Tumgik
deathslayer · 4 years
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iii. slow poison.
DATA: 11/10/2020; PLOTDROP: It’s time to fight; FEAT.: No one.
O desespero completo era inevitável em meio ao caos em que se encontravam. Havia uma pequena chance de que tudo desse certo para a equipe de semideuses e criaturas que lutavam bravamente para defender o instituto, mas essa centelha de esperança morria a cada minuto que passava. Robin, sendo filha da personificação da Morte, sentia a aura de mortuária que recobria o Olympus por conta das pessoas cujos fios de vida estavam para ser cortados pelas Moiras. O ar estava pesado e ela se sentia sufocada, além da preocupação com os amigos mais próximos que poderiam estar correndo tanto perigo quanto ela. O pensamento de que a qualquer momento uma tragédia poderia acontecer rondava sua consciência, e a Kwon era tomada por um medo interno de perder aqueles a quem amava. No entanto, continuava a lutar. 
Havia saído para os corredores principais, em busca de pessoas que precisassem de ajuda ou que estivessem sendo atacadas massivamente. Não havia tido tempo de se comunicar com os amigos para saber onde estavam — sabia que muitos deles estavam usando as redes sociais para manter uma linha de pensamento e planos de ação, mas a mulher ainda não havia tido tempo para pegar no celular, já que a qualquer momento um novo ataque poderia se abater sobre si. As adagas bem presas nas mãos ajudavam-na a se resguardar conforme avançava pelo interior do edifício, os olhos atentos a qualquer movimentação estranha que pudesse levá-la a cair em uma armadilha. Foi em uma intersecção entre corredores que a filha de Tânatos foi interceptada por uma dupla de górgonas. As mulheres-serpente vinham cada uma de uma direção, cercando a semideusa de uma forma que a deixou num mínimo desespero. Mas ela era forte, sabia se cuidar muito bem. E tinha ajuda, é claro. 
Com um movimento de mão, a Kwon invocou dois esqueletos que subiram direto do chão, espectrais de início, mas que se solidificaram assim que seus pés bateram sobre a superfície do piso. Não precisou efetuar nem um comando para que eles atacassem a górgona da esquerda, enquanto ela mesma jogava-se contra a da direita. Evitava olhar nos olhos da criatura, uma vez que tinha certeza de que ela poderia petrificá-la facilmente. No lugar disso, fixava-se no pescoço e busto expostos, numa coloração de verde e com escamas específicas de cobras. As adagas da filha de Tânatos cortaram o ar, efetuando um corte limpo na primeira górgona, que a chicoteou com sua cauda. A mulher saltou, desviando daquele ataque, apenas para conseguir enfiar uma das lâminas no peito da oponente. Um grito agudo escapou da criatura quando Robin puxou a lâmina de volta, extraindo sangue, e, ao mesmo tempo que o monstro caía, ela ouvia os esqueletos se desfazendo diante de um ataque do outro monstro. 
A Kwon lançou-se contra a segunda oponente, buscando subjugá-la com rapidez para que continuasse em seu caminho. Contudo, as garras da mulher-cobra desferiram um corte superficial em seu braço, a filha de Tânatos sentiu o sangue quente escorrer pelo membro acompanhado pela dor aguda. Cerrou os dentes, apertando com força para não gritar, e passou a lâmina da própria adaga pelo pescoço da criatura. A górgona tentou se defender com a cauda, mas o corte foi limpo e ela caiu, degolada. Só então a mulher se permitiu cambalear, segurando o braço com a outra mão; tentava estancar o sangue até conseguir um local mais escuro, a fim de se curar sozinha. Mas o caos ainda continuava a despontar pelo instituto.
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deathslayer · 4 years
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i. under attack.
DATA: 11/10/2020; PLOTDROP: It’s time to fight — attack on Olympus; FEAT.: Moon Dohyun.
Sabia que seus pressentimentos nunca eram infundados, já que se mostrara muito sensível àquele tipo de previsões em forma de sensações ruins. Robin passara, na verdade, o dia inteiro com um sentimento estranho que fazia a boca do estomago formigar, os dedos ficarem frios e um presságio de morte parecer mais acolhedor do que o inteiro vazio misterioso de um futuro incerto. No fundo, sabia que algo de ruim estava para desembocar, e por isso havia comentado com Dohyun, em busca de alguns dizeres que pudessem ofertar algum acalento. Queria que ele dissesse que era somente coisa de sua cabeça, e que nada aconteceria para perturbar a paz instaurada naquele domingo, mas tão logo desabafou sobre o que estava sentindo, algo pareceu explodir nas dependências do instituto. O barulho começou sendo incerto, sem forma, indescritível; mas, à medida que o que quer que estivesse acontecendo crescia, a Kwon entendeu que de fato havia algo de muito errado dentro do que deveria ser o local mais seguro para pessoas como ela. 
Agarrando as armas que sempre deixava à postos para qualquer que fosse a ocasião — as adagas gêmeas de ferro estígio —, Robin dirigiu-se para o exterior do próprio quarto, ganhando os ares do corredor do dormitório Órion, sua morada desde que havia chegado naquele lugar. Seu primeiro impulso foi pensar em Dohyun, apesar de saber muito bem que o garoto podia e sabia se defender muito bem sozinho; ele ainda era mais capacitado em combate que ela mesma, que vivia naquele lugar há muito mais tempo. Não podia deixar de se preocupar, entretanto, embora a urgência de estar ao lado dele enquanto tudo parecia muito incerto se devesse ao fato de que gostava da dinâmica que tinham na hora de lutar — sentia que podiam ser invencíveis quando postos lado a lado em uma luta, como já havia se provado verídico em muitas situações pelas quais haviam passado. O caminho do seu dormitório até o dos Três Grandes era um trajeto de praxe — o havia feito tantas vezes antes que naquele momento foi apenas automático e natural que fosse parar no lugar onde os filhos dos grandes deuses residiam. Deu sorte de encontrar Dohyun no meio do caminho, próximo ao seu quarto.
— Você está bem? — perguntou assim que o alcançou. — Descobriu o que está acontecendo? Só ouvi uns barulhos muito altos mas— Antes que pudesse finalizar sua frase, entretanto, foram interceptados por uma presença surpresa, embora nem tanto bem-vinda. Robin não esperava voltar-se para a visão de dois Minotauros parados bem atrás de si, furiosos e totalmente descontrolados. Houve apenas um milésimo de segundo para entender que estavam sob ataque massivo quando a Kwon foi golpeada pelos chifres de uma das criaturas, que a ergueram e a jogaram contra a parede. A dor do corpo colidindo contra a superfície sólida despontou o negrume pela visão da filha de Tânatos, que escorregou em um baque para o chão enquanto somente conseguia ouvir os sons da luta que Dohyun provavelmente havia iniciado contra as criaturas. A mulher tossiu, se erguendo e tentando recuperar o foco para ajudá-lo, juntando as adagas que haviam caído durante o processo. Não estava cem por cento recuperada quando se lançou contra um dos monstros, tentando afastá-lo do filho de Hades enquanto ele lutava com o outro oponente; Robin o segurou pelos chifres, utilizando a manipulação das sombras para impulsionar sua força e jogá-lo por alguns metros. O Minotauro caiu e deslizou pelo piso encerado, mas não demorou a se reerguer e correr em direção à mulher, as patas ruminantes batendo contra o chão. 
A filha de Tânatos segurou com firmeza ambas as adagas, encarando o adversário conforme ele se aproximava. Ao mesmo tempo, manipulava as sombras para saltar de um lugar para outro, fazendo-as se solidificarem o suficiente para entrar no limbo. Quando o Minotauro estava próximo o suficiente de si, sentiu o corpo ser sugado pelas trevas e, nem um segundo depois, ser cuspido de volta para a realidade, porém em um ponto atrás do bicho. A Kwon não hesitou em girar o corpo, desferindo um golpe limpo com as duas lâminas que enterraram-se nas costas musculosas do monstro, fazendo o sangue quente jorrar e um urro soar pelo ambiente. Não bastando, a filha de Tânatos puxou a destra, fazendo com que o gume deslizasse em um corte que abriu a carne em uma ferida grande, ao mesmo tempo que se impulsionava para subir nas costas dilaceradas da criatura. A mesma lâmina foi parar no pescoço do Minotauro, que sequer teve tempo para pular e tentar derrubá-la quando ela voltou a deslizar o gume pela carne, desta vez degolando-o. 
Com um baque, caiu por debaixo da criatura, cujo peso pressionou seu braço e lhe causou uma dor exorbitante. Viu pontos pretos outra vez, e por um segundo achou que tivesse quebrado o braço, não fosse pelo movimento que fez com a mesma mão para empurrar o corpo desfalecido do homem-touro de cima de si. Seu olhar correu diretamente para Dohyun, que parecia finalizar sua própria luta naquele momento, retirando sua lâmina do peito do monstro com o qual batalhava. Depois, a Kwon voltou o olhar ao próprio braço, certificando-se de que estava inteiro antes de se levantar. 
