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Eu ainda não consigo falar direito sobre o que aconteceu, exceto com as pessoas mais próximas. Agora, com uma certa distância - tanto física quanto de tempo - eu estou conseguindo enxergar as coisas com mais clareza, mas o que eu vejo me doi. Só o amor justifica uma cegueira e uma surdez tão absurda; eu fechei completamente meus olhos e ouvidos pra esconder toda a dor que você me fez passar e cuja responsabilidade você ainda jogou pra mim, como se a culpa do meu sofrimento fosse minha. Eu queria saber por que você foi tão cruel, por que você usou meus pontos mais frágeis contra mim, por que você precisava me machucar tanto. Eu sei que nunca vou ter essas respostas porque na sua mente você transferiu tudo isso pra mim e é isso que você tem dito, que eu é que fiz tudo isso com você. Eu já sabia que você nunca assume responsabilidade nenhuma pelo que você faz, eu vi você fazendo isso tantas vezes que não deveria me surpreender, mas surpreende. Surpreende e doi, profundamente, porque eu acreditei no melhor de você, mesmo que eu tenha visto o pior. E agora eu não vi, só, eu senti. Eu te perdoo por tudo isso. Eu te perdoo pelas crueldades, pelos machucados, pelo caos. Mas eu não te perdoo pela última facada que você me deu, usando o meu ponto mais sensível de forma consciente - você sabia o que você estava fazendo. Eu não consigo te perdoar por isso, não quando eu lembro da corda no meu pescoço, não quando eu lembro que eu poderia não estar mais aqui hoje. Eu nunca tinha chegado tão perto quanto nesse dia e foi você que colocou essa corda no meu pescoço. Talvez se você me pedisse perdão eu talvez perdoasse, mas você nunca vai pedir. Nós nunca mais vamos nos falar. Eu vou virar mais um pra você. Não, você já está com outro, eu já SOU só mais um. Eu não tenho raiva, eu tenho tristeza, compaixão e ressentimento. Eu estou começando a lembrar quem eu sou, mas às vezes eu esqueço e acredito no monstro que você criou. Hoje eu estou frágil e não sei se consigo me lembrar, mas o tempo vai me ajudar...

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Eu tenho acordado sem vontade de acordar. Tem momentos que a ficha ainda não caiu, que eu quase que tenho que me forçar a lembrar, a acreditar, a dar sentindo pra tudo que está acontecendo. Eu não quero escrever as coisas que eu estou pensando que você está pensando porque isso só vai me machucar e eu não acho que consigo me machucar mais do que estou machucado agora.

Vejo tudo que você posta e me dilacera que eu tenha virado um estranho do dia para a noite, impossibilitado de comentar, conversar, ligar pra dormir no fone. Tem momentos em que eu vejo nitidamente o que me machuca mas finjo não ver, eu sei que está ali mas não tenho condição de olhar esse monstro nos olhos sem me sentir petrificado. Comecei a escutar “Dia Branco” por minha conta e risco, sabendo que eu precisava ouvir essa música seguida de “Lucky” pra conseguir despejar o conteúdo do meu coração num texto.

Escrever é uma forma de me ajudar a me curar de uma dor que eu não quero ser curado. 

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Eu ainda mantenho o hábito de ficar com a sua conversa aberta, com o desejo, com a esperança de ver você digitando. Mas não. É uma miragem do desejo de falar com você, contar coisas, ouvir coisas, falar de saudade e de amor.

Cada notificação que não é sua murcha mais meu coração. Cada hora que passa, cada dia que passa, minha esperança definha um pouquinho mais.

Pensei em mandar mensagem - quase mandei -, mas controlei meu desejo me forçando a lembrar das suas palavras: eu preciso de tempo de você. Doi respeitar seu desejo, doi fisicamente. Sinto dor no meio do peito, na garganta, nos meus olhos ardendo. Doi muito. Tudo que eu quero é ouvir sua voz de novo.

Passaram dois dias, mas um ano por dia.

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Eu gostaria que você tivesse se visto com meus olhos. Você diz que como você existem milhares. Não pra mim. Pra mim só existe você. Aos meus olhos você era a única especial, a única que eu olhava com um amor infinitamente enorme.

Eu não sou dado a exageros, por isso não exagero quando digo que não consigo conceber viver sem dividir minha vida com você, nossos medos, nossas inseguranças, nossos desejos, nossos planos eram isso: nossos. Agora estou sozinho de novo, só com os meus medos, minhas insegurança, meus desejos, meus planos.

Como conceber uma vida daqui pra frente sem seu sorriso? Seu abraço? Seu beijo? Sem seu olhar no meu?

