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douglascristian · 6 years
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Sequestro e resgate de si
   O livro "Quem me roubou de mim" do Padre Fábio de Mello é um daqueles livros onde não se sai sem refletir muito, não há como fazer uma leitura honesta deste livro e terminá-lo da mesma maneira que começou. Explico-me melhor, a referida obra trata de um dos maiores problemas de nosso tempo, o sequestro de nossa subjetividade, sequestro este, que podem se dar em todos os âmbitos e por todos os motivos possíveis e imagináveis. A experiência religiosa verdadeira torna o indivíduo mais humano e menos massificado e dependente de terceiros.     O ato de ter a subjetividade perdida se assemelha com o sequestro do corpo, onde apenas o sequestrador tem poder sobre sua vítima e, apenas através do devido resgate é libertado e pode viver novamente a plenitude de sua vida social e corpórea.     Porém o sequestro sempre deixa sequelas, pois a solidão do cativeiro pode fazer o sequestrado esquecer o que é e de onde veio, pode fazer esquecer seu meio social atribuidor de sentido e enfim transforma-lo em um dependente daquela doentia relação criada entre sequestrador e sequestrado.      Metaforicamente falando, muitas vezes nos vemos presos a relações e a universos de sentido que roubam nossa vontade de ser quem somos, objetificando nossas relações e fazendo de nós objetos do prazer alheio e não do desejo de ser feliz. A simbiose dentre sequestrador e sequestrado pode acontecer em qualquer momento e em qualquer esfera de relacionamento. Perdemos nosso rosto e passamos então a fazer parte de uma massa amorfa e sem face.       Com uma fluida escrita e uma poética maneira de ver a vida o Padre Fábio nos faz ver o tamanho da importância do encontro consigo, pois o Reino dos Céus habita em nós. A verdadeira experiência religiosa nasce da reconstrução de nosso universo de sentido e dando a nós uma nova perspectiva temporal, trazendo o Sagrado para mais perto de nós.
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douglascristian · 6 years
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A Engenharia Genética e Ética da nossa não aceitação
O filósofo Michael J. Sandel em seu livro " Contra a perfeição" discute uma ampla gama de assuntos atinentes sobre as questões ligadas à sacralidade da vida, pesquisas com células tronco, clonagem, eugenias, razões filosóficas para o entendimento do status de um embrião e possíveis regulações estatais sobre esta matéria, porém uma questão discutida pelo renomado e popular professor de Harvard me chama atenção em especial e a mesma dá título a este texto, que seria a Ética da nossa não aceitação.      Ao traçar as origens filosóficas do pensamento eugênico, Sandel mostra que existem novas eugenias, que possuem por sua vez, um verniz menos autoritário e injustificável como a que julgava os judeus e negros africanos uma sub-raça, mas que se fia em um argumento ligado a uma suposta melhoria de nossas potencialidades.      Sendo assim, criaríamos um mundo sem pessoas de baixo QI, baixa estatura, feias e sem um diverso número de doenças.       Quanto à questão medicinal, não há dúvidas que seria um enorme bem para a humanidade se pudermos livrar nossos filhos e netos de um sem número de doenças congênitas ou que podem ser potencializadas mediante transmissão genética, mas o problema humano de lidar com o inesperado e com o fracasso acabam por criar um problema onde poderia residir a solução.        Vivemos um tempo onde a derrota é inaceitável desde de tenra idade. Não sou contra a iniciação esportiva na infância, tão pouco penso que um certo ambiente competitivo faça mal a uma criança, afinal toda criança precisa aprender lições como disciplina, trabalho em equipe, meritocracia e sanidade do corpo, mediante a prática de exercícios físicos.          O grande problema está na cabeça dos pais que não suportam ver o filho ostentando a medalha de prata, não suportam o fato de que ele não é o melhor aluno da turma e tão pouco admitem que sua menina não esteja enquadrada nos mais altos padrões de beleza de nossos tempos artificiais.          O cerne do debate é que a Engenharia Genética só traz benefícios em uma sociedade que aceita as diferenças, entende que a vida é uma dádiva maravilhosa justamente porque é imprevisível e que, de fato, haverão crianças mais belas que meus filhos, nem por isso deixarei de amá-los com todo o meu coração, haverão crianças mais inteligentes, mas posso valorizar cada um de seus progressos e que haverão alunos melhores que ele na turma e nem por isso deixarei de ter orgulho de seus feitos.          Amar incondicionalmente é o que pode tornar o ser humano melhor que deus, pois deus criou o mundo e ama o ser criado, nós apenas amamos aquele que vem ao nosso encontro. Não se pode esperar um futuro muito promissor em um mundo onde pais projetam filhos como se fossem Deus e filhos não passam de uma manifestação dos limites e frustrações de seus país.
