minxahri

[minxahri]

hwkkun​:

“Também? Então você procurou por mim?” Tombou a cabeça um pouco para o lado, com um sorriso sugestivo adornando os lábios. “É claro que procurei. Por que não procuraria?” Arqueou as sobrancelhas, sorrindo mais uma vez ao tomar o próprio celular para si. Por sorte, as coisas estavam correndo como planejado. Ao que parecia, Hakkun não foi o único a ficar revivendo a noite que dividiram juntos sem parar.

Assentiu ao ouvir a pergunta, estendendo o capacete reserva na direção alheia — objeto que só estava ali caso seu convite fosse aceito. “Isso é surpresa. Não tem medo de motos, tem? Prometo não ir tão rápido.” A brincadeira saiu da sua boca de forma descontraída, afinal, não planejava correr riscos — ao menos não ao lado dela.

“P-Procurei...” Não era fácil para ela admitir aquilo, principalmente porque não sabia como Hakkun poderia reagir àquela informação. Ahri passou um bom tempo com medo achando que poderia estar desesperada já que tinha procurado por toda faculdade atrás dele. O coração acelerou com a pergunta dele, ela sequer sabia o que poderia responder àquilo. “Porque eu fui a garota que fez você ficar pra ajudar a limpar.” Ela riu soprado ainda que aquilo fosse relativamente vergonhoso para si, mas não deixando de ficar feliz se recordando dele dormindo com ela.

Ahri se aproximou pegando o capacete, o abraçando enquanto encarava Hakkun. “Eu nunca andei de moto antes na verdade.” Admitiu ao que mordia o lábio inferior e tentava ignorar as amigas ao fundo dizendo para ela desistir daquela ideia. “Mas eu confio em você, então...” Um suspiro baixo lhe escapou antes de colocar o capacete de vez. Aquilo tudo era novo, mas ela não conseguia resistir a ideia de aproveitar tudo antes que ele simplesmente cansasse de si.

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hwkkun​:

“Seria impossível esquecer você, Ahri.” Piscou sobre os óculos escuros que descansavam na ponta do nariz e descruzou os braços. “E não estudo.” Riu. Mal havia terminado o ensino médio, entrar em uma faculdade estava mais para um sonho muito distante. “Foi bem difícil encontrar você, sabia? Mas fico feliz que consegui.” Arqueou as sobrancelhas em meio a um sorriso e estendeu seu celular na direção alheia. “Deixei sua casa tão apressado que acabai esquecendo de pedir por uma coisa importante. Seu número.”

“Pensei em darmos uma volta, o que acha?” Pendeu a cabeça um pouco para o lado, ainda sorrindo. “Se estiver livre, é claro. Caso contrário, posso tentar outra hora.” Queria vê-la novamente, mas só isso não seria suficiente. Precisava passar tempo ao lado dela, mesmo sem entender essa necessidade.

Podia jurar que o coração falhou uma batida com ele falando seu nome e mais ainda por lembrar de si. “Isso explica ninguém conhecer você.” Riu junto dele, ainda que aquilo deixasse claro que ela havia procurado e muito por ele. E saber que ele tinha feito o mesmo a deixara sem jeito. “Você me procurou também?” O questionamento veio em meio a um sorriso quando ele estendeu o celular para si e ouviu murmúrios das amigas lá atrás quando ouviram aquilo dele. Ahri ignorou-as enquanto colocava seu número e devolvia o celular. “Pronto. Agora tem ele.”

“Agora?” O tom havia saído quase exasperado porque ela não esperava que ele fosse chamá-la para sair assim tão rápido, mas ela temia que demorasse a encontrá-lo novamente e também felizmente não havia mais aula ali. “Eu tô livre sim, as aulas acabaram e hoje não tem a tarde.” Nunca tinha agradecido tanto uma tarde livre como agora. “E onde vamos?”

