Tumgik
nathanknightley · 1 year
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flashback.
“Hm?” Sério? Era só isso que ele tinha a dizer? Tudo bem que naquele momento talvez bem ela conseguisse dizer qualquer coisa mas esperava um esforço maior vindo dele, ou talvez ela tivesse ele tão e colado ao redor de seu dedo que ele de fato não conseguia dizer nada além de um murmúrio. Acabou deixando um rápido sorriso aparecer em seus lábios com pensamento, mas logo ficou mais séria, observando as reações dele. A situação a qual se encontrava pedia muito auto controle e força de vontade para parar e ir contra ao que o corpo pedia e o dele visivelmente pedia mais do que o dela, ou pelo menos mais do que ela deixava transparecer, e era nesses momentos, olhando para o que ele fazia com a mão que ela agradecia aos céus por ser mulher e não ter um pênis. Pressionou os lábios juntos a fim de conter o sorriso, pois naquele momento tudo o que conseguia pensar era que ela causara tudo aquilo, não de propósito mas por mais que ele negasse ou que as palavras dele fossem negativas, o corpo dele o denunciava, o corpo dele a desejava e aquilo lhe causava um sentimento de poder, e ela gostava. Ah sim, ela gostava. — Precisa de ajuda? - Provocou. Não, ela não o ajudaria pois era muito melhor vê-lo daquela forma, sem falar que as palavras dele sobre ela se ajoelhar para os homens ainda ecoavam em sua mente. Se alguém se ajoelhasse, esse alguém teria de ser ele porque por mais que ela houvesse “perdoado”, não havia esquecido, simplesmente não conseguia e aquela área a melhor forma de fazê-lo pagar pelas palavras dele, engolindo-as. Havia se perdido em pensamentos quando notou os olhos dele em seu rosto, inclinando a cabeça para o lado e se aproximando dela. Sentiu seu coração acelerar, assim como sua respiração. Credo! Parecia uma adolescente novamente, era irritante que ficasse tão chocada e ansiosa por um beijo. Assim como ele, manteve os olhos abertos, cravados nos dele, estudando os movimentos dele, vou Nathan fechar os olhos mas não foi até sentir os lábios dele nos seus que ela conseguiu relaxar, fechar os próprios olhos e se entregar àquele beijo lento porém igualmente intenso. Se estivera incerta com o primeiro beijo, agora estava ainda mais, não sabia lidar com aquilo. Aquele beijo era um dos quis podia-se aproveitar, mas estava receosa demais para tal. Quando ele se afastou, Alejandra o encarou, escutando o que ele dizia. — Talvez? - Perguntou arqueando a sobrancelha. — Fine with me. - Disse sem muita empolgação. Pra ela tanto fazia, por mais que talvez preferisse deixar aquilo entre eles ali se rei, o que não imaginava era que era o que ele queria, já que demonstrava ciúmes. Quando ele falou que não havia sido um beijo ruim e que não precisava ser o último, Alejandra riu internamente. Vitória novamente. — Por que não admite de uma vez que você me quer? - Provocou porque ela a coisa que conseguia pensar em fazer para respondê-lo.
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Ergueu o olhar quando ouviu a pergunta debochada sobre se ele precisava de ajuda. Haha, very funny, pensou internamente, não sentindo graça nenhuma por estar naquela posição. Afinal, para as câmeras, apenas ele parecia afetado com tudo aquilo, quando na verdade, podia colocar a mão no fogo que ela tinha ficado impactada tanto quanto ele. O corpo não mentia. No entanto, como resposta, apenas deu um sorriso de lado, sem tanto humor. “Se quiser...please yourself”. Não seria ele a recusar uma ajuda naquele sentido. No entanto, a frase logo ficou no ar, quando ele voltou a se concentrar no próprio autocontrole. Quando, após o beijo, ouviu um ‘fine with me’, acabou deixando escapar um sorriso. Bom, não tinha sido um ‘não’ direto, o que era positivo e significava que existia possibilidade daquela dose se repetir. Deu um sorriso de lado com a provocação seguinte, tomando a bancada como um impulso antes de se afastar. Coçou o cabelo da nuca no maneirismo corriqueiro, sabendo que definitivamente não iria admitir aquilo tão fácil. “Alejandra, Alejandra...”, começou em tom de aviso, embora estivesse sorrindo. “Não sai projetando em mim o que você queria dizer...”, disse, como se estivesse se defendendo. “Quando você quiser admitir de uma vez que me quer, sabe onde me encontrar”. Apesar de saber que era mais fácil o inferno congelar do que Albernathy dar o braço a torcer. Aquilo era o pior de tudo, percebia. Os dois eram teimosos demais, tornando toda aquela dinâmica infinitas vezes mais complicada. “Bom...acho que a gente se vê por aí...”, completou, antes de se afastar de vez e ir em direção ao quarto. O sorriso, no entanto, ainda demorou muito a sair do rosto de Nathan.
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Apesar da confirmação dele eles não acredito, afinal muito provavelmente ele estava apenas sendo sarcástico, mas nunca saberia, não o conhecia a ponto de ler seu humor ou expressões, por mais que fosse muito boa em ler as pessoas. Voltou a levantar o olhar para ele numa expressão que fingia tédio. — Oras, por favor, não venha querer me ensinar o que “nós, enquanto advogados,” fazemos. - Ela repetiu as palavras dele para então continuar. — Estou entre os 10 melhores advogados de Nova Iorque. - Falou orgulhosa do título mas sem nenhum vestígio de quem estava esnobando ou desdenhando dele, dessa vez a arrogância havia ficado de lado. — Sem falar que isso não tem nada a ver. E quem é que estuda casos num programa como esse quando se está nele? - Ela havia sim estudado, mas antes de entrar, uma vez dentro só estava vivendo e aproveitando. Olhou atravessado para ele quando o viu pegar o queijo. — Por que ao invés de tentar entender a lógica dos match dos outros você não foca em viver um pouco e descobrir o seu próprio match? Ou você é do tipo de pessoa que não consegue separar a vida pessoal do profissional? - A pergunta fora feita mais por curiosidade do que por julgamento. — Porque o objetivo disso aqui é cada um descobrir seu próprio match, assim podemos ganhar. Não vai adiantar de nada você ficar se intrometendo no par dos outros se não procurar pelo o seu próprio. - Sendo uma pessoa observadora, era impossível para ela não notar o olhar dele em suas pernas o que a fez cruza-las e esconder o sorriso convencido por trás da garrafa que levava aos lábios para um gole, esperando que ele decertasse sobre sua teoria, mas o que veio dele acabou por ser decepcionante, afinal aquilo era óbvio para ela e muito possivelmente para todos mundo. — Não tenho uma. - Disse sincera, pegando o queijo e salame. — Mas acho que tem alguns casais que sentaram juntos que estão batendo na mesma tecla de que säo um match que acho que não são.
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Nathan sorriu com tranquilidade quando a escutou imitar seu tom de voz, percebendo que havia atingido o objetivo de irritá-la, e a diversão aumentou ainda mais após ela pontuar a posição que ocupava na lista dos melhores advogados de Nova York. E quem é que estuda casos num programa como esse quando se está nele? “Eu”, respondeu a pergunta seguinte, apesar de saber que a experiência de viver aquele programa era muito mais difícil do que havia imaginado. “Mas é justamente o que eu estava dizendo, Albernathy, entender a lógica dos outros ‘matchs’ talvez possa ajudar a entender a minha lógica”. Bebeu mais um gole de cerveja, propositalmente ignorando a pergunta dela sobre separar o público e o privado. Somente depois que Alejandra ponderou sobre os ‘pares perfeitos’ e o cômodo ficou silencioso por alguns segundos, que ele acrescentou. “Eu tento separar um pouco a vida privada e profissional, mas, não sei você, quando a demanda de trabalho é muito grande, é um pouco difícil fazer isso”, apoiado no balcão da cozinha, cruzou o calcanhar, enquanto seguia observando a outra preparar o que quer que estivesse fazendo no fogão. Ele estava surpreendentemente mais leve naquela tarde e talvez por isso se mostrasse tão descontraído para jogar conversa fora que não fosse necessariamente do jogo. “Eu tento colocar um limite do que vou conseguir resolver em cada dia, quais casos vou pegar e esse tipo de coisa”, coçou a nuca, percebendo que estava com saudade da própria rotina, mas não tanto do intenso ritmo de trabalho. Era bom descansar um pouco. “Mas nem sempre dá certo, e acabo precisando priorizar o profissional ao invés do pessoal”. Olhou para Alejandra, buscando ver se ela entendia o que ele queria dizer. “Imagino que tua rotina talvez seja um pouco parecida, não? Considerando que...enfim, a gente vive em uma cidade que nunca para”
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nathanknightley · 1 year
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flashback começo da festa de natal.
