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I feel numb I feel numb in this kingdom

#[ soundtrack. ]

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𝓃𝓊𝓂𝒷𝑒𝓇𝓈.

- ̗̀  flashback to 29/10, at dawn.

O álcool em seu organismo ainda deixava sua visão turva e as pernas cambaleantes, que tentavam fazer seu caminho de volta aos dormitórios antes que o sol estivesse totalmente de pé. A visão de Mikaela Cho naquele momento era, dificilmente, uma das melhores, mas ela não se importava com os fios ruivos rebeldes que dançavam no ritmo da brisa fria da madrugada que nela batia, nem com como inutilmente tentava cobrir a pele exposta pelas roupas com a jaqueta de couro e puxando para baixo a barra dos shorts curtíssimos. Sua cabeça não estava no lugar de ligar para aquelas besteiras.

Não perdera tempo na festa de Halloween da universidade. Eram sempre as mesmas pessoas que nelas encontrava, os cristãos riquinhos que logo revelavam suas faces hipócritas na oportunidade de diversão não supervisionada e um copo de bebida na mão. A universidade que costumava ser um playground para sua mente inquieta agora apenas a sufocava. Estava cansada de viver entre aquelas almas miseráveis e sem cor, com suas mentes de colmeia, todos obedecendo às regras de um ser maior que sequer sabiam que existia. Se bem que, na verdade, nem precisava ir tão longe. Todos ali pareciam seguir o que lhe era designado, o que a sociedade ditava correto, o que os professores mandavam e devia ser cumprido. Zumbis, sem nem mesmo terem conta disso.

Estava tão cansada daquela porcaria toda. Do status, das aparências, tudo. Não só deles, mas de si própria também. A imagem que pintava de si mesma era tão pesada quanto o couro da jaqueta que usava. O lobo solitário, a que nunca se importava com nada, a que escolhia violência acima de palavras, a bomba prestes a explodir. Tudo era culpa sua, sabia disso. Cavara a própria cova e agora precisava deitar-se nela, por mais que as emoções estivessem lhe engolindo por inteira. Porque tudo que precisava naquele momento era um abraço do irmão e sua voz dizendo-lhe que as coisas ficariam bem -- que ela não estava sozinha --, mas nem àquilo podia se permitir, então ela fez o que fazia de melhor: dopar-se de felicidade momentânea, na esperança de esquecer-se de quem era por algumas horas.

Ainda sentia em seus lábios o beijo que dera no desconhecido com quem dançara a noite toda, no entanto, nenhum contato físico que fosse, desde um beijo ao punho atravessando o rosto alheio, podia verdadeiramente preenchê-la. Eram apenas tentativas de livrar-se do tédio, de sentir alguma coisa -- qualquer coisa. 

As pernas alcançam a porta do quarto no dormitório, que abre lenta e cuidadosamente, para não acordar a colega da cama ao lado e que, àquela hora, já devia estar no décimo sono. Não queria que fossem feitas perguntas nem que precisasse respondê-las. Parou em frente ao espelho para deparar-se com o próprio rosto cansado e manchado pela maquiagem escura, que há muito desmanchara-se em fumaça preta ao redor dos olhos. Seu exterior nunca espelhava tão bem seu estado de espírito como quando voltava de suas noitadas.

Suspirou. As roupas escorregaram sem pressa até o chão e foram substituídas pela larga blusa que lhe servia de pijama. Sem nem preocupar-se com a maquiagem, enfiou-se debaixo das cobertas da cama e deixou que as pálpebras pesadas se fechassem. 

O que mais podia esperar, afinal? Que direito tinha de desejar algo mais, de se livrar do vazio que não a abandonava, de não sentir-se sozinha quando tudo que fazia era machucar os que estavam ao seu redor? Pois tinha sim consciência disso. Sabia que sugava a vida e a felicidade de todos que se aproximavam; que, por mais que quisesse parar, não conseguia abandonar os hábitos completamente destrutíveis, para os outros e para si mesma. Os envenenava para que se tornassem tão horríveis quanto ela, assim talvez não se sentisse tão solitária. Por isso nem mesmo o próprio irmão gêmeo não suportava sua presença, e por isso jamais contaria à garota por quem era apaixonada de seus sentimentos -- porque não os merecia de volta. 

Porque continuava sendo Mikaela Cho, e Mikaela Cho não era mais que uma casca oca, tentando amar em si mesma algo que não existia: o que valesse a pena amar.

#[ point of view. ] #[ self para: numbers. ]

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blackpinkofficial

#[ visuals. ]

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wow

#[ visuals. ]

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( bcu-nambyul )

Os olhos de Nambyul rapidamente foram na direção da voz feminina. Em momento algum achou que aquela cena poderia acontecer de verdade. Mikaela oferecendo algo a ela? Mas claro, era óbvio que não seria apenas aquilo. Mas as forças para deixar bem claro que ela nunca ficaria devendo nada para Mikaela não vieram e Nambyul só conseguia pensar o quanto queria mais um cigarro para se acalmar. “Você tem um coração, então?” Tentou, ainda que não fosse nem de longe a melhor resposta que já havia dado para alguém. Pegou o cigarro entre o polegar o indicador, levando-o imediatamente à boca, buscando o próprio isqueiro - vai que a tailandesa lhe cobrava outro favor, não é? 

