinho que apesar de tudo não é uma biografia, retrata alguns dos principais acontecimentos na vida do artista, desde o tiro acidental em sua esposa até a redenção na literatura. Pra começar, existe um motivo pra eu achar este quadrinho uma viagem, pois o autor que adaptou a obra, João Pinheiro, utiliza aqui diversas referências a obras escritas por Burroughs que para um leitor como eu que não as li, não pude desgustar plenamente de todas elas. Na história, após matar acidentalmente sua mulher com um tiro na testa, William Burroughs mergulha no mundo das drogas até que depois de um tempo, o mesmo se vê no meio de alucinações, criaturas bizarras e uma busca pela própria redenção. Praticamente não linear, a HQ possui um tom melancólico ao mesmo tempo que alucinante, já que você viaja junto ao personagem nas loucuras que ele se depara. Os traços e cores selecionados para compor a arte não podiam ser diferentes. A escolha do azul, um tom frio e comumente associado a tristeza junto ao traço bem detalhado, sujo e muito carregado fazem uma combinação perfeita para a viagem alucinógena ser garantida. Enfim, ao concluir a leitura o gostinho que fica é desconfortante, pois apesar das metáforas utilizadas, estamos lendo sobre uma pessoa real que passou por tudo aquilo, mesmo não exatamente daquela forma, mas próximo daquilo. Talvez não seja uma HQ pra muitos, mas ainda que muito louca, valeu a pena viajar pela cabeça de Burroughs, ao menos uma vez. #Burroughs #WilliamBurroughs #JoãoPinheiro #Veneta #HqNacional #QuadrinhoNacional #HQ#Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #Read #AmoLer #MinhaEstante #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/Bm4WRj6HsGq/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=wzbcow5u54zy
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Divertido e inocente, Bem Melhor Agora é um quadrinho com uma pegada infantil muito cativante. Contando as peripécias de um diabinho bonzinho que precisa passar por uma jornada pra ajudar sua irmã e de uma anjinho ranzinza, que tem como última missão ajudar o jovem diabinho, a HQ transborda simpatia, principalmente de seus personagens centrais. A história apesar de simples, é bem articulada, ainda mais porque seu público alvo é jovem. Mas Isaac Tiago não subestima seu leitor apesar disso, pois durante a narrativa, alguns pontos importantes são tocados como a aversão ao diferente, as mudanças de nossos papéis pré-estabelecidos na sociedade, morte prematura e até mesmo o equilíbrio do ser vivo que indiferente do que pensamos, sempre possui pontos positivos e negativos (vide o lado ranzinza do anjinho Gin). Tudo isso acontece d maneira branda, apesar da complexidade dos tópicos. A arte de Isaac Tiago é digna de merecer uma animação. Sério! Ler este quadrinho é como se já estivéssemos assistindo as aventuras de Gin e Bin. Os traços finos e a colorização são destaques a parte, que vão além da qualidade da narrativa. Por se tratar de uma HQ infantil, foi uma baita surpresa, certamente seria algo que eu recomendaria para meus sobrinhos e/ou para um grupo de leituras escolar para crianças. Ou até mesmo pra um adulto que gosta de histórias descontraídas, Bem Melhor Agora é um prato cheio. #BemMelhorAgora #IsaacTiago #HQInfantil #HqNacional #QuadrinhoNacional #MicoTrico #HQ #Quadrinhos #Comics #ComicBook #InstaHQ #Leitura #Read #AmoLer #AfroNerdLeiturasNacionais #AfroNerd (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/BmcFRwLH_kn/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=xfufc4yjmnkq
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