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douglascristian · 6 years
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Breaking Bad e algumas reflexões
    Heisenberg, este é o alter ego do personagem que me deixou aterrado pelos últimos dias. Quem viu Breaking Bad entende o que quero dizer. Walter H. White, personagem principal do seriado, vive uma série de experiências que modificam de forma substancial e definitiva a alma de um simples professor colegial em um gênio do crime. Mr. White larga todos os limites éticos e morais possíveis e sempre utiliza-se do expediente das desculpas de que "os fins justificam os meios". A genial série americana me deixou estarrecido por várias razões, primeiramente éticas, posteriormente estéticas.     Começando pelo menos importante, a série possui um roteiro impecável, fotografia sensacional, direção acima da média do que é visto na TV e atores geniais, o olhar de Bryan Cranston, sua impostação de voz e a construção de personagem feita pelo mesmo é algo muito fora do normal para os padrões televisivos, isto sem contar na espetacular atuação de Aaron Paul e o hilariante personagem Saul, feito pelo ótimo Bob Odenkirk.      Falando do que de fato interessa a mim, até porque dos itens anteriores entendo pouquíssimo, os episódios de BB mostram uma face de todos nós que não gostamos de admitir, que todos interpretamos uma série de personagens perante a vida, somente não somos corajosos para nos assumir perante esta triste realidade.      Somos atores, não necessariamente dirigimos ou roteirizamos nossos personagens, mas interpretamos, quase ninguém conhece quem somos e os que julgam conhecer, conhecem apenas o que queremos que conheçam.       Essa multidão de personagens se manifestam aos poucos e quebram a idealização de que somos essencialmente bons ou essencialmente maus, apenas comprova que somos o que precisamos ser ou que escolhemos ser dentro de nossas poucas opções ou interesses.       Vê-se a santa Skyler violando todos os códigos morais, a problemática Marie vivendo uma série medonha de fugas existenciais, um Gus filantropo psicopata, um Mike avôzinho assassino, um Saul sem o menor senso ético da profissão e redundantemente falando um Walter White que deixa uma vida de professor dedicado para se tornar um monstro, que possui nada mais que compreensão linguística dos sentimentos humanos e uma total frieza moral na prática.       Todos podemos nos transformar em Heisenberg, basta que haja ocasião, basta demanda, basta ocasião. Sábio foi quem disse que a ocasião faz o ladrão.