— Está tudo bem, não me machuquei — adiantou-se antes que ele pudesse perguntar, mesmo que aquilo não fosse totalmente verdade. Na realidade, estava mais preocupada com o destino que se abatia sobre eles, porque o caos instalado no instituto havia ficado mais que claro depois daquele infortúnio. Foi por isso que ela se aproximou rapidamente do mais novo, segurando-o pelo braço enquanto cortava os centímetros que os separavam ao impulsionar-se nas pontas dos dedos para lhe beijar os lábios, um toque rápido porém significativo, que foi complementado pelo olhar que lançou em sua direção logo em seguida. — Preciso ver se meus irmãos estão bem. Te encontro depois, hm?
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deathslayer · 4 years
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ii. berserker on (hell)fire.
DATA: 11/10/2020; PLOTDROP: It’s time to fight — attack on Olympus; FEAT.: Kasper Ostvang.
Naquele momento de desespero ao ter se separado de Dohyun, ambos correndo em direções opostas para buscarem respostas e irem atrás de pessoas diferentes, a fim de se certificarem de que estavam a salvo em algum lugar, Robin viu-se encurralada em um dos corredores que interseccionavam os dormitórios. As adagas de ferro estígio brilhando, negras, com as sombras que a envolviam, demonstrando a forma como as habilidades da filha de Tânatos estavam sensíveis a qualquer mínimo balanço de pressão ao seu redor, retiniram quando os olhos da mulher depararam-se com a enorme criatura que dispunha-se logo à sua frente. Já havia visto um Leão de Neméia cara a cara, e também já havia tido que enfrentar um daquele tipo, embora nunca sozinha. A carapaça dura que era a sua pele era impenetrável, o que tornava difícil o trabalho de suas lâminas, mesmo que feitas de um metal submundano abençoadas pelo próprio pai — sobre o qual não queria pensar muito naquele momento.
O rosnado que a criatura soltou fez a baforada voar contra o rosto da semideusa, o fedor trazendo-a à realidade de que teria de se virar sozinha contra o Leão. As mãos cerraram-se com força ao redor da empunhadura das adagas gêmeas, fazendo os nós dos dedos tornarem-se pálidos no momento em que o monstro avançou contra si. As lâminas em riste, cruzadas num X defensivo diante do rosto, foram suficientes para interceptar o ataque, e a semideusa precisou reunir toda a força de seus braços para não ceder ao peso empregado pela criatura. Puxou as lâminas empurrando a pata enorme do bicho e pulando para trás no processo. Precisava rapidamente trabalhar num plano para detê-lo, levando em consideração que dificilmente suas adagas transporiam a dureza da pele ao longo de seu corpo  — exceto, é claro, se acertasse em locais vitais. Foi por isso que, lançando-se contra o oponente monstruoso, a lâmina que pousava em sua mão direita efetuou um arco no ar em direção à cara do Leão de Neméia, a ponta da lâmina escura colidindo contra o olho direito da criatura. Sangue escuro jogou da ferida, e Robin sabia que o havia cegado  — embora desconfiasse que aquilo o fizera ficar mil vezes mais bravo. Estava, graças ao seu ataque, numa posição propícia para uma mordida, e a Kwon estava pronta para sentir a dor do ataque quando uma presença inusitada a livrou das garras do monstro. Os olhos felicitaram a chegada de Kasper, o colega filho de Hades com o qual costumava falar, e quase sentiu um alívio percorrer seu corpo — quase, porque ainda não haviam se livrado do monstro.
Nos momentos que se seguiram, a filha de Tânatos viu-se travando uma batalha árdua ao lado da prole de Hades contra o inimigo em comum, desviando-se dos ataques do oponente e tentando desferir golpes que fossem eficazes contra suas defesas. Era difícil de saber, já que os movimentos eram rápidos demais tanto para ataque quanto para defesa, e tudo o que Robin gostaria de ouvir era o barulho do corpo grande do monstro caindo no chão. Contudo, tudo o que viu foi Kasper ser derrubado e uma possível derrota iminente que a fez tremer na base — logo, lá estava ela, sentindo as trevas ao redor de si se amplificarem e tremeluzirem conforme seus poderes saíam de órbita. Ela sentiu o corpo todo formigar e a visão escurecer gradativamente, como se fosse desmaiar. Contudo, seu corpo não caiu no chão — tampouco desfaleceu. Na realidade, ele foi consumido por inteiro pelas chamas infernais, verdes e vívidas, que subiram por seus tornozelos e tomaram toda a sua complacência física. Ela perdeu a consciência nesse momento, agindo unicamente em prol da derrota de seu inimigo — sendo guiada pela interferência que a maldição recém adquirida, graças à própria mãe, causava em seus poderes. Antes que o Leão de Neméia pudesse desferir qualquer golpe no filho de Hades, a Kwon saltou sobre ele, desprovida de armas — não precisava delas, havia largado as adagas gêmeas no chão aos seus pés —, as chamas queimando o pêlo instransponível da criatura. Sua força sobre-humana causada pelo estado de alucinação também a ajudou a irromper em um ataque tão poderoso e fortificado pelas chamas infernais que o golpe que infringiu contra a cabeça do monstro foi fatal, sendo suficiente para derrubá-lo. AInda estava fora de si, mesmo que o oponente estivesse morto no chão, por isso continuou atacando como se não houvesse um amanhã — como se estivesse sendo consumida pelos próprios poderes. 
Até ouvir a voz de Kasper soar longínqua, chamando por seu nome. Ela ficou cada vez mais próxima até que a mulher voltou a si, as chamas dando sumindo gradativamente. Sentiu o peito apertar com a energia gasta, mas viu-se sobre o corpo morto do Leão caído. Os olhos confusos e até um tanto assustados voltaram-se para o colega de instituto, e ela moveu a cabeça num sinal de agradecimento pela ajuda. Logo depois, partiram em direções opostas.
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deathslayer · 4 years
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ilha citera.
DATA: 20/09/2020; FEAT.: Grupo 4.
Missões não eram para Robin algo com o qual precisasse realmente se preocupar. Ao longo de toda a sua estadia no instituto, já havia feito inúmeras delas — tanto as organizadas pelos patronos que comandavam a Olympus, quanto tarefas menores dadas especialmente a si mesma. Além de, claro, seus próprios trabalhos. Por isso, não se preocupou quando surgiu um afazer daquela estirpe. Logo antes de tudo começar, Robin havia se reunido com seus companheiros de missão para traçarem um plano base — a ida à Ilha Citera para o resgate de Hypérion, que deveria entrar para o corpo docente do instituto caso tudo desse certo. As chances de sucesso pareciam-lhe formidáveis, já que a equipe era ótima — semideuses e criaturas astuciosas e fortes, bastante confiantes em seu próprio taco. Robin, especialmente, gostava de trabalhar com pessoas assim, já que não gostava nem um pouco de carregar nas costas aqueles menos dispostos e que sequer, em primeiro lugar, deveriam estar se inscrevendo para coisas daquele tipo, sabendo do alto grau de periculosidade que enfrentariam. 
Atravessaram o portal juntos para o local estimado, e depararam-se, inconvenientemente, com mata inexplorada. Não ousaram se separar por conta de possíveis imprevistos em território não conhecido, mas continuaram a caminhar na tentativa de encontrar um local no mínimo aceitável para erguerem acampamento. Era difícil de lidar com tudo aquilo quando estavam em equipes maiores, mas a Kwon viu-se satisfeita pela facilidade com que lidavam com as intempéries que porventura apareciam-lhes. Quando, enfim, encontraram um local ameno para se acomodarem naquele início de missão, ergueram acampamento, armando barracas e acendendo uma fogueira para se manterem aquecidos durante a noite que caía. Ainda precisavam de alimentos, por isso, pela primeira vez, decidiram se separar para fazer uma busca e varredura aos redores do local. Robin, armada com suas adagas gêmeas embainhadas ao lado dos quadris e com o arco e flecha de caça que havia levado para estes fins, se embrenhou na mata no intuito de achar alguma comida. O acampamento que haviam feito algumas semanas anteriores havia servido para que se familiarizasse com aquela prática, graças à ajuda de seu amigo; sentia-se mais confiante e foi por isso que conseguiu um par de coelhos bem gordos para fazer um ensopado que deveria ser suficiente para todo mundo, já que, ao retornar, havia visto a forma como alguns outros da equipe também haviam conseguido alimentos.
