Tumgik
contosts · 3 years
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Descobertas de Simone...II
Já estava começando a curtir muito mais minha irmã do que meus irmãos, ainda mais agora, longe de primos. Minha referencia era minha irmã, meu amigo Matheus e Mamãe. Na escola seguia tudo normal, já tinha poucos amigos mesmo e a situação de papai havia se espalhado então todos evitavam se aproximar por não saber o que fazer como ajudar ou se de repente eu iria pedir algo que não estivesse ao alcance. Realmente ali vi o significado da palavra amigos.
Sentia a alegria de quando brincava com meu cabelo e brincos, isso era uma de minhas fugas, estava me desenvolvendo mais lentamente e quando minha irmã propôs eu ajudar ela, fui mais interessado na proximidade, na retribuição dos cuidados do que se seria ou não algo que um menino faria.
Realmente aqueles primeiros dias foi divertido e engraçado, não queria dizer nada de errado, mas falei muita coisa confusa enquanto ela me falava de roupas, o que combinava tipos, tecidos e tinha cada nome difícil. Mas creio que no terceiro dia, ela alem de me falar foi perguntando o que eu achava de cada peça.
Fui falando e apontando, algumas eu realmente gostei, outras pela ousadia da roupa eu dizia que não, mas confesso que elas me chamavam a atenção.
Ai ela fez uns três montes, roupas que estavam sem chances de serem recuperadas ou ajustadas, roupas em condições e roupas que eu gostei, ate não entendi o porquê dos montes, mas segui o fluxo das tarefas.
Como havia recusado uma minúscula minissaia, esta foi pro descarte, um saco que ficava meio que jogado no canto do quarto, que minha irmã chamava Atelier. Os outros dois montes eram guardados com cuidado e todas as roupas guardadas. Ela fazia algumas anotações em um caderno para controle, mas nem quis perguntar por que achei que não era de minha conta.
Certo dia fui descer e ela falou que iria fazer um trabalho com a irmã do Matheus, pediu para eu ficar sozinho, mas voltava pro almoço, tinha preparado tudo com mamãe no dia anterior, iria ser só esquentar.
Eu fiquei os primeiros 15 minutos no quarto jogando, mas entediado, ai fui pra cozinha, peguei o preparado de suco de minha irmã e quando me vi estava no atelier. Fiquei ali olhando uma revista, só vendo figuras quando vi uma sobre roupas de verão, minissaias, nossa cada modelo linda. Fui ficando interessado, fui lendo e tudo ai não resisti, abri o saco do descarte peguei a minissaia e subi correndo pro quarto com ela escondido por debaixo da camisa.
Tão eufórico que cheguei ao quarto fechei e só então lembrei rindo que estava sozinho. Olhei a roupa, cheirei, passei no rosto e tudo mais, mas com medo.
Coloquei ela pela frente do meu moletom, mas não consegui ver se ficava como nas fotos. Ai tive uma ideia, coloquei o celular para despertar em 30 minutos, tirei a calça do moletom e entrei na minissaia. Foi tão rápido a ação que quando vi estava La eu de cueca e minissaia com a camiseta jogada por cima, quase tampando tudo.
Mexi aqui, mexi ali subi a camisa. Fiquei aqueles 30 minutos me olhando, da cintura para baixo, era estranho à sensação e a imagem, não era as modelos, mas definitivamente não era eu também. Celular despertou, retirei rapidamente, guardei no armário e coloquei uns shorts, mas solto.
Isso não durou 15 minutos peguei a roupa de volta. Tirei camisa, cueca e tudo, e nu vesti a minissaia. Só que lentamente, aquilo foi diferente, meu coração pulava acelerado, meu corpo reagia com medo ao mesmo tempo em que com uma euforia. Só o tecido da minissaia foi muito arrepiante e senti todo ele em minhas pernas, bunda e meu pintinho deu um sinal diferente, acho que foi minha primeira ereção.
Só que não me atentei ao horário, no meio disso tudo, ouvi minha irmã subindo as escadas me chamando, eu catei minhas roupas, de minissaia fui pro banheiro e lá entrei nu no chuveiro gritando para ela que estava no banho, nossa foi por pouco. Quando sai do banho e entrei no quarto, só vi minha cueca jogada na cama, desenrolei a minissaia de dentro do moletom, escondi na gaveta de meias fechei e fui levar as outras roupas para lavanderia, minha irmã estava saindo do atelier, indo pra cozinha esquentar nosso almoço.
Fez perguntas do que tinha feito se tinha jogado, brincado, pois a casa não tinha sinais que eu havia organizado, muito pelo contrario tinha mais louça suja, bagunça no atelier e ela brigou que eu deveria ajudar e não arrumar mais coisas pra por em ordem. Falou isso dando uma piscadinha, mas achei engraçado, mesmo estando só nós duas e pedi desculpas.
Na aula, não saia à sensação daquela saia no corpo, só via as meninas com vestido e vinham umas ideias estranhas na cabeça, Matheus por umas três vezes me tirou do transe perguntando o que tanto eu olhava nas meninas e sorria sem falar nada. Brincou que eu tinha me apaixonado por algumas delas e queria por que queria saber quem era meu novo amor. Brincávamos disso, pois mudávamos toda semana de qual menina mais gostávamos, o temperamento delas mudavam e a gente mudava de menina pra uma menos chata rs.
À noite jantei e fui pro quarto com a desculpa de muita tarefa, escovei os dentes no banheiro e quando fui fazer as necessidades algo me fez mexer no cesto de roupa suja, acabei por achar uma calcinha de minha irmã, pus no bolso de pequena que era, fui pro quarto chaveei a porta.
Assustado mas com um desejo diferente tirei a roupa, coloquei a calcinha a minissaia e ai pude sentir como ficava como uma menina da cintura para baixo, logo em seguida fui pra escrivaninha, fiz toda tarefa assim, terminei deitei na cama e dormi. Como era cedo, acordei cedo, tirei a roupa, pé por pé guardei a calcinha no cesto, desci e fui ao atelier guardar a minissaia. Veio um misto de arrependimento, medo e tentei não pensar nisto mais.
Voltei pro quarto e ainda pude dormir mais 1 hora até que o primeiro acordou.
Achei que tinha sido apenas uma curiosidade, na outra semana minha irmã fez-me um pedido, queria que eu a ajudasse para um ajuste em uma roupa. Isso mesmo fui eu novamente ter um contato com roupas femininas, ainda na negação que havia gostado da experiência escondido, disse que não, meio que grosseiramente, aquilo confesso que duplamente não me fez bem.
Primeiro não estava ajudando minha irmã, num pedido, que escondido eu já havia feito e até certo ponto gostado. Segundo que estava negando a mim uma coisa que eu já estava pensando em fazer mais vezes, já havia até sonhado, mas sem detalhes, pois me fugia à memória do sonho. Mas como fazer sem demonstrar que gostei, pensei pensei e imaginei que se se trata casualmente, como realmente era não iria modificar em nada minha vida. Só que usei só a roupa mesmo, eram um short e uma camiseta, não ficou como a minissaia, achei bem estranha inclusive vestir. Quando ia tirar minha irmã pediu pra ficar, alegando que já tínhamos perdido muito tempo e eu ia tirar pro banho antes de ir pra aula. Assim foi feito, me atrapalhava a roupa, mas me perdia olhando no espelho volte e meia com eu estava e percebi que minha irmã fazia o mesmo.
Após ter devolvido a roupa para ela, lembro-me de ter falado algo que a roupa estava toda desajustada, ela brincou dizendo que faltava o complemento, pegou dobrou e guardou. O Susto foi no outro dia a mamãe entrar no atelier e como sempre fazia pegava uma ou outra roupa aleatória e quando pegou esta minha irmã disse que não estava pronta faltava uns ajustes e ainda reclamos algo sobre mamãe reciclar roupas intimas.
Sei que minha irmã pediu para eu sair dali e ficou combinando algumas coisas sobre as roupas de doação e uma ideia inicial de vender.
No outro dia entre uma conversa e outra experimentei a roupa e no final minha irmã disse o que faltava e me mostrou a calcinha e o soutien, sei que no ímpeto resmunguei a respondi de forma mal educada, só ouvi o “... acho que perdi meu tempo!, aquilo doía muito em mim, entre eu fazer algo que já havia feito escondido, que gostei e negar um simples pedido.
Foram dois dias ruins com minha irmã, mas ai entre sonhar, pesadelo, relembrar os sentimentos, resolvi realmente ajudar ela, sai do café, peguei as roupas junto com as duas peças intimas e fui para meu quarto, iria surpreender ela, matar uma vontade que estava voltando, o remorso já tinha sido esquecido e assim iria agradar a cada uma de uma forma natural, sem dar a bandeira de quem estava começando a gostar do universo feminino.
https://www.casadoscontos.com.br/texto/202105734
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contosts · 3 years
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Descobertas de Simone...I
a transformação minha de vida, de um menino franzino para então uma adolescente extremamente feminina, houve pequenas descobertas, as vezes que apenas eu presenciei, algumas descobertas foram digamos provocadas por acontecimentos quer pela minha irmã ou irmão e algumas vezes por mamãe e um grande amigo que depois tornar-se-ia minha amiga.
Pra entender este cenário, recomendaria ler os capítulos de Uma menina que sonhei.... Num resumo apenas para apresentar alguns personagens temos, meus pais, com seus quatro filhos, sendo eu o caçula e dois irmãos mais velhos e minha irmã um pouco mais velha que eu. Meu amigo inseparável Matheus e sua irmã e mãe. Desta forma, estes relatos terão uma cronologia próxima aos capítulos.
Era um momento delicado na família, papai que sofrera um acidente precisou ficar internado, pois houve mutilações, infecções, queimaduras e isto requeria um cuidado extremo para que não houvesse piores sequelas. Com isso mamãe delegou a função de cuidar da casa para minha irmã.
Um episodio marcante foi a insistência de meu irmão mais velho em colocar um brinco no ouvido, afinal era moda na pré-adolescência e ele como um roqueiro e fã de aviação queria muito, com muita insistência mamãe concordou e minha irmã deu a ideia de todos terem o então brinco na orelha, e assim foi.
Lembro-me que doeu, no outro dia as escondidas minha irmã resolveu furar minha outra orelha.
Com isso ficamos em casa com um brinco cirúrgico, retirando apenas para ir para a aula, mas depois se acabou que todos viram acharam irado e comecei a usar normalmente, no meu caso eu usava na escola só um. Em casa mantinha os dois.
Por descuido de minha irmã ou provocação às vezes ela colocava meus brincos cirúrgicos (um meu e o outro dela) para desinfetar e assim ela emprestava um brinco seu, eu usava, era um pouco diferente, mas sempre era destes simples de pedras.
Eu usava, mas preocupado em não fechar os furos e ter que sofrer de novo, a gente sempre acha horrível isto de furar as orelhas.
Eu fui vaidoso, confesso e não era difícil ver eu parado no espelho às vezes reparando no brinco, na orelha, no cabelo em como o deixar aparecendo ou escondendo conforme o ambiente que estava ou com quem estávamos. Os primos e tios não concordavam da forma como mamãe estava gerenciando a família, inclusive havia muitas brigas nisto e acabamos por nos distanciar.
Já faziam dois meses de brincos e eu acabei por achar um item essencial para mim, nem ligava com as brincadeiras de minha irmã, pois de manha éramos sós nós duas e ficou meio como um segredo nosso. Ela tinha os afazeres da casa e eu ficava trancado no quarto, como sabia o tempo que demorava para ela subir e etc. e nos dias que a empregada e suas filhas não estavam, eu me aventurava a pegar um ou outro brinco e ficava com ele no quarto trancado, fazendo caras e bocas.
Mas não tinha nada com a sexualidade, era como me ver diferente e eu até gostava da brincadeira, afinal não havia problemas em fazer isto, algumas vezes minha irmã perguntava sobre seus brincos, etc. e eu desconversava, sem querer falava que podia ser as meninas da empregada, por descuido no arrumar e tirar o pó podia mexer na caixa de brincos, estas coisas.
Já era o terceiro mês usando, um dia mamãe percebeu que eu estava com dois brincos de pedras bem pequenas, pelo olhar dela não pude identificar se achou ruim, se gostou, mas sabe quando alguém olha surpreso, mas acha bonitinho, bem foi assim que ela fez aquele fim de noite.
Eu tomei mais cuidado e só usava dois quando tinha certeza que ela não iria me ver no quarto, quando tinha um plantão prolongado, não era difícil eu dormir de brincos, ou os tirava e deixava na cabeceira. Creio que muitas vezes ela foi dar boa noite quando chegava e via-me dormindo e o par ao lado. Nunca vou saber, mas volte e meia acordava e eles tinham sido mexidos.
Minha irmã começou a não gostar de eu mexer nas coisas delas eu acho, de uns tempos pra cá, pois ficou azeda, brava, irritadiça, nunca havia visto ela assim, fui só depois saber que ela estava virando mulher, o ouvi e mamãe discutindo que eram os hormônios, era natural, iria passar. Acontece que não passou e minha irmã foi três vezes ao médico, ao final de exames e consultas sendo medicada com alguns grupos de remédios, uns eram para dores abdominais outros para regulação, outros para ajudar na ação dos hormônios, outros para crescimento (só não disse do que), bom era isso que eu tinha entendido quando perguntei para ela para que tanto.
Eram tomados de manha, no almoço e logo que voltávamos da aula à tarde. Creio que ela foi melhorando, pois não via tomar todos, alguns ela levava junto ao lanche pelo que me explicou, sei que ela e a irmã de Matheus dividiam os lanches, pois ambas estavam com os mesmos problemas e precisavam destas vitaminas.
Pra mim não fazia diferença, afinal ela era a responsável pela nossa alimentação e almoço junto com as merendas. Era até divertido, sempre tinha um lanche diferente, pois ela e a amiga revezavam quem faziam os lanches e assim eu e Matheus aproveitamos e não nos preocupávamos mais com a chatice de preparar o lanche. As aulas foram seguindo e já estávamos a algum tempo nesta rotina.
Fui me queixar para minha irmã de uma dores na barriga e ela acabou por usar um de seus remédios para cólicas e melhorou desta forma ficamos um cuidando do outro, esses cuidados iam alem da saúde e alimentação, envolviam aparência, bem estar, preocupação realmente com o outro, pois vez ou outra ela comentava dos brincos, cabelo, como tinha ficado legal em mim, eu ficava vermelho, agradecia.
Fui me descobrindo mais feliz, realmente eu estava gostando de como estava me apresentando, sabe como é gostar de si mesmo, mesmo por que eu ainda não tinha um total discernimento de como deveria ser realmente minhas mudanças hormonais e de crescimento, então eu me curtia, quer no banho, antes de dormir, eu realmente quando me trancava no quarto parecia que outro mundo existia e eu era muito feliz nele.
Certo dia depois do café ela fez um pedido, já fazia tempo que estava indo para a sala de costura e pediu se eu não podia ajudar, fui, pois já estava cansado da rotina de ficar trancado no quarto, ficava pouco tempo lá e já após o café arrumava o quarto e descia pro que ela passou a chamar de Atelier.
Nossa fui tentar entender, mas era tudo confuso, ai ela falou que nas revistas explicava muito do que ela estava fazendo e falando, fui olhando as figuras, vendo as modelos os nomes eram divertidos, cada coisa tinha um nome, uma estação, tinha uns negócios de cores da moda. Com o tempo fui lendo, conversando e ela meio que me ensinou.
Ai um dia já no modo padrão, café, arrumar quarto, uma troca ou não de brincos e descia pro atelier. Neste dia uma pilha enorme e roupas, levei um susto que iria mexer em tudo aquilo, mas neste dia ficamos separando em montes, ela sempre me perguntava algo da roupa eu respondia umas eu já falava direto, nossa totalmente detonada, outras eu falava de como eu achava bonita nela e assim foi ate o monte único acabar e surgir três montes que ela acabou por guardar em três sacos pretos enormes e foi empilhando num canto colocando uma fita adesiva em cada um.
Dali para ajudar a descosturar as coisas foi fácil, assim que eu chamava o negocio de tirar zíper, tirar bolso, desmanchar barras. E fui cada vez mais me aproximando dela, estava muito bom ter alguém pra conversar, pra brincar, pra trocar ideias, mesmo que fossem coisas de menina e minha irmã redrobou os cuidados comigo, dando até dicas de cabelo. EU amei esta fase. Cuidava mais das roupas que eu gostava, acho que fui realmente curtindo estas roupas, pois sentia algo em mim ao tocar nelas em prepara-las para ajustes e achava engraçado algumas acho que nem uso tinha inclusive me apaixonei por uma lingerie, mas não dei bandeira, mas não saia do meu subconsciente o quanto achei linda.
Mas um dia ela pediu para ajudar ela de uma forma que eu realmente me assustei, queria que eu usasse uma roupa para ela ver o ajuste final. Aconteceu que eu disse não meio que tivemos um desentendimento e eu sai dali pro quarto pra me preparar para a aula.
Passei à tarde, noite pensando como tinha sido ingrato. No outro dia iria sim ajudar, sem nem saber o que realmente deveria fazer.
https://www.casadoscontos.com.br/texto/202105715
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...XVII
Voltamos com os sorvetes, mas ainda não tinha ninguém em casa, aproveitamos e foi cada um pro banho, neste caso eu fui com a Lorena, já era natural termos estes momentos em casa.
Saímos do banho e eu emprestei uma roupa de dormir, colocamos cada uma um roupão e descemos para cozinha, não deu 15 minutos mamãe chegou com algumas sacolas, coisa que já era normal, desde que me propus a ser mulher mamãe sempre trazia algum mimo para mim e para minha irmã.
Desta vez eram roupas mais casuais.
Tomamos os sorvetes, com bolo e voltamos à sala conversar, agora só as meninas, meu irmão mais velho ligou dizendo que iria passar a noite com os amigos e logo meu outro irmão também saiu, pediu o carro e disse que iria pra balada e passar a noite na casa do pessoal, chegaria só no outro dia.
Com isso prolongamos a noite nós quatro, dado o avançado da hora deixamos nossas mães sozinhas e subimos para o quarto. Não para transar e sim eu queria conversar com Lorena. Comecei assim.
- Lorena, meu amorzinho, que historia é essa que só você terá uma vagina ??? Você realmente quer ficar comigo r eu tento um pênis? Não havíamos combinado isso, seriamos duas meninas iguais ?!?!?!
- Si, veja, hoje foi fantástico, mas se nós duas tirarmos o pênis, não terá graça, teríamos que usar um consolo e você viu que na carne é muito melhor. Uma de nós teria que ficar digamos ativa e a outra passiva. Si, se Você realmente quer uma vagina, tudo bem, realmente havíamos combinado isto ?
- Olha, até hoje eu queria, na verdade não queria ter relações com homens, sempre me achei uma Trans Lésbica, sei lá se existe, mas nestes últimos meses li e vi muito sobre transexual, Crossdresser, mudança de gênero e confesso que o mundo homem/masculino não me interessa, ter um homem, acho que às vezes ate será necessário para apagar meu fogo, isso que penso agora friamente mas e você. Você realmente quer tirar o pênis?
Lorena ficou um bom tempo parado olhando para sua calcinha, alisando, pensando, falando baixinho até que eu já cansada quase dormi, ela então me disse.
- Simone, vamos fazer o seguinte, eu terei mudanças radicais neste fim de ano, não será a operação no pênis, ainda precisamos de mais um ano, mamãe já viu para me emancipar e assim não precisa chegar aos 18. Iremos modificar algumas coisas na medicação, farei algumas microcirurgias no rosto, pescoço e cintura. Uma previa para moldar minha aparência externa para minha nova vida de mulher. Vou pedir para a Tia, deixar você me acompanhar em tudo e assim você ira ver se suporta todo o processo e ai decide, o que você me diz.
- Boa ideia, falei e peguei ela pela mão para descermos na sala para dar a noticia a nossas mães, saímos do quarto, rápido demais e descemos, não as achamos La em baixo e ai pegamos cada uma, mais um copo cheio de sorvete e fomos subindo comendo, quando entramos no quarto de mamãe, vimos algo que nos confundiu. Nossas mães estavam se beijando, sentadas na cama, uma acariciando a outra pela roupa. EU num misto de sussurro e engasgo falei.
- Mãeeeeee!!!
Nossas mães levaram um susto, mamãe ia levantar e ia gritar algo, quando titia, colocou o dedo em sua boca, e com a outra fez sentar enquanto olhando para nós falou.
- Meninas, venham aqui! O que vocês viram agora é um reflexo da nossa juventude, eu e sua mãe, isto vale pra você filha também, éramos muito amigas e dividíamos todas as nossas confidencias, exatamente como vocês duas e as irmãs de vocês. Vejam, quando uma sofria uma decepção amorosa, era a outra que segurava as pontas. Ficamos nessa cumplicidade e trocas de carinho e afeto até que a uma de nós assumiu para a outra que havia encontrado um par ideal, e que passou de namoro a noivado e assim cada uma tomou seu rumo, até atualmente somos confidentes, mas nunca mais nos aproximamos sexualmente.
Ai minha mãe interrompeu minha tia.
- Simone, minha filha, até pouco tempo atrás, respeitei seu pai, o luto e tudo mais. Quando vi seus irmãos tomando rumo, você com essa mudança toda, fiquei muito deprimida, estava exagerando nos remédios quando sua tia, que já vivia sete anos do divórcio, vendo-me neste buraco, estendeu-me a mão, como nos velhos tempos e começamos a nos ajudar na carência de cada uma. Após descobrir vocês transexuais, nos descobrimos também, na verdade somos bissexuais, pois ambas ainda gostamos de homens, em encontros ocasionais, mas nada de sério mas também não é só sexo existe uma química nos homens que nos atraem. Estamos pensando no ano que vem mudarmos de cidade e ai todas nós começarmos uma vida nova, todas juntas. Sua irmã e a irmã de Lorena, irão fazer intercambio e possivelmente fiquem como seus irmãos soltos e livres para seguir com a vida de cada uma.
Eu instantaneamente intervi dizendo.
- Acho que não temos o direito de opinar mamãe, disse eu olhando para Lorena que ainda estava boquiaberta.
Lorena falou.
- Tia, mãe. Não consigo entender por que não nos contaram, fomos 100% honestas e transparentes com nossos desejos e com a decisão de nos tornarmos mulher e veja, subimos aqui pois precisamos falar algo, já que parece que esta noite é a noite das descobertas, queremos dizer algo.
Ai Lorena falou tudo o que pensamos sobre operação, acompanhar etc. e isso agora iria ser melhor ainda pois ficaríamos todas na mesma casa.
Ambas as mães ponderaram o porquê, foram fazendo perguntas, nos cercando até que veio a pergunta que seria o divisor de águas, feita pela mãe de Lorena.
- Meninas, para vocês chegarem a esta decisão, teriam que ter uma relação com um homem de verdade, visto que o pênis de vocês é diminuto e no caso de Lorena quase um clitóris, vocês já não são mais virgens, digo analmente com um homem ?
Ambas não sabíamos o que responder e nem seria possível. Nossa cara e cor, parecendo pimentões respondeu por nós.
Agora foi titia que recebia um sinal de silencio de minha mãe.
- Olha, acho que realmente vocês tinham que ter esta relação, afinal seria ali que iriam realmente sentir se é como homem, como mulher ou como uma travesti que iriam se sentir. Mas tô curiosa, pela cumplicidade de vocês, creio que herdada de nós. Falou isso pegando na mãe de titia. Vocês tiveram esta relação cada uma em separado ou trocaram os namorados ?
