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lafuerzabruja · 2 days
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Natasha by Martha Uhule
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lafuerzabruja · 27 days
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nos últimos dias eu me senti uma criança perdida, no escuro do meu quarto tentando resolver minhas emoções sozinha.
tenho um amigo que posso contar sempre apesar do meu medo de ser descredibilizada como fui quando menina.
eu fiquei sozinha, me sentindo inadequada por muito tempo e hoje, quando consigo olhar pras minhas emoções com tranquilidade [mesmo com medo] já é uma grande conquista. depois de dias no fundo do poço, tendo ficado doente por isso, estou enxergando águas claras.
sinto medo de fazer com meu filho o que foi feito comigo, mas o consolo é saber que estou partindo da sabedoria adquirida através da resiliência. ser mãe tem me apresentado muitas velhas sombras e fazer esse trabalho 03:03 é minha especialidade.
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lafuerzabruja · 27 days
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é importante evitar a vilanização dos outros, visto que ninguém é 100% ruim. somos apenas humanos.
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lafuerzabruja · 27 days
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existe uma culpa extenuante [que preciso processar] sobre o fato de ser mantida em uma gaiola e aceitar sem lutar. aquele bicho que eu tenho dentro de mim não deixa mais espaço pra essa falsa simetria que se disfarça de cuidado e amor.
enquanto digito isso, há uma confusão de pensamentos, afinal, você me deu a vida. talvez eu me cure quando estiver longe das suas manipulações, porque aí, só então eu conseguirei pensar por mim mesma sem me sentir drenada pelas suas crenças limitantes e fundadas na tristeza de existir.
não que eu seja perfeita, mas toda essa depressão que se instalou desde criança em mim tem fonte nos seus problemas não resolvidos. sei que é difícil mudar. é mais fácil evitar a todo custo novas experiências, porque mexe com a nossa sensação de segurança. e essa é uma das suas maiores faltas por motivos óbvios da sua infância.
eu quis ser tua guia, mas me sinto incapaz de atingir o cerne da questão. então onde eu, como filha, não te alcancei, que Jesus chegue e tranquilize seu coração.
algum dia eu conseguirei simplesmente sair da situação quando notar os primeiros sinais de abuso sem precisar descrever o que me deixa mal, ou talvez, eu precise escrever para registrar e não voltar mais atrás.
toda a culpa vai sair de mim. eu vou conseguir me responsabilizar, pra isso, eu não vou fugir do que sinto. vou enfrentar, anotar tudo que você fez e que me deixou mal. eu vou conseguir sair desse limbo.
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lafuerzabruja · 1 month
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onde está seu medo é onde está sua expansão
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lafuerzabruja · 1 month
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Qualquer vitória na vida é um marco gigantesco neste mundo repleto de obstáculos.
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lafuerzabruja · 1 month
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ao chegarmos em casa, tudo que eu pensava era “eu tô muito lascada!”. tentei atender expectativas da minha mãe e principalmente do Victor. [existe em mim, uma voz interna muito rígida e por vezes maldosa que me aperreia mandando eu ser diferente de quem sou].
Akin chora pouco, dorme bastante e é um menino muito tranquilo e saudável, exceto pela bilirrubina alta. voltamos para o hospital para que ele fizesse fototerapia. no início eu achei péssima ideia ter decidido sozinha ir fazer o tratamento. quando chegamos no quarto, chorei muito, vinha carregando o bebê que estava com os olhos vendados pelo corredor inteiro. há situações que não são controláveis e são essas que nos ensinam lições valiosas.
