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r-lvpin · 1 year
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         ੈ✩‧₊˚ não tinha nada que lily gostasse menos que a mania evitativa de remus. odiava como tinha começado a se comportar daquela maneira, também, mesmo que não fosse exatamente por causa dele. ao menos, mesmo com a dor de estômago que começava a perturbá-la, conseguiria fazer com que ele falasse. — sim, eu preciso. — o tom da bruxa era imutável e apologético, doce e impressionantemente triste ao mesmo tempo. 
        abraçou o próprio corpo, ficando sem saber como realmente se portar diante das palavras do não-tão-amigo. — não acredito que você teria más intenções com a sua reação, qualquer uma que fosse, remus. eu só… não consigo viver com a impressão de que iria te decepcionar. — ou que te decepcionei, completou no silêncio da sua própria mente. talvez existisse uma pequena parte de lily que queria o julgamento dele, uma parte que precisava de que alguém a mostrasse o quão imatura estava sendo com a sua decisão. alguém que não fosse doce como o ex-marido (que, for fuck’s sake, não tinha tido a menor vontade de lutar contra a vontade da ruiva de terminar o relacionamento) ou tão biased que fazia a sua cabeça doer como sirius. o que quer que fosse que ela precisava, deveria parar de colocar as suas expectativas na pessoa na sua frente. 
        — mas… uhm? fico feliz que estamos… bem? — antes que pudesse continuar, o barulho da chaleira atraiu a sua atenção.
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                 ・୧︰ Suspirou, sentindo um súbito cansaço com o assunto, mas deixando que a mulher prosseguisse com a fala. — Eu não fiquei decepcionado. Só… não sei. Apreensivo. —  Apertou a região entre os olhos, fechando as pálpebras por um momento ; definitivamente, preferia ter recebido uma carta com os conteúdos daquela conversa. — Você sumiu. — Decidiu que o melhor seria, então, expor os pensamentos, encerrar aquela tensão que pairava sobre eles. — O divórcio de vocês foi um choque, sim. Mas, você sumiu. Pareceu que éramos apenas os amigos de James. — “Éramos”, bom, queria dizer “que eu era” — estava certo que os sentimentos de Sirius não encaixavam na mesma categoria que os seus ; porque o amigo não detinha a mesma relação que, até então, pensava, possuir com Lily. Uma amizade interina, separada do grupinho que essa integrara. E havia doído, um pouco, pensar que não. — Eu só fiquei preocupado. — Também havia o medo maior, a ansiedade com a situação maior. Com o clima político no qual estavam inseridos e o quê aquilo significava para pessoas como eles. E, principalmente, para ela e Harry. Mas, novamente, não podia cobrar uma comunicação que ele próprio não providenciava. Suspirou novamente. — Mas não. Você não me decepcionou. — Falou com sinceridade, retornando a fitá-la. — Sim, estamos. — A assegurou, oferecendo-a um modesto sorriso de lábios fechados. — Só… não desapareça novamente. Não precisa me dar os detalhes, just… don’t go radio silence.
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r-lvpin · 2 years
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        ੈ✩‧₊˚ tentou o seu melhor para produzir uma boa xícara de chá sem fazer muito barulho, preocupada com a possibilidade de distrair o filho. como quase sempre, lily tinha uma energia nervosa sobre si, as mãos se movendo mais do que o necessário e tudo sendo organizado especificamente, um dejavu do perfeccionismo que exibia nos seus anos de escola.               — fico feliz de saber que você está bem. — evitou duvidar das palavras de remus. mesmo sabendo que era muito provável que ele estivesse, no mínimo, omitindo como se sentia, não queria piorar ainda mais o clima entre eles. apoiou-se no balcão, de cara a cara com o mais alto, e tentou o seu melhor para relaxar. — ah, ainda não tanto, mas estou quase lá. — impediu-se de mostrar a sua verdadeira satisfação sobre a mudança. apesar de acreditar na amizade dos dois, sempre via remus (e os outros marauders, por extensão) como amigos do ex-marido primeiro. cautela era pouco para ela quando se tratava deles.
        bateu os dedos contra o mármore durante o silêncio que se estendeu, tentando decidir exatamente o que fazer. se esperasse demais para conversar, realmente conversar, com lupin, era muito provável que os dois seriam interrompidos. mas, mesmo assim, a sua covardia tentava a convencer de esperar até que a noite acabasse para não ter que lidar com a situação. que grande grifina era, doce merlin. — ei, uhm, rem? — começou, repassando o discurso que tinha ensaiado e ensaiado na própria mente. — eu não… eu não me afastei por querer. quer dizer, sim, foi uma decisão minha, mas… não foi proposital? — aparentemente, existem coisas muito mais fáceis de fazer na própria cabeça. — fiquei com medo de como você reagiria se eu tivesse te contado o que estava acontecendo, achei que, talvez, seria… mais fácil se viesse do james… ou do sirius, não sei. só… não foi o jeito certo de lidar com a situação. — admitiu. — i’m really, really sorry, remus. 
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                  ・୧︰As orbes claras não permaneceram sobre a figura feminina, preferindo observar a paisagem exibidas pelas janelas. Instintivamente, pela educação, os cantos dos lábios se levantaram com o comentário de Lily sobre si. Agradeceu mentalmente a ausência de argumentos contra a resposta: já possuía os amigos para insistirem em desvendar suas mentiras. — Hm… isso é bom. — Escondidos atrás das costas, os dedos da canhota esfregavam a palma. — Acho que Londres combina com você. 