Morales levou o copo aos lábios, dando um curto gole na bebida, dando um meio sorriso quando ouviu a animação do mais velho. “Uhnn, já é um ponto para você, Nathan.”, comentou usando o tom mais baixo, quase como um sussurro, aceitando a aproximação do mais velho enquanto o olhar permanecia fixo nos outros ao horizonte. “Oh, jura?” questionou animada e curiosa, recostando-se um pouco mais nele. “Eu sempre desconsidero a rivalidade feminina, acho que estamos maduras demais para isso, mas bem…” deu de ombros, ele realmente tinha um ponto interessante ali, eram todos concorrentes, ela mesma estava com Nathan naquele instante, completamente consciente de toda a novela que o envolvia com Alejandra.  Mas ainda assim, não pensava em se aproximar da outra apenas para ver com quem estava lidando, já o sabia por demais. Olhou sutilmente na direção que lhe apontou, fitando Spencer ao longe e quase não conseguiu conter o risinho com o comentário. Aah, aquela sim era uma novela que ela gostava de acompanhar, seu triângulo amoroso. De todos os homens ali, Alena pedia aos céus que seu match não fosse ele, e não era por nada em particular, o achava agradável e tudo mais, mas odiaria se envolver com alguém já tão envolvido com outra pessoa, como Spencer estava. “Isso, ou talvez esteja torcendo para que ela e Maddie não se cruzem hoje, quem sabe”, completou com uma proposta contrária e então ouviu o comentário dele, virando-se para olhado de frente. Estava tão próxima que podia notar as pequenas marcas de expressão no rosto de Nathan, resultados talvez do trabalho estressante, ou até mesmo das dores de cabeça recentes no programa. “Todo mundo? Uhnn.. Me diga, senhor Knightley, o que parece que estou fazendo aqui então?” ousou desafia-lo.
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Olhou de lado para Alena quando escutou a pergunta. Deixando propositalmente o silêncio se prolongar por um tempo, deu um gole na própria bebida. Os dois estavam próximos, em um movimento quase cúmplice de avaliar os outros participantes, então ele não esperava escutar uma pergunta tão direta. Assentiu brevemente, antes de se virar para ela. Em um movimento habitual, coçou o cabelo na região da nuca. “Existem exceções, claro”, sorriu com calma. Analisou a participante de cima a baixo, estudando a forma dela erguer o queixo, deixar os ombros para trás e aguardar a resposta dele. Alena carregava segurança em estar no próprio corpo, como se, mesmo vestida com uma fantasia tão exposta, ela ainda estivesse confortável consigo mesma. Para ele, aquilo era um traço que evidenciava uma certa força da parte da outra. Ela parecia uma mulher forte e que sabia o que queria, logo, havia entrado com um objetivo em mente. Ele só não era capaz de pontuar com certeza qual. “Hm...o que você está fazendo aqui?”, estreitou os olhos ao repetir a pergunta e ponderar as próximas palavras. “Eu acho que você está aqui porque não tem nada a perder, e porque ao mesmo tempo não consegue resistir a um desafio. Imagino que pessoas da sua família tenha sido um pouco contrárias a essa ideia, por conta da exposição”. Fez um gesto com as mãos, indicando as câmeras em todo lugar. Na cabeça de Nathan, Alena vinha de uma família rica e talvez um pouco conservadora, considerando os hábitos que ela tinha não só na forma de falar e de se movimentar, mas também nos diversos pequenos gestos de quem cresceu ouvindo sermões sobre a importância das regras de etiqueta. A forma como ela comia, como juntava os garfos após as refeições, a maneira de juntar as mãos, de interromper alguma pessoa, de escutar e de se posicionar. Na outra, reconhecia uma similaridade com ele, e talvez por isso chutasse que suas famílias fossem parecidas. Os pais dele, por exemplo, foram absolutamente contra a ida ao reality. Eram os maiores fãs da privacidade e da proteção das informações pessoais. “Mas você quis vir mesmo assim, porque afinal, a vida é sua, e ninguém pode dizer o que você vai ou não fazer. Estou errado?”. Pendeu a cabeça levemente para o lado e deixou um sorriso brincar no canto dos lábios, como se compartilhassem um segredo. “E posso estar enganado, mas não acho que você confia cegamente nessa ideia de par perfeito e de que vai encontrar um ‘grande amor para vida e viver felizes para sempre amém’ aqui dentro, mas talvez você esteja buscando um pouco de...”, novamente, ponderou a melhor palavra. “...‘possível’ aqui dentro”. Lembrou-se da famosa frase: ‘me dê um pouco de possível, senão eu sufoco’. “Algo diferente e que muda a dinâmica quase entediante de conhecer pessoas novas no mundo fora daqui”. Deu um último gole na bebida, esvaziando o copo, antes de deixar um sorriso largo aparecer. “E então, acertei alguma coisa?”.
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nathanknightley · 1 year
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flashback. começo da festa de natal.
“Alena, uhnn?”, questionou pensativo, conseguia imaginar o par, os tivera visto na última cerimônia e bem, pareciam ser interessantes juntos. “É, não sei como opinar, conversarmos mais cedo e ela é realmente interessante, uma mulher e tanto. Mas, e Alejandra? Poderia jurar que ainda tinham algo mal resolvido.”, prometera a Ally não tocar no nome de Nathan nas conversas com ela, mas jamais fez a promessa contrária, então poderia puxar o assunto ali. Fazia tempo que notava o comportamento dos dois, a postura do mais velho sempre que se envolviam em jogos de desafios ou qualquer outra dinâmica em grupo, aconteciam farpas entre ele e Ally, entre ele e Dimitri… era tanto para acompanhar, e Ray apenas queria saber como ajuda-lo com tudo isso, pois Nathan sempre o tentava ajudar. Raymond terminou de colocar todos os itens da roupa, apenas tirando um momento para se olhar no espelho e constatar o quão ridículo ele parecia. É só por uma noite. Ele se repetia mentalmente, sendo cortado pela linha de raciocínio do mais velho. “É, isso também passa pela minha cabeça e também incomoda. Mas acho que eles avaliam o todo, não? Digo, respondemos se estamos dispostos a mudar de cidade pelo nosso par, e isso deve ser levado em conta, não acha? Claro que pode não bater, pode ter mais gente que não abra mão, do que aqueles que abrem e isso complique. Deve existir algum desempate…” ele falaria por horas se deixasse, cheio de teorias e métodos para desvendar aquilo tudo, mas preferiu se calar e aceitar o obvio. “é, quanto mais eu penso sobre tudo, menos eu sei.”. 
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Em situações comuns, até conseguia controlar um pouco das expressões corporais. Mas após precisar vestir aquela fantasia ridícula e se ver levemente desestabilizado pela humilhação que estava tendo que passar, Nathan não conseguiu conter um suspiro de irritação escapar dos lábios ao ouvir o nome de Alejandra. Levou uma das mãos ao rosto, num gesto de irritação. “Não tem como ter um ‘algo mal resolvido’ entre a gente, porque não temos nada”, disse, não querendo mais uma vez voltar para esse ponto, mas percebendo que ━ dentro do confinamento e da ausência de grandes acontecimentos na casa ━ as conversas acabavam girando em ciclos de repetição. “Não sei porque as pessoas insistem tanto nisso dentro dessa casa”. Estava começando a se irritar. Embora, sim, soubesse que parte disso se devia às reações dele nos jogos em grupo. Deveria se controlar mais. Balançou a cabeça. “Enough about me. Como estão as coisas entre você e Amelia? Naquele dia do primeiro encontro, depois que todo mundo foi dormir, a gente acabou tendo que dividir a cama e...”, ponderou o que deveria falar, sem querer expor tanto a outra. “Ela parecia meio inquieta. Você ficou surpreso com o ‘no match’?”. Posteriormente, Nathan assentiu com a cabeça com as ponderações do outro sobre a forma que o reality formava os pares. “Tudo isso é muito louco. Não dá para saber nada aqui”. Era frustrante.
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nathanknightley · 1 year
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flashback. depois do primeiro encontro. 
