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insuportavio · 9 years
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"INTERSTELLAR" - AME-O OU DEIXE-O
[...]"Só que, nesse momento, não precisamos de mais engenheiros. Não nos falta televisores ou aviões. O que falta é comida. O mundo precisa de fazendeiros."[...]
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A história se passa em um futuro não muito distante. Ameaçados por uma praga que destrói plantações, o mundo está ficando sem alimento e sem oxigênio. Frente a isso, nossa única esperança é encontrar um novo planeta. Assim começa Interstellar.
Cooper (Matthew McConaughey) é um engenheiro, ex-piloto da NASA, que é escolhido para levar uma expedição de cientistas a planetas com possíveis condições para serem habitados. Acompanhado dele está a Dra. Amelia Brand (Anne Hathawhay), o Dr. Doyle (Wes Bentley) e o Dr. Romilly (David Gyasi). Em contrapartida, Cooper vive o drama de deixar sua filha Murphyslaw (Lei de Murphy) e seu filho Tom (só Tom mesmo) com a esperança de poder voltar para salvá-los; temos ainda o Professor Brand (Michael Caine) tentando descobrir um jeito de transportar as pessoas da Terra sem abalar a gravidade. DA SITUAÇÃO
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Dirigido e produzido por Christopher Nolan (Inception, Trilogia do Cavaleiro das Trevas) Interstellar é co-escrito com seu irmão Jonathan Nolan e traz na equipe o poderosíssimo maestro Hans Zimmer, que dá ao filme o tom de uma verdadeira obra de arte.
A trama do filme traz seus altos e baixo, mas a trilha sonora mantém o suspense da ficção científica no talo máximo; como o filme se passa no espaço, onde o vácuo não permite que exista som, a trilha sonora acaba tendo uma participação muito especial no filme. E não peca pela repetição e nem pelas trilhas sonoras já manjadas. Me impressionou a sincronia com a qual o filme toma forma e com o desenvolvimento das músicas de fundo. Brilhante. 
“A humanidade nasceu na Terra, mas não está destinada a morrer aqui “
Eu gostei das atuações de Mattew McConaughey e da Anne Hataway, acho que estão muito boas, emociona a forma como a saudade, o desespero, o medo e tantos outros sentimentos foram representados por esses dois. A cena (que virou meme) do Mattew McConaughey assistindo a uma transmissão aos prantos é uma dessas.
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Outra coisa que eu gostei bastante desse filme (e se você entrar no espírito vai ficando melhor) é a imprevisibilidade que ele tem. Acho que assim como eu, talvez você se aventure em tentar prever o que pode acontecer no final do filme; é aquela velha vontade de tentar acertar o final. Mas, sério, com Interstellar não dá pra fazer isso. 
É como se "as coisas" ficassem em um nível tão absurdo e fossem aumentando, aumentando, aumentando, e de repente dá uma revira volta louca e mais adrenalina, e o negócio vai assim até o final! É legal ver o filme fugir um pouco de alguns clichês e "redesenhar" outros.
Se "explicações demais" num filme te incomoda, não se preocupe com isso em Interstellar; no fundo acho que eles não acabam explicando nada, mas, as vezes, a explicação é para além filme mesmo. Até porque, aqui temos um drama (pai longe da família, salvar a Terra) dentro de uma perspectiva de ficção científica. Não que isso justifique, claro, mas é diferente de fazer uma abordagem toda voltada para a ficção científica e, então, introduzir o drama, como "Missão: Marte" (que eu acho sensacional) e tantos outros.
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Os efeitos especiais são surreais, eles foram inspirados nas pesquisas acadêmicas de Kip Thorne, que trabalhou na produção do filme, e graças aos seus cálculos, temos em Interstellar a melhor representação de um buraco negro vista até hoje. O resultado rendeu o livro "A Ciência de Interestelar" (em tradução livre), dois artigos científicos e, não menos importante, o Oscar de Melhores Efeitos Visuais (Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher).
Por fim, espero que você se divirta com Interstellar! Admito que pesei um pouco a mão nos elogios hoje, mas tudo isso é para que você, leitor(a), possa dar uma chance a este filme que dividiu multidões, que quase começou a Terceira Guerra Mundial entre os que amam e os que odeiam Interstellar, e que na realidade é um filme sobre "Amor".
