Tumgik
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Diário de Bordo do Comandante
Data: 03 de Novembro de 3305
Sistema WREGOE NW-Y b41-3
O silêncio que me rodeia só tem como igual a angústia causada pelo perigo em que me encontro.
De repente, e sem que nada o deixasse prever, os instrumentos da minha Cobra começaram a falhar. Sem instrumentos sobre os quais me apoiar, sei, ficarei perdido no espaço, á mercê de um golpe de sorte... ou, no pior dos casos, de um golpe de pouca sorte.
Consciente da minha situação, reduzo a velocidade para zero, activo os mecanismos de urgência e defino uma rota para a estação espacial mais próxima. Sei que, se o 'fuel scoop' (1) deixar de funcionar, nunca a alcançarei. Mas, também sei que, quanto mais próximo me encontrar de uma estação, ou até de uma estrela, mais hipótese tenho de ser socorrido.
Cruzando os dedos - mais um gesto cujo significado desconheço e que atribuo a mais uma dessas práticas que nos chegaram dos tempos antes da conquista espacial - e não muito seguro de mim, dou a minha ordem:
"Engage supercruise" (2)
A nave treme, recusando-se a mover. O meu coração dispara. Respiro fundo, tentando recuperar a calma e a lucidez que tanto necessito neste momento. Mentalmente revejo todos os procedimentos de emergência e executo-os.
A nave paira silenciosa no negro do espaço. A minha visão percorre o espaço que me rodeia. Aqui e ali distingo pontos de luz, estrelas distantes, planetas iluminados pela luz das estrelas, constelações e nebulosas. Perante tal visão dou comigo a pensar que, apesar da situação em que me encontro, não trocaria este momento da minha vida por nenhum outro momento.Este pensamento dá-me a serenidade e o coragem que começava a faltar-me e preparo-me para uma nova tentativa.
Lentamente aciono o comando de velocidade na esperança de ouvir os motores reagir e dar á nave uma velocidade que me permita mais facilmente alcançar a velocidade de cruzeiro.
Respiro fundo de alivio quando, desta vez, a nave começa a deslocar-se, primeiro lentamente para, em seguida, alcançar uma velocidade cada vez maior mas, estou consciente, insuficiente para alcançar o próximo sistema antes de um final catastrófico.
"Catastrófico para mim!", penso com uma pontinha de ironia.
"Hora de testar de que és feita", acrescento em voz alta, dirigindo-me directamente á minha Cobra.
"Engage supercruise!"
Pareceu-me ouvir, no meio do silêncio que se seguiu, a voz divertida de Kendra, como tanta vez acontecia, perguntando se estavamos atrasados ou se tinhamos um encontro amoroso. Mas não! Nada disso aconteceu. O computador de bordo tinha-se calado para sempre.
"Estou sozinho, no espaço, a bordo de uma nave agonizante", tive que admitir.
A partir desse momento tudo se torna mais fácil. Alcanço uma serenidade quase impossível de imaginar. Olho para o exterior, procuro a estrela que dá o nome ao sistema. Lentamente aponto a minha Cobra para ela e aciono o comando de velocidade. A nave atinge de novo a velocidade máxima de 271 metros por segundo. E espero...
... "Tenho três dias!, pensei, "Três dias. Setenta e duas horas, para alcançar aquela estrela..."
__________________________________________________________
NOTAS:
(1) Fuel Scoop - Módulo usado para extrair hidrogénio a partir de uma estrela, fornecendo o combustível necessário, e grátis, ao bom funcionamento de uma nave, quando no espaço.
(2) Engage supercruise! - Comando de voz de Ultron 3306, o Assistente de vôo da minha nave (programado por mim) que indica ao computador de bordo que deve iniciar a sequência de velocidade de Sub-luz. Cada nave tem três tipos de velocidade: Normal, Cruzeiro (Sub-luz) e Hiper-espaço.
---> Fotos:
1 e 2 - O espaço que me rodeia durante esta aventura.
3 e 4 - 'Fuel Scooping' na minha Imperial Eagle, numa outra aventura que mais tarde contarei aqui.
2 notes · View notes
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
A aventura continua... Finalmente a raça humana põe o pé nos planetas.