Era notório o quão desconfortável ela ficava com esse tipo de assunto, e ela odiava agir assim, mas não tinha o costume de falar nada minimamente sexual com qualquer pessoa que não estivesse há muitos anos em sua vida. Lembrar-se que estava sendo filmada a deixava ainda mais constrangida, e nunca havia dividido a cama com outro homem que não seu ex-marido, mas sorriu quando ele soou tão gentil e preocupado com as palavras a usar.   “ ━━ Ah, eu não posso ser tão boba assim. ━━ ”   Sussurrou, falando mais consigo mesma. A barreira de travesseiros parecia uma boa ideia, mas não podia ter esse tipo de amarra para sempre. Era só dividir a cama com um possível amigo, afinal.   “ ━━ Posso dormir do lado esquerdo? ━━ ”   Pediu, por costume, mas já se deitando na parte onde havia pedido. Ajeitou-se, tentando parecer mais confortável possível, embora o corpo parecesse retesado, enquanto encarava o breu, com o corpo de costas para ele. Revirando os olhos para si mesma e tentando relaxar, virou o corpo para o lado onde ele estava, com um sorriso.   “ ━━ Você conversa um pouco comigo? Eu só consigo dormir assim. ━━ ”
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Nathan assentiu quando ela pediu o lado esquerdo e logo foi para a parte direita da cama. Normalmente, dormia apenas com a calça de moletom, mas em respeito a ela, manteve a camiseta branca. Amelia já parecia bem desconfortável com a mera ideia de dividir a cama com o homem e, por mais que ele não fosse uma das pessoas mais atenciosas do mundo, não queria piorar ainda mais aquela situação. Se deitou com o corpo virado para o meio da cama, em um costume que tinha desde pequeno, e deu uma última olhada no perfil dela virado de costas antes de fechar os olhos. O quarto estava silencioso, com uma penumbra que não se fazia tão escura devido às luzes do lado de fora que atravessavam as frestas da cortina. Após o primeiro encontro com Alejandra, ele ainda se sentia um pouco incomodado pelo que havia dito. Não costumava sentir culpa ou arrependimento de nada, mas algo definitivamente estava lhe corroendo, por mais que tentasse ignorar. Nathan se remexeu na cama, tentando afastar os pensamentos e quase agradeceu Amelia quando ela, após alguns minutos, pediu para conversar com ele. “Você normalmente tem problema de insônia?”, perguntou baixinho, se acomodando melhor para olhar ela. “Sobre o que quer conversar?”, acrescentou depois, mostrando-se aberto para o que quer que ela preferisse.
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nathanknightley · 1 year
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flashback. primeiro passeio
Raymond se mantinha atento a postura do outro. Claro que era recente para afirmar qualquer coisa, mas ele parecia tão afetado por Ally, quando o loiro sentia-se por Amy. Bem, talvez fosse normal, todos tinham conseguido um encontro, um ambiente romântico e horas dedicadas apenas a outra pessoa, normal que saíssem dali um tanto mexidos. “Então, apenas considere isso uma vitória. Não precisa se culpar por mais nada.”. Deu de ombros, tentando apontar algo positivo em tudo. Se Nathan havia se desculpado, e Alejandra aceitado, não havia mais o que remoer. “Sim, precisa. Na verdade, eu acredito que nosso par perfeito precisa ter aquilo que queremos, mas esquecemos de pedir. Algo que nos complemente e instigue de alguma forma, atice a ser diferente.”. Ele tinha lá suas teorias, acreditava que queria bem mais do que conseguiu abrir para a produção, que acabou sendo genérico demais em suas respostas e que só o avançar do jogo conseguiria lhe mostrar se sim ou não. “Será mesmo que não? Digo, claro que essa chance existe. Todos temos chances de ser o match dela, e também do contrário. Mas se ela estivesse fechada assim, sem interesse em te ouvir, ela não teria aceitado o encontro, não concorda?” 
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‘Eu acredito que nosso par perfeito precisa ter aquilo que queremos, mas esquecemos de pedir’. A frase ressoou em Nathan, pensando que havia chegado a compartilhar isso antes de entrar no programa. Ele não se considerava uma pessoa tão carinhosa, que demandava afeto e exigia atenção, mas queria alguém que conseguisse perceber os momentos que ele precisasse disso sem que fosse preciso verbalizar. Por isso, quase sorriu com o apontamento de Raymond, apesar de um certo mal estar que o afligia desde a briga com Alejandra. “É...”, coçou a cabeça. “Talvez seja isso mesmo”. Respondeu em relação ao par perfeito. Já quando ouviu a última pergunta, Nathan se endireitou, levando os ombros para trás a fim de evitar um dar de ombros quase inconsciente. “Não acho que ela tinha muita escolha entre aceitar ou não. Eu ganhei o desafio, escolhi ela como acompanhante, e são as regras do programa. Nem sei se é possível negar”, balançou a cabeça, percebendo que estava cansado e não queria mais falar sobre aquilo. “Quer saber? Esquece. As coisas são como elas são. Vou dar uma volta antes do carro sair”, declarou, percebendo que ainda não queria voltar para o confinamento da casa. Estava se sentindo sufocado.
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
“ ━━ Bom, eu não digo compassiva no sentido ruim da palavra. Seria algo como… sensível, emotiva, talvez? Alguém que tenta resolver as coisas numa boa conversa. ━━ ”   Tentou explicar, percebendo que a palavra poderia soar de maneira errada. E embora ela, de alguma forma, quisesse ser a mulher forte, independente e imprevisível, ela sabia que não era assim. No entanto, ouvir a forma como Nathan falava dela, a maneira como ele a enxergava, a deixou alguns segundos sem palavras. Sabia que era uma pessoa transparente, mas… tanto assim? Ou ele era simplesmente bom em ler as pessoas?   “ ━━ Acho que insegura, infelizmente, também pode ser considerado. ━━ ”   Embora não fosse o maior de seus problemas, ou o mais recorrente, ainda era uma característica presente que a influenciava vez ou outra. Inclusive no que ele descreveu depois.   “ ━━ Sim, faz sentido. Achei que você estava se referindo à aparência. ━━ ”   Confessou, com um riso abafado, basicamente confirmando o que ele havia dito sobre sua insegurança.   “ ━━ Isso significa que você não é o cara carinhoso, cuidador e protetor com a namorada? ━━ ”   Decidiu perguntar, a nível de curiosidade, a fim de saber como ele se portava em uma relação. Ao mesmo tempo pensando no quanto ela sentia falta de alguém que lhe tomasse nos braços e cuidasse dela, exatamente como ele havia dito. 
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“Não sei...”, disse com sinceridade ao ouvir as características apontadas por Amy. “Acho que, se um dia eu me casar, vai ser com alguém que eu saiba que possa contar”. Olhou para a participante com seriedade, estudando o olhar dela para ver se a própria linha de raciocínio estava sendo acompanhada. “Já tiveram umas duas ou três pessoas nessa casa soltando comentários de que eu quero uma...”, revirou os olhos antes de dizer: “‘esposa troféu’, mas quero alguém que eu sei que posso contar. E que me escute, e acompanhe o meu pensamento”. A partner in crime. A ideia de uma esposa troféu parecia muito vazio, e entediante, como todos os relacionamentos anteriores de Nathan. Ele abriu um pequeno sorriso ao ouvir a confissão de insegurança de Amelia e, sem se conter, ergueu a mão para fazer um carinho no braço dela. Como se aquilo oferecesse algum tipo de conforto. “Não...”, balançou a cabeça. “Não me referia à aparência. Nesse quesito, você entra bastante no meu padrão”, sorriu com certa malícia, deixando escapar uma risada para que ela soubesse que era uma brincadeira. Se conseguisse fazê-la corar, bom, porque adorava aquele tipo de flerte, mas se não...tudo bem também. “Sabe, eu tenho uma certa queda por morenas. É meu ponto fraco”. Sempre havia sido. “Hum...”, ponderou a pergunta dela. “Não, normalmente não sou tão cuidadoso, porque todas as minhas exs eram bem autossuficientes...Claro que de vez em quando cobravam por mais atenção, mas de uma forma geral, cada um tinha seu espaço”. Naquele momento, Nathan percebeu que estava falando demais, expondo muitos detalhes pessoais quando pouco escutava sobre a outra. Assim, talvez para tentar mudar um pouco a dinâmica, questionou. “E você, o que está procurando por aqui?”
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
O choque inicial de quando ele a beijara pela primeira vez naquela noite estava de volta. Não que estivesse surpresa, mas ela simplesmente não sabia como reagir a tudo aquilo. Não sabia como reagir a mão dele em sua nuca aprofundando o beijo, nem na outra mão fria de encontro com sua pele quente, puxando-a mais para si, fazendo com que as costas dela se arqueassem de encontro a ele enquanto sua pele se arrepiava involuntariamente. Era impossível não sentir o corpo largo e musculoso dele contra o seu, sentir as mãos grandes e pesadas dele em sua pele sensível. Sentiu o corpo se arrepiar contra sua vontade pelo toque dele, pelo contato da calça dele contra seu short, e não pode deixar de imaginar quais partes de seus corpos estavam próximas uma da outra. Para evitar que um gemido rouco escapasse, ela mordiscou o lábio inferior dele, puxando-o para si enquanto suas mãos subiam pelas costas do moreno, por dentro de sua camiseta branca, arranhando-lhe a pele lentamente. Com a mão dele em sua coxa, puxando-a ainda mais de encontro a ele, ela acabou sorrindo ao escutar o som rouco escapando dele, claro que havia juntado os pontos e sabia que mexia com ele, só não sabia o quanto até aquele momento. Ele a desejava e isso estava claro para ela agora. Aquele conhecimento de repente fora tudo o que ela precisava para saber como agir, para saber exatamente o que deveria fazer. Cravou as unhas ainda mais contra os ombros dele, enquanto arqueava ainda mais as costas, pressionando seu corpo contra o dele. Um riso rouco escapou de seus lábios quando sentiu os dedos dele puxaram seus cabelos para o lado, era engraçado pensar que por mais que ele achasse que dominava a situação, era ela quem tinha o poder maior sobre ele, ou era assim que ela pensava. O riso rouco apenas intensificou ao escutar ele resmungar e dizer que a odiava. — I can see how much you hate me. - Ela sussurrou apenas aproveitando aquela sensação deliciosa que os arrepios lhe causavam, mas apesar disso, estava ciente demais das câmeras ali e por mais que não ligasse para um pouquinho de exposição, talvez aquilo fosse demais. E apesar do desejo momentâneo ela estava pronta para pará-lo a qualquer momento se fosse preciso. Mordiscou o lábio inferior, se recusando a deixar um gemido escapar por seus lábios apesar de estar excitada com aquele toque. Droga, ela também odiava ele. Sustentou o olhar dele de forma impassível reunindo todo o auto-controle do mundo e apesar da respiração e batimentos acelerados ela se mostrava inabalável. Observou ele atentamente, ofegando quando ele pressionou o quadril ainda mais contra ela. Tentou acalmar a respiração enquanto ele parecia fazer o mesmo ao se afastar um pouco. A fala dele fez com que ela soprasse um riso debochado e revirasse o mundo. — Só o mundo todo. - Ou pelo menos aqueles que estavam assistindo o programa. Mas é agora? O que fariam? As perguntas e confusão anterior voltaram a atormenta-lá. Beija-lo era como beijar um colega de trabalho, algo que ela dizia para si mesma que jamais faria na vida e ali estava ela.
