Tumgik
coutoneto · 5 years
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Contemplação
E, então, seria você.
Acima de tudo, além de mim, era você.
De alguma forma, sempre foi.
Você, além próprio tempo.
E, então, senti medo.
Pela primeira vez, temi sonhar.
Mas vivi em um sonho,
Logo nos primeiros olhares trocados.
E, então, me calei em definitivo.
Não por não ter mais o que dizer,
Enquanto conversávamos como nunca fiz.
Mas por me ver ínfimo ante ao infinito.
E, então, resignado, ousei sonhar.
Sonhei um sonho lúcido,
Que preenchia minha mente com sua imagem.
Uma imagem feita de palavras e sensações.
E, então, o mundo achou seu lugar.
Um lugar criado em nossas confidências.
Um mundo criado em seu toque carinhoso.
Um mundo iluminado pelo sorriso de seus olhos
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coutoneto · 5 years
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Transcendente
Sob o luar, em um céu estrelado,
Seu sorriso a tudo ofusca,
A tudo revela.
O amor de minhas vidas,
Em cada palavra, notas cintilantes.
Seus perfumes me acolhem,
Seu toque me abriga,
Seu sabor me completa.
Esta noite, sou breve como
O infinito de sua memória.
Em algum lugar,
Escondido dentro de tudo que sou,
Fui criado para te amar.
Ainda antes de te encontrar,
Te trouxe em meu peito.
A cada pulsar de meu coração,
Sou seu e meus pensamentos têm sua forma.
A cada momento de hesitação,
Sou reinventado na forja de sua alegria,
Assumo a forma de tudo que possa te completar.
Por você, sobrevivi em sua ausência.
Em tua presença, a tudo hei de transcender.
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coutoneto · 5 years
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42
Em um mundo árido,
Seu sorriso é meu oásis.
Em seu olhar sorridente,
Encontrei a resposta para vida.
A melodia encantadora de sua voz
Preenche meu universo e traz sentido a todo caos.
Sua imagem me acolhe e preenche cada pensamento meu.
Sua fragrância justifica cada passo que me trouxe até aqui.
Seu toque carinhoso é minha panaceia.
Encantado por tudo que você é,
Contemplo a resposta para tudo mais.
Incapaz de compreender a perspectiva de seu infinito,
Seus braços me abrigam e me confortam.
Em suas palavras doces,
Até o fim do universo,
Além do alcance de qualquer razão,
Somos a unidade absoluta que a tudo explica.
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coutoneto · 6 years
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Paraíso
Vórtices de excitação me encobrem
É sua imagem que preenche todos meus pensamentos
Meu peito ressoa com o compasso de seu sorriso
Por você, aprenderei a ser feliz
  Voo pelos sonhos que me presenteou
Éter eterno de paz me acolhe em seu espaço
Miríades de fantasias se espalham ao redor de seus passos
Por seu sorriso, cantarei com todas as notas que me presenteou
  Vales de sombras se espalham em sua ausência
Épicos hão de serem compostos em suas formas
Montanhas ensolaradas se projetam de seu sorriso
Por seu olhar sorridente, me perderei
  Virtuosa em cada segundo de sua ternura
Éramos um antes do próprio tempo
Maravilhas serão erguidas em sua imagem
Por seu toque, me saciarei completo
    Velando nossa distância
Ébano pilar de saudade me eleva
Mantras de magia me agasalham em sua voz
Por seu perfume, receberei o fôlego da eternidade
  Valente em sua ternura
Égide de meu sorriso se revela
Majestosa em cada detalhe
Por seu abraço, vagarei pelas estrelas
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coutoneto · 6 years
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Êxtase
A seus pés, me consumo em chamas.
Embalado pelo canto de seus passos,
Vejo o mundo se fragmentar ante a meu corpo febril.
Em formas oníricas, seu corpo é meu paraíso
E seu olhar me cala em transe.
Almejo sentir seu sabor, como a única forma de saciar minha fome.
Alma e corpo se combinam em seu toque gentil.
Inspiro seu perfume de vastidão acolhedora
E me perco em um universo de tempo em vórtice.
Em sua respiração, o hálito da vida.
Junto de sua pele macia,
Rogo por ser envolvido pelo conforto de sua alma.
Neste momento, meu coração pulsa atônito sua melodia divina.
Dissipado em cada um de meus sentidos,
Em uma sinfonia impetuosa de você,
Vejo-te dançar, com alegre destreza.
Sua sabedoria obstinada dita os contornos de minha realidade.
Espaço e tempo,
Corpo, mente e alma,
Tudo há de se dobrar sob o poder infinito
Que se esconde atrás das jóias que são seus olhos.
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coutoneto · 6 years
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Minha doce mecenas
Com você, deixei minha parte mais terna.
Sob teu brilho, meu coração pulsou em versos.
Em tua imagem distante e ofuscada por meus pesares,
Minha pena rabisca inelegíveis pergaminhos.
