Tumgik
cmechathin · 3 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Um pequeno sorriso cresceu nos lábios de Celeste quando ela atendeu seu chamado e entrou embaixo das cobertas onde estava antes. Foi um alívio ver a preocupação deixar seu rosto. Talvez ela estivesse apenas pensando sobre o dia a dia, ou algum aborrecimento qualquer. Sua intuição dizia que não, porém, mas o beijo que Celeste o deu serviu para fazê-lo se obrigar a esquecer tais pensamentos. Ela o beijava naquele momento e, segundos depois, sorria. E isso era o que importava, não? Também se deitou, acompanhando a Mechathin em seus movimentos, e espelhou seu sorriso sapeca. — Estava só descansando os olhos. — Cedric brincou, consciente de que tinha perdido o filme que insistira em ver. Beijou-a nos lábios levemente e, então, trouxe Celeste para mais perto com um abraço, girando o corpo até que ela estivesse ligeiramente sobre seu peito e o esquentasse com seu calor. — Dorme comigo. — Murmurou, massageando sua nuca com os dedos, para relaxá-la. E pare de pensar em seja lá o que você estava pensando, pensou. — Está ficando tarde…
Ele a beijou novamente, então puxando-na para um abraço e Celeste não resistiu. O carinho fez com que fechasse os olhos, percebendo o quão cansada realmente estava.
Estar perto dele era agridoce. Sua presença a acalmava de uma forma inusual, mas também a deixava nervosa, ainda mais considerando a recém descoberta.
Celeste lutou contra o cansaço por mais alguns segundos, levantando o rosto na direção dele e observando-o com calma e interessse. Tinha uma certa ideia dos sentimentos de Cedric e cogitar que eles eram mutuos lhe trazia um frio na barriga, pois sabia que se o contasse, ele seria a favor de investirem em um romance… Era isso que queria sugerindo uma atividade como a que estavam implicados momentos antes, não?
E por que, pela deusa, essa realização não estava fazendo ela correr dali o mais rápido possível?
Pelo contrário, a maga apenas sorriu e levou os lábios até o maxilar dele, deixando um pequeno beijo ali. Depois, se acochegou em seu corpo, abraçando-o como faziam os amantes, e fechou os olhos, se permitindo ser levada para os mundos dos sonhos embalada pelo calor que envolvia os dois.
Amanhã. Resolveria isso amanhã.
Sua contemplação acerca da recente descoberta teve que ser adiada por mais um tempo, pois acordou ainda abraçada a Cedric e teve certa dificuldade de raciocinar ao perceber sua ereção matinal. Deixou então beijos primeiramente carinhosos em seu pescoço e depois, alguns mais safados, mas sem querer passar por uma maníaca sexual, se levantou da cama.
Um minuto mais tarde, porém, após saírem do banheiro, o mago a surpreendeu com um abraço por trás e beijos igualmente desejosos no pescoço dela. Algumas carícias a mais em lugares sensíveis selou o destino dos dois, pois ela precisava de muito pouco para ser convencida. Ao ouví-lo perguntar no pé de seu ouvido se iriam repetir o que fizeram na noite anterior, Celeste não se segurou e virou o corpo, arrebatando ele em um beijo que só terminou ao perderem o fôlego e se separarem já ofegantes, com ela por cima na cama.
Transaram, dessa vez, sem contenções desde o início e ao sentir seu gozo novamente, Celeste confirmou que o êxtase que sentira na noite anterior não tinha sido coisa de uma noite só. Sentí-lo assim, por completo, excitava-na de uma maneira quase embaraçosa.
Celeste saiu do loft satisfeita e contente, ainda que tivesse questões pendentes para lidar. Foi apenas ao entrar em seu carro, com Cedric fora de seu campo de visão, que a realidade da coisa se apresentou. Estava gostando dele. Estava mesmo gostando dele. Mal acreditava que tinha deixado os óbvios sinais passarem despercebidos por tanto tempo.
Era claro que estava gostando dele. 
A maga encostou o carro na metade do caminho para sua casa, subitamente agitada, e descansou a cabeça no banco. Ele era um Bondurant, e não apenas isso, mas também era seu adversário nas eleições… o que estava pensando? Se fosse sensata, não iria encontrá-lo nenhum dia mais, terminando o caso por mensagem por precaução, se necessário.
Mas seu peito apertava com a ideia. A presença do moreno era magnética e trazia a ela uma calma necessária nos dias atuais, ainda que o desejo intenso sempre estivesse presente. Como poderia terminar esse caso depois de se envolver em uma transa como aquela? Como poderia abrir mão dele após se entregar a ele daquela forma? Nunca tinha se permitido isso antes e agora se encontrava numa posição difícil.
Suspirou pesadamente. Quando precisassem seguir caminhos diferentes, sem dúvidas sentiria falta dele. Temia nunca encontrar alguém tão habilidoso quanto Cedric.
Não tinha muito o que fazer, então. Sabia como ele se sentia e por isso tinha que ficar calada, o que significava que ela só podia confiar em si mesmo para impedir que isso se desenrolasse de um jeito perigoso.
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cmechathin · 4 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Estava embalado por um sono tranquilo e regenerador, influenciado pelos sons do filme que ainda passava na TV e também pelos acontecimentos da noite. Dormia mais pelo relaxamento que dividir uma cama com um amante trazia do que pelo gasto de energia de mais cedo, então Celeste naturalmente apareceu também em seus sonhos, embora ele não fosse lembrar dos beijos e sorrisos oníricos depois. Como se dividido entre a realidade e a fantasia, Cedric procurou, ainda dormindo, por seu calor ao seu lado, mas ele estava ausente. Isso iniciou um despertar lento, mas que se acelerou com um suspiro pesado da Mechathin. O mago abriu os olhos já procurando a fonte do som e encontrou Celeste sentada na única poltrona do quarto, iluminada pela luz da televisão. O filme ainda acontecia na tela, agora em um momento aparentemente pacífico, em que a protagonista descansava em uma enorme e iluminada pradaria. Celeste, por sua vez, estava encolhida, com as pernas dobradas contra o torso, e tinha uma tensão clara estampada no rosto, como se pensamentos preocupantes a incomodassem. Cedric juntou as sobrancelhas, sentindo um frio de leve apreensão no peito. Não era a primeira vez que era surpreendido com reações ansiosas de Celeste após algum encontro dos dois, mas, egoísta, odiava pensar que podia ser ele a causa de qualquer uma de suas aflições. Era quase doloroso admitir que, de alguma forma, eram como fel um para o outro, por mais que a fizesse sorrir cada vez mais, por mais que a presenteasse com prazer todas as noites. Ajeitou-se na cama, saindo da posição que estava antes e se apoiando nos cotovelos para vê-la melhor. — Celeste? — Chamou, hesitando um pouco. Quando adormeceu, ela parecia perfeitamente bem, até mesmo depois do assunto sensível que haviam abordado. Desejou perguntar como ela estava, mas queria realmente saber a resposta? E se ela se incomodasse com a invasão? Ou, pior, e se realmente não estivesse bem e fosse ele o culpado mais uma vez? Inspirou e a fitou por três segundos, suavizando o olhar em sua direção. — Volta pra cama… — Quase murmurou. Era um chamado íntimo, mas de uma intimidade já conhecida, do domínio do toque. Ela não precisaria explicar nada, mas ele ainda poderia oferecer sua presença silenciosa. Para reforçar a fala, fez um gesto lento com a cabeça em direção ao seu lado da cama, convidativo.
Saiu de seu devaneio com a voz de Cedric e o mundo entrou em foco novamente. Ele se encontrava acordado e erguido em sua direção, olhando para ela da cama. Celeste ficou sem reação por um momento, mas lentamente abriu um sorriso leve com a visão e com seu pedido. Não eram poucas as coisas que Cedric Bondurant pediria e ela negaria, mas aquela não era uma delas.
Não respondeu, apenas se levantou e se dirigiu até ele, já puxando o lençol para entrar debaixo dele rapidamente. Antes mesmo de se deitar totalmente, virou-se em direção à Cedric e deixou um beijo apaixonado em sua boca. Dessa forma, confirmou: não conseguiria, e não, não queria.
Mas aquele era um problema para a Celeste da manhã seguinte.
— Dormiu bem? — a maga perguntou, abrindo um sorriso travesso, mas ainda suave, ao deitar a cabeça no travesseiro.