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Desde o dia da festa e que ela tinha acordado realmente ao lado de Hakkun que ela não tinha tirado ele da cabeça. O pior de tudo era que ninguém sabia quem ele era, não sabia os amigos que ele detinha e ela se questionava como diabos ele tinha aparecido em sua casa se ninguém aparentemente tinha algum conhecimento prévio sobre ele. Ahri até quase temia que fosse coisa da sua cabeça, mas ela conseguia sim se recordar o calor do corpo dele contra o próprio na manhã seguinte, a única merda em tudo aquilo foi que sequer trocaram números de telefone e ela sequer sabia como poderia encontrá-lo novamente.

Tinha saído da aula para encontrar as amigas quando viu uma pequena comoção delas. “O que foi?” Questionou quando se aproximou vendo que elas apontavam para um cara recostado numa moto ali e que para ela o rosto era ridiculamente familiar. Ele estava ali. A garota alternou o olhar entre as amigas e ele antes de reunir coragem e se aproximar, ouvindo as amigas perguntando desde quando ela tinha ficado tão ousada. “Hakkun-ssi! Eu... Ahn... Lembra de mim? Não sabia que estudava aqui.” Claro que era quase uma mentira escancarada, principalmente porque ela já tinha rodado a universidade toda procurando por ele.

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hwkkun​:

Sorriu e adentrou o quarto ao ouvir a resposta, sem deixar de fechar a porta atrás de si novamente. “Então vamos fazer nossa pequena revolução.” Riu e se aconchegou na cama, por baixo do edredom. “Vem cá,” sussurrou ao levantar uma parte da coberta em um convite para que ela se juntasse a si.

Deitados juntos, seu braço envolveu a cintura alheia com cautela. Deixou um beijo molhado e demorado na bochecha alheia em meio a um sorriso canalha. “Você se sente melhor?” perguntou baixinho à medida que encaixava seus corpos de maneira confortável. “Boa noite, Ahri.”

Era como se sentisse que ele poderia ser sua perdição, mas ainda sim ela gostava da ideia. O coração acelerado e a vergonha evidente em suas feições entregavam que não sabia direito o que fazer além de seguir os pedidos dele quando adentrou na coberta e se aproximou e muito dele.

Arrepios lhe percorreram o corpo quando o braço forte lhe envolveu a cintura e sentiu que poderia explodir quando o selar veio em sua bochecha. “Com certeza.” Sorriu ao se encaixar mais contra ele e esconder o rosto em seu peito. “Boa noite, Hakkun.”

encerradinho ♥

#respondi só pra fechar mesmo fhsduihfsdufsd

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hwkkun​:

Riu ao notar as bochechas alheias corarem. Talvez devesse pegar um pouco mais leve, mas era inegável que estava se divertindo com aquilo. Assentiu junto a um dar de ombros. “De fato. Espero que isso não aconteça.” Riu, na tentativa de afastar a possibilidade da sua mente. Não queria que o pai dela arruinasse o momento, principalmente porque os dois muito provavelmente nunca mais conseguiriam se ver caso isso realmente acontecesse — algo que odiaria profundamente. Era evidente o quanto queria vê-la novamente, talvez mais vezes do que sua mente conseguia processar.

“Entendi. Quer ser fora da lei ficando abraçada comigo? Cuidado, daqui a pouco estaremos fazendo algo ainda mais perigoso. Tipo dar as mãos.” Riu e piscou na direção alheia. “Encontro você no seu quarto, tudo bem?” As roupas o serviram bem na medida do possível. Precisava admitir que se livrar da jaqueta de couro e dos jeans o aliviou mais do que esperava. Deu algumas batidas da porta entreaberta do quarto alheio antes de abri-la por completo, um sorriso desenhado abertamente em seus lábios. “Ei. Pronta para seguir o mau caminho?”

