Tumgik
ohhelpmeremember · 4 years
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Nem sempre as decisões feitas com o coração são as melhores. Hoje sei que te quero como a primavera quer o florescer da sua flor preferida, mas isso não significa que a flor preferida da primavera seja a que mais vai dar cor a estação.
Liz, você me causa vertigens.
Mas a sensação que me doma o peito é que velejaremos por tempo suficiente para sorrir e chorar... e atracaremos no porto mais próximo para buscar um novo amor para velejar. 
Não estamos preparadas para ir além das fronteiras daquilo que o destino nos guarda. E tudo bem!
A melhor parte da viagem a gente curte quando se esquece a data de retorno.
Velejar com você foi a escolha consciente mais leve e racional que já fiz na caminhada. Mas o tempo inteiro algo faz com que o meu coração queira se preparar para quando você decidir partir. Porque eu sei que vai. 
Não sei porquê, nem quando, nem como...
Mas algo sempre me sopra os ouvidos para estar atenta à sua ida.
Eu te esperei como o outono espera o inverno chegar.
Eu te aguardo ir como a primavera espera o inverno passar.
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ohhelpmeremember · 7 years
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Quando nudas tua alma, nus ficam teus olhos também. Teus sentimentos mais límpidos, mais claros e amenos. Pois quando se faz crua tua feição, ainda assim consigo ler-te, tendo em vista um elo de afeto que não limita-se ao tato, tampouco faz-se capaz de se dissipar pelas exterioridades advindas do acaso. Vê-la-ei serena quando conseguirdes compreender a tua grandeza e assumir com integridade até mesmo tuas falhas, eliminando os fragmentos daquilo que por ventura obstrui tuas vias energéticas receptoras e te faz metade de si, para que o amor lhe habite pleno. Reconheço-te virtuosa dentro da tua humanidade que por vezes peca, mas nem somente a isso prende-se pois, em mim, tu representas muito além dos erros que comete.
Desejo-te que seja inteira e siga leve.
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ohhelpmeremember · 8 years
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Não que a carne queira mais que o peito, mas ela invadiu-me na estação mais fria do ano. O inverno pede pele na pele, calor. E quando a língua cola, não desgruda. Quente. Convidativo. Enérgico. Doce. Trêmulo. Denso. Já é primavera e ela tem cheiro de flor. Que abrir-se, pede mais. Conexão. Sintonia. Compartilhamento. Elo. Ciclo. A rota foi radicalmente mudada por um conjunto de influências que atravessaram o nosso mês. A carne sente a sensibilidade do toque, o peito sente a sensibilidade da energia. Ela trouxe vida às estações. (19 de outubro de 2013)
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ohhelpmeremember · 8 years
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De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, Ou se vacila ao mínimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se ignora, lá na altura. Amor não teme o tempo, muito embora Seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora, Antes se afirma para a eternidade. Se  isso é falso, e que é falso alguém provou, Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare
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ohhelpmeremember · 8 years
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A saudade envergonhou-se por tão exagerada e escondeu-se atrás de um abraço não muito apertado, ainda carregando as marcas de suas mágoas. O sorriso volta e meia escapava apaixonado, mas ainda inseguro, apagado por suas incertezas que vieram a tona naquele momento. O coração palpitava, pedia pra se afogar naquele amor. Ela havia ficado fria e dura como o gelo, despedaçada como papéis velhos jogados ao vento... Seria uma tarefa difícil aquecer aquele amor que adormeceu em silêncio, pesando em seu peito. Mas impossível, não. Nada era impossível quando se tratava daquele amor. (30 de outubro de 2012)
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ohhelpmeremember · 8 years
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Não dói tanto... Queima feito uma picada de abelha. Essa insegurança não vale uma gastrite nervosa e muito menos aquele tanto de lágrimas que deixei escorrer na primeira madrugada fria de novembro. O mês devia começar bem, prometemos um passo de cada vez pra não tropeçar de novo, tu se lembra? Eu devia te cobrar isso, mas não posso. Não sei se depois de tanto, ainda consigo te clamar algo. Não sei se podemos, Liz... Ou, na verdade, não sei se você pode! E a agonia de não poder te sentir me crava fundo no peito feito uma foice a dilacerar tudo aqui dentro... E é extremamente sufocante querer, mas não conseguir te fazer querer tanto quanto eu quero.