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cmechathin · 6 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Acompanhou sua risada com uma própria, consciente da forma como ainda desafiava os riscos ao tocá-la em público ou admirá-la em momentos perigosos. Antes, achava que se envolver com Celeste faria ser mais fácil resistir a essas vontades, mas elas apenas se modificaram. Se nos meses anteriores ao primeiro encontro dos dois Cedric queria sua proximidade por não poder tê-la, agora a intimidade dos dois criava outro tipo de dificuldade que surgia na distância. O magnetismo que os atraía ainda estava ali. Respirou fundo, mais relaxado, ao sentir o toque atrás de sua orelha e o beijo nos lábios e respondeu: — Hmm… Você vai ver. — Disse, misteriosamente, buscando o controle no colchão e iniciando o filme sem mais delongas. Ao deixar o aparelho no colo, porém, ajeitou-se mantendo o corpo de Celeste envolvido suavemente em seu braço esquerdo. — É de ação. — Explicou, por fim, com um sorrisinho. Aproximou o rosto de seu pescoço rapidamente, como se fosse sua última chance, e, uma vez encaixado ali, inspirou até encher os pulmões. Soltou o ar com um som relaxado e, então, virou a face novamente para a televisão. Após alguns minutos da introdução do filme, contudo, caiu no sono sem nem ao menos perceber sua entrada no mundo dos sonhos, vencido pela mistura de bem estar e cansaço que, vagarosamente, tomaram seu corpo. Ela esperou o filme começar, mas se surpreendeu com o Bondurant se aproximando para colocar o rosto em seu pescoço. Era um hábito que vinha se construindo, percebeu, e Celeste tomava isso como um elogio. Ele era um mago de ar, afinal.
Escolheu se concentrar no filme, tentando não pensar na intimidade do que estava acontecendo. Focou na protagonista, nas cenas de ação, no que era possível ser reproduzido na vida real, em como a mulher não parecia ter um fio fora do lugar mesmo após tantas lutas. Funcionou por meia hora, até que percebeu que Cedric estava mais quieto que o normal e ao olhá-lo, flagrou o mago dormindo pacificamente. Celeste sorriu com a vista. Depois de insistir para assistirem o filme, acabou dormindo antes da metade.
Se pegou observando-o por mais tempo do que planejava, mas não conseguia desviar os olhos. Com o som do filme rolando no plano de fundo e a vontade intensa de acariciá-lo e até mesmo beijá-lo, não conseguiu mais fugir dos pensamentos que tinha silenciado. Era isso que Cedric queria? Mais do que já estavam tendo, mais do que apenas o carnal, atividades que faziam eles parecerem quase… namorados? E ela estava dando de bandeja.
O sorriso de Celeste desapareceu de seu rosto.
Por que? Por que continuava a deixar ele quebrar os limites do acordo que tinham firmado? Por que estava ela mesma infringindo essas regras? Por que deixava que dormisse ali? Por que estava chamando ele para dormir ali? Por que abrira uma exceção para ele, indo contra seu bom senso ao querer experienciar o sexo sem restrições? 
Celeste, inquieta, trouxe ambas as pernas para perto de si e levou as mãos aos olhos, cobrindo-os com as palmas. Por que? Por que ele?
Não era de hoje que sentia coisas estranhas em relação a ele. Poderia colocar a culpa de várias delas no tesão, mas outras eram indefensáveis. Seu comportamento irracional ao vê-lo com outra, o ciúmes que sentia com simples menções, a frequência cada vez maior em que se davam as mãos, como parecia gostar quando ele a abraçava na cama, como sorria ao vê-lo sorrir… A opção que restava fez a respiração da maga parar no peito.
Estava gostando de Cedric Bondurant? Celeste voltou a olhá-lo, como que para confirmar. A resposta veio rápido nos segundos ínfimos entre a ação e a sensação morna que já lhe era conhecida. Estava.
Seu coração pesou. Não podia ser… Onde tinha se metido? Parecia uma piada que não apenas tinham uma química difícil de ignorar, mas também acabaram desenvolvendo sentimentos? A Deusa estava pregando algum tipo de peça neles? Gostava de Cedric Bondurant, o último homem no mundo que deveria se envolver. Como deixou isso acontecer?
Então, como de costume, sentiu raiva de si mesma. Como podia ser tão estúpida? Meses antes, não concebia nem mesmo que poderia se atrair por um Bondurant, mas depois, quando já tinha sido seduzida por ele, como não chegou a considerar esse resultado? Deveria ter previsto que isso poderia acontecer, mas seu orgulho Mechathin a cegou para essa possibilidade.
O corpo tem hormônios que são liberados após o sexo com esse exato objetivo!, pensou, mas não chegou a se convencer nem por um segundo. Não era isso. 
Celeste passou as mãos no cabelo em nervosismo e bem devagar para não acordá-lo, ela se levantou da cama. Precisava se acalmar e ficar perto da causa dessa perturbação não ajudava nem um pouco. Andou até a poltrona que mal usava e se sentou nela pela primeira vez em muito tempo. Bem melhor. Assim, podia analisar a situação com mais calma. 
Ela apoiou os cotovelos nas próprias pernas e a cabeça nas mãos. Nesse ponto, a maga mal ouvia o barulho da TV, pois se enterrou em pensamentos. Como deixou isso acontecer?, se perguntou novamente. Já tinha errado desde o início, se permitindo dormir com ele, mas na época parecia uma solução lógica e prática, ainda que agora percebesse a burrice. Mas depois… deveria ter terminado tudo quando percebeu que as coisas estavam se desviando do combinado. Quando foi isso? Não conseguia se lembrar.
Tinha sido muito gradual a ponto de não perceber ou tentou se convencer do contrário até que a verdade explodiu na sua frente? Como tinha sido tão… burra?
Celeste só percebeu que lágrimas corriam por seu rosto quando alguma delas caíram em sua coxa. Levantou o corpo quase num susto e as enxugou rapidamente, então trazendo as pernas para cima. Depois, voltou a olhá-lo. Ele parecia tão tranquilo em seu sono, mas em geral, ele não era assim? Cedric não parecia carregar as mesmas preocupações que ela e a maga não sabia exatamente o porquê.
Lembrou-se dele se oferecendo para revelar sua habilidade para a Anciã, como uma forma de proteger Maddie, e seu coração se aqueceu. Não facilitava as coisas o fato de que a pessoa que ela mais amava no mundo o achava uma pessoa incrível. Era injusto que ele fosse do jeito que era, tão leve… Que tivesse um sorriso tão bonito e convidativo, que fosse tão atraente, que seu beijo a derretesse e que seus corpos parecessem se encaixar perfeitamente…
O que devia fazer? Agora que sabia, deveria terminar tudo? Lance iria chegar em poucas semanas e com certeza prosseguiria com o cortejo que vinha acontecendo discretamente nos últimos dois meses, então aquilo teria que acabar com aquilo de qualquer forma. Por isso mesmo, deveria acabar com aquele caso antes que as coisas piorassem, antes que se envolvessem demais, antes que chegassem a se machucar.
Mas conseguiria? Ou melhor, queria?
Celeste suspirou pesadamente, esquecendo-se por um segundo do mago adormecido em sua cama.
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cmechathin · 7 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Celeste desviou o olhar e manteve-se em silêncio por alguns segundos antes de responder. O mago de ar esperou pacientemente e, à medida que ela deu início a uma resposta, pareceu envergonhada. Ele entendia seu ponto e também dizia o mesmo no início, embora fingisse que acreditasse em um tesão que diminuiria facilmente mais do que acreditava, de fato, naquela época. Cedric pensava que àquela altura já teria esquecido da Mechathin, sim. Aquela relação era absolutamente irracional, afinal. Contudo, pensava que fosse perder o interesse mais ou menos da mesma forma que acontecia com qualquer outro amante, após algumas poucas semanas de encontros, e não apenas uma ou duas noites, como insinuara para convencê-la. De qualquer jeito, ambos estavam errados. A ligação que sentiam se intensificava e aprofundava progressivamente, apesar dos alertas vermelhos que soavam nas cabeças dos dois. “Eu pensei que você enjoaria de mim rapidamente, na verdade”, Celeste disse. Provavelmente ela se baseava nos tais rumores que já havia escutado, ele pensou. E, então, ela o fez uma pergunta que Cedric julgou ser arriscada. Ele já tinha dito a verdade sobre como se sentia várias vezes — a maioria mais impulsivamente do que gostaria —, mas não sabia qual seria a reação da maga de fogo a uma nova sinceridade tão direta. O que ela queria ouvir? A verdade ou uma mentira? Gostaria que ele maquiasse a realidade para que ela fosse atenuada? Ou queria saber de seus sentimentos verdadeiros, assim como ele não tão secretamente buscava saber os dela? Antes, ela havia pedido para que qualquer discussão a respeito de emoções fosse calada, mas estava ali, pedindo sua opinião sobre algo que se baseava no que sentiam. — Você sabe como eu me sinto… — Disse isso de um jeito casual, como se o assunto fosse o tempo, mas manteve os olhos nos dela e, agora que o conhecia melhor, Celeste provavelmente já sabia ler o que havia atrás deles: a paixão que fingiam não existir. — Então acho que não. E continuou, após três segundos, abaixando o olhar: — Não sei quando vou conseguir ficar do seu lado em público sem querer… te beijar. Beijar, tocar, e, com o vestido e perfume certos, fazer muito mais do que isso… Sorriu fracamente e voltou a olhá-la, comportando-se ainda como se falasse de amenidades.