Se reuniram novamente, comeram e descansaram. A filha de Tânatos até mesmo ousou poder tirar uma leve soneca, já que precisava realmente descansar a cabeça — e o corpo. Estava a ponto de dormir quando, naquela madrugada, acordou com um grito estrondoso. O barulho pareceu reverberar por todo o local e acordar os demais participantes da missão. Obviamente,  aqueles gritos medonhos pertenciam a Hypérion, que ainda estava sendo torturado pelas deusas em questão. O grupo passou por uma leve problemática em discussão sobre terem de se mover naquele momento ou não — já que o tempo lhes era precioso. Acabaram, por fim, decidindo irem ao resgate naquele mesmo momento, seguindo os sons estrondosos pela floresta escura pelo breu da madrugada. Quando a aproximação fez-se presente, porém, depararam-se com um minotauro guardando a passagem.
Robin não esperava um combate tão cedo, mas armou-se com suas adagas. Os poderes da filha de Tânatos ficavam mais fortes à escuridão da noite, portanto não hesitou em partir para cima da criatura metade homem, metade touro. O monstro tentou interceptá-la, mas a ajuda de seus colegas de missão foi grande prestígio naquele momento. Robin usou seu controle sobre as sombras para tentar imobilizá-lo da melhor forma enquanto a porradaria seguia com firmeza, lâminas cantando contra chifres e poderes jorrando contra a criatura. No fim, em equipe, conseguiram subjugar o guardião do caminho, reduzindo-o a uma pilha de escombros sem vida no caminho. Robin estava cansada e seu peito doía pela quantidade de poderes que havia usado; era difícil regrar quando havia um efeito reverso, que vinha com tudo quando utilizava suas habilidades de forma demasiada. No entanto, continuaram seu caminho em direção ao âmago de sua missão. 
Não demorou muito para que todos percebessem o estranho efeito que tudo aquilo exercia sobre seus corpos. Começou com um leve desconforto físico, a filha de Tânatos achando que sua pressão havia subido exponencialmente do nada. E foi então que percebeu o nariz escorrendo, embora não fosse excreções normais — quando passou a mão, percebeu o líquido rubro pintar os dedos. Era sangue, e novamente, percebeu que vários de seus colegas passavam pelas mesmas coisas. Tudo pareceu ficar mais desbotado, sem cor, e embaçado conforme se embrenhavam naquele lugar, e Robin percebeu que, por vezes, o fogo infernal surgia em suas mãos sem o controle. Resolveu se afastar um pouco do grupo por medo de machucar alguém, ficando um tanto para trás;  foi então que as sombras pareceram começar a se movimentar ao seu redor, completamente fora de controle. Seus olhos pareciam tomar visões que não eram reais, mas, de repente, a Kwon se viu de frente para várias pessoas morrendo — pessoas importantes para si. Ver os avós caídos mortos no chão foi o estopim para que seus poderes saíssem completamente de controle, o fogo verde tomando conta de seu corpo. Mas tudo ficou muito pior quando os poderes de seus colegas também saíram de controle, todos de uma vez, e tudo o que a americana conseguiu se lembrar antes de cair desmaiada foi a voz de alguém chamando-a pelo nome. 
A manhã seguinte pareceu entrar ainda com a situação toda turva. Robin não conseguia pensar direito quando abriu os olhos para a claridade, porque tudo ainda parecia confuso e errado de todos os jeitos. A dor de cabeça que sentiu foi lancinante, parecia querer corroê-la de dentro para fora, e a Kwon tinha plena certeza de que em algum momento o crânio iria explodir com seu cérebro dentro. Deu por si no meio de uma nova sessão de balbúrdia, pois os poderes ainda encontravam-se desestabilizados e fora de controle. No entanto, reunindo toda a coragem e força de vontade que tinha, juntou-se à seleta parcela que ainda se encontrava em condições de se movimentar para interceptarem Hypérion. Com a adaga, cortou-lhe as amarras, mas o que recebeu em troca foi um soco em cheio que a fez voar por alguns metros e colidir com uma árvore. A visão da mulher ficou turva, com pontos pretos se espalhando, mas quando voltou ao normal ela percebeu o erro que haviam cometido — o titã ainda estava sob o efeito alucinante, e agora atacava seus colegas de equipe. Ela tentou prendê-lo com as sombras, mas, além delas serem mais fracas durante a luz do dia, já estava sem forças e seus poderes ainda não podiam ser domados por completo. A coreana somente viu o momento em que ele sumiu, deixando-os à mercê de seus próprios demônios. Nesse ínterim, puseram-se a procurá-lo com as últimas nesgas de força que tinham em seus corpos, mas tudo foi em vão — ele parecera de fato der tomado um chá de sumiço.
Desistindo de sua empreitada, a equipe dirigiu-se ao mar para se lavarem. Tudo parecia normal, até que foram novamente atacados — desta vez, pela criatura marítima Caríbdis. Os poderes da filha de Tânatos eram inúteis na água, por isso apenas assumiu um papel de coadjuvante naquela luta. Não podiam deter um monstro daquela estirpe, apenas tentaram salvar suas cabeças para voltarem para a terra firme. No fim, conseguiram escapar das garras do monstro dos mares e resolveram plantar acampamento aos arredores. Afinal, estavam praticamente mortos — o cansaço era a coisa mais evidente, mas haviam os danos físicos, mentais e emocionais. Robin estava, naquela altura, uma pilha de nervos, e tudo o que ela queria era voltar para o instituto e passar boas noites no próprio quarto, dormindo. Ao amanhecer, ergueram acampamento e voltaram a procurar pelo portal que os levaria de volta ao instituto, crentes de que a missão havia sido um completo fracasso.
No entanto, ao voltarem, lá estava ele. Hypérion. São e salvo.
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deathslayer · 4 years
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v. confessions in the dark.
DATA: 30/08/2020; FEAT.: Moon Dohyun.
Os pés batiam com raiva sobre o solo conforme ela se afastava da região das barracas. O coração estava apertado em seu peito, batendo forte com uma raiva que se espalhava por todo o corpo. Secretamente, ela queria se derramar em lágrimas porque era o jeito que ela lidava com raivas profundas demais; chorar de ódio era algo que Robin poderia fazer quando ficava machucada o suficiente. Mas ela não faria aquilo; muito pelo contrário, era mais fácil fingir que era forte e permanecer impassível, mesmo que o rosto estivesse vermelho pelo esforço de não gritar e explodir ali mesmo. Mas ela não conseguia controlar — não mesmo. Ela sabia que às vezes exagerava em relação a Dohyun e sua falta de reação para tudo. Ou, quando enfim tinha reações, eram as piores possíveis, sendo grosso e rude e a tratando como se não fossem amigos havia seis anos. Sinceramente, ela estava cansada de falar com ele sobre aquilo: já havia deixado mais que claro que odiava ser tratada daquela maneira, especialmente por ele — principalmente por ele, por quem ela tinha um apreço acima do normal. Mas ela não queria mais falar, já havia se desgastado o suficiente com aquele assunto e, no fundo, ela sabia que ele jamais mudaria. Por isso, saiu da barraca com raiva e embrenhou-se na floresta, tentando fugir dele ou fugir do que sentia por ele.
Infelizmente, não foi deixada sozinha por muito tempo. Percebeu a aproximação dele conforme ele a seguia, e, embora soubesse que o jeito mais fácil era conversar para tentar resolver, ela estava verdadeiramente furiosa. Ela queria brigar e jogar coisas contra ele, portanto apenas gritou para que ele a deixasse em paz, para que fosse embora. — Eu não quero falar com você, caralho! Sai daqui! — chegou até mesmo a jogar uma de suas adagas contra ele, num movimento enraivecido e impensado; o filho de Hades, porém, desviou-se da lâmina mortífera com habilidade, a arma ficando presa pela ponta afiada na árvore atrás de seu corpo. E, por mais que Robin tenha quase o matado, o Moon ainda insistiu em segui-la. Aos gritos e palavrões e xingamentos, ambos começaram a discutir e a Kwon se pegou dizendo exatamente as mesmas coisas que sempre dizia: ele era cruel e sempre a tratava como se não fosse nada para ele. E isso a magoava acima de qualquer coisa. Mas é claro que desta vez Dohyun começou a rebater, chamando-a de insuportável e dizendo que ela era sensível demais. A filha de Tânatos sentiu as chamas infernais subirem por seu corpo, o fogo verde tomando conta de seus olhos e mãos e tornando-se tão inflamado que poderia facilmente reduzir aquela floresta a pó. — Eu sou insuportável, Dohyun? Eu?! Você que é grosso e mal educado com todo mundo e não parece ter amor nem por si mesmo! Você trata todo mundo como um lixo, mas sabe de uma coisa? É pior ainda com aqueles que se importam com você. Eu me sinto a todo momento um nada porque você simplesmente parece não se importar se eu estou ou não estou ali, se eu sumir por um mês você não vai ligar. Eu fui embora pra casa dos meus avós e você nem percebeu, porra! Vai se foder, você não merece a minha ami—
No momento em que acabaria aquela sentença, porém, o fogo infernal subindo cada vez mais por seu corpo, Dohyun a calou. Não de uma forma bruta ou com um soco ou algo que pareceria mais com o que ele faria, mas com um beijo. Ele a agarrou com força e a boca impediu que as palavras saíssem, abafando-as com aquela vontade que crescia cada vez mais de juntarem os corpos a cada vez que se viam próximos demais. Robin não tinha forças para negar aquela vontade, por mais enraivecida que estivesse; ela queria empurrá-lo, mas a vontade de retribuir o beijo era maior ainda. E, merda, por que a boca dele tinha que ser tão gostosa? Quando percebeu, o fogo infernal havia sumido completamente, e ela estava completamente sem reação quando ambos voltaram a se separar. Eu gosto de você, caralho. E novamente, ela ficou estática, sem reações ou palavras; havia perdido a capacidade de falar, e até mesmo seu raciocínio foi cortado. Nada mais passava por sua cabeça além daquelas palavras, flutuando em sua consciência como um alarme. Não havia mais chão sob os seus pés, e o corpo todo estava dormente. Não havia mais realidade. 