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(a trilha sonora desse trailer é muito zuado, a do filme é MUITO melhor)
E caso você ainda não tenha curtido nossa humilde página no Facebookson, façavor:
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insuportavio · 9 years
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“A REVOLUÇÃO DOS BICHOS” - POLÍTICA PARA ANIMAIS
“Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros”.
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Não é novo falar sobre "A Revolução dos Bichos" de George Orwell. O livro foi escrito em 1945, teve sua distribuição no meio de campos de concentração ucranianos e, claramente, sempre foi uma crítica ao socialismo soviético. A história é simples: os animais da Granja Solar, movidos pelo sonho de liberdade de um dos animais mais velhos, o porco de competições "Major",  são inspirados a se voltarem contra seu algoz terrível e aproveitador "Jones" para viverem livres e felizes pelos campos da Inglaterra.
No entanto a história toma um rumo tão distorcido e intragável que, no fim, não faz muita diferença de como tudo começou.
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Primeiro é importante lembrar como o livro é bem escrito. Impressiona a capacidade de analogia de Orwell entre os personagens do livro e os personagens da nossa sociedade. O estado, a imprensa, a religião, os fanáticos, os trabalhadores, os burgueses, tudo isso é tão bem transferido (e construído) com uma criatividade tão simples, que é o que chama atenção para o livro. Por mais pesado que algumas partes sejam, a forma como o cara preenche de sarcasmo, deixa mais leve a história. O livro é curto, se você estiver com disposição, consegue terminá-lo em uma semana.
Não vá ler 'A Revolução dos Bichos' esperando um final feliz. Não tem. Na realidade é bem provável que você fique puto e queira parar de ler o livro (se é que já não passou por isso), mas garanto que chegar até o final vale o esforço.
Por si só a fabula é uma grande provocação à qualquer sistema político. A forma como se desenvolve a história e os interesses da "situação" são marcantes: direto, objetivo e corrupto. De novo, não é uma história com final feliz, é indigesto.
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Esse ano o livro vai completar 70 anos e vamos continuar sentindo a indigestão que ele nos causa; porque é isso também que a literatura tem que nos proporcionar: desconforto. O desconforto da realidade, do "acordar cedo na segunda-feira"; doloroso, mas necessário.
Tirando toda a rasgação de seda deste que vos escreve, "A Revolução dos Bichos" é um livro para todos. Para aqueles que se veem atraídos pela política, recomendo duas vezes. Para os amantes de literatura, três. É claro que a análise sobre a fabula é ainda mais profunda do que a qual descrevo; a edição da Companhia das Letras traz um posfácio de Christopher Hitchens, crítico literário britânico, explicando toda a analogia do livro com comentários sobre o prefácio do próprio George Orwell para a segunda edição de 1947. Para quem gosta de entender o contexto histórico de uma obra, recomendo assiduamente. (CHEGA DE RECOMENDAÇÕES PORRA)
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Para os estranhos ao autor, George Orwell é um escritor inglês, nascido em 1903 e é o pseudônimo de Eric Arthur Blair. Um outro livro sensacional dele é o 1984, que conta sobre uma sociedade distópica que vive sobre a vigilância do governo (o "Big Brother") e é ainda mais profundo que "A Revolução dos Bichos". Em 1984, a crítica de Orwell se volta para a monarquia britânica. (É foda esse livro, sé loko).