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douglascristian · 6 years
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O idiota da subjetividade
    Vive-se um tempo de "idiotas da subjetividade", sim, pego emprestado um termo rodriguiano e subverto para ir contra um pensamento do qual estou cansado de ver estampado por pessoas sem muito reflexão sobre a história da humanidade e que certamente me chamarão de doutrinado, mas e daí?     O idiota da subjetividade pensa que tudo parte de sua livre iniciativa e de sua plena capacidade de fazer escolhas acerca de todos os aspectos que circundam sua existência.     Ledo engano, somos dominados por ideologias que são anteriores à nossa existência e se temos alguma liberdade de escolha essa liberdade foi dada pela cultura da qual somos filhos, logo escrever um texto em um blog enquanto navego na internet e assisto uma aula sobre História Antiga Oriental me é uma opção porque nasci em um tempo onde já existe a escrita, existe internet, existe ensino a distância reconhecido pelo Ministério da Educação e eu tive acesso a conhecimentos elementares de linguagem, lógica, história e filosofia.      Se fosse diferente, talvez minhas escolhas estariam atadas à minha religião ou ao ritual de minha tribo ou então nunca teria tido esta ideia, pois nunca teria ouvido falar dos "idiotas da objetividade", de que Nelson Rodrigues tanto falava, e não saberia fazer a associação de meu tempo com o tempo do mestre referido.       Ou seja, a ideologia liberal que tem se propagado internet afora, salvo raríssimas exceções como o pensamento de Luis Felipe Pondé e João Pereira Coutinho, é mais raso que uma piscina de mil litros de plástico instalada na laje de alguém que gosta de comer churrasco ouvindo Naldo. Pois, arvora-se no direito de igualar todos os seres humanos em um universo de igualdade plena de condições, onde aqueles que não conseguem atingir o padrão material, intelectual e espiritual que os mesmos julgam superior assim o fazem por inépcia, preguiça ou burrice mesmo.        Mal sabem os idiotas da subjetividade que há um mundo objetivo, lotado de dados históricos de estruturas culturais que sobrepujam os anseios de muitos e que limitam nosso universo de escolhas como se estivéssemos no segundo turno de uma eleição presidencial ou na classe econômica de um vôo da Gol.       Nem sempre fazemos o que queremos e nem sempre sabemos porque queremos o que queremos e nem porque pensamos do jeito que pensamos. Nossa vida está em sua maior parte definida e dada a nós já com suas poucas opções embutidas. Cabe a nós olharmos para a vida com um pouco mais de amor e entender porque somos assim e nos libertar das estruturas que moldam nossas escolhas, se ignorarmos isso seremos eternos idiotas da subjetividade, que pensam que todas as escolhas partem do indivíduo e que nossas subjetividade não recebe influência de uma realidade objetiva por muitas vezes opressora. Livre é o homem que sabe que está preso e aprende a desfrutar de sua prisão.
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douglascristian · 6 years
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Ruy Castro - Um biógrafo a altura de seus biografados
   Acabei de ler o sensacional livro de Ruy Castro onde ele conta a biografia do maior escritor brasileiro depois de Machado e João Cabral, estou falando de Nelson Rodrigues o "Anjo Pornográfico”.    Em sua muito feliz narrativa, Ruy Castro mostra um Nelson bastante humano, transcendendo à idiota objetividade de contar uma cronologia rígida, mas mostrando que Nelson foi quem foi porque tinha de ser assim. Mas meu foco não é no gênio Nelson, mas no competentíssimo Ruy. Estou certo de que escrever esta biografia foi um trabalho colossal, mas além disto está o talento, nem só de esforço vivem os grandes escritores e não consigo imaginar outro biografo para a vida de Nelson.     Escrever biografias é contar histórias e isto Ruy faz muito bem, também é ser autêntico e relatar de maneira fidedigna fatos e obra do biografado e nisto ele foi magistral. Tão boa é esta biografia que só estou entendo a cabeça de Nelson em "O Reacionário", porque lí previamente esta excelente biografia.
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douglascristian · 8 years
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O pathos de Trump
Ele ganhou, sim, ele ganhou e ganhou dentro das regras,
Trump governará os EUA e aí?
Por que ele ganhou?
Ganhou porque captou o espírito do tempo de seu eleitor. 
Executivo de grande sucesso, com um discurso claro e espetacularizado é incrível que não se tenha notado o poder midiático de sua figura. Mais incrível ainda é ver grandes intelectuais não fazerem a adequada leitura do cenário atual de seu próprio país.
Enfim ... Ele ganhou!
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douglascristian · 8 years
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Algumas análises
Terminadas as eleições municipais em boa parte do Brasil, é possível fazer uma série de análises, tanto de seus vencedores, quanto os principais derrotados.