                      Os olhos, por fim, recaíram sobre ela. Era estranho estar na cozinha de outrem a discutir aquilo — teria preferido fazê-lo por cartas melancólicas, um extenso telefonema ou, como estava acostumado, aderir da ignorância e continuar a ocasião como se nada houvesse acontecido. Podia suportar silêncios embaraçosos e climas tensos. Eventualmente eles desapareceriam, se conheceriam novamente; precisar confrontá-los requeria um compromisso emocional que Remus nunca sentia-se apto para. Suspirou, balançando a cabeça. — Não precisa desculpar-se. — Começou numa entonação baixa, mas gentil. — Não acho que lidou errado. Na verdade, não acho que exista uma maneira correta para lidar com esses assuntos: e, se houvesse, eu não seria a pessoa certa para julgá-la. — Fora um tanto difícil, realmente, receber a notícia pelos amigos. Sirius era demasiadamente emocionado, e James considerativo. Fora mais difícil lidar com a reação do primeiro que com a notícia. Porque, em sua opinião, não acreditava que precisava possuir alguma reação aquilo: somente precisava aceitar a realidade e prosseguir a, de alguma maneira, auxiliar os envolvidos. No caso, James e Lily. Gostava de pensar que fora e continuava a ser, o primeiro a apoiar as escolhas de ambos. Não precisava possuir uma opinião, vontade ou sentimentos sobre aquilo. O que afetara-o fora sentir como se Lily não confiasse em si. E, naquele momento, ela achar que teria algum tipo de reação, qualquer que fosse. — Contanto que você esteja bem, feliz… realmente não possuo opiniões. — Nunca opinaria acerca das escolhas que tomara: eram apenas dela. Da mesma maneira que odiava como, por vezes, o tratavam com exacerbado cuidado e simpatia, não ousaria pensar que possuía qualquer direito em questioná-la. — Talvez seja eu quem devesse se desculpar, por você sentir que agiria de alguma maneira que a machucasse.  
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r-lvpin · 2 years
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        ੈ✩‧₊˚ — don’t laugh! — o repreendeu, apesar de estar lutando para esconder o seu próprio sorriso. — if he thinks it amuses you, he’ll keep doing it, remus. — explicou, colocando todo os seus estudos sobre o desenvolvimento infantil à prova. invés de ser distraída pelo próprio presente, que tinha sido apoiado sobre a sua mesa de centro, desviou toda a sua atenção para o do filho.
        no meio tempo em que os dois tinham ficado afastados, os interesses do pequeno harry tinham mudado drasticamente. de uma criança que não conseguia conter a sua animação ao ver qualquer coisa minimamente mágica para uma que só conseguia dormir se lily cantasse lullaby versions de kiss, era claro que o jeito da mãe influenciava os interesses dele mais e mais. — a ghrá mo chroí·······, é o melhor presente que você poderia dar! — a bruxa parecia até muito mais animada do que o pequeno, que ainda não tinha entendido muito bem o que era a caixa. — wanna draw a picture for uncle remmy, lovely? — antes de se afastar para que pudesse pegar os supplies do filho, depositou um beijo na cabeça do mesmo. 
        assim que o bebê estava ocupado e feliz, ela pôde prestar atenção para o amigo e, infelizmente, o clima levemente tenso entre eles. — would you, hum, like some tea? — ofereceu, já desaparecendo nos confins da cozinha. — how have you been, love? 
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                   ・୧︰Com a repreensão da mulher, reprimiu os lábios, mantendo um tênue riso, enquanto encarava o pequeno Harry. — Then it does not amuse me. — Disse com seriedade. 
                       Redirecionou a atenção à ela, oferecendo-a um sorriso. — Bati os olhos nisso voltando do serviço um tempinho atrás, achei que Harry pudesse apreciar alguma coisinha menos mágica pra variar. — Apesar de, nos últimos anos, ter dependido demasiadamente dos dons mágicos, Remus ainda apreciava e utilizava das comodidades trouxas: como telefones e máquinas de lavar (porque a magia não proporcionava às roupas a mesma maciez e perfume que um bom amaciante). O compartilhamento daquela metade não-mágica sempre fora uma característica da amizade deles, logo, imaginara que seria um bom presente. Além disso, a caixa o dera forte nostalgia ao relembrar a própria infância solitária e desprovida de muitos luxos; brinquedos simples como aquele haviam sido seu único divertimento.  
                            Redirecionou um último sorriso para o menino antes de levantar-se. Então, sua atenção retornou a Lily. — Sure. — Murmurou, notando a tensão retornar. Escondeu as mãos atrás das costas, as orbes presas ao caminho à sua frente conforme caminhava atrás da mulher. — O mesmo de sempre, bem. — Sorriu de lábios fechados. — E você? Se adaptou bem a Londres? 
