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porumavidasimples · 2 years
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Ah, as redes sociais… 📸
Eldorado do Sul, 27 de Julho de 2022. Dia ensolarado...
Eu estava fora das redes sociais desde outubro de 2018 e, confesso que não sentia falta nenhuma. No começo (e ainda hoje) era engraçado ver a expressão das pessoas quando me perguntavam "Você viu meu stories?" e eu respondia "Ah é que eu não tenho mais redes sociais", na mesma hora as pessoas me perguntavam como era possível "viver sem" e eu simplesmente respondia que não sentia necessidade. Logo as pessoas voltavam para seus telefones e o assunto se encerrava, até que as mesmas pessoas me perguntavam dias depois a mesma coisa: "Viu o que eu (ou fulano) postou?" e em todas as vezes eu respondia o mesmo. O mais louco é que eu não tinha mais as contas nas plataformas e ninguém nem tinha percebido que eu não estava mais nas suas listas de seguidores...
Realmente não sentia necessidade de postar nada publicamente, gostava de escrever aqui algumas vezes quando sentia que precisava desabafar ou só aliviar a cabeça, mas também não era uma coisa latente. Mas em dezembro de 2021 confesso que achei que seria legal compartilhar um pouco dos "momentos mágicos" do meu dia com quem também é adepto de uma vida simples, mais lenta. Minha primeira publicação foi um post de Natal, já que amo essa época!
Então criei uma conta no IG (mas não passei para nenhum conhecido) e comecei a publicar algumas coisas como vídeos de paisagens, de algo que achei bonito no meu dia; natureza, pequenos insetos, passeios na praça, bordados, pinturas, coisas que gosto de apreciar... Stories das fogueiras que fazemos em casa, fotos de receitinhas veganas e coisas do tipo.
Recordo que antes de voltar para as redes sociais, nas viagens que eu e minha esposa fazíamos, nas receitas que eu cozinhava, na praça que passeávamos, eu nunca estava com o celular na mão e, agora eu estava a todo tempo gravando vídeos e fotografando pra postar na minha conta.
Me dei conta de que estava passando dos limites quando me vi em uma de nossas viagens fazendo diversos vídeos, ou mesmo fotografando coisas aleatórias que eu achava legal, mas que não necessariamente os outros precisavam ver, ou a postar meus bordados em andamento e que depois de postar perdia a vontade de continuar bordando, tudo o quanto de coisa que só eu deveria ver, sem precisar postar tudo toda hora, ou quando simplesmente pegava o telefone e ia direto (sem pensar) para o aplicativo, só para rolar as publicações alheias na aba "explorar".
Percebi que eu nem estava lendo mais meus livros, não largava o celular um minuto, não estava mais bordando como antes e ficava comparando as minhas publicações com as de outras contas que eu seguia, além de ficar me comparando fisicamente com outras pessoas ou achar que precisava comprar as coisas que o aplicativo recomendava para mim. Estava começando o vício de novo, pois antigamente eu era bem ativa nas mídias, adorava postar meus "momentos felizes" pra todo mundo ver, sempre esperando aquela aprovação dos outros em forma de likes.
Decidi que não usaria mais o instagram e desinstalei do celular, mas ainda não excluí a conta. Faz dois dias que instalei um aplicativo de leitura, baixei um livro em pdf e quando dá vontade de mexer no celular eu leio, tem dado certo.
Agora fazem 3 semanas que parei de publicar e usar o aplicativo e já sinto uma leveza, voltei para minhas leituras, assei salgados no forno e não tive vontade de postar, fiz passeios de bike com minha esposa e nenhuma vez tive vontade de filmar e estou de volta ao caminho que decidi trilhar; desacelerar e ser autêntica comigo mesma, com as pessoas que amo e sem precisar da aprovação das pessoas desconhecidas que estão do outro lado da tela do celular... Acho que assim vai ser melhor!
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porumavidasimples · 2 years
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O melhor Natal da minha infância 🌲👨‍👩‍👦‍👦
         Me recordo de um Natal em que o dinheiro estava bem curto, minha mãe e padrasto davam duro para que eu e meus irmãos comêssemos e me lembro que na véspera desse Natal nós não tínhamos o que comer, não haveria ceia, nem presentes...
         Era quase 00:00 e estávamos esperando meu padastro chegar em casa com o pagamento do trabalho pra ver se teríamos algo para jantar. Nós, crianças, estávamos quase dormindo quando ele chegou com uma sacola e dentro tinha um frango assado, polenta e salada de maionese, minha mãe complementou com arroz cozido e foi o melhor Natal que eu tive quando criança...