Meus versos têm a métrica de seu tempo indecifrável.
Em sua ausência, rimo o tédio previsível.
Esta noite, a lua brilha sem razão em um céu nublado.
Hoje, o silêncio grita alto e a música range em rancor.
Meu próprio corpo há de ser pó, enquanto vejo o infinito se esvair.
Minha mente há de se perder, cambaleando por dimensões sem sentido.
Hei de chorar a perda de todas as maravilhas
E, em um desespero impalpável, balbuciando incoerente,
Por fim, me silenciar sem o alimento de teu olhar.
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coutoneto · 6 years
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Serendipidade
E, por fim, silêncio.
Envolta pela surreal substância dos sonhos,
A vi, avatar da paz, suspensa em um fôlego exitante.
Eis que é sonho, que é esperança para além de toda ousadia.
Apequenado pelo fulgor de sua presença,
Temi a visão de tão divino êxtase.
Gigante, em seus olhos, dividi o espaço da criação.
Infinito, em seu abraço, amaldiçoei o próprio tempo irrestrito.
Em minha mente, todo caos fugiu de sua luz.
E, juntos, dançamos, entrelaçados, em uníssono.
O mundo se completou precoce,
E, hoje, não há mais melodias a serem compostas,
Não há poesias a serem declamadas,
Não há pinturas a serem contempladas.
A própria arte há de se apagar ante o apogeu
Que se segue ao toque de nossas almas.
Que o infinito, em fim, se desdobre.
Hoje, a felicidade é torrencial e tudo possuímos.
Além de meus sonhos,
Me faltaram as cores que deixei contigo,
Em uma singularidade primordial,
Para te traçar por completo em minha alma.
Se tudo mais é incerto,
Nada, nunca, será tão colorido quanto teu olhar.
Por fim, tenho de volta as cores que não sabia ter perdido,
A melodia que tão perfeitamente embala meu silêncio.
Em meu coração, sempre cantarei suas notas,
Em minha mente, com meus olhos fechados,
Enxergarei sua radiante paleta celeste.
Encantado, em cada suspiro,
Meu próprio ser, hoje, tem seu nome.
E, em sua imagem, hei de dormir.
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coutoneto · 6 years
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Esmorecer
Há poucos dias de um novo ano,
Temo a maldição deste balancete precoce.
Porém, busco um relento para esta implacável pressão
Que, a partir de meu peito, implode meu ser, meu corpo e meu espírito.
Nos limites arbitrários que dividem nosso tempo
E fingem conter sua forma viscosa,
Busco um limite para um intangível tormento em exponencial expansão.
Em palavras sem ritmo, em uma métrica sem sentido,
Confesso minhas mortes.
Ao longo das últimas estações, faleci repetidas vezes.
Por um par de vezes, em crescente, minha morte quase me obliterou por completo.
Contudo, dia a dia, em ritmo errôneo, continuo a sofrer pequenos óbitos.
Quando, pela primeira vez, pereci,
Tive que abandonar tudo aquilo que sempre me definiu.
Quando me ergui, este corpo já estava sendo habitado por uma pessoa diferente.
Em tantos sentidos, me ergui um homem melhor,
Porém de carapaça frágil.
Ainda em luto por meu velho eu,
Sorri e fui bondoso como nunca antes.
No coração deste inédito e honesto carinho,
Fui golpeado com uma frieza metódica e vulgarmente mesquinha.
Pela segunda vez, fui extinto.
E assim, rasgado e quebrado, deslumbrado e confuso,
Perdido e machucado tão profundamente,
Vejo minha carapaça de amargura se erguer de seu túmulo
E, novamente, me cobrir
Para suprimir um luto que nunca poderá ser compartilhado.
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coutoneto · 7 years
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Tudo, de novo
Um coração quebrado
Uma tristeza além da compreensão
A solidão a dois
A esperança absurda
O tempo e o caos temporal
A certeza absoluta daquilo que nunca poderia ser imaginado
A senhora do tempo
Um olhar infinito
Um sorriso que à toda dor desafia
Incertezas, sinais, melodia, o sentido de toda arte
Um começo, um fim, um começo infindável
De novo, ao longe, tão próximo, fora de alcance
Toda alegria de uma lágrima maldita
Tudo perdido, o esquecimento do tempo inexorável
Um coração apertado que bate como nunca antes
Poesia, receio certo, lirismo perdido
Um novo luar há de chegar
Ébrio, inebriado, entorpecido
Uma ideia fixa e um sentido que desafia toda razão
Cacofonias aliteradas icônicas suspensas
Arte sequencial matinal abandonada
O carinho de poucas palavras, a ternura de uma imagem
Todo amor temido e esquecido
Desta vez, não haverá ponto final.