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ohhelpmeremember · 8 years
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Liz, hoje lhe digo, com sensatez, que o meu coração bate ameno e cautelosamente clama pelo seu aproximar. Sei que por mais que nossas vontades possam tornar perigosa a jornada, continuaremos a encontrarmo-nos por aí, se assim o destino permitir. E na medida que se acalmarem os corações e se amenizar o desejo, conseguiremos manipular o elo para o que é bom, belo e salutar, sem nos afligirmos e colidirmos nossas vontades. E sei também que por mais que estejamos entrelaçadas em nossos mistérios e controlando o imenso anelo de tocarmo-nos, cuidaremos primordialmente de nossos corações... E talvez nos encontremos novamente, com um amor mais maduro de se viver.
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ohhelpmeremember · 9 years
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“Não me aproximo porque, veja bem, sabe lá quem habita a tua solidão. Hesito. Recuo. Me afasto tristíssima. E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas. Numa delas sou um bichinho invisível, com asas, que adentra tua casa e te observa em segredo. Faço o contorno do teu corpo todo com os olhos, parada contra a parede do teu quarto, imóvel, enquanto tu te atiras na cama. Cansado. Tu olhas para o teto imaginando mil coisas, memórias, compromissos, desejos, saudades. Te fito com dor. A luz do abajur faz sombra na tua pilha de livros, que folheei um dia e quis pedir emprestado mesmo sabendo que não havia intimidade para pedidos. Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris. Caminharíamos pela beira do Sena, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão.” - CFA
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ohhelpmeremember · 9 years
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ohhelpmeremember · 9 years
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Hoje, pela manhã bem cedo, pensei em lhe escrever pra te dizer que o teu silêncio me ecoa e é ensurdecedor. Pensei em lhe dizer o quanto lhe quero bem, o quanto desejo todos os dias que o seu sorriso habite a órbita dos olhos meus mais uma vez, nem que seja mais uma única vez. Pensei em te ligar pra recitar a última poesia que lhe escrevi, mas as palavras embaralharam-se no papel amassado no canto da mesa ao lado da garrafa vazia de vinho que tomei pensando que, talvez, um porre pudesse te levar embora de mim. Pensei na saudade que inundava o meu peito e o quanto eu quis você aqui, logo ao despertar. Eu pensei nas manhãs preguiçosas em que acordei ao lado teu e pude sentir o teu cheiro doce pairar no ar. Eu pensei na luz refletindo nos olhos teus quando nascia o sol e, mesmo quando o dia era gélido, você fazia calor em mim. Eu pensei nas tuas gargalhadas escandalosas que me faziam suspirar o encanto que nascia quando se misturavam os nossos sons. Eu pensei na tua pele e eu pude tateá-la como um cego tateia as mais belas flores que, mesmo não sendo vistas, são sentidas. Eu pensei em lhe dizer mais uma única vez o quanto você é linda, pra que não se esquecesse. Pensei no sabor dos teus lábios e desejei tocá-los, pensei nos teus cabelos e desejei embrenhar-me em teus fios, pensei no teu sorriso e desejei motivá-lo... Mas não me doeu pensar, eu apenas pensei.
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ohhelpmeremember · 9 years
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Sinto saudade, mas o que fazer além, se sinto e minto que tento matá-la? Promessas sem ações, qualquer ressentimento passa, como essa saudade há de passar. Se não, novamente penso, e já digo que lamento outra vez atormentá-la, com esse nó que traça o peito, grita e geme por si. Sinto porque preciso, digo porque senti. Não mato o que me devora, enquanto esta der vida a ti.
Mateus F. (via desvairismo)
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ohhelpmeremember · 9 years
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model: Eveline Correia photo: Cici Jones
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ohhelpmeremember · 9 years
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Eu dizia assim pra ela: “Ei, me conta como anda você?”
Ela sempre me olhava com uma feição de quem diz: sem você não anda...
