Tumgik
hiddenoldsoul · 3 years
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Eu sinto meu corpo se retorcer e evaporar através de cinzas, contraditório ao efeito que você deveria provocar em mim, se fôssemos sãs. Reconheço a ansiedade inquieta que, lá do canto esquerdo da minha garganta, suplica por um fim. O distante azulejo das áreas comuns debocha de mim e das minhas repetidas tentativas de viver. Eu mesma me calo e me incentivo, me dopo e me silencio, procrastinando mais uma vez.
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hiddenoldsoul · 3 years
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Eu sinto dilacerar o meu corpo no meio da multidão. Me esqueço de respirar, porque nem sentido isso faz. Eu fujo pra tentar recarregar o que quer que tenha sobrado dentro de mim. Tentar me reencontrar.
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hiddenoldsoul · 3 years
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eu sinto que poderia deixar de existir agora. sinto que tudo o que sou seria como o sopro de uma brisa - esquecido ante o brilho do sol.
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hiddenoldsoul · 3 years
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Quando me sinto morta, já não há mais ninguém. Arrodeio todas as redes, vasculho todos os cantos - como fiz ao vê-lo partir.
A solidão me isola até do reflexo (eu nem me reconheco). E não lembro nem quem eu era, ao tentar me recompor.
Sou de novo uma velha, sem ainda ter vivido. O motivo dos teus risos maldosos, e corpo que se amedronta ao teu toque.
Vivo há uma centena de anos, mas ainda te espero chegar - para então assistires o que preparei de tão bonito pra ti.
O vazio rasga o meu peito, deforma minha face e me torna estranha à minha própria pele. Eu tento contornar, esquecer e mudar (como fiz com o meu amor por você). Mas não funciona, e eu sei.
Num dia bom eu ignoro, noutro me corto pra ver se vivo outra vez.
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hiddenoldsoul · 4 years
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Não é que eu queira morrer por não te ter mais. É que coincidiu que com você foi a última vez que tive forças pra sorrir.
Ora, vamos: não queira todo o crédito. Lembro também das chamadas que você recusou quando eu ponderava à beira do abismo
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hiddenoldsoul · 4 years
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Quando revivo o medo, vejo tuas mãos me pedindo silêncio, antes de invadir meu jeans. Se sinto culpa, tenho teus dedos deslizando em meu pescoço, me deixando sem ar pra que eu não pudesse te conter. E se penso em sair (dar uma volta sequer), sinto o demônio em meus pés, me arrastando em pensamentos mudos, que me impedem de ir.
Pela terceira vez, me encolho feito feto, aguardando a dor parar de bater e me deixar dormir
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hiddenoldsoul · 4 years
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-Elvira Sastre
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hiddenoldsoul · 4 years
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Quando tinha 5 anos, eu queria ter a franjinha de Luana. Aos dez, eu amava quando ela dividia o refrigerante comigo, porque minha mãe só deixava levar suco pro lanche. Hoje, amo todo o fato dela existir.
Sim, o todo. Porque vinte e dois anos contém muitos dias na chácara, muitas férias em guarajuba, incontáveis noites dividindo cama, cinco micaretas é um par de viagens só nossas.
O todo porque essa mulher é muito. É leve e intensa. Indecisa com bobagens, mas bastante corajosa. Ela se faz presente em tudo
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hiddenoldsoul · 4 years
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hiddenoldsoul · 4 years
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Eu acordei as 4:50 da manhã no pulo de quem foi mergulhado em água fria. Meu corpo todo feito cadáver: triste, gélido, rijo. Uma vontade enorme de morrer. Uma saudade enorme de ser feliz contigo
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hiddenoldsoul · 4 years
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Fico lutando pra me lembrar que você a escolheu três vezes ou mais, só nos últimos seis meses. Eu não entendo como o amor da nossa vida pode ser cruel assim: nos dilacerar, pelo atraso ou por não vir.
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hiddenoldsoul · 4 years
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Acho engraçado como tu sempre me deixou com sede. Uma urgência doida de lamber tua boca enquanto me deixo cair pequena nos teus braços. A conhecida vontade de sentir o peso dos teus lábios, e o devanear sobre onde ainda precisas explorar.
Como é que se diz ‘nunca mais’ pra esse teu gosto de morangos mofados?
Nós temos a beleza de duas almas que há muito sofrem por amor.
Se pá, um dia Nós.
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hiddenoldsoul · 4 years
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Are u able to see the beauty of my naked shoulders touching the bed sheets? Is it your touch soft or warm? Am I only dreaming?
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hiddenoldsoul · 4 years
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Em algum lugar paralelo, ele teria ligado. E teríamos um outro encontro a distância, enquanto aprenderíamos uma vez mais a reviver o amor platônico. Eu descobriria o que fazer pra te conquistar, e sermos seguros. Sem medo, como há muito desconheço. 
E tu me levaria pra conhecer teus projetos e planos.
E eu riria do teu risco na sobrancelha.
Talvez você me fizesse sentir querida e admirasse o que não vejo mais... Será?
