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#Pintura contemporânea
ana-goncalves · 2 years
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Júlio Pomar, Imitado de Um Vaso Grego, 1991
Fonte da imagem: Júlio Pomar, A Comédia Humana (catálogo da exposição), Lisboa, Centro Cultural de Belém, 2005.
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arlindenor1 · 9 months
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Balão Vermelho - Paul Klee ( 1879-1940 )
Tela de Paul Klee de 1922. Luiz Carlos de Oliveira E Silva
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escolhidos-escritos · 3 months
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Bouquet, 2009 ( Catalogue Raisonné: 908-1) Gerhard Richter Óleo sobre tela, 60x88,5cm
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japonesices · 1 year
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Lisboa - Museu Nacional de Arte Contemporânea by jaime.silva
exposição Veloso Salgado (1864-1945) de Lisboa a Wissant
Veloso Salgado (1864-1945), "Sunhitá - Arquitecto japonês", 1891
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concha-de-venus · 2 years
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Tybyra y çacoaimbeguira
Acrílica e guache sob tela / Acrylic and gouache on canvas
40 x 60 cm
2022
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filipefrancoworks · 26 days
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Ao alcance do olhar 4#, 38x90x53 cm. (+-), carvão s/papel, 2022
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Ao alcance do olhar 8#, 48x13x16 (aprox.) cm., cal stécnica mista 2021
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Ao alcance do olhar 15#, 154X88 cm., carvão spapel, 2023
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momaie · 1 year
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AMAP realiza a primeira “Vernissage e Leilão de Artes” de Mariana
AMAP realiza a primeira “Vernissage e Leilão de Artes” de Mariana
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klimtjardin · 8 months
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Tipos de amor com NCT
Parte 2
OT23
{isso é ficção!}
Doyoung
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Telefonar para ouvir a voz do outro. Rivalidade de primeira, admiração em seguida. Encontros para tirar sonecas. Bichos de pelúcia como presente de aniversário de namoro. Mindinhos unidos e um par de promessas românticas. Melhores amigos para a vida toda.
Ten
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Encontros em cafés com gatos. Tinta a óleo espessa em uma tela. Passeios por galerias contemporâneas. Rir da barriga doer, apertar as bochechas um do outro. Noites insones em que abrem o coração um para o outro.
Jaehyun
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Amor à moda antiga. Cartas escritas à meia-luz. Atos de gentileza, como segurar sua mão para te dar equilíbrio ao subir e descer escadas. Ouvir vinis juntos e dançar na cozinha. Conversas de madrugada regadas a vinho tinto. Beijos na comissura dos lábios. Perfumes que impregnam.
Winwin
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Amor ingênuo. Rodar de mãos dadas. Explosões de gargalhadas, cócegas na barriga. Pentear com os dedos o cabelo do outro. Pinturas impressionistas em tons pastéis. Correr em um campo de lavandas.
Jungwoo
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Verão. Amarelo queimado, verde limão. Vestidos rodados. Filhotes de cachorro. Andar de lambreta por um vilarejo com ruas de pedra. Milkshake de morango com uma cereja no topo. Passar tardes zanzando sem planejamento, de mãos dadas, descobrindo lugares.
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lunaverrse · 8 months
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020, mason & alice.
SET THE SCENE
aceitando
Mason & Alice : feat. @farewellnevrland🌸
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Não era uma grande novidade que Mason não tinha grandes habilidades em analisar obras de arte ou qualquer coisa do tipo. Assumir isso assim, sem pensar demais nas consequências, era um risco que ele gostava de correr. Como é que um ourives, um homem que trabalhava diretamente com a criatividade, poderia assumir tão facilmente uma coisa daquelas? Bom, ele não via problemas. A não ser que quisesse impressionar uma garota, como era o caso naquele exato momento.
O Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea era um lugar magnífico, repleto de história e cultura, e fazia parte do tour que os dois estavam percorrendo, nas cidades em que passavam. Entre museus de história, de arte e demais temáticas, ele sempre notava o interesse dela pelas pinturas. A mulher tinha um entusiasmo de se admirar, caminhava pelas salas espaçosas e sempre parava para observar alguma peça histórica ou obras de arte em exposição. O inglês tentava acompanhar de perto, mas admitia que era difícil se mostrar um cara de bom papo naquele tópico.