Lorena, de novo me surpreendeu.
- Não tia, escolhemos um homem só e transamos juntas com ele, sendo ativas, passivas e tudo mais. Era importante que fizéssemos juntas para não haver mistérios ou algo a ser escondido entre nós duas. Sim, isso mesmo tia, isso mesmo mamãe. Suas filhas são bissexuais como as mães, realmente a fruta não cai longe do pé. Falou isso rindo, olhando para mim e piscando.
Sabia muito bem que ela estava dizendo de nós duas e de meu VIZINHO, restava saber se o resto da família era tão liberal assim e se mamãe ou titia tinham já descoberto ou sabiam de coisas que nós ainda não sabíamos. E fomos mais de uma hora falando de como foi, o que fizemos, digamos que falamos sem nos preocupar que eram nossas mães, eram nossas melhores amigas e suporte, era justo com elas falar tudo. Dito tudo formos realmente dormir.
Infelizmente os meninos foram embora na quarta-feira após o feriado prolongado, voltamos a nossa rotina, agora mais duas semanas de aula, provas e finalmente eu poderia ser menina 24/7 e assim estar realizada.
Foi complicado, os hormônios estavam no pico de ação, era nítido o volume de nossos seios, agora eu estava quase com os seios um pouco maior do que as meninas do colégio, embora uma colocassem enchimento para terem maior volume e eu ali prendendo, se se solta iria deixar todas de queixo caído com certeza.
Ficamos estas três semanas eu e Lorena, mais unidas e com nossas duas irmãs parecendo um cão de guarda, em casa elas viam que estávamos muito femininas de corpo e o medo ainda assombrava.
Demos Graças que deu tudo certo. Dia 01 de dezembro saiu às notas, todas aprovadas e assim não precisávamos mais nos preocupar. Conforme prometido pela mamãe, gastamos aquele final de semana embalando e encaixotando tudo que eu tinha de menino, roupas, brinquedos, sapatos. Iríamos doar na campanha de Natal tanto de presentes como de roupa.
Lorena estava indo para SP, para uma bateria de exames para inicio de suas operações. Passamos todos juntos no Ano novo, minha família e a família de Lorena, houve um leve relacionamento de meu irmão mais novo com a irmã de Lorena, até foi bom assim, ele nos dava um sossego, pois estávamos mais interessadas em nós duas agora e a Lorena estava maluca assustada com tudo que iria passar, embora fosse o desejo sempre havia a apreensão se daria tudo certo, se realmente as mudanças ficariam naturalmente femininas.
Foi maravilhoso o fim de ano, era dia 31, de mãos dadas nos declaramos em amor, fizemos planos, promessas e pelo efeito da champagne estávamos realmente soltas até demais.
Meu VIZINHO até tentou algo conosco no inicio da noite quando estávamos os três sozinhos na cozinha, já durante a noite, enquanto ele estava de mãos dadas com a irmã de Lorena, fomos nós a lhe provocar com olhares e indiretas. À medida que íamos abusando um pouco da chapagne, a libido nossa foi aumentando, agora éramos Eu, Lorena, meu VIZINHO e irmã um pouco mais soltos e a irmã de Lorena no mesmo ritmo. Minha irmã ficava só olhando e volte e meia interrompia o casal para conversar com sua amiga, ou ir até o banheiro e etc. Era até estranho, minha irmã demonstrava um incomodo, comentei com Lorena que até parecia ciúmes do casal, era até divertido ver. Era nítido que a irmã de Lorena provocava mais minha irmã do que meu VIZINHO , pensamos nós duas e falando uma no ouvido da outra se elas não eram também bissexuais.
Ficamos nessa pegação ate umas 02h00min da manhã quando fomos cada um para seu quarto com minha irmã levando a sua amiga para seu quarto, a contragosto de meu irmão mas eram ordem de nossas mães que já haviam se recolhido. Ainda era segredo a todos o relacionamento delas, achamos por melhor guardar o segredo e evitar algum constrangimento nesta nova fase.
Já no inicio de janeiro, Titia providenciou nossas matriculas, e já em março iríamos para a aula, já tínhamos os uniformes e eu com ajuda de minha irmã e Lorena fizemos pequenas mudanças nos Uniforme para atender nossas necessidades especiais, fazia tempo que não voltávamos ao atelier, inicio de toda a minha jornada, mas foi legal. Voltamos a mexer e reativamos o projeto de minha irmã de vender roupas/ajustar/consertar enfim seriamos um Atelier de costura, reforma e já estávamos pensando em um curso profissionalizante e minha irmã já estava vendo um vestibular em Moda, já a irmã de Lorena queria educação física, tinha um cuidado com o corpo e volte e meia nos colocava para fazer alguns exercícios para manter o corpo durinho, ou pelo menos bem desenvolvido para provocar aos homens.
Em casa Mamãe voltava a ficar muito tensa, eu e meus irmão estávamos preocupados, não sabíamos direito o motivo, eu achava que era sobre nós ou nossas finanças, mas meus irmão insistiram que estava tudo certo com isso, eles estavam acompanhando o lado financeiro com minha mãe, afinal papai havia ensinado um pouco disto para eles. Víamo-la e nossa tia muitas vezes apreensivas e nervosas.
No começo de Março, na segunda quinzena, íamos começar as aulas, como daqui cinco dias Lorena iria para a primeira modificação facial e nossa casa era maior do que a de Lorena, elas vieram para cá dois dias antes da operação, ajustar-se as rotinas, casa e tudo mais.
A cirurgia ocorreu tudo certo, três dias no hospital e Lorena recebeu alta, embora estivesse totalmente enfaixada do pescoço para cima, apenas olhos boca e parte do nariz eram visíveis. Faltando três dias para as aulas, minha mãe veio com a noticia que tanto a abalava. Marcou uma reunião em vídeo conferencia inclusive com meus irmãos.
- Oi filhos, estou aqui com suas irmãs e preciso conversar com vocês. Vocês tem notado eu nervosa, pois então, creio que já devem ter visto que se inicia uma pandemia no mundo, soubemos agora a pouco no hospital que já temos alguns poucos casos no Brasil. EU tenho acompanhado tudo isso pelos meios médicos e as perspectivas não são nada boas, já temos países com sérios problemas e não será diferente aqui no Brasil. Como estamos nós em três estados: PR, SP e RJ creio que teremos impactos diferentes, por isso vamos nos cuidar, eu vou enviar no whats algumas dicas de cuidados que recebemos da Europa, de colegas que estão fazendo especializações lá e pelo muito que li parece ser eficaz para proteção, vamos evitar viajar e vocês mantenham-se o maior tempo possível em casa.
E assim foi a reunião com muitas perguntas, sustos e mamãe pediu para eles escolherem entre voltar ou ficar sem vir até tudo terminar, mas devido a inicio de suas vidas no exercito e na STARTUP ambos preferiram ficar, mas prometendo o maior cuidado do mundo e nos visitar assim que for possível ou caso ocorra alguma emergência, abandonariam tudo para ficar com a família.
Mamãe já havia decidido que eu não iria para a aula, se fosse o caso que perdesse o ano letivo, mas ela não iria sacrificar nem eu, nem minha irmã.
Por sorte a escola já suspendeu na segunda semana as aulas. Agora iriam ver um jeito e fazer remotamente, era tudo novo e aguardamos instruções das duas escolas.
Como eu e Lorena iríamos começar na escola como meninas, foi para nós uma vantagem pois nas vídeos conferencias, não era obrigado mostrar nem o corpo nem o rosto, no caso de Lorena pelos hematomas da cirurgia. Mas se fosse o caso, bem maquiadas éramos umas lindas meninas.
As doses de hormônios foram aumentadas, as de inibidores masculinos também. Eu já estava com seios maiores do que mamãe e minha irmã, a endocrinologista comentou que era a soma da Ginecomastia, inicio precoce dos hormônios e meu corpo se adaptando ao crescimento. Assim que passasse esta fase, iria perder um pouco desses grandes seios, mas ainda ficariam maiores do que das mulheres da família, o que me dava muito orgulho.
Agora estamos seguindo estas recomendações. Lorena por sinal já esta totalmente recuperada seus traços femininos estão realmente divinos, já marcamos a minha harmonização facial, faremos no mesmo momento que ela terá a modificação nas costelas, parece que irão retirar a ultima vértebra ou reduzir e assim cuidam de nós duas juntas, estão programando para as férias. Mamãe tem nos dito que esta pandemia, que é como chamam este ataque do vírus ira perdurar ate o fim do ano.
As mudanças na face e costela, como não interferem na questão do gênero, não precisou de nenhuma intervenção judicial. Mas nossa tia já esta com tudo acertado para em novembro (mês que tem sido o mês das mudanças) para mudarmos nosso gênero nos documentos, vão esperar novamente os órgãos públicos abrirem, as pericias e tudo mais. É burocrático mas já esta meio caminho andado.
Falta uma semana para as cirurgias e meu corpo sentiu fortemente os inibidores e hormônios femininos, meu pênis esta tão menor quanto o de Lorena, diferente dela, o meu não parece querer ficar ereto, se fica é por pouco tempo, o suficiente para um gozo de pouco esperma, mas a endocrinologista falou que seria natural, para cada pessoa existe um grau diferente de reação do corpo aos medicamentos.
Os sonhos tem voltado, mas agora com nitidez e clareza e percebo que os sonhos do passado eram exatamente estes, mas meu subconsciente não me via como mulher, acho que até ele teve que aprender a me ver como mulher e agora tanto sonhos, desejos e a realidade é de que sou uma menina, uma mulher.
Esse ano foi ao mesmo tempo do confuso ao de realização pessoal, voltei da cirurgia e ainda fizemos uma modificação que Lorena não fez, a raspagem do pomo de Adão, que em mim parecia bem maior do que o dela, com isso minha voz esta mais suave, ainda não esta boa, uma fonoaudióloga esta nos acompanhando e assim que tirar os pontos e bandagem da face iremos para sessões aqui em casa.
Já é fim de outubro e olhando tudo isso vejo que o descuido de minha irmã foi sem dúvida a melhor coisa que me ocorreu nos últimos dois anos, de um menino comum e franzino para uma jovem agora com seios fartos, face delicada, nariz pequeno, rosto torneado, pernas finas e um bumbum de dar inveja, sem ser exagerado, mas muito firme e redondo do que muitas meninas que convivi, já inclusive estou recuperando da ereção e realmente o pouco que foi mudado na medicação já revigorou minha libido masculina, pelo menos na ereção.
Segundo a endócrino, está programado a interrupção total dos inibidores e doses de hormônios baixando gradativamente para um nível de manutenção, isto até o meio de 2021, estou ansiosa, já faz algum tempo que nem eu nem Lorena temos relações completas sexualmente, pois estamos alternando entre cirurgias, adaptações, fisioterapias que não dá tempo. Em janeiro de 2021 ela entra na mudança de sexo, vai sincronizar com a saída da documentação de emancipação, na sequencia a de mudança de gênero que não precisa mais de cirurgia para se confirmar, antigamente somente após cirurgia pedia-se hoje se entendeu que é mais o psicológico e não o físico que determina e como temos mais de um ano de terapias e acompanhamento temos a documentação mais que necessária para tal procedimento jurídico.
Esse ano de 2020 realmente foi muito intenso para nós, estou praticamente há um ano sem ver meus irmãos e eles nem imaginam o quanto diferente eu estou.
Sou agora realmente a menina que sonhei ...
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A menina que sonhei ...XVI
Nossa a frase saiu meio atravessada, mas tinha um pouco de verdade, acho que no fundo todos sabiam a intenção e olhando a cara de Lorena, imaginei a minha, meu vizinho estava sedutor e ainda com o pênis meia bomba no short e nosso olhar para seu pênis indicava o chupar juntos, só achávamos que éramos nós as caçadoras.
No que saímos, meu vizinho colocou Lorena na frente, eu atrás e foi já falando.
- Meninas, temos pouco tempo, gostaria de levar vocês duas em um lugar diferente, posso arriscar, mas não se preocupem, chegando lá vou entender se não quiserem entrar ok.
Ambas falamos juntas, nos olhando.
- Queremos ir num motel com você !
Meu vizinho apenas sorriu, parou no sinal, ligou celular procurou algo e disse. Vamos então!
Agora havia uma cumplicidade entre nós três, mas também um silencio sepulcral.
- Meu vizinho escolheu um Motel próximo de casa, não era o mais luxuoso, mas era famoso e requintado. Pediu uma suíte luxo, com isso o porteiro nem quis saber por que com duas meninas, nem idade, embora tivéssemos a cara, roupa e jeito de ter mais de 18 anos e estávamos com um ar de putas, isto estávamos era evidente nosso olhar de tesao.
Entramos, meu vizinho à frente, guardou carro, fechou o portão do Box, e subimos. Era um triplex, com luxo ele já pegou de imediato o controle, colocou num filme enquanto já olhava o cardápio. Pediu para nos deitarmos na cama, ficar mais a vontade enquanto pelo interfone ele pediu morangos, champagne, e pediu a chave de uma estante com alguns produtos e objetos que tinha neste quarto.
Deitamos-nos, mas pra não amassar e tentar sermos sedutoras ambas tiraram a roupa ficando com calcinha soutien e o calçado. De repente Lorena começou a me beijar e eu excitada retribui, ficamos ali num beijo longo e gostoso, quando já comecei a sentir a mão dela me provocando, ela devia estar sentido o mesmo, mas dai percebi que haviam mais mãos. Nosso predador estava só de cuecas Box, com um tubo, um brinquedo ao lado da cama junto com o champagne e morangos.
Brindamos, ai ele deitou-se entre nós, não vimos outra saída do que começar a beijar o rosto dele, revezávamos no beijo e língua, ai ele foi com cuidado nos empurrando para seu peito, barriga e enfim a cueca.
Eu e Lorena ficamos ali cheirando, mordiscando e com a mão em cada perna, entravamos aos pouco na cueca e mexíamos em seu saco e pênis. Olhávamos e era nítida a cumplicidade nossa, o tesão já estava no ar, na mão em tudo. Sentíamos as duas mão de nossa presa agora passando a mão em nosso peitos, nos ajeitando para ficarmos de lado quase num 69 diferente.
Com isso ele foi passando o dedo nas calcinhas e alcançou o botaozinho de cada uma e foi alisando, sem penetrar.
Aquilo era demais para nós, já fazíamos isso entre nós e ficávamos loucas, rapidamente arrancamos a cueca dele e caímos as duas de boca naquele pau.
Nosso primeiro pau de verdade, juntas, pra não haver maus entendidos, como era gostoso chupar e sentir a língua da outra disputando o pré gozo. Não demorou muito e meu vizinho já estava colocando um dedinho em cada uma, gemíamos ao ritmo que chupavamos. Ai uma vez sinal para a outra, Lorena falou baixinho, quero ver você sentando nesse pênis lindo, dá pra ele quero te ver gozando na minha boca sendo enrabada.
Virei-me, olhando para meu vizinho , modifique minha posição, peguei seu membro todo melado e fiz menção de sentar, ele falou.
- Calma, não quero te machucar. Lorena, passe aquele creme no meu pênis e ponha um pouco no anus da Simone, vai ajudar ela a não ter dor, já pode colocar no seu que também quero você.
Nossa ele falou com tanto carinho que me derreti e beijei-o na boca com tesao, agora era eu que queria beijar meu homem. Lorena untou o pênis e com dois dedos a safada colocou creme ate meu esôfago, fez não por maldade, mas pra me deixar louca isso sim.
AI foi posicionando e fez eu sentar. Nossa que delicia, senti cada centímetro entrar, não foi fácil, creio que na quinta tentativa meu anus se abriu e ai pelo peso foi quase tudo de uma vez só. Gritei abafado pelo beijo, senti aos poucos entrar mais ate encostar-se à sua coxa. Fui levemente galopando, e sendo acariciada por Lorena. Em certo momento ela pediu para eu virar de costas para meu vizinho , e começou a me chupar enquanto eu subia e descia. Nossa não demorou senti meu anus apertar, meu gozo começar e logo em seguida meu homem me enchia com seu esperma.
Lorena parecia uma louca, mordeu chupou não desperdiçou nada, sugou até a ultima gota e lambeu o pouco que caiu nas coxas de meu vizinho até a base de seu saco e anos e ali ouvimos um primeiro gemido diferente dele.
Ele pediu licença para eu sair, levantou-se foi ao banheiro e ouvimo-lo passando a ducha, possivelmente no seu pinto.
Veio com ele todo limpo e reluzente. Agora seria a vez de Lorena.
Desta ele tomou a iniciativa, pegou Lorena sentada de joelhos na cama e foi beijando, apertando os seios e ficou louco ao perceber o leite saindo de suas tetas, sem entender mais com tesao foi à loucura quando viu eu parecendo um bebe bebendo e chupando aquelas tetas. Foi dentando as duas de forma a Lorena ficar de quatro e eu mais deitada agora chupando as tetas como um animal.
Posicionou-se, passou uma nova quantidade de creme e vendo o anelzinho de Lorena já lambuzado foi forçando, como eu, na quarta ou quinta tentativa entrou com tudo, desta vez senti o solavanco com as tetas saindo da minha boca e ela indo parar de boca quase no meu pênis.
Ajeitamos-nos e assim ele começou a penetrar ela. Vi aquele piruzinho ali e fui mamar, ela não pensou duas vezes e caiu de boca em meu pênis. Juntas fazendo um meia nove e ela sendo enrabada. Viu o brinquedo que meu vizinho havia trazido da estante e começou a enfiar em mim e assim as duas sendo enrabadas gozamos novamente, eu pela segunda vez, ela pela primeira e meu vizinho ainda não havia gozado, deitou Lorena e em um frango assado penetrou ela com vigor, beijando a na boca e nos seios. Fazendo ela gozar pela segunda vez, quando sentiu ele inundando seu anus d gozo.
Eu não resisti e encostei-me a meu vizinho , meu pauzinho ficou duro, como nunca havia ficado, vi seu anus e fui encostando ... Meu vizinho recusou uma, duas mas na terceira o senti gemendo de novo e meu pauzinho entrou sem sequer colocar lubrificante, depois entendi que meu vizinho já havia dado o rabo.
Assim fui comendo ele, a Lorena foi saindo de baixo, mas deixou o seu pênis na altura da boca de meu vizinho que não resistiu e abocanhou lhe fazendo uma chupeta e assim gozamos os três pela terceira vez, caindo exaustos. Fomos as duas para o banheiro nos lavar, era nítida a felicidade em termos perdido definitivamente nossa virgindade juntas de todas as formas possíveis.
Estávamos pra sair do banho quando meu vizinho chegou e juntas o lavamos e novamente o chupamos, gozou em nossas bocas quando juntas lhe enfiamos nosso dedo no seu cuzinho já laceado de outras pirocas.
Fomos pra cama e La eu comentei.
- Nossa vizinho , que delicia de pênis você tem.
- Delicia e que gozo gostoso de tomar, completou Lorena.
- Eu emendei e que rabo gostoso de comer, obrigada por nos realizar.
- E que boca gostosa teu vizinho tem, sabe chupar tão bem quanto nós.
Ai ele falou.
- Meninas eu amo transar com transexuais, obrigado por me aceitarem, espero sermos sempre amigos de pinto !
AI Lorena que até então nunca tinha pensado ou falado disse.
- Meu amante querido, logo não terei mais um pinto, e sim uma buceta, não te darei por primeiro, sua irmã tem preferência, mas adoraria sentir ambos me comendo, falou isso já me beijando e pegando em meu pintinho e emendou. Assim que sua irmã para os hormônios, o pênis dela ira ficar normal ai quero vocês dois, me fazendo mulher. Simone meu amor, não queria perder teu pinto, amo você de pinto.
Eu ali no embalo falei.
- Adorei ser passiva, mas adorei ser ativa, acho que vamos falar com a endócrino, quero meu pinto, neste corpo de mulher por que dar e comer é muito gostoso.
Rimos e olhando para o relógio, fomos nos vestir, ir para a sorveteria e levar para casa alguns potes, pra não ficar tão na bandeira.
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A menina que sonhei ...XV
Assim que fizemos as apresentações, fui com Lorena para o quarto, ela estava simplesmente linda com aquele conjunto grudado em seu corpo, não era uma roupa de academia, mas moldava e grudava em seu corpo com uma perfeição que era impressionante, fui beija lá e já senti algo diferente ao passar a mão em seu corpo, alem dela estar sem soutiem apenas com aquele top, a sua calcinha estava tão enterrada quanto a minha, olhei pelo espelho, recém colocado em meu quarto e pude ver sua bunda em destaque e a marca impressionante de seu minúsculo fio dental.
- Escuta aqui sua safada, aonde pensa que vai assim, como que sua mãe deixou.
- Não deixou, acabei deixado à parte de cima, que é um moletom escondendo, tirei no carro e aqui já era tarde, mas ela falou quase a mesma coisa, falou que não gostou de meu jeito piranha, não foi para isso que ela me assumiu mulher, era para eu me comportar.
- Nossa e esta mesmo. Bom eu te prometi que nunca teria mentiras para você, então preciso te contar tudo o que aconteceu com a chegada de meus irmãos  e do meu vizinho . Mas antes você vai trocar essa roupa, vista essa saia. Não sei o que foi pior a saia parecia uma minissaia.
Fui contando da recepção no aeroporto, de nossa conversa após o lanche/jantar e ai fui dar minha versão do champagne.
- Brindamos a minha nova vida de menina, meus irmão e o meu vizinho foram super compreensivos e eu acabei tomando um copo a mais, fiquei meio solta, você sabe, já falamos sobre eu beber e me soltar. Mas continuando, depois meu vizinho mais subiu e o mais novo ficou comigo, quis abrir uma nova bebida e ficamos ali bebendo e conversando. Lembra que eu te disse que ele na morte de papai foi o mais próximo a mim?
- Sim lembro, nossa foi uma barra, mas lembro de que você ficou super feliz, continue, não sei o que isso tem de relevante, vai conte não desvia.
- Então, tudoooo a ver meu amor. Tomamos toda a garrafa, fui me despedir dele, e ele me deu um super abraço, e não pude deixar de sentir o pênis dele totalmente duro querendo furar mina barriga, a bebida pode ter ajudado na sensação, ai eu fui agradecer, e ele pediu um beijinho para agradecer. EU fiz beicinho pra brincar, ele quando virei o rosto me beijou de selinho, acho que foi nessa ordem à coisa.
- Tá boba, beijinho de vizinho nada a ver, nem precisava me contar, mas obrigada, um gato como teu vizinho até eu beijaria.
- Calma apressada, como assim até você beijaria, já vamos conversar sobre isso deixa terminar. Bom dai ele me pediu outro beijo, e me deu outro selinho, eu devo ter dito algo como também queria te beijar de selinho, ai eu fui sair e me virei de costa, nesse momento ele pegou delicadamente na minha cintura, pq eu estava meio tontinha, nisso fui virar e dizer que não precisava e sim, essa cara mesmo, disse para Lorena que estava de boca aberta. Nos beijamos de verdade, acho que um beijo longo de uns 6 minutos, ele me apertando de encontro a ele, e sentido aquele pênis, cheiro, mãos na cintura, acho que até nos seios ele passou minha mão.
- Como assim aquele pênis, vocês transaram na sala ?