Não sabia o que era aquilo. Só tinha acabado de conhecer Hakkun, mas sentia uma vontade crescente em si de vê-lo mais vezes e aquela vontade de poder tocá-lo ainda que de uma maneira carinhosa. Não entendia aquilo, mas parecia uma ideia tão boa que Ahri quase se permitia esquecer que estava bêbada e sozinha com um cara em casa.

Uma risada escapou dos lábios dela e acabou levando a mão até a frente do rosto. “Meu Deus que pervertido você.” Brincou só de pensar que aquilo quase soava como uma comédia romântica e ela torcia para que se lembrasse de tudo no dia posterior. “Tudo bem.” Assentiu antes de seguir para seu quarto e se sentar na cama esperando por ele. Os dedos dos pés encolhidos, ela com os braços ao redor dos joelhos dobrados e pensando se tudo aquilo era uma boa ideia, mas quando o viu na porta sorrindo tudo parecia tão certo. “Sendo com você, acho que estou sim.”

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hwkkun​:

Assentiu e adentrou um banheiro. Estava tão bêbado que sabia que um banho gelado seria melhor, mas mesmo assim optou pela água quente. Não era muito de fazer o certo, afinal. O vapor o ajudou a relaxar, mas como não estava em casa tentou não tomar muito tempo. Principalmente após aquele convite. Sorriu ao se lembrar dele, mas logo o desfez. Ahri o fazia se sentir diferente, estranho. E Hakkun estava gostando daquilo, mesmo que internamente.

Riu um pouco ao notar o gesto alheio. “Está tudo bem. A toalha não vai cair, prometo.” Sorriu e pegou a roupa que lhe foi estendida em meio a um aceno com a cabeça, em agradecimento. “Obrigado. Não vai ter problema?”

Era literalmente sua primeira vez com um garoto sozinha em casa e que não parecia um louco ou que iria lhe atacar a qualquer momento. Poderia soar clichê, mas ele tinha tanto aquela cara de quem era um bad boy, mas que no fundo era sensível que a ideia lhe deixava de coração aquecido, ainda que talvez fosse um pouco do álcool ingerido.

“Okay...” Disse mordendo a língua porque se pegou pensando na ideia de como seria sua reação se a toalha acabasse caindo e Ahri sentiu o rosto esquentar ridiculamente ao pensar na ideia. “Acho que o maior seria se ele chegasse e visse você deitado comigo na cama, mas... Eu juro que quero ser fora da lei pela primeira vez e você parece bom de ficar abraçada...” As palavras tinham saído que ela nem tinha sequer controlado, mas talvez no fundo agradecesse o álcool por estar agindo daquela forma.

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hwkkun​:

Não conseguiu evitar o sorriso bobo que tomou conta do seu rosto à medida que terminava de limpar a bagunça no segundo andar. Tudo o que conseguia pensar era em Ahri e seu pedido. Engraçado e inesperado, mas bem-vindo. Saber que poderia ficar um pouco mais o deixou estranhamente feliz. Quando finalmente terminou, a casa parecia outra. Sem copos e garrafas espalhados, deu para ter uma noção ainda maior do quanto viviam em mundos diferentes. Sua casa nunca seria tão bonita, tampouco tão ajeitada.

Deu de ombros. Estava morto de bêbado, talvez um banho fosse ajudar a amenizar sua situação. “Olha… já que você ofereceu, eu aceito.” Sorriu e se dirigiu ao banheiro. “Vou tomar um banho então.”

Se sentia mal por tê-lo feito terminar de arrumar as coisas, mas poder tomar banho e se sentir renovada era tão bom que ela se permitiu se sentir um pouquinho egoísta naquele momento. Sorriu ao vê-lo aceitar o banho. “Vou ir procurar alguma roupa então. Fique à vontade.” Assentiu de leve ao que seguia para o quarto dos pais.

Não sabia o que exatamente poderia caber nele, mas talvez apenas uma camisa normal e uma bermuda deveriam resolver. Seu pai só era um pouquinho mais alto que Hakkun e um corpo parecido então deveria caber de fato. Então pegou as peças e quando seguiu de volta para o banheiro viu a porta entreaberta e o viu só de toalha, Ahri desviou o olhar pela vergonha, antes de pigarrear. “Eu... Eu trouxe as roupas.”