Por fim, deixo aqui um dos pedaços mais fortes que recortei do livro:
"A vida ia dura. O inverno foi tão frio quanto o anterior, e a quantidade de alimento, ainda menor. Novamente reduziram-se todas as rações, exceto as dos porcos e dos cachorros. Uma igualdade por demais rígida em matéria de rações, explicou Garganta, seria contrária ao espírito do Animalismo. De qualquer maneira, não teve dificuldade de provar aos outros bichos que na realidade eles não sentiam falta de comida, a despeito das aparências. Naquele momento, de fato, fora necessário realizar um reajuste das rações (Garganta sempre se referia a "reajustes", nunca a "reduções"), mas em comparação com o tempo de Jones, a diferença para melhor era enorme. Lendo os dados estatísticos em voz aguda e rápida, provou-lhes, com riqueza de detalhes, que eles recebiam mais aveia, mais feno e mais nabos que na época de Jones; que trabalhavam muito menos; que a água potável era de melhor qualidade; que viviam mais tempo; que havia mais palha nas baias; e que as pulgas já não incomodavam tanto. Os animais acreditavam em cada palavra. Para falar a verdade, tanto Jones como tudo o quanto ele representava já estavam quase apagados de sua memória. Sabiam que a vida estava difícil e cheia de privações, que andavam constantemente com frio e com fome e trabalhando sempre que não estavam dormindo. Mas, sem dúvida, antigamente era muito pior. Gostavam de achar isso. Além do mais, naqueles dias eram escravos, ao passo que agora eram livres; e tudo isso, afinal, fazia diferença, como Garganta sempre dizia."
Bônus: Pra quem quiser, foi feita uma animação muito bacana da "Revolução dos Bichos", tá completa e legendada no Youtube.
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insuportavio · 9 years
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“WHIPLASH” - PORQUE A MÚSICA NUNCA BATEU TÃO FORTE
Imaginem um drama entre aluno-professor, feito com uma montagem impressionante, com um desfecho totalmente imprevisível e, ainda, com uma trilha sonora afiadíssima: EIS QUE SURGE WHIPLASH!
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"Whiplash" é a história de Andrew Neiman, um jovem padawan que sonha em se tornar um dos melhores bateristas da sua época. De cara, ele conhece o professor perfeccionista (Sith) Terrence Flecher, que o "espreme" até que ele atinja todo o seu potencial. Até ai OK, temos mais um filme de superação e blá blá blá.
SÓ-QUE-NÃO
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Um amigo meu costuma dizer que se você souber contar bem uma história, por mais simples que ela seja, ela se transforma em algo muito maior do que ela realmente é. (AH VÁ!)
Whiplash vai além disso; vai além do que eu, na minha limitação de "foda", "animal", "pika pra carai", consegue descrever.
A começar pelo desenvolvimento do filme, ele conta as coisas de uma forma previsível, mas prazerosa de se ver. Sabe quando você pensa "podia acontecer isso com esse fdp só pr'ele se fuder" e fica desejando que as coisas aconteçam? Com Whiplash é mais ou menos assim, só que melhor!
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“Se você não tiver habilidade, vai acabar tocando em uma banda de rock” - Buddy Rich
É claro que comigo enchendo a bola do filme, pode ser que você, meu querido leitor, perca um dos maiores efeitos que o filme te causa: exceder suas expectativas. Whiplash é um daqueles filmes que não cansa, ele vai acontecendo sem pesar a mão em nada. 
Mas, tudo isso também só pôde ser possível com as atuações do Miles Teller e do J.K. Simmons que, merecidamente, ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante com Whiplash; os dois estão “felomenais”.
Além de “Melhor Ator Coadjuvante”, Whiplash também ganhou de “Melhor Montagem” (Tom Cross) e “Melhor Mixagem de Som” (Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley).
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Uma “palinha”.
Outra coisa muito bacana do filme é que se fala sobre música. Eu que sou um leigo total em jazz descobri pequenos nomes para conhecer: Buddy Rich, Charlie Parker e Jo Jones. Lógico que não é porque se falou num filme que deve se levar ao pé da letra, mas por que não "se dar" uma chance de conhecer esse caras?
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E aproveitando, a trilha sonora é tão boa que deixa mais leve a trama de obsceção/exaustão/perfeccionismo que o filme te proporciona; aos poucos, ela dá um fôlego entre as cenas de maior atrito e desenvolvimento. Sem dúvida é um filme prazeroso de se ver E DE SE OUVIR! (ABÇS PRO CASALBÉ).
Há, e o final?! Meu amigo, que final é aquele, ein?! Olha, de verdade, o final é "PUTAQUEPARIUMELDELSDOCÉUOCTAVIO!". É uma cacetada atrás da outra! De certa forma, uma palavra que se usou muito pra falar de "Breaking Bad", "catarse" define bem o final. Porra, esse filme é muito bom mano.
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Corre lá, assiste, e me conta como foi! bjs
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insuportavio · 9 years
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Com licença senhor, já ouviu a palavra do Rappa Mundi hoje?!