Elite Dangerous Odyssey, saido hoje para PC.
youtube
0 notes
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Diário de Bordo do Comandante
Data: 10 de Outubro de 3305
Sistema WREGOE RZ-O C19-35
'Comandante, estamos a receber emissões desconhecidas, do espaço profundo, a 17.328 Segundos Luz de distância do local onde nos encontramos'. A voz de Salli entrou no meu cérebro demasiado adormecido, acordando-me.
Arn'ess, a minha Cobra MKIII, pairava no espaço, tão adormecida quanto eu. Apenas conservava ligados os equipamentos necessários á minha sobrevivência e - como não podia deixar de ser, pois dela dependia a minha própria sobrevivência - á sobrevivência da nave.
Demorei um segundo a realizar o conteúdo e a implicação da mensagem. A origem do sinal era longínquo, é verdade. Mas nem por isso deixava de representar um potencial perigo.
Escusado perguntar em que direcção. No espaço, o conceito de direcção é relativo. Não existe Norte, Sul, Este ou Oeste. Apenas vazio, e estrelas, nebulosas e outros objectos celestes, como referência.
Dirigi-me, portanto, aos controles, liguei todos os equipamentos, iniciei velocidade de Sub-luz (1) e, depois de estabelecida, activei o 'Full Spectrum System Scanner' (2), analizando todo o sistema. Rápido encontrei o ponto de origem das emissões. Segundo o Scanner, emissões degradadas de nivel zero.
Emissões degradadas de nivel zero são, sinais de rádio, na maioria dos casos, enviados por comandantes em situação difícil, ou mesmo naves destruidas, pelo que tomei a decisão de ir verificar. Ainda que tivesse plena consciência que muitos piratas simulam essas emissões para atrair presas. Estava consciente que havia uma elevada dose de risco, mas como sempre disse, o Espaço é um local potencialmente perigoso...
Cerca de 10 minutos depois, cheguei ao local. Quando, finalmente, saí de velocidade de Sub-luz , encontrava-me a aproximadamente 700 metros de um nave desfeita. Essa era a visão que tinha ao longe.
Ao perto, a minha visão do que me rodeava, mudou por completo. A alguma distância, quase imperceptível no meio de tantos destroços, pairava uma Sidewinder. Facto que confirmei ao ligar a visão nocturna e me aproximei um pouco mais.
'Quem seria suficientemente louco, para trazer uma Sidewinder para um local como este?', pensei. 'O que lhe teria acontecido? O mais provável é que lhe tenha faltado o combustível'.
Incógnitas que nunca serão respondidas. A nave apesar de intacta, estava abandonada, inquietantemente silenciosa.
Fiquei ali, no meio dos destroços, com uma Sidewinder pairando a minha frente, pensativo...
'O Espaço é, efectivamente, um local potencialmente perigoso...', foi o ultimo pensamento que tive, antes de abandonar o local. A Galáxia chamava por mim. Tinha novos mundos para conquistar...
__________________________________________________________
NOTAS:
(1) - Sub-luz é a capacidade de um aeronave atingir velocidade supersônica sem a utilização de pós-combustão.
(2) - Mais conhecido por FSS, permite a analise e identificação de vários sinais no sistema onde nos encontramos.
---> Fotos:
Na imagem 1, a minha nave (azul) e, mais para a esquerda, entre os dois pontos brilhantes, a Sidewinder, no momento que a avistei.
As imagens 2 e 3 têm a visão noturna ligada, tornando os objectos mais nitidos.
A imagem 4 é o resultado de um scan, utilizando o FSS, a um planeta encontrado por mim. Podemos ver que é um planeta com caracteristicas semelhantes à da Terra (Earth-Like Body), por isso, potencialmente colonizável.
2 notes · View notes
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
Tumblr media
Diário de Bordo do Comandante
Data: 03 de Outubro de 3305
Sistema WREGOE XQ-L C21-27
'o7, Commander!' (1)
Levantei a cabeça. Á minha frente encontrava-se um piloto, já não muito jovem, de cabelos curtos, grisalhos, olhos claros, a barba aparada em bico. Porém, o que mais me chamou a atenção, foi a nitida tensão do seu rosto.
'o7, Commander!', respondi eu, apontando-lhe uma cadeira livre, mesmo a minha frente.