A situação mudou um pouco de figura quando chegaram perto do famoso Portrait of a Beauty, o pequeno quadro que ficava em um canto mal iluminado do museu e que não oferecia muito alvoroço aos que não conheciam o êscandalo de falsificação mais famoso do país e que envolvia não apenas o próproprio museu e uma grande artista coreana, como funcionários de alto escalão do governo e outras figuras públicas. Mason só sabia de tudo aquilo por meio do avô, diferente dele, um grande apreciador e conhecedor das artes e que havia contado tudo o que sabia sobre o caso. Munido de informações e disposto a chamar a atenção da mulher naquele dia, no maior estilo curador de arte, o Kwon cruzou os braços sob o peito e, alguns segundos depois, apoiou o queixo entre o polegar e o indicador da mão direita. Um legítimo apaixonado pelas artes, não?
Ali ele ficou, por longos minutos, imaginando que estivesse impactando algo ao redor com sua postura. Foi apenas quando virou o rosto para fazer um comentário espertinho, e que havia sido devidamente ensaiado nos últimos dez minutos, que notou Alice logo ao seu lado, parada e admirando o mesmo quadro com uma expressão que denotava o maior dos interesses. Apenas o olhar dela já era mais profundo do que todo o circo que Mason havia armado ali, e ao ourives, restou uma risadinha meio sem jeito, meio resignada. Ele relaxou um pouco o corpo e se aproximou dela, passando o braço direito ao redor de seus ombros, em um gesto que se pretendia muito mais confortável e acolhedor. — É lindo, não é? — Tinha ensaiado um tanto de palavras mais complexas para dizer, mas já tinha entendido que não havia necessidade nenhuma, o que bastava era o sentimento que ela colocava no momento e em cada nova visita que ele tentava proporcionar diariamente. Se Mason estava pensando em impressionar Alice primeiro, mal havia notado que ele mesmo já tinha sido impressionado há muito mais tempo.
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frasesdelivrosblog · 1 year
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"o céu é como uma pintura contemporânea monocromática, me atraindo com sua ilusão de profundidade, me puxando para cima."
-cidades de papel-
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ana-goncalves · 2 years
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“A ideia de obstáculo introduz o seu corolário indispensável: a ideia de desejo. Sem obstáculos, o desejo deixa de existir. Para a Psicanálise, um obstáculo é aquilo que a civilização ou cultura providencia para nos impedir o livre acesso ao prazer. Os obstáculos protegem-nos ao definirem o objecto do desejo como outro: sem o outro, o desejo confinar-se-ia a um narcisismo. Num ensaio recente e de argumentação brilhante, Adam Phillips observa que “o desejo sem obstáculos dilui-se ou torna-se incestuoso, o que é, portanto, a morte do próprio desejo: e os obstáculos sem desejo são literalmente impensáveis, ou surreais, como em Magritte as portas suspensas no ar”. Phillips demonstra a interdependência implícita do desejo e do obstáculo, residindo a eficácia deste em servir como mnemónica inconsciente do primeiro: “Sei o que quero quando vou contra o que me impede de o possuir”. De acordo com esta formulação, a satisfação é a morte da possibilidade.”
Ruth Rosengarten, “Para Além do Princípio do Prazer: O Trabalho Recente de Júlio Pomar”, in Júlio Pomar, O Paraíso e Outras Histórias (catálogo da exposição), Lisboa, Culturgest, 1994 (no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura - 1994) 
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arlindenor1 · 9 months
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Retrato de um olho direito-artista desconhecido
Retrato de um olho direito-aquarela sobre marfim,artista inglês desconhecido. Luís Carlos de Oliveira e Silva
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sanctaignorantia · 1 year
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Devil's Minion fanmades!
Voltando com mais fanmades e agora do maior casal de todos, porque sim! haha
Levando em consideração toda a agitação do fandom em relação a season 2 e as possíveis interações do Armand com o Daniel (e elas vão existir, caso contrário eu mato o Rolin Jones), resolvi fazer mais alguns fanmades de capa de livros - é a única coisa que sei fazer, perdão!
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Confesso que a qualidade nunca é boa, não sou boa com isso. Mas, na verdade, a capa com a pintura realmente ficou melhor, tenho que admitir.