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coutoneto · 7 years
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Aprendiz
Entristeço-me ao notar que não tenho, Em meu coração, as cores que gostaria de te ofertar. Por dias, sentei-me, com olhos deslumbrados e uma folha em branco. Sentei-me para escrever a alegria de sua presença, A beleza ultrapoética de seu sorriso e O formidável caos temporal de sua ausência. Pela primeira vez, almejei palavras doces sob minha pena. E, como todas as outras vezes, me arrependi e chorei minhas tristezas. Após os anos de uma certeza cega em minha ira, Serei um grato aprendiz da sabedoria de seu sorriso.
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coutoneto · 7 years
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Limiares
Inebriado por uma abstração de tudo aquilo que ousei almejar, Sorrio resoluto, com a certeza de que o mundo perdeu sua posição. Mais uma noite se encerra no êxtase de um piscar de olhos. Horas se consomem na efervescência e no caos sublime daquilo que nunca havia ousado contemplar. Finalmente, enxergo o divino desta terra árida. Aqui, a lua se eleva, as constelações se nomeiam em sua glória. Aqui, a existência se justifica e a criação se completa. Enfim, somos júbilo, somos certeza, somos uma confiança cega e certeira. Enfim, dormimos o breve pulsar dos minutos com o receio da perda de seu infinito olhar.
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coutoneto · 7 years
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Calmaria
Consumido por uma ansiedade maior do que minha vida, Sorrio e caminho com minha melhor máscara sobre o rosto. Todas minhas alegrias são melancólicas, Todas minhas vitórias são incertas e depressivas. Na rotina do novo, um desespero cíclico. Por uma última vez, hei de chorar minhas próprias dores. Este é o fim, amanhã serei grande como a força criada na forja de minhas dores. Serei austero como minhas novas cicatrizes. Quebrarei um ciclo, interromperei uma espiral e toda tempestade há de cessar enquanto sorrio.
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coutoneto · 7 years
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Um vasto segundo
Em uma absurda casualidade, Sob o impossível cotidiano, A vejo sorrir. Seus olhos projetam, despretensiosamente, a força da criação. Neste momento, todo o tecido da realidade se embaralha, O tempo tropeça, O ar se parte em meu peito. Finalmente, o mundo está bem E a história é justa. É ali, no incompreensível infinito de seu olhar alegre, Num interminável momento, Num segundo sem fim, Que me resigno de toda dor E, finalmente, me absolvo de meu pesar, absorto em você.
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coutoneto · 7 years
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Sorrisos
Vivo em um mundo de fantasia. Dia a dia, afundo em meus próprios pensamentos E hoje, ao abrir os olhos, ainda vejo as quimeras que criei. Elas me distraem de todo o resto e me cercam, Flutuando pela viscosidade do espaço incongruente que se projeta de minha mente. Sem notar, sorrio com a força e o desespero de mais uma ilusão. Minhas alegrias fugazes, as criei com base em sua imagem desbotada. Meu pesar constante tem a forma de tudo aquilo que resta sem você.
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coutoneto · 7 years
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Desespero contido
Em silêncio, grito meu desespero sem fim. Minha visão há muito está turva com a dor que me aperta o peito. Hoje sou o desconhecido que me mata aos poucos. Em agonia, já não me lembro daquilo tudo que já fui. Meu presente me comprime entre o arrependimento do passado e o medo do futuro. Estou paralisado, mas quero correr. Quero ficar só, mas longe da escuridão da minha mente. Nesse momento, sou dor, sou caos, sou flagelo e flagelado. Isolado em mim mesmo, almejo o fim de tudo, Mas me contraio para dentro do casco de minha própria covardia. Contra meu próprio sofrimento, o tempo se torna atemporal E tenho certeza de que apenas um de nós há de seguir.
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coutoneto · 7 years
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Maldito lirismo
Maldito seja o lirismo destas linhas. Malditos sejam os floreios destas palavras. Todos eles rivalizam e relativizam seu mítico ser. Todos eles desacreditam a vastidão de sua presença. Maldita seja minha escrita limitada. Maldita seja esta língua tão vulgarmente humana. Todas elas se ofuscam ante sua imagem. Todas elas se acovardam sob o excelso de seu sorridente olhar.
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coutoneto · 7 years
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Senhora do tempo
De tudo aquilo que se quebrou e se refez ao seu toque, O tempo foi aquele que mais me surpreendeu. Em suas mãos, minhas horas se consumiram em um fôlego apertado. Na distância, os ponteiros do relógio percorrem os labirintos de minha inquietude. A existência se perde quando encontro seu olhar. Minha existência é perdida longe dele. Em seu sorriso me alimentei e me destruí. Em sua presença, aprendi a sabedoria dos anos. Longe de você, agonizei e alucinei o desespero contido dos tolos. Com os pensamentos perdidos numa abstração de você, Durmo por longos minutos e, Com a mente ofuscada por sua luz buliçosa, Pereço pelo marasmo dos anos sem fim, Vagando pelo vazio da solidão batizada em seu nome.
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