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Com a risada de Alejandra ecoando pelo próprio corpo, Nathan gostou de sentir que era capaz de causar outra emoção nela para além do tédio. No entanto, nada se comparava com o prazer das unhas dela cravadas contra suas costas e o leve arquear para romper ainda mais a distância entre eles. Aquelas pequenas ações corporais eram evidências de que a morena não era tão indiferente a ele quanto fazia parecer. “Hm...”, foi o que conseguiu soltar ao ouvir a provocação na resposta dela. E ela conseguia, de fato. Se não estivesse tão concentrado em se conter diante das câmeras, talvez até tivesse sorrido ao ouvi-la ofegar quando ele pressionou o quadril contra ela antes de, por fim, se afastar. Com uma mão em cada lado do balcão, impedindo o afastamento dela, Nathan se concentrava em respirar fundo e controlar a respiração. Assentiu quando ela fez referência ao público do programa e abaixou a cabeça. Estava desconfortável por vários motivos e, como não conseguia controlar questões externas, tentou ao menos reduzir o incômodo do próprio corpo. Com a mão que estava mais afastada da câmera que os filmava, apertou a própria ereção sobre o tecido antes de tentar reajustá-la brevemente no moletom, para que não ficasse muito evidente nas câmeras. Aquilo era uma tortura. Ele queria a mão de Alejandra ali. Suspirou, voltando a erguer a cabeça e buscando o olhar da outra. Ela parecia confusa, talvez um pouco assustada com tudo aquilo. Havia sido inesperado e, ao menos para ele, definitivamente intenso. Sendo sincero, não esperava que fosse gostar da forma como havia. Por isso, ainda imerso na atmosfera que havia surgido na cozinha silenciosa e azulada da madrugada, Nathan se permitiu inclinar levemente o rosto e se aproximar uma última vez — apesar de todo auto controle que se esforçava para manter. Enquanto pôde, manteve os olhos abertos, estudando a reação dela como um pesquisador faria diante de um animal selvagem, mas quando os nariz se tocaram, ele fechou os olhos e colocou uma mão na nuca dela para que não houvesse rota de fuga, colando os lábios nos dela. Nesse último beijo, aproveitou um pouco mais, sem a urgência de matar o que estava lhe matando. Ainda havia o desejo e a irritação, mas ao mesmo tempo, tinha um pouco — só um pouco — menos de pressa. Enough is enough, disse para si mesmo em pensamento, sabendo que aquilo provavelmente não ia voltar a se repetir, mas que também era uma proposição. It was a statement, do quão bom poderia ser. Eles podiam não se gostar muito, mas definitivamente tinham química. Em sua última frase, Nathan havia feito uma proposta, mas talvez não tivesse ficado claro. Afastando-se, deixou as mãos caírem ao lado das coxas dela. “Eu tinha me referido às pessoas da casa. Talvez eles não precisassem saber agora...”. Fez uma pausa, sabendo que pisava em um terreno perigoso. “Claro que depois vão saber. Óbvio. Está tudo gravado, mas...”. Coçou a nuca e aproveitou para estralar o pescoço. Balançou a cabeça. “Não acho que tenha sido um beijo ruim”, disse, recusando-se a expressar verbalmente o quanto havia gostado. “E talvez não precise ser o último...”
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
É algo nesse sentido… Ela repetiu mentalmente, tentando entender as palavras dele e o que elas significava. Então ele estava procurando procurando por uma esposa? Estava novamente confusa. O que diabos estava acontecendo ali afinal? Soltou o ar pesadamente. Nunca teria imaginado ele procurando por uma esposa, mas talvez fizesse sentido dado a quem ele era e como agia. Deveria estar procurando por uma esposa troféu, era a única coisa que conseguia imaginar, já que um Nathan romântico era a última coisa que via nele. Simplesmente não encaixava. Tentava não pensar no que estava acontecendo naquele momento, no porque o havia beijado logo após o afastar. Porque ela sabia com certeza absoluta que quando se separassem ela apenas se estressaria e se chatearia ainda mais com ele. Conseguia até mesmo imaginar as palavras que ele diria e que faria com que ela quisesse estrangula-lo. Os pensamentos se dissiparam quando ele a ergueu, colocando-a sentada no balcão da cozinha, ficando entre suas pernas. Merda! pensou, aquilo não deveria estar acontecendo, e pior ainda, ela não deveria estar respondendo daquela forma, seus dedos não deveriam estar enroscando-se nos cabelos dele, puxando-os levemente enquanto se aproximava ainda mais dele, nem mesmo seu corpo deveria estar arrepiando-se com o toque das mãos dele em sua coxa, avançando para dentro se seu pijama. O palavrão ficou preso em sua garganta conforme ele beijava-lhe o pescoço. Puta merda! O que diabos estava acontecendo ali. Precisava parar com aquilo mas… Merda ela não encontrava forças para parar, nunca iria admitir, mas apesar de toda a confusão ela não queria parar. E notou que nem ele queria. Pela primeira vez na vida ela estava sem reação, não conseguia dizer nada, apenas incentiva-lo a continuar com a pressão de suas mãos no cabelo dele e a respiração alta e entrecortada. Quando ele se afastou, encarando-a, ela não soube o que esperar, mas não gostava do fato dele ter parado, queria mais por mais que nunca fosse admitir ou pedir. Devolvia o olhar dele ele, os olhos um pouco mais abertos do que o normal, respirando com certa dificuldade. — Não. - Disse com firmeza apesar de ter sido tudo o que conseguiu dizer. Não, definitivamente não deveriam. Aquilo era um erro e ela estava pronta para descer daquela bancada e se afastar quando ele negou com a cabeça fazendo com que ela achasse ter visto a sombra de um sorriso ali. O que aquilo queria dizer? Abriu os lábios para responder algo mais coerente, mandá-lo parar, ou sabe-se lá o que, ele a puxou para um novo beijo e ela acabou correspondendo, por mais que dissesse para si mesma que aquilo era um erro.