E então Dohyun voltou à sua pose indiferente, virando-lhe as costas e dizendo que precisavam arrumar as coisas para irem embora. Mas, novamente, a filha de Tânatos não conseguiu se mover.
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deathslayer · 4 years
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iv. little friend.
DATA: 30/08/2020; FEAT.: No one.
Robin acordara cedo naquele dia; todo o ar natural a fazia se sentir mais disposta, e ela estava especialmente energizada pela atmosfera campestre após aproveitar-se do delicioso e saudável café da manhã que havia tido apenas com as frutas que havia colhido na noite anterior. Não sabia onde Dohyun estava naquele momento, por isso decidiu fazer um passeio pelo bosque enquanto o horário propício para caça não chegava. Talvez achasse algum lago para se banhar ou algo parecido, ainda não havia decidido quais eram as suas chances. A filha de Tânatos pegou suas armas — depois do ataque das aves de estinfália na noite anterior, andar armada era sempre bom — e se dispôs a entrar na trilha. 
Uma brisa leve batia contra o seu rosto, a refrescando. O calor do verão não parecia tão incidente ali, naquele lugar; as roupas leves que usava, no entanto, ajudavam bastante. Embrenhou-se entre as árvores e até arriscou-se a comer frutinhas que encontrava por ali e acolá, embora tomasse máximo cuidado para reconhecê-las — afinal, não queria acabar envenenando-se por acidente. Havia lido algumas coisas sobre frutas silvestres antes do acampamento, e as informações ainda estavam frescas em sua mente conforme ela adentrava ainda mais a floresta. Foi enquanto colhia amoras para levar para o amigo com quem dividia a barraca que a morena ouviu um barulho fino. De início, ficou em alerta, achando que era outro bando de aves — as mãos foram diretamente às empunhaduras das adagas, e ela estava pronta para sacar as armas a qualquer momento. Contudo, outro gemidinho pôde ser ouvido, e ela reconheceu como o choro de um animal pequeno. 
Robin aguçou o ouvido para tentar detectar de que direção aquilo vinha, até que conseguiu entrever um arbusto. Dirigiu-se lentamente até o local, pronta para interceptar o que quer que estivesse ali — talvez um animalzinho preso. Quando a semideusa olhou por detrás das folhas, porém, viu um pequeno coelho de pelagem branca e preta preso pela pata em uma corda. Ele era um filhotinho e parecia perdido, portanto a mulher o desembaraçou de seu captor e o pegou no colo. Ele ficou com medo a princípio, mas logo se aninhou a ela como se ela fosse sua mãe. Achou aquilo a coisa mais fofa do mundo, mas ele parecia assustado e com fome. Compartilhou com ele, portanto, as frutinhas que havia colhido, andando pelo local em busca de sua família. Não demorou a encontrar, em um buraco nas raízes proeminentes de uma árvore longa, uma ninhada parecida com ele. E a mãe, obviamente. — Veja só, amiguinho. Sua família. Vou te deixar em segurança, ok? — sorriu ao deixá-lo próximo o suficiente para que voltasse para a sua mãe. 
No fim, boas ações geram boas ações.
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deathslayer · 4 years
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iii. psycho birds.
DATA: 29/08/2020; FEAT.: No one.
Andejar por aquelas redondezas sozinha havia sido a melhor coisa que a Kwon havia escolhido fazer. A noite havia caído e a mulher decidira deixar a área das barracas para colher alguns cogumelos para uma sopa que estava querendo fazer, já que precisavam jantar. Dohyun havia se disposto a acompanhá-la até a floresta mais densa, onde os pequenos fungos coloridos e deliciosos cresciam, para ajudá-la a colhê-los. A filha de Tânatos havia dito que não precisava, mas conforme o Moon havia decidido insistir como a boa mula teimosa que era, Robin deixou-o que fosse. Embrenharam-se entre as árvores num clima amistoso que sempre terminava em um Dohyun tecendo brincadeiras irritantes que não custavam a torrar a sua paciência de todo, mas é claro que todas aquelas eventuais explosões que tinha para com o filho de Hades terminavam em uns amassos onde quer que estivessem — naquela situação, não acabara de forma diferente, e eles apenas aproveitaram da privacidade que a floresta lhes dava para fazerem o que queriam. 
Separaram-se momentos depois, Dohyun embrenhando-se ainda mais na floresta e Robin tentando voltar para o acampamento com os cogumelos colhidos, pela trilha já estabelecida. Haviam entrado muito a fundo naquele lugar, mas ela não estava reclamando; os olhos funcionavam muito bem na escuridão da noite e ela conseguia se localizar com mais facilidade agora que haviam explorado bastante as localidades. Contudo, o caminho era um tanto demorado, e, conforme se movimentava, a Kwon começou a ouvir alguns ruídos. Gralhados preencheram o ar enquanto ela se movimentava com mais celeridade, tentando alcançar uma área segura com maior rapidez, mas a filha de Tânatos não conseguiu de todo escapar do ataque exponencial.
Um bando de aves surgiu do meio do nada, parecidas com corvos porém possuindo bicos de metal e olhos mais vermelhos que o fogo. Elas gritavam e voavam por todos os lugares, descendo para bicá-la. Contudo, os ataques eram massivos e provocavam cortes em seus braços quando ela os erguia para se proteger. Por isso, jogou o saco de cogumelos no chão e desembainhou as adagas que sempre carregava consigo, pronta para lutar. As lâminas afiadas a protegeram dos ataques e investidas as aves de estinfália, cortando asas e pescoços conforme elas atacavam. Não demorou muito para que a filha de Tânatos usasse seus poderes, fazendo as trevas que a rodeavam se moverem para combater o bando que a atacava. Depois de alguns esforços, conseguiu espantar os inimigos de penas negras, embora ainda sangrasse nos pontos em que os bicos a haviam cortado. Guardou as adagas e pegou o saco de cogumelos novamente, irritada com o ocorrido. Só queria fazer uma sopa, poxa.
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deathslayer · 4 years
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ii. hunting.
DATA: 29/08/2020; FEAT.: Moon Dohyun.
— Temos que... arrumar do jeito natural, é? Caçar e tudo o mais? — a resposta para aquela pergunta era mais que óbvia, ela sabia disso; mesmo assim, Dohyun sorriu e a incentivou para que fossem juntos para a floresta procurar pelo seu almoço. Robin tinha algumas habilidades com aquele assunto, mas sabia que o filho de Hades era mais experiente e por conta disso deixou que ele fosse o cabeça daquela atividade em específico. Tomou cuidado para observar todo o ambiente pelo qual passavam, por mais que as árvores parecessem todas as mesmas e os caminhos fossem idênticos uns aos outros. 
Dohyun mostrou à filha de Tânatos como armar armadilhas para os pequenos animais que poderiam capturar para comer; ele havia levado um arco simples e ela fizera o mesmo, mesmo que suas adagas seguissem presas ao cós da calça para eventuais necessidades. Os sentidos de Robin eram apurados — e, pelo menos isso ajudava na caçada, de fato. De início, deixou-se apenas observar como o mais novo fazia as coisas, analisando como uma aluna aplicada cada movimento, cada respiração, cada passo; o rastreio de suas presas era a coisa mais fácil, ela estava acostumada a fazer aquilo nas aulas de sobrevivência de Nice, afinal. Portanto, ver os rastros dos animais no solo úmido pelo orvalho das árvores era fácil, mas interceptá-los era a parte mais difícil. Quando viu, porém, que Dohyun estava se saindo bem com as armadilhas e a própria caça, Robin decidiu enfrentar outro tipo de investida.