Novamente, seu coração pulou uma batida com a resposta de Cedric. Não tinha percebido antes o quão perigosa aquela pergunta podia ser e a qual conversa poderia levar. Ele tinha tentado algumas vezes falar sobre esses sentimentos, mas tinha sido cortado pela Mechathin rapidamente. Era melhor assim, como tinha dito uma vez, nada de bom sairia dessas conversas.
Mas estavam ali, não estavam? Falando sobre algo que ela não sabia exatamente o quê. Cedric ainda falava sobre tesão? Parecia que sim, mas também parecia que não…Seu tom de voz se diferenciava das outras vezes e seus olhos não carregavam a mesma intensidade, ainda que pudesse ver a sinceridade por trás deles. Ainda a desejava, é claro.
—  Nem para melhorar nosso comportamento em público esse acordo funcionou, então — Celeste riu baixinho, brincando.
Esse foi um dos motivos que a levou aceitar a sugestão de Cedric, afinal. A tensão entre os dois era quase palpável antes e acabaria se transbordando em momentos inadequados, tinha pensado. Ainda ficava nervosa com a presença dele e temia que falasse algo que revelaria o caso dos dois, mas saber que teria os lábios dele à noite ajudava a aliviar o desejo vulcânico que sentia no dia a dia.
Mas lembrou-se do jantar com a Anciã, dos olhares trocados, do nervosismo de não saber se deveria olhar ou não e principalmente, da carícia em público, com as mães dos dois a duas cadeiras de distância.
Se aproximou dele e acariciou o cabelo atrás de sua orelha por um segundo antes de deixar um breve selinho em sua boca.
— Sobre o que é o filme? — perguntou e começou a se ajeitar na cama para se deitar mais, sem sair de perto dele.
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cmechathin · 11 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Após um revirar de olhos bem humorado, Celeste infelizmente se vestiu, cobrindo-se com uma camisola de um cetim preto. Ela se sentou ao seu lado, belíssima como sempre, e entrou debaixo do cobertor. Cedric sorriu com seu pedido pois, mesmo se quisesse recusá-lo, não conseguiria. — Não, não atrapalha. — Disse, segurando um sorriso maior. Ele copiou sua ação e também se cobriu, em seguida levando as mãos para seu quadril para puxar a maga de fogo para um pouco mais perto. Colou seus lábios nos dela quase imediatamente após a aproximação, dando a ela um beijo que ou a deixaria satisfeita ou faria nascer novos desejos em seu âmafo, pois ele o aprofundou sem hesitar. Segurou sua nuca com uma firmeza cuidadosa, enquanto parecia mostrar a Celeste os efeitos que a noite dos dois havia causado nele, à medida que continuava a beijá-la com o passar dos segundos. Durante o beijo, lembrou-se novamente da voz provocante da Mechathin em seu ouvido, dizendo “Eu quero sentir você gozando dentro de mim”, uma frase que provavelmente o perseguiria por dias, se não semanas. Isso o fez morder o lábio inferior de Celeste levemente e murmurar, com ambas as respirações se mesclando e olhos focados em sua boca: — Parece que a cada dia que passa eu te quero mais… — “em vez de menos”. A continuação estava implícita na fala ligeiramente frustrada e ele acariciou sua nuca, dando um ultimo selinho demorado em seus lábios antes de afastar o rosto. O filme esperaria mais um ou dois minutos. Desceu a mão ao próprio colo, mas o outro braço a envolveu pela cintura para que não fosse para longe. — Eu ainda penso em você quando não estamos juntos. — Admitiu, observando seus olhos castanhos com uma intensidade velada. Umideceu os lábios e perguntou, com algum senso de humor: — Você também sofre da mesma maldição?
Novamente, sorriu ao vê-lo sorrir. Tinha um sorriso tão bonito e tão sincero… Cedric se ajeitou na cama e então a puxou para um beijo intenso, que levou borboletas à barriga da maga e fez seu coração palpitar. Não estava esperando esse beijo e por isso, quando ele descolou a boca dos dois e mordeu o lábio dela, Celeste procurou o ar que lhe faltava.
Cedric não a ajudou nessa tentativa, pois as palavras que saíram da boca do moreno fez sua respiração parar no peito. Ela procurou seus olhos quase ansiosamente em busca de algo, alguma dica do que exatamente ele falava, mas não os encontrou. Eles estavam focados no lábios dela numa admissão física do tesão — não, desejo — que mencionava.
Recebeu o selinho passivamente, sem reação, e o fitou de volta até ele soltar a pergunta. A partir daí, não conseguiu manter o contato visual, desviando os olhos para baixo. Ela caiu em silêncio por um momento.
Sua resposta era óbvia, não? Estava se encontrando com ele há meses e quase todos os dias na última semana, mesmo contra todo bom senso que deveria ter. Se ele não a atormentasse dia e noite, ainda estariam ali? Se ela não o quisesse tanto quanto antes, mais que antes, estaria pedindo coisas impensáveis a ele?
Cedric era sempre tão sincero e ela tentava ao máximo evitar tais conversas, mas ali, achou que devia o mínimo de honestidade a ele. 
— Lembro que quando decidimos começar a nos encontrar, falamos sobre “gastar” o tesão.
Parecia que aquilo tinha acontecido décadas atrás, tanto havia mudado entre os dois, ainda que ela não soubesse — ou não quisessse —, nomear o quê.
— Eu acho que antes eu estava agindo como se tivesse uma quantidade certa de tesão e a cada encontro ela diminuiria — disse e abriu um sorriso quase envergonhado com a própria estupidez. 
Talvez agindo não fosse o verbo certo, mas sim fingindo. Não queria imaginar que poderia sentir uma atração tão forte por um Bondurant a ponto de precisar vê-lo tantas vezes, mas mal sabia sua eu do passado que deitar-se com ele era como uma droga. Uma vez e estava perdida, a partir dali, precisaria de doses cada vez maiores.
Deveria estar se sentindo arrependida naquele momento, mas não estava. 
Celeste levantou os olhos até ele.
— Considerando as quantidades de vezes que nos vimos essa semana, acho que não é bem assim — ela soltou uma pequena risada silenciosa. Estava nervosa, percebeu. Como sempre acontecia com ele, falava demais quando ficava nervosa. — Eu pensei que você enjoaria de mim rapidamente, na verdade — confessou. Antes, inclusive, era quase um consolo pensar assim. — Mas já se passaram dois meses…
Nenhum dos dois tinha o hábito de ficar muito tempo com a mesma pessoa, ainda mais exclusivamente, era o que queria dizer. O que isso significava pros dois? O que significava para ela? Celeste suspirou e fechou os olhos, deixando a cabeça tombar na cabeceira levemente, e então os abriu, encontrando o olhar penetrante de Cedric. Perguntou um pouco mais sóbria que antes:
— Você acha que isso não vai acabar tão cedo, então?
Estaria mentindo se dissesse que queria que acabasse.
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cmechathin · 11 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Por mais que no banho, exausto, a nudez de Celeste tivesse sido recebida com delicadeza e até mesmo ternura, quando ela deixou que a toalha caísse no chão, Cedric a olhou de cima a baixo, focando nos seios fartos e no encontro em suas coxas por alguns segundos a mais do que no restante de seu corpo. Existia uma luxúria nova, ainda que leve, em vê-la se despir sensualmente. — Provavelmente… — Respondeu lentamente, então passando a língua pelo canino direito. Tinha um instante para decidir se continuaria com o plano do filme já selecionado ou investigaria a suave excitação que parecia nascer com as insinuações entre os dois. Mordeu o lábio inferior enquanto a olhava porque não sabia, no entanto, se seu corpo acompanharia sua mente devassa. Além disso, se escolhesse seduzi-la, precisaria sacrificar, em troca de sexo — aquilo que era o mais fácil na relação dos dois —, o ponto secreto que queria provar, o de que os dois possivelmente se dariam bem, também, em outros assuntos além do carnal. — Melhor se vestir, então… — Concluiu, enfim. Um lado de sua boca se ergueu em um sorriso gaiato e ele deu três tapinhas no colchão, indicando o espaço que Celeste ocuparia ao seu lado.
Curiosamente, não existia traços de humor em sua voz e expressão quando ele tornou a falar, apenas luxúria. Celeste tombou a cabeça para o olhar, sentindo seu olhar sobre o corpo dela com satisfação, e observando-no enquanto o mago parecia pensar sinceramente. Não achava que conseguiria se envolver em uma atividade sexual tão cedo, não com a mesma energia, pelo menos.
Por fim, Cedric negou a proposta implícita. Ela revirou os olhos divertidamente, com um esboço de um sorriso nos lábios. Por dentro, estava ridiculamente quase ofendida por ele não desejá-la de forma voraz de imediato, mas saber que Cedric a queria para além daquilo que mais sabiam fazer aquecia o coração dela de uma maneira boba.