Permaneceu de pé e perguntou: 'Á procura de tecnologia Guardiã?' (2)
'De todo, não! Explorando alguns sistemas da região...', respondi.
'Numa Cobra?', inquiriu perplexo.
Esbocei um pequeno sorriso. Compreendi a razão da pergunta e da perplexidade. Qualquer comandante normal usaria, para exploração, outra nave e nunca uma Cobra, sobretudo tão longe da civilização. Mas eu não sou um comandante normal e gosto da minha Cobra...
No espaço, sobretudo num local perdido da civilização, como aquele onde nos encontrávamos, para qualquer explorador ou mineiro, uma nave tipo Cobra, é um sinal de perigo. Todos sabemos, que a Cobra MKIII, é uma das naves preferidas de piratas e caçadores de prémios.
'Gosto da minha Cobra', acrescentei eu, simplesmente.
'Oh! Sem dúvida é uma excelente nave, mas temos que reconhecer que existe melhor, como exploradora',
Notei uma certa confusão e incredulidade na sua voz. Estava indeciso se devia ou não acreditar em mim. Era notório.
'Eu sei que existe bem melhor'. Desta vez presenteei-o com um sorriso bem mais franco, bem mais aberto. 'Mas continuo a gostar da minha Cobra', terminei, sempre sorrindo.
Silencio, durante o qual parecia avaliar a situação.
'Eu não quero confusão', acabou por dizer, numa voz quase sussurrada.
'Óptimo, porque eu também não', disse eu, no mesmo tom de voz.
Na verdade, o que menos desejava era envolver-me numa luta, da qual eu sairia certamente vencedor. Mas, mesmo assim... A pessoa que se encontrava á minha frente foi a única com quem falei no último mês. Ouvir, finalmente, uma voz humana, foi como um balsamo para a minha mente. Não, decididamente, não queria confusão.
A tensão desapareceu quando, por fim, realizou que eu não era um pirata á procura de uma presa fácil, naquele canto perdido do universo. Ficou um momento em silêncio, absorto nos seus pensamentos.
'Tenho que ir', disse apenas, quebrando o silêncio. Ao que eu respondi com um acenar de cabeça.
Despediu-se com o usual 'See you in black, Commander', a despedida tradicional de todos os pilotos da galáxia e encaminhou-se para a porta do hangar.
'Fly free, Commander'(3), lancei eu no nomento que ele alcançava a porta.
Parou, voltou-se devagar, olhou para mim por um momento e, com ar muito sério, fez-me continência.
Passados minutos, pela janela que dava para o exterior, vejo passar uma Asp Explorer, uma das nave de elite de exploração.
'Sem qualquer duvida, eu teria vencido este combate', pensei, enquanto bebia mais um trago daquela bebida estranha, cujo nome e origem me eram desconhecidos.
Havia chegado há poucas horas a Seeker's Rest, uma estação cientifica de alta tecnologia, no sistema WREGOE XQ-L C21-29, no Braço de Orion.
Segundo as informações recebidas de Salli, a minha Responsável Digital de Navegação, havia sido, em tempos, uma estação florescente. Com as recentes incursões dos Thargoid, uma raça alienígena, em guerra com a humanidade (se é que podemos afirmar que estão em guerra. Na verdade nunca compreendi o que os movia), na Nebula da Cabeça da Bruxa e dos sistemas próximos, os pilotos que por ali passavam, começaram a procurar rotas mais seguras. Sobretudo os exploradores, sem qualquer tipo de defesa, procuraram outros caminhos.
Como na galáxia tudo está interligado, e como todos dependemos das acções de cada um, sobretudo as pequenas facções independentes, que vivem do intercâmbio de informação e bens, a estação rápidamente entrou em declínio. É até possivel que venha a ser abandonada, se a situação não se alterar.
Porém, hoje, foi para mim 'um oásis no meio do deserto', para citar uma antiga expressão humana que, pelo que ouvi dizer, remonta a tempos imemoriais, muito antes do início da expansão espacial.