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Os dedos seguravam a nuca de Alejandra com firmeza ao aprofundar o beijo, enquanto aproveitava para esgueirar a outra mão por detrás da blusa de seda. Deixou a palma repousar na base das costas alheias, para pressionar a região e empurrá-la ainda mais contra ele. A pele dela era quente em comparação à sua mão fria e, com certa vontade de torturar, subiu o toque pela linha da coluna, antes de descer de novo. Naquela posição, com ela mais próxima da ponta da bancada, era possível romper grande parte da distância entre eles, inclusive conseguia pressionar melhor a própria calça de moletom cinza contra o fino tecido do short dela. Só de pensar nas poucas camadas que separavam os dois, já fazia Nathan quase grunhir de desejo. Voltou a apertar a coxa dela, deixando a mão cair na curvatura atrás do joelho, forçando-a ainda mais contra ele. Talvez — ou melhor, certamente — algum som tivesse escapado do fundo de sua garganta naquele momento, não conseguia ter certeza. O que era inegável, no entanto, era a necessidade física que ele sentia pelo toque de Alejandra. Era como se ele estivesse há dias com uma fome de algo inominável e que, apenas com o colar de lábio dos dois, tivesse criado forma. É isso. Era isso que faltava. E Nathan sentia urgência para que ela o tocasse logo, o apertasse e torturasse da forma que quisesse. Tudo para alimentar o que estava lhe corroendo, ou ao menos para se livrar logo do tesão acumulado. Ainda sem conseguir raciocinar com toda aquela situação, voltou a fazer uma trilha de beijos pelo maxilar de Ally, chegando a mordiscar aqui e ali. Prendeu novamente os dedos entre os fios castanhos e puxou com certa intensidade para o lado. Descobria no pescoço dela o próprio ponto fraco. “You’re so fucking annoying”, resmungou, quase entredentes, mordendo a pele sensível e morna. So fucking annoying. E no mesmo local que fez uma pressão um pouco maior com os dentes, acabou deixando um beijo rápido. “I hate you...”, murmurou contra a pulsação do pescoço dela, em um tom que não carregava o ódio que ele esperava fazer soar. Sentia o coração dela acelerado como o seu, e logo ia abaixando cada vez mais, descendo os beijos para a clavícula e chegando na região do seio que o pijama permitia estar exposto. Os dedos brincavam com a alça e Nathan tinha ciência do quão fácil poderia ser deslizar a veste um pouco mais para baixo a fim de levar os lábios para onde realmente queria. Mas havia câmeras, tinha que manter isso em mente. Com a outra mão, que há segundos segurava a cintura dela, ele deixou os dedos se subirem apenas um pouco, tocando na lateral do seio dela. Tentava ser discreto e usou o polegar para desenhar dois círculos sobre a seda, bem em cima do bico do peito. Voltou a erguer o olhar para encará-la, roubando qualquer reação que evidenciasse não ser o único afetado com aquilo. A culpa era do desejo. De modo involuntário, seu quadril se moveu na direção de Alejandra, e ele repousou a testa no ombro dela, respirando fundo para desacelerar. Com todo o autocontrole que tinha, tirou as mãos de cima dela e colocou ambas sobre o balcão, uma de cada lado. Se por um acaso os nós dos dedos ficaram brancos pela força que fazia para se manter ali, isso já cabia à interpretação de quem assistia. Ergueu o olhar para Ally, a respiração ofegante. O que fariam agora? Fingiriam que nada aconteceu para conseguirem seguir com a vida? Nathan não conseguia pensar em nenhuma alternativa, e sem pensar muito, deixou escapar o que poderia ser uma saída. “Ninguém precisa saber...” Murmurou, ainda estudando ela. Era incoerente, considerando que estavam sendo filmados. Mas ele dizia ali, claro, em meio à loucura do reality. 
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nathanknightley · 1 year
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flashback. pós-festa.
“Sim. E a Liv viu, aparentemente” ela soltou um riso nasalado. Não havia se aproximado muito da mulher, mas Henry sim. E achava graça na situação em que ficavam com isso - sabia que ela com certeza havia ficado chateada. Mas eram coisas da vida, ali ninguém devia nada a ninguém. Ela não se arrrependia de nada. Acabou parando de mover os dedos quando ele tocou sua mão, mas manteve ela ali, no cabelo dele. “Eu sei que não. Foi idiota pra cacete.” ela respirou fundo, desviando o olhar mais uma vez, agora olhando para o salão de jogos no qual ela estava sentada, e voltou a usar a mão livre para levar o gelo no pescoço. Sentiu ele ajeitar uma mecha de cabelo seu e não se incomodou, apenas voltou o olhar pra ele “Valeu a pena mas… minha cabeça tá a milhão. Alejandra acha que eu vou machucá-lo e ele disse que é adulto e pode decidir por si só.” ela soltou uma risada “E eu nem sei se quero algo… pra valer. Eu só queria beija-lo logo pra tirar isso da cabeça, não era pra virar uma relação ou coisa assim. Eu acho. Não estou sabendo interpretar direito essas coisas, eu não gosto de complicação, sabe? Eu gosto de coisa de boa.” o desabafo era confuso, e ela voltou a mexer nos fios de cabelo dele, em uma carícia “Sei lá. Sei lá o que eu deveria fazer. Eu sou de deixar as coisas rolarem, sabe? Mas eu não sei se isso vai fazer bem pro contexto geral”
“Todo mundo vai ver tudo o que aconteceu aqui no programa, tenta não esquentar com isso”, disse, na busca por consolar Serena sobre o fato de ter sido pega no flagra. Talvez, dentro do confinamento, o contato dela com Liv ficasse um pouco diferente, mas nada que não pudesse ser resolvido. Ainda mais porque a amiga tinha uma característica que faltava em Nathan: carisma. “Eu diria impensado, não ‘idiota’“. Ainda tentava amenizar a situação, já que a atitude dela consigo mesma não seria o suficiente para reverter o que quer que fosse. Era o clássico ditado: não adianta chorar pelo leite derramado. E, diante de tudo, a única alternativa era seguir em frente. Com a menção à Alejandra, Nathan se sentou. A expressão fechada, o incômodo ainda bem vivo na manhã pós-festa. Escutou calado tudo o que a amiga tinha a dizer, até poder soltar, com bastante indignação. “E o que Alejandra tem a ver com isso?”. O que ela realmente sabia sobre a relação de Serena e Dimitri para ficar dando palpite daquela maneira? “Ela tem que se preocupar é com a vida dela ou o par dela, ou o que seja”, revirou os olhos. “Não tem que ficar se metendo em coisa que não é da conta dela”. Coçou o cabelo na região da nuca e sustentou o olhar alheio, ciente de que talvez pudesse estar exagerando um pouco. “Você quer saber a minha opinião? Acho que cê tem que fazer o que tiver que fazer ou sentir que é o certo, não é para ficar dando ouvidos para o que pessoa A ou B vai achar. Se quer deixar só as coisas rolarem, deixa, se não quiser, tudo bem também. E se tiver vontade de beijar, beija. Isso não vai ser o fim do mundo, como não foi na festa. Nada do que fez ontem é um problema, e você não devia estar se sentindo culpada por isso, entendeu?”. 
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Quando ouviu a risada dele Alejandra deixou escapar um pequeno sorriso no canto de seus lábios, sorriso esse que se tornou convencido quando ele dissera que ela era inacreditável. Nada respondeu, apenas encolheu os ombros deixando que o ar convencido dissesse tudo. Aquela única fala dele apenas dizia tudo o que ela estava certa. Deu outra mordida no morango, observando ele deitar na espreguiçadeira, esperou paciente, como se não tivesse mais nada no mundo o que fazer alem de irrita-lo e bem, a verdade era que não tinha. Quando ele voltou a se sentar ela sorriu triunfante, como se tivesse ganhado aquela batalha. — Eu? - Perguntou fingindo surpresa. — Não, não, querido. Estou esperando você começar a dialogar. - Ela então levou os dedos aos lábios, chupando um por um o sabor do mora go que havia ficado ali. — Eu disse que precisava ser convencida. - Ela disse em um ar despreocupado. — Vamos lá, Nathan… Finja que sou a juíza de um de seus casos e me dê seu melhor. - Ela se endireitou na espreguiçadeira e pegou outro morango. Estava entediada e aquela poderia ser uma bela distração, sem falar que estava completamente curiosa. — A menos que não consiga convencer uma juíza ainda que seja uma hipotética.
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Nathan ficou alguns breves segundos em silêncio, percebendo quão calculados eram os movimentos de Alejandra. A forma como ela se movia, como se endireitava. E era impressionante como eles nunca conseguiam chegar a um consenso e sempre ficavam nesse jogo de gato e rato, sempre esperando o outro fazer o primeiro movimento para que pudessem reagir. Ele queria que ela dialogasse, enquanto ela esperava isso dele. Era complicado daquela forma, talvez por isso nunca chegassem a um acordo. “Eu não estou aqui para convencer ninguém”, disse orgulhoso. Por mais que reconhecesse que ela estava fazendo uma tentativa de manter a conversa — sendo até um pouco incomum, na dinâmica dos dois —  o orgulho ferido ainda falava mais alto. Fora que, em toda sua vida, jamais precisou convencer ninguém de que ele valia a pena. Aquilo, em sua mente, era bastante óbvio. Nathan Knightley não se dava a esse esforço. 
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Poderia passar horas discutindo um caso a exaustão, até convencer outra pessoa de que ele estava certo. Costumavam lhe criticar, inclusive, dizendo que o advogado sempre queria ser o dono da verdade. Porém, defender o próprio caso era uma novidade. Parte de si, queria explanar para ela todos os motivos que faziam com que ele valesse a pena, mas isso não seria o mesmo que se humilhar? Poderia ser até divertido tentar convencê-la, mas a lembrança da festa ainda estava muito viva. Balançou a cabeça, de forma negativa. “E não teria como ser o defensor do meu próprio caso. É inconstitucional”, respondeu, sem muito espaço para debate. Eles estavam sendo em dissincronia, percebeu. Quando um fazia esforço, o outro não seguia no mesmo ritmo. E vice-versa. “Pode ficar com os morangos, acho que Serena está me chamando”. A mentira era óbvia, mas ele sustentou ao se afastar. 