"Branco, se você soubesse o valor que o preto tem, tu tomava um banho de piche, Branco, e ficava preto também! Não te ensino minha malandragem, nem tampouco minha filosofia - por quê? - Quem dá luz a cego é bengala branca e santa Luzia!"
MILNOVECENTOSENOVENTAESEIS! Um ano mais do que V1D4 L0K4 (eu assisti a Retrospectiva 96 e o baguiu é loko memo) é presenteado com essa peça rara: cheio de singles, adaptações, tumultuações, explosões e "Pescador de Ilusões", "Rappa Mundi" é SENSACIONAL MEUUUU (rs, serião, é bão o negócio).
Vou ser bem sincero, por muito tempo ignorei esse álbum por bobagem, acabava sempre ficando no "LadoB LadoA", "O Silêncio Q Precede o Esporro" e no "Nunca tem Fim". O "Sete Vezes" fui pegar pra ouvir esses dias, gostei pra caramba e entrou na lista também, mas o "Rappa Mundi" sempre foi ficando de lado. No fundo, eu acho que ouvi de qualquer jeito, não gostei e ficou por isso mesmo, ou é porque tinha "Pescador de Ilusões" e eu nem achava ela tudo isso.
E AI EU OUVI, GOSTEI, E DECIDI ESPALHAR A PALAVRA DESSE ÁLBUM. 
Meio que pra me redimir e tals.
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"Rappa Mundi" além de ser de 1996 é o segundo álbum d'O Rappa, a formação ainda contava com Marcelo Yuka na bateria, Falcão nos vocais, Xandão na guitarra, Lauro Farias no baixo, Marcelo Lobato nos samplers e 'tecladis', Dj Rodriguez e Dj Zé Gonzales nos scratchs.
De todos, eu achei ele o álbum mais simples e mais complexo. Simples no sentido de que o básico (guitarra, baixo, bateria) tá ali, bem preenchido e fazendo sua parte, MAS nunca deixando de ter uma complexidade pra dar espírito pro negócio; tem melodia pra cacete, todas as músicas tem alguma coisa que te prende. 
AS MUSIQS:
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“A Feira” abre o álbum com firmeza, tem uma pegada bacana, acho que todo mundo conhece. (Uma vez, quando a gente foi jogar RPG no Claudio paramos numa pizzaria pra comprar mantimentos; do lado, num barzinho, tinha um casal de músicos cantando essa música; ele tava cantando e ela ficava no backing vocal, engrossando a voz e falando “PRESSÃO” que nem um caminhoneiro. Tava muito feito. Mas a música é boa =D)
SE LIGA NO CLIPE DE MISÉRIA S.A (1996)
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(ai o Falcão de cabelo curto)
Eu particularmente gostei muito de "Ilê Ayê", achei uma puta letra com gingado; o trecho lá em cima é daqui ó.
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Nesse álbum tem duas adaptações animais, "Vapor Barato" da Gal Costa e "Hey Joe" do Jimi Hendrix, com a participação do Marcelo D2. As duas ficaram muito fodas, "Hey Joe" eu bato palma porque deixou a música mais lenta e faz uma puta crítica à violência ("Também morre quem atira"); "Vapor Barato" foi o contrário, deu uma acelerada, mudou o ritmo e meteu umas distorções boas. FODA.
"Pescador de Ilusões" ganhou um outro fôlego com o lançamento do Acústico MTV (2005), mas foi aqui, NOVE anos antes que ela foi lançada (eu tenho a impressão, IMPRESSÃO, que esse álbum passou desapercebido, mas acho que é só impressão minha). "Eu quero ver Gol" é uma música que eu gosto, ela fala do Rio e de suas praias de uma forma sincera, sem exaltação, é bacana isso.
Pra terminar eu gostaria de falar de "O Homem Bomba" e "Tumulto", se você parar pra ouvir essas músicas vai ver que nossos problemas não são novos e em 1996 eles já estavam lá; nessa época eu tava escondendo fósforo acesso atrás da cortina pra minha vó não ver, então tem muita coisa que essas músicas trazem. E é sério quando eu disse que eu vi a retrospectiva de 96 pra escrever isso aqui, tem tanta tragédia que achei melhor não trazer nada. 
