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Busca de quem sou, do que tudo é. Eu sou o todo e o todo me é.
E se eu escrevesse sobre vegetarianismo e veganismo e qual é a essência do que talvez sinta um vegetariano / vegano?
MEU ARTIGO SOBRE:
Diria que é uma espécie de atividade onde o sentimento de solidariedade com os animais (acompanhado por uma sensação de pertencimento para com a natureza) é muito aflorado! Magnífico! E com ele também tem um lance fortíssimo de abrir mão do prazer e da arte de comer, em prol de nossos semelhantes. Mas... Espera... Não... Calma aí... Comer é arte? Arte de quê? É a arte de explorar através de um sentido fabuloso, como o paladar, as variedades de possibilidades de ingestão prazerosa de elementos da natureza! Nossa! Comer é maravilhoso! Ingestão prazerosa é o "comer". A Gastronomia... Nossa... Que ciência HUMANA mais incrível! Arte! ..... Como abrir mão de algo tão bom assim? Esse prazer inestimável e especial assim? "Magnífico!"... Se tornar vegetariano? Vegano? Hahahahaha! Até parece... Vegano? Kkkkkkkkkk! Vc enlouqueceu né mula? Laís, sua mula! Isso é ridículo, coisa de gente que se acha natureba e mimimi. Tenho que me preocupar é comigo! O que importa aqui: sou eu. Sou humano, sou superior aos outros animais, quem sabe o que é arte aqui: sou eu. Sou individualista, não posso mesmo ser vegano. Impossível. Vivo no capitalismo como ele é, sem essa de "uma nova fase sustentável" do mesmo. Isso é inadmissível e até cômico. O capetalismo se importa e louva apenas o homem, o homem sozinho, ele e seu deus: a moeda. Não posso ser vegano, pois sou capitalista! Isso sugere que uma doutrina, um modo de produção, totalmente isento de traços do capitalismo, deveria então ser vegano?... Talvez... Hum... Essa é uma ótima ideia... Gastar meu sagrado tempo e meus sagrados neurônios pensando em como formular uma teoria de um modo de produção que fosse isento de traços capitalistas (e isso inclui a porra toda ser vegana)... Preciso anotar isso! Preciso anotar tudo isso! Preciso escrever! Preciso guardar idéias em folhas ou telas... Qualquer coisa! É preciso mostrar pras pessoas que pensar sobre vegetarianismo/veganismo não é qualquer coisa! Pense bem ao comer carne ou manteiga. Carne: vítima primária do "comer". Manteiga: vítima derivada da vítima primária do "comer", do prazer em comer. Optar por comer, é um monstro, assim como o capital. Acho que agora entendo o motivo de a "gula" ser um dos 7 prazeres capitais. Ops, pecados. Opte por não comer. Um movimento interno de consciência.
FIM DO ARTIGO
Gente! Eu escrevi um artigo! Nossa! Um artigo incrível! Estou tão orgulhosa de mim! Sou uma [escritora]!
[professora]
[dançarina, portanto, artista]
[militante feminista]
[natureba] (vide *modo de produção antípoda do nosso*)
[veterinária]
[ambientalista ativista]
Posso ser tantas coisas... Posso ser [MÃE].
Ah mas... Ser mãe não seria um tanto individualista? Criar minhas raízes, deixar minha semente aqui "nesse mundo", pra garantir. "Minhas raízes". "Minhas": pronome possessivo. Possessividade - individualismo hobbesiano - capitalismo. Mas ser mãe é também tantas outras coisas! Tanta coisas boas! Nem consigo explicar! Mítico. "Afinal, a vida tem sede de fantasia." [avó] Ser avó é ser muito. Acho que isso é tudo. Entenda como uma homenagem à Alice. Ah... Suspiro de Alice. Pele, essência de Alice. Quer saber? Eu sou tudo isso aí e tudo o mais! Sou minhas ideias. Sou consciência e sou natureza. Sou UNA. Sou mudança de uma coisa pra outra. Da vida pra morte, porque afinal, elas podem ser exatamente a mesma coisa. Por que não? É isso! Consciência, natureza e mudança.
CONSCIÊNCIA NATUREZA MUDANÇA
Não necessariamente nessa ordem. As três coisas juntas. Usarei de uma ordem aleatória para exemplificar melhor: Nasci natureza, me tornei consciência (cachoeira), e vou mudar. Eu vou mudar. É a mudança que faz o futuro.
~sirene~
(morte é sinônimo de futuro). Agora.
Autotranscendência.
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- Não consigo dormir, fico relendo nossa conversa.
- Nossa...
- Pois é.
- Por que não conversamos sobre algo bom então? Melhor que reler o que talvez não nos faça bem.
- Não, valeu. Prefiro encarar a realidade.
- Tudo valeu! Você é uma das coisas mais valiosas da minha vida. Me emociono ao escrever isso. Acredite. Não deixarei isso se perder. Talvez se perca no tempo e no espaço, como todas as coisas na vida. Mas isso está guardado, bem guardado, num dos lugares mais bonitos do mundo. Um lugar que nem eu e nem você conhecemos ainda. Um lugar equivalente à pureza e importância desse sentimento cultivado. Um lugar bem lindo e protegido. Onde moram os corações mais sofridos, junto com suas todas e poucas verdadeiras alegrias. Principalmente aquelas que nasceram do encontro de dois corações especiais. Dois espíritos especiais, que não estão e estiveram ligados por mera coincidência durante a vida. Eles se encontraram pra provar que nesse mundo, nesse mundo de gente doente, ainda existe algo que vale a pena. O amor.
- Boa noite. Arrume as minhas coisas por favor.
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Esse nosso olhar... Ele é...
Uma eternidade em potencial, como se tudo que estivesse lá dentro, daquele olhar, durasse pra sempre em algum lugar.
É pura desordem! Um turbilhão de energia.
O vejo também feito uma janela do tempo, como se fosse um portal mesmo: pra outras eras.
É uma viagem sublime. Quando a gente mergulha e viaja, é como se não houvesse mais volta. Cá entre nós... Não há.
Falando em mergulho, nosso olhar é... É um mar de calmaria. Ele nos transmite uma serenidade involuntária, ao mesmo tempo que causa um tumulto vago.
Nosso olhar é jogo ganho, cara. Desnuda completamente os espíritos.
Quando a gente se olha ouço bem de mansinho tocar uma canção contida, cuja letra incita nosso mais sagrado pecado subliminar.
Se sairmos de nós mesmos e olharmos bem de pertinho esse nosso olhar, perceberemos também uma hostilidade enrustida, uma irritação sem motivo aparente. É sentimento, faz parte...
O olhar é esse labirinto inabitado. Ele é o mais bonito além-mundo. Uma rasura literária de essência irracional.
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Caro ex-amor, escrevo esse bilhete para dizer-lhe da minha terrível insatisfação. Estou insatisfeita de saudades. Passe por aqui, diga um olá, pergunte da minha vida. Não precisa ficar, apenas deixe-me ouvir a tua voz.
Nem a distância vai nos separar. (via vireipassaro)
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