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hwkkun​:

Arregalou um pouco os olhos. Esperava por qualquer coisa, menos aquilo — mas estava longe de reclamar. “Claro.” Assentiu em meio a um sorriso. “Posso dormir com você. Sem ser naquele sentido.” Ergueu as mãos como se indiciasse inocência em meio a uma risada. Ahri era engraçada, diferente. Sabia o quanto isso soava clichê em sua cabeça e se sentiu extremamente idiota por aquele pensamento, mesmo sabendo que era a mais pura verdade.

“Vou terminar de limpar a bagunça no segundo andar. Toma um banho e cuida do seu machucado, vai se sentir melhor.” Acariciou o topo da cabeça alheia com tapinhas gentis e sorriu gentilmente. “E não aceito não como resposta.” Cravou e se retirou do banheiro, sem dar chances para que ela protestasse.

Seu coração parecia que iria explodir de tamanho nervosismo pela ideia que tinha tido, claro que ele poderia recusar, mas não poderia deixar de gostar da ideia de estar perto dele ainda que mais um pouco. Mordeu o lábio inferior para tentar conter um sorriso largo, mas não evitando a risada por conta dele fazer a expressão de inocência. “Obrigada, sério.” Disse enquanto o encarava ainda sem saber como agir direito. Hakkun parecia ser um cara tão legal, tão diferente do seus trejeitos passavam e ela não conseguia não admirá-lo por aquilo. 

Sentiu as bochechas esquentarem quando ele lhe acariciou a cabeça. Era estranho parecer aquela cena de clichê de filme de romance, mas a sensação era tão boa quanto via pela televisão. “Tá bem.” Foi o que conseguiu dizer antes de vê-lo sair do banheiro. Ahri deu pequenos pulinhos ali dentro antes de passar as mãos pelos cabelos e se recompor. 

Não demorou muito em tomar banho e se deixar aproveitar a água quente pelo corpo. Depois correu com a toalha enrolada pelo corpo para o próprio quarto, vestindo um pijama mais comum pouco antes de ir atrás de Hakkun. “Quer tomar banho também? Eu posso ver alguma coisa do meu pai que dê em você.”

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hwkkun​:

Sorria sempre que seus olhos se encontravam, tomado por uma sensação nova e completamente interessante. Pôr um fim naquela festa mostrou-se mais promissor do que esperava já que, estranhamente, estava começando a se familiarizar com o jeito que ela o fazia se sentir. “Ainda bem. Acho que ele faria falta.” Riu.

Assentiu. “Claro.” Recostou as mãos sobre a pia, com sua atenção inteiramente sobre a figura em sua frente. “Adoro pedidos estranhos. O que é?”

“Eu tenho quase certeza que faria também.” Ela riu de volta junto dele. Não sabia explicar, mas havia algo ali em Hakkun que lhe dava uma sensação tão boa de calmaria que ela não conseguia não olhar para ele e se sentir bem e alguma coisa a mais que ainda não sabia explicar o que era.

“É...” Desviou o olhar por instantes, a mão livre enrolando o tecido da camiseta por entre os dedos. “Você pode dormir comigo hoje?” Questionou antes de levar as mãos para o ar balançando em negação. “Não de dormir naquele sentido, sabe? Dormir, dormir mesmo. Eu... Não quero ficar sozinha hoje.”

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hwkkun​:

Seu trabalho na escada estava feito. Com isso, restaria apenas o segundo andar e estariam livres. Durante aquela tarefa, a casa parecia maior do que realmente era. Arqueou as sobrancelhas ao ouvir o resmungo alheio e se dirigiu até ela. Seus olhos logo pairaram sobre o ferimento recente. “Vamos até o banheiro. Precisamos dar um jeito nisso.” Sugeriu em meio a um sorriso e acenou com a cabeça, como se dissesse para segui-lo. “Eu cuido disso para você.” Assegurou, passos apressados em direção ao local.