Foi em Seeker's Rest, passado pouco tempo da minha chegada, que aconteceu o episódio que acabei de relatar. (4)
Agora, de novo só, no bar de uma estação em declínio, perdida no vazio da galáxia, pensei no meu pai, um operário fabril que deixou a casa que amava á procura de melhores condições de vida. Fazia precisamente, neste dia, dois anos que havia falecido. (5)
Enchi de novo o copo daquela sempre estranha bebida, levantei-o num gesto de saudação, levei-o á boca e bebi tudo de um trago.
Pousei o copo, levantei-me, saí para o hangar e entrei na minha nave.
Depois de executados todos os procedimentos regulamentares, abandonei a estação e saí para o espaço.
Sentia-me bem comigo mesmo. Estava de novo em casa!
__________________________________________________________
Nota (1) - 'o7, commander' - Saudação dos pilotos, representa o fazer continência. diz-se: ô...seven!
Nota (2) - Guardiões, raça alienigena com tecnologia superior á humana, desaparecida de forma misteriosa.
Nota (3) - 'Fly free, Commander', saudação pessoal, em substituição do 'Fly safe, Commander', usado por todos os Comandantes.
Nota (4) - Esta conversa aconteceu de verdade,
no sistema de comunicação local da estação.
Nota (5) - Tributo ao meu pai, que faleceu no dia 03 de Outubro de 2017, 2017 correspondendo no Elite ao ano 3303.
--> Foto de um planeta rico em metais, com rios de lava á superficie. Ao fundo podemos ver o Circulo de Bernardo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Loop_de_Barnard
2 notes · View notes
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
Tumblr media
Diário de Bordo do Comandante
Data: 28 de Setembro de 3305
Sistema: WREGOE XD-V B43-1
Warp one!"
O computador de bordo interpreta a minha ordem vocal e inicia a contagem decrescente... "...Four... three...two...one!", responde a voz de Kendra, o meu Segundo Oficial Digital.
Num gesto automatizado pelos meses de prática, a mão esquerda move-se, acionando o comando de velocidade.
A nave range e, numa demonstração de força, impulsiona-se para a frente, a uma velocidade inicial de 30 quilómetros por segundo.
"Arn'ess (1), has entered supercruise", informa-me Kendra, no momento que a nave atinge a velocidade cruzeiro de 285 Quilómetros por segundo.
Sempre sonhei com espaço, poder explorá-lo, descobrir os seus mistérios. Poderia ter escolhido ser um astrónomo, um ciêntista espacial... Sei lá! Qualquer outro trabalho ligado ao espaço. Mas qualquer um deles, nunca me permitiria tirar os pés da superficie de um planeta ou, em algum dos casos, de uma estação espacial. E eu sonhava mais alto! Eu sonhava com a Via Láctea, por inteiro.
Assim, desde o inicio que comecei esta aventura, se acreditasse no destino, diria que o meu destino estava traçado. A minha decisão estava tomada. Eu seria um explorador.
Com 1000 créditos na conta bancária, entrei pela primeira vez na minha pequena Sidewinder, com o coração acelerado. Para trás ficavam os meses de aprendizagem na escola de pilotos. Estavamos a 3 de Agosto do Ano de 3305.
Tinha agora à minha frente diversas opções para fazer frutificar o meu capital e poder evoluir. Era tempo de pensar qual a melhor estratégia, mas antes...
... Inspeccionei a nave, minuciosamente, tentando identificar-me com ela. Afinal, durante algum tempo, indeterminado, seria a minha nova e única casa.
Aqui e ali, alguns fios pendiam, revelando acabamentos e alterações de ultima hora mas, no geral, revelou-se ser uma nave de aspecto fiável.
Sentado na cadeira do comandante - "a minha cadeira", pensei com orgulho - peguei nos auscultadores, coloquei-os no ouvidos e liguei os intercomunicadores, De olhos fechados, num gesto intuítivo, as minhas mãos procuraram os comandos de voo e, com voz trémula, pedi autorização para abandonar a estação espacial.
Esperei, esperei o que me pareceu ser uma eternidade. Quando finalmente recebi ordem de partida, acionei os comandos numa tentativa de descolagem vertical. Talvez, em razão do estado emocional em que me encontrava, falhei a descolagem e fui embater na parede do hangar. Uma voz impessoal informou-me que havia sido multado de 200 créditos e que não seriam tolerados mais erros, sob risco de a nave ser destruida pelas forças de segurança.