Afinal, nem só de carne poderiam se sustentar. Deixou o arco e as flechas de lado para andar pelas trilhas em busca de ervas e plantas que poderia usar como tempero para a comida; alguns legumes também para incrementar naquela dieta. Era muito preocupada com a questão alimentar, talvez por ter passado por fases ruins por falta de alimentação saudável durante a adolescência. Mas também queria manter Dohyun gordinho para assá-lo no forno em algum momento. Brincadeira — ou não. Sua caminhada lhe rendeu um saco de pano cheio de algumas ervas que poderiam esquentar em água fervente para acompanhar a carne já previamente preparada pelo rapaz quando encontraram-se para retornar às barracas, e Robin estava satisfeita com o que haviam conseguido juntar.
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deathslayer · 4 years
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i.  arriving.
DATA: 29/08/2020; FEAT.: Moon Dohyun.
Robin estava animada — no mínimo, pelo menos. Nunca antes havia tido experiências como aquela, apesar de já estar acostumada com o meio em que ficariam por conta dos tempos exorbitantes que passava na fazenda dos avós, em Sokcho, quando decidia visitá-los na Coréia do Sul. A filha de Tânatos tinha  certo conhecimento sobre o que fazer e estava pronta para colocá-los todos em prova com tudo o que o acampamento prometia oferecer, embora pedisse  mentalmente a todos os deuses para que não deixassem algo de ruim acontecer — bem sabia dos acontecimentos do último evento daquela estirpe, do qual não participara por estar em uma viagem de trabalho na Espanha. Mas ainda ouvia reclamações sobre a aparição do Tifão e tudo o mais. A Kwon só queria curtir a natureza em paz naquele momento e fim. 
Por isso, esforçou-se para acordar cedo no sábado; às 6h da manhã já estava de pé, no quarto de Dohyun enquanto arrumava os últimos preparativos para que deixassem o instituto às 7h. Tinha de enfrentar o eventual mau humor do filho de Hades e a exímia cara de cu que ele fazia por ser arrancado de seu habitat natural — mas Robin desconfiava que o ar livre faria bem àquele garoto ranzinza. Com a chegada do momento de partida, todos arrumaram-se para que a viagem acontecesse de forma tranquila. Robin permaneceu ao lado do mais novo, ignorando o silêncio taciturno que parecia mais pesado do que geralmente, tentando animá-lo vez ou outra com alguma pergunta. A professora no entanto entendeu que ele deveria estar exausto por conta das noites em claro, e por isso o deixou quietinho para que se recuperasse. 
Com a chegada, escolheram um lugar mais vazio e afastado do centro da balbúrdia dos outros semideuses e criaturas. Ele ainda parecia muito enfezado com a vida, e no fundo a filha de Tânatos estava querendo rir daquela pose bruta que ele mantinha. O ajudou a erguer a barraca, confirmando as habilidades que o mais novo dissera que tinha com aquele tipo de coisa — e que se provavam verdadeiras. Robin não era tão habilidosa, por outro lado, mas estava empenhada em fazer o seu melhor e a aprender mais daquele mundo. Quando terminaram, ela se deixou sentar sobre o gramado seco e olhar para o céu claro e desprovido de nuvens, respirando fundo o ar limpo da região. — Hm... Vai ser um bom acampamento.
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deathslayer · 4 years
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wishes in the dark.
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PLOTDROP: Shooting stars; DATA: 23/08/2020; FEAT.: Moon Dohyun.
Os dedos escorregavam lentamente por entre os fios de cabelo macios de Dohyun, enquanto o carinho suave fazia subir o cheiro gostoso do shampoo que ele usava. Estavam exatamente do jeito que a filha de Tânatos havia planejado quando dissera que iria pro quarto do mais novo. Haviam se deitado sobre o sofá macio que existia na varanda do cômodo espaçoso, numa posição em que ela pudesse abraçá-lo, fazer o cafuné prometido e ainda poder observar o céu. Conversavam sobre trivialidades do dia e da vida, como sempre faziam, o papo se desenvolvendo com a facilidade trazida por seis anos de amizade duradoura, sempre recheado de provocações de ambos os lados, um para com o outro, como sempre faziam. Foi quando os olhos da morena capturaram um movimento estranho no céu — um ponto luminoso movendo-se de forma veloz. Achou que fosse uma chuva de meteoros ou algo do tipo, mas logo percebeu que se tratava, na verdade, de uma estrela cadente. 
Robin não acreditava muito em pedidos feitos a estrelas, mas ao ouvir as palavras do filho de Hades sobre ela desejar algo, colocou-se em ponderação. Pensou sobre o que poderia pedir à estrela cadente, o cérebro caminhando em velocidade por inúmeros bens materiais que poderia ter em posse; contudo, nada parecia ser algo que ela realmente quisesse ou precisasse naquele momento. Não tinha a vida perfeita, mas estava longe de estar insatisfeita com o que já possuía. Respirou fundo conforme o brilho não natural sumia em algum ponto do horizonte, onde não mais podia-se ver o rastro luminoso do caminho de queda do astro cósmico. — O que você pediria? — ela perguntou, tentando absorver alguma ideia para o caso de acontecer novamente. Contudo, tal como ela mesma, o Moon não fazia ideia. A vontade de sempre querer vê-lo minimamente afetado que fosse, no entanto, lhe trouxe a ideia de pedir para que ele postasse algo que fosse vergonhoso. E talvez até pudesse funcionar, mas já havia perdido o timing para aquilo. 
No fim, a Kwon desistiu de pedir algo, realmente. Novos pontos brilhantes voltaram a aparecer em movimento no céu, até perceber que eram as plêiades desaparecidas naquela semana voltando ao lar. Estava com saudade de Lily e Io, e Juno era sua nova colega de quarto, então tinha de ir falar com ela também, mas estava se sentindo demasiadamente confortável naquela posição, com o mais novo nos braços e os dedos acarinhando-o nos cabelos, para que pensasse em sair dali. Respirou fundo ao ver o último ponto brilhante cair do céu, fechando os olhos minimamente e imaginando um pedido. Por mais momentos como este. Não sabia se funcionaria, mas não custava nada tentar.
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deathslayer · 4 years
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age of consent.
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PLOTDROP: Are we old yet?; DATA: 16/08/2020; FEAT.: Kyungtae, Jinhwan and kids.
Age of Consent, do New Order, tocava em seus fones de ouvido quando tudo pareceu mudar de repente. Ela estava dobrando algumas roupas sobre a sua própria cama quando pareceu diminuir alguns centímetros exatamente do nada, mas não havia sido nada brusco apesar de tudo. Apesar de ter estranhado a diferença de tamanho, permaneceu em sua rotina normal enquanto guardava as roupas no armário do quarto que dividia apenas com os fantasmas que via; sequer notou diferença alguma ao passar em frente ao espelho. A não ser, é claro, a crescente vontade rebelde em seu âmago, e a revolta que uma vez sentiu enquanto adolescente. Com o cenho franzido sempre para aquele tipo de sensação, Robin permaneceu com seus afazeres até notar que havia algo de muito errado, sim, ao se pegar pensando em coisas inapropriadas demais enquanto apenas arrumava a própria escrivaninha; a mente sempre costumava viajar de forma indomável enquanto executava tarefas do dia a dia, mas naquele, em específico, ela estava especialmente inclinada às cenas mais quentes. Especialmente com Dohyun. Mas é claro que ela só foi confirmar toda a situação estrambótica quando pegou no celular; deparou-se, então, com uma timeline carregada de teor caótico enquanto alguns haviam se tornado crianças e outros haviam envelhecido o que podiam. Outros, por outro lado, haviam voltado à adolescência, com todo o frescor, rebeldia e hormônios. 
Foi então que ela chegou à conclusão. Havia voltado a ser a Robin Kwon de quinze ou dezesseis anos — não sabia dizer, na verdade, porque sua aparência nunca mudara exatamente de forma brusca. Ela continuava com os mesmos traços que desenvolvera muito cedo, mas suas reclinações pendiam ao que era quando tinha essa idade. Estava revoltada com tudo: os pais, os deuses, a família e o mundo. Queria ser livre e a incompreensão que sentia daqueles que deviam apoiá-la era o mais difícil. De repente, viu-se com uma vontade excepcional de cometer loucuras das mais distintas, e não foi difícil achar alguém para compartilhar desse momento. Kyungtae e Jin pareciam ter seguido por esse mesmo caminho, e o trio se juntou para aprontar. Ora, outros adolescentes estavam colocando fogo em estátuas pelo pátio, então por que eles deveriam ser punidos por serem rebeldes também? É claro que o filho de Perséfone deu um jeito de conseguir sprays para que pichassem os muros ao redor da propriedade da Olympus. Robin começou a escrever letras de suas músicas favoritas pelas paredes, seguidas de algumas frases típicas de anarquistas rebeldes — tudo o que ela sentia naquela tarde. Fuck the police; down to the system; you don’t own us. Isso tudo até Nêmesis perceber todas as peripécias naquela área e aparecer para deter os culpados, coisa pela qual Robin não estava tentada a pegar detenção. Fugiu na companhia dos amigos antes que a professora os pegassem.