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O quadro usado como plano de fundo:
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The Vision of St Peter - Tintoretto
Data: c.1556
Estilo: Mannerism (Late Renaissance)
Género: pintura religiosa
Materiais: oil, canvas
Dimensões: 420 x 240 cm
"De acordo com a lenda, uma visão da Cruz trouxe Pedro de volta a Roma, onde ele foi crucificado de cabeça para baixo. Os quatro anjos, que lembram figuras voadoras no Juízo Final de Michelangelo, têm asas parcialmente transparentes de cores diferentes. Eles podem ser os quatro arcanjos Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel, ou podem simbolizar as quatro virtudes teologais do Amor de Deus, Caridade, Fé e Esperança. Os dois anjos no topo, pelo menos, provavelmente foram pintados a partir do mesmo modelo tridimensional. Tintoretto intencionalmente coloca a chave de ouro do céu entre as coxas de São Pedro. As comédias contemporâneas não nos deixam dúvidas sobre o simbolismo erótico da chave. Foi também o tema da peça satírica La chiave (A Chave) do amigo de Tintoretto, Anton Francesco Doni. Uma vez que Pedro é claramente mostrado aqui como o primeiro papa, esta ousada piada pictórica pode ser vista como evidência do sentimento anti-papal generalizado na Veneza renascentista."
texto retirado daqui
O quadro eu escolhi de forma aleatória, juro.
O começo do capítulo em ptbr:
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sophasswagblog · 1 year
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Impressionismo é a expressão da sensação além da consciência
Sempre que ouço músicas tipicamente impressionistas como a sonatina de Ravel ou os arabesques de Debussy, e até mesmo quando vejo pinturas do gênero (em especial 'amendoeira em flores', de van Gogh) sinto como se estivesse visitando um lado muito íntimo e pessoal da minha consciência e personalidade.
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Sinto que essas obras cumprem a exata função do movimento e quase me levam à um estado de transe.
Quando ouço obras como 'un barque sur l'ocean me sinto imersa em uma realidade construída pelo compositor. A sonoridade da peça, ao mesmo tempo em que traz uma total imersão, parece construir um cenário tão leve, frágil e delicado quanto o sentimento que induz. Talvez essa seja a beleza da arte impressionista, criar cenários duradouros que provém de emoções tão únicas e específicas, mas que são tão facilmente dispersas e, em um cenário não construído, tendem a se esvair com tanta agilidade.
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Afinal de contas, esse é o objetivo do movimento. Trabalhar com a superficialidade da emoção: a impressão imeadiata
Claramente, diante de um cenário real, a impressão é rapidamente quebrada, facilmente dispersa. Talvez seja isso o que as torna tão únicas...
Acredito que um cenário é composto por vários objetos que nos levam à pensamentos e reflexões, à fortes emoções. Tudo se relaciona com algo previamente vivido. Porém, o impressionismo trabalha com a impressão imediata, com o fator sensorial. Trabalha com o que sentimos antes de verdadeiramente analisar uma cena e associarmos as suas características. Trabalha com a sensação que vai além da experiência prévia e, por assim dizer, da consciência.
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Talvez o impressionismo seja como a lembrança de um sonho marcante. Acordamos sem nos lembrar exatamente o que aconteceu, e só sabemos que queremos voltar. Ao final do dia, não haverá sequer uma lembrança do ocorrido, mas a impressão, a sensação da história vivida, permanece em nossos sentidos, e sempre causará uma saudade, uma melancolia. Sempre desejamos voltar àquele estado de meia-consciência, onde se valoriza mais o "sentir" do que o "pensar"
......
Acredito que a minha trajetória na música se iniciou pela busca dessas sensações e, até hoje, ela se faz como o principal objeto do meu estudo artístico. Sempre acreditei que a arte tivesse o poder de comunicar emoções verbalmente indescritíveis, e o contato com o impressionismo só confirma a minha teoria.
Sinto que a capacidade de induzir sensações causadas por impressões tão imediatas e superficiais nos leva à uma face mais pessoal e instintiva do nosso ser. E também acredito que, devido ao desenvolvimento da consciência humana e ao nosso papel em uma sociedade contemporânea, acabamos nos distanciando do nosso lado instintivo.
Com isso, acabamos focando demais no 'agir' e 'pensar' e nos esquecemos do 'ser' e 'sentir'
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Mas talvez, até quando sentimos, acabamos nos guiando para o pensamento. E com isso, o nível mais superficial do sentimento, a impressão, acaba sempre esquecida, e os raros devaneios que nos reconectam com essa face tão íntima e pessoal, que quase nos levam à esse estado de transe, acabam sendo raros e até mesmo incompreendidos...