O que vai ser de mim sem você? Claro, eu vou sobreviver, mas eu queria viver. Viver a minha vida toda do seu lado, pra sempre. E agora eu tenho que deixar nosso apartamento, olhando pra trás e vendo o nosso colchão no chão, paredes vazias e a TV encostada. Tenho que deixar a chave na porta e sair molhando o corredor...

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Depois de tanto tempo, ouvir "é muito fácil se apaixonar por você" é forte. Ouvir outra pessoa falando isso é confuso. Doi porque já ouvi antes de pessoas que eu não queria que tivessem saído da minha vida, mas saíram por vontade delas e tudo que eu pude fazer foi esperar. Da primeira vez, tive certeza que nunca mais ouviria isso de novo.

Da segunda vez eu sabia que poderia, mas não queria ouvir de mais ninguém que não fosse ela.

E agora ouvi uma terceira vez enquanto a segunda ainda ressoa no fundo da minha alma. E eu sei que a segunda diz "eu te amo" para outra pessoa agora... Não existe mais esperança e, se já houve, foi a esperança de um bobo apaixonado. Não me arrependo de te carregar aqui dentro por tanto tempo. Foi bom ter sua companhia, mesmo que na forma de saudade.

Esse sentimento está se soltando, como uma corda arrebentando aos poucos, cada filamento estourando. Sobraram poucos fios segurando essas pontas e logo eles se partem de vez.

Obrigado por ter feito parte da minha vida, por ter me ensinado tanto, por ter me ajudado, me amado tanto, cuidado de mim, permitir que eu cuidasse de você. Eu sinto muito que o que nós tivemos não tenha bastado pra você. Bastou para mim e continuaria bastando se você tivesse sido um pouco mais corajosa. Mas não te julgo. Sentimentos doem às vezes e sei como eles são pra você. Espero que você consiga lidar com eles cada vez melhor. Parte da saudade que sinto é pelo fato de você ser uma mulher incrível, parte porque acho bonito o que sentia por você, parte pela tristeza de ter acabado.

E, de repente, ouvi uma terceira vez que é fácil se apaixonar por mim e tudo ficou confuso. A vida está me chamando. Ainda não estou pronto, mas eu quero ir com ela...

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Tive de fazer um backup e nossas fotos e os prints das nossas conversas voltaram. Eu já não sei o que sinto em relação a isso. Mas acho que finalmente está virando lembrança. Ainda não é tarde demais, mas daqui a pouco vai ser e vou poder amar de novo. Falta pouco agora. Eu quase consigo ver o fim desse caminho.

Eu não sei como você está, não sei como você se sente mais e confesso que gostaria de saber. Mas espero que você fique feliz por mim quando eu chegar no final desse caminho. Ainda dói, mas acho que você tá feliz ou pelo menos espero que você esteja.

Hoje fiquei nostálgico por nós de outra maneira. Agora posso respirar, criar lembranças bonitas de nós dois e poder abrir mão do que eu ainda sinto...

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Tanta coisa tem sido sobre ela nos últimos meses, tanto espaço ela ainda ocupa em aposentos e cantos da minha mente. Acho que nunca senti isso antes. É novo, parece uma nova forma de dor; uma dor longa e que vai se esticando, esticando, esticando. Talvez porque nunca tenha amado assim antes. Não é solidão, apenas. Não é medo de ficar sozinho como foi antes dela. Não. É ainda amor e sempre vai ser amor, saudades desse amor...

Não é mais o medo de não amar nunca mais. Ainda é a tristeza de viver sem ela. Lamentavelmente, pra mim, ainda é amor. Esperança? Nenhuma, obviamente. Então, o que sobra? Tempo é tudo que sobra...

Ah, sim, claro que tenho vontade de gritar pra ela o quanto ainda a amo, mas pra que? Não é medo de me humilhar, veja bem, não sou tão orgulhoso assim. Assumo pra quem quer ouvir. É respeito. Ela precisa seguir em frente se mim e percebo que amo ela o suficiente pra isso. Afinal, não foi pra isso que cortei ela da minha vida? Pra protegê-la de sentimentos que ela não conseguia lidar? Não é por isso que não deixo que destilem qualquer veneno sobre ela? Não é por isso que pedi que fossem pacientes e ouvissem? 

Então é tempo que me resta... 

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É melhor ser corajoso e encarar a felicidade como ela vem ou se acovardar em uma sombra de felicidade? Nunca quis tanto ser covarde e talvez aceitar uma felicidade menor do que eu acho que mereça... Mas onde isso vai me levar?

Agora que eu sei onde mora a felicidade de verdade não acho que eu possa voltar atrás pra me enganar ou tentar me convencer desesperadamente de uma outra verdade. Não, eu sei que não consigo mentir pra mim mesmo. Ninguém consegue, não pra sempre, uma hora a conta chega e a gente vai ter que pagar.