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r-lvpin · 2 years
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          ੈ✩‧₊˚ dizer que a mudança tinha sido difícil para o pequeno harry era pouco. enquanto a mãe, sempre correndo de um lado para o outro como uma galinha no julgamento de maria antonieta, descontava a sua tristeza sobre os ocorridos na calada da noite, baby harry tinha encontrado um passatempo muito mais mortal. quando a campainha soou e lily sentiu-se obrigada a correr atender a visita que pensava ser marlene, o bloodbath tinha acabado de ocorrer na casa da família evans. a criança, descontente por ter que aguentar a mãe que não o dava atenção enquanto se vestia, decidiu que a melhor maneira de a distrair era mordendo a sua perna o mais forte podia com os seus quase-dentes. lily, que nunca tinha sido a pessoa mais delicada de todas em momentos de surpresa, tinha gritado um palavrão tão alto que o garotinho percebeu o seu erro.           agora, na frente de remus com um harry que grito-chorava e o zíper do vestido aberto atrás de si, arrependia-se de não ter se lembrado que marlene nunca, na sua vida toda, tinha chegado no horário. — oh… rem! — soltou, enquanto abraçava a cabeça do filho e tentava, sem muito sucesso, o acalmar. — olha, love, é o uncle remmy! talvez você possa morder ele dessa vez, hm? — brincou, com aquela sua voz reservada para o filho, em um falho esforço de o fazer rir. a crise, por mais idiota fosse, quase a fez esquecer de que as coisas entre ela e os amigos (especialmente aqueles conhecidos pelo apelido de marauders), não eram como costumavam ser. — obrigada por vir! — a sinceridade era transparente na voz. — make yourself at home. — usou a oportunidade para sair da visão periférica alheia o suficiente para que pudesse colocar o filho no chão apenas pelo tempo absolutamente necessário para subir o seu zíper em paz. — acho que você está adiantado, não? ou sou eu que me atrasei? shit, provavelmente sou eu. — percebeu o seu erro imediatamente, olhando do filho para o amigo. — he can’t really grasp ling… — antes que pudesse se justificar, o pequeno bruxo parou o seu choro apenas para repetir o palavrão, olhando bem nos olhos de lupin.
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                      ・୧︰ Arqueou as sobrancelhas com a sugestão, sorrindo de canto. — Pode. Mas esteja avisado, uncle remmy bites back. — Fez uma careta, botando a língua para fora brevemente. O clima não era tão natural quanto antes, mas não precisou esforçar-se para sorrir. — Obrigado pelo convite. — Replicou, aproveitando para exibir a sacola média que carregava. — A house warming gift. — Remus não era bom com ideias para presentes, por isso comprara o quê a atendente sugerira: um set de canecas coloridas e coasters de agate. Outrora, talvez, tivesse sentido-se mais à vontade para usar a própria criatividade mas temera adquirir a coisa errada e, de alguma maneira, fraturar o quê ainda existia. Tomara a liberdade, contudo, de acrescentar um presentinho para Harry. Fora uma criança uma vez, afinal, e odiara ver outros recebendo presentes. 
                       — Hm, acho que estou bem na hora… — Olhou para o relógio no pulso, passado meros dois minutos após o horário combinado. — Minha mãe diria que on time is late, so… — Ouvindo o palavrão na infantil tonalidade do Potter-Evans menor, Remus não conteve uma gargalhada. — You’re absolutely right, that’s the only word you’ll ever need. — Pisou dentro da casa, diminuindo a altura para encontrar os olhos de Harry. — How you doing, mate? Giving mommy much trouble? That won’t do. — Bagunçou-lhe os cabelos escuros, silenciosamente apreciando a maneira como se parecia com James, embora começasse a exibir traços delicados de Lily. Ainda agachado, retirou da sacola uma caixa, o entregando para o pequeno. — É um Spirograph. Não é tão mirabolante quanto vassouras e sapos de chocolate, mas é divertido… pelo menos o suficiente para crianças não morderem suas mães. Funcionou comigo.
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r-lvpin · 2 years
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with. @maroonfireplace​
                       ・୧︰ Esperando no tráfego londrino, nem os vocais de David Bowie eram o suficiente para apaziguar o vazio na boca do estomago. A notícia do divórcio dos amigos, meses antes, viera com uma parcela de solidariedade por ambos, separadamente. O radio silence de Lily, contudo, fora uma pílula amarga de engolir. Mas Remus nunca fora de insistências. Respeitava que a mulher precisava de distância e nunca fingiria compreender pelo o que estava passando. Fosse ela, ou James. Uma parte de si, porém, infantilmente desejava evitá-la. Por tal demorou a responder o convite, o fazendo apenas dois dias antes da data marcada — mesmo que tivesse comprado o presente na mesma tarde que chegara em seu correio. Nunca admitiria, provavelmente, mas uma parte de seu ser gostaria que Lily o tivesse confiado os pesares da mesma maneira que ele havia o feito outrora; ao mesmo tempo, também, sabia que não fora o mais emocionalmente ou fisicamente presente no último ano. Entre o trabalho, os afazeres na Ordem e próprios conflitos internos, Remus provocara uma modesta distância entre ele e os amigos. Todos eles. 
                      Inclinado sobre o volante, os olhos percorriam os nomes nas placas, os murmurando baixinho até encontrar o endereço que procurava. Desceu a rua devagar, os inúmeros pensamentos dando piruetas em sua mente até estacionar o carro. Quando se encontrou frente a porta dela, contudo, os pensamentos se dissiparam — e, ao que ela aparecia para recebê-lo. somente conseguiu dizer. “It’s been a long time, mon deux.”
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r-lvpin · 2 years
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Baek Sehee, tr. by Anton Hur, from I Want to Die but I Want to Eat Tteokbokki
[Text ID: “To tell the truth, no one was looking down on me except myself.”]