E não demorou nada para que outra coisa a entretivesse. Na verdade, não teria escolhido aquele tipo de distração se soubesse o que a estava esperando, mas tão logo passou pelos corredores dos dormitórios, um molequinho de alguns anos de idade se agarrou às suas pernas. Não o reconheceu de início, mas depois de alguns momentos de eterna confusão, Robin percebeu que aquele era Sawa. O filho de Ares havia diminuído até virar um pestinha faceiro, e agora estava em seu pé. Fala sério!, sentiu vontade de dizer. Não sou sua mãe! Mas o garotinho continuou a seguindo por todos os lugares, fazendo perguntas e a forçando a brincar com ele. Não soube como, mas acabou sendo arrastada para uma sessão de sorvetes na área do refeitório, e até que estava aproveitando os doces na companhia das outras crianças, até que uma guerra de sorvete começou. Lily estava especialmente pestinha naquele dia, e era a que mais incitava a violência com o doce gelado. A filha de Tânatos terminou a tarde com tanto sorvete no cabelo que se aborreceu por completo, deixando Sawa com as outras crianças para ir tomar banho.
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deathslayer · 4 years
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cerberus, the pet.
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RELATÓRIO: Os 12 Trabalhos de Hércules; FEAT.: Moon Dohyun.
Dohyun e eu escolhemos o décimo segundo trabalho de Hércules pela nossa evidente ligação com o Submundo — ele, como filho de Hades, e eu, como filha de Tânatos —, e, portanto, achamos que em uma situação como aquela, poderíamos ter uma melhor desenvoltura. De início, pensamos que teríamos a facilidade por conta da nossa afinidade natural, mas logo que nos encontramos dentro da ilusão feita, imersos no cenário da Grécia Antiga, percebemos que perderíamos nossas supostas vantagens porque nem Hades nem o Cérbero em questão teriam conhecimento sobre nós dois. Portanto, teríamos que agir com a nossa própria astúcia. Sabíamos, por conta da aula, que não poderíamos levar Cérberus pela força — afinal, não tínhamos armas naquela realidade —, nem através de nossos poderes. Mas percebemos que tínhamos um punhado de dracmas em nossa posse, então pensamos em fazer algo com isso.
Fomos atrás de Hermes. Não era difícil de achá-lo, o deus viajante, principalmente quando ele sentia cheiro de negócios para fazer. E Dohyun e eu tínhamos a nossa proposta. Nós perguntamos se havia algo que pudesse amansar feras de uma forma sutil e escondida, e ele nos ofereceu um frasco com o que parecia uma poção em forma de perfume. Segundo suas palavras, o cheiro agia sobre as feras mitológicas e as fazia obedecer a pessoa que se banhasse com aquele cheiro. Ele nos pediu um preço excepcionalmente alto, mas nós oferecemos a quantidade de dracmas que tínhamos e mais os nossos sapatos. Bom, era fácil negociar com ele, então, no fim, conseguimos a poção.
Como filhos do Submundo, nós conseguimos descer sem grandes contratempos. Tínhamos livre passagem por conta de nosso parentesco divino, então alcançar as entradas do castelo de Hades não foi a parte difícil. Nós já havíamos passado a poção em nosso corpo antes de chegar até ali, mas, de longe, o cheiro ainda não fazia efeito — embora a visão de Cérbero sim. Ele rosnou e ameaçou atacar, e Hades talvez deixasse, se não tivesse percebido que era um filho seu em questão. Dohyun explicou nossa missão e ele nos deu a possibilidade de levar a fera, caso conseguíssemos domá-la sem armas e sem poderes. Foi quando pudemos nos aproximar e ele sentiu nosso cheiro. O efeito demorou a agir em seu organismo, porque ele chegou bem próximo de abocanhar nossas cabeças, mas pareceu repensar sobre seus atos no último momento. O grande cão de três cabeças recuou e obedeceu às ordens de Dohyun, e depois as minhas. Mostramos a Hades que havíamos conseguido domá-lo sem o uso de armas e poderes — e ele não precisava saber sobre a poção.
Foi fácil levá-lo para fora do Submundo; na verdade, a parte mais difícil havia ficado para trás. Nós só tivemos de permanecer nos banhando com parcelas daquela poção para que o efeito não acabasse antes de levar Cérbero até o rei de Micenas, e, tão logo chegamos com o imenso monstro manso como um poodle domesticado, nossa missão acabou.
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deathslayer · 4 years
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spiders in my head.
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PLOTDROP: Aracne; DATA: 09/08/2020; FEAT.: Dohyun & Maggie.
Não havia exatamente um fim de semana que Robin Kwon pudesse passar em paz naquele instituto, e isso poderia fazer parte de uma grande maldição no qual todos estavam presos sem de fato saber. Quando sempre achavam que estavam seguros dentro das portas de seus próprios quartos, algo de ruim sempre acontecia para mostrar que não, a morte sempre os perseguiria para qualquer lado onde corressem, em qualquer buraco onde quisessem ou tentassem se esconder. De início, a filha de Tânatos não havia notado a comoção geral — afinal, ela e Dohyun estavam ocupados demais numa sessão de treinamentos no bosque, porque o mais novo queria testar o par de espadas novas do qual tanto se gabava por ter ganho em sua mais recente missão. Foi quando percebeu uma quantidade muito maior de aranhas começarem a se locomover em sua direção, aos montes, e Robin percebeu que havia algo de errado acontecendo; afinal, não era para elas se comportarem daquele jeito, e nem existirem em grande quantidade naquela região. Não demorou para controlar as chamas verdes que saíam direto da palma de suas mãos, pulverizando a pó todos os aracnídeos que tentavam subir pelos calcanhares de ambos. E, como ela tinha certeza de que havia muito mais acontecendo no interior do instituto, ela e o amigo partiram dali no intuito de entender o que de fato estava acontecendo.
Contudo, antes que pudessem, de fato, alcançar a construção do instituto, ambos foram novamente interceptados, dessa vez por uma figura maior e mais assustadora. Robin conseguiu entender o corpo de mulher da cintura para cima, mas suas pernas eram divididas de forma que a parte inferior de seu corpo fosse como a se uma aranha. Seus anos de estudos naquele lugar trouxeram-lhe, de repente, um nome à mente: Aracne, embora acreditasse que a figura da mitologia grega fosse imortal e muito maior que aquela. Chegou à conclusão, consigo mesma, que ela e Dohyun estavam frente a frente com uma simples cópia, ou simplesmente uma de suas muitas crias. A mulher-aranha não demorou a atacá-los naquele momento, e Dohyun partiu para cima dela em primeiro lugar. Robin teve tempo apenas de fazer as trevas da região se moldarem em uma espada, já que ela mesma não havia levado nenhuma arma e contava com seus poderes para tal. Solidificou as trevas para que a lâmina pudesse se formar, e, uma vez armada, partiu para cima da criatura. Ambos lutavam com ela ao mesmo tempo, mas a mini-Aracne parecia dar conta de se defender dos dois com maestria. 
Foi no meio daquele embate que Robin viu a figura feminina se aproximar por trás. Conhecia Maggie de vista e de algumas interações que havia tido com a loira durante sua estadia ali, e seu sinal para que ficassem quietos foi mais do que entendido. A filha de Tânatos jogou uma rajada de fogo infernal contra o rosto da criatura, o suficiente para que ela se mantivesse ocupada enquanto a ninfa se aproximava sorrateiramente. Foi então que a Kwon foi afastada abruptamente de sua adversária, quando percebeu que o corpo de mulher e de aranha mesclados estava sendo carregado a uma velocidade admirável para os céus, subindo mais alto do que seus olhos podiam acompanhar. 