- Não. Ei se acalme, ele me apertou por trás, senti o pênis quase furando minha saia e calcinha, me desvencilhei, falei que errado ou algo assim e subi, ei tchau La da escada e confesso como você mesmo disse, um gato. Mas dei tchau e com barulho demonstrei que tranquei a porta e fui pra cama.
- Ah tá, foi só o beijo e o desejo, não vou te recriminar, houve momentos no inicio dos hormônios que senti isso pelo nosso amigo Ricardo, afinal era nossa referencia como HOMEM né.
- Ei você nunca falou nada do Ricardo, você desejou ele, como assim ?
- Não foi desejo, cheguei a sonhar, sentir o cheiro dele na sala e ficar pensando M, e não sei mas ele me olhava acho igual ao seu vizinho olhou para você, mas foi só de olhar né, Ricardo nunca demonstrou nada, nem podia eram dois homens né.
- Então, meu vizinho falou que estava apaixonado por mim, digo pela Simone, não pelo seu vizinho . O pior é que na cama, fiquei repensando o beijo, a pegada, o pênis e 99 por cento das vezes vinha você na minha mente me penetrando e um por cento mudava a cena e era ele. Toquei-me, me masturbei gozando com você me comendo com seu pênis.
- Bom, fico grata por gozar com minha imagem, triste por eu estar de Pênis no teu sonho, curiosa com o um por cento do tesão de seu vizinho . Vamos fazer assim, não vamos esquecer este assunto, vou olhar como ele te olha e age, à noite vamos conversar, trouxe uma muda de roupa pra dormir aqui e vamos transar a noite, farei meu ultimo uso de meu Pênis, já havia decidido transar sendo ativo, será com você, era uma das surpresas que iria te dar o Natal, caso não role hoje, tá bom assim.
- Eu mais que depressa, a agarrei, derrubei na cama e fui beijar e apertar aquela delicia de menina, era nítido que estava excitada com toda a conversa e com a compreensão dela, talvez tenha diminuído a ênfase do tesão que havia sentido pelo meu vizinho , mas nem tudo pode realmente ser dito, mesmo porque eu estava bebadazinha e posso ter fantasiado coisas aonde não tinha. Melhor assim.
No churrasco fui cuidando e às vezes Lorena me provocava, falando de meu vizinho , que ele estava de olho na Lorena e não na Simone, e assim foi, confesso que algumas vezes vi meu vizinho arrastando a asa pra ela quando eu estava longe.
Depois de tudo isso e da sobremesa, as nossas mães queriam ir ao shopping, eu não queria, nem Lorena (tínhamos outros planos), acabou por ir Mamãe, nossas irmãs e meu vizinho mais velho que estava todo feliz que a amiga de sua irmã tinha crescido e estava realmente provocante naquele vestidinho minissaia.
Assim foram os cinco, minha irmã entre ser vela meu e de Lorena e ser vela de sua amiga, preferiu a amiga afinal se não rolasse nada ela ficaria passeando no shopping com a amiga, se se rola continuaria passeando no shopping sem sua amiga.
Meu irmão mais novo foi pro quarto, iria jogar um campeonato com antigos amigos de LOL.
EU falei para Lorena subir, ia recolher as coisas que mamãe pediu e iria logo em seguida. Demorei mais do que devia. Subi achando que minha namorada tinha dormido na cama, não encontrei ela no quarto, fui ao quarto de meu vizinho e ela estava La deitada na cama, ele na cadeira do computador, conversando banalidades.
Só estranhei que ela estava sem batom, mas não lembro se saiu no almoço ou comigo, mas sentei, conversamos e chamei-a pro quarto.
No quarto disse, é impressão minha ou realmente meu vizinho esta arrastando a asa pra sirigaita ai e esse baton ?
- Bom, não leve a mal, assim que subi, vi seu vizinho jogando, fiquei na porta olhando ele percebeu e me chamou pra entrar, deve ter jogado umas dois partidas antes e assim que entrei estava na terceira, mas distraiu e perdeu, os amigos zoaram e praticamente o expulsaram da equipe, ai ele voltou-se a mim e foi conversando.
- Hum, continua que já sei até o final.
- Então, fui tirar um sarro dele que não parava de ficar olhando para nós no almoço e ai ele falou mais ou menos assim. Desculpa, mas eu percebi que Simone e Lorena, são amigas especiais, não digo namoradas e sim que vocês duas são transexuais, não sei por que mas já estava interessado na minha irmã e te vendo ali, tive o mesmo sentimento. Creio que sou aqueles T-lovers, eu tenho tesão por transexuais, SP é lotado e acabei por frequentar algumas boates e fiquei na boate com algumas já em festas diferentes, descobri ao final e nem me senti mal.
- Nossa, meu vizinho um tarado por travesti?
- Não amor, eu até brinquei com isso, ele disse que é apaixonado por transexuais, não necessariamente travestis. Ai me chamou para mostrar uma fotos no celular das meninas especiais que ele estava de ficante, foi mostrando, menina elas são bem parecidas com nós, digo na idade, na sensualidade, acho que ai foi que ele se aproveitou de nós.
- Ei como assim de nós, você quer dizer de mim.
- Até queria, mas ele me beijou, creio como beijou você e confesso, que beijo teu vizinho tem, que pegada. Quando senti a mão dele apertando meu seio e ele começando a endurecer o bico e olhei aquele pau na bermuda, deu um calor, respirei, me afastei e deitei na cama, ele foi ao banheiro, tinha acabado de voltar quando você chegou ao quarto. Ele estava todo borrado do beijo.
- Bom não foi chumbo trocado, mas que estranho nós duas né?
- Sim amor e to com o fogo que você estava, agora amore, vamos transar aqui ? Será que não é perigoso eles nos verem?
- Bom vamos pra um motel?
- Deerr, nós duas não temos carteira, somos de memores ridícula!
- Quem disse que seremos nós, tive uma ideia, matamos nossa dupla vontade, nos amamos e acho que não fará diferença pelo nosso amor e assim já encerramos nossas vidas de ativo, que tal se convidarmos meu vizinho para levar-nos pra um sorvete de carro e no caminho você o convida e eu aceito a ideia.
- Amor, será ? Eu quero um macho, você quer um macho, acho que fica seguro com ele, vamos tentar, qualquer coisa agaramos ele no quarto e fazemos um boquete rsrsrs.
- Nos maquiamos novamente, fomos pro quarto e na porta já falamos.
- Que tal sairmos para um sorvete, estamos com uma vontade, quer nos levar ?
- Meu vizinho falou, estamos sem carro mamãe saiu.
- Estamos nada, eles foram com o carro da mãe da Lorena, o nosso ta ali na garagem, vamos ?
- Tá ok, vamos deixa só eu me trocar?
- Não precisa, vai ser só um sorvete, vai ser rápido, eu vou dividir com a Lorena o meu, vamos chupar juntas, digo comer juntas, você entendeu , vem.
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A menina que sonhei ...XIV
Minha primeira prioridade quando acordei, foi avisar os meninos que teríamos visita e quem era essa visita. Não iria falar que ela era um menino como eu, mesmo por que já era claro para Lorena que ela é uma mulher, fará as mudanças necessárias para que anatomicamente parecessem 100%. Alem do mais se ela quiser, darei a ela a liberdade de falar com todos de sua transição de gênero.
Fiquei uns 40 minutos na cozinha esperando os bonitões acordarem, primeiro meu irmão mais velho, veio e já fiz as honras da casa, como uma boa menina preparou seu lanche da manha, servi a ele e foi divertido, ele agradeceu, disse que estava feliz com a minha decisão e que via em mim alegria e isso que era importante, falou de seus planos e também comentei de sua felicidade, ambos concordamos que nosso pai foi especial em sempre valorizar os sonhos e desejos de cada um, comentou ainda que iria ter uma conversa com todos antes de ir embora pois tinha algumas ideias e queria propor a todos. Fiquei curiosa mas ele foi uma peste e disse.
- Como uma boa menina, morraaaaaa de curiosidade, mas amanha a noite conversamos.
Ia saindo quando chegou meu outro irmão, eu pedi para ele aguardar que queria conversar mais um pouco com os dois.
Gente desceu para fazer o café como sempre o fiz nos últimos dias, camisola (transparente), a calcinha e sem soutien. Não me passou pela cabeça que seria diferente, nem coloquei nada por cima. Digo isso pois meu segundo irmão, era nítido que ele não tirava os olhos de mim, na verdade de meus seios, visto que eles estavam nitidamente pontudos, sem o soutien e aparecendo parte pelo decote.
Perguntei o que ele queria pro café, ele disse fui rápido fazer, servi eles e comecei.
- Bom meus anjos, meus queridos irmãos. Volto a agradecer a forma como me aceitaram e me receberam, esta sendo muito importante isto, mas ontem também me esqueci de comentar que eu estou namorando, esperemmmmmmm (pois já fizeram cara de poucos amigos), estou namorando uma menina, sim é uma menina muito querida da família, simpática e é isso se fosse resumir pra entender, sim sua irmãzinha é LÉSBICA se é que dá pra dizer isso.
- Como uma mulher, não to entendendo, disse meu irmão mais novo.
- Simples o cabeção, ela ta pegando geral e riu. Mas logo viu que não gostei e falou, Brincadeira, ela simplesmente quer ser mulher e não necessariamente ter os gostos sexuais das mulheres, entendeu. Mas acho que isso são fases e mudanças que ainda terá que lutar e escolher na vida, to errado?
Eu falei.
- Em partes você está certo, eu realmente gosto dessa menina, ela é muito especial para mim, quanto a gostar de homens e mulheres, não creio ter a maturidade pra saber e não to com pressa de descobrir, na verdade a sexualidade nada tem a ver com a minha escolha de gênero. Eu, nossa irmã e nossa mãe estão tendo um acompanhamento com a psicóloga para entender e ter uma transição minha sem sobressaltos então, não se preocupem e surgindo dúvidas a gente pode conversar sempre tá. Falando nisso minha namorada vem almoçar conosco hoje tá, por favor, tenham o mesmo carinho que tiveram comigo tá ao nos ver junto ta bom, conto com o amor de vocês!
Ambos acenaram com positivo, hanglouse e caras e bocas, ou seja, já entendi que estavam tranquilos com isso e o que me alivou e muito.
Nem bem agradeci e meu irmão mais velho subiu pra se arrumar e sair, ia numa praça ali perto que os amigos se reunião e já havia marcado isto mesmo antes de chegar aqui.
Meu outro irmão aproveitou e entre um olhar e um sorriso veio conversar.
- Por que mamãe não nos contou isso ontem, fiquei com vergonha pelo que fiz.
- Não, não fique com vergonha, você não sabia. (a diabinha em mim já quis emendar). Arrependeu-se?
Fiz uma cara fazendo esta pergunta que confesso que não imaginava que teria tal coragem, não entendia como que estava mexendo com uma coisa que estava recente, mas com ares de ter dado um ponto final pela minha situação de namorar uma menina. Gente eu era comprometida e com uma mulher era claro para meu irmão que foi constrangedor a situação olhando por este prisma. Foi hormônio, foi pelo Tesão, mas não teria sido se estas informações estivessem digamos disponíveis.
Ele deve ter ficado uns 5 minutos, entre comer o lanche, olhar para mim, olhar para o infinito.
Que ódio, não devia ter perguntado, agora estava eu começando a dar sinais que tinha me interessado, que estava querendo mexer em vespeiro.
Nitidamente irritada com o silencio, joguei o copo de suco na pia e ia saindo bufando baixo quando ele falou.
- Espere, não me arrependi e você ?
Aquilo não foi uma boa ideia, saiu ou pela culatra ou eu realmente não estava me reconhecendo, gente eu estava ao mesmo tempo excitada com a conversa e a expectativa, como estava nervosa que alguém poderia ouvir nossa conversa e armar um escândalo, era um momento de tensão e Tesão.
- Foi diferente, nunca imaginei beijar um homem, muito menos ele sendo meu irmão, então não me arrependo por que um dia eu iria precisar sentir como é ficar com um homem, quer dizer, beijar, a você entendeu, não faça essa cara que eu já te conheço há anos e sei o perigo que é rsrsrs.
- Você é virgem, quer dizer, virgem lá, você sabe, nunca fez anal ?
- Ei, vamos parar com essa conversa, não acho necessária, nem é o lugar e o momento, mamãe já esta pra chegar e não vamos mais falar nisso ok.
- Tá só diga sim ou não ?
- Nem um nem outro, mas vamos parar tá. Como mágica falei nisso e já ouvi descendo as escadas minha irmã, vestindo praticamente do mesmo jeito que eu, no modo se arrastando entrei na cozinha, foi pra geladeira, quando voltou pro balcão e vi eu e meu irmão já gritou.
- Ei isso é modos de andar por ai, não lembra que temos visitas.
Eu ri e apontei com os dois dedos aos seios delas pontiagudos furando a camisola.
- Tá bom vai seguir teu exemplo de irmã né !
Ela me xingou, meio que me tentou tampar a visão dele colocando coisas na mesa mas foi mais cena.
Meu irmão em nenhum momento olhou ou fez algum comentário com ela sobre o fato, na verdade o safado volte e meia olhava pra mim, eram meus seios que o provocavam, isto me deixou intrigada, lisonjeada e excitada, afinal de contas ele tinha ali um lindo espécime de seios naturais, originais e diga-se de passagem minha irmã era sexy, linda na verdade era gostosa mesmo e ele estava ainda vidrado nos meus pequenos seios em formação.
Pra sair dessa, dei tchau e subi falando que iria me preparar para recebermos a visita e deixei-os falando coisas triviais na cozinha.
Fui pro quarto, o calor que sentia nos seios e na virilha eram assustadores. Pensei até que estava dando bandeira mas era coisa da cabeça, apenas os bicos insistiam em furar a camisola. Tirei tudo fui pro banho.
No chuveiro a primeira ensaboada nos seios me tremeu toda, na cabeça vinha o safado sorrindo olhando pros meus seios e senti meu micro penis latejando, sem sequer ficar duro, fui me tocando, lavei meu corpo, o anus e ai foi pior. Vi-me esfregando, usei o dedo e gemia falando o nome de Lorena, de meu irmão de Matheus, nossa minha cabeça era apenas uma coisa, um pênis me penetrando, pois até o momento apenas dedos e beijos foram minhas lembranças reais e diga-se de passagem que Lorena sabia me fazer gozar com apenas leves toques com seu dedos em meu anus.
Aliviei-me na medida do possível, sabia que só gozar não era a solução, tinha que ter alguém junto e eu fazia de tudo para ser Lorena, 99% das imagens era ela mais como diz o SAFADÃO, aquele 1% é vagabundo, e era meu irmão me pegando de quatro que vinha em minha mente, um homem de verdade.
Sai do banho, depilada, cheirosa, com cremes e loções. Mamãe já havia há tempos me mostrado todas as maravilhas de pós banho que uma mulher tem para seu prazer pessoal, gastei todas rsrsrs. Decidi me arrumar para impressionar Lorena e assim afastar os meus diabinhos internos.
Escolhi um conjunto vermelho em renda, o menor fio dental que tenho, se é que pode existir algo menor que fio dental, um conjunto em que a parte do busto vinha com um leve enchimento e arco para dar volume e projetar os seios mas acima e a frente mas na área dos bicos eram uma renda fina e transparente.
Já havíamos comprado um conjunto de top e short, que havia tempos queria usar mas não tinha encontrado o momento certo, mandei uma mensagem para Lorena, dizendo que iria usar e lhe dando a dica do tipo de roupa que estaria. Esse top marcava nitidamente o soutien, alças, braços e minhas curvas de cintura.
O shorts era ao mesmo tempo cavado, cintura baixa e não mostrava a bunda, mas deixava-a mas arrebitada e dava um desenho nas pernas que destacavam minha pele clara e de poucos pelos já devidamente oxigenados. Havia tempo que já estava diminuindo meus pelos e os poucos que apareciam mamãe era a responsável por oxigenar e cuidar. Mamãe por sinal adora cuidar de suas duas filhas, a Princesa e a Soberrana.
Fiz um rabo de cavalo, que conforme eu me movimentava, combinava com meu rebolado, que por sinal já estava treinando há muito tempo em casa, nos meus momentos de me descobrir mulher, sensual e segura. Creio que a mulher quando sabe os sinais que seu corpo emite e os valorizam, tem o poder da sedução na palma da mão. Sempre quis isto, pois via a Lorena fazendo isso comigo e de alguma forma queria eu impressionar ela, às vezes ela que se via dominada por mim mas às vezes em literalmente caia em seus braços sem chances de reverter à dominação.
Pra completar, um sapato salto sete, em jeans, pra combinar com o shorts, unhas ainda estavam perfeitas, mamãe nem precisaria retocar, fiz uma maquiagem puxando os olhos, que vi em uma postagem do instagran e estava testando, ficou linda, boca já com o batom, uma sombra num azul claro quase imperceptível mas com brilho e muito bem perfumada, pois os aromas de uma mulher inebriam até quem esta usando e eu adoro me sentir fêmea.
Desci e fui fazer as saladas para o churrasco, meu irmão mais velho iria para a churrasqueira e o do meio ia providenciar as bebidas, pois cada um era expert nestes assuntos. Mamãe e minha irmã ficariam com a maionese e a sobremesa respectivamente. Isso deu atividades e tarefas a todos pela manha, meus dois irmãos foram sair comprar carne, bebidas e demais coisas que minha mãe pediu. Ficamos nós três, comentei com elas que havia falado com eles sobre a Lorena e elas me apoiaram que a verdade é realmente o melhor caminho. Elogiaram também minha produção, meio antes da hora, mas entenderam pelo grau de ansiedade e por ainda ser nova na arte de preparar-se. Logo as duas terminaram seus encaminhamentos, sobremesa na geladeira, maionese feita, agora subiram, iam se arrumar, pois achava que estavam molambentas perto de mim e queriam ficar a altura.
Peguei o celular fui para a sala e fiquei lendo depoimentos de transexuais, em um grupo que eu havia entrado, que era monitorado pela psicóloga, e assim fui refazendo meus conceitos, medos e descobertas, por curiosidade deu um oi no privado para uma menina que havia conhecido no grupo de terapia e recém havia feito as cirurgias para mudança de sexo e fui tirando outras informações.
Daqui a pouco os meninos voltaram, meu irmão foi limpar e ajeitar a churrasqueira e o mais novo veio e sentou-se na minha frente, com uma Ice, foi bebendo sem falar nada, mas o olhar ainda era o mesmo do café da manha.
- Oi, conversando com sua namorada ?
- Não, conversando com uma amiga transexual, sobre mudança de sexo, ela fez mês passado e estava me falando como foi, por que fez e estas coisas.
- Hum, você quer ter uma vagina ?
- Não sei, a doutora disse que é possível, atualmente pela carga pesada de hormônios e bloqueadores, meu ...
- Pênis, completou ele.
- Não, Sim, é que não costumo olhar ele como um pênis, sabe lá creio que Pênis é algo bem diferente.
- Creio, como assim, você nunca viu um?
- Não é isso seu bobo?
- Viu ou não viu?
- Um pênis de homem não, vi mas foi o meu, pequeno, diminuto, alguns no banheiro masculino.
- Como assim, você não usa o banheiro feminino na escola.
- Nossa onde você estava ontem quando mamãe disse que eu iria até o final do ano na escola como homenzinho e só teria 24 horas depois que acabasse a aula. É claro que na escola vou ao WC masculino, natural ter alguém urinando e passar, natural ver, não vou virar o rosto nem muito menos babar, que parte do ser natural sem escândalos você não entendeu, não to te entendendo.
Ai ele ficou mudo, mas era nítido que estava excitado, quer por tentar esconder seu pênis levantando o short, quer por que começava a se perder na conversa, não sei se na fala era a bebida ou o constrangimento.
Ficamos uns minutos quietos, eu havia deixado o celular no colo e estava exatamente parado olhando para o calção dele, quando olhei para ele sorriu safadamente e falou.
- A bebia não fez efeito ainda, como ontem à noite, mas estou assim por você. Por que você esta a todo o momento olhando para ele?
- Tá falando besteira, nem estava olhando tanto assim, é engraçado, e não tem como não ver né, parece que tem um bicho vivo ai.
- Vivo, 19 cm e sim ele ta pulsando, o sinto molhado na ponta.
- Xiiii, chega, pare, não vem com tentação, ontem eu cai nas suas lábias, hoje não, daqui a pouco minha namorada esta ai e vê se se comporta, vai lá em cima se masturba, pensa na tua namorada e dome uma ducha fria que já passa.
Ele irritado levantou-se mas antes parou do meu lado, pênis na altura de minha cabeça e falou.
- Um, não tenho namorada, dois vou sim tocar uma punheta, três, vai ser pensando em você, se desse trazia pra você tomar de aperitivo.
E saiu com eu xingando ele, minha irmão entrou na sala e falou
- Bem vinda ao mundo dos homens irritantes, o que foi desta vez ?
- Nada, homens já nascem pra perturbar, ele estava me irritando por que eu não quis tomar uma ICE com ele, estas coisas de homens, mesmo estando assim acho que ele ainda me vê como homem. Disse isso sabendo exatamente que era real, meu irmão desejava a irmã dele, mas era a transex que ele queria.
Toca a campainha fui atender e estava toda a Família de Lorena, ou seja mais três mulheres para fofocar no churrasco de boas vindas de meus irmãos.
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A menina que sonhei ...XIII
Não sabia distinguir qual era o significado daquele olhar, embora se imagine que eles já desconfiavam de minhas tendências de ser menina, eles não imaginariam eu em público e com o apoio das outras duas mulheres da família. Não via-se nada ali de diferente o que três mulheres felizes em encontrar os meninos.
Não foi desconfortante, apenas um choque que para o mais velho passou rápido, pois estando em Resende, com idas aos finais de semana ao Rio, imagino que as variedades de combinações de gênero seja maior e muito mais comum, para ele soou indiferente. Já meu irmão Nerd, de alguma forma eu sei que mexi com ele, acho que nunca imaginou seu irmão uma menina, bonita e simpática.
Não conversei nada com eles até chegar a casa, era um misto de respeitar o espaço e o tempo deles e realmente sentir-me em um campo confortável que seria nossa casa.
Eles rapidamente subiram, foram matar a saudades do quarto e da casa, enquanto isso nós as meninas fomos preparar o lanche com as coisas que tínhamos comprado. Mamãe a sua maneira ficou na retaguarda, acolhendo a todos, atenta a qualquer atitude que pudesse ferir a qualquer um de nós. Sabia lidar muito bem com situações de risco e limites entre as variações de humor, amor e ódio.
Terminado de fazer o lanche ela olhou para mim e disse.
- Princesa, ela já achava um jeito carinhoso de me chamar, minha irmã ela chamava de Soberana. Vai lá sem gritar da escada e chame cada um dos seus irmãos para o lanche/jantar.
- Mas mãe, você viu eles nem falaram comigo!
- Eles não falaram ou a mocinha que se fechou em um casulo, vamos lá dê a eles uma chance de conhecerem a Simone.
Eu subi, pensei melhor o mais velho. Bati na porta e ouvi, tá aberta entre.
Abri e da porta falei, a mamãe pediu pra chamar vocês para o lanche. Ele olhou para mim e disse.
- Entre, você mudou muito estes últimos quatro meses, está tudo bem com você, não tem sofrido algum booling dos valentões do colégio?
- Não, eu não vou assim para o colégio, não este ano. Mamãe achou melhor eu me manter como menino até o fim das aulas, mas às vezes um ou outro tenta insinuar algo mas mamãe deu ordens pasta nossa irmã assumir a função de guardas costas e tem sido tranquilo. Mas obrigada por perguntar, desculpe não te receber melhor ou te falar nada, na verdade eu fiquei com medo de sua reação, espero poder ser sua irmã no futuro.