“E cá estamos nós de novo.” Sorriu ao abrir a porta do banheiro, procurando por tudo que precisaria usar para fazer um curativo decente. “Vem cá.” Espalhou um pouco de sabão pela mão, seus olhos sobre os de Ahri durante todo momento. “Higiene em primeiro lugar.” Riu e massageou o ferimento com calma e delicadeza, suas mãos se tocando e o fazendo arrepiar. Em seguida, o curativo. “Pronto. Vai sobreviver.”

Não tinha choramingado na esperança de que ele fosse atrás de si, mas admitia que tinha gostado da atenção que tinha lhe dado, porque estranhamente parecia genuína demais. Ela apenas assentiu ao desligar a torneira e seguir com ele. E ao ver que era o banheiro ela riu. “Parece que esse é o nosso destino.” Brincou.

Até poderia ter ajudado ele a procurar as coisas ali, mas nunca usava aquele banheiro, era mais do seu quarto que certamente tinha sua salvação diária. Mordia o interior do lábio inferior conforme alternava o olhar entre ele e o corte, ele parecia tão cuidadoso. “Bom que não vou precisar tirar o dedo.” Ela riu antes de passar a língua sobre os lábios. “Eu posso te fazer um pedido estranho?”

[minxahri]

hwkkun​:

“Claro.” Assentiu. A ideia não era horrível, especialmente com aquela companhia. Era estranho se sentir da forma que se sentia ao lado dela, mas, por alguma razão, gostava daquela sensação. Sem falar que ela parecia interessante.

Sorriu em retribuição, vidrado nos olhos alheios. Não queria se afastar, mas sabia que se continuasse ali seria estranho demais. “Acho melhor eu limpar a escada. Vamos terminar mais rápido assim.” Limpou a garganta um pouco sem graça e se dirigiu até o local.

Ahri estava feliz, não só pela ideia de poder aproveitar uma coisa relativamente mais calma assim como poder vê-lo novamente, ainda que temesse que sua mente a fizesse esquecer dele no dia seguinte por conta da bebida. 

Ela apenas assentiu quando ele decidiu ir para a escada e ela tentou adiantar o máximo que pode ali da sala, juntando os cacos do tão adorado vaso da mãe e acabou cortando um dedo. “Ai aff.” Resmungou antes de levar o dedo até a boca para parar o sangue. Terminando enfim ali, ela correu para a pia tentar estancar o sangue, o corte nem tinha sido profundo, mas parecia que suas plaquetas tinham desistido dela. “Hakkun-ah, o mundo me odeia por dar uma festa descontrolada.” Praticamente choramingou enquanto via o sangue escorrer junto com a água.

[minxahri]

hwkkun​:

“É sim. Parece mais seu tipo de diversão.” Talvez ela não fosse gostar tanto assim dos seus amigos barulhentos, mas, de resto, a ideia parecia algo que poderia lhe agradar. “Quem sabe eu não te levo em uma das nossas fogueiras?” Arqueou as sobrancelhas e sugeriu em meio a um sorriso convidativo.

“Ah, sim.” Então foi assim que tudo começou. Pelo visto, a notícia se espalhou rápido demais pelo campus. Caso contrário, muito provavelmente nunca ficaria sabendo daquela festa. “É, definitivamente sobrou para você.” Riu ao encarar a cozinhar limpa, na medida do possível, e caminhou até a sala. “Vou te ajudar por aqui. Depois vai faltar a escada e o segundo andar.” Um pouco desajeitado, não percebeu quando buscaram pelo mesmo copo. Seu corpo eletrificou no instante em que seus dedos se tocaram e afastou sua mão de maneira lenta, à medida que seus olhos se encontravam. “Foi mal. Culpa minha.”

