Considerações finais
Após ter dado continuado este projeto que já havia começado, houve certas coisas que mudaram.
A primeira coisa foi o conceito, inicialmente, só havia o objetivo de documentar objetos fora do lugar, e agora, nesta fase, para além de registar estes objetos, tento dar-lhes uma personificação. Enquanto que inicialmente, eu não faço nenhum tipo de modificação na sua posição, na fase final já compunha os cenários com coisas que ia encontrando nos locais e envolvia-me muito mais com os objetos, de forma que facilitava a minha relação e sentimento por aquela paisagem, consegui não só ver aqueles objetos como arte como sentir-me parte dela.
Manti-me fiel à minha estética que delineei no principio, mantive o flash e as cores quentes.
Assumi um novo titulo para o projeto, visto que anteriormente o tinha apelidado de "TUDO, ao mesmo tempo, FORA DO LUGAR", para além de ser demasiado direto e descritivo, é muito longo. Decidi mudar para Inspicio, uma palavra do latim que signifca observar, olhar analisar, contemplar. A meu ver faz sentido que seja esta palavra, pois representa tudo aquilo que eu fiz ao longo deste projeto, analisei os detalhes e observei-os para perceber a melhor forma de epresentar cada objeto, para além disso, fiz o que me permitiu iniciar estas fotografias, contemplei-os.
Este trabalho exige sobretudo, investigação e estudos de campo, por muito que existam lugares com lixo, nem sempre é fácil encontrá-los, umas vezes chego até eles, sem querer, outras vezes, por muito que procure, não os encontro. E este fator pode ser uma fraqueza para o meu trabalho, assim com a excessividade de fotografias repetitivas, fotografar sempre a mesma coisa é um problema para este projeto, portanto é importante que eu não me deixe cair num "loop", algo que me pode ajudar a superar isto é escolher apenas um local e fazer estudos de abordagem, com várias condições climáticas e com variações de luz e da posição dos objetos, por isso é que é essencial ter em mente o tipo de abordagem que quero ter.
Considero-me satisfeita com este resultado, está longe de ser finalizado, sinto que ainda posso aprofundar mais o conceito, as referências e acima de tudo, as fotografias. No entanto, tenho a certeza que este é um bom começo.
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Teste de impressão
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Sinopse
Este trabalho retrata a presença de diversos objetos fora do seu lugar comum.
Embora sejam objetos abandonados, danificados e sem utilidade, há uma beleza neles que me fascina, é impossivel passar por eles e não reparar que lá estão. Trata-se de ver arte em coisas que foram descartadas por outros. Portanto, é através deste trabalho fotográfico que decido dar-lhes uma personalidade através da representação de cada um, do seu posicionamento e pela forma que se misturam com a natureza que os rodeia, assim como a minha proximidade para com os mesmos.
Blaze
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Planeamento
8 de janeiro (ultimo dia para fotografar)
Sinopse até 5 de janeiro
Edição até 11 de janeiro
Impressão até dia 18 de janeiro
Entrega 22 de janeiro
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Orçamento
Material fotográfico:
Câmera e objetiva (canon 2000D+objetiva 18-55mm): 479€
Flash: 200€
Cartão de memória (32GB) : 17,99€
Leitor de cartões: 10€
Deslocações: 30€
Refeições: 42€ (7 dias/1x por dia- 6€ cada refeição)
Impressão (+/- 10 imagens): 40€
Total: 818,99€
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Estrutura da sinopse (rascunho)
(definir titulo do trabalho)
Em que consiste o trabalho?
Consiste em observar objetos fora do seu lugar habitual e representá-los, de forma a conferir-lhes uma presença naquele lugar quando os fotografo.
O que me incentivou a fazê-lo?
Embora sejam objetos abandonados e alguns danificados, há uma beleza que me fascina, procuro olhar para eles como uma parte da paisagem, como se encaixassem perfeitamente no lugar onde estão, oferencendo-lhes um novo propósito.