- Que nada, eu já li sobre isso, entendo que não temos o que fazer a não ser ajudar e compreender, se não te der apoio aqui, a rua será um ambiente pior.
- Jura, Você não esta decepcionado comigo?
- Não maninha, mas me diga como posso te chamar?
- Nossa que falha a minha, prazer eu sou Simone, sua nova irmã! A seu dispor! E fiz uma referencia com a saia que ele deu risada levantou-se e deu-me um abraço bem forte que quase me quebrou, era o jeito meigo dele me dizer que me amava. Pegou-me pela cintura, levantou e girou e disse.
- Simone, estou aqui pra cuidar de você é só dizer e caio matando quem te machucar. Vamos lá lanchar que estou um touro de fome.
Realmente acreditava totalmente nele, mas antes pedi para ele ir comigo chamar nosso irmão.
Bati na porta e disse pra vir lanchar, não ouvi nada, bati novamente e meu irmão abriu rapidamente a porta, deu tempo apenas de meu irmão Nerd fechar a tela do computador de um site com uma mulher, ajeitar-se e falar mal ele.
- Escuta aqui o aprendiz de Tom Cruise, não sabe respeitar o espaço dos outros e ia falar mal quando me viu na porta e perdeu-se todo na fala, olhou rapidamente no vídeo, pra ver se não tinha ficado nenhuma outra tela e puxou o cabo de força desligando tudo.
- Já vou lá, podem descer.
Meu outro irmão falou, eu e Simone iremos te esperar, venha.
- Simone? Quem?
Ai novamente me desculpei.
- Desculpa, não conversamos direito, meu nome é Simone! Pelo menos aqui em casa, sei, não faça essa cara é uma longa historia e depois posso conversar com vocês dois, mas acho que mamãe fará isso antes, se não descermos agora lanchar.
Eles podiam ser o que fossem, mas as ordens da Mãe eram lei marcial, não pensavam duas vezes antes de obedecer e assim descemos nós três, mas com o meu irmão mais velho à frente comigo, enganchado em minha cintura como se eu fosse irmã dele desde que nasci. Antes teríamos descido ate o jantar um dando socos nos outros, realmente as coisas mudam rápido.
Na mesa minha mãe esperava e já foi falando.
- Vejo que Simone foi eficaz em chamar vocês, sentem-se. Vamos lanchar primeiro, depois temos alguns pra tratar e piscou para mim.
O lanche foi normal, fora que o Nerd volte e meia me olhava de canto de olho, mas foi praticamente como antigamente. Terminado eles já foram se levantando quando mamãe disse.
- Princesa, dê-me licença, quero conversar em particular com seus irmãos, faça-me um favor, se vista como naquele almoço, sei que saberá exatamente o que estou querendo dizer. Chamo-te quando terminar ok, estaremos ali na sala.
Ai só ouviu, o guardar das coisas em geladeira e pia e logo mamãe começou a conversar.
EU subi e fui rapidamente para meu quarto. Já tinha uma parte do armário só minha e uma penteadeira reformada. Fui me preparar sabia que tinha pouco tempo.
Primeiramente, tranquei a porta, nem sei por que. Tirei toda a roupa, escolhi uma conjunto preto, aquele com arco, e realmente era colocar e meus seios ficavam redondos e pontiagudos. Sentir a renda neles me deixava alucinada.
Vesti a calcinha fio dental, ajustei firmemente na frente puxando o minúsculo clitóris para trás rsrs, e deixei-a bem encaixada em minha já avantajada bunda.
Sentei na escrivaninha/penteadeira e fui fazendo a sombra suave, cremes na pele, pó, passei o lápis. Escolhi um batom bem sensual rosa. Já estava de unhas rosa apenas coloquei mais dois anéis. Mudei o brinco e já tinha mais dois furos que completei com outros dois brincos. Modifiquei meu cabelo deixando ele caído em um dos lados e preso no outro de forma a dar um olhar fatal rsrs.
Tínhamos reajustado o tubinho, agora ele mostrava muito mais de meu decote, principalmente com este soutien. Coloquei uma gargantilha com meu nome escrito em letras miúdas. Umas 10 pulseiras em um braço um bracelete no outro e vesti uma meia com desenhos que suavizavam e destacavam minhas pernas. O vestir meia era o maior prazer para mim, era uma corrente pura de excitação. Sentiam no bojo meus bicos explodindo, mesmo sabendo que era para meus irmãos verem a mulher que estava me transformando e tirar qualquer dúvida de minha feminilidade.
Passei um perfume Paris, que tem uma fragrância marcante, fiquei treinando um andar marcante, para minha entrada na sala.
Parecia uma eternidade, logo ouvi Princesaaaaaaaaa! Preciso de sua ajuda.
Desci o toc toc do salto já dava o ar de que não era apenas a irmã transexual deles vindo e sim uma mulher elegante e de passo marcante. Realmente Mamãe tinha a arte da sedução e da marcação do território feminino.
Quando entrei na sala, ambos me olharam, mamãe fez um sinal e eu passei por eles e me sentei ao lado dela que se levantou, deu-me um beijo e disse já volto. Eu fiquei esperando ela sair e disse.
- Oi meninos, está aqui é a irmã de vocês, pretendo a partir de primeiro de dezembro assumir-me completamente. Seu irmão deixará de existir, gostaria de contar com a ajuda e apoio de vocês e saibam que amo vocês mais ainda. Não procurei estar assim, foi acontecendo e me descobri amando ser mulher, o que me dizem.
Meu irmão mais velho levantou-se, deu-me a mão para levantar e com um beijo na testa disse.
- Simone, como já havia dito, vou te respeitar e proteger como faria com todas as mulheres desta casa, para mim você já é oficialmente minha irmã. Amo-te e me abraçou longamente. Pude perceber ele sentindo meu corpo junto ao seu, passou levemente a Mao em minhas costas sentindo o soutien, colocou a mão na minha cintura, me fez dar um giro e deu um novo beijo na testa e sentou-se. Essa cena foi para ele perceber que eu estava de calcinha fio dental, já sabia destas artimanhas dos homens (tinha lido nas revistas de moda).
Meu outro irmão levantou-se, aproveitou que já estava de pé e abraçou-me, mais demorado ainda, o senti cheirando meu pescoço, suas mão percorreram toda a minha costa, uma delas a do lado de meu irmão parou na cintura, mas a outra subiu até os seios, os apertou suavemente, desceu até a cintura, mexeu em minha bunda sem antes contornar toda minha calcinha com o dedo, sem que seu irmão percebe-se e disse.
- Simone, você esta linda, uma mulher atraente, quisera eu poder namorar alguém com sua beleza, conte comigo, estarei sempre a te ajudar, não se preocupe, posso não demonstrar, mas também te amo, apenas entenda que ainda não me acostumei totalmente em você ser minha irmã.
Confesso que ambos foram elegantes, o ultimo com uma sensualidade que não esperava de um Nerd, mas acho que ele era exceção.
Nisso ouço um barulho de estouro e é mamãe já entrando com uma champagne, só depois percebi na mesa de centro umas taças e assim brindamos a minha vinda a família.
Mamãe saiu da sala, subiu e disse que iria deitar-se que o plantão foi cedo demais. Ficamos nós três conversando, perguntei se eles tinham alguma curiosidade e fui respondendo, quando a champagne terminou, eu que não estava acostumada já estava mais solta. Meu irmão mais velho despediu-se ao receber ma chamada no celular de sua namorada carioca, pediu licença e saiu.
Nisso ficamos eu e meu irmão ali. Ele perguntou se eu estava com sede, foi até a geladeira e pegou um vinho espumante mais simples. Abriu me serviu e brindou dizendo.
- A minha irmã especial, que eu amo de paixão. Brindamos e viramos o copo, pois foi isso que ele disse logo ao brindarmos.
Acabamos aquela taça e eu já estava tonta, fui me despedir dele e abracei para dar tchau, ele novamente fez o mesmo, agora com as duas mãos, aquilo me deixou meio perdida, senti meus seios furando o soutien e cutucando ele que olhou e logo em seguida senti seu penis duro de encontro a minha barriga.
Não sabia se saia ou se ficava. Era algo diferente. De repente ele falou.
- Sei que não é certo, mas você esta linda, gostaria de te dar um beijo.
EU boba e tonta fiz beicinho e virei o rosto, mas ele foi rápido e deu-me um beijo selinho. Parou e ficou me olhando.
Não sei por que, retribui e disse. Desde o dia em que perdemos papai, queria te agradecer por ter me colocado ao seu lado e de nosso irmão, foi muito importante para mim, às coisas mudaram, mas queria te agradecer de coração.
Ele disse.
- Queria te beijar de novo.
- Eu também, mas acho que já passamos dos limites, não é certo e preciso subir.
- EU te ajudo.
- Não precisa, falei isso e dei as costas, como que querendo mostrar que era forte.
Ele aproveitou minha baixa de guarda, encostou-se atrás de mim e disse, deixa eu te levar.
Quando virei o pescoço para dizer não ele me deu um segundo beijo, mas desta vez bem longo, pegando em minha cintura. Fiquei em choque, meu corpo tremia, palpitava. Senti que ele realmente me desejava como mulher. Senti toda sua masculinidade quase furando minha saia e calcinha.
- Não podemos, sou teu irmão.
- Meu irmão não existe mais, vejo um Princesa em minha frente, estou apaixonado por você Simone, desde que te vi no saguão do aeroporto.
- Vamos dormir o álcool esta me afetando, nem deveria ter tomado este vinho e subi rapidamente, do alto da escada virei para trás e o vi me olhando. Ali do alto vi que meu irmão era um gato, mas dei um beijinho, entrei no meu quarto e girei a chave para ele entender que tudo não passou de uma loucura.
Na cama, fiquei pensando e sentindo o cheiro dele em minha boca, tirei o vestido e seminua, procurei tocar em todo meu corpo e tive um orgasmos que ate então não havia sentido, realmente aquele diabinho provocou o que de melhor/pior poderia existir em uma mulher quando se sente desejada. Acordei no outro dia sabendo exatamente tudo o que tinha ocorrido, mas prometi me comportar. Pelo menos era o que meu consciente dizia, logo perdi meu pensamento lembrando que Lorena viria visitar meus irmão e havia se esquecido de dizer a eles que eu tinha uma namorada.
A primeira imagem que veio no sonho foi o meu primeiro beijo em um homem, meu irmão a poucos minutos na sala, assustei-me e pulei da cama, a imagem agora de Lorena vinha a minha mente dizendo. “Eu serei sempre sua mulher! A cena daquela noite juntas foi o suficiente para eu saber que amava Lorena, mas tinha um outro tipo de tesão pelo meu irmão!”
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A menina que sonhei ...XII
Fomos em um carro só, as mães na frente e eu e Lorena atrás. Estávamos lindas e realmente não parecíamos em nada com meninos. Fizemos todo o percurso de mãos dadas, falando sobre tudo o que tinha acontecido das vezes que quase fomos pegos na escola, as mães ao contrario estavam conversando sobre a tal nova escola, futuro, mudanças de ares.
Uma coisa ainda me preocupava, era saber como meus irmãos iriam reagir a sua nova irmã. Os primos e primas nem ligava, afinal já tinha situações de amigos deles que frequentavam a casa e algumas festas e éramos bem tranquilos. Mas uma coisa é na casa dos outros a outra é em nossa casa mesmo.
O frio bateu ao pararmos o carro. A Mãe de Lorena falou.
- Bom chegamos, Lorena, gostaria que você aguardasse a Simone falar e conversar, você já teve um primeiro contato com psicóloga, endocrinologista e tudo mais, para ela é tudo novo então deixa ela se expressar, iremos apenas intervir quando contarmos o caso dos remédios que as destrambelhadas das irmãs de vocês fizeram tá.
- Sim, mamãe! Mas se eu tiver dúvidas, eu te aviso e perguntarei assim que você deixar tá bom!
Bom isso foi já o primeiro aviso, minha mãe apenas acenou com a cabeça concordando cada uma de mãos dadas conosco foi entrando no Pronto Socorro, mamãe embora conhecesse tudo ali, não quis privilégios e esperamos pela senha e disponibilidade de sua amiga.
- Oi, disse a Dra Michelly, nossa quem são estas lindas meninas, disse sua amiga olhando para nós e embora sabendo que mamãe não tinha uma filha pequena achou que fosse uma sobrinha, vizinha ou algo assim. No telefonema ela não deu detalhes apenas que precisava de duas consultas.
Mamãe apresentou sua amiga, fez as reverências necessárias e fomos para a sala de consulta. Mamãe pediu se podíamos todos entrar para ficar junto e assim seria mais fácil tudo.
- Bom no corredor não podia falar, mas este é meu Filho, e seu amigo o Matheus. Como pode ver temos uma situação delicada pra tratar e foi falando todo o histórico, a Michelly fazia anotações, parava para uma ou outra pergunta, nos olhava e pedia nossa versão e assim foi. Pediu se podia nos examinar. A mãe da Lorena, pelo celular enviou para o email da Endocrinologista os últimos exames de Lorena, assim adiantava uma parte e o foco seria eu e as consequências visto que agora tudo estava praticamente explicado sobre como chegamos até aquele momento.
Ao tirar o vestido e ficar de soutien e calcinha, meia e sapato alto. Parece que envelheci realmente uns três anos. Matheus não parava de olhar e a médica pediu para tirar o soutien. Fez alguns exames, explicando sobre o câncer de mama mesmo na adolescência, devido aos hormônios era uma das preocupações, toque não teve nenhuma dor, apenas que fiquei constragidamente com os bicos pontudos.
Pediu se podia tirar a calcinha, minha mãe olhou para todos na sala, não havendo objeções retirou. Meu pipi saiu duro, mas de tamanho diminuto. Os mesmos procedimentos e senti uma gota sair da ponta, fiquei vermelho como pimentão e a medica percebendo sentou-me e colocou uma toalha de papel em meu colo.
Pelo fone pediu a entrada de uma enfermeira, novas apresentações e foram tirados 12 tubos pequenos de sangue. Um para cada procedimento marcou para segunda outra tiragem, mas em jejum. Novamente fez algumas medidas, esta vez de busto, quadril e coxa. Tudo anotado, só minha mãe pediu para repetir as medidas, não entendi, mas ambas riram e ela cuidadosamente repetiu a aferição das medidas novamente.
Terminado comigo, pediu para eu me vestir. Perguntou se seria necessária com Lorena, a mãe dela falou que seria interessante o exame do toque e as medidas e novas risadinhas e foram anotando tudo.
Interessante que em Lorena, devo ter visto coisas, mas saiu inclusive um liquido fino e branco de um de seus mamilos, bem percebido pela sua mãe, na verdade por todas ali presentes.
- Dra. Michelly, eu percebi algo saindo ali no exame é normal?
- Pode me chamar apenas de Michelly ou Mi, sim dado aos hormônios, às glândulas dela estão a produzir um liquido quando estimulados, mas não é leite nem nada de grave, uma reação natural do mamilo, o corpo dela esta como o nosso em alguns períodos, em lactação não comum, mas o seio devido a Prolactina, e devido a alguns dos medicamentos serem ansiolíticos e/ou antidepressivos, poderiam ter este efeito e era o que possivelmente estávamos percebendo no seio de Lorena. Em alguns casos a interferência atua na hipófise e produz-se sim leite, que estamos acostumadas na gestação.•.
Lorena, não estava vermelha, era roxa e levemente arrepiada. Novamente a Mi, apalpou lá embaixo e a reação foi à mesma. Agora ela entregou dois pequenos potes para nós duas e pediu que fossemos alternadamente ali na WC que tinha na sala e fizéssemos um pouco de xixi, esse exame também iria se repetir segunda, queria comparar nossas duas urinas.
Terminada essa parte, Lorena vestiu-se e eu subi na maca e fiquei ao lado dela de mãos dadas.
Michelly foi falando sobre suas observações para cada uma, falou que embora iniciássemos a puberdade, ela não seria masculina, salientando da dificuldade que teríamos inicialmente em ter ereções, não entendemos, mas nossas mães sim, explicou que era devido às doses altas de hormônios e que somado a tudo isso poderíamos ter a testosterona, produzida em alto nível sem transformada em estrogênio ajudando na Ginecomastia.
Ai fez a pergunta crucial a nossas mães.
- Embora só os exames hormonais digam o estado atual, é nítido que estamos em um estagio difícil de reverter, gostaria de saber qual seria a intenção de vocês e das meninas, prefiro as chamar de meninas, pois é como as vejo agora, peço que entendam.
Primeiro a Lorena falou.
Mamãe e eu já estamos tratando isso com reposições hormonais, de vitaminas, um bloqueador de hormônio masculino, pois é nossa intenção e desejo que eu no ano que vem já esteja com meu corpo completamente feminino, acho que apenas meu pipi ainda ficara intacto, mas já estamos vendo isso quando eu tiver idade né mãe.
Sua mãe ralhou pelos modos no final da frase e disse.
- Desculpe Lorena está afobada, Sim Dra, digo Michelly, a Lorena já esta neste processo e com psicóloga e tudo mais iremos ver se aos 17 anos podemos iniciar a mudança de sexo, aprenda filha a falar, ou melhor, mantenha isso em segredo por enquanto, exceto em exames ok menina.
Michelly olhou para as duas que Lorena logo acenou positivamente, fazendo o gesto de fechar a boca com zíper. Mi olhou para mim e eu não sabia o que falar, tinha me perdido na fala de Lorena ter uma vagina, confesso que me perdi em pensamentos.
- Simone, você tem algo a falar.
- Oi, desculpe. Também quero ser mulher, mas não entendi, eu poderei engravidar como assim mudar de sexo, não queria perder nada, ele tá pequeno e acho que ira diminuir e nem ira aparecer, preciso mesmo mamãe tirar meu pipi, ficarei chata como minha Irma uma semana por mês!!!!
- Não, disse Mi, acho que é um passo lá pra frente à mudança de sexo, calma, vamos ter algumas seções com psicólogas e tudo mais e trataremos isto lá na frente ok Simone, concorda mãe.
Minha mãe concordou até mesmo ela não tinha pensado nisso ainda. No mais transcorreu normal o resto da consulta com anotações e uns quatro folhas de medicamentos e tudo mais que mamãe pegou para mim e os atestados para Lorena.
Entre tantas coisas tínhamos algumas recomendações, não parar os hormônios mesmo que erradamente imposto pela minha irmã foi falado algo do corpo já estar se adaptando e a parada abrupta poderia gerar algo em rins, pâncreas e demais órgão envolvidos com sangue.
Minha mãe havia anotado os remédios, repassou com a Mãe de Lorena a ela que fez novas anotações e fez umas perguntas sobre a tal cirurgia para mim, Lorena tentou falar, mas sua mãe com um olhar calou e ai combinou de falar mais a noite.
Ao final saímos dali certas de que não tínhamos nenhum problema físico, aparente e de fácil analise, os exames químicos diriam o resto.
Voltamos para casa e pedimos mais um lanche/janta desta vez pizza para a noite e com quartos sobrando mamãe convidou a passarem a noite lá e de manhã um convite para sairmos e fazermos algumas compras importantes para Simone. EU fiquei eufórica, pois seriam minhas primeiras roupas, escolhidas exclusivamente por mim, Lorena parecia em êxtase.
Em casa, ao final do lanche, minha irmã emprestou três pijamas (babydol) um deles para mim e mamãe uma camisola longa para a mãe de Lorena. Voltarei a esta noite, ela merece um capítulo especial.
Dali em diante, não foi mais usado o nome ou artigo masculino para se dirigir a mim ou Lorena, quando em casa, fizemos algumas trocas de roupas com nossas mães para garantir a melhor forma de esconder nossos seios, usamos soutien com enchimento para simular os seios crescidos e os resultados foram satisfatórios para mamãe e titia. Moletons e calças mais folgadas e o pior, desleixar um pouco com o corte do cabelo para não ficar tão feminino, afinal bastava um dia de salão que resolveria isto no futuro.
Algo preocupava mamãe, não sabíamos o que era, mas ela estava mais seria ainda com nossa saúde e com nossos irmãos, inclusive logo seria inicio de novembro, aniversário dela e meus irmãos iriam ficar cinco dias conosco. Isto já deu o que falar para nós três, como preparar o ambiente e como me apresentar. Achamos por melhor sermos o mais transparente e eu iria ficar em Femme todo o período que estivessem aqui inclusive o fim de semana. Novo atestado na escola e estava tudo bem.
Coincidiu a chegada deles no aeroporto no mesmo avião de SP, aonde meu irmão combinou encontrarem-se do voo vindo do RJ, uma jornada para chegar até ali para nosso aspirante da aeronáutica.
No saguão estávamos as três, de vestidas leve, maquiadas e de mãos dadas.
De repente abre a porta do saguão e vejo os dois conversando distraidamente, procurando-nos e de repente o olhar ficou fixo na menina mais nova entre as três mulheres ali acenando para eles.
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A menina que sonhei ...XI
Não precisa dizer que não dormi a noite toda tendo sonhos e sonhos, planos, chorei, ri, aconteceu de tudo, mas nada ruim foram sonhos e desta vez depois de muitos meses eu lembrei exatamente o que tinha sonhado.
Minha mãe acordou muito cedo, mas ao invés de preparar as coisas para o almoço, veio para meu quarto, me tirando da cama cedinho, disse que precisava de mim no Atelier.
Acordei sonolento, fui no pelo rumo, chegando lá já estava muitas roupas na mesa, as portas abertas do armário, foi incrível ver muitas coisas novas, sem uso e percebi que eram as coisas que minha irmã havia guardado e agora percebia ao mesmo tempo em que mamãe falava que eram para mim.
- Tire suas roupas, Pegue estas roupas, este primeiro monte e vai experimentando aqui mesmo, quero já ver o que serve e o que é decente e vamos já separar. Quero você hoje perfeita para apresentar para minha melhor amiga e para a filha sua melhor amiga.
Iniciei pela já conhecida calcinha e soutien. Fui fazendo, a cada muda de roupa ela opinava algumas já jogava no sofá que tinha ali próximo e outros dobrava cuidadosamente enquanto eu experimentava outra. Em menos de 2 horas já havia vestido todas e ainda tinham alguns lingeries.
Ela pediu para experimentar uma por uma, a cada uma associava uma peça de roupa já experimentada. Foram 10 conjuntos, ao final ela ordenou.
- Lembre-me depois de conversar com sua irmã sobre algumas destas roupas, algumas nem foram estão com as etiquetas e tem dois aqui que percebi recentes, coleção primavera pela etiqueta.
Depois escolheu um vestido casual, com calcinha asa delta (a mais comportada) e o conjunto de soutien com aro. Falou.
- Leve tudo isso pra cima, deixe em sua cama. Este aqui (vestidinho) você ira colocar depois que você tomar banho e ser preparada, coloque a calcinha, soutien e o roupão da mãe, tome no meu quarto seu banho.
Não entendi me preparar, mas não estava na posição de discutir e sim aceitar, aprender e tudo estava muito mais suave do que poderia imaginar. Estava quase terminando meu banho, ia desligar, minha mãe entrou naturalmente no banheiro e já dando ordens.