         A família reunida comendo à mesa, feliz por ter o que comer e por compartilhar esse momento de união juntos, isso vai ficar pra sempre na minha memória, mesmo sem presentes eu havia me sentido muito agradecida pelas pessoas que estavam ali comigo dando o seu melhor para nos verem bem... 🌲
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porumavidasimples · 3 years
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A vida lá fora 🌿
        Sempre que eu vinha para o trabalho tentava fazer um percurso diferente para ver qual eu me adaptaria melhor e qual seria o mais rápido para chegar sem me atrasar. Passei muito tempo tentando achar uma forma de chegar o mais rápido possível. O meu objetivo era não me atrasar e ponto, qualquer coisa fora disso não importava muito.
        Com o tempo fui entendendo como eu precisava ter mais calma, desacelerar e ter mais paciência com as coisas e isso me levou a pensar que se eu quisesse chegar com calma no trabalho deveria sair um pouco mais cedo de casa. Testei os mesmos caminhos de antes, mas desta vez olhando com cuidado para as coisas que se apresentavam pra mim...
        Percebi que a natureza que eu procurava nas viagens para o mato, para a floresta, estavam também ali no meu caminho, bastava eu olhar com atenção, com serenidade. No trajeto que faço a pé hoje eu tenho os meus "lugares favoritos", o principal deles é uma viela (rua muito pequena) com uma casinha de madeira e jardim na frente, não passa carro nessa rua, o que a deixa ainda mais com cara de interior, outra rua tem pelo menos 4 árvores frutíferas carregadas de frutos de acordo com a estação; uma de ameixa amarela, uma amoreira, uma mangueira e uma pitangueira e todas com poucos metros de distância uma da outra.
        Em outra rua do meu trajeto tem uma árvore Maple Canadense, no outono a rua fica coberta de folhas secas, eu amo e adoro a estética, tem até uma Araucária enorme no outro lado da esquina!! E na rua mais arborizada do meu percurso tem muitas, mas muitas árvores de Ipês; rosa, lilás e amarelo e, quando chega o final do inverno, antes mesmo da primavera iniciar, as ruas estão todas coloridas, pra mim é um espetáculo à parte. Fico ainda mais fascinada com o canto dos passarinhos que enchem essas árvores!
        Algumas coisas são menores e me chamam a atenção e fico pensando se mais alguém percebe isso quando passa por ali; tem um estacionamento daqueles bem antigos, tem até um jardim ao lado cheio de plantinhas e ao longe ouço a música de um rádio tocando lá dentro do estacionamento ainda fechado, provavelmente alguém tomando café enquanto ouve música e isso é tão nostálgico... Me lembra os meus avós, tomando café e ouvindo uma rádio AM baixinho... (essas coisas marcam a gente)
         Todos esses detalhes que percebo nesse meu pequeno caminho me trazem uma enorme felicidade, me fazem perceber que existem muito mais coisas interessantes por aí e que nós só não enxergamos pois não estamos presentes no aqui e agora, estamos pensando no que já passou ou no que ainda vem pela frente... Quem sabe devêssemos dar uma chance para a vida que se passa lá fora e aproveitar essas pequenas felicidades?!
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porumavidasimples · 3 years
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"Não é o que o mundo tem pra você, é o que você traz ao mundo."
~Anne with an E 🍁
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porumavidasimples · 3 years
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Deixa queimar... 🔥
Escrevi em um pedaço de papel tudo o que me fez mal; toda inveja, toda mágoa, todos os arrependimentos, todos os sentimentos e pensamentos que me fizeram sofrer por muitos anos... E deixei tudo isso queimar enquanto minha mente foi se limpando e purificando de todas as negatividades. Isso ajudou a me livrar dessa carga emocional tóxica que me impedia de seguir em frente...