É possível ver que o claro derrotado desta eleição é o PT. O partido diminuiu excessivamente em número de prefeituras e, principalmente, em peso representativo em níveis municipais. Porém, não é possível mensurar o tamanho do impacto desta derrota no pleito de 2018.
Outro grande derrotado foi o “Fora Temer”, quase todos que insistiram na tese de que houve um golpe no Brasil naufragaram com votações pífias. Obviamente houveram exceções, mas nenhuma delas se coaduna com a tese do golpe.
Isto demonstra que o eleitor sabe descolar o que ocorre na esfera federal daquilo que ocorre na esfera municipal. Tanto que o apoio de Temer e vários outros governadores, atrapalhou mais que do que ajudou.
Claro está que PT perdeu muito, mas o partido de Lula e sua turma não morreu, somente em 2018 veremos o tamanho que as esquerdas tem no Brasil.
Mais uma derrota humilhante foi a da REDE, que não ainda a que veio em nível municipal. Seu discurso vago e pouco convincente não conseguiu eleger prefeitos relevantes.
Por outro lado, os vencedores são vários. O maior de todos foi o PSDB, que elegeu diversas prefeituras importantes, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Outros que venceram foram o PRB, que está a um passo de eleger um prefeito no Rio de Janeiro, já o DEM, quase morto, renasceu em vários redutos tradicionalmente petistas e o PSD. que escolheu um caminho político parecido com o PMDB que é de ter peso municipal e legislativo e esta estratégia anda funcionando.
O segundo turno vem aí e, somente aí, será possível ter uma visão mais ampla e conclusiva destes pleitos
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douglascristian · 8 years
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Memória
Pensar a humanidade e suas dimensões, pensar o porquê a vida é assim e porque somos como somos. Para tal finalidade precisa-se de uma noção mínima de como houve o desenrolar dos fatos históricos, logo, a preservação da memória (aqui entendida como todo e qualquer tipo de patrimônio ou documentação que conte a história ou as histórias que compõem o mundo presente) faz-se como algo fundamental na leitura do universo de um indivíduo e de uma estrutura social e política. Este trabalho tem como objetivo analisar o impacto e a importância da memória na obra 1984 de George Orwell, onde o protagonista da narrativa possui uma dúbia relação com a memória, onde enquanto trabalhava como um burocrata do governo que possuía como função contar a história segundo os interesses do partido e modificar  todo tipo de documentação ao bel prazer da ideologia vigente, ele mantém  consigo o ato quase anárquico de buscar em sua própria memória uma nova narrativa da história já contada, baseado em sua experiência mnemônica e sua pouca, mas existente capacidade de narrativa desta história, que questiona  a história oficial e o transforma em um subversivo. Logo, a Memória é um dos fundamentos da construção da mentalidade de uma sociedade, porque “quem controla o presente, controla o passado e quem controla o passado, controla o futuro”.
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douglascristian · 8 years
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Linguística
A Linguística é a seara do saber que diferencia o pensador da Língua daquele que simplesmente a opera em seu cotidiano, logo o conhecimento aprofundado de seus pressupostos teóricos e aplicações práticas dá ao estudioso uma visão ampla e holística de todo o panorama de construção da Língua, sua evolução e suas constantes transformações, bem como sua imensa variabilidade semântica, semiótica e antropológica.
Sendo assim, conclui-se que é uma área em constante transformação e de uma amplitude enorme, posto que todo e qualquer signo, letra ou imagem possui em si um sentido e um significado não existindo apenas em si e o linguista é o estudioso que possui os atributos intelectuais para enfrentar a hercúlea tarefa de entender o que se diz, como se diz e o porquê se diz, nos mais variados sentidos que as Línguas diversas haverão de possuir.
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douglascristian · 8 years
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douglascristian · 8 years
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A queda de Cunha
Não sou hipócrita, sou um grande fã de quem joga para ganhar, admiro os habilidosos que brigam por suas causas até o fim e possuem uma ambição diretamente proporcional à sua competência. Logo, sou um grande fã de Eduardo Cunha.