Mentalmente, agradecera a Nambyul por aceitar o cigarro; já humilhava-se ao tratá-la daquela forma, fazendo um favor pela mesma Nambyul insuportável cuja vida adorava infernizar. Continuara a encarar os sapatos e não ousara oferecer o isqueiro junto (seria pior ainda se o fizesse). Não pretendia ficar por muito mais tempo, mesmo que a teimosia em deixar a mais velha aproveitar o telhado sozinha tenha sido a responsável para a situação toda. Não queria mais incomodá-la e nem tinha disposição para isso. Desencostava-se da parede, preparando-se para ir embora, quando Im fez o comentário. A risada escapou-lhe pelas narinas enquanto, inconscientemente, voltou a se encostar.

“Te faço a mesma pergunta.” A cabeça levantou para que os olhos a alcançassem. O sorriso de lado não era o mesmo de antes; pela primeira vez, era um sorriso sincero o que lançava a Nambyul. “Eu guardo seu segredo se você guardar o meu.” Uma piscadela ao fim de sua frase e Mikaela concluiu que havia tido o bastante. Sem mais hesitações, enfiou as mãos nos bolsos da jaqueta e seguiu às escadas do telhado, mas não antes de despedir-se da loira pelas costas: “Foi bom te ver, Nambyul-ssi.”

finalizado!

- ̗̀ smoke the pain away  ̖́-

#[ thread: smoke the pain away. ] #[ bcunambyul. ] #tô sem xkit mas edito quando chegar em casa D: #[ paras. ]

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Idol/era: Lisa - As If It’s Your Last 

#é o seguinte ppl #eu tô presa na faculdade até o fim da tarde #se der eu posto uma resposta ou outra pelo mobile mesmo #mas se não der quando chegar em casa eu respondo vocês #me perdoem pela demora >: #[ visuals. ]

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( bcu-byeol )

No caso a vagabunda cheira a Channel number 5 - Deu de ombros ainda com aquele sorriso, se ao menos Byeol fosse fácil assim de se ofender, sabia bem qual era a sua própria definição de “Vagabunda” e não era nada a ver com o que era, podia ser uma completa vaca em 90 por cento do tempo, mas ainda era melhor para ela do que ser uma daquelas meninas que sempre dividiam a cama com um rapaz diferente. Byeol era ótima em disfarçar qualquer tipo de nervosismo, por isso riu com o que ela disse - Para que eu estivesse apaixonada por alguém implicaria que possuo um coração, não é mesmo? Além disso Hansol é o que me persegue, eu tento me manter longe para não ter chance de me contaminar com alguma doença sexualmente transmissível - Deu de ombros, apaixonada era um termo muito forte para se usar, não se permitia ter um sentimento desses com ninguém, ainda mais com Hansol, mas claro que havia uma parcela de interesse que Byeol jogava para longe cada vez que vinha a sua cabeça.

O riso não falhava em explicitar o escárnio. Que grande merda, um frasco de perfume, como se ter uma marca famosa ou não lhe fosse de importância. Era a cara de Byeol gabar-se por besteiras como aquela, como se um Chanel a fizesse melhor que alguém ou menos hipócrita do que era. Bela santinha de igreja. “Uau, que incrível. Ela é uma vagabunda luxuosa.” Respondeu. Byeol não mudara nem um pouco naqueles anos – continuava prepotente como sempre. A vantagem, no entanto, era que ainda tinha as mesmas fraquezas. Arrancara dela exatamente a reação que desejava, os lábios logo entortando-se em um sorriso mais largo. “Engraçado. Eu nem cheguei a mencionar um nome, mas pelo visto não preciso de um pra te deixar nervosa.” Xeque-mate. De postura orgulhosa, deu passos lentos até a garota, aproximando-se o suficiente para que pudesse sussurrar em seu ouvido enquanto passava por trás dela: “Acho que você não é tão sem coração quanto pensa, Byeol-ah.”

#[ bcubyeol. ] #[ chatting. ] #me perdoa tô sem xkit </3

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( bcu-byeol )

Você é simplesmente tão engraçada, Mikaela, já te falaram isso muitas vezes? - Perguntou com um tom entediado, fechando a bíblia e dirigindo o olhar para ela devagar - Acho que temos isso em comum, a única coisa graças a Deus. Mas você me supera, Mika! Ofende, aparenta, e cheira como uma criança - Deu um sorriso, havia falado o apelido da garota de uma forma mais maçante possível. Já conhecia a menina a algum tempo para não se incomodar com a foma informal de sua fala - Desculpa, não estou tão intimidada por você para gastar as minhas tiradas e bem, o seu cabelo é apenas um fato tão aparente, não dá para ignora-lo não é? Mas quanto a você… Esperava mais, me ofender ressaltando meu dinheiro? É mais um elogio ao meu ver - Arqueou as sobrancelhas, com sua melhor feição cínica - O que etá fazendo sozinha de qualquer forma? Cade seus amiguinhos. 