Celeste vestiu a camisola preta em segundos enquanto andava até o lugar vazio da cama, Sentando-se ao lado dele, ela se cobriu e o olhou.
— Posso ganhar um beijo antes? — perguntou, com uma expressão travessa — Ou isso vai atrapalhar a sessão?
Estava brincando, é claro, mas realmente seria muito difícil resistir a isso por mais de uma hora.
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cmechathin · 16 days
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Seu sorriso se transformou em um de triunfo após a concordância de Celeste e, então, ele se virou para pendurar a toalha onde estava antes. Minutos depois, usando a mesma roupa que havia vestido mais cedo para dormir, Cedric se sentou sobre a cama e apoiou as costas nos travesseiros. Tinha se livrado de um dos lençóis que haviam sujado com a… atividade anterior e substituído o tecido por uma manta fina que encontrou no armário do quarto. Não se cobriu, porém, mantendo o corpo por cima do cobertor e os tornozelos cruzados. Tomou alguns minutos escolhendo um filme e ouvindo o secador de cabelos de Celeste como plano de fundo, enquanto usava o controle para passar pelos títulos disponíveis na TV. Seu foco estava em dois gêneros: drama e ação, os mais neutros possíveis para aquela noite, mas também os preferidos de Cedric. Por fim, um filme lançado havia pouco menos de um ano e que estava no radar do Bondurant desde então chamou sua atenção. Era sobre uma assassina de aluguel que, arrependida de seus crimes e tentando deixar a vida de assassina, passou a ser perseguida pelo globo por sua antiga agência. Tinha ganhado alguns prêmios e recebido boas críticas por suas atuações e coreografia de ação, então pareceu perfeito. Cedric selecionou “Sombra” na lista extensa e virou-se para a porta do banheiro, bem a tempo de ver Celeste saindo por ela. — Tudo pronto. — Falou, baixando os olhos para a toalha que a envolvia, por um segundo, e voltando a seu rosto. Apreciou a possibilidade distante de Celeste ficar ao seu lado completamente nua pela duração de um filme e deixou que malícia se mostrasse em sua voz. — Não precisa se vestir, inclusive, se não quiser.
Cedric sorriu e logo saiu do banheiro sem falar mais nada, aparentemente satisfeito com a resposta dela. A maga tomou o tempo necessário em seu ritual noturno, secando o cabelo sem pressa, passando os produtos de rosto e também creme nas pernas. Pronta, saiu do banheiro.
Encontrou um quarto mudado, com um lençol branco jogado no chão e outro fino improvisado cobrindo a cama. Cedric tinha se vestido novamente, para a tristeza dela, mas ainda se encontrava ridiculamente atraente com a calça de moletom e camiseta simples. Ele estava com o controle na mão, mas a recebeu com um olhar interessado quando ela entrou na sala.
Celeste riu da sugestão dele, andando até o armário, e o abriu. 
— Eu já disse… 
Pensou divertidamente que, se permanecesse nua como ele sugeria, talvez a noite continuasse numa temática mais apropriada. Mas não, seria ridículo deitar-se nua propositalmente enquanto ele estava completamente vestido.
Ela agarrou a primeira camisola que viu, mas se virou na direção do mago.
— Não é justo que eu seja a única sem roupas — falou, deixando a toalha cair provocativamente, ainda que sem intenções de realmente seduzí-lo — Mas acho que se nós dois ficarmos, talvez seja difícil focar no filme…
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cmechathin · 16 days
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Celeste ficou pensativa com sua pergunta, permanecendo de cenho franzido enquanto, aparentemente, considerava uma resposta. Após um instante, porém, sua expressão se suavizou e ela arriscou uma brincadeira. O Bondurant deu uma risada, secando o peito e barriga rapidamente com a toalha. — Talvez… — Brincou de volta, logo passando para o restante do corpo. Manteve-se virado para ela, com um pequeno sorriso que tentava ser persuasivo. Ele ainda achava graça da forma como ela evitava estar com ele em situações não sexuais, mesmo o convidando a passar a noite com ela e admitindo seus ciúmes. Se seu medo era que desenvolvessem sentimentos… Aquele navio já havia partido. — Ainda é proibido querer passar algum tempo com você? — A pergunta provocativa era arriscada, sabia, então logo emendou: — Vai… Só um filme. Não seria tão ruim assim mais uma hora do meu lado, seria? Ergueu as sobrancelhas sugestivamente, mantendo seu sorriso, e passou a secar os cabelos. Fechou os olhos momentaneamente em reflexo, mas ainda completou: — Você pode escolher um.
É claro que era uma piada, Cedric estava naquele barco tanto quanto ela, mas ela não quis arriscar. Deixaria ele escolher um filme, deitaria na cama e fingiria assistir até cair no sono, o que não seria tão difícil considerando que o quão cansada estava.
Continuou a se ensaboar, tentando não deixar transparecer suas emoções com as perguntas retóricas que vieram a seguir. Não, não seria ruim passar uma hora do lado dele, ou duas, ou três. Mas não era justamente esse o problema?
Celeste tinha tanta resistência às seus pedidos quanto ele tinha aos dela e Cedric sabia disso. Por esse motivo, continuava a arriscar cada vez mais e ela continuava a permitir, mesmo sabendo que não deveria.
A morena suspirou e desviou o olhar, fingindo desinteresse.
— Eu não lembro a última vez que assisti a um filme que não fosse infantil — disse, colocando o sabonete de volta ao lugar e voltando para debaixo do chuveiro — Pode escolher.
Ainda tinha que se arrumar para dormir antes de juntar a ele na cama, então o mago teria tempo suficiente para isso.
— Mas não posso prometer chegar até o final.
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cmechathin · 17 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
As palavras de Celeste tocaram mais fundo do que ele esperava, para seu leve desespero. Não estava preparado para ouvi-la falar sobre ele, em vez da experiência sexual, meramente baseada em tesão. Ela queria sentir Cedric por inteiro. Obviamente, essa poderia ser apenas uma forma de se expressar, sem grandes significados, mas ele já se diferenciava de qualquer outro homem com quem já havia ido pra cama, não? Celeste queria aproveitá-lo por inteiro, enquanto nunca havia buscado o mesmo em relacionamentos passados. Cedric não se via como alguém inseguro… Tinha sido uma criança e adolescente tímido, introspectivo, mas sempre teve quem quisesse, quando quisesse. Contudo, percebia agora que talvez estivesse habituado a concluir que as pessoas à sua volta o queriam mais por quem ele fingia ser do que por quem ele era verdadeiramente, atrás da persona Bondurant criada por ele com auxílio da mídia. Celeste, porém, não tinha razão nenhuma para se apaixonar por seu sobrenome. Na verdade, isso a afastava mais do que qualquer uma de suas características. E por mais que ele tivesse sede de seus beijos e da correspondência de sua paixão, essa possibilidade também o assustava. Já havia, algum dia, sido tão vulnerável com alguém? Arriscava-se para tê-la com ele, sim, mas a vulnerabilidade ia além disso. Além da rivalidade Mechathin inata, ele havia mostrado a ela um lado seu, o de poderes mórbidos, que não era revelado a ninguém — ao menos não sem o estranhamento de sua família ou a curiosidade implicante de Lucien — e Celeste não o julgava ou tratava diferente por isso. Ele era ele, e sem nenhum escudo Bondurant à vista para poder protegê-lo da opinião verdadeira da maga de fogo… De seus sentimentos verdadeiros. E ela queria senti-lo e vê-lo aproveitar, intensamente, tudo que ela podia oferecer. Algo que ela queria havia… muito tempo. Sentiu-se estúpido levando sua resposta para o coração dessa forma, como um jovem inexperiente de batimentos cardíacos acelerados, mas se sentir assim também era uma maneira de se proteger, de fugir da vulnerabilidade que se mostrava, às vezes, assustadora. — Eu aceito… fazer assim sempre. — Repetiu o que ela disse ao confirmar, em parte por um suave nervosismo que o fez procurar as palavras mais fáceis de serem ditas. Lambeu os próprios lábios e depois tomou os dela nos dele, acariciando sua língua com uma delicadeza que contrastava com o novo aperto das mãos na pele dela. Após alguns segundos, afastou-se, mas ainda sentia o mesmo calor no peito de antes. Inspirou fundo, esforçando-se para não demonstrar a influência do que ela havia dito em suas emoções. — Será um grande sacrifício. — Cedric ironizou, brincando para voltar à superfície segura. E, com um último selinho, deixou o box. Começou a secar o corpo com uma toalha assim que pisou no tapete branco e macio na entrada no chuveiro. — Mas você vai ter que fazer um sacrifício pra mim também… — Manteve um tom de brincadeira extremamente útil para ele. — Assistir um filme comigo, na cama.