ficamos na neonatal por mais 2 dias, levava ele para a coleta de sangue, levava para medir a glicemia, avaliação da pediatra, dava de mamar, trocava fralda, dormia pouco, acarinhava ele, cantava pra que ele dormisse dentro do bercinho… mas confesso que eu me senti em descanso ali, tinham mulheres maravilhosas com quem eu conversei, pessoas que estavam ali naquele quarto há dias e estavam sorrindo simplesmente. me fez sentir menos sozinha, afinal, em casa eu passo a maior parte do tempo reclusa com o bebê, exceto as vezes que minha mãe sai com ele para passear à tarde. eu e minha mãe éramos muito ligadas, mas com o tempo e a puberdade nos distanciamos, muita coisa que ela faz me irrita, mas ultimamente tenho ficado bem mais tranquila quanto à isso. porém, não sinto que posso confiar meus medos e aflições sem que eles se virem contra mim pela boca dela.
eu me sinto solitária, mas afasto as pessoas. tenho duas “amigas” e só. e eu ja pedi tanto a Deus por uma amizade e perdi pessoas pelo meu melindre. a jornada da maternidade tem sido cabulosa desde a gestação. nos ultimos meses precisei me conter a respeito da minha vontade de ser mimada e adotada pela minha sogra. ela é bem diferente da minha mãe e que bom por isso, meu esposo é bem tranquilo e tenho aprendido muito com ele.
sinto falta de ter um hobby, algo que me tire risadas, que me faça criativa. quero me arrumar e me sentir bonita. quero não me ver apenas como mãe, mas quero que isso seja complemento de quem eu ja sou como pessoa e como mulher negra.
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lafuerzabruja · 2 months
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ultimamente tenho sentido a vida como uma perca enorme de sentidos que faziam sentido anteriormente ao parto. confesso que me preparei emocionalmente e fisicamente o bastante para não pensar no pós-parto. hoje me sinto entorpecida, como quando senti as solas dos pés arderem no período expulsivo. ainda não caiu a ficha que sou mãe. ainda não entendi o quão grandioso é o processo e como isso pode me influenciar positiva e negativamente.
durante o trabalho de parto, nada foi como eu quis, as contrações começaram dia 13 às 4 da manhã e duraram até dia 15, 12:20 que foi quando peguei Akin nos braços. no dia 13, saiu pouco sangue no papel higiênico depois de ter feito xixi, corremos para a maternidade, mas eu estava com 2-3cm de dilatação. pediram que eu voltasse para casa e me exercitasse que o colo do útero se abriria, fizemos isso e fomos para a maternidade várias vezes durante 2 dias. minha mãe e Victor fizeram uma banheira de água quente pra mim com a caixa d’água, coloquei artemísia e fiquei sentada lá durante algumas horas, vesti meias quando saí, tentava fazer agachamento mas não conseguia. pra ser sincera, eu sentia medo. minha mãe tinha medo que o nenê nascesse em casa e eu com medo de não dar conta de ter o parto normal, morria de medo de precisar de cesárea. na madrugada do dia 15 o tampão saiu aos poucos, bem como eu não imaginava, estava dilatando realmente e não tinha pra onde correr. a cada contração eu gritava, mas logo depois respirava várias vezes rapidamente. conversava e sorria durante os intervalos das dores. jurava pra mim mesma que a dor seria muito intensa. cheguei à maternidade 8h da manhã, com 8 cm de dilatação, 8 é o número do Akin. fomos para a sala de parto e lá tomei banho quente, fui muito bem recebida pelas enfermeiras e estagiárias, perguntaram se eu gostava de música e eu disse que sim. pedi a música 7 marias da rita beneditto e me emocionei enquanto estava no banho, pensei em outra musica mas nao pedi, tocou uma musica da alice caymmi e em seguida “fio, se suncê precisar”, a que eu pensei, começou a tocar. me emocionei novamente, eu sentia que estava conectada à minha espiritualidade de forma direta. pretos velhos, pombogiras, caboclos… pois várias vezes assoviei durante a dor e isso aliviava!