Eu não quero ter que pagar por uma conta pela qual eu me arrependa depois. Meu caminho agora é pela dor e pelo sofrimento até o fim, até a última gota, até eu estar pronto para me permitir a perspectiva de sofrer de novo. Até estar pronto para encerrar um belo capítulo e começar um novo com uma virada na história. E vou estar pronto e resolvido como estive da última vez antes de começar o novo capítulo.

O capítulo anterior já estava encerrado e eu pude abrir novas páginas. Meu enredo vai continuar assim que eu chegar às últimas linhas desse capítulo e eu já consigo enxergar elas daqui... Está chegando o ponto final, irretornável, concluído, pacificamente e corajosamente resolvido. Coragem, amigo, o fim está próximo e novas aventuras podem vir pela frente...

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Finalmente chegou o dia em que eu pude colocar tudo pra fora, sozinho, no lugar que era nosso. A pilha de papeis úmidos de lágrima se tornou grande demais, assim como o sentimento da saudade que eu não consigo mais segurar aqui dentro. Eu acho que nunca chorei assim, dessa forma tão desesperada, doi tanto, mas tanto. Se você soubesse o quão incompleto eu me sinto sem você, o quanto eu não consigo esquecer o que sinto por você... Mas eu sei que você não vai saber, eu sei que você prefere não saber e que agora isso é só meu, um buraco no lugar do meu coração. Meu peito está vazio e parece que nada preenche e eu não quero preencher essa doença crônica.

Eu não quero te esquecer, não quero deixar de te amar, não consigo deixar de amar, falta um pedaço de mim. Tudo ainda me lembra de você, tudo que a gente viveu e compartilhou não aceita ser relegado pra memória. Nunca senti um vazio tão grande, nunca senti tamanha dor em não tem mais nosso futuro. O que eu faço sem você sorrindo pra mim? O que eu faço sem você olha do jeito que você olhava pra mim? Sem você rir das minhas piadas idiotas? Sem ficar horas conversando sem querer parar? Sem o cheiro do seu abraço? Sem eu dizer que você é a mulher da minha vida? Sem eu morrer de orgulho toda vez que você me explicava algo que eu não entendia sobre o coração? Sem implorar pra você parar de tomar café? Sem eu poder cuidar de você e você poder cuidar de mim? Como eu vou viver sem sentir esse amor que eu ainda sinto por você? Como eu consigo viver sem ouvir você falar “gente” ou mandar fotos deslubradas dos hospitais, contando casos absurdos? Como eu vivo sem a gente brigar? Como eu vivo sem seu carinho na minha nuca? Sem ouvir a sua risadinha? Sem olhar nos seus olhinhos apertados e sentir nunca ter visto olhos tão lindos em toda a minha vida? Como vivo sem você? Eu perdi completamente o interesse em viver sem você... De tudo eu só me arrependo de uma coisa: nunca ter te dado um girassol...

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Se você ainda vir olhar pra mim tenha um feliz aniversário. Eu espero que você seja tão feliz quanto você merece ser e eu espero, sinceramente, que você seja mais feliz do que foi comigo. Que você continue nesse seu caminho pro sucesso e que você seja amada como deseja ser.

Parabéns, aproveite seu dia e sua vida, você merece.

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Chorar até quando? Chorar pra enfraquecer Pra se entregar de peito aberto Sem vingança, sem ódio, sem calor Chorar pra arrancar pedaços do coração E guardar outros para serem arrancados depois Chorar pra sentir com coragem Chorar porque é verdadeiro Ou foi Ou será Ou nunca mais vai ser Chorar por falta de escolha Chorar por sentir patético E depois chorar por deixar de sentir Chorar pra lavar os caminhos da vida Pra limpar a terra que algum dia pode oferecer erva nova É preciso ser forte pra chorar e chorar e chorar e chorar... Chorar pra, enfim, sentir paz Até que seja preciso de novo Chorar...

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Uma carta que nunca vai ser entregue

Eu só posso escrever o que eu gostaria de te falar: Parabéns! Eu tenho muito orgulho de você e eu tenho absoluta certeza que você vai ser uma profissional incrível. Apesar de tudo eu preciso confessar que queria estar do seu lado pra comemorar essa data mas não foi isso que a vida me reservou. 

A vida está seguindo adiante, mas uma parte de mim ainda está amarrada a você, por isso não estar com você nesse dia ainda me doi. Por outro lado sei que esse é um dia feliz e que você está feliz, então isso já me alivia um pouco o coração. 

Seja feliz da maneira que você sentir necessária e, correndo um enorme risco de me machucar (e talvez pela última vez), eu te amo e desejo tudo de mais maravilhoso na sua vida porque você merece. Tenho um orgulho imenso de você!