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r-lvpin · 2 years
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— James Baldwin, They Can’t Turn Back
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r-lvpin · 2 years
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** FLASHBACK  |  CLOSED STARTER w. @dcrklady​
‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎‎  ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ 🎃・୧︰ Os relatos do suposto paradeiro do “Lorde das Trevas” rendera uma prolongada e efervescente reunião na Ordem: o quê estaria procurando na Escócia? deveria Dumbledore reforçar as barreiras mágicas na escola de bruxaria? Passado a reunião em silêncio, Lupin detinha dúvidas sobre a veracidade daquela notícia. Não seria a primeira vez que o Profeta Diário publicava narrativas enganosas de algum bruxo apavorado ou desesperado por atenção. O bruxo desaparecera por meses — nem mesmo os mais experientes membros da Ordem conseguiram localizá-lo e, de repente, aparecia numa pousada? O máximo que conseguia acreditar é que era outro dos “joguinhos” dele ; um passo para mantê-los naquele loop de dúvidas. Por um breve período, na infância, morara nas redondezas de Dumfries. Era familiar com a região, sabendo que os extensos campos verdes da Escócia eram ótimos para providenciar solidão, assegurar que ninguém descobriria sobre seus segredinhos sujos —  se você-sabe-quem quisesse, com ou sem suas habilidades mágicas, poderia se esconder com facilidade nos arredores de Dumfriesshire. O que significava que, se os relatos eram verdadeiros, o “Lorde das Trevas” se deixara ser visto ; uma provocação? ou um sinal? Não tivera tempo suficiente para elaborar suas inferências quando, dois dias depois, Fenwick relatara a presença de Bellatrix Lestrange no condado. 
Como sempre quando o assunto eram os Lestrange, Remus fora o primeiro a voluntariar para a vigilância da área com Fenwick. Seus ferimentos não haviam sarado completamente contudo, o corpo estava curado o suficiente caso um confronto ocorresse. Seu intuito naquela noite, no entanto, era apenas coletar informações — enquanto vigiava a pousada, o colega estava vasculhando a cidade trouxa nas proximidades. Sentou no segundo andar do estabelecimento, uma mesa num canto onde possuía visão da porta da frente, mas não estava na visão imediata de quem entrava. Fenwick, membros do Ministério e jornalistas haviam interrogado os funcionários da pousada inúmeras vezes com diferentes métodos, logo, não perdera tempo com tais procedimentos. Suas investigações consistiam em coletar informações do ambiente, os tipos que frequentavam os locais de interesse, quais “negócios” ocorriam na surdina, etc. Antes de adentrar o local, tomara a precaução de encantar-se com uma variação do feitiço confundus que inventara ; um mero encantamento que os ajudava a esconder-se a olho nu, desviando a atenção de quem olhasse em sua direção. Podiam olhar, mas não veriam — não era infalível, sendo que bruxos poderosos podiam quebrá-lo com suficiente suspeita e concentração. Ainda sim, servia para não serem descobertos de cara. Contava, também, com um disfarce.  Visando misturar-se com as figuras à sua volta (e entreter-se), pediu  por fish n’ chips e acendeu um cigarro enquanto fingia prestar atenção na programação do rádio que ecoava pela pousada. 
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r-lvpin · 2 years
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“Wasn’t that the definition of home? Not where you are from, but where you are wanted.”
— Abraham Verghese (via sunsetquotes)
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r-lvpin · 2 years
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@areusirivs
Sirius, throwing his head into Remus' lap and looking up: Moony, tell me I'm pretty.
Remus, lovingly stroking his hair: You're pretty fucking annoying, that's what you are.
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r-lvpin · 2 years
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r-lvpin · 2 years
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lilysfaith​:
      Riu pelo nariz uma vez enquanto negava com a cabeça, agraciando-se do bom humor de Remus àquela altura. Pelo menos alguém ainda conseguia se manter menos encucado do que a maioria, e podia dizer tranquilamente que ela não era uma daquelas pessoas. Toda a sua perspectiva de atuação e proteção haviam mudado, bem como seus dias e quem fazia parte deles. E sobre aquilo, falava sobre Harry. “Um porta copos com certeza é uma ideia melhor.” Deu de ombros levemente. “Eu também, mas nunca há frutas na sede. Já pedi várias vezes e ninguém traz, não além de mim. Queijos mofados e vinhos perderam a graça.” Franziu os lábios um pouco. “Mas prometo que vou bolar um feitiço melhor do que aquele para materializar frutas direto de casa… Um que não tire tanta água delas durante o processo.” Assentiu devagar enquanto se lembrava do dia que trouxe um cacho de uvas e todas vieram murchas. Que tipo de uvas passas são essas?, perguntara Moody que quase arrancou um rolar de olhos que Lily jamais se atreveria a dar à ele. “Espero que não seja para o Halloween. Elas demoram meses para ficarem prontas. Mamãe sempre tentava e…” Fez uma pausa ao se recordar da família, dando um sorriso fraco. “Os pássaros comiam primeiro.” Manteve a expressão antes de trocar o conteúdo da xícara gelada para um chocolate quente, apenas para testar se ficaria mais aconchegante e apetitoso de se beber.
     “Ah! Que ótimo. Vou preparar algumas novinhas em folha e posso mandar por uma coruja. Deu certo daquela vez? Você nunca me disse se ela quebrou os frascos.” Ergueu as sobrancelhas em um tom quase que acusatório. Esperava uma resposta positiva e quando nada voltou, significava que Remus havia simplesmente se esquecido ou apenas não queria desagradá-la em dizer que uma tragédia ocorrera durante a viagem. Ainda estava testando as entregas do correio que não eram cartas por sua coruja para facilitar sua vida e poupar viagens longas para si e para o destinatário. Apesar disso, Remus parecia bem. Não tinha a mesma carinha esquelética até demais e as olheiras pesadas como quando recém fermentaram sua amizade, anos atrás. A sensação de tê-lo cada vez mais saudável a alegrava e adorava fazer novas descobertas para ajudá-lo, custasse o que fosse. Quanto menos efeitos as transformações causassem, melhor para ele. Especialmente agora, que sentia que ele precisava mesmo se proteger mais que o normal. “Até o fim da semana ficam prontas. Da última vez que tentei apressar o processo acabei explodindo uma parte da minha bancada.” Falou olhando praticamente para o nada enquanto sua mente viajava até o dia citado, recordando-se com rancor da cozinha completamente imunda pela falha das poções em um dia de pressa.