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Desde que descobri o impressionismo, tomei mais consciência deste meu lado imediatamente emocional. Mas com as cobranças da vida moderna, acabo esquecendo-me deste lugar de conforto.
Porém, sempre que me dedico a apreciar com calma uma boa música ou pintura impressionista, me reconecto novamente com este lado pessoal. Um lado quase incomunicável. Me elevo à um cenário que parece tão real e palpável, mas que não existe além da minha própria cabeça.
Sinto como se estivesse viajando por meio de sensações. Viajando por um lugar único, no qual apenas eu sou capaz de adentrar. Esse lugar é o meu lado mais íntimo e pessoal, e quando me encontro nele, tudo parece fazer sentido.
.....
As vezes eu mesma me pergunto o porquê disso tudo. Por que passar tantas horas ao piano, treinando obsessivamente em busca de técnica, por que passar tanto tempo estudando arte, analisando músicas, pinturas e textos. Porém, toda vez que me deparo com uma dessas pinturas, toda vez que ouço uma música de Ravel, Debussy ou Satie, de repente me lembro do sentido de tudo isso. E nunca serei capaz de explicá-lo (o que é ótimo, até porque se fosse explicável, não precisaríamos da arte). Mas realmente, basta olhar pra uma dessas imagens e tudo ganha sentido novamente.
Amo o que eu faço, e não há nada que me faça desistir disso porque, finalmente, encontrei o propósito da minha vida em algum lugar.
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blogdojuanesteves · 4 months
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EDVARD MUNCH E A FOTOGRAFIA
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Autorretrato de Munch.
"Tenho uma câmera antiga com a qual tirei inúmeras fotos minhas. Muitas vezes ela produziu efeitos surpreendentes." afirmou o genial artista norueguês Edvard Munch (1863-1944) em uma entrevista de 1930. "Algum dia, quando eu estiver velho e não tiver nada melhor para fazer do que trabalhar em uma autobiografia, todos os meus autorretratos fotográficos verão a luz do dia novamente." arrematou ele. A autobiografia nunca foi escrita, mas os autorretratos chegaram às páginas do livro "The Experimental Self". The photography of Edvard Munch" (Thames and Hudson, 2021) e as exposições homônimas na Scandinavia House em colaboração com a American Scandinavian Foundation de Nova York, entre novembro de 2017 e abril de 2018 e no Munch Museet, de Oslo, na Noruega, de junho de 2020 a setembro de 2021, revelando as suas experimentações com a câmera fotográfica.
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Como fotógrafo, Munch expandiu a liberdade proporcionada pela sua condição de amador e os aspectos imprevisíveis da tecnologia fotográfica, então analógica, abordando com muito humor sua própria imagem e explorando seu individualismo, já percebidos na sua pintura e gravura, cujo epítome nas duas técnicas é sem dúvida "O Grito", de 1893. As imagens proporcionam um acesso único a sua radical visão artística, que este livro estuda através dos ensaios dos americanos Patricia Gray Berman, historiadora e professora da Wellesley College, de Boston; Tom Gunning, professor de Cinema e Mídia da The University of Chicago, e MaryClaire Pappas, do Departamento de História da Arte na Indiana University, em Bloomington.
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Em 1902 Edvard Munch comprou em Berlim sua primeira câmera, uma Bull 's Eye No. 2, introduzida no mercado em 1892 pela Boston Camera Manufacturing Company, quando tinha 40 anos. Ele usou-a sistematicamente para experiências no seu entorno e para si mesmo onde estivesse, na praia, no seu jardim ou no chamado "Sanatorium Parkstrasse", a casa de Hanni e Herbert Esche, um casal amigo em Chemnitz, na Alemanha, onde passou um tempo convalescendo-se de sua fragilidade mental em 1905. Sempre considerando-se um fotógrafo amador, era curioso e frequentemente explorava seus erros técnicos em ângulos da câmera incomuns, desfoques e o borrado do movimento durante exposições longas. Esses "efeitos" refletiram suas estratégias na pintura e nos trabalhos gráficos, mas por se considerar um amador, Munch não mostrava suas fotografias, como fazia com seus outros trabalhos.