Dessa vez, Cedric não sorriu maliciosamente como sempre fazia e ela achou graça na forma como ele aceitou sua sugestão, repetindo quase roboticamente as palavras dela. Era excitante saber que a partir daquela noite não teriam mais interrupções ou restrições e iriam aproveitar tudo que o sexo podia oferecer, mas o beijo se seguiu não traduzia essa malícia, sendo mais doce e calmo que esperava.
Cedric a apertou firmemente enquanto aproveitava sua língua com experiência e após se afastar, inspirou fundo. A maga olhou para cima com curiosidade, mas sorriu com a brincadeira dele. Observando-o sair, voltou ao banho, pegando o sabonete em seguida.
Não chegou muito longe antes de parar e se virar para ele, sem reação. Filme? Tinham visto um filme três noites antes com Madeleine, mas tinha sido uma exceção que ela abriu apenas por causa da presença da menina. Ele achava que começariam a fazer atividades assim no dia a dia? Celeste franziu o cenho, pensativa. O mago brincou com a palavra sacrifício, mas ela apostava que a escolha não era tão deliberada; ele devia saber que ceder àquilo era mais ou menos um sacrifício para ela. Qual era seu objetivo com aquilo?
Deveria negar rapidamente, mas se sentiu repentinamente desconfortável com a ideia, temendo destruir o clima leve que estava se estabelecendo entre eles. Também não queria que Cedric fosse embora cedo e imaginou que se recusasse o convite, ele iria.
— Isso é uma chantagem? — perguntou, com ar de risos — Se eu não aceitar, você vai voltar a usar camisinha?
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cmechathin · 18 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Aparentemente, havia funcionado acalmá-la com beijos e palavras sinceras, porque a maga abriu um sorriso e sussurrou uma confissão própria. Ela economizou nas palavras, como era seu hábito, mas Cedric não se incomodou com esse detalhe, provando seu beijo com satisfação. Assim como ele, Celeste não queria mais ninguém — uma das prováveis razões de não conseguir esconder seus ciúmes, até mesmo em uma das festas de Lucien, onde o havia visto com os lábios em outra mulher. Se fosse ele em seu lugar… suspeitava que não teria reagido muito melhor. Ele riu ao ouvir a risada dela, afetado por seu sorriso. — Acho que eu também precisaria de algum tempo pra me recuperar. — Falou. Desceu o rosto e encaixou beijos relativamente castos na dobra de seu pescoço, deixando a água molhar os cabelos pretos abundantemente. Com uma mão na lombar de Celeste, a outra subiu pelo lado de seu corpo lentamente, massageando e trazendo-a para mais perto. Gostava de tê-la próxima assim. Sentir o calor de sua pele contra a dele o trazia um conforto estranho que não entendia completamente. Devia temer esse sentimento e suas possíveis consequências, mas não conseguia. Aquilo parecia… certo. Subiu os pequenos beijos até sua orelha, mordiscando o lóbulo com um sorriso tão satisfeito quanto o da Mechathin havia sido, embora esse trouxesse um toque arteiro. — Então você quer repetir o que fizemos hoje?… — Trouxe o assunto de volta murmurando na base de seu ouvido, mais por desejar a proximidade do que para provocá-la, apesar desse motivo também ter influenciado sua ação. Agora, sem a distração do tesão, pensava que podia ser mais racional sobre o que havia acontecido e analisar sua decisão com os pés no chão, mas sua opinião se mantinha a mesma de momentos antes, quando aceitou o pedido de Celeste. Não sabia, contudo, o que havia feito Celeste gostar tanto daquilo. Qual parte da fantasia havia levado a Mechathin a convencê-lo a segui-la? Saber que ele estava enlouquecendo ao sentir seu interior sem barreira alguma? A liberdade que trazia à relação, sem que ele tivesse que sair de dentro dela? Ou o sêmen propriamente dito, senti-lo gozar, a excitava? — Eu sei porque eu gostei… — Acariciou suas costas, descendo os dedos de volta até a lombar. Afastou o rosto de seu pescoço para olhá-la através das gotas do chuveiro. — Mas por que você gostou tanto?
Percebia que cada vez mais Cedric abria um sorriso automático ao dela, assim como quando ela ria e Celeste tinha a impressão que também fazia isso com frequência. Os lábios do mago costumavam ser um imã para os olhos dela, mas agora seu olhar tinha algo que a prendia ali, enfeitiçando-na com seu mel e profundidade. Queria fitá-lo tanto quanto queria beijá-lo.
Cedric também parecia incapaz de manter as mãos e a boca longe dela quando estavam tão próximos assim. Pouco importava se tinham acabado de se envolver em uma transa intensa que exauriu os dois, ainda assim não se cansavam um do outro. Satisfeita, Celeste deixou escapar um suspiro baixo que provavelmente foi abafado pelo correr da água. 
Sorriu novamente ao ouvir sua pergunta, sem se importar se ele só estava provocando ou queria uma confirmação em voz alta, pois deixaria claro quantas vezes ele quisesse. E ele queria, aparentemente.
Celeste criou coragem de tirar as mãos da pele dele para levá-la até um cabelo, lembrando do motivo real de estarem embaixo da água, e aproveitou para pensar um pouco no que dizer. Tinha inúmeras razões para elencar, sinceramente, mas tentou escolher as principais.
— Eu queria te sentir… por inteiro — disse, abrindo um sorriso tímido, pois percebeu como aquela frase poderia chegar até Cedric, e completou:  — Saber qual era a sensação… foi melhor do que eu esperava — admitiu, voltando a massagear o cabelo sem sair de onde o mago a queria: colada a ele. 
Ficando subitamente consciente que ainda podia sentir seu gozo dentro dela, ela alargou o sorriso, e se perdeu na memória vívida de momentos antes. Celeste se lembrou do rosto de Cedric em meio ao próprio orgasmo e desejou poder ouvir seus gemidos novamente.
— E te ver aproveitar assim… tão intensamente tudo que eu podia oferecer, era algo que eu queria muito, muito ver há um tempo — confessou, agora quase encabulada, que fantasiava sobre isso toda vez que via Cedric terminar fora dela. Celeste nunca gostou de fazer as coisas pela metade, mas com os outros o risco não valia a pena. Já com ele, queria tudo o que era possível ter.
Era insano pensar que estava arriscando isso logo com ele, mas talvez a ideia de um bebê Bondurant-Mechathin fosse tão absurda que seu cérebro não conseguia nem conceber como possibilidade.
— Então… se você aceitar, queria que fosse assim sempre.
Sempre era uma palavra perigosa, mas no momento não se importou.
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cmechathin · 20 days
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Cedric soube quase imediatamente que tinha ido longe demais ao escolher testar os ciúmes de uma maga de fogo. Após três segundos de contemplação frustrada, Celeste bufou, claramente irritada, e se virou para o lado com o condicionador em mãos. “Não quero atrapalhar a sua diversão”, ela disse, amargamente, evitando seu olhar. Arrependido, ele deixou que o shampoo em suas mãos fosse lavado pela corrente sem aplicá-lo no cabelo e, rindo fracamente em um gesto de apaziguamento, colou o corpo no dela e virou-a pela cintura até que pudesse olhá-la diretamente em seus olhos ainda zangados. Abraçou-a carinhosamente com firmeza, mas ainda permitindo certo espaço para que se movesse. Encostou seus narizes por um instante antes de beijar seus lábios, tentando tranquilizar suas possíveis preocupações. Havia gosto da água morna junto com o de sua boca e ele afrouxou os braços ao seu redor quando Celeste não expressou resistência. O beijo durou alguns segundos e Cedric não se aventurou com a língua em sua duração. Voltou a olhá-la com seu fim. — Exagerei um pouco, eu só queria te provocar. — Ele falou. Algumas gotas de água agora molhavam um lado de seu rosto delicadamente. Suspirando, preparou-se para admitir as próximas palavras e as disse com um suave ar de risos. — Eu provavelmente acabei de ter o orgasmo mais intenso da minha vida hoje, Celeste, você com certeza não está atrapalhando nada. Ergueu as sobrancelhas para confirmar, com a expressão, o que dizia. — E eu não sinto falta de algo assim. Nem disso e nem de… — Pausou o que dizia de forma ligeiramente abrupta e mordeu o lábio, como se para impedir que as palavras saíssem. Ele se entregava tão fácil a ela. Continuou, no entanto, pois se sentiria besta se não terminasse a frase. — E nem de outra pessoa, de nenhuma forma… Como poderia pensar em qualquer outra? Celeste dominava seus pensamentos e fantasias e, aparentemente, nem se dava conta desse monopólio.
A risada que ele deu fez com que ela o olhasse de lado, tentando sua expressão sem realmente vê-la. Celeste se divertia com o ciúmes do mago, mas detestava quando ele fazia o mesmo. Não era engraçado para ela, porque eles não era iguais. Ela tinha muito mais a que se comparar.