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porumavidasimples · 3 years
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Menos é Mais         
Hoje eu estava pensando sobre como é difícil tentar andar contra o fluxo quando a sociedade nos bombardeia com cobranças o tempo todo sobre ter mais dinheiro, ter uma carreira de sucesso, como sempre tem um produto novo imperdível no mercado que devemos comprar, viagens para fazer, como precisamos parecer o tempo todo feliz nas redes sociais e como precisamos ser multitarefas por que todo mundo é, então eu também devo ser…         As vezes me pego pensando em como eu era há um tempo atrás, como eu estava cega tentando me encaixar em estilos e classes econômicas que eu não faço parte só para parecer mais “descolada” e ser aceita pela massa, ou em como eu iniciei uma faculdade de Fotografia só por que as pessoas diziam que eu fotografava bem, sendo que eu adorava isso como um hobby e quando tive esse contato com a faculdade me senti perdida e desiludida. Me recordo que tive muitas crises de ansiedade (minha esposa que o diga) por causa disso, por querer me encaixar num universo do qual eu não fazia parte, na real, nem queria fazer parte, mas a pressão para ser aceita e ter sempre mais é algo que vai lá no seu íntimo, manipulando e mexendo com você da forma mais traiçoeira até que você percebe que não está mais vivendo, está atolada de problemas, de afazeres, de trabalho, relações esgotadas e nenhuma qualidade de vida, vivendo da procrastinação por que não tem tempo para tudo (nem pra respirar).         Eu estava exausta, não por trabalhar e fazer faculdade, mas estava exausta por que cada dia que passava eu me afastava de mim mesma, consumida pelas crises de ansiedade e pela guerra que estava acontecendo dentro de mim, meu eu sabia que estava no limite, sendo consumido pouco a pouco, devagarinho, lentamente… Cheguei a usar medicação para ansiedade e algum tempo depois fiz terapia. Era como seu não estivesse vivendo, meu dia era acordar, trabalhar, estudar, voltar pra casa, cozinhar e dormir (e nesse meio tempo postava fotos felizes e inspiradoras nas mídias sociais), dia após dia. A única coisa que eu sentia orgulho era (é) o meu relacionamento com minha esposa, sinto que ela lutou muito por mim quando eu mesma não estava lutando, quando eu estava tentando me enganar.         Decidi que deveria parar a faculdade e quando fiz isso saiu um peso das minhas costas, consegui mudar de turno no trabalho, passei a não responder whatsapp do trabalho em casa, excluí as redes sociais, e comecei a desacelerar pouco a pouco, foi aí que a minha vida começou a tomar jeito. Vi que no ritmo que eu estava não conseguia perceber com clareza os meus sentimentos e em como eu era uma estranha pra mim mesma. O caos emocional começou a minguar pouco a pouco, quase como poeira e fui percebendo que eu precisava agradar apenas a mim mesma e que o que as outras pessoas pensam sobre mim é problema delas, não me diz respeito.         Viver uma vida sem luxo, sem falsidade, sem excessos é um caminho sem volta, você percebe que só tem a ganhar quando tem menos. Ter menos coisas é sinônimo de menos problemas e mais qualidade de vida, mais tempo para contemplar a natureza, tempo para pensar no que te faz feliz de verdade, tempo para a família e amigos, tempo pra perceber as coisas simples que te rodeiam (o barulho do vento nas folhas das árvores ou aquela paisagem bonita na ída pra casa) sem aquele peso de estar sempre numa corrida sem linha de chegada.
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porumavidasimples · 3 years
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As coisas simples...
         Na maioria das vezes o que precisamos fazer é parar, respirar e prestar atenção ao que nos cerca. 
         Quantas vezes o ritmo desenfreado do dia a dia nos controla e não nos damos conta do vento batendo em nosso rosto? Quantas vezes ao dia paramos para olhar nos olhos dos nossos familiares? Quantas vezes em um dia paramos para ouvir o canto dos pássaros e os pequenos momentos de paz que se apresentam tão singelos?
         Desde que me entendo por gente sempre tive uma vida bem simples; aquela época que a gente brincava de pés descalços, subia em árvore, ralava o joelho andando de bicicleta, jogava bola com a gurizada da vila, brincava de esconde-esconde no mato e, quando chovia era a festa; tomar banho de chuva ou fazer casinha dentro de casa com os lençóis da cama eram o ponto alto. Era uma época em que éramos alheios à correria do dia a dia, o que importava era a diversão e a felicidade do momento...
         Mas a gente cresce e entende que tem que fazer mil coisas; acordar cedo, checar o instagram, trabalhar, checar o facebook, responder e-mails, o que ta fazendo sucesso no tiktok?!, ler todas as notícias do dia, aceitar todos os convites de festas/encontros , limpar a casa, cuidar dos filhos ou pets e aos finais de semana assistir todos os filmes e séries do momento, atualizar as redes sociais, resolver problemas... UFA! Provavelmente esqueci de algo (rs)
         Será que nesse dia corrido temos tempo para as coisas importantes? Temos tempo para ouvir nossos próprios sentimentos ou até mesmo para olhar a natureza que nos cerca mesmo na cidade grande? Será que desse jeito vamos chegar lá na frente e ter orgulho de como aproveitamos o nosso tempo? Será que vamos lembrar das curtidas que tivemos em uma foto no Instagram ou da alegria de um passeio no parque? 
         Desacelerar e perceber as pequeninas coisas da vida são para mim a forma de validar o meu dia, saber que esse tempo não vai voltar mais é o que mais me motiva a continuar desacelerando, saboreando cada momento que passo com as pessoas que amo e comigo mesma... Saí das redes sociais achando que ia perder muito, ao contrário, aqui vejo como a vida pode ser boa e simples...
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