E não podia deixar de dizer que "Óia o Rapa" além de ser uma música muito boa pro encerramento, ainda tem um bonus para um repeteco.
"Uma Ajuda", "Eu não sei mentir Direito" e "Lei da Sobrevivência"  são músicas ótimas, queria escrever um pouco sobre elas também, mas seu eu fizesse, você ia escutar o álbum pra quê, né? (mintira num escrevi porque ia ficar gigantesco essa porra, bjs)
É isso galere, bjuns.
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insuportavio · 10 years
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Conheça "Admirável Mundo Novo": um livro ZIKA das galáxias distópicas.
"Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley é considerado um dos livros mais fodas que se tem por ai de sociedades alternativas (ou futuros alternativos). A primeira edição do livro é de 1932 (82 aninhos de soma) e (mesmo que seja piegas) se faz muito presente nos tempos de hoje. Você provavelmente já ouviu falar do livro, conhece alguém que leu ou (melhor) teve a oportunidade de lê-lo! Sério, é muito loka a história.
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O livro é tão bom que eu já reescrevi umas seis vezes essa linha de tão difícil que é falar de um dos pontos principais do negócio.
O pano de fundo da história (Londres) é uma sociedade evoluída a partir das ideias de um dos pais da administração, criador da produção de massa: Henry Ford. Ford pr’os maluco é deus (no problem). Deus, aliás, é abdicado pelos “Administradores Mundiais” (lideres da bagaça) junto com toda e qualquer religião, arte, livro ou música. Os caras só podem ler e ouvir aquilo que é dado pelo estado. E aí, somos apresentados à única “religião” predominante daquela sociedade, uma droga chamada soma.
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A parte de acabar com deus é a mais leve da parada. A reprodução humana, por exemplo, é responsabilidade do estado; pai, mãe, família não existe, é tudo piada. Pra se ter uma ideia, essa nova sociedade possui um sistema de castas onde os bebês são (como eu posso dizer?) “bugados” para preencherem os lugares mais baixos dessa escala de castas: Alfa, Beta, Gama, Delta e Ípsilon (sic).
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“Quanto mais baixa é a casta, menos oxigênio se dá”.
Outra coisa: ninguém é de ninguém! Esse papo de casar não existe também não, o esquema é saber quem é que transa (rs). Chamar alguém pr’o pega-pá-capá é de boa, tipo chamar pra almoçar.
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 E por último, e mais foda, temos o Soma! Simplesmente é uma espécie de “droga da felicidade”, sem efeitos colaterais e distribuída pelo estado! #ficadicadilma.
Nesse bolo todo, aparece Bernard Marx, que é um Alfa-Mais, só que baixinho e, por isso, é desprezado pelos outros Alfas. O legal é que é assim, Bernard é responsável pelo “Gabinete de Psicologia” onde são programadas as “hipnopedias”, que são hipnoses feitas durante o sono para o condicionamento de todas as pessoas; ou seja, o fdp sabe como e porque as pessoas respondem às coisas como respondem! E ele as despreza! A parte foda da história é quando Bernard conhece o “Selvagem” em uma reserva indígena. Ai o bagulho começa a ficar loko.
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Fora isso tem Shakespeare, poesia, romantismo, frustração, amor, ódio, e várias aventuras que essa galerinha do barulho vai aprontar. O “indivíduo” é varias vezes abordado no livro; a solidão de uma sociedade perfeita, a vida, a morte. O lema da sociedade dos caras é “Comunidade, Identidade, Estabilidade”, sem contar essa aqui “Quando o indivíduo sente, a comunidade treme”.
“Admirável Mundo Novo” é um livro muito bom, muito humano. Se me perguntassem “por que ler esse livro?” eu diria tudo isso aqui e um pouco mais, mas diria principalmente que é um livro sobre pessoas que escolheram o individualismo (de alguma forma). É correto dizer que é um livro sobre escolhas. Uma das partes que mais gosto e me identifico deixo aqui como trecho:
“[...] – Você nunca teve a sensação de ter em si alguma coisa que, para se exteriorizar, espera somente que você lhe dê a chance? Uma espécie de força excedente que você não esteja utilizando, algo assim como aquela água toda que se precipita na cachoeira em vez de passar pelas turbinas?”.