        Se tivesse o olhado antes do devaneio, perceberia os ombros menos abertos que denunciariam um desconforto do outro. É claro que estava distraída e não pegou a mudança no ar, mesmo que discreta, mas não pôde deixar de ter uma leve desconfiança. “Você ficou louco.” Disse enquanto o fitava inexpressiva, quase como se fosse difícil de acreditar. Mesmo tendo a imagem de um Remus recluso, ele ainda era um Maroto, e aquilo significava ser um tantinho enxerido, corajoso e afrontoso ao mesmo tempo. “E então… Investigou, e…?” Esperou por alguma resposta, mas logo teve a sensação que já há algum tempo vinha tendo de seus parceiros: omissão. Apesar de querer proteger e ajudar seus amigos e também a quem pudessem alcançar no mundo bruxo, Lily sentia que uma outra porta era fechada sempre que tentava abrir uma nova, reduzindo mais ainda sua participação em tudo aquilo. Sabia que era mais fácil com James uma vez que era um auror ativo, mas as coisas eram completamente opostas consigo. Não conseguiu disfarçar o incômodo em um semblante triste que a fez desviar o olhar do amigo, lembrando-se então do chocolate quente que não parecia estar perto de ser o mais gostoso que já bebera. Tudo parecia sem graça e ela odiava aquele looping. “Ótima, obrigada. Fico em casa o dia inteiro. Lendo, enquanto James recebe bilhetes inespecíficos no Ministério com datas. E o lockdown.” A resposta saiu mais dura do que pretendia e ela encolheu-se na cadeira, cruzando os braços em defensiva. “E tomando sol com Harry, é claro.” Murmurou. “I’m sorry. Isso não foi muito gentil.”
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‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎‎  ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ 🎃・୧︰ “Nunca há nada, você quer dizer.” Remus possuía muitas reclamações acerca da cozinha daquele lugar, especialmente sobre a ausência de doces e cafeína. Compreendia que não era prioridade, afinal, raramente reuniam-se para banquetes. Entretanto, eram muitas as noites que precisava passar ali — mantendo a segurança, aguardando informações, na reserva para o caso de emergências —, e era difícil manter-se disposto com pães murchos. “Será ótimo.” Acompanhou-a no movimento de cabeça, suspirando. Reparou a pausa no enunciado alheio e, como alguém com uma relação familiar complicada, encheu-se de simpatia. “Não, não. As do Halloween plantei em Julho. Só mais alguns dias e estarão maduras.” Explicou, retribuindo o sorriso singelo. “Está convidada para me ajudar a decorá-las, se quiser. É a primeira vez que terei a casa decorada para o halloween.” Falou, um canto dos lábios se estendendo em malícia. A atmosfera tenebrosa de outubro era sua época favorita. As únicas vezes que celebrara o halloween, porém, fora durante os anos em Hogwarts. Os banquetes repletos de sobremesas, as festinhas secretas com os colegas, uma escapada para assistir uma reprise num drive-in. Antes disso, o último dia de outubro era apenas outra noite sob o telhado dos Lupin; e, depois, estivera ocupado demais com os afazeres da Ordem. Aquela era a primeira vez que teria a oportunidade para engajar na celebração e estivera animado… até os ataques começarem. Até aquele bilhete. Sacudiu a cabeça minimamente. “Meu pai nunca gostou da data. De celebrar monstros… é por isso que nunca mais tive aniversários.” Adicionou com escárnio na voz, elevando as sobrancelhas. 
‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎‎  ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ Levou os dedos da canhota à orelha, esfregando o lóbulo enquanto recordava-se da entrega. “Ah… os frascos não quebraram. A encomenda estava em ótimo estado… mas ela acabou perdendo o equilíbrio e batendo em algumas coisas.” A única razão de não ter mencionado o “incidente” antes era porquê, tecnicamente, a entrega fora realizada com sucesso: as encomendas estavam inteiras! Era só que a coruja encontrara problemas ao passar pela janela da cozinha, deparando-se com as trepadeiras escorrendo dos vasinhos suspensos. “Culpo o design da minha cozinha. Ela ficou um tanto perdida em onde pousar.” Surpresa, a ave desviara com demasiada pressa e acabara atingindo alguns dos copos e vidros numa estante, mas nada que um feitiço não havia restaurado. Riu baixinho com o comentário. “Se é assim, pode tomar seu tempo. Odiaria que explodisse sua casa por minha causa.” 
‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎‎  ‎Sorriu com o comentário. “Alguém precisava se voluntariar para os trabalhos difíceis.” Remus se habituara a ser o primeiro a voluntariar-se para qualquer tarefa que julgava demasiada complicada ou perigosa. Antes a própria vida que a dos outros. ‎“E nada. Encontrou-se com algumas pessoas mas não pude me aproximar muito.” Suspirou pesadamente. Desde que haviam conseguido interromper os avanços dos comensais, esses haviam se tornado mais espertos sobre seus movimentos. Os encontros eram mais discretos ou ocorriam atrás de portas pelas quais não conseguiria passar sem arriscar arruinar a operação — o que significava que as informações tornavam-se cada vez mais escassas. Estavam voltando para o escuro e isso o perturbava. Ofereceu-a um sorriso de lábios fechados. “Não precisa se desculpar. As coisas não tem sido fáceis para vocês.” Nunca seria capaz de imaginar o tormento pelo qual estavam passando.  Tanto em relação aos planos de você-sabe-quem quanto dentro daquelas quatro paredes onde deveriam sentir-se seguros. Supunha que a amiga percebera o modo como, desde que retornaram do esconderijo, os membros da Ordem evitavam compartilhar muitos detalhes com eles. Ele próprio era culpado disso. Era uma regra silenciosa, pois tornara-se difícil compartilhar teorias com os Potter após o que haviam passado. Remus temia preocupá-los desnecessariamente com hipóteses ou, pior, colocá-los em mais perigo. Contudo, sabia que Lily não era estúpida e, provavelmente, percebera a relutância e tensão que os cercava. Mordeu o canto do lábio inferior, deixando um suspiro escapar. “Alastor sugeriu que me afastasse, por assim dizer. Mas recusei.” Desabafou, descansando as costas no encosto da cadeira. “Não seria certo ou justo. Especialmente agora que sequer sabemos com quê ou quem estamos lidando.” 
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r-lvpin · 2 years
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r-lvpin · 2 years
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CLOSED STARTER w. @pprongsz​
🎃・୧︰ Estimando a ritualística visita do melhor amigo, Remus passara a manhã limpando o chalé, retirando livros dos corredores e recolhendo canecas esquecidas pelos cantos. Tivera o período livre, sendo que precisaria comparecer ao “escritório” — a modesta reserva nas margens do condado onde estudavam e cuidavam dos dragões — somente pela noite. Nas últimas semanas, ficara responsável de observar uma Verde-Galês. Característico da espécie, a dragão (carinhosamente apelidada Rhiannon) não apreciava a companhia de humanos e, querendo evitar o contato, trocara o dia pela noite. Fora levada para a reserva após ser resgatada com alguns ferimentos cujas causas não haviam sido identificadas: e, para a surpresa de Lupin, criara afeição por ele. Decidira que era porquê falara em galês com ela algumas vezes, incluindo quando a nomeara com o nome da deusa gaélica — e uma música incrível pelo Fletwood Mac. 
A faxina não demorara muito mais que duas horas uma vez que, supreendentemente, não havia muito fora do lugar. Desde que as visitas de James haviam se tornado “tradição”, Remus desenvolvera o costume de arrumar a casa semanalmente. Logo, não dava tempo da casa ser consumida por seus maus hábitos. Era bem sabido, entre seus amigos, sua falta de cuidado pessoal: fosse em relação à própria saúde, fosse com o espaço em que habitava. Nos primeiros anos de escola, quando os pertences acabavam espalhadas pelo dormitório, usufruía da desculpa de não ser acostumado a “ter coisas” devido ao minimalismo do estilo de vida nômade que experienciara — contudo, anos haviam se passado desde que abandonara aquela vida e ainda possuía problemas com o conceito de “fixar-se” e, por sua vez, com os de “manter coisas” e, na verdade, em “adquiri-las”. O interior do chalé o era aconchegante, mas os móveis haviam vindo com a propriedade e, com a exceção de mínimos detalhes (ou plantas), exibiam a decoração rústica favorecida pelo proprietário. Fora responsável por decorar apenas o quarto e o sunroom: que, apesar da quantidade inusitada de travesseiros em sua cama e o notável número de livros espalhados pelo chão, não continham nada além do básico. Seus únicos verdadeiros pertences eram  as fotografias dos amigos penduradas na sala, alguns álbuns de música e videocassetes dos filmes favoritos. Não deveria ser difícil as coisas permanecerem no lugar mas, de alguma forma, elas sempre se espalhavam pelos cômodos. Mas! Graças ao hábito recém adquirido de faxina ao som de Abba, a frequência com quê perdia, realocava ou acidentalmente danificava os pertences ao tropeçar neles de madrugada, diminuíra. 
Tendo arrumado os cômodos principais, seguiu a ajeitar onde comeriam naquele dia. O clima refrescante impelira-o a preparar a mesinha no quintal em vez da cozinha. A vista da parte de trás do chalé era sua predileta: morando numa colina, a declinação do gramado escorria até o murinho de pedra-solta, separando donde acabava a propriedade e onde o gramado se misturava com a areia da modesta prainha (que, para seu sossego, nunca era visitada). Nunca cansava-se da paisagem do oceano se estendendo pelo horizonte, do constante cheirinho de grama úmida e de como, ocasionalmente, a brisa trazia o perfume das flores da estação. Tinha acabado de terminar de varrer o pátio quando a campainha alcançou-lhe os ouvidos. Deu a volta no gramado, encontrando o amigo na porta da frente. — Fancy seeing you here, wasn’t expecting you at all. — Sorriu, se aproximando. — Eu ajeitei as coisas no pátio. Mas, como eu gastei minha manhã arrumando a casa, vou forçá-lo a entrar para que aprecie meu trabalho árduo. 