Não se escandalize, não sou admirador de suas virtudes morais, sequer as julgo, sou um admirador de como ele joga o bem o jogo da política, de como ele conseguiu chegar onde chegou sendo quem é.
Não estou incomodado com grandes debates morais, haja visto que a maioria absoluta dos que lhe julgaram possuem um caráter tão enlameado quanto senão pior. 
Cunha não quis ser simples massa de manobra, não quis ser mais um deputadinho com foro privilegiado e alguns cargos para seus asseclas. Ele quis ir além, sua ambição o levou a desafiar tudo e todos que se contrapusessem aos seus desejos.
O que lhe derrubou? 
Não sei explicar, só sei que essa queda me pareceu mais um momento de catarse das esquerdas do que uma vitória da Democracia e da moralidade.
Ainda sou fã de Cunha, troco três Cunhas por quinhentos medíocres do PC do B.
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douglascristian · 8 years
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Moçadinha que muda o mundo
     Creio cada vez menos na "moçadinha que muda o mundo", sério, existem altas bandeiras de fato importantes a se levantar, causas pelas quais lutar, coisas importantes mesmo, mas a "moçadinha que muda o mundo" não pensa efetivamente em nenhuma delas, costuma ser meio alienada de tudo e possui um cômodo lugar comum perante suas próprias causas.
      Recentemente, um conhecido meu iniciou um projeto ligado a alimentação, a ideia é boa, principalmente se estiver nas mãos de pessoas que de fato entendem do assunto, o que não é o caso dele, logo, a boa ideia e intenção que o sujeito teve corre seríssimos riscos de naufragar por falta de expertise sobre o assunto que ele abraçou, sendo mais um objeto para seu marketing pessoal como "carinha que muda o mundo" do que alguém que resolveu um problema.
       Tenho comigo que os caras que realmente fazem algo de bom pelo mundo não ficam muito conhecidos por isso. Penso que Churchill fez mais pela paz mundial que Gandhi e que o capitalismo tem feito mais pela saúde dos indianos do que Madre Tereza de Calcutá.
       Dirão os idiotas da objetividade (leio Nelson Rodrigues e daí?) que meu texto é de um autor claramente conservador e anti revolucionário.
      Respondo dizendo o óbvio, a "moçadinha que muda o mundo" não muda de fato. Quem muda são as pessoas que efetivamente trabalham em suas causas, sem marketing do bem, mas com competência naquilo que se propõem a fazer e sem fazer muito barulho. Afinal 90% das feministas de facebook nem sabem quem foi Maria da Penha.
      Voltando ao conhecido citado acima, ele traz mais uma faceta da "moçadinha que muda o mundo" que é o problema da moral das pequenas coisas.
     Chamo de moral das pequenas coisas o conjunto de imperativos que as pessoas honestas de fato se preocupam, como ser gentil, pontual com o pagamento de suas contas e respeitoso com os de posição social menor. Ou seja, o mínimo que qualquer pessoa decente ensina aos filhos e pratica pelo menos na frente deles para dar o exemplo.
      Meu conhecido, segundo informações de uma colega é o único que nunca, pasmem NUNCA, pagou a taxa referente ao cafezinho do departamento em que trabalha, mas come feito uma patusta machadiana (outra referência que copiei do Nelson, e daí?).
       A "moçadinha que muda o mundo" não se preocupa em jogar o lixo no lugar certo, não arruma seu quarto, não cumprimenta a faxineira no trabalho, não contribui para o cafezinho, não cumpre com suas obrigações, porque julga em um nível de moralidade superior aos meros mortais que se ocupam das rotinas, essa "moçadinha que muda o mundo" tem um problema moral sério e nada há que justifique ser como são.
      Provavelmente verei o projeto naufragar, a culpa será de um terceiro, pois a "moçadinha que muda o mundo" não assume seus erros e o cafezinho continuará sendo pago pelos demais que honestos feito um pai de ópera, depositam fielmente o combinado.
      No fundo, a "moçadinha que muda o mundo" é reacionária pacas!