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ohhelpmeremember · 9 years
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Me esqueci de esquecer, e aí lembrei. As pernas estavam bem quentes, sabe? Como alguém que acabou de sair de um banho demorado, daqueles que deixam aquele cheiro gostoso de sabonete na pele. Os fios longos e encaracolados dos cabelos tinham um cheiro docinho que me remetia à domingo de manhã e uma fruta bem fresquinha. Era assim que me lembrava do deslumbre da minha paixão por Lis: um fascínio quentinho, com cheiro fresco de doçura. Mas era tão quente que eu vivia com medo de me queimar. Na última manhã que passamos juntas, quando era bem cedo, ela me olhou com os olhos de quem clama por algo que não vem. Eu fiquei intrigada tentando decifrar o que ela queria dizer. Eu entrei nos teus olhos e a sua imensidão azul era tão profundamente assustadora que quase me afoguei. Parece que a tua retina me reteve de tal maneira que pude me perder na pequena fração de segundo em que a olhei. Cada terminação nervosa do meu corpo entrou em choque e um medo estranho me domou. Os olhos claros sempre me foram uma fuga da realidade pra um mundo desconhecido qualquer. Em se tratando dos olhos de Lis, os caminhos me eram tão desconhecidos e as vidas que habitavam tuas córneas eram tão estupidamente encantadoras que me peguei no almejo de conhecer cada espaço, caminhando lentamente na cautela de desfrutar de cada passo que dava adentrando teu caminho. Seus olhos sempre me serão um desassossego.
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ohhelpmeremember · 9 years
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No mesmo momento em que encostei meus lábios nos lábios de Lis, senti espinhos fincarem o meu corpo. Enquanto entrelaçávamos nossas línguas em um beijo estupidamente caloroso e por tanto tempo almejado, abri meus olhos e encarei o maior abismo de minha vida: encontrei no ponto mais íntimo de seus olhos um mistério que, naquele mesmo instante, me aprisionou à devastadora ilusão em que se encontrava o meu desejo. Lis empurrou-me sobre a cama enquanto passeava suas mãos com pudor e, ao mesmo tempo, com afeição por todo o meu corpo, até que encaixamos os nossos corpos: pernas entrelaçadas, o sangue correndo quente pelas veias, o coração acelerado, a troca de calor deixando a respiração ofegante e o tesão começando a tomar conta de cada milímetro de nossa carne. Quando pensei que transbordaria a excitação pelas minhas entranhas, Lis me segurou firme e afastou-me de seu corpo como alguém que afasta o cigarro da boca após o último trago com receio de não haver mais nenhum no maço, porém, sendo invadida da vontade de acender mais um deles para prolongar o torpor. Encarei novamente o abismo nos misteriosos olhos de Lis, alimentando por uma fração de segundo alguns devaneios que se esvaíram rapidamente após serem substituídos pelo amedrontador anelo de me jogar, me levantei e retirei-me da alcova onde nos encontrávamos, nutrindo-me da certeza de que, sobre nós, ninguém jamais saberia tudo.
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ohhelpmeremember · 10 years
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Meu coração é fogo!
Em adversa à uma pequena chama que se apaga, um sopro pode aumentar o calor. E sempre há uma pequena fagulha capaz de findar o silêncio com um fragor...
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ohhelpmeremember · 10 years
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Lis era uma moça-flor. Seus olhos eram castanhos e continham o brilho de uma estrela e, quando vidrava os meus olhos nos dela, sentia uma euforia explosiva me inundar a carne. Seus cabelos eram livres e ela sempre os rebuliçava na tentativa de deixa-los encaracolados e acabava bagunçando de um jeito exuberantemente encantador, mas a flor que carregava presa na lateral do cabelo sequer se mexia. Lis tinha o sorriso mais cativante que os meus olhos puderam ver. Quando ela sorria, parecia reluzir toda a luz de um enorme jardim colorido e eu conseguia até mesmo sentir o aroma das flores. O corpo dela era um verdadeiro desenho, sendo cada milímetro uma arte minuciosamente pincelada em papel de seda e, as curvas, pintadas por artes e poesias fascinantes.
Belas flores só podem ser admiradas em seu espaço natural. A vida de uma flor depende indispensavelmente da energia vital do céu e da terra, tornando impossível – e cativante – a ideia de tomá-la para um jardim particular. Lis era apaixonada pela luz do Sol e pelo encanto da Lua. Era sedenta de natureza e liberdade. Adorava energizar-se com os bons ares dos céus. E eu, de longe, apenas alimentava-me de todo o encanto que era admirar a Flor-de-Lis livre como o vento que acariciava sua pele.
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