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r-lvpin · 2 years
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enemies to lovers romance between me and myself
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r-lvpin · 2 years
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lilysfaith​:
      “Sabe, se mexer a colher mais um pouquinho vai acabar abrindo uma cratera debaixo da xícara.” Lily suspirou levemente enquanto tentava em vão fazer o mesmo que ele: beber chá e ler o Profeta Diário. As palavras eram cansativas, monótonas e pesadas para si, que não queria reabsorver novamente aquele conteúdo enquanto se preocupava cada vez mais. Os olhos cruzaram a sede, onde apenas se assegurou de Harry cochilando tranquilamente em frente à lareira de fogo baixo, e voltaram-se para o amigo à sua frente. “Leitura difícil, huh?” Ergueu as sobrancelhas antes de largar o jornal sobre a mesa e empurrar a xícara de chá frio. “Como você está, aliás? Precisando de alguma poção? Fiz um elixir para tirar o doce de algumas comidas. James esqueceu que Harry já saiu e ainda empurra geleia nas minhas frutas. É bem útil.” Perguntou como se não quisesse nada, mas aquela era apenas Lily tensa tentando não chegar ao ponto que realmente queria, como: “ei, tenho poções de wolfsbane!”, temendo deixá-lo desconfortável. “Also… O que Alastor disse a você? Aquela hora.” Ergueu uma das sobrancelhas, tendo um chute breve de que o homem com certeza o queria afastar de alguma forma. Lily achava seguro por um lado, mas por outro, era como se fossem afastá-la também. Uma nascida-trouxa junto de vários bruxos puros ali? Assim como Remus, ela era uma verdadeira mancha no retrato e os dois sabiam bem daquilo. A diferença entre eles era que, com um bebê no colo, pouca gente tinha coragem de dizer algumas coisas e deixar o clima tenso ou até mesmo ofender pais de primeira viagem. Pisando em ovos, como sua mãe dizia.
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🎃・୧︰Retirado dos devaneios, a atenção recaiu sobre a xícara. — Talvez este fosse meu plano? — Arqueou uma sobrancelha, sorrindo de canto. — Cratera não, Lils. Um porta copos. — Falou desfazendo o feitiço que movimentava o talher. Concordou com as palavras da ruiva através dum murmúrio, examinando o conteúdo da xícara antes dessa ser empurrada. — Adoraria uma salada de frutas com geleia, agora. — Sorriu minimamente. Pegou a xícara novamente, consumindo o conteúdo num único gole. Há muito acostumara-se com cafés e chás gelados, sendo comum distrair-se por horas, negligenciando o estado de suas bebidas. Contanto que não houvessem bichos boiando, eram digestíveis. — Estou bem. Tentando crescer uma abóbora gigante sem magia. — Assentiu com a cabeça dando ênfase às palavras. Tivera a ideia após conversar com algumas senhoras da aldeia que competiam na feira local: não queria participar da competição, somente apreciava o desafio. 
Em fato, preciso. As minhas de cura acabaram… não tenho necessidade, por hora, de outras. — Assegurou, possuindo uma modesta suposição donde aquela conversa iria. Desde os anos na escola, era Lily quem o auxiliava com a obtenção e preparação de poções — sendo deveras mais habilidosa que ele — e, juntamente das experiências próprias, ajudara-o em sua “jornada mental” com a licantropia. Tinha tanto a agradecê-la quanto aos outros amigos. Fora ela, também, quem o introduzira as recém descobertas propriedades de wolfsbane: a qual descobrira possuir aversão. Era excelente saber que, por fim, havia uma alternativa para lobisomens — entretanto, mesmo sendo útil, achara o estado no qual era induzido menos agradáveis que a transformação. Mais importante, não conseguia deixar de associar as memórias da infância à poção. A descoberta, inclusive, o rendera uma ligação do pai, na qual passara os trinta e poucos minutos da falação de Lyall comparando a empolgação dele com a apatia que o demonstrara por anos. — Se puder me preparar um estoque, ficarei agradecido. 
Encolheu os ombros. — Somente perguntar se descobri alguma coisa sobre os Lestrange. Andei investigando Rodolphus. — Uma mentira parcial. Rodolphus Lestrange era um dos “suspeitos” que o fora atribuído para observar e, realmente, relatara suas recentes descobertas (ou falta delas) mais cedo para Alastor. Obviamente, sabia que a amiga referia-se ao momento que ele o chamara após a reunião, não antes — entretanto, da mesma maneira que não almejava pensar naquelas palavras, não queria compartilha-las com Lily. Estavam, no fim, na mesma situação: não queria que a mulher perdesse tempo preocupando-se com as implicações ou que poderia ser a próxima a ouvi-las. Secretamente, ficaria contente em ver James e Lily desligando-se da Ordem, encontrando refúgio à quilômetros daquele país. Almejava a segurança deles muito mais que a própria. Entretanto, respeitava e admirava a escolha deles em permanecer ali, especialmente após o quê haviam passado (e continuavam a passar). — E você? Como está?
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r-lvpin · 2 years
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areusirivs​:
Quando recebeu a notificação sobre a reunião emergencial, Sirius não hesitou. Seu senso para com o dever era inabalável e, depois das últimas notícias a respeito do Lorde da Trevas, nada parecia mais importante. Contudo, isso era um pensamento lógico dentro dos padrões do rapaz. Uma decisão moral que ignorava o fator humano de sua existência. Aquele lado que tendia às falhas e que era, se possível, ainda mais imprevisível. A intenção era deixar tudo de lado e focar no que era necessário, mas muitas das palavras ditas no cômodo onde se reuniam simplesmente entraram de um lado e saíram do outro. Porque não conseguia evitar que os olhos continuassem voltando para Marlene. Para sua barriga, especificamente. Não conseguia parar de pensar no que tinha feito de sua vida e no que iria fazer  dali para frente, com um ser humano sob sua responsabilidade com o mundo em uma guerra que não parecia nem perto de acabar. Se é que ia acabar. Aquilo já era o bastante para ter seu estômago girando de maneira incômoda, ainda mais quando se levava em consideração que estava vazio há mais tempo do que provavelmente deveria.
