Tumgik
solitude-em-verso · 5 years
Text
quero é te montar em mim a partir do que colho quando do teu olhar desprendem partes de ti
olhar nos teus olhos e ter coragem de reconhecer que os trago sempre comigo
que saibas, por fim que é o teu desejo sempre vestido de astúcia que traz cor às minhas noites em claro
- (18.03.19)
1 note · View note
solitude-em-verso · 5 years
Text
fine.
they scream a lot, and do lots of shit but they handle it well, and seem just don't care
they are lost, because they know one day the world will be theirs they light up a cigarette and again, just don't care
some of them have once been arrested, even so nothing in the world seems to threat their freedom
they avoid sensitive subjects, always hiding between dead                                        [and forgotten ones
but they're so incredibly used to unpleasant situations for fuck's sake, they just don't care
0 notes
solitude-em-verso · 5 years
Text
Escrevo pra ti, que é toda dionisíaca
E carrega por aí um olhar perigoso de criança curiosa
Só pra ti, que me monta e me desmonta como bem quer, me restando um peito aberto.
Venho, como em oração, pedir que não nos faltem tardes de horas lentas
De assuntos profundos e carícias de mais puro conforto
Quero é que de tudo nesse mundo
Me reste ao menos a lembrança da maciez dos teus beijos
Que sinceramente
Pretendo levar comigo para o túmulo
E quiçá para além dele também.
 24 de setembro de 2018.
0 notes
solitude-em-verso · 6 years
Text
R$68.
Meus impulsos são alheios aos limites do meu corpo
Por isso estou sempre a vomitar os excessos 
A dose é amarga, o corpo quer rejeitar 
Mas a ferrugem da minha essência clama por mais
Me entorpeço, me anestesio e maltrato, 
                    [como se o fizesse em ti
Porque frente ao vício não há que se falar em razão.
-----------------------------------------------------------------------
Rio Branco, 01 de junho de 2018.
0 notes
solitude-em-verso · 6 years
Text
Medo do tempo
Eu sou provérbio vago Insuficiente declaração póstuma Existo na boca das gentes e persisto na certeza do vazio
Vazio inevitável e duradouro Não como a vida, que corre Nem como o medo do tempo Porque ele não tem pena de mim
Todo o abstrato não basta E todo concreto ainda é vão São meus dias de incerteza Anestesia, conforto ou transição?
0 notes
solitude-em-verso · 6 years
Text
Irreverência
São as reflexões urbanas que despontam
pela pressa de viver e o delírio das atividades sem razão
Vício, policia: relances de cidade transporte coletivo, depressão e ansiedade
Eu, sensibilizado até os ossos cruzo essa cidade à procura de rebeldia como flores irreverentes que desabrocham sem raiz que se possa cortar.
Rio Branco - 20 de Novembro 2017.
Esse saiu pesadíssimo, depois de meses de bloqueio criativo.
0 notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Mobilidade
A mobilidade é escancarada, com ela não tem segredo. Que culpa tem quem não ocupa a cidade por medo?
1 note · View note
solitude-em-verso · 7 years
Text
Andorinha
Algum tudo ou nada Ou algum nada pra ser tudo São os anos que correm como água E eu observo, atônito e mudo Correm pra onde, meu deus?
7 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Insegurança
Os aviões partem, insensíveis Não se importam com a saudade Ou com o atraso dos passageiros que se despedem demais Se um dia eu esquecer minhas malas, parto nu Porque a segurança é o único requisito pro recomeço E a ousadia, única trilha em direção ao ponto final. Ao ponto final verdadeiro. Cru e sincero. E não aqueles bem-vestidos de memórias e ressentimento Que se alcançam com os olhos transbordando de dor e mágoas
9 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Desabafo
Qualquer dia desses a cidade ainda me engole.
16 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Dilema
A vida no dia-a-dia é uma discussão que passa quente Eu que aperreio ela ou ela aperreia a gente?
12 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Abandono
Você parte, como quem joga água fria nas brasas da chama da boemia que ardeu a noite inteira E me deixa sozinho, com a estupidez de um bêbado trôpego, que cantando baixo volta pra casa Jurando nunca mais ceder aos instintos Mas cede, e se arrepende novamente Assim como você, que parte, mas remonta me entorpece, mas me atormenta Alimentando o ciclo vicioso que é me saciar da tua pele
6 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Piano de funerária (de uma estrofe só)
Ele embalava as saudades Selava os caixões Satisfazia últimas vaidades Se desgastou a cada acorde Se apropriou de sofrimento alheio Ele, que acompanhara tantos fins em seu apogeu Assiste agora a própria decadência Sem valsas E Desafinado
5 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Blues da boemia
Se faço um blues e te apareço No meio da noite - porque sou intenso- Se canto alto e te agrado E estou bêbado - porque não sei quem sou - Sou andarilho, sou errante Caminho torto, mas elegante Sou a cor da rosa e o cachorro de rua Ah, mas eu sou assim Poeta barato, boêmio inconsequente
3 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Navegar
Dependemos então da tua vontade E como um barco sem rumo, navegamos à sorte Onde os ventos ruins são tua indiferença E os portos são a saudade de um outro alguém Nossos corpos nus são como pêndulo Que cansado, vai e volta quando quer No entando percorrendo a mesma rota Passa e volta, passa e volta, passa e volta Afinal, o que seriam dos impulsos da vida sem a tua âncora na impaciência de um carente? R E F L I T O
2 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Tenho dito
Queria estar contigo e com a vista da tua janela que é refúgio dos amantes e dos que pensam demais Da sacada ouve-se a cidade acordada e nossa conversa rouca que rasga o som das sirenes e da garoa constantes feito boemia Nosso último cigarro dividido é o que mais consola a alma e a junção dos nossos transtornos se transforma em calmaria A remissão dos nossos pecados, portanto nos conduz à noite eterna
5 notes · View notes
solitude-em-verso · 7 years
Text
Fomos saudade
te trago com vontade o amasso, verdade o inverso, vaidade o aperto, saudade a vontade que te traz um trago te trago à vontade.
5 notes · View notes