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Vivo dentro de uma maldição. Uma fonte inesgotável de sofrimento e de infelicidade. Por um lado um desejo quase animal de sobreviver, por outro a miséria de ser humano e manter viva uma esperança que a mente sabe que não serve mais. É a parábola dos dois cães que a gente deve alimentar, mas ambos querem, ao mesmo tempo, morrer e sobreviver, como num ritual masoquista, mas é mais profundo do que isso. Há um cansaço em manter as partes da maldição vivas, porque eu sei que ambas precisam sobreviver para que eu sobreviva. Eu preciso alimentar o desejo de sobrevivência e não posso abrir mão da esperança. Como sempre, estou preso e fadado a continuar vivendo da melhor maneira que eu puder. Poucas coisas mudam completamente a vida de um sujeito do que o amor...

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Já fazem dois meses e ainda sinto falta de dividir minha vida com ela. No final do dia, quando apago a luz e fico sozinho comigo deixo uma janela aberta pra ela entrar.

Ela acha que colocar uma venda nos meus olhos vai esconder meus sentimentos (ou é ela que precisa da venda?) mas eu não posso fugir deles, entende? Ninguém pode sem mentir vigorosamente pra si.

Eu acho que é preciso muita coragem pra bater no peito e dizer o que se sente ciente da possibilidade de ser frustrado, de não acontecer como você quer, de doer.

Eu sou forte o suficiente pra dizer que sinto falta dela, apesar de todas as opiniões e conselhos que têm certeza de que esquecer e se jogar nos braços de outras pessoas são soluções duradouras. Não são. Estou seguindo a vida, mas isso não apaga meus sentimentos. As duas coisas podem conviver. E convivem. Eu gosto que seja assim...

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O perfume

- Oi!

- Oi!

- Tudo bem?

- Tudo e você?

- Tô bem também...

- Que bom... E sua família tá bem?

- Todo mundo bem e a sua?

- Também!

- E o trabalho?

- Ah, a mesma coisa de sempre e você?

- Também, sempre a mesma correria!

- Bom te ver!

- Você também!

[...]

O problema não foi vê-la, nem falar com ela. Foi o perfume que ficou apegado à malha da blusa dele. O perfume que agarrou às fibras da sua roupa e decidiu que não largaria mais.

Pra parar de ver as pessoas fecham os olhos ou mudam de direção; pra não ouvir as pessoas colocam fones de ouvido; mas o perfume... As pessoas precisam respirar.

[...]

Ele podia ter lavado aquela blusa, mas cada fio de lã ficaria sozinho de novo.

[...]

Ele estava sentado no sofá, a blusa em cima da mesa de centro, exalando... Ele ensaiou algumas vezes levantar num rompante de coragem e enfiar a blusa na máquina com o resto da roupa suja. Nunca foi tão hercúlea a tarefa de lavar a roupa. O debate durou horas e precisou ser adiado para o dia seguinte e para a semana seguinte. Quando ele percebeu, era tarde demais. O perfume tinha escapado do tecido, esparramado sobre a mesa, penetrado no tapete...

[...]

Saía de casa e chegava em casa, o pensamento era igual: como pode a gente ficar refém de um cheiro?

[...]

Um dia sentou no sofá e deu play na sua playlist. Deixou finalmente o perfume entrar pelos poros e percebeu que ele já estava lá, sempre esteve lá e ficou em paz.

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Se a gente não sabe se ama Se a gente não sabe se quer Não vai saciar essa chama Se não decifrar o que é Se algo entre nós se insinua E doce tontura nos traz O que delicia tortura E não dá descanso nem paz

É que o amor não se dissolve assim Sem dor, se não for Até o fim

Se a gente não sabe se ama E não se decide que quer A dúvida não desinflama Enquanto a gente não se der Mas se algo entre nós se anuncia E não se disfarça sequer Não dá pra deixar pra outro dia De outra semana qualquer

É que o amor não se dissolve assim Sem dor, se não for Até o fim

É que o amor não se dissolve assim Sem dor, se não for Até o fim

https://www.youtube.com/watch?v=QkfqSU_hl-Q

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Where do you start?

How do you separate the present from the past?

How do you deal with all the things you thought

Would last that didn't last?

With bits of memories scattered here and there

I look around and don't know where to start

Which books are yours?

Which tapes and dreams belong to you and which are mine?

Our lives are tangled like the branches

Of a vine that intertwine

So many habits that we'll have to break

And yesterdays we'll have to take apart

One day there'll be a song or something in the air again

To catch me by surprise and you'll be there again

A moment in what might have been

Where do you start?

Do you allow yourself a little time to cry?

Or do you close your eyes and kiss it all goodbye?

I guess you try

And though I don't know where

And don't know when

I'll find myself in love again

I promise there will always be

A little place no on will see

A tiny part within my heart

That stays in love with you

https://youtu.be/J0BPT0Oavl4