E sua lista de preocupações só fez crescer no exato momento em que vira Remus adentrar o cômodo. Seu primeiro e mais forte instinto era colocar-se de pé para ir até o outro, mas viu-se impossibilitado de dar vazão a ele porque não havia tempo para formalidades e os assuntos começaram a ser levantados sem muita cerimônia. Ainda assim, tentou trocar um olhar ou dois com James e Peter, buscando por respostas, já que Remus mesmo não os olhava. Àquela altura, não era difícil para Sirius saber que estava sendo ignorado. Por isso, não tentou mais chamar a atenção do outro, nem de nenhum dos amigos. Apenas esperou tão pacientemente quanto podia até que o lugar estivesse mais vazio para, por fim, ir atrás de seu melhor amigo.
Sirius normalmente não era muito quieto, mas estava se esforçando no momento em que adentrara a cozinha, depois de alguns instantes apenas observando o outro do batente da porta, como se o som de seus passos fosse trazer enorme perturbação. Ainda se movendo de maneira surpreendentemente gentil e cuidadosa, tirou a xícara das mãos do outro, deixando-a ao seu lado na bancada só para que pudesse ajeitar-se entre as pernas alheias. Então, espalmou suas mãos nas coxas do outro e buscou pelo olhar dele antes de mais nada. ━━ Aconteceu alguma coisa? ━━ Perguntou, só para iniciar a conversa, porque já podia imaginar a resposta. ━━ Quer conversar ou prefere ficar sozinho? ━━ Perguntou pouco mais alto que um sussurro. Podiam ser próximos, mas ainda eram pessoas diferentes e, por mais que sua vontade fosse apenas arrancar as coisas do outro, daria meia volta se ele pedisse para ficar sozinho. Só então, as íris escuras passaram a esquadrinhar as recentes aquisições na pele alheia, demorando-se naquela cicatriz no pescoço. As perguntas rapidamente encheram sua cabeça, mas segurou todas. Mesmo aquelas que pareciam urgentes. ━━ Noite difícil, big boy? ━━ Perguntou, então. Daquela distância, não tinha como olhar discretamente, tentar disfarçar o que fazia.
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🎃・୧︰ Distraído em seus anseios, sequer notara a presença do melhor amigo até esse se aproximar. Estorvo. A palavra ecoou em sua mente e, por um momento, o formigamento na nuca retornou. Estamos na Ordem, não preciso estar alerta a todo instante. Se convenceu antes de forçar-se a concentrar no presente. — Sirius, o quê você está… — As palavras foram cortadas por um demorado suspiro conforme a xícara era retirada de suas mãos, conjurando o galês “materno” ao murmurar um ych a fi. Observou-o acomodando-se entre suas pernas, há muito acostumado com a naturalidade com a qual adentrava seu espaço pessoal — o próprio corpo respondeu na mesma desinibição, ajeitando-se em sintonia com os movimentos de outrem, dando-o espaço. Imaginara que Sirius seria o primeiro a procurá-lo após tê-los evitados, logo, os maneirismos não o surpreendiam. Ainda que compartilhassem de similares níveis de apreensão, contrário de Remus que optava por esperar que o procurassem, Sirius tomava a iniciativa — contudo, nunca falhava em respeitar os sentimentos alheios. E era grato por tal. 
Fitou-o por um momento, mudando a atenção para o objeto que o fora “roubado” quando a primeira pergunta veio. Nunca conseguira (ao menos, não diretamente) mentir para Sirius. Contornava suas perguntas e ocasionalmente omitia detalhes mas, desde que se conheciam, jamais conseguira contá-lo mentiras. Mesmo quando o oferecia meias verdades, eventualmente, acabava por o contar tudo: porquê temia desapontá-lo ou entristecê-lo mais que os outros; perder a conexão que possuíam. — Não me importo com a companhia. Mas não há nada para conversar… — Esforçou-se para soar resoluto, mas as palavras saíram quase num sussurro. Em sua perspectiva, era verdade: não detinham nada a discutir exceto como se preparariam para o fim do mês. Seu “encontro” com o lobisomem não era um acontecimento que precisava ser discutido além das paredes do escritório de Dumbledore, não era uma situação que solicitava maior atenção. Afinal, estava inteiro e nenhuma informação havia sido comprometida. Se apossou da xícara com a destra, bebericando o líquido mentolado. As orbes azuis retornaram à encará-lo, notando onde a atenção de outrem estava. — Skeeter would have a field day with how you are right now. — Disfarçou com uma provocação, pendendo a cabeça para o lado para esconder a cicatriz. 
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Foi normal, na verdade… acabei tomando a poção. — Bebericou o chá outra vez antes de colocá-la sobre o balcão novamente, mastigando uma folinha de hortelã que retirara do líquido. Desde que descobrira sobre wolfsbane, revezava as Luas Cheias em que consumia a poção (a qual adquiria de Lily) — não queria perder a prática de conquistar a consciência por conta própria, especialmente após tantos anos se esforçando. Somente a tomava quando julgava ser de suma importância controlar a transformação, como quando haviam festivais na aldeia próxima do chalé ou em noites como a anterior, em que estava suficientemente debilitado. Permaneceu em silêncio por alguns segundos, o indicador vagarosamente traçando padrões nas costas da mão de Sirius. — Me deparei com Greyback. — Murmurou, enfim. — Me descuidei… mas não foi nada demais…! — Adicionou apressadamente, o olhar não encontrando o dele. — A maioria desses é porquê aparatei errado. 
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