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Em pinturas icônicas como O Grito, descreve a escritora novaiorquina Alexandra Alexa,  o artista Edvard Munch expressou a ansiedade e a incerteza da vida moderna. Além das pinturas com carga psicológica, xilogravuras e aquarelas pelas quais é conhecido, e além disso era um curioso sobre a tecnologia contemporânea, Tal como as suas pinturas, as suas fotografias centraram-se em tornar visível o invisível.
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Munch fez principalmente autorretratos e retratos de familiares e amigos com um forte elemento narrativo, descrevendo sua experiência vivida. “Suas fotografias são explorações muito informais e às vezes extremamente bem-humoradas do artista e de seu ambiente”, explica a curadora e historiadora de arte Dra. Patricia Berman. “Ele documenta, até certo ponto, a si mesmo, seus amigos, seu ambiente imediato – e em seus breves clipes de filmes, os ambientes pelos quais vagou – mas raramente o faz de maneira direta.”
O livro, a exposição fotográfica, gravuras e filmes enfatizam o experimentalismo do artista, examinando sua exploração da câmera como meio expressivo. Ao sondar e explorar a dinâmica da prática “defeituosa”, como distorções involuntárias, movimento desfocado, ângulos de câmera excêntricos, exposições duplas, Munch fotografou a si mesmo e ao seu ambiente mais íntimo de maneira que os tornaram poéticos. Tanto em imagens estáticas como em suas poucas incursões com uma câmera cinematográfica portátil  com suas imagens em movimento, Munch não apenas arquivou imagens, mas as inventou.
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As abordagens sobre o relacionamento de Munch e a fotografia não são poucas e traduzem um grande interesse nesse meio. Edvard Munch as Photographed for his 75th Birthday, 1938: Strategies in Defense of a Legacy, um paper de Reinhold Heller, professor de História da Arte e estudos germânicos da University of Chicago, aborda outras peculiaridades nesta relação. Ele escreve que Munch tornou-se visível ao público de diferentes formas: Pouco antes deste seu aniversário, ele colaborou com o fotógrafo de Oslo, Ragnvald Væring (1884-1960) para criar um trio de fotografias formais que o retratavam no ambiente de seu estúdio de inverno, em pé ou sentado, rodeado por suas obras. 
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Outrora um permanente protetor do isolamento eremita proporcionado pela sua casa e estúdio, ele permitiu que esta condição reclusa fosse quebrada por Ragnvald Væring com o seu equipamento para estas imagens, conta Heller. O fotógrafo não apenas teria entrado na sua privacidade como, uma vez publicadas, as fotografias transformariam o que era privado em algo público. Pelo menos através da realidade virtual das fotografias, o público entraria no espaço privado de Munch para ser confrontado pelo fantasma fotográfico do próprio artista. As três fotografias (aqui uma delas publicada) bem como o processo de encená-las e fazê-las, representam uma notável invasão da privacidade habitual e veementemente protegida de Munch.
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Uma resposta parcial sobre por que Munch cooperou, e até mesmo instigou, esta intrusão pode ser fornecida por uma breve entrevista telefônica com Munch publicada no jornal  Morgenbladet, o mais antigo da Noruega. Quando questionado se pretendia passar o dia inteiramente na “paz e tranquilidade de sua vida privada”, Munch respondeu: “Sim, você sabe, eu vivo em grande parte retraído, acima de tudo. É como se eu precisasse viver um pouco isolado…” Além disso, observou, “hoje, o que mais me agrada é poder voltar a trabalhar… Como vocês sabem, nos últimos anos houve tantas coisas que interferiram na minha vida e resultaram em eu não fazer muito, ou melhor, muito menos do que eu gostaria... Mas agora isso acabou completamente. Agora me sinto fabuloso e em boa forma e, como disse, estou extremamente feliz por poder voltar a trabalhar seriamente.” À luz desta entrevista, as fotografias podem ser consideradas como a documentação visual aparentemente objetiva da saúde, vitalidade e continuidade da vida do artista, de outra forma recluso, quando ele atingiu a idade de 75 anos.