“[...] – Você se refere às emoções que se poderia experimentar se as coisas fossem diferentes? [...]”.
“[…] – Não é bem isso. Estou pensando numa sensação estranha que experimento às vezes, a sensação de ter alguma coisa importante a dizer e o poder de exprimi-la… só que eu não sei o que é, e não posso utilizar esse poder. Se houvesse algum outro modo de escrever… Ou, então, outros assuntos a tratar…”.
 PS: O final é animal.
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insuportavio · 10 years
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Ouve aê 1#: “Jungle”!
Sem muitas ideias brilhantes, vou seguir o conselho da Erikinha e escrever sobre música, isso na pegada do “Rolê na sua Quebrada”: nada de novo, mas de um jeito diferente.
E pra começar, trago uma banda que também está começando: Jungle!
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“Jungle” é um coletivo britânico de “modern soul” (segundo a Wikipedia), que na minha opinião está mais para um “new-groove” misturado com indie (dã); liderada por dois caras que cresceram no mesmo bairro desde crianças, “J” e “T”, o som da banda é bem gingado e cativante. Criada no início de 2013 abriu shows da turnê da banda feminina HAIM (segundo o Spotify), se tornou conhecida e, ainda, ganhou notoriedade com o clipe do seu primeiro single: “Platoon”, estrelado por uma menininha que dança mais break do que eu bem loko:
Fora isso, “Jungle” conseguiu desenvolver muito bem os outros singles; os que mais me chamam atenção é “Busy Earnin’”, “Time” e “The Heat”, que não são tão difíceis de distinguir a personalidade da banda entre os sintetizadores dos refrãos, que por sinal, não ficaram tão enjoativos. Além disso, os clipes são incríveis! Em todo canto há referências sobre a banda, o que deixa o cenário mais interativo. Pra quem gosta de passinhos sincronizados, “Busy Eanin’”:
Outro clipe muito bom e lançado semana passada (08/07) é de “Time”, onde dois velhinhos mostram seu "swing" rs (e que na minha opinião ficou muito foda):
E, não menos importante, o som que me levou a descobrir Jungle, “The Heat”:
Por ultimo, não poderia deixar de falar que ontem (14/07) o primeiro álbum de “Jungle” foi lançado no Reino Unido. Com 12 músicas (seis novos singles, mais seis lançados entre 2013 e 2014), o novo álbum "Jungle" já está disponível no i-Tunes (http://bit.ly/1rpz8qa) e no Spotify (http://spoti.fi/1mfbIyo).
Pra quem gostou, os caras fizeram uma apresentação no Glastonbury desse ano, abaixo “Busy Earnin’” ao vivo:
Agora, se eles são patrocinados pela Adidas eu não sei.
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insuportavio · 10 years
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Octreze, Rolê na sua Quebrada 1# - Centro, e #agoravai.
A ideia inicial era fotografia, mas ai a câmera quebrou, e eu tava quebrado ($). 
Então, por enquanto, vou usar isso aqui de descarga; até porque, faz um tempo que eu ando me cobrando pra parar e escrever que nem gente grande.
De resto vai ter música, filme, opinião e tudo o que eu achar equivalente. Ou não; nem tanto.
Prometo que vou me esforçar ao máximo para escrever bem e de forma bacana. 
Dito isso, vamos para a primeira de muitas ideias nascidas do fundo de um copo: O Rolê na sua Quebrada.
O "Rolê na sua Quebrada" é a ideia de apresentar de bairro em bairro todas as opções de lugares para sair e se divertir, basicamente isso. O foda é que com a câmera quebrada isso acabou caindo por terra. Porém, hoje me ocorreu que nada impede que isso seja feito de forma escrita! Então, como primeiro Rolê na sua Quebrada, vamos pegar a Baixada do Glicério como ponto de partida e ver o que tem por ai.