fomos para a cama, troquei de posição varias vezes e senti medo quando finalmente alcançou 9,5cm de dilatação mas não evoluia, estouraram a bolsa e aplicaram ocitocina com glicosado na veia, não nessa ordem. mudei para a posição de quatro apoios com ajuda da equipe e de Victor, fiquei agarrada na bola suíça, ia pra frente e pra trás, aos gritos e suspiros eu tentava me confortar que tudo daria certo, agarrava o pescoço do meu amor, ele conduzia minha respiração com tranquilidade, foi incrível tê-lo ao meu lado naquele momento. em determinado momento, alguém pediu licença e limpou meu ânus, eu finalmente senti que o expulsivo estava começando. gritava muito e respirava logo em seguida, fazia força e sentia a cabeça do bebê passar pela vulva, enquanto um fogo percorria do períneo até as pernas, a cabeça foi e voltou 4 vezes. de repente, quando foi pela quinta vez, a cabeça permaneceu fora e no segundo puxo ele nasceu. gritei “puta que pariu, ai caralhoooo” e foi aliviante enquanto o fogo percorria até a sola dos pés. uma sensação indescritível de tão boa.
peguei Akin no colo e disse “seja bem vindo! eu sou sua mãe.” e ele abriu os olhos pra mim como se me reconhecesse. Victor cortou o cordão umbilical e vi lágrimas nos olhos dele. a emoção era gigante. nós finalmente tínhamos sido atravessados pelo nascimento de Akin e pelo nascimento de nós como pais.
Akin teve hipoglicemia, não acordava pra mamar e eu jurava que amamentar seria mais simples que o parto, que magicamente nos encaixaríamos e ele se alimentaria sem problemas. nas primeiras horas tinha muito colostro, mas parecia que não era suficiente e eu sentia muita dor quando ele abocanhava errado.
minha sogra me auxiliou nessa hora, finalmente ele pegou, mesmo doendo eu me mantive firme e respirando fundo. em um dado momento, eu chorei olhando pra parede enquanto ele sugava. recebemos alta, fomos para casa.
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lafuerzabruja · 3 months
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é engraçado perceber que a gente espera tanto pra crescer e ser adulto pra chegar aqui e descobrir que no fundo no fundo somos só crianças grandes que ainda precisam de colo
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lafuerzabruja · 3 months
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Akin, quem me dera poder voltar ao início de nós. sem medos, desespero e insegurança. quem dera me atentar ao que minha intuição sussurrou. quem dera me atentar aos sonhos nítidos, ao sentido que vinham tomando minhas meditações.
antes de você chegar em meu ventre, eu senti e vi tantas coisas que se relacionavam à você mas não pude perceber que se tratava de um ser amigo que viria fazer morada em mim e através de mim cresceria saudável e forte.
quanto medo eu carreguei por alimentar crenças absurdas em torno do parto, amamentação e maternidade. medos tão grandes que jamais imaginei que pudesse engravidar.
filho, hoje meu alimento é te alimentar. sem romantizar tudo isso porque eu não sigo à risca a educação alimentar, nem a rotina de exercícios e a culpa materna tenta crescer em mim se eu não vigio. tomo as vitaminas. caminho. relaxo. durmo. não fico sem comer. e ainda assim ela quer me sugar. é estranho, mas estou começando a entender de que são feitas as mães.
ainda sobre alimentação: sinto medo de amamentar, mas você merece minha entrega, sabe? você não entende isso ainda ou talvez nem entenda, mas espero que sim quando vir sua esposa cuidando da criança de vocês e como quero que você cresça entendendo a importância de ser um homem acima da média em um mundo tão misógino e racista.
amor, eu fiquei mais linda e isso pode soar bastante narcísico, mas gostei muito de como você me deixou bonita. um aspecto mais saudável, bochechas coradas, um pouco mais de gordura, menos birra com meu corpo. isso é tão gostoso, eu nunca tinha sentido isso. ao mesmo tempo que olho fotos antigas e penso “uau, não tinha nada de errado com meu corpo”, olho no espelho e vejo que não há nada de errado hoje também.
você veio pra me ensinar muita coisa e eu pretendo te ensinar o pouco que sei. seremos mestres um do outro, todos os dias um pouquinho mais de aprendizado. espero que você goste de mim o tanto quanto eu gosto de você. estou muito feliz por estar te gestando, sou muito feliz pela sua vida e serei muito mais feliz quando puder te pegar no colo.