- Vamos lá mocinha, primeiro passe novamente o xampu da mãe, e enxague depois o condicionador e deixe o cabelo ensaboado por um tempo. Aproveite a gilete que tem ai e veja se ficou algum pelo a mais nas suas partes intimas. Não se esqueça de tirar pelos embaixo de seu braço, eu acho horrível menina que não se cuida nessa parte.
Após terminar, segue-se suavemente. Ai mesmo no banheiro tem uma loção pós banho passe em seu corpo, nas axilas tem outro para onde você raspou, faça o mesmo em outras partes que tenha raspado, pode ser que você tenha cortado a pele e isso ajuda a cicatrizar e higienizar.
Enrole seu cabelo e venha para o quarto com a roupa intima e o roupão.
Realmente entendi a demora no banho das mulheres, gastei o dobro do tempo com tudo aquilo e sai já pronta para por a roupa quando fui interrompida.
- Menina, pelo visto teremos muito que aprender hein, senta aqui.
Minha mãe pegou tesoura, pinça cortador, uma espátula de metal e começou primeiro com minhas sobrancelhas, pelos de nariz, de ouvido, nossa que tortura. Depois refez o corte da frente de meu cabelo, mas segundo ela discreto para não levantar suspeitas. Ai empurrou, puxou e cortou peles e unhas das mãos e dos pés. Cada corte de unha vinha com um comentário que eu parecia uma moça da pré-história, rimos muito que aliviou a dor e a sensação estranha. Tirando que no pé ainda raspou pelos dos dedinhos e em cima. Sorte que não tinha pelos tão aparentes na perna já imaginei a dor.
Aplicou nas unhas dos pés um esmalte rosa suave, não alem disso outro incolor com pontos brilhantes. Confesso que ficou linda minha mão.
Ai ela foi para a maquiagem, pediu que não me mexesse e não me descuidar da mão e do pé para não borrar ou encostar-se a nada.
Assim foi, quando era 11hs falei para ela sobre o almoço e ela me falou que já tinha dado as ordens para minha Irma providenciar via aplicativo e programar a chegada para as 13hs.
Eram 11h30min a campainha tocou, as visitas chegaram e ainda não estava pronta pelo menos de roupa. Ai ela me mandou aguardar, foi lá fez as honras, colocou as visitas na sala e voltou. Acho que ela foi ver o que Lorena trajava, pois ela trocou minha roupa que era o vestidinho para um vestido estilo tubinho preto tomara que caia, pegou outra meia preta, trocou o sapato e pediu para eu me vestir para ela fazer os últimos ajustes.
Não entendi, fiz e 12hs ia descer quando ela falou. Espere não terminamos Mocinha, passou um perfume, retocou os lábios, ajeitou o cabelo com um arco, brincos, três anéis, pingente, pulseira e ai sim falou agora esta digna de sua visita. Vamos descer.
Só de me olhar no espelho já me achei linda, andando então fiquei em transe, o vestido e meu corpo estavam em harmonia. Na sala Lorena estava tão linda como eu, com uma roupa de festas mesmo, nada de vestidinho casual, agora entendi a estratégia de mamãe.
Começamos a conversar, cada uma falando das descobertas da nova filha e a gente ali só ouvindo, ai chegou minha irmã com a amiga, não tinha visto ela e fiquei um pouco com vergonha, mas já chegaram naturalmente nos cumprimentando com beijinhos e gritinhos de carinhos e elogios.
Uma curiosidade era exatamente como tudo isso tinha começado ai minha irmã levantou e foi preparar um suco para tomar seus remédios e acabou trazendo eles para tomar conosco, ao invés de engolir ela dilui no suco e encheu os quatro copos para tomarmos, eu, ela, Lorena e sua irmã. Minha mãe e a mãe de Lorena ficaram com os olhos arregalados olhando, ai minha mãe perguntou meio incrédula.
- Filha, trás pra mãe a bula de seus remédios.
- Qual mãe aquele de cólicas, hormônios ou os anticoncepcionais?
- Traga o que você colocou no suco.
Minha irmã veio com quatro bulas e as caixas e falou, mãe de manha coloco estas quatro e a tarde pro lanche do recreio estes três.
Minha mãe olhou e viu, leu e releu as bulas e passou para sua amiga ler, ai falou.
- Filha você, tomava estes sucos com seu irmão? (ambas perguntaram isso as filhas)
- Sim mãe, e a tarde dividíamos com Matheus e sua irmã, um dia era eu que levava e o outro era ela, pois estávamos tomando as mesmas coisas para dores, por que mãe, eu tomei algum medicamento fora da receita, fiz algo de errado. Visto que as mães estavam atônitas.
A irmã do Matheus falou a mesma coisa.
- Meninas, falou olhando para Lorena e Simone, acho que acabamos de entender o caso raro de acontecer, suas irmãs sem perceber estiverem estes últimos 10 meses colocando em vocês sem saber uma dose considerável de hormônios femininos, e é por isso que temos isto aqui. Fez isto apontando e apertando nossos seios e completou.
- Bom agora não temos como interromper bruscamente, pegou o fone e já ligou para uma amiga médica e perguntou se ela estava de plantão e pediu para uma consulta de emergência para ela e a filha da amiga, ficou acertada que às 19hs iríamos ao pronto socorro ver isso.
Seguiu-se uma longa conversa de minha mãe explicando a todos os efeitos, tempo de uns cinco meses ainda de efeitos e o que poderia ou não ser feito.
De imediato a mãe de Lorena falou.
- Bom o estrago já feito mesmo e Lorena já esta aceita lá em casa e tudo mais, creio que vamos apenas à consulta para saber como melhor proceder agora que sabemos a causa e tentar suavizar algum efeito maléfico ao corpo dela.
Minha mãe olhou para mim aguardando eu falar algo.
- Bom mãe, eu quero continuar assim, mas a senhora falou que isto aqui (e apertei meus já grandes seios para um menino) ira aumentar, como faremos.
Mamãe pediu para minha irmã pegar uma camiseta do colégio e uma faixa e descer rapidamente. Quando ela chegou ela pediu para eu retirar o vestido com cuidado. Primeiro tirou o soutien meu, colocou a camisa e disse.
- Olhem com a camisa os seios ficam levemente evidentes, mas eles irão no mínimo duplicar este volume.
Levantou a camisa, passou a faixa, desceu a camisa e disse.
- Olhem que com a faixa fica um peito normal, mas quando ele duplicar ira doer, será incomodo, mas podemos deixar ficar apertado do tamanho atual, repito apertando bem, ai já será fim de novembro e acabou as aulas, desde que vocês passem de ano já no terceiro trimestre.
Todos nos seis concordamos que a técnica era uma boa saída para não nos expor, mas mamãe ainda disse.
- Isso tudo digo como enfermeira, vamos ver a médica, ela é endocrinologista e poderá nos dar mais segurança. Vou pedir a ela dois pedidos para que vocês sejam retiradas de qualquer atividade de educação física e algo que possa expor vocês, falarei com a psicóloga da escola, pedagoga e me certificarei que tudo será providenciado. Vocês minhas filhas, falou olhando para nossas irmãs mais velhas, ainda iremos pensar no que fazer com vocês e por enquanto como responsáveis por isso tudo, não desgrudarão um segundo de seus irmãos nos intervalos, recreios e qualquer outra atividade social que venha a existir. Um ai que falem qualquer coisa o mínimo que aconteça vocês sofreram na pele as consequências, muito mais que elas! Entendido!
O silencio foi a melhor resposta, a mãe de Lorena ainda falou. Vou buscar vocês todos os dias, não pensem em sair da linha, não se exponham, pois é a vida de vocês, a nossa e todas as duas famílias que podem sofrer represálias ou ate mesmo denuncias por algum intrometido dizendo que fomos negligentes e suas irmãs serão punidas não por nós e sim pela lei. Tá bem entendido vale para as quatro! Entendido!
Ai todas falamos meio que ao mesmo tempo.
- SIM. SIM entendemos!
Pra quebrar o clima, ou por sorte o rapaz do aplicativo buzinou lá fora e minha Irma e sua amiga mais do que depressa foram buscar. Nossas mães nos pegaram num abraço forte e disseram elas duas de mãos dadas.
- Nunca deixaremos vocês sozinhas, não nos escondam mais nada, agora vamos aproveitar este dia, pois à noite teremos assuntos bem mais sérios pela frente.
Nos olhamos e sabíamos que agora com certeza não teria mais volta (não para nós) e que no final nossas irmãs parece que não tiveram culpa.
Já eram 18hs e fomos nos trocar para o médico, mas nossas mães foram incisivas.
- Meninas, vocês já estão prontas para a médica, creio ser melhor irem assim já que querem ser mulheres. Caso contrario troquem de roupa e a conversa será outra com a Endocrinologista.
Rapidamente já estávamos na porta, com batom retocado, de mãos dadas esperando nossas mães.
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...X
Realmente Matheus era muito mais experiente e ousado, fui deixando-me levar, às vezes parávamos as caricias e ele falava coisas em meu ouvido, entre uma investida e outra em meus seios pedia para eu fazer o que ele tinha acabado de fazer e assim fomos até boa parte da noite, quando a casa ficou mais em silencio resolvemos parar, afinal era um risco desnecessário, tínhamos todo tempo do mundo para aproveitar. Era ousado, mas soube parar e nos preservar digo até nos respeitar, sabia que não era ainda o momento, pois eu não havia assumido nada sobre mim perante minha família e isto poderia nos machucar desnecessariamente no futuro.
Pela manhã fomos pro banho juntos e nos arrumamos para o trabalho que devíamos fazer, tínhamos até sexta pra entregar e isso significava só mais hoje para terminar e sabíamos que sua mãe vez ou outra iria entrar no quarto então ficamos bem comportados.
Numa destas vindas de sua mãe ela parou, sentou-se na cama enquanto fazíamos o trabalho e vi de relance ela pegando as duas mudas de roupas de dormir, arrumou a cama, dobrou ambas e deixou em cima da cama, saiu e na porta olhou para Matheus e falou.
- Matheus, diga para a Lorena que dá próxima vez, como uma boa menina, arrume sua cama e guarde suas roupas, não fica nada bonito toda essa bagunça.
Aquilo foi com certeza a mãe dele me falando que sabia o que acontecia entre nós, sabia muito bem como eu me comportava com sua filha e ela olhou para mim e disse.
- Matheus confia muito em você, nós não podemos esquecer isto e espero que seja igual com a Lorena, certo?
E nem deu tempo de eu responder já saiu cantarolando, tinha dado o recado, tinha aprovado nosso relacionamento e o que era mais importante, entendia o que cada uma de nós sentia e isso foi essencial para eu tomar uma grande decisão, em casa hoje a noite conversaria com Mamãe, sobre tudo o que estava sentindo e desejando para meu futuro.
Terminamos tudo e fomos para a aula, eu agora era outra pessoa, fiquei muito tempo desligado nas aulas, acho que foi o dia com mais advertências de professores, até meus colegas me chamavam a atenção mesmo antes dos Profissss. Não via a hora de chegar em casa, já estava praticamente tudo pensado em como falar com mamãe, pelo menos no meu monologo estava, queria ver é no primeiro ato de discórdia o que iria acontecer, nossa pensar nisso já me dava um ruim.
A mãe do Matheus nos levou pra casa, mamãe a convidou para um chá e assim ficaram as duas conversando na sala, como há tempos não faziam, embora fossem sempre amigas desde a faculdade delas. Eu subi com Matheus pra conversar e jogar, mas quem disse que ficamos mais do que 5 minutos, Matheus já me olhou e disse.
- Ei mostre onde estão as roupas que você vestiu, veste para mim.
- Matheus, não seja louco, primeiro que não fica aqui as roupas fica lá embaixo no Atelier, depois minha mãe não sabe ainda e é arriscado, mas não faça essa cara de bravo que hoje vou conversar com ela, assim que sua mãe sair.
Matheus olhou para mim, fez um beiçinho e disse.
- Aé, já vou dar um jeito nisso. Desceu as escadas rápido, eu nem consegui segurar, e falou das escadas mesmo.
- Mamãe, lembrei agora que não tomei minhas VITAMINAS, temos que ir e podíamos aproveitar e passar naquela loja, buscar as encomendas que você fez e pediu para eu não deixar você esquecer.
Nossa na hora sua mãe olhou assustada, mas viu que ambos estávamos normais e despediu-se de minha mãe falando, depois eu preciso te contar uma coisa, voltamos a conversar no fim de semana ok.
- Fiquei ali, vontade de matar Matheus, mas afinal de contas eu tinha que me decidir e por um fim a qualquer dúvida e sofrimento.
Despediram-se e eu ia subir, mas resolvi ficar sentado na escada esperando minha mãe voltar, eu achava que ela sabia muito mais do que eu já tinha dito ou mostrado, que minha irmã havia falado mais coisas. Ela veio se se encostou à parede próxima de mim e disse.
- Aconteceu alguma coisa, você quer conversar? Eu respondi.
- Não aconteceu nada, não entendi o Matheus sair correndo, deve ser o trabalho que temos que entregar amanha, mas eu vou perguntar para ele.
Mamãe disse.
- Eu preciso conversar com você, terminar aquela conversa que tivemos, se você quiser vou ali ao Atelier, sua irmã e você estão um tempo sem usar vou ver se não esta suja e bagunçada, venha aqui depois.
Nossa, as coisas estavam me levando a ser realmente hoje o dia de decidir, quer saber, vou só me trocar e vou terminar logo com esse medo, ou vai dar tudo certo ou vai tudo pro beleleu.
Subi, repensei toda a minha estratégia, que era falar e aguardar o tombo e desci, coloquei um moletom calça e blusão largo, um chinelo simples e fui descendo. Cheguei ao Atelier, mamãe tinha terminado de guardar as coisas, mas retirou as mesmas peças da outra vez, colocou do mesmo jeito e pediu para eu entrar e sentar.
- Então filho, temos que terminar nossa conversa, você lembra aonde terminamos e olhou para as roupas na mesa.
- Não, lembro direito!
- Então, vem aqui. E novamente esticou minhas mãos, colocou cada uma em cima da pilha e continuou. Nós paramos quando eu te perguntei sobre estas roupas aqui, pedi para você escolher e vestir uma delas acho que podemos continuar daqui, só que novamente, você precisa colocar.
Eu no modo é agora, peguei a roupa, a calcinha e soutien, e fui para o lavabo. Só que a minha mãe já ficou espantada com minha naturalidade, pois escolhi desta vez a outra roupa, isso mesmo escolhi a minissaia e o corpete, não deixei ela me provocar com o soutien e calcinha, pois peguei ambos.
No lavabo, respirei fundo, coloquei a calcinha, a deixei bem posicionada, na noite anterior o Matheus me mostrou como colocar de forma a simular um corpo de mulher, mostrou nele e ele mesmo fez em mim. Depois coloquei o soutien, a minissaia o top. Nossa estava muito diferente, realmente eu estava uma menina.
Respirei fundo, sai do lavabo rápido e fui pro Atelier, entrei e fechei a porta. Minha mãe só percebeu minha presença quando ouviu o barulho da porta. E ficamos um tempo eu encostada na porta, ela me olhando fixamente dos pés a cabeça. Momentos depois ela me chamou com o dedinho.
Fui passo a passo, incrível como a minissaia e a calcinha mudam nossa forma de andar, nitidamente eu estava andando como as meninas da escola. Parei do lado dela, ela novamente pegou minha mão, me fez girar. Na hora lembrei-me de Lorena, e soube exatamente o que ele estava sentido, isto me dava forças como sendo um exemplo a seguir.
Parou exatamente na segunda volta e meia, eu de costas. Ela percebeu o fio dental, o soutien. Girou-me um pouco, viu a silueta, me girou mais um pouco e pediu para sentar. Eu fiz como via minha irmã fazer, passei a mão pela microssaia, porque era mais que mini rs. Sentei e com os olhos já cheios de lagrimas falei.
- Mamãe, eu não sei o que aconteceu, como isso começou, mas meu corpo esta desta forma que a Senhora esta vendo, há tempos eu queria-te falar, mas aconteceu todo esse turbilhão e eu me perdi novamente, com medo e com dúvidas do que eu queria de fato. Mãe me ajuda, por favor?
Minha mãe olhou e disse.
- Você não é mais uma criança e pelo visto já está uma mocinha, posso estar enganada, mas você esta com o corpo que eu tinha aos 17 anos e você recém completou 14 anos. Sua irmã já havia me alertado das mudanças, de como seu jeito aqui no Atelier já demonstrava que você não era mais um menino desleixado e sim uma menina interessada em tudo que envolvia moda.
Filha acho que posso te chamar assim, pelo menos da forma como esta agora, me desculpa não perceber e não te ajudar já desde o inicio, foi negligência minha, poderíamos ter revertido e você não estaria passando por isso agora.
Eu disse rapidamente.
- Mãe, espere, não foi culpa sua, você nunca nos abandonou ou negligenciou, tudo isso ocorreu lentamente, confesso que eu mesmo não percebi, só recentemente, mas pra mim já era tarde, eu já estava gostando e me acostumando com a forma do meu corpo.
- Filho, desculpe Filha, você gosta de ser menina, gosta de meninos é isso.
- Não mãe, eu apenas gosto de como meu corpo está, de como eu me apresento agora pra você. Eu podia ter escolhido a outra roupa e teríamos a mesma cena da outra vez, mas eu decidi me mostrar a você como eu me sinto e quero ser daqui pra frente. Quanto a meninos, eu sou apaixonada sim por um, mas ele ira desaparecer em breve, se tornará Lorena.
- Um menino de nome Lorena? Perguntou minha mãe, espere agora eu entendi o Matheus é a Lorena, era isso que minha amiga estava tentando-me dizer sobre nova escola, mudanças etc.
- Sim mãe, o Matheus já é uma menina em casa, só na escola que não, sim mãe eu estou apaixonada por Lorena, já gostava do Matheus, mas foi por Lorena que eu me apaixonei, mas quero alem de amar ela, ser como ela.
Minha mãe se levantou, me abraçou profundamente.
- Filha, eu naquele dia realmente me impressionei, mas achei que era coisa da roupa, enchimentos etc., não vi que era você mesma. Agora com este top, decote, pele, a silueta da calcinha, como você escondeu ele, sua bunda esta praticamente engolindo a calcinha. Com sua afirmação, eu apago tudo o que tinha pensado a respeito e vamos juntas construir um novo relacionamento entre a gente.
- Sua irmã já sabe disso, já te viu assim?
- Já me viu, mas confesso que eu estava beeeeeem menor em algumas partes e ela não tem ideia que quero ser menina, estou com medo de ela me achar um ridículo, um viadinho ou um monstro.
Mamãe ai disse:
- Creio que você se engana, ela não sabe que você é uma menina agora, mas ela fez tudo para te deixar à vontade e respeitar suas decisões. Se você repensar o passado verá que ela sempre te apoiou e nem sei até aonde te guiou para este caminho, mas isto não importa mais, visto que você tem se mostrado mais feliz, mesmo com nosso furacão e isso é o que mais importa para mim e sem dúvida para seu pai, nisso que ele sempre nos guiou, fazermos o que desejamos e sonhamos isso ele sempre me pediu para manter em vocês. Se me permite vamos para meu quarto, precisamos dar esta noticia a ela, mas creio que com um pouco mais de brilho, é isso que você quer mesmo?
Eu a abracei e no seu ouvido disse.
- Sim mãe, eu quero ser sua filha, pode-me chamar de Simone, de hoje em diante enquanto estivermos nós três eu serei sua filha Simone.
Minha mãe pegou-me pela mão e sa��mos, catou as roupas que estavam no corredor e fomos ao seu quarto.
Lá fechou a porta, parece que eu já imaginava, novamente comecei a pensar em Lorena e em todos os sentimentos que havia percebido na magia do momento e realmente aquilo era libertador e extremamente envolvente.
Foram me aplicando coisas, com pinça foi tirando minha sobrancelha (isso Lorena não me disse que doía) e foi ajustando minha imagem no espelho, eu via cada parte da transformação com o sorriso cada vez maior. Ao final meu olho estava com sombras e cílios. Minha pele suave e parecia de uma modelo. Meus lábios em uma cor brilhante, não tão rosa nem tão vermelho. Quando ela colocou-me brincos de pingentes longos caindo pelo meu ombro foi um choque de emoção que comecei a chorar e já recebi minha primeira lição, que mulheres até choram, mas não estragam a maquiagem.
Quando terminou, retirou do armário um calçado de um salto de uns cinco cm me vestiu, pegou-me pela mão e foi andando de lá para cá, algumas vezes quando viu que eu tinha equilíbrio disse.
Agora vamos juntas conversar com sua irmã, mas antes deixa eu me retocar afinal não quero parecer uma bruxa.
Minha mãe bateu no quarto de minha irmã pediu licença e com a porta entreaberta disse.
- Filha, gostaria de te apresentar uma nova moradora de nossa casa, uma princesa, um doce de menina chamada Simone.
E com esse sinal eu entrei no quarto. Minha irmã num misto de susto, alegria e emoção veio correndo me abraçar dizendo.
- Seja mais que bem vinda Simone, vou adorar ter você como minha irmã, confidente e amiga.
Dali em diante, sentamos as três na cama e começaram as duas a confabular o que seria feito dali por diante, o que faríamos sábado, salão, shopping, mudanças na casa, etc. e eu apenas concordando e achando o máximo aquele nova vida de menina. No final da noite mamãe pegou o fone e ligou para a mãe de Lorena convidando elas para almoçarem conosco no dia seguinte em casa.
- Venham almoçar amanhã aqui em casa, vamos passar o fim de semana juntas, traga a Lorena, pois preciso apresentar a vocês a Simone, tenho certeza que elas vão se der muito bem.
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A menina que sonhei ...IX
Bom eu fui naquela tarde ao médico, fez um monte de perguntas, pediu para minha mãe sair e começou os exames. Quando tirei a roupa e sentei naquela cama/maca de exames ele olhou fixamente aos meus seios, perguntou seu estava tomando algo, se tinha sentido dores, enjoo, mudanças de humor estas e tantas outras perguntas.
Depois entrou uma enfermeira e uma psicóloga e enquanto uma tirava alguns tubos de sangue à oura ia perguntando coisas de meu cotidiano, amigos brincadeiras, minha infância e a pré-adolescência. Só no final minha mãe entrou e eles continuaram a conversar, fizeram também muitas perguntas a minha mãe sobre família, acontecimentos como algum registro clinico na família, como eram nossos hábitos, quase as mesmas perguntas que a psicóloga e ele haviam feito depois disse que iria aguardar uma semana alguns exames e poderia dar um resultado melhor. Mas que parecia que eu tinha algum descompasso hormonal, que estava atrasando meu desenvolvimento masculino e evidenciando algumas características femininas.
Marcou tudo para terça seguinte.
Saímos dali e minha mãe me levou pra um lanche, algumas compras e quis conversar comigo sobre como havia me sentido no exame, como foi lá sozinho estas coisas. Perguntou se eu havia falado da crise da semana sobre chorar etc., disse que falei tudo isso e muito mais e que eles foram extremamente atenciosos.
Em casa minha mãe pediu para subir trocar de roupa e ir ao seu quarto, e chegando lá ela estava com um álbum de fotos antigas dela. Pediu para eu sentar e foi mostrando, era como se fosse eu ali nas fotos foi bem estranho, ela me falou que havia percebido diferenças em mim, mas só agora que tinha visto que eu estava como ela na infância. Nem minha irmã estava tão parecida.