Minha primeira indicação, é claro, é o bar do Zé Maria! Mesmo ele não gostando de mim (porque eu pago no cartão) é difícil falar em beber na baixada sem passar no Zé Maria, isso sem contar as saideiras. O bar do Zé, ou JMJ, fica na Rua Helena Zerrener 118; tem página no FB “Bar do Zé Maria(gatinho)” (http://bit.ly/1qiHsZb), Fousquare (http://bit.ly/TNCyH8) e gente se abraçando pro Street View rs (http://goo.gl/maps/YKEsY). Raramente a cerva vem quente, é mais fácil até ela vir congelada. O preço é bacana: $7 conto o litraço (tudumtsss). O lugar é bem simples, frequentemente lota de sexta/sábado à noite. Minha dica é ir em dias alternativos só pra tomar uma. Pra quem fuma é bacana pegar as mesinhas lá fora, o foda é que vira e mexe surge um mendigo pedindo uma ajuda.  
Saindo da baixada em direção ao “coração” do centro de São Paulo, vamos para o Largo do Café no “Estação SP”! Honestamente, um dos melhores bares que já fui. Todo sábado o “chorinho” começa 12h junto com o self-service da fejuca. O grande lance do Estação SP é o clima que o ambiente tem e que te transporta pra outro mundo, outra época. Sério, o lugar é muito bom! A cerveja é um pouco cara, se não me engano entre $8 ~ $9 reais 600ml (Skol/Brahma). O Estação SP fica entre a Rua do Comercio com a Rua São Bento, próximo ao Metrô São Bento. É um lugar pra passar à tarde tranquilamente; a página dos caras no FB fala por si mesma (http://bit.ly/1qwwvF2) pena que pararam de atualizar; Foursquare (http://bit.ly/1kcgtbO).  A única triste do Estação é que ele fecha às 16h no sábado =/
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  Maasss, pra quem ainda estiver no pique pra tomar outras, praticamente do lado, está nosso querido “Salve Jorge!” O Salve Jorge é um bar que tem filias em outros bairros (Vila Madalena por exemplo). É outro lugar fantástico, a decoração dos caras é muito foda: três andares de “Jorge’s”, garrafas de cerveja no teto, piso xadrez, cardápio personalizado com “Os 10 Mandamentos do Jorge” (http://bit.ly/1qtegyV); sem contar o sambinha que vai do 12h às 19h ($10 mangos o couvert). As cervejas são um pouquinho mais caras que o Estação, entre $10~$12 reais (Brahma, Skol, Serra Malte, Original). É bem agradável pra ficar de boa, pra quem gosta de conforto é um ótimo lugar. O Salve Jorge do centro fica exatamente no Largo do Café, em frente à BM&F. “Salve Jorge” (http://bit.ly/1j2f8d7), FB (http://on.fb.me/1q1k14x) e Fourquare (http://bit.ly/1o5WP2P).
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É claro que o centrão não tem só a boemia de foda, pra quem quiser caminhar e aproveitar a arquitetura (que é sensacional) eu sugiro seguir pela 15 de Novembro em direção ao Shopping Light, passando pela praça do Patriarca e pelo viaduto do Chá. Aliás, o Shopping Light não é tão ruim quanto parece em relação a breja, lá na praça de alimentação recomendo dois cantos: o quiosque da Brahma (com o chopp trincando $6 ~ $7) ou o Pizza e Pastel (se não me engano o nome é esse), fica perto do Pizza Hut, lá eles servem ótimas torres de chopp Brahma à um preço camarada ($20~$35 dependendo do litro).
Ademais galerinha ficamos por aqui! Vou tentar manter periodicamente alguma coisa por aqui, mas vamos com calma por enquanto. Agradecimentos especiais a todos aqueles que insistiram para que eu escrevesse!
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insuportavio · 10 years
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Família. =P
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insuportavio · 10 years
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De volta.
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insuportavio · 10 years
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Partiu.
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insuportavio · 10 years
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"[...]Não cara, fui eu que tirei essa foto; não veio com a câmera.
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insuportavio · 10 years
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"[...] pode deixar que eu passo pra você sim =D [...]"
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insuportavio · 10 years
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"[...] tomara que agora esfrie né? muito quente [...]
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insuportavio · 10 years
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"[...] Flores, flores, flores, flores [...]"
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insuportavio · 10 years
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"[...]Calor dá porra. Caraio."
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insuportavio · 10 years
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"[...] tá vendo agora?, perto do poste"
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insuportavio · 10 years
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"Clic"
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