receba os beijinhos da mamãe. te amo, filhote 🩵
37+2
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lafuerzabruja · 4 months
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sonhei que estava em um vilarejo onde não haviam muros, ali moravam muitas crianças e elas se expressavam artisticamente através da decoração de suas casas. as casas eram coloridas, cheias de imagens, colagens, desenhos, cortinas de miçangas coloridas e os pais não pareciam se importar se a casa parecesse extravagante demais. existiam pessoas de várias idades, muitos modos de ser e uma delas me contou sobre como faria pra passar de fase em um jogo de videogame, apesar de parecer um jogo violento, eu olhei nos olhos dele atenta a tudo que dizia, sorri e desejei sorte, com certeza era algo importante para o rapaz que vestia moletom cinza com capuz. é certo aos olhos que ele não combinava com a paisagem inteiramente colorida e alegre, mas eu precisava vê-lo ali: diferente de tudo.
as crianças brincavam nos quintais. chovia mas ninguém se irritava ou sentia medo da chuva, ao invés de correrem pra dentro de casa, elas faziam estrelinhas e saltitavam na grama sentindo os pingos por todo seu corpo. me arrisquei a acompanhá-las, Akin não estava em meu ventre, pois eu não senti alarde mental quanto à saúde dele ou a minha, simplesmente brinquei como uma criança.
caminhei por uma ponte com mais 3 mulheres, tentando ajuda-las em alguma missão fora da aldeia, mas não tivemos sucesso, já que a correnteza se erguia sobre a ponte há alguns metros depois de nós. uma delas caiu e a resgatamos puxando-a pela mão esquerda. ela não parecia apavorada, mas muito grata pela vida e por aquele momento.
um psicanalista atendeu as minhas demandas e eu falava sobre luto. essa dificuldade em deixar ir o que ou quem já morreu. ele foi bastante atencioso e não me senti analisada de forma negativa, vi nele um profissional capaz de me abrir os olhos sem me deixar sem graça. seu consultório era simples, nas paredes de madeira não haviam pinturas, tinta e nem quadros. logo ao lado, na casa vizinha, haviam duas adolescentes e ele lhes ofereceu imagens impressas na hora para que elas as usassem em seus feitos artísticos. eu fiquei observando elas agradecerem, mas nenhuma delas sorria. será que a adolescência é uma velhice amarga disfarçada? elas não exitaram em tomar para si o presente, provavelmente suas mentes já imaginavam o que poderiam se tornar aquelas simples figuras. a criatividade era a manda-chuva daquele lugar. enquanto observava e tirava minhas conclusões, vi um quadro colorido, cheio de fotos e letras de revistas, provavelmente arte de alguma delas ou mesmo das duas.
brinquei com um bebê rechonchudo que sorria sem parar, ele brincava na área de casa com sua irmã quando eu cheguei e percebi que os dentinhos de ambos sangravam, eles encontravam encaixe na gengiva um do outro como forma de aliviar as dores dos dentes nascendo, mas aquilo os machucava. sentei no chão e o abracei bem forte, ele se inclinou para receber o abraço, enquanto eu sentia dentro de mim um apreço gigantesco por aquela criança.
acordei com a sensação de que fui para outro lugar que não existe nesse planeta. contei a Victor o que tinha sonhado e ele disse que eu fui ao céu, enfatizando que se haviam vários tipos de pessoas e tranquilidade, com certeza era o céu. de alguma forma isso me ajudou a fazer as pazes com algo infantil em mim. o medo de Deus está sendo removido e eu caminho para o entendimento de que somos UM.