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Rolou os olhos, por que ele tinha que ser tão irritante? Decidiu não responder a ele, apenas fez uma careta enquanto se concentrava apenas em cortar o queijo. Quando ele falou sobre a profissão dele, ela parou de cortar e olhou pra ele com desdém mas pela primeira vez se divertindo. — E você está se adaptando então? - Era quase impossível de ver ele se adaptando ao programa, não conseguia imaginar ele de fato se acostumando com o aborrece, câmeras e tudo mais. — Sei. - Disse com um olhar superior e convencido, voltando a atenção para o queijo. Largou a faca, finalmente terminando e guardou o quilo na geladeira, pegando salame e algumas bolachinha salgadas. Arrumou tudo num prato de forma silenciosa, meticulosa. — E pra decifrar o seu match você precisa se intrometer no meu? - Ela perguntou sem olhar pra ele, mas então não aguento mais e levantou o olhar por alguns segundos, estudando-o antes de voltar sua atenção para a comida. Quando viu ele pegar um cabinho de queijo tentou dar um tapa na mão dele, mas acabou acertando apenas o ar. — Ahh sim, e do nada você decidiu ser o analista. - Ela acabou rindo e revirando os olhos. — Se você não fosse tão irritante seria quase engraçado. - Provocou, abrindo a geladeira mais uma vez para pegar uma cerveja, por fim acabou pegando duas e colocou uma na frente dele, para então se sentar no balcão da cozinha. — E então? Qual sua análise?
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“Oh, definitivamente. Não deu para perceber?”, perguntou, um sorriso de lado enquanto seguia observando a movimentação de Alejandra na cozinha. Ela parecia realmente concentrada e empenhada na tarefa de cortar o queijo. Quis roubar outro pedaço, mas se conteve. “Eu não usaria a palavra ‘intrometer’. Estou fazendo mais um...”, pensou em algum termo preciso que podia ser utilizado, “estudo de casos, de uma forma geral. Não sei se você se lembra, mas nós, enquanto advogados, costumamos reunir o máximo de informações possíveis antes de um veredito”. Apesar de ter tentado se conter, não aguentou e roubou mais um queijo, quase recebendo um tapa na mão. Sorriu de novo. “Se conseguir entender a lógica do match de outros participantes, talvez possa chegar mais rápido no meu ‘par perfeito’. Não é esse o objetivo de tudo aqui?”, ergueu a sobrancelha, questionador e talvez um pouco arrogante ao falar daquela forma. Quase desafiava Alejandra a dizer que ele estava errado. No entanto, ela estava concentrada em abrir a geladeira e buscar...cervejas? Precisou se concentrar para não demonstrar surpresa, porque podia jurar que ela estava prestes a expulsá-lo da cozinha. Com uma controlada tranquilidade, estendeu a mão e pegou a bebida, dando já um bom gole. Estava bem gelada, do jeito que preferia. “Hm...”, mexeu no casco da cerveja, fingindo ponderar o questionamento. Sem tanta discrição, observou as pernas dela, contendo a vontade de se aproximar e deixar os dedos percorrerem a extensão da coxa. Outro gole de cerveja. Virou o rosto para a janela da cozinha. “Considerando que isso que vou dizer não vai sair na edição final, acho que alguns ‘no matchs’ vão se concretizar neste programa”. Pensava em certos participantes, como Amelia e Ray, ou Serena e Dimitri, que já haviam sido apontados como pares não perfeitos e, mesmo assim, não conseguiam ficar longe um do outro. “E você, o que acha?”
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nathanknightley · 1 year
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flashback. festa de natal.
Assentiu positivamente com a cabeça, não conseguindo evitar soltar uma risadinha baixa com o fato de ele se quer lembrar de seu sobrenome. - Reece. É sim, é bem possível. Embora o escritório da minha família fique na Pensilvânia. Mas, quem sabe não estudaram juntos ou coisa do tipo. - Não que aquilo chegasse a ser muito relevante mas, seria uma curiosidade de como o mundo era pequeno, no fim das contas. - oh, claro… agradeço por tão proativamente me dar essa informação. - Achava o jeito de Nathan um tanto quanto engraçado, a maneira como olhando de longe parecia que ele precisava sempre ganhar, embora não tivessem passado tempo suficiente juntos para confirmar essa informação. A pergunta fez com que a mulher voltasse os olhos para a festa, prestando atenção nas pessoas ali. - Bem…. Pretendo puxar assunto com as pessoas. Mas, quanto ao match? Acho que Erwin, Ethan, Dimi ou David são minhas apostas mais fortes. Mas, e você? Quem acha mais provável que seja seu match?
“Reece...”, repetiu o nome, tentando resgatar alguma memória antiga da cabeça, mas não lhe veio nada. “Quando a gente sair do programa, vou lembrar de perguntar para eles. Assim, agora, não me lembro”, admitiu, apesar de não ser realmente um problema. Havia áreas específicas dentro do direito e acabava que o mundo principal de Nathan era em Nova York. Diante da resposta divertida de Maggs, ele sorriu, abaixando o rosto e balançando levemente para demonstrar o humor diante daquilo. “Não há de quê”, respondeu em um tom excessivamente formal, apenas para reforçar a brincadeira. Ao ouvir a resposta seguinte, voltou a ficar um pouco mais sério, prestando atenção nas opções da outra. “Hm...não tive muito contato com o Erwin ou Ethan, mas acho o Dimitri um cara legal”, apesar de todos os desentendimentos deles. “E o David um pouco louco demais pela Amelia, mas...posso estar enganado”. Ela não havia pedido sua opinião, claro, mas diante de um reality como aquele, nenhuma informação era demais. “Eu?”, Nathan olhava as participantes da festa, como se ponderasse aquela pergunta. A resposta, porém, estava na ponta da língua. Após alguns segundos de um silêncio contemplativo, respondeu. “Acredito que possa ser Alena. Não consigo pensar em nenhum outro nome. Ao menos, não neste momento”, mentiu, porque se recusava a citar Alejandra.
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Não, ele realmente não havia dito, mas então porque vinha agindo como se a atitude dela de quem não estava tudo bem com o ocorrido fosse ruim? Ele agia como se esperasse que estivesse tudo bem, a segundos atrás havia reclamado. Ela estava esgotada de tentar adivinhar o que se passava na mente dele, o que ele queria. Era tão mais fácil quando ela olhava para alguém e conseguia ler exatamente tudo o que precisava saber. — Not all the time. - Disse porque ele por si só parecia uma pessoa rude e grosseira em algumas vezes que conservavam. Tudo bem que a culpa podia ser dela que estava com q guarda levantada e sempre encarava tudo o que vinha dele daquela forma, quase como se estivesse na mente dela e não de fato na forma como ele agia, a não ser é claro na noite de natal, quando ele quis “obriga-lá” a ir dormir. — E eu te disse, não vai conseguir nada comigo tentando mandar em mim. - Ninguém conseguia, nem mesmo seus pais. Ela era teimosa demais para isso. Somente a ideia de alguém mandando nela a afastava e vindo dele, somando a bebida… Ela esperou que ele terminasse para então falar. — O que você esperava afinal? Que eu tivesse uma bola de cristal e entendesse exatamente que você só estava tentando ajudar? - Ela perguntou quase exasperada. Aquela situação era frustrante para ela. — E não, não espero que mude, muito menos do dia pra noite. Nunca disse isso. Mas você tem razão, não estamos na mesma pagina. - E ela não sabia porque isso a incomodava a ponto dela querer entender o que se passava na mente dele. Talvez aquilo que diziam sobre você se interessar pelo que tá um desafio para você fosse verdade afinal. Franziu o cenho com o que ela interpretou como chateação dele, estava realmente confusa. — Espera, você não está se divertindo com isso? Com os jogos? Ou com nada? - O que…? Ela não tinha nem palavras para descrever a confusão momentânea. Ela realmente achou que a maioria estivesse se divertindo. — É só um jogo Nathan. Um jogo bobo. É como se estivéssemos de férias com os amigos, ou quase isso, não? Não vim aqui porque queria procurar um relacionamento sério, mas já que estou aqui porque não me divertir? - Esfregou a têmpora cansada, mas então se tocou de que nunca considerou o porque dele estar ali. — Por que se inscreveu a final de contas? Pra levar assim tão sério só posso imaginar que esteja procurando uma esposa então… É isso? - Não havia um pingo de julgamento se quer em sua voz, apenas surpresa. Fechou os olhos cansada e negou com a cabeça. Ia embora pra outro canto da casa antes que se estressasse ainda mais com ele e levantasse a voz, algo que ela não fizera desde que ele apareceu. Mas então, ele segurou seu braço, fazendo com que ela olhasse nos olhos dele e então para a mão dele fazendo círculos em sua pele, como um carinho e a voz rouca dele ao chamar por seu nome fez com que os pelos de seus braços se arrepiassem, não de um jeito ruim. O que estava acontecendo ali? Olhou novamente para ele deixando que todas as dúvidas e confusão estampassem sua feição. Estava tão incerta do que estava acontecendo naquele momento, do que estava sentindo que se quer conseguiu dizer qualquer coisa. O que aconteceu a seguir fora tão rápido que ela não tivera tempo de processar ou de se quer evitar. Nathan a puxou, colando os lábios nos seus. O choque da situação a impediu de agir, definitivamente era culpa do choque, de ter sido pega de surpresa. Mas então, aquele sentimento passou dando lugar a novas sensações, como a dos lábios macios dele nos seus. Não que ela já havia se perguntado como eles seriam, mas “boy, oh boy”… Sentiu as mãos dele subir por seus cabelos e aos poucos a sensação de choque ia passando.sabia que tinha que empurra-lo, pará-lo. Aquilo era um erro, eles não se gostavam, não se davam bem. Não era isso que ele havia dito a poucos minutos atrás? Então porque estava lhe beijando? Era isso, ia pará-lo. Subiu as mãos pelo braço dele, de encontro com seu peito para empurra-lo. Se afastou dele  abruptamente e o encarou por alguns rápidos segundos como se ele fosse louco, e talvez até mesmo fosse. Abriu a boca para gritar com ele ou algo parecido, mas quando se deu conta, suas mãos foram de encontro com o rosto dele e ela voltou a quebrar a distância que havia entre eles, colando seus lábios nos dele. MAS QUE MERDA, ALEJANDRA!! Ela gritou consigo mesma mentalmente. FODA-SE!!! Outra parte respondeu conforme ela o beijava de uma forma um pouco mais intensa do que a qual ele havia iniciado o beijo anterior.