“Eu acho que faço mais a vibe de coisinhas calmas.” Não que achasse que algo na praia fosse ser tão calmo visto que Hakkun tinha ido ali pela barulheira, mas parecia algo legal de se fazer e era bastante diferente das festas que tinha que enfrentar. “Jura?” Questionou altamente alegre. Alegre até demais para o seu gosto, por isso que acabou mordendo o lábio tentando se controlar.

Focou até mesmo mais nas coisas que tinha para juntar ali para não pensar demais no fato de que alguém que tinha acabado de conhecer estava fazendo seu coração acelerar até demais. “Ai com toda certeza sobrou.” Respondeu fazendo um careta de derrota e nem viu o momento que iam juntos no mesmo copo, Ahri podia jurar que sentiu arrepios lhe percorrerem o corpo quando os dedos se tocaram. Ela sorriu sem jeito quando o olhar encontrou o dele. Céus, ele era tão lindo. “Não, tá tudo bem...” Disse ainda que quisesse sentir aquela sensação novamente.

[minxahri]

hwkkun​:

Pegou o saco que lhe foi estendido e passou a coletar o lixo da cozinha. Os dois provavelmente terminariam aquilo rápido já que estavam trabalhando juntos. “É… sim.” Deu de ombros. “Não tem muito o que fazer por aqui durante os fins de semana, então meus amigos e eu acabamos indo para festas. Não é sempre, às vezes nos reunimos e fazemos uma fogueira na praia também.” A pequena ilha era longe do centro e mesmo que pudesse ir até lá com sua moto, não é como se tivesse dinheiro para gastar naquele lugar.

“Já você, pelo que eu pude perceber, não é muito fã de festas. Ou me enganei?” Sorriu e se lembrou dela no banheiro, arrependida por ter dado aquela festa. As coisas fugiram de controle sim, mas não é como se isso não fosse algo normal em festas do tipo. A impressão que ficou é que ela não estava habituada àquilo. “Essas coisas sempre acontecem, é melhor ter cuidado caso exista uma próxima vez.”

Se questionava como as pessoas tinham conseguido gastar tantos copos e beber tanto, suas amigas eram loucas de terem conseguido tantas coisas como aquelas. Menos mal que só tinha precisado emprestar a casa para a festa, mas ainda sim achava complicado demais tudo aquilo. “Deve ser legal uma fogueira na praia.” E mais tranquilo, complementou mentalmente. Porque talvez assim ela não teria um surto como aquele que tinha tido.

“Mais ou menos.” Ela riu soprado ao que colocava um copo dentro do saco. “É que foi invenção das minhas amigas, elas disseram que ia ser uma coisa pequena, quando vi parecia que metade da faculdade estava aqui.” Falou em meio um suspiro pesado. Nem se recordava também dele ser do ciclo de amizade das amigas. “Eu não deixo mais, esse desespero de hoje já foi muito a minha cota.”

[minxahri]

hwkkun​:

Arregalou um pouco os olhos, não estava acostumado com as pessoas interessadas no que tinha a dizer. Geralmente riam, concordavam ou começavam uma briga séria por coisas banais que saíam da sua boca. “Acho que não é interessante para as pessoas terem alguém como eu por perto.” Deu de ombros. As pessoas provavelmente estavam certas. Senão, elas não o considerariam um fracasso — bem como sua família. Hakkun tentava passar a impressão de que não ligava, mas no fundo sabia que aquilo o incomodava um pouco. Não é como se não quisesse ser diferente. “Pode apostar que sim.” Assentiu em meio a algumas risadas. “Aqui.” Estendeu um dos remédios na cartela do seu bolso. “É meu, para emergências. Use com sabedoria.” Sorriu.

Sorriu enquanto seus olhos pairaram sobre os dela. Seu coração batia de um jeito diferente, esquisito. Será que a vodca estava batizada? “Expulsar as pessoas não foi trabalhoso.” Riu e se aproximou um pouco mais. “Anda, eu ajudo.” Começou a coletar alguns dos copos e garrafas no chão.

