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I keep wondering, how many people do you need to be, before you can become yourself.
Iain S. Thomas (via quotemadness)
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São Paulo, 09 de Maio de 2017
Ontem, a caminho da escola senti um aperto no peito e os meus olhos se encheram de lágrimas. Não sei explicar muito bem o que eu estava sentindo. Talvez a minha mudança de humor repentina estivesse me fazendo chorar outra vez, ou o fato de que a pessoa que transformou a minha vida em um ano tenha deixado de fazer parte da minha rotina tenha causado isso.
Foi um ano repleto de mudanças. Em Maio de 2016 eu sai da minha zona de conforto, decidi encarar a vida tal como ela é, deixei princípios e inseguranças de lado e tentei algo novo. Me deparei com um ambiente normal com rostos amigáveis, mas no meio de tudo, tinha alguém, com aparência séria e postura de professor. Nem parecia que tornaria tudo mais fácil, e transformaria dias normais nas minhas melhores lembranças. Uma conversa bastou para eu perceber que tínhamos muito em comum. Nós passaríamos a trabalhar juntos, e nele eu vi mais que um colega de trabalho. Eu vi um amigo, daqueles que topa qualquer parada, aquele amigo que eu sempre quis ter.
O ambiente a princípio me assustou um pouco, era tudo completamente organizado, e eu sempre fui a bagunça em pessoa. O medo de errar esteve presente desde o meu primeiro dia. Mas é claro que eu não ia deixar isso me vencer, me fiz mais forte do que nunca. Passei de uma menina de 1,51cm para uma mulher de 1,51cm. Aprendi também que tamanho nunca será capaz de definir ou limitar alguém.
O tempo foi passando, completei um mês de estágio, dois meses e assim foi seguindo. Nesse tempo conheci pessoas incríveis, assisti uma saga a qual só conhecia por nome, tive ideias para fazer tatuagem, e comecei a colocar meus pensamentos no papel, sim eu comecei a escrever músicas. Eu dei lugar a um sonho que já tinha morrido dentro de mim. Cantar para pessoas e inspira-las com minhas trágicas e dramáticas histórias de amor, encontrar o meu príncipe encantado. Falar disso me faz pensar o quanto é ridículo, mas os meus sonhos impossíveis fizeram-se reais dentro desse um ano, agora eu acredito em mim.
É difícil imaginar como tudo começou, mas eu me lembro dos detalhes. Eu me lembro de como sentia vontade de correr, ás vezes eu queria fugir, mas teve alguém que me fez ficar. Ele me fez contar os meus maiores medos, eu sentia segurança, como se ele fosse me proteger do mundo e de suas crueldades. A minha vida nunca foi das mais interessantes, não é uma coisa que você vá querer ouvir por prazer, mas ele o fez. Ouviu cada palavra e ao final de tudo escutávamos uma música e ficava tudo bem.
Eu cursava o segundo ano do ensino médio, essa é a época da vida que tudo dá errado, mas estava certo, eu tinha ele para rir das desgraças que ocorriam comigo, ele fez ser mais fácil.
Mas até mesmo os mais fortes e seguros caem ás vezes. Essas pessoas têm passado difícil, sentimentos ocultos e saudades imensas. É o caso dele. As palavras nunca foram realmente ditas, mas eu enxergava em seus olhos.
O tempo começou a voar, e todos os nossos planos acabavam por se concretizar. Ele me levou a lugares desconhecidos, me fez questionar minhas maiores certezas, despertou em mim vontade de viver. Temos diversos momentos para recordar, e eu quero que tudo fique gravado em algum lugar. Porquê não ser aqui? Então lá vai:
Fomos juntos ao meu primeiro show de rock! Com ele aprendi a mentir como gente grande, bebi, descobri que o som da minha risada é incrível, corri em lugares proibidos, fui atriz, fui cantora, fui Elisângela, roubei doces e dancei músicas inimagináveis. Chorei em público, aprendi que toda música representa algum momento, e ao me despedir concretizei que há momentos que arruínam músicas e músicas que arruínam momentos.
Eu sei foi uma despedida, porque deixamos para traz tudo isso, não que tenha acabado, pode ser que daqui pra frente melhore. Uma pessoa sábia me disse que eu deveria ficar feliz por sentir tanto a falta de alguém. Isso é sinal que nenhuma distância separa tamanha amizade. Eu acredito que isso seja real, acredito em finais felizes, acredito que nem tudo precisa ter um final, e eu acredito porque ele abriu meus olhos e me ensinou que tenho que acreditar mesmo quando não há uma luz no fim do túnel, afinal, ele sempre aparecerá para acender uma lanterna ou o flash, criando assim um novo “meme”.
Acredito que a história dessa amizade seja única, nunca haverá uma dupla como nós. Fomos legendários! Ele também me fez ter medo, me fez sentir raiva, e me fez querer matá-lo! A mesma pessoa que me fez acreditar me fez querer desistir. Ele é contraditório, hora me ajudou outrora me entristeceu. Hoje consigo olhar pra trás e admitir que chegou a me fazer mal. Mas essa é a vida real, pessoas machucam pessoas. E apesar dele ter me machucado, a ferida se cicatrizou dando espaço para outras decepções, pois com ela aprendemos.
Eu não tenho medo de mostrar ao mundo quem eu sou, e eu devo isso a ele.
Assim te digo que a nossa história teve um ponto final sim, mas nós nunca respeitamos regras, essa gramática boba não vai nos parar. Faremos muita história ainda, temos uma vida inteira até 2018.
Coffee is your inspiration and you’re mine <3
With love
Your creation, before just Moni and now Monimoney
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Book of the week: American Gods by Neil Gaiman
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You can love your friends.. ..you can love your family … you can even love every stray dog or stray drummer that crosses your path. HOWEVER, you have to learn how to love yourself, like yourself, and put yourself first before you will ever find the healthy, loving, and lasting relationship that you’ve been looking for.
Greg Behrendt and Amira Rutola-Behrendt, It’s Called a Breakup Because It’s Broken
(via thegoodvybe)
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