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lafuerzabruja · 6 months
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por mim eu arrumaria minhas malas e iria embora. fugiria de tudo aquilo que você acha que eu sou ou que te devo. simplesmente por não querer te cobrar nada. não estou preparada pra viver o que dizem ser um casamento. se vivo de ilusões? talvez. até ontem era tranquilo por que eu me recusava ver o quanto nossa relação já tinha passado do ponto. mas hoje eu acordei com uma mensagem de uma libélula, é tempo de mudar. eu não sou mais a mesma e você? ainda é a mesma pessoa? será que eu te amo tanto quanto amava antes? e você? me ama tanto quanto antes?
e se tudo isso for apenas vozes de pessoas que se frustraram e que entraram dentro de mim pra me fazer sofrer tanto quanto elas? você poderia me prometer que jamais iria embora? você poderia fazer mais por nós? se não, tudo bem. eu vou embora, mas não me prenda por favor, sabendo que não é capaz de oferecer o que eu preciso/quero.
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lafuerzabruja · 10 months
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a verdade é que eu sinto medo e tenho vergonha de sentir tanto assim. só que a vida tem me mostrado que tudo bem ser vulnerável e desabar no colo de alguém. tudo bem olhar pra dentro de mim e acarinhar as partes que ainda buscam aceitação. elas não são feias, nem vazias. são partes que carecem de amor e despedida.
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lafuerzabruja · 10 months
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foi despejado nela um caminhão de juras de amor. o remetente não sabia o quanto isso a machucava. todo aquele amor intenso e febril de uma vez sobre o frágil corpo que dizia não, mas que cada vez que tentava sair daquela montoeira sentimental se afundava mais. seu corpo sabia que não era isso que ela queria. identificou que sua cabeça tentava direciona-la para receber aquilo com um sorriso inabalável.
- eu não quero isso! - dizia o corpo
- mas e se a gente tentar só por um segundo? não vai doer - a cabeça emendava.
- você está tornando tudo muito pior.
- se você tentar vai dar certo!
- eu não gosto dele! percebe que quando eu o abraço não é sincero? parece que você quer que a gente se torne objeto de prazer alheio. isso não é justo! se nós não temos interesse, não faz sentido alimentar uma relação que já começará falida. por favor, podemos entrar em um acordo? vamos sair daqui. nós podemos ser muito felizes sem alguém, prometo que cuido de você tão bem quanto você acha que essa pessoa cuidaria.
- é, você está certo. que coisa mais triste e embaraçosa. quando foi que eu aprendi que deveria pôr na frente dos meus, os desejos de outras pessoas? - naquele momento caía uma ficha monstruosa da cabeça - nossa… agora percebi o quanto isso tem me machucado anos após anos. mas o que será que me levou a isso? eu tenho vários palpites.
- ta vendo, no fundo nenhuma parte de nós quer isso. eu mesmo, quero gostar de alguém que perceba sem que eu diga, quando algo estiver me fazendo mal. alguém que respeite tanto os próprios limites que não tente forçar algo que não existe simplesmente pra não ficar sozinho - continuou o corpo - vamos tentar usar mais meus sentidos nessa situação para que você não canse demais, uma hora ou outra iremos descobrir a origem disso tudo… ou não.
juntos encontraram uma solução e conseguiram sair daquele lugar escuro por acreditarem que ali não era lugar para alguém que já havia sofrido demais. o amor não machuca, ele alivia os encargos da vida. ele não pesa, faz levitar aquele que o recebe.
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lafuerzabruja · 11 months
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em uma noite eu sonhei que você me acompanhava andando por uma ponte, estava deslumbrante como sempre. andamos por alguns minutos e encontramos uma pantera preta se banhando, caminhando no riacho onde a ponte acabava. confesso que não tive medo como achei que teria, mas não me movi pra perto dela e estacionei ali, como uma árvore que observa tudo sem se mexer. você sequer olhou pra trás, tirou a roupa e só de biquíni pulou dentro do rio e desapareceu por uns segundos, foi nadando até a felina e a acariciou. aquilo pesava dentro de mim. será que ela estava saciada? nos meus dias contigo, confiei muito no que sua intuição espelhava, então me acalmei no sonho, imaginando que você sabia o que estava fazendo. continuei observando, admirada agora, apesar da mistura com a incredulidade. quanto mais íntimas vocês ficavam, mais eu te confundia com uma espécie de felídeo. aquilo era arte, era uma beleza estupenda dentro do meu inconsciente. eu sinto falta de te beijar, mas tudo bem, a vista me saciava e eu não queria tirar os olhos de vocês duas. em um momento de confusão, vi a pantera se agarrar em seus ombros e as águas cristalinas do riacho transparecerem o abraço submerso, profundo. as duas mergulhando juntas e seu rosto transmitia uma paz que eu não havia contemplado ainda. você é corajosa o suficiente para se entregar a duas forças naturais de forma tranquila.