Ela não entendia porque não seria interessante ter alguém como ele por perto. Só de olhar para ele via que ele todo parecia muito interessante, principalmente porque ela não conseguia desviar direito o olhar dele. Hakkun parecia ser tudo, menos alguém que não fosse de fato detentor de sua atenção. “Estranho, porque pra mim parece.” Acabou soltando sem nem perceber, poderia por a culpa no álcool de fato, aquilo era o que estava movendo aquela conversa e ela de pé, ainda que meio cambaleante. Pegou o remédio e guardou no bolso do shorts, sabia que não poderia tomar naquele momento. “Prometo usá-lo com cuidado.” Brincou.

“Pior que não foi mesmo.” Disse ao fazer um bico nos lábios enquanto pegava pequenos flashes dele simplesmente expulsando todo mundo como se não fosse nada. Ahri podia jurar que o coração estava batendo mais forte quando ele se aproximou. “T-tá bom.” Foi o que conseguiu dizer antes de por o copo sobre a pia e no armário pegar um saco de lixo para que ele pudesse ir colocando o que achasse ali enquanto pegava outro para si e ia em direção à sala. Pela cozinha ser estilo americano era muito fácil que pudessem ainda se comunicar. “Você... Vai pra muitas festas assim?”

[minxahri]

hwkkun​:

“Já estou acostumado a não ter muitos fãs.” Deu de ombros em meio a uma risada. Apesar do tom leve, aquela frase era a mais pura verdade. Geralmente, as pessoas evitavam problema – e Hakkun era o caos em pessoa. “Se você diz…” Sorriu e caminhou até a cozinha, em busca de um copo. Quando finalmente conseguiu um, o encheu de água e o estendeu na direção alheia. “Aqui. Quanto mais você beber, melhor. Vai amenizar a ressaca.”

Descansou as mãos na cintura à medida que analisava seus arredores. O lugar estava uma bagunça e sentiu que seria injusto deixa-la sozinha com tudo aquilo. Por alguma razão, sua cabeça deixou de funcionar desde o momento em que abriu a porta do banheiro. “Então…” Fez uma pausa e voltou sua atenção a ela. “Como posso chamar você? Eu sou o Hakkun.” Levou a mão até o peito e sorriu, na tentativa de parecer amigável. “Vou te ajudar a arrumar tudo isso.”

“Por que?” A curiosidade era genuína até porque ele era o que havia de mais interessante ali em sua casa naquele momento. E não conseguia ver nele algo que o fizesse alguém ruim, só aquele piercing na boca que seria digno de um falatório de sua família, mas de resto ela só conseguia enxergar algo bom. Ele tinha lhe ajudado a tirar todo mundo dali de fato. Sorriu ao pegar o copo com água, não demorando a solver uma boa quantidade do líquido ali. “Amanhã vai ser ruim de acordar não vai?” Questionou voltando a beber, porque aquela seria a primeira e última ressaca da vida de Ahri. Com certeza seria.

Ela se recostou ali no balcão, tentando à todo custo evitar olhar a bagunça que estava ali em casa. Se visse era capaz de surtar antes mesmo do homem falar alguma coisa. O olhar então foi levado à ele quando a voz rouca se fez presente. “Ahri. Pode me chamar de Ahri, Hakkun-ssi!” Sorriu em direção à ele quando terminou de tomar a água. “Não precisa! Você já expulsou as pessoas! Eu não quero te dar mais trabalho...”

[minxahri]

hwkkun​:

As batidas do seu coração desandaram com a aproximação repentina. O que quer que ela estivesse fazendo, Hakkun desejava que parasse — mesmo que no fundo não estivesse odiando tanto assim. Sua mão envolveu a cintura alheia até o instante em que notou que ela estava de pé sem mais problemas. “Primeiro vou dar um jeito nessa festa, depois em você.” Piscou em meio a um sorriso ladino e virou a garrafa sem hesitar. Não acreditava no que estava prestes a fazer, mas quando deu as costas começou a gritar.