Ridículo. Havia poucas pessoas que poderiam ser consideradas competição à Celeste — ainda que ela não concordasse  — e um deles estava no cômodo com ela. Mas agora estava se comparando com estranhos aleatórios, muitos deles, que ela nem sabia quem eram, apenas qualquer um que pudesse ser um rival dela aos olhos de Cedric. Ridículo, simplesmente ridículo.
Sentiu o corpo dele colar-se ao dela, mas não se virou até que ele a obrigou, ainda irritada. O abraço junto ao olhar cheio de… algo, entretanto, acabou com qualquer birra que pudesse fazer e por isso, quando Cedric a beijou, ela permitiu facilmente e sem qualquer hesitação. Era um pedido de desculpas, percebeu, assim como as palavras que se seguiram.
Celeste desviou o olhar por um momento, levemente encabulada por precisar ouvir aquilo em voz alta como forma de consolo, que era claramente o que ele estava fazendo. Porém, não duvidou dele, pois Cedric era sempre sincero, sincero demais às vezes, e a expressão em seu rosto e os sons que deixou escapar ao gozar não deixavam dúvidas que ele tinha aproveitado aquilo tanto quanto ela.
A admissão quase apaixonada que saiu de sua boca fez com que o coração de Celeste batesse mais forte, mas não a assustou dessa vez, o que era meio preocupante. Ela abriu um sorriso sincero de contentamento e se aproximou de seu rosto, sussurrando antes de beijá-lo:
— Que coincidência… — confirmou também, ainda que de uma forma menos direta, que todas suas palavras poderiam também sair da boca dela.
A falta de interesse em outras pessoas, em qualquer âmbito da vida delas, não era estranha à Celeste. Sexo, particularmente, não era uma prioridade na vida da Mechathin, então ela escolhia alguém suficientemente agradável aos seus cinco sentidos quando queria transar, gozava e pronto. Mas agora era diferente. Desde que conheceu Cedric, queria ele, desejava ele, sentia falta dele de um jeito que que chegava até a ser injusto com todos os outros. 
Ademais, aquele também tinha sido o melhor orgasmo de sua vida e uma experiência inigualável para ela. No beijo que durou mais que o outro, tão doce e suave, tentou passar a todas essas emoções que a inundava e corresponder às dele.
Quando se afastou, voltou a sorrir, agora mais levemente.
— Antes eu tinha pensado em sugerir repetir mais tarde o que fizemos, mas você me deixou exausta — e deu uma risadinha.
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cmechathin · 21 days
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Absorveu suas palavras por alguns instantes, observando, pensativo, seu cabelo castanho cheio de espuma. Aparentemente, Celeste não se animava com a possibilidade de receber prazer de dois homens simultaneamente. Claro que esse tipo de atividade não era exatamente um gosto universal, mas perguntou-se se, talvez experimentando, ela pensaria diferente. A maga costumava apreciar as noites mais longas em que ele a levava ao ápice diversas vezes, afinal. Talvez não pensaria, porém, e saber que Celeste não era tão insaciável quanto ele imaginava era mais alentador do que gostaria de admitir. — Entendo o que você quer dizer, acho. Eu… gosto. — Começou, com olhos curiosos ainda fixos na Mechathin. Desceu a mão ensaboada pelo ventre até alcançar o maior motivo daquele banho, acariciando a região íntima com suavidade. Ela perguntava sobre aquilo por ciúmes de seu passado? Não seria a primeira vez que passava essa impressão. Resolveu testar essa teoria. — Não é algo que eu queira fazer toda semana e pode ser um pouco cansativo, sim, mas… Recebo propostas com alguma frequência. — Ele abriu um meio sorriso convencido e pegou um pouco de shampoo em seguida. — E é sempre divertido.
Honestamente duvidava que ele entendia o ponto dela. Por algum motivo, não racionalizava mas sentia que a exaustão não seria só pelo esforço físico de se dedicar a dois homens ou sentir um prazer duplicado — assim que funcionava? —, era mais… Não saberia colocar em palavras nem se quisesse. Ele, como alguém que gostava daquilo, provavelmente não conseguiria compreender, afinal, nem ela mesmo compreendia muito bem.
Tentou ver pelo lado dele. Podia visualizar o que seria atraente em tal proposta: mais mãos, mais bocas e por ser um Bondurant provavelmente mais atenção. 
Pensou no que ele disse. Recebia convites com frequência, o que não a surpreendeu, mas essa revelação a abalou mais do que deveria. Estavam no mesmo patamar, certo? Ambos eram herdeiros de suas respectivas famílias e Celeste nunca achou que fosse menos que espetacular, mas ela não recebia a mesma quantidade de proposta. Não devia ser tão atraente ou interessante quanto achava, então.
Não era de seu feitio se sentir insegura, mas com Cedric sempre balançava um pouco. Ele era muito mais experiente — e aparentemente mais desejado —, então de vez em quando ela se perguntava se conseguia mesmo agradá-lo como gostaria e ele precisava, se já não experimentou coisas muito melhores, se não se entediaria rapidamente… 
Celeste bufou e buscou o condicionador, ficando parcialmente de lado para esconder sua expressão irritada.
— Espero estar à altura do sommelier, então — falou, sem conseguir disfarçar tanto a frustração quanto o ciúmes, tão presente nas conversas dos dois, que também tinha sua parcela de culpa na pequena birra. 
Era difícil para a maga pensar em Cedric com outras pessoas, ainda mais pessoas que proporcionavam prazeres que ela não estaria disposta a dar, pessoas com quem ele podia experimentar coisas diferentes e estranhas à ela, pessoas que ele podia fazer atividades que "gostava".
— Não quero atrapalhar a sua diversão — ironizou.
Eles estavam se relacionando há dois meses, e se se baseasse no padrão de tempo que Cedric aparecia nos jornais com alguém novo, significava que o caso dos dois deveria estar chegando ao seu fim logo logo.
A ideia não a agradou nem um pouco.
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cmechathin · 21 days
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Ela estava um pouco mais quieta, apenas ouvindo suas explicações, mas aparentemente se satisfez com as respostas e, após um sorriso um pouco misterioso, mudou de assunto. Cedric franziu o cenho levemente com suas primeiras frases, sem saber aonde ela queria chegar. “Que tipo de boatos…?”, perguntou-se mentalmente. Celeste logo completou sua fala, contudo, e as sobrancelhas do mago de ar se ergueram levemente. Ele produziu uma risada curta e surpresa. Ela falava sobre boatos sexuais? — Sim… — Quase completou com “claro”, mas a forma como Celeste perguntou aquilo, casualmente até demais, o fez pensar antes de falar. Celeste era mais… inocente do que ele pensava quando a conheceu inicialmente. Não… não inocente, corrigiu-se, mas sim controlada. Em todos os aspectos. Essa era uma característica facilmente notável na maga de fogo, claro, pois ela era disciplinada e focada em seus objetivos — objetivos esses que Cedric atrapalhava. No entanto, era interessante conhecê-la mais a fundo e perceber até onde exatamente ia esse controle. Não que esperasse que ela fosse uma mulher de muita devassidão, exatamente, mas… Ela era tão boa de cama. Era tão fácil encontrar pessoas interessadas em ir para a cama com herdeiros como eles. Aqueles que estavam dispostos geralmente faziam de tudo por apenas uma casquinha de um Bondurant ou Mechathin. Cedric várias vezes havia sido seduzido por mais de um desses indivíduos ao mesmo tempo, que preferiam dividi-lo a perder a chance de ter uma experiência daquelas com um descendente de Morgana, e havia sido sempre uma vivência muito satisfatória. — Algumas vezes. — Continuou se ensaboando, agora mais lentamente, enquanto analisava as feições de Celeste com interesse. Ela estava subitamente muito interessada em seu histórico sexual. Dessa vez, não deu detalhes. — Por quê? Você não? A suave surpresa em sua voz não foi muito bem escondida.
A risada pasma que se seguiu não foi uma surpresa para ela, pois já estava acostumada com essa reação à uma grande parte das perguntas e dos comentários dela. Cedric parecia ficar surpreso com elas com frequência e Celeste não sabia exatamente o porquê. Era embaraçoso para ele falar sobre aqueles tópicos? Ele a achava boba pelas perguntas que fazia? Percebia o estranho acanhamento que a tomava quando formulava tais questões?
Celeste continuou lavando o cabelo mesmo quando ouviu sua resposta, tentando não esboçar nenhuma reação. Não foi muito difícil, sinceramente, pois ela não sabia o que pensar e o que sentir em relação a isso. Tinha o direito de sentir alguma coisa? A vida sexual de Cedric não lhe dizia respeito e suas preferências exóticas não a afetavam, contanto que ele não trouxesse às sessões dos dois, foi o que tentou se convencer.