Pediu para eu esperar ali que ela já voltava, saiu e trouxe um suco, e chocolate e umas roupas, trancou a porta, foi conversando e fazendo carinho em mim, ai ela fez algo que eu não esperava. Abriu aquelas mudas de roupas e de forma delicada foi esticando em minha direção àquelas roupas, fazendo cafuné. Pediu se não se importava de vestir aquelas roupas em mim, que ela precisava tirar uma dúvida.
Eu Disse que eram roupas de meninas, que não estava entendendo. Ela falou.
- Tudo bem, desculpe! Era mais uma curiosidade, não se preocupe.
Parou o cafuné e afastou-se um pouco indo até a penteadeira e sentando, mas sem tirar o olho de mim pelo espelho, foi se maquiando, arrumando o cabelo. Aquela cena estava linda eu fui por instinto olhando a roupa, era um vestido curto, uma meia calça soutien e calcinha, eu fui passando a Mao, sentido a textura e vendo ela me olhar.
- Mãe, se eu fizer isso, você não conta pra ninguém! Vi que ficou triste, não quero te ver assim!
- Filho, não precisa fazer, era só uma bobagem que mamãe pensou, se quiser ir jogar, termine o lanche e a porta só esta fechada. Falou isso e virou-se ao espelho para passar um negocio no olho.
Pelo espelho vi que ela me olhava de forma bem discreta, eu levantei. Peguei tudo e fui ao banheiro da suíte. Demorei um pouco e senti uma sensação difícil de explicar quando o tecido da calcinha encostou-se a minhas coxas, o mesmo com o soutien. Coloquei o vestido e me vi no espelho do WC, realmente estava uma menina quase igual as da nossa sala, confesso que com mais seios creio eu, mas deveria ser aquele soutien com algum enchimento.
Tentei colocar as meias, mas não consegui, sai do quarto com elas na mão e mamãe estava linda maquiada me olhando.
- Meu amor, chegue mais perto. Deixa mamãe te olhar, e fui ela pegou minha mão, deu um giro rápido o vestido fez um movimento tão gostoso, parou, olhou eu de lado, depois de frente. Pegou em minha cintura e ajustou um pouco o vestido e depois o soutien. Fez a pergunta que eu já imaginava.
- Então e você o que achou, olhe ali no espelho, diga o que você vê e sente.
Fiquei um tempo entre olhar pra cá, pra La, peguei no vestido, fiz alguns gestos que ate então não via sentido nas meninas fazerem, mexi meu cabelo, vi meus pés e mãos nossa fui dos pés a cabeça me olhando refletido e disse.
- Não sei mãe, ta difícil me ver como um menino nestas roupas, mas também não estou parecendo uma menina. E nem sei por essa meia ai fina, não queria estragar ela.
Mamãe saiu da cadeira da penteadeira veio ao meu encontro, ficou atrás de mim, com as mãos em meu ombro disse.
- Posso te ajudar com uns truques, você esta disposta a se ver diferente.
Matheus ia falando e eu cada vez mais impressionado com tudo, com sua coragem de me contar tudo e eu arrependido de esconder dele. E ele continuou.
Era a primeira vez que ela falava no feminino, eu já estava emotivo e confuso, fui no automático e disse, não conte pra ninguém mãe, mas eu gostaria.
Ela me conduziu pra cadeira, virou-me contra o espelho e foi pegando algumas coisas, mas antes fechou a porta agora com chave e disse ser para termos privadicade. Pediu para eu não falar mais nada apenas fechar os olhos e ela iria me dar alguns comandos.
Fiz, foi tal de puxa, estica, esfrega, esborrifa, bate, pincela. Eu sentia essas coisas, mas nem sabia de fato o que cada uma fazia ou tinha. Pediu para eu abrir a boca, passou um batom, isso eu sabia já vi muitas vezes. O mais difícil foi mexer nos meus olhos, mas passado sei lá quanto tempo pediu para eu sentar mais na ponta e colocou as meias, pediu para eu levantar, ajustou erguendo o vestido baixou e ouvi-a andando e voltando pediu para eu sentar, novamente. Senti vestindo um calcado em mim, colocou-me em pé e pediu para não abrir os olhos, mas ir devagar ao seu lado ate o espelho. Colocou-se ao meu lado e pediu para abrir os olhos.
- Olha eu nunca me vi tão lindo mãe, o que a senhora fez, como que estou tão menina. Estou linda como à senhora. Mãe eu sou uma menina!
- Filho, quer dizer, Filha eu fiz só o básico, creio que acabamos de descobrir que você esta se transformando em uma menina, fique tranquila, vamos tentar conviver com isso e ver como tratar e resolver entenderei o que você decidir, mas por enquanto eu digo que você esta linda e é uma princesa sem dúvidas, amei te ver assim. E Você?
- Mamãe, confesso que já gostava de meu corpo e os sentidos que ele me davam ao tocar, sentir, no banho e só é esquisito no dormir. Mas agora estou amando, me sinto diferente, me sinto mais próximo de você, me sinto feliz e acho que não quero mudar isto. Só é confuso me ver ainda com roupas e coisas de menino, tá muito confuso tudo isso.
Ai ouvi pela Terceira vez a palavra FILHA.
- Filha, vamos com calma, sei que é a primeira vez que te vejo e você se vê mulher, Mas o mundo não é esta fantasia que estamos vivendo agora, é real e cruel, principalmente por você ser uma menina diferente. Vamos fazer o seguinte, no fds irei despachar todos da casa pros seus tios ficarei eu e você e vamos passar o sábado e domingo como mãe e filha, com tarefas, atividades e tudo mais e ai no domingo à tarde vamos voltar a falar sobre tudo isso. Tá bom.
- Sim mãe, obrigada!
Agora aproveita tira a roupa entre no banho e lave tudo, ate este rostinho angelical. Não queremos ninguém descobrindo seu segredo.
Matheus terminou de falar e estava com lágrimas saindo de seu rosto, eu estava no impressionado, completamente impressionado e feliz pela demonstração de coragem e confiança que ele depositava em mim.
Ai ele terminou.
- Tivemos o fim de semana, foi maravilhoso e eu e mamãe decidimos que irei me transformar em uma menina, assim que as aulas acabarem, já vimos um colégio especial, os exames saíram e tenho uma taxa grande de hormônios femininos no corpo, medico disse não ser raro. E agora estou tomando alguns outros para ajudar no processo de frear algum hormônio masculino. E completou
- Posso te mostrar algo. Mas antes preciso que você feche os olhos e não abra, melhor, deita ai na cama fica debaixo das cobertas que já te chamo. Mas antes olhando nos meus olhos prometa que guardará segredo.
Ouvi-o, prometi.
Embaixo das cobertas, senti levantar, porta sendo trancada com chave, ouvi barulho no armário, gavetas na escrivaninha, parecia bem agitado. Se demorasse mais um pouco eu dormia embaixo das cobertas, mas a curiosidade era muito maior, algo que não sentia até então.
De repente senti um cutucão, não ouvi nada. Prestei atenção e uma voz mais suave me chamou.
Tirei o cobertor e atônito, sentei na cama.
Em minha frente, uma menina de baby dool, com um baton rosa suave, rosto com um leve tom pêssego e nos olhos com um lápis, calcinha fina de fio dental, mas realmente os seios eram muito maiores que os que tinha visto no passado, estavam soltos, levemente pontudos pelo fino tecido da roupa. Nos pés uma sapatilha/sandália de salto baixo pernas depiladas ou sem pelos acho que descoloridos e o cabelo preso com uma tiara bem feminino, ornando com os brincos de argolas grandes.
Não sabia o que dizer, mas percebia que eu estava feliz, pois era o que eu demonstrava. Ele pediu para eu levantar e veio e me deu um longo e perfumado abraço. Afastou-se levemente e disse.
- Oi, deixa-me apresentar. Sou Lorena, espero poder ser sua amiga e confidente, Matheus falou para eu cuidar muito de você, quando ele for embora.
Eu simplesmente me apaixonei por aquela menina. Peguei-a pelo braço, coloquei sentada na cama e não sei como tirei forças e falei.
- Olá Lorena, quero dizer que você esta linda, apaixonante, acho que se existe amor entre nós eu me descobri agora apaixonado por você, mas se posso ter errado no passado com Matheus, com você quero ser o mais transparente possível. O que vou fazer agora é muito importante para mim também, então não me julgue, sou ainda uma criança aprendendo a ser adolescente, você é mais madura que eu com certeza.
Sentei próximo a ele, fui lentamente subindo minha camisa e mostrando a ele meus seios já formados. Peguei sua mão e disse.
- Toque os, não sei como iremos lidar com tudo isso, mas queria ser sua namorada, vendo você assim tenho coragem para me assumir também. Tá muito confuso ainda em casa, mas agora que somos três acho que seremos três mulheres em casa. Não quero ficar sem estes seios e adoro as roupas de mulher embora há tempos não use. Queria te contar que já usei duas vezes roupas de menina, uma delas uma minissaia, mas não tinha coragem de falar com Matheus, vou te contar tudo agora.
Matheus colocou o dedo em minha boca pedindo silencio, levantou-se abriu uma das gavetas, tirou um novo conjunto de babydol. Uma calcinha me deu e disse, se é isso que você quer, troque-se e deita aqui comigo acho que temos muito a descobrir juntas e sim eu amo você também.
Ali mesmo retirei o resto da roupa, me vesti, mas ainda estranho ele falou.
- Perai ai, fui injusta, senta aqui. Esses últimos dois meses aprendi muita coisa com mamãe e quero agora te ensinar. Pegou um lápis, um batom e foi me modelando com creme e uns pós, sem eu olhar pro espelho, ao final me deu um brinco de pingente prata e uma gargantilha escrito LOVE em pedras colocou em meu pescoço e disse pronto agora sim esta é a menina que eu sempre irei amar.
Virei-me, olhei no espelho e comecei a chorar.
Lorena me envolveu pelas costas e disse, vem aqui, não chore, vamos descobrir tudo juntos de agora em diante.
Deitei e nos beijamos apaixonadamente, foi à coisa mais linda que senti. De repente, ele foi descendo e beijou-me na altura dos seios enquanto sua Mao corria por minha calcinha.
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A menina que sonhei ...VIII
Já estava me perturbando o precisamos conversar, nos últimos dois dias era essa a frase que iniciava cada conversa, embora eu tenha usado para com o Matheus, mas é aquela historia, só irrita quando é com a gente, fazemos às vezes sem perceber.
No primeiro intervalo quando ia falar com ele minha irmã apareceu e pediu licença, veio conversar comigo sobre a mamãe e dizer o que tinha conversado com ela, falou praticamente o mesmo que eu, mas disse que infelizmente a mãe indagou sobre as roupas antigas reformadas no sexto de roupa e ai ela teve que contar que fez experimentar para ajustar. Não falou mais nada comigo até por que o intervalo era curto e eu nem dei o recado pra mãe.
No outro intervalo fui eu que a procurei pra falar do recado de mamãe, fui junto com o Matheus, pois ele não sai de perto.
Chegou próximo ao recreio, a inspetora me chamou para ir a Diretoria, pedi para juntar minhas coisas e ir imediatamente, cheguei lá minha irmã já estava lá, olhos cheios de lagrimas e veio correndo me abraçar, sem entender o que de fato havia acontecido, chegou uma mensagem no celular dela dizendo que o UBER já nos esperava lá fora.
Minha irmã só chorava, não falava coisa com coisa, aquilo foi me agoniando.
AO entrar em casa meus irmão estavam com uma cara horrível, minha mãe veio, olhou pra minha irmã e perguntou:
- Você não falou nada, como lhe pedi.
- Não mãe, nem conseguiria, mas não iria lhe desobedecer de forma alguma!
EU já não entendendo nada, agoniado falei.
- Ei, planeta terra chamando, tô aqui, será que alguém pode me explicar o que ta acontecendo.
Minha mãe me pegou pela mão, foi me conduzindo até seu quarto, senti medo.
- Eu quero que você ouça com calma, infelizmente aconteceu algo ruim com seu pai.
- Mas ele estava bem, o que foi ele é forte mãe, não sei por que vocês estão chorando estão preocupados a toa, ele me disse que já estava voltando aquele domingo.
- Não filho, aconteceu que ele teve uma crise nos rins por causa e tanta medicação, não suportou e infelizmente sue pai Morreu.
- Nossa eu pulei no colo dela e comecei a chorar, a dizer que era mentira, que não era verdade,, que era uma brincadeira ridícula, chorava e gritava bobagens, minha mãe foi me fazendo carinho, me acalmando, foi um processo demorado até me acalmar.
Aquele fim de tarde e inicio da noite foi horrível, eu entrava e saia dos quartos de mamãe, meu e minha irmã e irmão procurando algo pra lembrar-se de papai, era um ou dois minutos juntos e já voltávamos a chorar e ai íamos cada um pra um canto, voltávamos nos encontrávamos e assim foi ate que mamãe que havia saído voltou.
- Venham todos aqui!
- Acabei de fazer os procedimentos de liberação do corpo de seu pai, dos papeis do cartório e agora o corpo esta sendo levado ao local do guardamento. Como ele estava com problemas graves de infecção, não teremos nenhum contato com o corpo, será em caixão fechado. Sei que é duro, não queria isso, mas temos que ser fortes e mostrar o amor que temos para com ele respeitando a todos neste sentido. Vocês ficarão ate às 23hs e vão para casa. O colégio já foi avisado. Seus dois irmão vão ficar na casa do irmão de seu pai e vocês dois vão ficar na casa de sua tia minha irmã. Fiz isso, pois os primos estudam juntos e vocês já tem uma rotina normal, vamos tentar mexer o mínimo com nosso dia a dia. Vou precisar de uns dias sozinha, por as coisas em ordem, e não quero vocês vendo eu chorando ou nada por pior.
- Mas mãe a gente é uma família vamos ficar juntos, disse o meu irmão mais velho eu te ajudo nas coisas, já faço 18 anos mês que vem.
- Não filho, agradeço, mas é uma carga pesada, vivi isso quando seu avós se foram e prefiro poupar vocês de algumas cenas e acontecimentos, acreditem, será melhor assim e cada um terá um pouco de tempo para absorver isso.
- Mas mãe agora somos os homens da casa disse meu outro irmão puxando mais velho pro lado e eu junto. (Confesso que era a primeira vez em meses que eu era incluído em algo junto com eles isso me deu um sentimento puro no coração e já comecei a chorar).
- Não, disse mamãe e completou. Agora é assim que eu decidi, vou precisar de um tempo pra realinhar nossas vidas e não quero deixar vocês abandonados aqui sozinhos pq ate tudo se resolver não terei tempo nem pra mim. Já pedi 14 dias de afastamento e os dias de luto de direito e voltamos a nos encontrar no fim do mês, sua irmã ira montar suas malas e logo mais seus tios e tias passam aqui levam vocês para casa e nos encontramos no velório.
Sei que se eu achava que minha vida estava confusa agora o caos era meu companheiro em definitivo. Esqueci tudo e todos era apenas meu pai e nossos momentos juntos que estavam em minha memória.
Enquanto arrumávamos as coisas recebemos inúmeras ligações no fixo, nos celulares, nossa nunca ouvi e imaginei tanta gente preocupada e solidária conosco. Mas uma das ligações que ouvi era da escola. Faltavam duas semanas para o fim do primeiro semestre, e a diretora mesmo indicou que se mamãe preferisse que poderíamos ser dispensados sem falta, pois tínhamos excelentes notas e isso depois seria reposto com uma atividade simples. Ouvi mamãe agradecer e dizer que veria conosco e nossos tios que estariam no apoio.
Realmente aquela noite o dia seguinte foi horrível, prefiro nem comentar, espero que entendam. A semana passou cinza, fria e triste. Minha irmã pediu para nosso tios levarem a gente pro ultimo dia de aula, que era menos aula e mais despedidas, queríamos sentir a presença de nossos amigos, nós quatro que agora estávamos mais unidos, mesmo separados achamos que seria bom, retirar o luto e tentar levar a vida da melhor forma possível.
Chegamos eu e minha irmã na escola e realmente, o clima era de euforia, mas percebíamos que conosco a alegria ela de nos ver bem, recebemos tantos abraços e demonstrações de carinho que foi realmente importante termos retornado, acho que entraríamos em uma depre nas ferias difícil de superar se não tivéssemos aquele dia como o dia de voltarmos à vida normal, ou próximo a isso.
Não sei se 13 dias foram suficiente, mas meus colegas estavam diferentes, alguns já com mudança de voz, uns esticaram acho que uns 10 cm e eu e mais dois ou três ainda normais, lógico que o Matheus aparentemente igual a mim. Todos pegando no pé um do outro, tinha uns que pareciam idolatrar seus três fios de bigode como se fossem o ápice da entrada na juventude, puberdade ou sei lá como chama essa fase ridícula.
Poderíamos ter curtido mais, mas nos esforçamos para não transparecer ainda nosso estado de tristeza, não era justo com todos e realmente, precisávamos logo voltar ao mundo real social.
A única coisa que notei, mas devo ter visto coisas foi que Matheus havia furado seus ouvidos e desta vez sem o tradicional boné, seu cabelo estava sem o corte tradicional que há anos eu e todos os meninos tínhamos antes das férias, como tem coisa que parece pandêmico, o corte de cabelo antes das ferias, pq parece que extremo soltos no pasto e ninguém pega rsrsrs.
Ficou ao meu lado o tempo todo, sempre preocupado, atencioso, olha fez a diferença para mim aquele dia, Ricardo ficou próximo, mas volte e meia saia com os outros grandalhões e cinco cm a mais zoar algum outro colega, marcar alguma atividade pras férias.
Ficamos mas uma semana na casa de nossos tios, e recebemos a noticia que mamãe pediu para retornarmos, as coisas já tinham se resolvido em casa e tudo mais.
Voltamos para casa, minha mãe fez algumas mudanças, discretas, mais em seu quarto e na garagem e sala. Ela dava a impressão que ia desmoronar de tristeza, mas recuperava o fôlego e achava algo pra fazer.
Dois dias depois de retornarmos, ao ela receber uma notificação pediu para nos reunirmos na sala para uma conversa.
Havia procurado um advogado para receber o seguro de meu pai, a indenização pelo acidente, os meses atrasados enquanto ele estava afastado e o INSS não pagou e ajustar as contas que meu pai tinha e demais coisas que ele tinha e não sabíamos.
- Bom meus filhos, é reconfortante te-los aqui novamente, peço desculpa mais era preciso um tempo, quase não fiquei em casa de tantos lugares que fui cartórios, advogados, na empresa, no hospital atrás de certidões e tudo mais. Mas não vem ao caso, fato que hoje recebi uma notificação e é isso que quero lhes falar.
- Seu pai, do jeitinho dele, desde o acidente, sem eu saber, havia conversado com nosso advogado, esperando o pior é claro, preparou tudo para caso ele nos deixasse. Ele nos amou, desculpe, ele nos ama até hoje, tenham certeza. Nosso advogado foi instruído a apenas falar quando tudo fosse resolvido. Com isso agora temos um valor razoável no Banco, temos quatro terrenos naquele loteamento que abriu há cinco anos, seu pai ia dar de presente a cada um e vocês ao completar 18 anos.
E continuou.
- No final, só precisei ver a indenização e seguro, mas já estava tudo bem encaminhado, usei o resto do tempo longe de vocês para doar as coisas dele, me desfazer de alguns acúmulos (coisas de seu pai), vieram amigos e tios buscar coisas que podiam ser mais bem aproveitadas. Enfim deixando o que nos importava como lembrança, demais coisas foram muito bem doadas como é nossa tradição familiar e desejo de seu pai.
Voltando ao assunto de estarmos bem encaminhados, quero dizer que isto não nos da uma garantia eterna, dinheiro vem, dinheiro vai, então temos que começar agora com calma, reajustar nossas vidas para manter este bom padrão. Os gastos do hospital seu pai obteve reembolso da empresa. Ele acabou entrando com aposentadoria por invalidez e saiu agora à notificação que esta tudo ok. Sei que é estranho falar em dinheiro, mas alguns de vocês já estavam falando pelos cantos sobre isso preocupados, entendo que estão maduros para saber o valor das coisas e como o mundo funciona. Quero tranquiliza-los.
- Tirem o dia para colocar num papel o que desejam pro futuro, vamos equilibrar nossas despesas e projetar este futuro que é o que o seu pai mais desejava, vamos deixar essa homenagem a ele de valorizar seu legado e seus sonhos, ao permitir que cada um de nós faça o que deseja. Não me respondam agora, usem hoje e amanha, na sexta feira voltamos a conversar todos juntos, se precisarem estarei livre pra trocar ideias.
Foi uma boa reunião, eu estava bem instável emocionalmente. Acho que o que meus amigos da escola estavam passando com hormônios acontecia o mesmo comigo, só que o que me chocava que ao invés de pelos e bigodes, meus seios aumentaram quase o dobro, minhas pernas ficaram grandes nas coxas e eu senti uma bunda bem mais apertada do que o normal. Cabelo cresceu, pelos não e minha voz estava suave, não fina, mas não dava sinais de mudar como os meu amigos estavam aquele dia em aula, nada de falhar a voz e engrossar, apenas ela suavizou.
Ninguém havia notado nada disso, pois estávamos cada um embora família, vivendo seus recolhimentos e respeitando o espaço de cada um. Antes de dormir fui ao quarto de cada um dos meus irmão e eles estavam mais eufóricos falando em seus planos, me deram algumas ideias do que eu fazer sai dali fui ver minha irmã que não falou nada sobre planos, apenas abraçou-me e ficamos deitadas juntas com ela alisando meu cabelo.
Acordei algumas horas depois e fui para minha cama. Minha irmã sabia me acalmar com seu cafuné e sentia que eu ali fazia bem a ela mesmo que ficasse muda.
Sonhei, acordei, tive pesadelos, acordei, sonhei, sorri e sofri.
Dois dias sem uma ideia sequer. Chegou à reunião, meu dois irmão já tomaram conta da conversa, cada um detalhadamente um falando sobre alistamento, projetos de startup. Nunca vi dois dias tão produtivos para eles, já achava eles inteligentes, mas agora vi que eram muito esforçados em seus sonhos e projetos. Foi tanta coisa que mamãe pediu para minha irmã e eu deixarmos para outro dia nossa conversa. Tratou de anotar ideias e como faria meu pai foi ligando para conhecidos, amigos e tal sei que com cinco ou seis ligações já ajeitou para meu irmão mais velho apresentar no dia do alistamento uma carta de recomendações que um amigo coronel iria nos enviar, que mesmo com a morte do meu pai, ele poderia ser alistado embora fosse padrão ser dispensado.
Meu outro irmão já viram uma tia em SP, aonde meu irmão iria fazer uma entrevista na outra semana, já aproveitando a ultima semana de férias e se tudo desse certo iria mudar para uma escola técnica de lá, novamente com ligações de conhecidos e etc. e já iria mudar-se (sabíamos que ele não iria decepcionar na entrevista era mais certo ele do que o piloto rsrsr).
Minha mãe falava nas ligações com uma serenidade, mas desligava e quase desabafa a chorar, era nítido sua dor por mais perdas não mortais mais sabia que a síndrome do ninho vazio já se espreitava, só não sabia que iria ser já de imediato.
Sei que entre a reunião e tudo se resolver foram três semanas, já havíamos voltado às aulas estávamos oficialmente na segunda semana, mas de aula mesmo era a primeira. Agora tínhamos uma casa com cinco quartos, dois vazios, um incompleto (pela falta de papai) e eu e minha irmã ali dominando nosso espaço. Já fazia algo de um mês sem sequer abrir o atelier, eu ate sentia falta, mas a falta de papai, mesmo nos dias longe no hospital ainda reinava em mim.