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Munch, porém, não desistiu. À medida que o Ano Novo de 1939 aproximava-se, ele distribuiu as fotografias pela comunidade mais íntima dos seus amigos, enviando-as como saudações de Natal. De alguma forma, ao que parece, ele insistiu em tornar as imagens públicas. No entanto, só depois da sua morte, em 1944, é que as fotografias finalmente se tornaram amplamente disponíveis, publicadas em artigos comemorativos pelos seus amigos. Hoje elas são onipresentes, aparecendo como “documentos” visuais em praticamente todos os catálogos de exposições de Munch para acompanhar suas cronologias. Em certo sentido, foi assim que Munch pretendia que as fotografias funcionassem, como documentos, analisa Reinhold Heller.
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Contudo, a neutralidade e a objetividade da fotografia são problemáticas, como observa o francês Roland Barthes (1915-1980) em sua declaração: "Nenhuma representação poderia me assegurar o passado de uma coisa, exceto por intermediários; mas com a fotografia a minha certeza é imediata: ninguém no mundo pode me desiludir. A fotografia torna-se então um meio bizarro, uma nova forma de alucinação: falsa ao nível da percepção, verdadeira ao nível do tempo: uma alucinação temporal, por assim dizer, uma alucinação modesta e partilhada (por um lado) não está aí”, por outro “mas de fato esteve”: uma imagem louca, transtornada  pela realidade. E sabemos que neste quesito interpretativo, o pensador não estava sozinho.
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Se a própria natureza das imagens levanta questões sobre a realidade de Munch questiona Heller, ontologicamente há outras dúvidas a serem colocadas sobre elas também. O “momento recortado no tempo” ou a "alucinação temporal” das fotografias merece consideração. Se o foco da percepção é desviado da sombra de Munch para o ambiente fotografado, então as pinturas, gravuras e esculturas que o cercam em seu estúdio tornam-se uma lembrança do tempo anterior ao momento das fotografias. O momento preservado e partido das próprias fotografias. O que podemos estender as discussões mais contemporâneas sobre o tempo propostas pelo filósofo e sociólogo francês Pierre Lévy.
As obras de arte que cercam Munch, na problematização de Heller, não trabalham nem interagem com o artista. Mas sim o resultado do êxtase atingido por este.. A atividade então é relegada ao passado. Assim como na proposta discutida pela ensaísta americana Susan Sontag (1933-2004), estas fotografias funcionam como um memento mori: do momento de sua própria produção, mas contêm em si outras referências a um passado igualmente morto através das relíquias que são as obras de arte concluídas e reconhecidas por trás do efêmero na obra de Munch, através  de sua atividade passada.
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Outro livro que aborda a interação do artista com a fotografia é Munch and the Photography (Yale University Press, 1989) de Arne Kristian Eggum, historiador de arte norueguês que focou principalmente sua pesquisa no artista e que ajudou a criar o Munch Museet, dedicado a ele em 1964, tornando-se curador chefe em 1970, e no qual trabalha até hoje. A instituição mantida pela cidade de Oslo e a Galeria Nacional da Noruega, nesta cidade, abrigam mais de 1.000 pinturas, aproximadamente 15.000 desenhos, cerca de 16 mil gravuras e sua biblioteca de mais de 6 mil livros e papéis efêmeros e  cartas, invariavelmente com autocríticas,  doados pelo artista,
Eggum relaciona o uso da fotografia por Munch a dezenas de imagens específicas em outras mídias; faz ligações com diferentes personalidades como a do importante escritor sueco Johan August Strindberg (1849-1912), igualmente fascinado pela fotografia e às discussões gerais sobre o propósito, a utilidade e a estética que os preocupavam tanto. O livro, repleto de detalhes, amplamente ilustrado e com detalhadas legendas, vai dos álbuns de família para um exame escrupuloso do envolvimento do próprio Munch, tanto como modelo quanto como fotógrafo. 
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Para a crítica e curadora de arte novaiorquina radicada na Inglaterra, Marina Alandra Vaizey, em artigo publicado no jornal inglês Sunday Times, "É um curioso paradoxo que a fotografia, em um sentido muito real olhando para fora, tenha sido tão importante para Munch" Entretanto, Eggum mostra a variedade de abordagens fotográficas que envolveram Munch: desde o instantâneo atmosférico, pessoal (quase memórias), até a fotografia "espiritual" e o ocultismo. Ele ainda era fotografado quando já estava com 80 anos e aguardando a morte. A narrativa absorvente de Eggum não apenas lançou literalmente uma nova luz sobre o trabalho de Munch, mas também sobre sua vida - e o espírito de sua época.  
Texto © Juan Esteves. Imagens © Munch e creditados.
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