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Game para crianças com câncer nasce da ideia de ex-paciente oncológica
Por Lara Guzzardi
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Foto: Imagem inicial do jogo Alpha Beat Cancer.
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva prevê que, em 2018, 12,5 mil crianças serão diagnosticadas com câncer no Brasil e, para 2019, essa previsão deve se repetir. O número de casos é alarmante e tem crescido significativamente nos últimos anos. Em função disso, a designer de interfaces e uma das fundadoras da Mukutu, empresa focada em experiências interativas, Ludmilla Rossi, teve a ideia de criar um jogo virtual gratuito que desmistificasse o câncer aos pacientes infantis.
O Alpha Beat Cancer apresenta 20 minigames que abordam temas oncológicos de uma forma lúdica e divertida, gerando duas horas de conteúdo onde a criança se diverte e compreende melhor a função de cada etapa dentro do tratamento como saber o que é uma célula, como se comportar em um exame ou uma radioterapia, quais são os alimentos certos e a importância da higienização de objetos por conta da imunidade. O aplicativo possui cerca de 14 mil downloads e é amplamente usado em hospitais desde 2017.
O game é uma parceria da Mukutu e do Beaba, Instituto sem fins lucrativos capitaneado pela  Simone Mozzilli. “Eu e a Simone somos ex-pacientes de câncer e nossas vidas acabaram se cruzando por isso, além de algumas outras coincidências, como o fato de trabalharmos praticamente no mesmo segmento (comunicação e tecnologia). Eu comecei fazendo pequenos eventos na minha cidade (Santos-SP) para buscar recursos para o Beaba, inicialmente de maneira bem tímida”, conta Ludmilla.
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Foto: Criadores do jogo em evento. Ludmilla à direita e Simone a penúltima à esquerda.
Parceiras e criadoras do Alpha Beat Cancer, as sócias foram pacientes oncológicas na mesma época há mais de seis anos: Simone teve câncer de ovário e Ludmilla teve câncer de língua, mas hoje em dia as duas já completaram a remissão, período em que a pessoa está livre da doença. “Por conta desse envolvimento prévio e por admirar muito o trabalho do Beaba, sugeri à Simone que aproveitássemos o conteúdo da cartilha para outras mídias, principalmente um game gratuito, que poderia ser distribuído com menor custo – e impactar mais pacientes”, afirma a designer.
A cartilha que Ludmilla se refere é um guia rápido e ilustrado do Instituto Beaba com informações sobre câncer para pequenos pacientes e seus acompanhantes, porém havia altos custos de impressão e não era tão acessível, por isso a ideia de criar o aplicativo com jogos de celular gerou um alcance de público muito maior. A equipe foi premiada pelo game interativo no World Summit Awards, em Viena, na Áustria, em uma seleção que incluiu mais de 150 países do mundo. As fundadoras pegaram a sua jornada pessoal para criar um legado positivo e fazer com que os pacientes de câncer possam ser tratados de uma maneira ainda melhor.
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Foto: Uma das fases do jogo Alpha Beat Cancer.
Apesar da parceria continuar, Ludmilla Rossi já está se dedicando a outros projetos junto com a sua empresa Mukutu: “Ao longo de 17 anos, participei diretamente ou indiretamente de mais de 1000 projetos. Atualmente estamos trabalhando em um game para a marca Crokíssimo, da Santa Helena, que terá seu lançamento no Brasil Game Show, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de outubro, com uma porção de influenciadores”.
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Foto: Youtuber influencer de videogames, Malena, testa jogo da marca Crokíssimo em seu canal.
A designer conta que teve o privilégio de ter contato com o mundo tecnológico muito cedo: “Eu lembro que eu estava sendo alfabetizada, em 1988 quando o primeiro computador chegou em casa através do meu pai. Ele já trabalhava com tecnologia e sempre foi autodidata, mesmo numa época onde ter acesso à tecnologia era para poucas pessoas. Em 1996 ele colocou Internet em casa. Lembro até o dia: 28 de junho de 1996. Nessa época eu já mexia bem com vários softwares, mesmo sendo adolescente. Ter PC em casa desde muito cedo despertou minha curiosidade desde cedo e daí para começar a fazer sites, aos 14 anos, foi um pulo.”
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Foto: Ludmilla Rossi, fundadora da empresa Mukutu e uma das criadoras do Alpha Beat Cancer.
A fundadora da Mukutu já tem suas próprias inspirações no meio em que trabalha: “Muitas mulheres me inspiram. A Pam Kato, criadora do Remission, é uma delas. Também admiro vários estúdios brasileiros como o Petit Fabrik, Behold, entre outros. Mas a empresa que acho mais incrível na área de impacto social é a HopeLab.”
A respeito da desigualdade de gênero no mercado digital atual ela faz a seguinte análise: “Na área da tecnologia sempre houve mais homens do que mulheres, por questões estruturais. Sempre fomos direcionadas para profissões do cuidar, raramente do inventar. Nos últimos anos, isso mudou bastante e a presença das mulheres cresceu. Na área de jogos de impacto as mulheres são bem presentes e protagonistas e cada vez mais o mundo está entendendo a necessidade (e o valor) da diversidade”, afirma Ludmilla Rossi.
Com o intuito de que o cenário tecnológico feminino continue a evoluir cada vez mais em números no futuro, Ludmilla faz suas apostas: “Devemos ocupar o máximo de espaços que pudermos, sendo inventivas, criativas, competentes. Seja em palestras, nos palcos, escrevendo, produzindo conteúdo e criando projetos com grande significância para o mundo”.
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