Meu irmão recebeu a noticia que iria ser chamado pro exercito, bastava terminar o ano e iria engajar (era assim que ele falava) já em dezembro. Meu irmão Nerd, esse na terceira semana de aula foi aprovado na outra escola, e no inicio do outro mês ia começar já um estágio.
No outro mês descobrimos (embora meu irmão piloto soubesse) que ele teria que mudar para Resende no RJ, quando deu a noticia a mamãe, já foi com a informação que estava mudando aquele mês para lá que outro tio, irmão de meu pai, já tinha conseguido transferência pra escola e já ia liberar uma edícula para meu irmão morar, este meu tio só tinha quatro filhas e tinha meu irmão agora como seu filho, na responsabilidade de ser o Pai em respeito a seu irmão.
Minha mãe caiu em prantos e abraçado ao meu irmão desejou a ele todo sucesso do mundo, abraçou a nos dois caçulas e disse vocês que ainda não conversamos, nem pensem em sair daqui que eu não vou suportar. Abraçou-nos e há muito tempo que não víamos chorou por muito tempo, num abraço de amor e afeto.
Matheus sabia de tudo isso que acontecia, sempre estávamos conversando, mas por algum motivo, ele respeitou essa minha fase e não tocou em nenhum assunto seu, eu que cai em mim e no inicio de setembro fui conversar com ele após a professora propor uma atividade em grupo.
- Matheus, vamos fazer essa atividade juntos, agora eu que te digo preciso conversar com você, mas te ouvir sei que não te dei espaço nos últimos dias/semanas. Matheus parecia que tinha ganhado na loteria, me deu um abraço, nossa fazia tempo que não sentia aquela fagulha, aquilo veio com 10 vezes mais força, apertei ele e disse ao ouvido. Sinto muito sua falta.
Avisei mamãe aquela noite que no outro dia iria fazer atividade na casa de Matheus, a senti feliz, era a dica de que agora eu estava voltando definitivamente para minha vida de onde ela parou, ela nunca pressionou a nada, sabia que cada um tinha seu tempo e seu espaço e era chagada a hora de seu filho caçula retomar a vida deixando em definitivo o luto e a perda.
Sai de casa para a aula no outro dia e vi mamãe e minha irmã combinando uma ida ao salão para depois da aula, seria a primeira vez desde os fatos que iriam ter um dia para elas, agora era eu vendo a vida retornar ao seu rumo, isso aliviou a nos três de uma forma difícil de explicar.
A aula normal, terminado Matheus como uma criança recebendo doces me chamou e fomos de carro com sua mãe para a casa deles. Mesma rotina, trocar de roupa, descer para um lanche e voltamos ao quarto.
Matheus pediu para eu sentar na cama e ele meio deitado já foi falando assim.
- Lembra-se de nosso ultimo encontro, mamãe veio falar comigo, pegou-me ainda chorando, estava trocando de roupa, foi inevitável ela me ver, ai e que já estava chorando, abracei ela e soluçando fui falando tudo que eu sentia e estava acontecendo comigo, não falei de você apenas de mim.
- Mostrei meus seios e tudo mais, ela marcou um médico pro dia seguinte, não pude te falar, desculpe lembrar, mas foi no dia que seu pai faleceu e ai quero te contar tudinho.
Eu meio apavorado, mas feliz pela alegria que ele expressava fui, deitei meio de lado olhando para ele e ele foi falando, ficou meio sentado na cama e foi falando.
- Fui ao médico depois da aula, ele pediu exames, quando estávamos saindo da clinica e tinham tirado meu sangue sua mãe avisou, na escola não sabíamos de nada, mas antes preciso de mostrar algo.
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...VII
Nunca senti tanto medo e receio como aquela manha, do quarto ate a cozinha já foi uma sofrência, uma angustia cada passo o coração mais palpitava o medo, não saber o que haviam conversado a sensação do que aconteceu na casa de meu amigo e a ausência de todos na casa faziam o clima ideal para eu ter uma sincope, se eu tivesse marcador cardíaco bateria o Recorde de batimentos.
Chegar à cozinha e não achar ninguém, foi um misto de alivio e tão passageiro que ao ouvir o To aqui no atelier foi pior que um susto, me amoleceu da alma ao corpo, suava e tremia ou pelo menos era assim que me sentia.
Dobro do tempo pra chegar até lá. Entro no Atelier apreensivo, ela estava sentada na cadeira de minha irmã, a minha estava bem próxima logo ao lado.
- Senta aqui, vamos conversar filho.
Eu achando que podia desviar um pouco o assunto que nem começara falo:
- Ué mãe cadê todos, nossa essa casa é tão estranha sozinha, dá algo estranho né!
- Filho, seus irmão você já deve saber, estão na aula, sua irmã foi numa amiga, de lá vai pra aula, estamos só nos dois, mas já terei que ir pro trabalho às 12hs então não vamos perder mais tempo.
Eu fiz cara de surpresa, na verdade de bobo, era óbvio tudo o que ela falou, e sua voz era suave e meio debochada por falar o obvio.
- Filho, conversei com vocês dois aquela noite, mas não pude ter uma visão de um todo, ontem pela manha eu tive uma longa conversa com sua irmã e como você eu um jeito de fugir da conversa aproveitei e conversamos muito mais ontem à noite, até foi melhor, mesmo você tentando fugir, foi melhor para mim, para sua irmã e agora vamos ver se para você será?
- Com calma, sem pular partes, conte-me como tudo isso começou?
- Bom mãe, desde o incidente com papai, eu via que minha irmã estava muito atarefada, cheio e coisas, parece que mesmo não sendo a mais velha ela era a mais responsável de todos e a senhora vendo isso delegou ela as funções da casa.
Eu sendo o mais novo, restava pouca coisa para ajudar e cada dia a atenção que recebia me fazia passar melhor por tudo isso, um dia ela me pediu para ajudar ela em coisas simples da casa, e assim fui. Passado um tempo ela pediu se eu podia ajudar ela no Atelier, como não sabia como fui e fiquei lá ouvindo ela sempre falar o que estava fazendo, o porquê, isto me deu curiosidade e para não ficar um monologo dela, fui participando.
- Mas ela te obrigou a algo?
- Não mãe, eu ia ouvindo, às vezes ela abria uma revista e me mostrava o que eu não estava entendendo, essas coisas malucas de modas, puxa vocês tem nomes pra tudo e é muita coisa, falei rindo e ela deu ma risadinha. Então ai às vezes ela pedia para eu retirar botões, soltar zíper com a tesoura, desmanchar barras estas coisas mais destruidoras acho que condizia com meu perfil né rsrs. Desta vez ela nem mexeu um músculo da cara.
- Continue e essas sacolas.
Ah tá, me deixa falar. Ai ela trouxe um monte de roupas do armário dela que não serviam ou estavam surradas e pediu para ajudar a separar e eu fui brincando dizendo o que estava surrado demais, o que tinha algum reparo e algumas eu dizia que achava bonita nela, que gostava da roupa e assim ela foi separando em montes e ai um dia tivemos a ideia de vender e fizemos o outro saco é isso.
- Calma, eu sei que as vendas surgir semana passada, você passou muito rápido no tempo, tá me escondendo algo, depois que separaram o que fizeram?
Nossa a mãe devia ser detetive desses seriados, nossa ela sabia conduzir um interrogatório com uma suavidade de uma manada de elefantes, ao mesmo tempo em que era serena e cuidadosa com seus filhotes.
- Como assim, a gente arrumava as roupas e conversava.
- Conversavam, sobre o que tanto?
- Então mãe, eu que muitas vezes brincava ou ate errava mesmo o nome das coisas e ai tinha a manha toda a aula sobre aquela peça, onde usar, com o que usar o que combinava e assim ia dia após dia, às vezes eu conversava mais e dizia algo e a senhora não vai acreditar, mas alguma coias eu já sabia muito bem, legal né aprender coisas diferente. Era eu tentando um atalho pra conversa.
- Ai ela abriu o pacote de doação, jogou ali na mesa e foi conversando comigo sobre os estados de cada coisa, parecia solta nas palavras, ate me sentia falando com minha irmã e inconscientemente fui falando sobre isso e aquilo. Terminamos aquela pilha e ela jogou no saco de volta, pegou o ajustar e fez a mesma coisa, falava de defeitos ou estragos na peça e eu novamente concordava, mostrava algo que ela não tinha visto, e ela empilhou tudo e pós no saco, pegou o terceiro escrito especial e jogou na mesa.
Não percebi a armadilha, ela foi falando elogiando as peças e eu fui concordando, dizendo que achava legal, eram as mais bonitas e ficavam linda em minha irmã e pra cada peça ela perguntava, às vezes dizia como tinha comprado e às vezes eu dizia aonde ela usou e o que achei, cada peça ela dobrava com cuidado e ia empilhando. Terminou guardou no saco e pós ao lado.
Abriu o de vender e foi falando mais ou menos o que tinha custado que poderia vender por x ou y e eu concordava ria, me assustava com o valor nossa estávamos num clima gostoso, realmente era como se minha irmã tivesse ali ou na verdade minha irmã aprendeu com ela só pode. Quando terminou e estava tudo dobrado e no saco, eu achando que ia embora já desligado de tudo ela levantou, pegou os dois últimos sacos colocou ao seu lado. O de doação levou ate a porta, eu levantei e ia saindo.
Ela parou na porta deixou o saco e virou-se voltando pra cadeira, eu parei acompanhei com os olhos ela sentou e olhou pra cadeira ao lado.
Mãe fala com os olhos muito mais do que com palavras, pois sentei instantaneamente, mas nem sentia meu coração e nada estava bem tranquilo embora nem tenha percebido a seção de terapia rsrs.
Ai ela virou-se abriu um armário e retirou dois grupos mudas de peças amontoadas. Na hora vi o golpe fatal.
Na mesa estava o conjunto de camisa e shorts em um monte e no outro a minissaia e top com calcinha e soutien.
Colocou ali, na mesa sem falar nada, com uma naturalidade de quem Poe a mesa do café.
Eu hipnotizado só olhava a roupa, mais precisamente a com o soutien. Ouvi no fundo uma pergunta
- E essas aqui o que você acha delas?
Eu sentia meu lábios tremerem, coração na ponta da língua pulsando, todo suor e pânico voltaram em dose triplicada.
Ela empurrou as duas pilhas bem próximas, retirou o soutien e calcinha da pilha colocando no meio, pegou minhas duas mãos colocou em cima de cada pilha de roupa e disse.
Qual delas você quer me falar, ou melhor, me mostrar,ou como disse sua irmã, ver como ficou o ajuste! Eescolha uma.
Eu sabia que não teria saída, ambas me entregariam. Fui pela menos feminina, peguei o que tinha short e fui saindo, na porta ouvi.
- Não esqueceu nada?
Virei e vi-a segurando nas mãos o soutien e calcinha, mas com um semblante bem calmo e carinhoso.
Se já tinha achado que era o golpe fatal, agora sim vi o golpe mortal. Sem olhar para ela peguei e ia subir pro quarto quando ela falou.
- Filho, não precisa subir, troque-se ai no corredor estamos só nos, não irei sair, apresse-se meu amorzinho.
Fui rápido em pegar e sair dali parei no corredor e sem ter saída vesti a calcinha, soutien, camisa e short, dessa vez sem arrepios, acho que se senti o pânico escondeu. Respirei até pra ver se estava vivo ainda e fui a passos lentos de chinelo e apareci na porta.
Ela pediu pra chegar perto, com o dedo pediu para dar um giro. Fiz retornei ela falou.
- Faça lentamente, por favor.
De repente parei, o sorriso e o semblante calmo modificaram rapidamente ao ela olhar fixamente para meu corpo, parou exatamente no meu peito olhou no relógio de parede do atelier olhou pra mim, a cara dela era de tanto susto como a minha.
- Meu Deus,...
- Que foi mãe!
Ela entre o que estava vendo e olhando no pulso para ver novamente as horas disse.
- Agora não temos tempo. Vá para seu quarto, toque de roupa ponha o uniforme, vou esquentar o almoço no micro, estamos atrasados.
Subi, retirei a roupa, sem perceber dobrei tudo certinho, coloquei na minha cama e desci.
Almoçamos sem um ai, minha mãe parecia que estava em outro planeta.
Saindo ao chegarmos à escola ela falou, irei vir buscar vocês na escola, não me apronte nada, avise sua irmã.
- Sai do carro e percebi-a me levando com os olhos ate a porta da escola.
Nem vi meu amigo me esperando, junto com sua irmã e minha irmã passei direto e fui ate a sala para respirar um pouco.
Acordei do transe com meu amigo ao meu lado.
- Precisamos conversar, minha mãe veio falar comigo depois que te levou pra casa.
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A menina que sonhei ...VI
Nesse dia eu e minha irmã conversamos pouco, quase nada, eu tentava perguntar o que ela tinha conversado com mamãe e as respostas dela eram desconexas, não tinha como tirar dela, ou por que ela não queria ou por que mamãe pediu e isso me deixou pior ainda.
Na escola, no primeiro e segundo intervalo comecei a conversar com Matheus, ele não sabia de nada do que acontecia em casa, apenas do acidente de meu pai, não sabia como conversar com ele sobre meu trabalho com minha irmã, como eu estava me sentindo, mas como ele era bem próximo e sentia uma amizade fora do comum entre a gente iniciei a conversa assim:
- Matheus, você sabe que é meu melhor amigo, acho que muito mais ue do Ricardo, ha muito tempo queria conversar mais com você, mas a gente andou se afastando ou é só impressão minha.
Minha surpresa que ele rapidamente falou:
- Nossa como me sinto bem com você me falando isso, há tempos também quero conversar com você, estou passando por algo que eu nem sei o que é não consigo dormir direito, são sonhos que mexem comigo e não adianta nem me perguntar que sonhos são por que não consigo lembrar, apenas vem à sensação que às vezes é ótimo e às vezes acordo suado, como se tivesse quase morrido no sonho, meu coração vai a mil. Mas o importante agora é você.
E continuou...
- Vi você estes últimos três meses mudado, mas entendi que era por seu pai, minha mãe tem conversado com a sua e fora isso nossas irmãs são amigas então às vezes ouço algo aqui e ali e queria te dar um apoio, mas fiquei com medo, não ficamos mais juntos de manha e agora é só escola e outra atividade depois da aula que estamos juntos. Ate bisbilhotei na escola se você tinha novos amigos, perguntei até pro Ricardo e ele por sinal ainda brigou comigo, disse que estava me metendo em lugar que não era chamado, parecia uma menina toda preocupada, nossa sério se não fossemos amigos desde a infância teria brigado com ele, mas eu sei que ele falou aquilo no impulso, gosto muito dele.
Nossa ouvir tudo isso dele foi me dando algo que nunca havia sentido, não era ruim, era bom e quase chorei, realmente eu estava muito emotivo essa semana, sei que demos um abraço um no outro, mas algo estranho, ambos logo se afastaram como que se tivéssemos nos espetados, tipo agulha, ainda rimos achando que tínhamos tomado choque.
Bom com o caminho em aberto e sabendo dessa proximidade acima do esperado comecei:
- Matheus, e beeeeeeeeeeeeeeeeeep. Ia começar mais uma aula, falei pra ele, vamos conversar depois no recreio ou mais a tarde pode ser?
Com isso já começou a aula e voltamos aos nossos lugares.
No recreio, ainda estava receoso, mas Matheus já veio do meu lado e ficou mudo, como que esperando a continuação.
Eu olhei para ele e continuei
- então já fazem alguns meses que tenho ajudado mais em casa, tanto nas tarefas de casa, pois minha mãe esta se desdobrando em três pra atender o papai, nós e o trabalho dela. Com isso passo a manha nestas atividades e também to ajudando minha irmã.
Matheus parecia eufórico.
Eu sei vocês irão vender roupas né, ouvi minha irmã falar, ela ate ta pensando em doar algumas e pegar um bônus pra comprar outras, vi até ela com algumas roupas de sua irmã. Legal isso, mas ainda não entendi aonde você tá ajudando.
Ai já tinha começado, fui tagarela, já não era a primeira vez que minha língua estava mais solta estava mais falante do que o normal.
- Olha, eu faço coisas simples como arrancar botões, zíper velhos, com a tesoura desmancho as roupas. Tentava falar como se fossem coisas brutas meio revoltado, mas as palavras que saiam acho que já tinham me entregado, a cabeça minha pensava e dizia algo, mas o falar já não pensava igual.
Matheus foi só ouvindo, às vezes falava um como assim, e eu explicava mais com calma e ele foi perguntando e perguntando, acho que estava mais interessado no que eu fazia do que sendo eu fazendo, mas como não vi represálias foi libertador aquilo.
Terminou que eu disse tudo, só omiti o vestir e gostar, é enquanto eu media as palavras (ou tentava) era nítido em mim que eu amava aquilo e acho que isso transparecia no falar, era ai que eu me entreguei a ele e já na hora pensei, se Matheus entendeu imagine o que mamãe pensa.
Veio mais uma aula, novo intervalo e ai o Matheus, eu nunca o vi tão empolgado, queria saber mais, só que a ideia era ele me ajudar não eu o inflar de novidades. Pedi para ele dizer o que pensava de tudo aquilo, mas antes fiz uma obsservação.
- Matheus, tudo isso que te falei, contei ontem pra mamãe, e ela quer conversar comigo hoje, depois da aula, me diga o que você achou e será que ela pensou o que.
Matheus era mais novo, mais era astuto, antes de dizer qualquer coisa ele falou. Pera ai tenho uma ideia. Passou uma mensagem pra mãe dele, dizendo que tinha um trabalho que havia se esquecido de fazer, e ia me convidar pra posar na casa dele pra ajudar, se ela podia convencer a Tia de deixar ele posar La em casa que ai ela vinha antes de nos buscar, passava na casa da tia pegava as roupas e íamos direto pra minha casa.
Novo sinal e eu na expectativa acho que isso vai dar M, mamãe não é de deixar pra depois, bom se der ela vai que esquece muito do que falei e ai é mais fácil.
No fim da aula, Matheus veio pro meu lado e disse vamos pra casa, minha mãe já conversou com a sua e tá tudo certo.
Chegando à casa de Matheus subimos pro quarto com as mochilas e a sacola de roupas e nos trancamos no quarto, como sempre fazíamos e ninguém estranhou. A tia já gritou para descermos pra lanchar, fazer o trabalho e já dormir que tínhamos que acordar cedo para ela me deixar em casa anda antes das 07.
Comemos, um lanche gostoso e rápido e a tia já disse, troquem o uniforme, ponham a muda de roupa de dormir, e nada de estripulias não tem outra.
No quarto fomos trocar de roupa, estranho como na gente a mudança não é percebida, mas nos outros muitas vezes soltam aos olhos. Quando estávamos nos trocando, assim que ambos rapidamente tiraram as camisas, foi nítido que paramos na hora a pressa.
Um olhou fixamente no corpo do outro e meio que juntos falamos, nossa seu corpo tá mudado. Eu olhei pra mim, olhei para ele e por instinto eu pus a camisa do pijama, ele não, ficou parado me olhando ainda sem camisa, um olhar diferente, carinhoso.
Tirei-o do transe e falei.
- Matheus, o que foi. Ele falou.
- Eu não tinha reparado que estamos com o corpo igual, você não notou nada diferente, parece que você tem pequenos seios e eu também.
Eu olhei para ele ainda sem camisa e falei.
- Sim, mas veste uma camisa, tá estranho.
Ele perguntou:
- Achei seu corpo bonito, você não gostou do meu!
Matheus parecia realmente em transe, estava falando coisas que eu queria mais não tinha a coragem, realmente ele era mais novo e alem de mais astuto agora vi que era mais carinhoso e atento a tudo.
Eu meio que resmungando disse. - Sim achei realmente você esta com um corpo diferente dos outros meninos, parece que ambos temos pequenos seios.
Ele se aproximou mesmo por cima da minha camisa me tocou e aquele arrepio, choque que sentimos no abraço voltou, sorrimos. Eu por instinto o toquei exatamente igual, mas como ele estava sem a camisa, o toque foi logo no pegueno seio. Ficamos neste toque suave, por um tempo, acho que uns 15 minutos e nos afastamos sem falar nada. Ele colocou sua camisa, e foi vestir o shorts eu fiz o mesmo e ambos demos as costas ainda na mistura de envergonhados, pensativos.
Aconteceu que daquele momento em diante a conversa foi mais suave, comecei a dar detalhes para ele do que estava fazendo, sobre a costura e tal, embora eu não seja a costureira, mas dizendo sobre as roupas, as sacolas inclusive a Especial e tudo mais exceto eu vestio de menina, achei que ainda era um passo a se pensar.
Mas em casa, minha mãe aproveitando minha ausência foi conversar novamente com minha irmã. Acho que medi errado este esquecer. A gente só tem 13 anos e acha que sabe mais que nossas mães.
Fomos fazer as tarefas, e depois jogar, mas nos entediamos rapidamente, isso nunca tinha acontecido. Ai a mãe dele veio no colocar pra dormir, nem precisou insistir o jogo nos entediou e fomos pra cama.
Nem bem ela fechou a porta, Matheus me falou.
- A gente ainda é super amigo?
Eu respondi:
- Claro, acho que agora mais ainda, afinal temos um grande segredo. Você não pensa assim?
Matheus respondeu:
- Sim Claro! Você é o melhor do mundo.
E emendou.
- Sei que estou com o corpo igual ao seu, mas posso tocar o seu sem camisa, eu olhando nos olhos dele disse, pode sim, vamos tirar as camisas, e ficamos agora muito mais do que 15 minutos nos tocando, de forma suave. Apenas passando os dedos, colocando o pequeno seio na mão, sem apertar, estávamos com medo do que viria pela frente. Tocamos nossa pele, braço, pescoço e barriga. Ai ele viu meus furos no ouvido e sentou na cama assustado. Eu sentei e comecei a contar o que significava e assim fomos conversando, colocamos as camisas e de forma lenta e gradativa fomos pegando no sono.
Acordamos antes e já fomos pro banho e novamente nos tocamos, só que desta vez estávamos nus e pude perceber que ambos estavam com um corpo mais cheio de curvas do que o normal. Algo ali estava me intrigando.
Estávamos ali brincando no banho, quando ficamos bem próximos, nos tocando e estávamos próximos demais, íamos acabar nos beijando quando ouvimos a mãe dele gritando no corredor para todos acordarem e irem pro banho que o café já iria sair e ela tinha pressa.
Eu sai primeiro, me enxuguei, me vesti com o uniforme e sai rápido do quarto com minha mochila e sacola. Ele demorou mais, a mãe dele foi buscar e ele estava chorando, perguntou se ele não ia junto, se estava doente, com alguma dor ou algo ou se havíamos brigado, ele disse que não. Ai ela falou que iria me levar e depois conversavam.
Sai logo em seguida, não vi e não conversei com ele quando sai, nem pelo celular, pois nem bem cheguei em casa minha mãe estava a postos, me esperando.
Entrei e minha mãe tirou o celular do ouvido e disse:
- Tire este uniforme antes que suje, vai tomar um banho, faça um lanche e to te esperando aqui, vamos conversar. Ainda pude ouvir um tchau Doutor.
EU de bobo falei, a tia já deu lanche e já tomei banho no Matheus, no automático eu e minha boca. Ela nem esperou eu falar mais nada e disse:
Então troque o uniforme, ponha uma roupa qualquer e desça. Procurei minha irmã e não achei meus irmão nem sinal só estávamos eu e ela.