De certa forma, já esperava isso. Ele parecia mesmo ser o tipo de pessoa que gostava de experimentar, mas algumas vezes indicava um certo gosto pela coisa, não? Na noite anterior, contudo, ele pareceu averso à ideia…  
A incredulidade implícita na pergunta de Cedric a fez franzir o cenho, sem entender. O que era tão surpreendente? Ela deveria ter feito já? Era algo tão comum assim? Esperado, até? Perto dele, Celeste quase se sentia envergonhada por uma castidade própria que mal existia.
Parou de massagear-se para olhar para ele, analisando-o por um momento. 
— Não sei por que eu faria — disse — Me parece… exaustivo, lidar com dois homens ao mesmo tempo.
Ela tinha a tendência de ser mais ativa na hora do sexo, quase dominante, e os homens com quem dormia não costumavam reclamar. Pensar em dar prazer para dois ao mesmo tempo parecia cansativo e o contrário não era muito melhor, também. Se manejada, se tornar o objeto de ambição de e estar à mercê da vontade de dois homens era…. não gostava nem de imaginar.
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cmechathin · 22 days
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A provocação da maga acerca do assunto serviu para, contraditoriamente, relaxá-lo em seu leve acanhamento. Ela havia pegado sua mão novamente e girado ambos, beijando-o nos lábios por alguns segundos com suavidade. “É sexy, até”, Celeste continuou, brincando, uma informação sobre sua atração que não era de todo estranha a Cedric. Afinal, ela estremecia sempre que ele a seduzia com atitudes arriscadas. Ele agradeceu silenciosamente por não ter recebido uma reação mais crítica. No início, quando suas interações eram mais ariscas, as reprovações da Mechathin não costumavam incomodá-lo e, quando faziam, não chegavam a um nível muito pessoal e, sim, alimentavam uma irritação que tinha raiz na rivalidade ancestral entre suas famílias. Ultimamente, porém, pegava-se tolamente preocupado com que tipo de opinião sobre ele poderia se passar na mente dela. Seguiu a maga até o chuveiro e ligou a água quente, revirando os olhos levemente para sua pergunta sem esconder um pequeno sorriso. — Minha família concordaria com todos os comentários possíveis acerca da minha irresponsabilidade, se você quer saber. Cedric tinha escutado sobre seu comportamento desde a adolescência, então estava acostumado, até certo ponto, a ser visto dessa forma. Não enxergava essas “irresponsabilidades” assim, porém. Em ponto de vista, estava apenas… vivendo. Ele tinha dificuldades em aceitar que devia abaixar a cabeça e apenas obedecer regras que, para ele, além de limitá-lo não faziam sentido algum. Já havia viajado por três continentes, visitado países completamente democráticos e também monarquias ditatoriais e sabia que nem todos viviam como os habitantes de seu país. Algumas regras de Sarin eram importantes para manter as tradições vivas, mas onde estava o limite entre o velho e o novo? Como, apenas seguindo o que já existia, poderiam produzir novos líderes que se adaptassem às mudanças do mundo? Além disso, era entediante fazer exatamente o que era exigido dele. — Lyra era mais tradicional, um pouco do seu jeito. — Ergueu uma sobrancelha para fortalecer seu ponto e, com as mãos pousando em seu quadril, a guiou até que Celeste recebesse o fluxo de água morna sobre a pele. — Mas… você toma banho com herdeiros Bondurant, então acho que ela era mais tradicional do que você. Seu sorriso de zombaria não a poupou. Aproximou-se mais de Celeste para também aproveitar a água e pôde buscar mais facilmente o sabonete atrás dela. — Já estressei bastante a equipe de crise dos Bondurant. — Ele riu silenciosamente, soltando apenas ar, e começou a se ensaboar e retirar os indícios de suor e sexo da pele. — Minha irmã era perfeita demais, estava muito fácil pra eles. Então dei um pouco de trabalho, sim. — Brincou.
Estava parcialmente certa, então. Cedric era uma exceção à regra, mas ela não conseguia deixar de pensar que devia ter alguma coisa errada, considerando a posição ー secundária, mas ainda importante ー dele, se tomasse como paramêtro à criação dos Mechathin, uma a que Maddie também estava submetida. Seria só sua personalidade, mesmo? Não fazia sentido. Ainda que fosse o segundo na linha de sucessão, deveria viver sob as regras exigentes e rígidas da sociedade. 
Estava pronta para questioná-lo sobre isso, mas a menção e comparação à Lyra a incomodou um pouco. Nascida herdeira dos Bondurant, estava fadada à ser sua rival, e essa competição acompanhou Celeste desde o nascimento, de forma explícita ou implícita. Até mesmo Eleonor já tinha insinuado algumas vezes que a disputa seria acirrada entre as duas herdeiras e atualmente deixava claro sua contentamento com a morte de Lyra e a substituição por Cedric, que teoricamente teria facilitado as coisas para os Mechathin.
Sentiu a água tocar seu corpo ainda pensativa. Realmente, não podia julgá-lo muito, pois seria hipócrita. O que era transar sem camisinha com estranhos se faziam o pior de tudo: dormir com o inimigo, especialmente do jeito que dormiam. Não gostou da forma como ele a comparou com a irmã mais velha, especialmente colocando-na acima dela, mas tinha cavado a própria cova e agora só lhe restava resmungar em silêncio.
Tentou retomar o sorriso de antes, deixando-se levar pela brincadeira de Cedric, e pegou o shampoo.
— Sinto muito te dizer, mas sua equipe parece não estar fazer um trabalho muito bom... Boatos correm, sabia? — perguntou, mudando um pouco de assunto, mas logo acrescentou: — Os que eu ouvi, pelo menos, eram positivos, então não se preocupe.
Iria parecer ridícula perguntando sobre eles? Sobre sua vida, seu histórico… Até agora, a fama de Cedric parecia ser coerente com o que conhecia dele, mas o quanto de trabalho ele tinha dado à sua família exatamente? Celeste aplicou shampoo no cabelo, fingindo casualidade, 
— Ontem você brincou sobre chamar uma terceira pessoa… — disse, mas hesitou na frase seguinte — Você já… fez?
Pela deusa, era irritante o quanto perdia a compostura com ele.
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cmechathin · 23 days
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Celeste riu do que ele disse e Cedric quase a beijou de novo, porque seu sorriso era atraente demais. Ela o fez uma pergunta, contudo, e ele não pode iniciar sua ação. Olhou para baixo, fitando suas mãos juntas e entrelaçou os dedos com os delas distraidamente, ficando um pouco constrangido com a questão. Não tinha como oferecer o mesmo que Celeste o havia dado, a sensação de ser especial, pois ela não fora a única pessoa com quem tinha relaxado a esse ponto, principalmente levando em conta os primeiros anos de juventude de Cedric. — Sim… — Começou lentamente e ligeiramente hesitante. Aquela fala podia ser vista como uma admissão de sua irresponsabilidade. Além da possibilidade da produção de bastardos, poderia ter contraído alguma doença e tornado mais difícil a possibilidade de futuros herdeiros, sua responsabilidade desde o nascimento. Era jovem demais para se importar, porém, ainda mais sendo o segundo na linha de sucessão. — Mas tem bastante tempo. Com homens, metade dos… possíveis problemas não existem, então no início eu não me importava tanto quanto deveria. Com mulheres, só aconteceu duas vezes. Seu sorriso agora estava quase sem jeito. Ele soltou uma risada baixa e voltou a olhá-la para terminar de se justificar. — A primeira vez foi um… experimento adolescente. E na segunda eu estava um pouco bêbado demais, pra ser sincero, não me importei o suficiente. Naquela vez, inclusive, lembrava-se de ter terminado acidentalmente antes do que gostaria, uma memória que guardava com certa vergonha. Ela tinha aceitado uma noite… compensatória depois disso, mas Cedric ainda se incomodava com essa mancha em seu repertório, mesmo que remediada. Começou a se afastar, deixando que a mão deslizasse para longe da dela, e levantou-se da cama. Gesticulou com a cabeça em direção à porta do banheiro. Silenciosamente, convidava a maga de fogo para continuarem a conversa no banho.
As mãos agora entrelaçadas pareciam íntimas, íntimas demais, até. Uma vozinha no fundo do fundo de sua mente gritou para que se levantasse e desfizesse o laço, que não deixasse esses carinhos continuarem, mas Celeste as silenciou. Já estava no campo magnético de Cedric e duvidava que conseguisse sair mesmo se quisesse.
Ele a respondeu vacilante e a maga não conseguiu deixar de ficar levemente decepcionada, o que a envergonhou. Parecia uma adolescente, preocupada com primeiras vezes e dando importância demais à sua própria. Quer dizer, talvez fosse mesmo algo significativo considerando a posição dos dois, mas ainda assim… sabia que sua decepção não vinha da reprimenda moral acompanhada de atos como aquele.