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lafuerzabruja · 11 months
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recebi em sonho três crianças brincando de carrinho no meio de uma parte [da cidade] empoeirada quando seca e lamacenta quando chove. no sonho estava empoeirada e não foram revelados os nomes das crianças, mas eu sabia exatamente de qual bairro se tratava. elas pareciam ser crianças de outro país e isso me chamou atenção, estavam com roupas surradas, sujas por estarem brincando e queriam me mostrar alguma coisa, porém o sonho acabou. quando acordei, pensei por horas sobre o que isso significava, mas de repente, surgiu uma ideia de ação. eu não posso fazer muito, mas desde que cheguei nessa cidade tenho tido essa vontade forte de proporcionar algo para as crianças de espaços afastados do centro da cidade. há uns 2 anos, quando estava aguando as árvores em frente de casa, imaginava a rua interditada para jogar bets, brincar de esconde esconde ou mesmo uma gincana com as crianças que passassem por ali e tivessem vontade de brincar. o deus do riso e da espontaneidade quis se manifestar e eu o bloqueei, justamente pela falta de espontaneidade. o melhor a se fazer por uma criança é dar limites sem limita-las, para que sua imaginação corra solta e ela coloque em prática tudo que quis nessa fase da vida.
50% do valor de cada tiragem é direcionado ao dia das crianças ou dia de sao cosme e damiao no bairro assossete e vizinhança. essa ideia surgiu depois de conversar com os guias espirituais, sendo o tarot um meio de autoconhecimento para os consulentes, exercício da intuição e autoconhecimento para mim e diversão para crianças em situação de vulnerabilidade.
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lafuerzabruja · 11 months
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ouvi a música que você me dedicou, “Stay - Rihanna” em um reels aleatório que passou pela minha tela e por algum motivo eu me recordei de tudo, tudo de gostoso que vivemos, em como fomos profundos em nosso encontro que o nosso mundo chegou a se balançar e depois implodir. as vezes me pergunto se foi só eu que me senti assim e quando ouço essa música sinto que não, é por isso que eu choro. 13:13
penso que passamos um pelo outro, como o sol e a lua em um eclipse, como dia de chuva e sol, num encontro bem curto. apenas para provocar alguma transformação. como a carta A Torre, caímos dos nossos castelos quando nos espelhamos. você omitindo e eu também. você se enganando e eu também. comportamentos semelhantes, medo de se entregar e isso gerou um sentimento ardido de tão doloroso ao vermos como éramos diferentes nos interesses.
eu quero que você fique, mas não tomo nenhuma atitude diferente das quais te machucaram. eu repito como o rodopiar de um pião, diversas vezes a mesma situação e não contente apareço em seus sonhos, quero ter você pra mim. por esse motivo, foi difícil nos soltarmos, não era só você que fazia isso. eu também! e como queria você perto de mim! depois descobri que o Amor é diferente, ele faz com que você mude, de dentro pra fora e eu não poderia entrar na sua boca e desemaranhar suas entranhas para que você me amasse.
aceitei que não haveria nós e senti meu coração doer todas as noites por semanas. chorei como quem estivesse perdendo tudo. e aí, finalmente eu ganhei a mim. tudo que você quis, eu me dei. tudo que eu quis que você me entregasse, eu me entreguei. o que ninguém fala é que um coração ferido abre espaço e eu coloquei nessa fenda novas formas de Amar. eu estou muito bem e espero que você também.
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