Mas não demorou muito para ver algo de errado acontecendo. Novamente, os dois corpos voltaram ao seu campo de visão, caindo das alturas a uma velocidade excruciante. A professora franziu o cenho ao notar que Maggie havia sido atingida por qualquer que fosse o efeito das picadas das aranhas que aquelas criaturas soltavam, e agora parecia estar paralisada numa espécie de transe. A gravidade contribuía para que ganhassem cada vez mais velocidade, e a queda seria horrenda caso Robin não tivesse lançado suas trevas para cima, em direção à colega, tentando amortecer sua queda de algum jeito. Ela atingiu o chão com estrondo mesmo assim, embora os poderes da mais velha houvessem de fato retardado a velocidade com que caía. Não conseguiu ver o estrago num primeiro momento, pois a filha de Aracne caiu um segundo depois. Robin correu na direção de Maggie no intuito de ajudá-la, vendo o estado em que ficara a perna da loira. Estava pronta para tentar imobilizar o membro inferior da mulher com seus poderes quando sentiu o empurrão que Dohyun dera em si, fazendo-a cair para o lado com violência. Quando virou, conseguiu ver o golpe de uma das pernas da mulher-aranha atingindo-o, no mesmo lugar onde a Kwon estava segundos antes. 
Robin sentiu a raiva se intensificar dentro de si ao ver a cena, suas mãos enchendo-se com o fogo infernal que controlava. Dohyun também parecia estar imerso em uma fúria por ter sido afetado fisicamente, e ambos passaram a atacar o que restara da mini-Aracne naquele momento após sua queda. Fogo infernal negro e verde se encontraram para queimar até o último pedacinho da criatura, reduzindo-a a uma figura desforme e carbonizada, sem nenhum pingo de vida em seu ser. Somente então ela se voltou para Maggie, vendo-a desmaiada pela dor intensa. Olhou para Dohyun, certificando-se de que ele conseguia andar ainda, e, ao vê-lo recobrar seu estado normal, a Kwon dedicou sua atenção para a ninfa. Com o auxílio das próprias trevas, imobilizou a perna quebrada da loira e a carregou nos ombros.
O destino: a enfermaria.
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deathslayer · 4 years
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rock my world.
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PLOTDROP: Lasso of truth; DATA: 26/07/2020; FEAT.: Moon Dohyun.
Robin percebeu que algo não estava certo quando um calor descomunal a atingiu, mesmo que o ar condicionado estivesse no mínimo e que Nico não estivesse presente no recinto, deixando o friozinho para gelar apenas o corpo da filha de Tânatos. No entanto, o clima ameno e a temperatura gostosa não pareceram ir embora de uma hora para outra e de forma abrupta. Robin sentia como se tivessem ligado um forno especialmente naquele quarto, muito embora visse com clareza que outras pessoas vinham reclamando pela timeline. Respirou fundo, porque sua intuição aguçada lhe dizia que algo mais vinha a acontecer. No fundo, porém, não queria saber de mais nada; já estava um tanto cheia das coisas acontecendo quando só queria realmente um descanso. No entanto, continuava conversando com Dohyun no mesmo clima que vinham mantendo desde que resolveram ceder às próprias vontades.
Não demorou a perceber, porém, que estava sendo muito mais direta com ele do que de praxe. Gostava do jogo de gato e rato em que ficavam, das meias palavras e do sentido imposto nas entrelinhas. Era assim que fazia porque gostava de ser cautelosa com tudo, mas, principalmente, com o filho de Hades; não saberia se um movimento em falso poderia estragar a relação de seis longos anos que tinham, e a amizade dele era de muito apreço e importância para si. Mas, naquele momento, ela estava falando as coisas que passavam em sua cabeça muito mais diretamente. Não sabia se Dohyun tinha alguma ideia do que realmente pensava, mas agora ele ficaria sabendo de qualquer jeito. A sinceridade escapava de suas falas, mesmo que por mensagens, com uma facilidade incrível, mesmo que a Kwon tentasse se refrear da forma que podia. 
Até perceber que ele, de alguma forma, correspondia. Na verdade, foi uma surpresa para a filha de Tânatos perceber que Dohyun estava realmente dizendo o que pensava. Na maior parte do tempo, ele era um enigma indecifrável e parecia não dizer suas verdades pelo puro prazer de ver a mais velha perdida, muito embora ela descontasse nele da forma que conseguia. Confessar que havia sentido ciúmes e receber a declaração de que seu interesse estava si a havia quebrado; o tapete embaixo de seus pés havia sido puxado. Não tinha como lidar de forma racional com o Moon, mesmo que quisesse. Foi por isso que, mesmo naquele calor, deixou o próprio quarto para fazer seu caminho em direção ao dormitório dos Três Grandes, um caminho que já lhe era tão comum quanto o do próprio quarto. 
A porta estava aberta para si, como ele disse que estaria. Tomou o cuidado de fechar bem assim que entrou, os olhos recaindo sobre o filho de Hades sentado sobre a cadeira que usava para mexer no computador. Estreitou os olhos para ele, uma típica reação que tinha sempre que estavam no mesmo ambiente — principalmente e acima de tudo porque ele enchia seu saco até não querer mais. E ali não era diferente. Ela achava extremamente irritante se sentir atraída por aquele moleque. Ela não foi até ele, entretanto, apenas se dirigiu à cama espaçosa e se jogou ali, os olhos ainda sobre o mais novo.
— Espero realmente que agora você cale a boca e venha me beijar — soltou, o mais verdadeira possível.
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deathslayer · 4 years
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total eclipse of the heart.
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PLOTDROP: At least I see you; DATA: 19/07/2020; FEAT.: Maddison Cho.
O dia de calor parecia transcorrer normalmente — Robin até mesmo fizera algo que não era comum para si, como aproveitar o sol escaldante para ir à praia junto dos demais estudantes do Olympus. Compartilhara da presença de alguns amigos e se divertira na areia, e até mesmo se deixou bronzear um pouco — apesar de sua pele ficar facilmente queimada e irritada do sol. A tarde havia transcorrido de forma normal, ao menos até que voltasse para o quarto. Tinha acabado de tomar um banho para tirar o sal e a areia de seu corpo, vestido uma roupa confortável e curta para se deixar refrescar pelo ar condicionado de seu quarto, quando começara a sentir coisas que não lhe eram familiares havia muito tempo.
Quando deu por si, estava sentindo falta do que há muito tempo não tinha — o amor de Maddison. De repente, toda a história que haviam vivido juntas voltara à sua mente com um sentimento nostálgico e verdadeiramente desejoso, e Robin se pegou querendo voltar a ter aquilo o mais rápido possível. Foi uma surpresa quando abriu o Twitter e viu que a mulher havia lhe marcado em algo que parecia ler seus pensamentos mais profundos, pedindo para que reatassem o namoro. Obviamente a filha de Tânatos não hesitou em confirmar aquilo, visto que estava pronta para fazer a mesma proposta. Seu peito se encheu de um sentimento benévolo que a esquentou completamente, mesmo que segundos antes tivesse se inundado de uma espécie de ciúmes sem pé nem cabeça. Na realidade, enquanto via algumas coisas na timeline, o mesmo sentimento ambíguo voltava a lhe acometer, embora não fizesse parte da onda de amor que lhe tomava por inteira. As duas coisas se misturavam em seu interior e ela se pegou confusa demais.
Confusa, até Maddison chamá-la para o seu quarto. Compartilhavam o mesmo dormitório e havia sido uma pena que a filha de Hécate não tivesse caído no mesmo quarto que o seu; havia ficado sozinha por um longo tempo no quarto número 6 do Órion, mas agora o dividia com uma filha de Perséfone que enchia o ar com um leve aroma de flores; era agradável, mas a Kwon ainda preferia a sua tão estimada privacidade. Ainda assim, gostaria que Maddison fosse aquela que compartilharia consigo, embora o destino não tivesse sido tão gracioso. No entanto, naquele momento, disposição de colegas de quarto não interessavam; tão logo viu a mensagem da ex-namorada — e, agora, atual — não hesitou em deixar Shakespeare dormindo em sua cama para ir até os aposentos da Cho. Invadiu o quarto que a americana dividia com Aika e, sem qualquer perda de tempo, se jogou contra ela. Havia muito tempo que não provava da doçura de seus lábios e a vontade que sentiu foi tão grande que não podia sequer resistir. Não era algo simplesmente racional.
Felizmente, Maddie parecia inclinada a corresponder — afinal, fora ela que convencera a outra loira a ir até ali. E parecia certo, com aquela gota de nostalgia de dois anos atrás, quando ainda eram embaladas pela selvageria daquele amor. Não importava mais se Maddison havia terminado aquele relacionamento por questões egoístas e o quanto Robin havia ficado brava com tudo aquilo — haviam se tornado boas amigas depois de todo aquele tempo e, agora, parecia certo que voltassem a se amar. E por isso permaneceu com ela a tarde inteira, trocando beijos e carícias que remetiam à saudade que sentiam. 