Seria um bom conto. Mas acontece que não sei mais sonhar. 
Espero que em um outro lugar este amor aconteça, sem a tristeza prévia deste aqui.
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hiddenoldsoul · 4 years
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Bezita
Eu não tô num dia bom pra te escrever não, Maria. E vou logo pedindo perdão, porque dentre todos eu queria que tivesse sobrado um quê de poesia e um cheiro de bolo fresquinho, recém assado.
Mas se eu não te escrever bem agora, a coragem passa. E eu ficarei ainda mais presa, e eu preciso mesmo ir.
Então tu me perdoa por não ficar pro teu projeto? Pra não te ver sorrir no teu casamento? Pra todas as coisas que tu esteve aqui por mim e eu não vou estar mais por ti?
Eu espero que você consiga se manter sã. Porque eu sou só um pedacinho da tua vida, dos teus dias e teus sonhos. E há um bando de coisas pra tu viver.
Eu quero que você seja feliz, é isso. Sómente isso. 
E eu prometo ficar te abraçando, seja lá como for. Eu prometo que te amo, que tu é a bezinha mais perfeita que eu poderia ganhar. 
Eu te amo, minha Maria. E eu acredito em você, eu torço por você. E eu queria ter todas as respostas que tu precisa pra essa vida, mas é que eu realmente não tenho nada aqui. 
Eu te amo, bê. Muito. 
Pra sempre
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hiddenoldsoul · 4 years
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Oi. 
Parece que dessa vez eu vou tentar deixar algumas notas preparadas, pro caso da coragem vier. 
Como eu queria deter a escrita doce e suave, pra servir como cobertor quentinho em um dia amargo e sufocante como os que hão de vir. Queria guardar para vocês a pequena parte boa que irão lembrar, saudar, velar. Levar comigo a embriaguez dos sentimentos, a angústia das incertezas e o medo do amanhã.
Sim, eu adoraria. Qualquer coisa que trouxesse um pouco mais de paz, de cor, de perdão. 
Mas eu não sou capaz de responder as perguntas que sei que vão surgir. Porque se não sei precisar hoje, enquanto estou aqui, como hei de ante-vê-las?
Não dá. 
Desculpa, maezinha, não dá. 
Queria te olhar e explicar e listar os mil motivos que me fazem querer ir. Enumerar as dores, te mostrar as cicatrizes que me fiz nesse caminho tropegamente incrível. 
A verdade é que não tenho mais dores. E que já não importam as cicatrizes e os curativos que fazem em mim. Não tem resposta.
Tudo está resolvido. Em paz, dentro de mim. Eu me vou na esperança de que encontrem a paz de novo, e que por um momento Deus consiga apagar minha ausência dos seus pensamentos - porque, afinal, acho que nunca fui mesmo boa em ser constante, não é mesmo? 
Talvez, quando mais sentirem minha falta, eu esteja apenas lendo um livro gostoso em uma rede qualquer. Olhando um por do sol. Guardando os tons de azul e rosa pintados no céu. Ou emburrada, descansando depois de muito tempo de interação social.
(vamos lá... todos sabemos que nunca fui boa com isso. E vinte e cinco anos me parecem um longo, longo período para mim. Foi mais do que eu jamais sonhei, com muitas histórias e lembranças e carinhos e afetos. E romances, e tragédias e drama - quanto drama)
Eu me lembro da fase em que estive morta. Sem levantar, sem banho, sem comer. Mas não é assim agora. Eu juro (juradinho) que há um bem estar enorme dentro de mim.
Só ficou um cansaço que me exige parar, é isso. Tenho corrido essa maratona de procurar, querer, sonhar, amar (...!) há tempo demais. 
Cheguei onde sonhei, amei mais do que pareco ser capaz. E pra mim tudo parece ótimo.
É, eu sei. Sim, eu sei. Estranhamente um montão de vocês vão pensar que não vivi o suficiente. E eu estarei revirando os olhos, porque todas as centenas de milhares de segundos me trouxeram até aqui. 
E mais um bocadinho deles e vocês hão de seguir. O tempo vai ajudar, e prometo até ficar mais mansa e amável do que como me vêem hoje. 
Meu brigadeiro vai ficar mais gostoso. Até alguém fazer um melhor (e aí eu ficarei com ciúmes por não poder experimentar). Mas tá tudo bem. Prometo que sim.
Obrigada por ter me acompanhado nesses dias, nestes anos, nesta vida. Nada precisava ter sido diferente, porque também só levarei o que dividimos de bom.
Eu também vou sentir falta de estar presente nos momentos importantes. Muita mesmo. Me dói demais ser egoísta assim. Mas eu juro (mais uma vez), que me esforcei pra viver e sentir. Pra amar os dias bons e ruins.
É que hoje eu tô um pouco cansada. 
Acho que vou caminhar pela praia com um livro e Du. 
A gente se vê logo. Aproveitem. 
Inté.
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hiddenoldsoul · 4 years
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Se eu dormir por outras oitocentas horas, talvez eu acorde com menos saudade de ti
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