Tentou não demonstrar nada quando ele voltou a falar, agora quase se justificando. Cedric evitava seu olhar e a maga franziu o cenho, sem entender o acanhamento dele. Primeiro, falou sobre sua relação com homens, o que fazia bastante sentido e Celeste se sentiu idiota por não ter considerado isso antes. Depois, chegando no que mais a interessava, ele admitiu ter acontecido duas vezes. Tentou não criar teorias e cenários acerca disso, pois sabia que isso poderia ir muito longe, e focou em outra coisa. Era realmente irresponsável. No caso de Celeste, se tivesse feito algo assim no passado e engravidado, poderia lidar com isso rapida e silenciosamente. Já para Cedric, tudo dependia do desejo das mulheres com quem ele se envolveu naqueles experimentos perigosos. Se elas engravidassem numa dessas brincadeiras, seria um problema de proporções épicas, fosse apenas a notícia de uma possível gravidez — mesmo se ela resolvesse interrompê-la — ou o nascimento de um bastardo. O que ele estava pensando?
Desde que o conheceu, se perguntava que tipo de educação os Bondurant davam a seus herdeiros. Lyra parecia perfeitamente adequada de longe, se lembrava, mas Cedric era tão fora da curva que ela não sabia dizer se a Casa rival era mais flexível na criação ou se isso se dava por ele não ser o herdeiro direto, o que permitia que relaxassem com o mago.
Terminando, ele se afastou e Celeste o acompanhou com curiosidade. Estava tentando fugir da conversa? Por que? Não era algo comum ver o mago envergonhado com algum assunto, principalmente não um que ele se orgulhava tanto. Ela o analisou por um segundo, mas riu e se levantou atrás dele:
ー Uau, Cedric Bondurant…. ー Celeste provocou ao esticar o braço para pegar sua mão, e começando a girá-lo em direção ao banheiro, disse, com um sorriso divertido ー Você é mais irresponsável que eu achava ー ela parou em frente a ele e deixou um selinho longo em sua boca, tentando deixar claro que estava brincando. Abriu um sorriso sincero e leve, mas ainda temendo irritá-lo, completou: ー É sexy, até. Preocupante, mas sexy.
A maga então riu e o puxou em direção ao banheiro.
ー Você deve ter dado muito trabalho para sua família ー segurou o riso ao finalmente largar sua mão e entrar no box ー Ou todos os Bondurant são criados assim mais… relaxados?
Não estava tentando insultar sua família ー ok, talvez um pouco ー mas tinha uma curiosidade sincera. 
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cmechathin · 23 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Celeste se aproximou com um ar de quem sabia exatamente por que ele havia se perguntado tal coisa e, juntando o corpo ao dele, desceu os dedos em seu rosto até que o dedão acariciasse seus lábios. O mago de ar perdeu um pouco a compostura ao ouvir suas respostas. Ela nunca havia feito algo como aquilo. Cedric foi o primeiro para quem ela pediu, mesmo que perdida em tesão inicialmente, que gozasse dentro dela. Era uma questão estranha para causá-lo nervosismo, mas o Bondurant ficou estranhamente consciente do novo frio em sua barriga. Por que ela se arriscava por ele de uma forma que não fazia com mais ninguém? Ele hesitou em responder essa pergunta, ainda que em sua própria mente. Celeste realmente sentia algo por ele. Apesar de suas tentativas de afastamento emocional, das falas muitas vezes curtas e grossas, da rejeição dos sentimentos de Cedric — primeiro na cabana na floresta, e depois naquele mesmo apartamento… Ela confiava nele, convidava-o para dividir sua cama à noite, mesmo após seus negócios estarem devidamente cumpridos, expressava ciúmes, procurava conhecê-lo e já tinha até mesmo tentado confortá-lo. E ele estava no mesmo barco. — Eu… — Ele começou, procurando palavras em meio ao fluxo de pensamentos que trouxe um sorriso ao seu rosto. Estava ferrado. Aquilo não devia ser motivo de sorrisos. Ela era uma Mechathin. — Não, eu não abriria mão disso. Apoiou-se no cotovelo da mesma forma que a maga havia feito e, sem desfazer o pequeno sorriso, beijou-a com calma. A mão livre procurou pele de Celeste para tocar e encontrou o rosto dela, onde se encaixou e acariciou. A Deusa pregava peças nos dois. Aquele beijo era de tirar o fôlego sempre que o trocavam, fosse por tesão ou mesmo depois de uma noite inteira como amantes, por emoção. A boca da maga de fogo era perfeita para a dele, sua língua se encaixava com a suavidade necessária para arrancar dele um suspiro não planejado, que o fez se afastar um pouco. Penteou parte de seus cabelos com os dedos, tirando alguns segundos para observá-la e apreciar seus olhos, nariz e boca. — É impossível voltar atrás agora, Celeste. — Avisou em um tom leve, de brincadeira. — Seria como tirar doce de criança. Para você também, imagino.
Não entendeu muito bem o sorriso de Cedric. Estava achando graça da tentativa de piada dela? Estava se lembrando do momento o qual era tópico agora? De qualquer forma, não teve que pensar muito, pois logo ele aceitou a sua sugestão e se inclinou para um beijo.
Tanto a carícia quanto a ideia excitante de repetirem aquela noite fizeram com que Celeste sentisse borboletas na barriga. O beijo não foi recatado, mas tranquilo, sem a luxúria de antes. Exatamente o oposto, na verdade. Era quase… doce. Romântico.
Queria ficar assim por muito tempo, a noite toda. Se pudesse, já tinha admitido antes, passaria horas beijando Cedric e só pararia para respirar. Seus lábios macios eram como mel para ela e a língua que sabia imediatamente qual ritmo seguir a enfeitiçava sempre que encontrava a dela. Como já esperava, foi o mago quem se afastou primeiro, parecendo afetado e deixou uma carícia no cabelo dela.
ー Mais difícil que isso, acho ー disse e riu.
Então pegou levou a mão até a dele, que tinha caído no pequeno espaço, e começou a acariciar ali, pois por algum motivo se encontrava incapaz de ficar tão perto sem tocá-lo.
ー E você? Já tinha feito isso antes?
A maga tinha uma aposta de qual seria sua resposta, mas ainda assim bobamente esperava que ele a provasse errada.
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cmechathin · 24 days
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so tender, i’m ended, surrended to you (celric)
Quase fechou os olhos ao sentir os dedos de Celeste deixando carinhos em seus cabelos, mas sua pergunta os fez se arregalarem ligeiramente. Não havia sido, então, um mero pedido provocado pelo tesão do momento. Ela falava agora com uma voz açucarada, sem o tom cheio de desejo que tinha usado durante o sexo. Cedric fitou o tecido branco que cobria a cama enquanto pensava. Aquela era uma sugestão tentadora, ainda mais considerando que ambos haviam aproveitado ao máximo esse novo detalhe e que pensar em transar sem terminar dentro dela de novo o trazia certo incômodo, por todo o prazer proibido que estaria perdendo. Quando ela falava com ele daquela forma também tornava ainda mais difícil recusá-la. Ela não temia possíveis consequências? E confiava nele o suficiente para acreditar que não estava indo para a cama com outras pessoas, apesar de dizer que não? Subiu os olhos para fitar os dela, ainda pensativo, e os encontrou injustamente persuasivos. Teria ela esse costume, talvez? De ter fé nos remédios contraceptivos que tomava e deixar, com isso, que outros homens a enchessem de… Afastou a imagem mental desagradável de Celeste transando com algum anônimo, fazendo o mesmo pedido a ele e entrando em êxtase quando ele o realizava. Pigarreou. — Você costuma preferir assim? — Perguntou, procurando esconder suas suspeitas ciumentas atrás dos olhos. Disfarçou o tom de voz com casualidade, curiosidade simples. — Que terminem dentro de você?
Pareceu surpreso por um momento e então desviou os olhos, caindo em silêncio, o que fez com que Celeste se preocupasse ligeiramente. Era irresponsável demais? Tinha perdido a mão de vez, talvez? Se até Cedric levava alguns instantes a mais que ela para se decidir, talvez fosse mesmo uma ideia absurda. Perigosa, até.
Mas quando ele tornou a falar, percebeu que não era nada disso que se passava em sua cabeça. Foi a vez de Celeste erguer as sobrancelhas por um segundo, levemente surpresa e um pouco confusa. Logo depois, entretanto, soltou um riso quase silencioso, finalmente entendendo a preocupação dele.
A maga se aproximou mais um pouco, colando finalmente o corpo dos dois, e desceu a mão até a bochecha dele. Lá, deixou o dedão se aventurar pelos lábios dele.
ー Não… só você ー admitiu, mas percebendo instantaneamente o teor de suas palavras, acrescentou com um leve sorriso divertido: ー Foi a primeira vez, na verdade. Minha insanidade começou há pouco tempo.
Então, tirou a mão do rosto de Cedric e apoiando o cotovelo no colchão, repousou a cabeça na mão.
ー Por quê? Sua resposta seria diferente se eu dissesse que sim?
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