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douglascristian · 8 years
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Selvática de Karina Buhr - Um disco urgente
O novo disco da excelente cantora Karina Buhr é um disco urgente para a cultura brasileira e para nossos tempos obscuros, onde, parece que tudo que cheira à brasilidade é ruim e banal, pelo menos nesse novo inconsciente coletivo de um conservadorismo cultural e político patético que tem assolado a mentalidade brasileira.
Especialmente na faixa que dá nome ao disco, Karina explora sons e formas que misturam um discurso político a uma musicalidade de altíssima qualidade.
E que discurso é esse?
O discurso de que precisamos nos olhar com novos olhos, buscar mais igualdade e respeito, lutar por uma sociedade melhor e mais respeito às mulheres, pois, apesar do que dizem por aí, ainda há muito, mas muito machismo em nossas terras,
Em tempos onde feminismo é tido como algo de "feias mal comidas", Karina tem a coragem de se desnudar artisticamente em sua obra e quem ouve Selvática com ouvidos minimamente sensíveis não pode sair como entrou, mas algo dentro de si tende a mudar.
Sem dúvida este é um dos melhores e mais importantes trabalhos musicais da década presente e ainda bem que temos ainda artistas do nível de Karina, pois nossa decadência intelectual ainda pode ser vencida.
Viva a Selvática.
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douglascristian · 8 years
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Constituição: direitos fundamentais  e insatisfação
    O  direito  ao longo do tempo vem sofrendo transformações, no entanto é insatisfatório até mesmo para os direitos humanos. Existem leis internacionais que sobrepõem a Constituição brasileira, nesse caso a incorporação destas  diretrizes  na Constituição não garantem  a dignidade humana  para que não seja violada.
      Atualmente  há uma luta constante para delimitar  o direito público e o  direito  privado, pois vivemos  em uma sociedade contemporânea que visa o capitalismo   e  a tecnologia.
     De acordo com o idealismo, observamos uma submissão humana a um engenhoso sistema que ignora a dignidade e impõe leis que não beneficia  a todos, sendo assim, uma parte da  sociedade que detém o poder. Vale ressaltar, no entanto,que várias conquistas foram adquiridas ao longo destes  séculos.Ainda, há  um longo do caminho  até chegar a um  ponto em que, a dignidade humana, citada no art.5° da Constituição,não seja apenas transcrito em folhas, como também vivenciada no cotidiano.
      Criar uma relação harmônica entre o direito público e privado, não é uma tarefa fácil, fazendo-se necessário um estudo criterioso, observando as facetas da sociedade em inúmeros comandos, para atendê-la de forma eficaz.
       O fato dos direitos fundamentais,   surgem para limitar o poder do Estado,  ligando  o  mesmo ao indivíduo, de modo que  sugere  a ideia  desses direitos só vão proteger os cidadãos dos abusos do Estado.
Observa-se   uma dificuldade na  clivagem  do direito público e  do direito privado, pois ambos são tão interligados que é quase impossível distingui-los  sem que um deles intervenha, isto é, que  os interesses não atingiriam direto ou indiretamente sobre ambos.
     Anteriormente Menelick trata  sobre a questão dos desafios. Certamente concordo pois ,promovem a  inclusão  e ao mesmo tempo criam a exclusão. Se ao incluirmos os  direitos fundamentais ,provavelmente excluiremos todas as outras possibilidades. E apresentando a insatisfação da pessoa humana, na qual, não
realiza-se  a justiça muito menos o Direito.
     A Constituição de 1988, segundo José Alfredo de Oliveira Baracho Júnior é a mais ampla no sentido, por tutelar a pessoa humana em direitos fundamentais, porém Norberto Bobbio  contrapõe essa ideia, haja vista, que  é realmente merecedora de tal estudo, uma vez que, o problema, ou seja, a insatisfação da realização dos direitos fundamentais sobre a dignidade da pessoa humana está extremamente em crise. A  Constituição está sufocada de leis, todavia contém validade  legitimidade  e eficácia, entretanto insatisfatória.
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douglascristian · 8 years
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