O quê que diferencia este trabalho?
No posicionamento dos objetos, como estão colcados na berma da estrada, parece que estão numa exposição, como se lá estivessem para serem contemplados. Talvez é por isso que vejo esta situação com um "olhar artistico" e me remete para o ready made.
O que eu pretendo salientar?
Como referi anteriormente, o que pretendo salientar é a presença dos objetos naquele espaço e como se integram nele. Trazendo uma beleza estranha para o local.
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Calendário inicial até à captação das imagens (alterações)
Pesquisa, conceptualização e referências - 6 de novembro a 18 de dezembro
Estudo de terreno - 20 de Novembro a 30 de dezembro
Fotografar - 30 de novembro a 8 de janeiro
Blaze
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Planeamento semanal
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“Aprendemos a admirar a natureza guiados pela arte: a natureza contemplada é paisagem”, afirmam Aliata e Silvestri (2008, p.13).
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Calendário inicial até à captação das imagens (pode sofrer alterações)
Pesquisa, conceptualização e referências - 6 de novembro a 18 de dezembro
Estudo de terreno - 20 de Novembro a 30 de dezembro
Fotografar - 30 de novembro a 1 de janeiro
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Pesquisa
Para abrir o meu leque de possibilidades e definir a minha forma de abordagem pensei em pesquisar sobre fotografia documental e em como foi evoluindo ao longo dos tempos.
Para fundamentar o meu conhecimento, recolhi a informação do site Medium, no artigo escrito por Josué Braun que aborda as modificações feitas na fotografia documental tradicional, onde o foco era retratar a realidade, a fotografia era regida por componentes politicas e sociais. No entanto, quando os resultados da prática fotografica passou a ser considerado arte, a forma de como se passou a olhar para o documental foi diferente, a realidade e a ficção convivem dentro desta prática.
"Lombardi (2008) destaca que no documental clássico a regra era interferir o mínimo possível, mas no documental contemporâneo os fotógrafos se permitem buscar e assumir a ficção em seus trabalhos. “Eles sentiram-se livres para imaginar situações e fotografá-las. Em alguns momentos interferiram nas cenas, chegando até mesmo a direcionar os elementos presentes — não com a intenção de falsear ou de fraudar, mas apenas como um cuidado estético” .
Mesmo que o documental tenha sofrido algumas alterações desde os seus primordios, o seu conceito mantém-se, visto que o objetivo é narrar uma história por meio de uma sequência de imagens.
Reflexão
Posto isto, mesmo que a minha composição e os objetos que fotografo não tenham a minha intervenção e seja tudo baseado na realidade do espaço, penso que a minha abordagem tenha uma componente documental pelo facto de registar o que está presente em vários espaços e por atribuir uma narrativa aos objetos. Acrescento que, esta minha abordagem esteja mais ligada aos primórdios da fotografia documental pelos motivos que apresentei a cima, embora não tenha uma componente social nem politica associada, capto a realidade de um espaço que poucos param para refletir sobre. Desta forma, o meu trabalho será também um alerta para a poluição dos espaços verdes, podendo tornar-se uma critica social.
Afinal, qual é o objetivo de deixar os objetos no meio de um mato? Qual é o resultado que as pessoas estão à espera? Será que esperam algum ? Assim as minhas fotografias podem tornar-se "irónicas", no sentido em que transformo, por exemplo, um frigorifico partido, num objeto de arte.
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Visitei o local que fotografei inicialmente, nas minhas primeiras imagens, conhecido por mato da Axeira.
Queria fazer um teste de luz à noite, sem flash, só com a iluminação da rua.
Este foi o resultado.
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Fiz um estudo do terreno, em vila do conde. Visitei um mato onde me indicaram que teria este o tipo de objetos que procuro. No entanto, não consegui encontrar nada que se relaciona-se diretamente com o meu objetivo. Possivelmente pelo motivo de terem feito a limpeza da mata nesta semana.
Deixo algumas captações de teste.
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