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se no mundo estamos apenas de passagem, quem dirá na vida das pessoas.

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nunca compare o seu início com o meio de alguém. sua trajetória de vida não deve ser baseada no que os outros têm ou tiveram, ainda mais no que terão. viver se comparando é medir as próprias conquistas e delimitar limites em si mesmo; viver se comparando é virar uma espécie de sombra, um mero personagem coadjuvante da própria vida.

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eu não desperdiço mais o pouco tempo que tenho, discutindo com alguém buscando compreensão ou o mínimo de empatia possível. deixo que digam, que pensem o que bem quiserem. não adianta argumentar com pessoas com a opinião já formada. não existe reconstrução sem demolição! e não são muitos os adeptos a esse desconforto.

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custou caro, mas acabei tendo que aprender a dosar o meu perfeccionismo. antigamente eu achava que tudo teria que ser o mais perfeito possível, ou não serviria, pois no meu pensamento não teria futuro algum se fosse o contrário.

eu vivia moldando tudo e todos nesse padrão mesquinho e hostil. briguei, me machuquei, machuquei outras pessoas, fiquei sozinho e muito mais coisas vieram a ruir. até que aprendi que a perfeição tão sonhada jamais poderá ser alcançada, porque simplesmente ela não existe.

então, obviamente não se pode ter aquilo que sequer existiu um dia. aquilo que é perfeito para mim, pode ser defeituoso para alguém e está tudo bem as coisas serem dessa forma; tão divergentes no modo de ser e pensar.

a minha realidade não desmerece a sua e vice-versa.

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amadurecer de verdade é não esconder a parte ruim da própria vida quando for contá-la para alguém.

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se você tem dificuldade de ficar sozinho, de contemplar sua própria companhia, saiba que isso pode ser uma questão muito problemática. talvez você rejeite a solitude e deteste ficar a sós consigo por se odiar, temer os próprios medos e monstros internos, sentir-se dispensável, substituível, insuficiente ao ponto de conseguir alcançar a completude apenas se existir alguém do lado. e você não precisa de nada e nem ninguém, porque cada pessoa já é completa por si própria, e infelizmente a maioria talvez não saiba disso, mas durante a vida, a gente pode retornar diversas vezes a um ponto profundo e solitário que existe em certas partes do processo árduo que é sobreviver. e quando estivermos lá, temos a obrigatoriedade de ter o preparo para poder agir da melhor maneira possível.

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não perca seu tempo... pare de repetir seus argumentos para quem não quer entender o que você está falando. não aceite viver se justificando para quem nunca irá respeitar o seu posicionamento.

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é assustador e desconcertante estranhar-se ao ponto de recusar a si próprio. é preocupante se olhar no espelho e não aceitar nada daquilo que é refletido ali.

dos traços da face ao peso e aspectos de um corpo único como o meu, por muitos anos não me agradaram e nem me permitiram ser quem sou sem que a vergonha e a repulsa me atingissem violentamente.

me culpei e judiei de mim das maneiras mais cruéis possíveis. me isolei e até me proibi de amar e ser amado por quem quer que fosse. demorou para que eu começasse a me olhar com mais empatia, carinho, e criasse uma afetividade genuína por mim e pelo meu próprio corpo.

por muito tempo mirei e foquei a minha atenção na direção errada. na sociedade há diversos padrões, e eu queria a todo custo me forçar a entrar em pelo menos um deles. contudo foi esse ‘forçar’ que me custou as forças para me erguer a cada tombo de decepção que eu levava.

ouvi coisas absurdas, permiti outras por autossabotagem e continuei nesse ciclo sem fim de sentir pena de mim e me colocar em locais e situações que poderiam ser evitadas. tudo isso por culpa minha e de uma sociedade inclusiva apenas na fachada, porque na realidade é outra coisa totalmente diferente.

eu quis ser aceito, mas não me aceitei primeiro. eu quis me inspirar, mas só seguia gente longe de minha realidade nas redes sociais.

demorou mas mudei o meu pensamento a respeito de quem sou, mudei meus círculos sociais e comecei a acompanhar conteúdos de gente como eu, que pensa como eu e que tem vivências/experiências edificantes para construir e consolidar o meu caráter.

finalmente aprendi com as pedradas, mesmo que hoje eu prefira não ter passado nem por 5% do que passei, no entanto, aconteceu e tudo favoreceu de alguma forma no final das contas.

consegui mirar a minha atenção na direção correta e com o apoio de gente que eu mal conhecia, me inspirei e reestruturei o meu caminho. e é claro, mérito meu.

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fica tudo bem quando se quer estar bem. é fácil ajudar quando a pessoa aceita ser ajudada. a mudança apenas vem após a permissão. permita-se melhorar, queira ser curado da dor, deixe-a morrer para que você sobreviva.

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“é uma pessoa bacana, porém não a quero mais em minha vida. já me fez muito bem no passado, reconheco isso, mas também fez o mal, e ele pesou muito mais na balança.”

e não estou falando de rancor, mas sim de autocuidado e responsabilidade emocional/afetiva.

temos todo o direito de decidir quem vai embora e quem fica em nossas vidas, de quem vai ter ou não uma segunda chance com a gente, e ninguém tem nada a ver com isso.

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o problema é que você costuma pegar pesado demais com coisas leves.

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quase tudo na vida tem um certo custo. estranhe se a gratuidade estiver disponível demais, é furada!

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permaneça onde queiram te escutar.

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antes de alguém morrer para você, a própria pessoa vai começar a se enterrar primeiro. a cada novo vacilo, uma pá de terra sobre o corpo... e pouco a pouco a cova é fechada para sempre. fique de olho nos sinais, evite velar relações falecidas há tempos.

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quero continuar dependendo apenas de mim mesmo, para que caso algo dê errado, não existam dedos apontados para acusar meu tropeço, ao invés de mãos estendidas para prestar apoio.

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normalizem mudar e não ter que ficar se justificando toda vez que isso acontecer.

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nem sempre perder é ruim. perder também ensina. perder também faz bem de alguma forma... e, pensando bem... nem tudo são perdas, mas bons livramentos. pense nisso.

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