Desci fui direto pra sala, mas não a achei ai ouvi um chamado.
To aqui no Atelier venha aqui!!!
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A menina que sonhei ...V
É duro para quem não convive com amores incondicionais como os de pais e filhos, imaginar que gestos de carinhos nos enchem de alegria e suavidade, embora fosse visível o estado de Papai, sabíamos que seu abraço, nas condições que estava, poderia ser fisicamente incompleto, mas era muito mais cheio de afeto e respeito do que jamais podíamos imaginar.
No momento, não medimos esforços e sorrisos para animar ele e também mostrarmos o quanto a recuperação dele era importante para nós.
Ele estava melancólico, por inúmeras vezes pedia que um de nós se aproximasse e ele contava algumas historias de nossas infâncias juntos, férias, planos e tudo mais.
Pena que as horas foram poucas, mas foram como disse suficientes para todos saírem dali realizados com a visita.
Aquela foi uma noite de alegria por papai e um incômodo pra dormir, assim que o dia amanheceu fui correndo ao quarto de mamãe, mas ela estava tão agitada ao celular e vi que não eu atenção ao que falava.
Se eu lhe falasse que tinha um ET na minha cama, ela responderia no automático.
- Sim filho, depois a mãe vê isso com você, ok?
Vi que a resposta era a mesma e decidi não perturbar ela, fui pro café, que já estava pronto e meus irmãos estabanados estavam no final de seu lanche, minha irmã estava terminando o meu e o dela, fazia isso, pois ela me falava que se servisse tudo junto não sobraria nada para nós duas.
Sempre que ela usava falar no feminino comigo, eu ficava pensativo, cada vez mais.
Neste café, ela falou aos meus irmão que era bom a gente pensar algo pra ajudar a família financeiramente, pois ouviu dizer pra uma de nossas tias que as coisas ficaram feias, mas não soube dizer como ou o que, pois assim que percebeu que ela estava ouvindo, desconversou e saiu para o quarto falar ao fone deixando minha irmã perdida na sala.
Meu irmão mais velho estava pra completar 18 anos, tinha uma paixão por aeronáutica, já o outro era um Nerd em informática, mas até agora a única coisa que sabíamos que traficavam itens de jogos com os amigos em troca de itens como fone de ouvido, memória, pen drive. Na verdade ele abastecia a todos nós com alguns objetos de ponta, em troca de não perturbar tanto ele assim nos jogos.
Naquela segunda, eu e minha irmã não mexemos em nada no Atelier, em questão de reformar ou ajustar. Na verdade abrimos novamente todos os sacos e ficamos imaginando o que ali poderíamos vender em um brechó e o que podíamos vender para suas amigas ou minhas para arrecadar algum dinheiro, afinal a volta do hospital o lema era economizar e ganhar dinheiro para dias que viriam.
Ao final daquela manha tínhamos modificado e muito nossas metas de reformar e ajustar, agora tinha outro saco plástico escrito Vendas. Eu lembro que quando encerramos eu falei que havia ainda algumas roupas nos armários ali, mas ela desconversou e disse que por hoje aquilo já servia e era um teste para ver se conseguiríamos algo.
Mamãe já havia no passado falado sobre isso, pois quando levava algumas mudas para doação no hospital, suas amigas quando sabiam que eram reformadas por nós queriam sempre ajudar oferecendo para comprar, pois muitas delas estavam como quase novas.
Aquela foi uma das poucas segundas que ao voltar da aula à tarde minha Irma me chamava direto pro Atelier, antes mesmo de eu fazer as tarefas escolares e trocar de roupa. Havia falado com mamãe e ela achou interessante nossa ideia e iria conversar mais tarde conosco.
Chegando lá já fomos separando as roupas em uma mesa, pelo estado delas e assim ficaria mais fácil. Mamãe chegou quando estávamos discutindo algo sobre moda e ajustes, só fomos perceber quando ela sussurrou, acho que já estava a tempos nos observando.
Pediu licença e começou a conversar sobre os comentários de suas colegas e pela primeira vez foi se inteirando de fato do que cada um de nós fazia ali, como escolhíamos o que modificar, por que etc. Cada vez ela parava um pouco, pensativa e ai continuava.
Em um dado momento ela perguntou, para mim, como eu me sentia fazendo aquele trabalho, se não achava estranho nem nada.
Eu disse que no começo estranhei, mas ou era isso ou ficar trancado no quarto e assim ajudava minha irmã que sempre fora carinhosa e atenciosa comigo.
Perguntou se eu já fazia tempo que estava tão conhecedora de moda.
Novamente a frase no feminino mexeu comigo e falei naturalmente que me achava muito esperta.
Mamãe ao ouvir eu falar no feminino, olhou para minha irmã meio querendo saber se tinha ouvido certo, mas como minha irmã não disse, nem fez entender nada minha mãe foi um pouco mais fundo na pergunta.
Perguntou primeiro para minha irmã se tinha divisão de tarefas, qual era meu papel no atelier. Minha irmã disse fazemos tudo juntos horas.
Mamãe então olhou para mim e perguntou como era minha ajuda, o que de fato eu fazia nesse Tudo junto!!!
Ai falei que desmanchava algumas peças que minha irmã mandava, perguntava muita coisa sobre o porquê de cada coisa, nomes das peças, nome de cores, em que estação ou com o que combinava, pois depois eu mesmo escolhia algum conjunto e propunha arrumar.
Mamãe vendo eu com a língua solta perguntou. E o que mais?
Eu fui falando que ajudava a escolher o que ia para doação direto, o que ia para reformar e às vezes mostrava qual eu gostei, falando dos sacos e que agora tínhamos criado um quatro escrito venda para a ideia que estávamos discutindo antes dela chegar.
Senti que mamãe pegou algo no ar, olhou para minha Irma e disse, amanha você precisa conversar comigo tá, acho que por hoje já fizemos e falamos muito, estou ate confusa com tanta informação, terminem de organizar isto, amanha façam as tarefas da escola e não mexam mais em nada ate voltarmos a conversar ok, to precisando realmente pensar em tudo isso e o caminho que esta tomando.
Minha irmã ficou muito estranha, mamãe saiu e ela tremia ao mexer nas coisas e era nítido sua voz de medo e preocupação.
Resmungou algumas vezes:
- Eu devia ter pensado que isso ia acontecer;
- Será que não falamos demais, eu não estava preparada pra estas perguntas;
- Tinha que ter falado com ela sozinha;
Eu ouvindo estes e outros resmungos perguntei:
- Eu fiz algo de errado, desculpe, estraguei alguma coisa, me fale.
- Não vou mais poder te ajudar?
- Mamãe tá brava com a gente?
E assim fomos o fim daquela hora entre um resmungando, outro falando com as paredes, éramos duas baratas tontas.
Na manha seguinte, não sei se por sorte ou azar mamãe conseguiu uma folga, fez nossos cafés todos juntos, e assim que meus irmãos saíram, pediu para eu subir fazer as tarefas normais e as da escola e aguardar ela chamar.
Falou para minha irmã, terminar de limpar a cozinha e subir para o quarto ela o mais rápido possível.
Essa mudança de rotina, a forma como ela estava falando fizeram eu até esquecer que não estava dormindo direito. O clima estava tenso e eu tinha certeza que era com nosso pai e com eu estar no atelier. Em ambos os casos eu ficava cada vez mais aflito, agora alem do mal estar estava muito mais emotivo do que o normal, acho que estava ficando adolescente e eram coisas da idade.
DO quarto ouvi o inicio da conversa assim que minha irmã chegou ao quarto de mamãe, ela já iniciou assim:
- Filha, o que esta realmente acontecendo nesse atelier, feche esta porta e não me esconda nada, sabe muito bem que posso acabar rapidinho com tudo isso.
Fazia tempo que não ouvia esse tom, realmente o clima na família estava tenso, melhor eu não incomodar ninguém com meus pequenos problemas.
Terminei minhas tarefas, estava saindo do quarto quando ouvi minha irmã chorando, saindo rapidamente do quarto e trancando-se no seu, minha mãe, percebendo que eu tinha saído, gritou::
- Eu não pedi pra você sair somente quando eu mandasse? Tá bisbilhotando o que? Já terminou as tarefas, se arrume já ta em cima da hora e na volta da escola vou conversar com você!
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...IV
https://www.casadoscontos.com.br/texto/20210566Chegando ao atelier, peguei o conjunto de minissaia e top e ia saindo quando lembrei, se vestir sem os acessórios terei perdido o tempo e será mais um dia para ajustar, quer saber, abri o armário, peguei a mesma composição de soutien e calcinha, fechei o armário e fui para meu quarto.
Larguei as coisas na cadeira, arrumei a cama, recolhi o material e tudo mais coloquei na mochila e tirei a roupa.
Novamente a sensação de vestir-se, quando a calcinha chegou aos joelhos, a pressão fez aquele novo arrepio, mas vesti rápido, ajustei soutien, coloquei o top e vesti a minissaia. Nossa como fazia falta um grande espelho no quarto, nem bem terminei já fui pro atelier, queria ver como estava antes de minha irmã, mas no meio do caminho já vi indo pro Atelier chegamos juntas e ela pelo espelho me viu chegando.
Novamente foram elogios e brincou que eu estava linda, fiquei vermelho e ia fazer uma cara pra chamar atenção pelo ela, mas ela foi mais rápida, emendou linda esta roupa não, combina com o top e com você.
Agradeci e perguntei, precisa ajustar.
Ela pediu para eu dar uma volta, ficaram uns 15 minutos nisto de vira, faz uma volta, olha costas etc., parece que estava me testando e quando eu dei uma volta rápida ouvi um assobio dela, e a sensação foi gostosa, de ser elogiado ou elogiada, confesso que já eu mesma começava a me confundir com meu gênero.
Ela então pediu para eu sentar e foi falando sobre outras coisas que combinavam com aquela roupa, como tipos de calçados, meias, e não parou por ai, apontou o dedo para mim e disse, veja como você esta sentada, nem parece um menina comportada.
Olhei na hora pro espelho e vi que a calcinha ficava aparecendo, fechei as pernas e soltei um grito de raiva.
Minha irmã disse:
Se você quiser, eu te mostro como andar e sentar com este tipo de roupa, minissaia, saias e vestidos. Mas só se você não se importar.
EU senti um carinho na voz e no pedido que já feliz demais com o elogio disse que tudo bem, mas só pra poder ver se a roupa ficava bem ou se não era meu jeito e menino de vestir e sentar.
E fomos boa parte da manha com aquilo, mas ela de repente falou. Agora que você sabe sentar e mover-se aqui, vamos ver isto lá na sala, no sofá, mas antes posso te pedir mais uma coisa.
Eu disse, mas e a mamãe, ela já saiu?
Sim saiu antes do café, tinha uma reunião com a equipe do hospital, iam decidir alguns procedimentos com papai e precisava chegar cedo para não atrapalhar o plantão dela.
Então ela abriu outra porta do armário e tirou uma sapatilha com um salto bem pequeno (eu não sabia o nome) e pediu pra eu colocar e disse, quando se usa vestido e saia o sapato faz toda diferença no ajuste e no corpo, veja você mesmo.
Tirei o chinelo que estava, vesti a sapatilha/sandália e fiquei em pé. Não é que senti já meu corpo diferente, como e tivesse pressionado um pouco a minha calcinha e minissaia. Fui andar e no automático me vi no espelho com um leve gingar.
Minha irmã pegou em minha mão e fomos pra sala, e ali ficamos o resto da manha conversando e ela me falando de pose, acho que levantei, sentei, peguei revistas no chão umas duzentas vezes rssrsrs. Mas cada vez ela me corrigia, ou me elogiava e mostrava uma forma diferente e assim fui.
Faltava ainda 1 hora pra almoçarmos, fomos ao atelier e ela abriu o pacote de especial e falou para eu novamente escolher algo que gostasse. Meio que no automático peguei um vestido de festa junina que ela tinha usado umas duas vezes, falei.
Vamos neste que ficava lindo em você, ela pegou e pediu para eu treinar o andar enquanto ela mexia no vestido, pediu pra e chegar mais perto e colocou-o na minha frente, e perguntou.
Vamos ajustar pra você?
Eu fiquei roxo, sem palavras não sabia o que responder. Olhei para o espelho e falei baixinho, será que fica melhor que a minissaia.
Só ouvi ela responder, só tem um jeito pra saber, quer tentar, se não ficar bom vai pra doação!!!
Aquilo deu certo ar de cumplicidade e a desculpa de que realmente não iria ser para mim e eu acenei a cabeça dizendo.
Sim mas não conta pra ninguém sobre hoje tá?
Ela deu a mesma piscadinha que tinha dado outro dia, mandou um beijo levantou e me abraçou dizendo!
Não se preocupe uma ira cuidar da outra em todos os sentidos, apertou-me e mandou eu ir pro banho e descer pra ajudar no almoço.
Subi, mas como ainda era cedo, fiquei no quarto e desta vez tentei tirar umas selfies sem aparecer o rosto. Só que demorei, e me assustei ao ver o horário no celular, tirei rápido a roupa, levei ao quarto dela, pus no cesto e fui para meu banho.
No banho a sensação do aperto continuou, mas percebi que algo estava diferente, já estava há tempos me sentido diferente, mas ainda não sabia dizer o que era.
Ai foi à rotina normal, aula, voltar pra casa, fazer as tarefas, conversar com a família, ver TV e dormir.
Não sei por que motivo minha irmã demorou mais nesta roupa, mesclando o ajuste com outras nisso já estávamos no inicio o inverno.
A questão de eu não ter mais vestido nada, para mim ficou estranho, parte queria pela sensação da roupa caindo pelo meu corpo, outra parte começava a achar sem graça as roupas herdadas de meus irmão e mamãe já fazia um tempo que não saia conosco pra comprar roupas novas.
Meus amigos ainda brincavam do mesmo jeito, às vezes com as meninas e às vezes quando conseguíamos com nossos irmão e primos. Notei que Matheus, que muitas vezes vinha lanchar em casa, estava também estranho, ele era pouco menor e eu diria mais delicado, mas achava que era pela idade, notei que ele se aproximou mais de mim e nem reclamava muito quando éramos excluídos dos jogos de meninos, dizia que era melhor brincar só a gente e que minha irmã era muito legal com ele. Já Ricardo andava impaciente conosco, volte e meia saia das brincadeiras e ia pra casa emburrado.
Foram duas semanas que realmente eu fiquei pensando nisso, ia perguntar segunda feira pra minha irmã, afinal ela sempre conversava sobre tudo comigo e saberia me dizer algo.
Naquele fim de semana fomos ver nosso pai. Fazia algum tempo que não visitávamos, pois era uma parte delicada da recuperação e mamãe dizia que havia riscos de contaminar, que os curativos ainda estavam aparentes e a imagem podia chocar-nos. Mas como ele iria fazer uma nova cirurgia logo, mamãe achou melhor que visitássemos e assim tanto papai e nós teríamos um tempo pra diminuir a saudades dele e ajudar a lhe dar animo.
Foi tudo maravilhoso naquele domingo de visita, tempo foi curto, mas Papai realmente estava precisando da gente, pois volte e meia ele ficava melancólico, quase que chorando e nos abraçava, nos apertava, nunca tivemos tanto carinho como aquele dia, foi realmente o melhor dia desde o incidente. Saímos dali outras pessoas, mas algo me chamou a atenção.
Pouco antes de irmos embora, papai chamou minha mãe em separado, vi que ele olhou para mim, falou algo e mamãe disse não se preocupe deve ser alguma fase do crescimento, os irmãos dele nenhum seguiu um padrão, não deve ser nada.
Minha irmã ouviu, ficou preocupada, mas logo mamãe pediu para darmos um forte beijo e abraço no papai que a visita havia encerrado e fomos pra casa.
Mamãe no pos pra dormir e chamou minha irmã para o quarto. Acho que teríamos instruções novas na semana que antecedia operação e a minha irmã deveria estar recebendo agora as ordens. Sempre era assim no inicio de cada fase da recuperação e papai.
Não consegui dormir, entre a emoção com papai e por que não estava me acomodando direito na cama. Na segunda iria falar pra mamãe.
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contosts · 3 years
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A menina que sonhei ...III
Desta vez, demorei pra executar a decisão que tinha tomado algo bobo, simples. Não via erro ou acerto era apenas um gostar de alguém e fazer sentir-se bem, sem medir consequências ou penalizar-se mais pelo ato. Para mim o erro foi não retribuir, era dado o momento.
No quarto:
Embora fosse a segunda vez, o que me perturbava era ter passado a noite em um sentimento de tristeza, dor o que decidi fazer comecei, como disse diferente, havia em minha mão um conjunto branco, ainda com etiqueta olhei com carinho o tecido era suave lindo, pleno em sensualidade que pela minha idade refletia em charme e delicadeza, ainda não tinha a relação entre delicado e sensual.
Tirei minha roupa, com tesoura cortei o fecho plástico da etiqueta, e separei.
Peguei suavemente calcinha, fui subindo ao corpo, ainda sem sentir a textura algo automático, quando chegou ao meio da coxa, um click na pele, na mente, nas mãos fez eu parar, derrubei ao chão, mas estático não saí correndo, não corri apenas fiquei perplexo com o que senti. A angustia até então que sentia, parece que ao tocar do tecido, ao pressionar minhas pernas deu lugar as antigas sensações dos sonhos que custo a lembrar.
Passou-se um minuto, dois ou 30 não sei, mas como em câmera lenta agachei-me peguei novamente a peça que cobria uma pequena parte de meus pés e voltei a subir, como é diferente quando se faz algo automático e quando se faz algo com os sentimentos aflorados, meu coração estava acelerado, pele arrepiada embora achasse que fosse frio.
Já havia passado o joelho, o click veio, e demorei mais ainda pra subir ate a cintura, nada ali encaixava, mas cumpri esta fase. Por curiosidade peguei a peça de cima e coloquei apenas sobre o peito, novo click, novo choque, mas ao invés de jogar, trouxe ao rosto, acariciei a pele com ele, apertei, estiquei o braço e vi, girei, estiquei, balancei. Um brinquedo diferente acho que era isso que meu consciente dizia, enquanto o inconsciente somava cada segundo a milhões de sensações.
Nas revistas que li, já veio um artigo sobre o primeiro soutien, ri, pois era exatamente essa cena que eu estava vivenciando, era como ler um livro e depois assistir ao filme, mas eu era simplesmente o protagonista.
Novos minutos entre prender ao contrario, girar e passar os braços. A gente não analisa nosso corpo quando somos crianças/meninos. Mas ali naquele momento, refleti minha imagem atual e ao lado a de um amigo próximo (meus amigos de brincadeiras) não entendia o que estava diferente, o consciente viu apenas a vestimenta o inconsciente, os mesmos milhões de sensações em cada segundo.
Fiquei no automático, coloquei a camiseta e o short, já de inicio eu mesmo percebi que ele não estava folgado ou torto sem ajuste em cima e que em baixo na frente desconfortável, mas atrás estava exatamente como o short pedia, agora entendia a primeira diferença entre roupas de meninas e meninos isso me deixou em transe.
No atelier um grito:
Não vem me ajudar hoje!!!
Sentia na voz dela uma tristeza, um comodismo de fazer algo sem sentido, sabe quando você faz no automático para ocupar a mente e o tempo.
Estava na porta, ouvindo o bufar de alguém exausta e triste, quando fiquei a sua vista pela terceira vez senti algo diferente em mim, nela e no ambiente.
Minha irmã levantou a sobrancelha, virou um pouco a cabeça para o lado e falou, senta aqui um pouco, já volto e vi-a saindo apressada, preocupada.
Eu achei que tinha piorado as coisas, a sensação exata de como acordei me dominou, mas junto veio um medo, jamais associando a como estava vestido, a imagem dela saindo apressada, cheguei a ver os olhos mareados, essa era a cena dominante em minha cabeça.
Querendo, não constranger, peguei uma roupa que estava à frente e fui desmanchar bainha, era o que meus olhos viam como o que fazer a mente não sabia consciente e inconsciente que até então eram antagônicos embora ainda não soubesse da existência deles estavam em estado de coma.
Se foi segundos, minutos ou mais que isso, parece que eu estava vivendo o D'javu do tempo, o mesmo que vivi em meu quarto.
Minha irmã voltou, pediu desculpas voltou com um copo d'água, vi ela engolir seus remédios e como se nada tivesse mudado nosso dia, mas mudando, falou.
Bom vamos ajustar, agora percebo que ele precisa de pequenos ajustes, marcou com alfinete, fez umas medidas e quando eu ia sair falou não se preocupe, só estamos nós duas, para não perdermos tempo, vamos mexer com estas peças, ai percebi que tinha uma minissaia nas mãos ela um top que combinava, fomos fazendo nosso trabalho, volte e meia ou era eu que me olhava ou era ela, o espelho que minha mãe tinha no atelier agora era de alguma forma o centro das atenções de nós duas, volte e meia um fugia do olhar da outra após alguns segundos reparando no espelho.
De alguma forma, minha irmã recuperou a áurea, tratou-me com carinho e antes do tempo, assim que terminamos o ajusto na minissaia e top ela falou que eu podia subir e me aprontar para a aula, que o dia hoje tinha sido produtivo, terminando dizendo. Só não podemos deixar estas roupas pra doação, você usou, vamos precisar lavar. Jogue no cesto do meu quarto, por favor.
Sem argumentar fui para o banho, demorei pra tirar a roupa no banheiro, algo me fez olhar e olhar, puxar soltar, quando me vi estava no automático ajustando o soutien, não estava mais solto, e aquilo mexeu comigo, no banho mesmo sem nada ainda sentia cada pressionar daquelas roupas em meu corpo.
Sai, fui ao quarto e coloquei tudo no cesto, era momento de ir para a aula.
No dia seguinte, acordei recuperado, como era boas a sensação e dormir sem angustia. No atelier a vida florescia, foi um dia focado na roupa que escolhi pra arrumar, curiosamente era a primeira vez, em todas às vezes, que eu havia escolhido algo pra ajustar.
No outro dia, cheguei ao atelier, próximo da minissaia estava o conjunto já lavado e passado, dobrado que havia usado. Estava camisa, short, soutien e calcinha. Olhei e pensei quem teria posto ali, mas achei que era minha Irma. Ela pegou tudo e guardou no em um armário que havia atrás dela, achei estranho afinal iam sempre para o saco especial, mas percebi que já tinha outras coisas naquele armário, mas não dei bola.
Já era quase fim do dia, minha mãe chegou, parou na porta e falou:
Lavei e deixei ai algumas coisas que estavam no seu cesto filha, vejo que já organizou, já deu o destino certo.
Minha irmã olhou pra mim, quando mamãe deu as costas e piscou, mandando um beijinho.
Pegou na mão a peça que havíamos terminado e falou, pena que não da tempo de ajustar melhor, já ta tarde, amanha se puder me ajudar!
Fui pra aula aquele dia com esta frase na cabeça, à noite a mesma coisa. Implorei pra não ter pesadelos.
Foi estranho acordar, só senti minha irmã preocupada, mas não liguei as coisas, eu me sentia perdido em tudo que estava fazendo pela manha antes do café, quando dei por mim, meus irmãos tinham acabado de bater a porta da casa indo para aula.
Só ouvi algo como, Você irá me ajudar no ajuste final?”...
Balancei a cabeça, disse sim e sem perceber fui ao atelier.
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