Até que o efeito se esmaeceu aos poucos. De repente, aquela euforia distinta sumiu de seu peito e ela encarou a ex namorada com as sobrancelhas franzidas. Até que começou a cair na gargalhada junto da outra loira, dadas as circunstâncias que haviam se metido. Ora, haviam sido controladas por uma força maior que criara uma ilusão forte o bastante para que fizesse acreditar que ainda existia sentimento romântico ali. Mas Robin percebeu que a amava, sim, mas não do mesmo jeito que antes. Era como se aquele sentimento tivesse crescido e amadurecido com o passar dos anos; o carinho havia permanecido, mas não a chama que outrora havia existido. 
— Bom, eu não me importo de fazer isso outras vezes. Friends with benefits? — soltou, sorrindo para a amiga. — Amo você, Maddie.
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deathslayer · 4 years
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mortal kombat one?
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PLOTDROP: COMBATES; DATA: 17/07/2020.
Robin havia voltado de seu "retiro espiritual" na fazenda de seus avós ㅡ o qual pretendia passar pelo menos uns dois meses, longe de tudo e todos ㅡ apenas por conta de seu combate no instituto marcado para aquele mesmo dia. Lutaria com Gabriel, segundo o sorteio de duplas ㅡ já havia interagido com o homem pelo Twitter algumas vezes, apesar de nunca ter realmente parado para falar com ele em alguma ocasião. Foi justamente por não saber o estilo de combate que enfrentaria que a mulher se preparou mais cedo, indo à arena e treinando numa área mais reservada enquanto os combates que antecediam ao seu ainda não haviam acabado. Ela estava naquele lugar havia tanto tempo que a arte de lutar já fazia parte de si, como se fosse completamente normal que seres humanos comuns soubessem como portar uma espada ou como equilibrar o peso do seu próprio corpo para facilitar a dança violenta que era o combate físico. Sentia prazer, na verdade, em fazer isso ㅡ seu corpo entendia o exercício como uma forma de se manter sempre ativa, estimulando seus hormônios tal qual qualquer outro tipo de atividade física.
Quando o horário de sua luta chegou, a Kwon se dirigiu à arena. Alguns dos amigos estavam dispostos nas arquibancadas, prontos para assistir ao combate; conseguia ver alunos torcendo para Gabriel e outros tantos torcendo para si. Parecia haver alguma estirpe de apostas clandestinas, e, francamente, isso até que divertia a filha de Tânatos. Quando, por fim, o turno dedicado a eles havia começado, Robin esperou alguns segundos para analisar o oponente. Notou que Gabriel permanecia parado, que não fazia menção de vir para cima de si; portanto, estreitou os olhos e ousou fazer o primeiro movimento. Brandia a espada como se fosse um membro, parte de seu próprio corpo, enquanto avançava em direção ao rapaz; ele mantinha-se na defensiva, esquivando-se e desviando o quanto podia, e defendendo-se com sua adaga o quanto podia.
Permaneceram naquele jogo por tempo suficiente para que a loira pudesse estudar seu método de luta. Notou o quanto ele tentava evitar um confronto direto, e acabou por se perguntar o porquê de ele ter escolhido uma arma curta que favorecia o combate corpo-a-corpo se queria certa distância. Não demorou a começar a usar seus atributos ao seu favor, com a rapidez e a força para atacar. Por vezes, enquanto as lâminas da espada e da adaga se cruzavam num tilintar de metal se chocando, ela reagia com suas tecnicas de luta corporal para tentar afastá-lo ou causar algum dano. Em determinado momento, Robin desferiu uma rasteira que levou Gabriel ao chão facilmente.
E a luta se seguiu naquela atmosfera, com a garota americana indo para cima do adversário sem pena, porém pegando leve por notar que o costume com o meio de combate lhe faltava. Seu erro foi subestimá-lo no momento em que o prendeu pelas mãos ao desferir um ataque forte o suficiente para que as lâminas escapassem de suas mãos, e então Gabriel fez algo que a surpreendeu, pois Robin certamente não esperava: uma cabeçada diretamente em sua testa, forte o suficiente para fazê-la cair e perder momentaneamente a consciência.
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deathslayer · 4 years
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you shook me all night long, pt. 1.
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SELFPLOT: TREINAMENTOS NOTURNOS; DATA: 01/07/2020 — QUARTA-FEIRA.
Próximo do horário de recolher, Robin já estava preparada para o início dos treinamentos noturnos os quais havia combinado com Dohyun. Não achou que conseguiriam obter permissão de Morfeu para que treinassem juntos durante a madrugada, mas surpreendeu-se com o nível de coragem que o professor tinha para deixá-los que o fizessem. No fundo, sabia que tinham créditos com os que comandavam aquele lugar por serem alunos modelo e que raramente arrumavam confusão — em oito anos que fazia dali a sua morada, Robin só havia perdido controle de seus poderes três vezes, todas elas no primeiro ano. Talvez ela só estivesse tomada pela preguiça de ter que deixar o próprio quarto num horário em que todos estavam se recolhendo, muito embora tivesse sentido um alívio quase que livre assim que colocou os pés na arena de treinamentos, totalmente abraçada pela escuridão noturna e pela quietude do local. 
A luz pálida da lua e das estrelas talvez não fossem o suficiente para iluminar toda a extensão da arena para outros tipos de criaturas, mas Robin pertencia à noite, como todas as crianças do submundo, e seus olhos eram adaptados a se acostumarem com a falta de iluminação. Todos os seus sentidos, na verdade, funcionavam de um jeito mais abrangente quando durante a noite ou na completa escuridão. Foi por isso que percebeu o amigo se aproximar antes mesmo que o tivesse captado com os próprios olhos, a aproximação de Dohyun chamando-lhe a atenção para que se voltasse em sua direção. — Ei, moleque. Um minuto atrasado. — Proferiu, um riso irônico escondido no tom das palavras que escorregavam pelos lábios da filha de Tânatos, apenas para não perder o costume de encher o saco da figura sombria que a havia alcançado. 
Naquele dia, começariam com os treinos de armas. Haviam dividido os dias que podiam livremente burlar o toque de recolher para que explorassem várias áreas de suas habilidades, sobrenaturais ou físicas. Apesar de estar visando o torneio que se aproximava, sem uma data definida, Robin gostaria de manter aquela rotina porque a fazia se sentir bem. Era muito melhor treinar na companhia de alguém do que sozinha. A filha de Tânatos havia levado suas adagas gêmeas de prata divino, o metal claro e sem nenhuma imperfeição brilhando à luz dos astros noturnos ao serem desembainhados para o combate que travariam. Apesar do fio ser perfeitamente afiado, a Kwon tinha perfeito controle sobre aquele tipo de arma; obviamente faria de tudo para que não provocasse cortes de Dohyun, mas ele não precisava exatamente saber disso. Esperou somente o tempo necessário para que o filho de Hades escolhesse a própria arma e se posicionasse corretamente no centro da arena para que começassem.
Lutar com lâminas curtas como adagas não era coisa fácil, e levou longos anos para que Robin aprendesse a equilibrar o próprio corpo com os movimentos necessários para uma performance segura. Precisava se aproximar demais de seu adversário para que pudesse causar algum dano, e isso era bom e ruim ao mesmo tempo: bom, caso ele tivesse uma arma de longo alcance, porque ficaria vulnerável e perdido; ruim, caso ele portasse armas como as suas, e, nesse caso, a agilidade era o que se sobressaía. Por sorte, Robin tinha números ao seu favor. Não era exatamente tão baixinha assim, mas tinha um tamanho perfeito para desviar com facilidade, e seu corpo esguio era ágil e rápido. Tinha pontos fracos, como, por exemplo, ataques vindos de cima, mas com estes tinha de aprender a lidar. E foi nesse ritmo frenético que se seguiu o combate travado entre ambos os semideuses submundanos, Dohyun a atacando sem pena apenas por Robin ser sua amiga e a mulher de fios loiros retribuindo sem pegar leve. No fundo, se divertia, e era por isso que o sorriso sempre existia no canto dos lábios pintados de vermelho, mesmo com o esforço sendo feito. 
— Só vamos parar quando você começar a chorar, viu? — soltou em meio ao som metálico das lâminas colidindo entre si, apenas para provocá-lo. aproximando a proximidade para lhe lançar uma piscadela. Sabia que ele tinha tanta facilidade naquele cenário quanto ela mesma: a escuridão os ajudando a se tornarem mais fortes, ágeis e resistentes. Sequer uma gota de suor escorria pela pele da Kwon naquele momento. Ela sabia que poderiam permanecer naquele embate a madrugada inteira, até os primeiros filetes de raios solares os alcançarem, mas tinham de ser rápidos — afinal, Morfeu os havia liberado somente até as 2h da manhã. Não deixou que a ideia a incomodasse, afinal; parou de divagar e voltou os pensamentos e a atenção por inteiro para o homem à sua frente, obstinada a, pelo menos, derrubá-lo antes que a noite acabasse.
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