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Nathan se considerava uma pessoa com raciocínio rápido, mas naquela conversa — no meio da madrugada, com os nervos impacientes e uma chateação incômoda — não conseguia entender a linha de pensamento de Alejandra. Do que diabos ela estava falando? Inicialmente, acreditava que se referia ao desafio específico do biquíni, mas agora já não sabia mais. Não conteve a expressão confusa, que foi apenas aumentando com as perguntas que a advogada ia fazendo, uma atrás da outra. Então queria dizer que tudo ali era um jogo para ela? Ou que apenas os desafios eram? E se ela não foi atrás de um relacionamento sério, por que tinha se dado ao trabalho de entrar no reality? Será que também tinha perdido uma aposta? A verdade era que ele estava distraído, a insônia não ajudava com isso, muito menos a roupa que ela estava usando. Para quem acreditava ser alguém movido pela razão, Nathan se sentia muito decepcionado consigo mesmo. Irritado com tudo aquilo, se recusou a responder com clareza a enxurrada de perguntas quando Ally terminou de falar. "É algo nesse sentido”, disse, ainda emburrado. No entanto, todo o orgulho que havia alimentado nos últimos dias pouco adiantou, já que acabou por chamar o nome dela, segurar no braço alheio e puxá-la para um beijo. Com aquilo, ele não esperava ser correspondido, e o empurrão — após os breves segundos de contato — não foi surpresa. No curto tempo em que se viu afastado da morena, percebeu o coração batendo forte pela adrenalina, e já tentava pensar no que poderia dizer para se justificar por aquilo. Mas não pediria desculpa, isso tinha certeza. Entreabriu a boca, sem saber como começar. No entanto, não foi preciso iniciar seu discurso, porque ela logo voltou a colar a boca na dele. Porra, era melhor do que tinha imaginado. E se Nathan deixou escapar um pequeno grunhido com a intensidade do toque, a culpa era toda de Albernathy. Retribuiu com desejo — a tensão que havia acumulado desde o início do programa, levando a mão de volta para o cabelo dela e puxando em um gesto quase irracional, enquanto o braço esquerdo prendia a fina cintura contra si para que ela não escapasse. Não queria romper com o toque, e ao mesmo tempo queria mais. Só um pouco mais, enquanto o que quer que estiver acontecendo nessa madrugada, dure. Pensou, direcionando o corpo dela até o balcão e habilmente erguendo-a para se posicionar entre as pernas dela. “Porra, Alejandra”, murmurou, deixando uma mão subir pelas coxas alheias, com certa força, enquanto a outra se ocupava em se enroscar no cabelo longo, puxando só o suficiente para o pescoço ficar mais evidente. Enterrou a cabeça na região, como se ali fosse um refúgio de tudo e qualquer coisa. “Porra...”, voltou a murmurar, quase para si mesmo, sabendo que ao demonstrar a própria afetação com aquilo, estava dando munição para o inimigo usar contra ele. Respirou fundo, o nariz traçando uma linha imaginária na curvatura do pescoço, antes de começar a deixar beijos na região e mordiscar a pele sensível. Ao mesmo tempo, permitia que os dedos da outra mão se esgueirassem por dentro do pijama dela pela lateral da coxa. Tentava ter cuidado, pois não queria deixar nenhuma marca. Nem muito menos parar. Não sabia que precisava tanto daquilo até estar ali, com dificuldade de colocar um fim no toque. Buscando um autocontrole que não tinha, Nathan enterrou o rosto com força no pescoço dela, antes de deixar um último beijo e se afastar. Estava com a respiração ofegante e observava Alejandra à procura de tédio na expressão alheia. Felizmente, ela aparentava estar tão em descontrole quanto ele. “A gente não devia estar fazendo isso”, Nathan comentou, como se aquilo o colocasse como o racional naquela situação. Como se não tivesse sido justamente ele a começar com tudo. Balançou a cabeça, para tentar esconder um sorriso que queria escapar, e antes que ela pudesse responder, voltou a puxá-la para mais um beijo. Um último, disse a si mesmo. Só mais um.
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Estava acostumada a dormir pouco. Desde a faculdade, quando começará a construir seu nome, Alejandra trabalhava como louca, noite e dia para alcançar seus objetivos e se não estava trabalhando estava estudando, porque pra ela estudar era algo primordial, havia sempre algo novo pra aprender, principalmente por ser mulher trabalhando em um mundo que a predominância era dos homens. Contudo, ali na casa, naquele programa louco, ela não conseguia dormir por outros motivos, naquela noite em especial ela se sentia sufocada. Descerá para a cozinha para beber água, mas acabara se sentando e comia gotas de chocolate quando Nathan apareceu. Ela sabia que ele estava lhe ignorando mas não tinha uma boa ideia do porquê, havia se desculpado com ele pela festa de natal, mas ele continuava frio. Estava dando espaço a ele e tentava manter distância também, só respondendo o que ele falava com ela. No entendo ficou surpresa quando ele voltou e começou a falar com ela, ficando quieta até que ele mencionou a festa e ela precisou revirar os olhos. — Espera, deixa eu ver se eu entendi. - Falou calma e em um tom quase inocente. — Então quer dizer que você pode insinuar que sou uma puta que é só pedir desculpas depois e está tudo bem. Eu não tenho o direito de tomar meu tempo para aceitar que te desculpei e deixar isso pra lá. Mas aí você tem todo o direito de ser rude, grosso e arrogante o suficiente pra achar que sabe o que é melhor pra mim e tentar literalmente me arrastar de um lugar para o outro com o pretexto de me ajudar, e quando eu me desculpo pela minha grosseria você guarda rancor e fica todo irritadinho… - Seu tô ainda era super calmo e inocente, quase como se ela realmente quisesse entender a dinâmica dos dois, obviamente ela estava sendo sarcástica. — Huh…De onde venho nos chamamos isso de hipocrisia. - Ela então fechou a cara, pegando mais algumas gotas de chocolate na mão, sem colocá-las na boca. Estava realmente começando a ficha chateada com aquilo. O que ele queria dela afinal de contas? Era frustrante tentar entende-lo. — O desafio foi apenas um desafio. Nunca significou nada. - Pelo menos não pra ela, nenhum dos desafios significava, era apenas um jogo, uma distração. Olhava para o pacote de chocolate aberto em sua frente, quase como se contasse quantas gotas haviam ali. Aghr… Ela odiava estar ali, odiava aquela casa, odiava o jogo. Respirou fundo tentando acalmar as batidas acelerada de seu coração e a própria respiração, não queria ter um novo ataque de pânico. Jogou as gotas de chocolate de má vontade dentro do saco e o fechou. — Como quiser, Nathan. - Falou de má vontade. Se levantou, ela ajeitou a alça do pijama e foi guardar o doce no armário, passando por ele sem se dar ao trabalho de encara-lo. Não diria a ele mas não havia gostado do que ele falou sobre as brincadeiras ou jogos dela entreter outras pessoas mas não ele. Talvez fosse até verdade, afinal Alejandra era do tipo que preferia a conquista do que o que vinha depois, o depois sempre a entediava, mas aquela era a Alejandra antes da casa. Agora que já havia admitido para si mesma que algo dentro dela havia mudado ela estava cansada disso, cansada dos joguinhos e lhe irritava que ele pensasse assim, que ele a julgasse.