“Legal, legal. Hora de vazar!” Gritou para um casal se agarrando no corredor, empurrando-os em direção a escada. Ergueu o dedo do meio durante as reclamações de ambos, que não estavam sendo processadas. “Vocês também!” Apontou para dois garotos na beira da escada e sinalizou com a cabeça, como se dissesse para correrem dali. “Vazem! Já passou da hora.” Eles o olharam assustados, mas logo obedeceram ao comando. Ouviu algumas vaias no instante em que desligou a música, mas continuou gritando. Alguns minutos depois, a casa estava vazia. Bagunçada, mas vazia. Tinha certeza de que deveria boas explicações aos seus amigos sobre o ocorrido, que deixaram a festa tão desorientados quanto os outros convidados.

Se estivesse em condições normais, poderia ter sentido o coração acelerado, a vergonha de ver um rosto tão bonito tão próximo e ele parecia quente. Só que ela tentou não focar demais na situação, tentando apenas se manter de pé que parecia um problema e tanto, só que aquelas palavras dele lhe fizeram pela primeira vez ficar sem graça naquele encontro repentino. “Okay.” Foi tudo o que disse ao abaixar a cabeça.

Ahri não demorou a seguir ele, mas ela ia sem jeito atrás dele à medida que ele seguia gritando com todo mundo e as pessoas pareciam olhar para ela de maneira estranha por estar ali parecendo ser protegida por ele à medida que ele saía expulsando todo mundo da casa. Ela podia ver pouco a pouco a bagunça que tinha ficado na casa, mas ao menos não havia mais ninguém. Apenas eles dois. Ela sorriu sem jeito. “Obrigada! Acho que posso dizer que você é o meu salvador! Mas não tanto pras pessoas.” Ela riu. “Você daria um ótimo segurança, sabia?”

[minxahri]

hwkkun​:

Arregalou um pouco os olhos. Não esperava por aquele desabafo. Na verdade, não esperava por nada além de ser expulso do banheiro. “Uma merda isso que aconteceu com o vaso da sua mãe.” Assentiu com a cara mais lavada do mundo. Estava bêbado, mas não o suficiente para se esquecer de que foi o responsável por aquilo. Aproximou-se com cautela. Ela estava visivelmente chateada e, estranhamente, aquilo o incomodou mais do que deveria. “Certo…” Tomou a garrafa para si com cuidado. “Acho melhor eu ficar com isso aqui.”

“Festas geralmente saem de controle.” Sorriu e ofereceu a mão livre como apoio. “Por que não descemos? Acho que vai te fazer bem beber um pouco de água.” Fez uma pausa. O estado dela não era nada bom. Com toda certeza do mundo acordaria com uma ressaca que ficaria para a história. “Eu cuido do resto.”

“Tenho medo de descobrir do restante da casa....” Disse inflando as bochechas porque temia descobrir as desgraças que deveriam estar ainda acontecendo. Ouvia ainda o som alto, mas não sabia mesmo como agir com aquilo. Um bico brotou em seus lábios quando ele pegou a garrafa de si e ela quase fingiu que ia pegar de volta. “Tá bom.” Falou por fim quando ele ficou com a garrafa.

“Acho que a minha saiu e muito.” Comentou ao segurar a mão dele, mas quando se ergueu ela sentiu uma tontura, a perda de equilíbrio veio e ela encontrou apoio no corpo alheio. Não se importando muito naquele momento de se segurar nele e torcia para que ele fizesse o mesmo. Porque se fosse em uma situação normal, Ahri estaria - no mínimo - morta de vergonha. “Desculpa.” Disse antes de buscar a pose ereta novamente, ainda que as pernas parecessem quase moles. “O... O que você vai fazer?”