Paguei a multa de imediato. Não desejava, por um simples erro de principiante, tornar-me um proscrito aos olhos da lei.
Agora, mais calmo e concentrado, acionei desta vez, os comandos de voo vertical. A nave subiu até uma altura que estimei suficiente, alinhei-a com a saida ao mesmo tempo que sincronizava a rotação com a rotação da estação. Uma vez conseguido esse objectivo, aumentei um pouco a velocidade e saí para o espaço. Restavam-me 24 segundos dos 5 minutos alocados para realizar a operação.
À minha frente o infinito estendia-se, rendilhado de pontos luminoso, no meio de um negro total. O meu corpo estremeceu, numa mistura de satisfação e temor. E, na minha mente, um pensamento repentino se formou :
"Via Láctea, espera por mim. Eu vou te conquistar!"
Nota (1) - Nome da minha Cobra MKIII
Na foto - Uma Estrela Classe K com um planeta orbitando
Estrelas da classe K são alaranjadas e um pouco mais frias que o nosso Sol. Algumas estrelas da classe K são gigantes e Supergigantes, como Arcturus enquanto outras como Alpha Centauri B na constelação do Centauro são da sequência principal. Elas possuem linhas espectrais de Hidrogênio extremamente fracas, isto quando estão presentes, e principalmente linhas de metais neutros. (de: Wikipedia)
1 note · View note
cmdr-kyrion-yalin · 3 years
Text
Tumblr media
Diário de Bordo do Comandante
Data: 15 de Agosto de 3305
Sistema: Dyava
Um mês! O vazio do espaço entra-nos no cérebro como farpas. A solidão pesa. A certeza que não encontarei alguém com quem falar, socializar, durante pelo menos mais um mês - na condição de iniciar hoje mesmo a minha viagem de regresso. Coisa que não vai acontecer! - torna-se cada vez mais sufocante! Isso, sim, é o mais difícil!
------------------
Encontrava-me num dos poucos bares da Estação Espacial de Ellis Entreprise, no Sistema Dyava - uma das últimas estações do tipo Ocelus, no espaço ocupado pela civilização humana, no Braço de Orion(1), neste ano de 3305 - quando, de novo, o desejo de sair dali, partir á aventura,me pegou. Para ser sincero, os espaços fechados, o ruido das vozes à minha volta, o cheiro das bebidas e drogas baratas, sufocam-me...
Tinha chegado de mais uma viagem de exploração no dia anterior. A minha nave, uma Cobra MKIII de porte pequeno, necessitava de algumas reparações, pelo que decidi que o melhor seria ir dormir. Partiria no dia seguinte, logo que a nave estivesse disponível.    
Já deitado, no exiguo espaço da minha nave que me serve de cama, dei comigo a pensar como cheguei até ali.
------------------
Desde muito novo, sempre sonhei com espaço. Estrelas, planetas, sistemas,  e civilizações desconhecidas.    
Ao olhar o céu, a Via Láctea atraía-me. E sonhava! Eu e a minha nave, perdidos no espaço infinito de 400 mil milhões de sistemas estelares(2), explorando, descobrindo novos sistemas, quem sabe, talvez, novas civilizações. TInha um desejo, diria mais um sonho: deixar a minha marca; o meu nome gravado na história de colonização, pela humanidade, desta enorme Galaxia à qual, hoje, chamamos casa.    
Foi este o motivo que, a 14 de Abril de 3305, me levou a ingressar na Escola de Pilotos da Federação...
Nota (1) - Para referência, o Sistema Solar, com a nossa Terra, encontra-se também no Braço de Orion.
Nota (2) - É o numero de sistemas estelares que se calcula existir, na realidade, na Via Láctea.
Na Foto - A minha nave junto a uma Estrela Classe A
Estrelas da classe A estão entre as estrelas mais comuns vistas a olho nu. Deneb em Cisne é outra estrela de potência formidável, enquanto Sirius na constelação do Cão Maior é também uma estrela classe A, mas não tão potente. Como com todas as estrelas da classe A, elas são brancas. Muitas anãs brancas são também de classe A. Elas possuem linhas intensas de hidrogênio e também linhas de metais ionizados. (de: Wikipedia)
3 notes · View notes