“Eu nunca disse que precisava estar tudo bem depois de pedir desculpa”, apesar de, nos primeiros dias, ter certamente pensado que aquilo era o suficiente para deixar o acontecimento para trás, como se nada tivesse acontecido. Agora entendia que não era bem assim que funcionava. “E muito menos tenho te tratado de forma rude ou grosseira”. Talvez um pouco arrogante, mas aquilo fazia parte da personalidade dele. “Eu mal tenho falado contigo, Ally”. E Nathan preferiu não pensar no porquê de sua voz carregar um certo tom de chateação com aquela constatação. Quando percebeu ao quê ela se referia — no caso, ao episódio da festa de natal — cruzou os braços, assentindo com a cabeça. “Entendi...”, disse, para que ela soubesse que ele havia captado sobre o que se tratava. “Mas está vendo? Esse é o problema. A gente não consegue se entender. Eu não estava com o ‘pretexto’ de te ajudar. Eu queria mesmo te ajudar. E isso também por conta de tudo o que eu fiz no começo do programa”, antes que ela pudesse falar alguma coisa, ele ergueu a mão. “Eu sei, eu sei que não compensa. Mas você espera o quê? Que de um dia pra noite eu me torne uma pessoa completamente diferente? Isso não vai acontecer. Eu estava tentando, mas claro que você ia interpretar de uma forma completamente absurda...”. Quase revirou os olhos, mas se conteve. Estava tão irritado com tudo aquilo, que queria bufar, como uma criança faria. Se pudesse, voltaria no tempo, talvez para reverter o trem que havia saído dos trilhos desde a primeira conversa deles. Era como se o veículo tivesse descarrilhado e ele não conseguisse concertar a situação por mais que se esforçasse. Alejandra disse que havia dado uma segunda chance para ele, mas não era verdade. Porque o tédio, a irritação e cansaço estava presente em cada interação. E, se fosse ser bem honesto consigo mesmo, lhe chateava. Ao ouvir que o desafio não significou nada, ele cruzou os braços. “Great. Good for you. Pelo menos alguém tem se divertido com isso”. Soltou sem se conter, fechando-se ainda mais em si mesmo com aquilo. Bom saber que não significava nada para ela. Virou o rosto, ignorando o movimento que a outra fazia para guardar o doce. Disse a si mesmo que iria deixá-la ir, e cada um seguiria o próprio caminho. Nathan se concentrava naquilo, queixo erguido em orgulho. Mas não queria realmente o que havia proposto. “Fuck”, soltou em um sussurro, quando ela passou por ele. Em um movimento rápido, virou-se para estender a mão e segurar no braço dela. “Alejandra...”, sentia a própria voz rouca e talvez um pouco perdida. Deixou o polegar passear pela pele dela em arco, num movimento rápido, breve carinho, enquanto sustentava o olhar alheio e considerava o que fazer. O certo a se fazer era soltar o aperto e deixá-la ir. Mas antes que pudesse pensar nas próprias ações ou ponderar o movimento de seu corpo, Nathan a puxou em sua direção, colando a boca de Ally na sua, como havia desejado fazer desde o primeiro dia. A mão subiu até a nuca dela, enterrando os dedos entre os fios e finalmente — finalmente — sentindo o que era ter a morena nos braços. 
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
A careta que formou-se no semblante feminino demonstrava como seus pensamentos estavam alinhados aos do moreno. Para o que deveria ser uma experiência simples e divertida, aquela primeira cerimônia apresentara-se como um desastre sem proporções, resultando em uma perda de metade do tão ansiado prêmio. “A única coisa boa disso tudo é uma possibilidade descartada para cada um de nós. O que, eu espero, seja suficiente para que não repitamos a dose.” Ela apoiou a cabeça no sofá, deixando escapar um suspiro. “Para ser sincera, fiquei. Eu achava que tinha bons instintos. E ou eu estive me enganando minha vida inteira, ou esse negócio é tão caótico quanto o dia antes de um desfile.” Mel voltou a franzir o nariz, desgostosa. “É, ela não está errada, porque claramente o que fizemos até agora não deu certo. Só que, ao mesmo tempo, isso parece ser algo que não deveria ser totalmente racional, não acha?” Suas orbes buscaram as de Nathan. “You know what? Acho que eu preciso de um mergulho. O que me diz?”
"É...acho que acabou sendo um bom ponto de partida. Talvez para mostrar o que a gente não deve fazer dentro do reality”, Nathan ponderou, observando Melina apoiar a cabeça no sofá e suspirar. Ela era muito bonita, de uma beleza que devia fazer homens virarem a cabeça para observar o caminhar dela no meio da rua. Provavelmente, ele seria um desses homens, apesar de saber que tinha um fraco maior por morenas. Ao escutar a ponderação sobre escolhas racionais ou não, o advogado franziu as sobrancelhas, percebendo que novamente concordava com a outra naquele ponto. “Se os ‘matchs’ forem feitos apenas por fatores racionais, talvez seja bom na teoria, mas é impossível conviver com alguém que você não tem nenhuma...”, pensou melhor na palavra. “Atração”. Com a mudança brusca de assunto, ele se assustou um pouco, mas logo assentiu com a cabeça, tirando a blusa para pular na piscina. A água estava gelada e acabou agradecendo mentalmente por isso. Não aguentava mais o calor daquele lugar. Sentia falta do frio de Nova York. Deu um mergulho e voltou a observar a participante. “E então? O que te trouxe até aqui?”
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nathanknightley · 1 year
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flashback.
Ela não pode conter os olhos, que rolaram quase vagarosamente olhando para o restante dos participantes antes de voltar para ele, mas foi a única reação que teve. Não iria apontar que aquele não tinha sido um único incidente, e nem queria ficar discutindo na festa. Talvez devesse ter feito igual quando você está educando alguém ─ dado a Nathan algum reforço positivo, assim ele não ficaria remoendo o incidente. “Bem, para sua informação, não é nem sobre seguir as regras, Nathan, é só sobre ser uma boa pessoa ── simples” ela disse. Dee gostava de pintar dentro das linhas, fazer as coisas que achava que era certo, e ela não entendia porque isso parecia um grande problema na cabeça dele. Mas não era como se ela inventasse maneiras mirabolantes de como tinha que existir para seguir as regras. “Talvez o seu mundo só tenha regras chatas demais que nem você suporta mais,” ela acabou dizendo sem se preocupar demais. Desde que ele tinha falado sobre as festas de família que tinha que participar e que ele tinha mencionado ter pessoas pra fazer tudo, Dee sabia que ele tinha dinheiro, provavelmente mais do que ela jamais teve na vida. Porém, ela tinha a impressão que as pessoas ricas não se divertiam tanto porque tinham que manter aparências. Ao menos, era isso que ela sentia dos casamentos deles que preparava. “Congratulations,” ela disse oferecendo o reforço positivo que tinha pensado antes, pensando que talvez ele só devesse deixar de lado as regras dele e ser só uma boa pessoa. Claro que Dee soltou uma risadinha baixa, “aquele é só o jeito dela, Nathan, então ela não acha que está causando. Agora você…” ela apontou para ele, “você não gosta de perder o controle da situação,” falou de maneira tão confiante na sua determinação sobre ele que alguém poderia até pensar que ela o conhecia direito. “Não,” disse rapidamente, “isso é o básico para eu saber e não deixar você morrer em algum momento aqui. Se você não oferecer alguma informação que você queira, eu vou ter que começar a perguntar coisas que talvez você não queira falar.” Ela queria apontar que ele não tinha perguntado nada sobre ela, mas talvez ele tivesse a descartado como match de qualquer forma.
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“Mas o que é ser uma boa pessoa...?”, Nathan perguntou, erguendo as sobrancelhas e já começando a sorrir antes de continuar. “Além de ser uma pessoa que gosta de seguir a rigor todas as regras de ‘boas maneiras’, ‘boa convivência’ e simpatia? Convencionalmente, as ditas ‘más pessoas' são aquelas que fogem do que está posto como o certo a se seguir nesse ponto específico. Então existem diversas pequenas regras que a sociedade segue, mas que é apenas uma convenção”, sorriu um pouco mais, sabendo que estava sendo irritante com aquela palestra, mas não conseguindo — nem querendo — se conter. “O conceito de ‘bondade’ tem muita margem para debate, e não acho que levar uma louça para o pia ou não pode definir alguém como bom”. Deu de ombros. “Admito que existem regras chatas no meu mundo, mas eu escolho aquelas que me convém mais”, mudou o peso de uma perna para outra, tentando elaborar melhor o pensamento para que ela pudesse entender a sua linha de raciocínio. “Tudo bem, algumas não são exatamente escolhas, mas não tem muito como fugir e sigo por uma questão de...tradição. Porém”, ergueu o dedo, em uma pausa “essas pequenas exigências de simpatia, como ‘coloque uma louça na pia’ ou ‘solte elogios’ ou ‘peça desculpas’...That’s bullshit. São regras para amansar e deixar o povo passivo”. No entanto, Dee estava certa. E todo aquele seu discurso era uma forma dele tentar manter o controle e evidenciar que não havia nada de tecnicamente ‘simples’ no que estavam discutindo. Apesar de saber que seu modo discursivo era irritante, muitas vezes recorria a ele para defender o seu ponto. Era do tipo de discutir a exaustão, até convencer o outro de que ele estava certo, ou o debate chegar em um beco sem saída, em que os dois erguiam bandeiras brancas. Ao ouvir a fala seguinte, balançou a cabeça, percebendo que não queria mais ser o foco daquela conversa. “Por que você não me conta algo que quer?”, usava um tom apaziguador, tentando tirar um pouco da irritação que ela provavelmente devia ter sentido. “Vamos imaginar que a gente se encontrou na rua, nos demos bem e eu te chamei para um café, o que seria algo você acharia importante eu saber antes da gente começar a se ver mais?”
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