“Sim, me falaram! Sou de fato a alegria da festa.” O largo sorriso de Mikaela permanecia inabalado, assim como a cara de pau. A coisa boa naquelas pequenas discussões com Byeol era que a garota não conseguia estressá-la; na realidade, divertia-se em assisti-la tentar desequilibrá-la, com respostas tão fúteis e rasas quanto a própria dona das palavras. “Eu prefiro cheirar como uma criança do que como uma vagabunda hipócrita de igreja, mas cada um que faça suas escolhas, não é?” Disse ela, ao dar de ombros. A aparente despreocupação era sua estratégia para atiçá-la ainda mais, e nem mesmo esforçou-se para responder o comentário seguinte dela. Até mesmo Mikah tinha diretrizes e, entre elas, estava não gabar-se do próprio dinheiro. Primeiro, por ser oferecido pelos embustes que precisava chamar de “pais”; segundo, porque havia muitas outras formas de atingir alguém, e com coisas que realmente tinham controle sobre. Era sim uma babaca, mas não àquele ponto. “Não é você quem deveria saber? É apaixonada por um deles, afinal. Por que não está perseguindo o rabo dele por aí?”

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( bcu-doona )

Você que me veio perguntando sobre brigas ilegais. 

Por curiosidade, como eu disse. Vou deixar isso para você. 

Mas enfim, vai fazer algo de interessante próxima semana? Eu estou precisando de uma distração e já zerei as séries que precisava colocar em dia.

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( bcu-natasha )

Me ajuda ir até lá? Meu joelho dá erro na metade do caminho. 

“Okay, se apoia em mim.” O braço foi à cintura da outra enquanto esperava que ela colocasse o dela sobre seus ombros, para que pudesse apoiá-la. “E vê se não se quebra de novo, porque não serei sempre boazinha assim.”

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( bcu-natasha )

Está me chamando de burra? 

Eish... Não era isso que eu queria dizer, mas se foi essa a interpretação que tirou, posso, no mínimo, considerá-la lenta. Enfim, deixa pra lá. Não quer mesmo ir na enfermaria olhar esse machucado?

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( bcu-doona )

Lá não é tão perigoso assim. Eles recolhem as armas de fogo na porta. Você só está com medo.

Já escutou que medo é o que nos mantêm vivos? Eu não sou completamente burra, algumas coisas só não valem a pena. Se ao menos fosse algo divertido ou que me trouxesse uma vantagem, poderia considerar, mas... Passo, obrigada.

#não faço ideia do que é mas é nois #[ bcudoona. ] #[ chatting. ]

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( bcu-hansol )

Por que diabos é tão difícil acreditar em mim? Eu tenho cara de mentiroso? Aquele cuzão realmente faz isso, o que eu ganharia difamando ele? Mas a parte do animal até que é bem interessante, pena que o outro gêmeo é bem inútil. Se transformar em água.. Que merda de poder. 

Dividir o bacon? Macaco divide banana? É mais fácil que eu te dê isso. 

Mentiroso, babaca, X9, vacilão... Nunca se olhou no espelho? É a carinha perfeita de secundário filho da puta em dorama. Já sobre o poder, eu não posso discordar, porque se transformar em animal é muito mais interessante, mas... quem sabe?  É preciso ter criatividade, caro Hansol. 

Você dividiria bacon comigo? Que gracinha. Se não te conhecesse melhor, diria que está apaixonado por mim.

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( bcu-nari )

É meio estranho acharem que uma pessoa que recebe rajada de merda na cabeça terá sorte. Bem, se for esse o caso, então ele terá uma sorte muito grande, até porque o pombo caprichou no presente.

Não sei, talvez seja um lance de otimismo. “Um pombo cagou em você e não tem como ficar pior que isso, então o dia será bom!” A menos que alguém morra ou algo do tipo, aí sim o dia seria um inferno para ele. Acha que devemos avisá-lo ou só deixar que ele descubra quando estiver na sala de aula?

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Há uma diferença entre ser medrosa e ter um desejo de morte, Doona. Se você estiver disposta a bancar de super-heroína, fique à vontade, mas eu não me arriscaria desta forma. Tenho motivos melhores para colocar meu rostinho na linha.

Você é umx medrosx, admita logo. 

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makeover montage.

with @bcu-hayun

“A Operação Ji Hayun 2.0 começa agora.” Anunciou, de largo sorriso no rosto e cartão de crédito entre os dedos. A coisa boa de ter pais podres de ricos e a dar 0 de atenção para a própria filha? Podia gastar com qualquer porcaria que quisesse.

Ela não se empolgava com muitas coisas que não fossem causar algum tipo de tumulto, portanto, viu-se agradavelmente surpresa ao estar animada para uma coisa que jamais esperara comprometer-se em fazer: daria a Hayun uma transformação de visual completa, digna de filmes teen dos anos 2000 -- não fosse por estar fazendo o contrário do que acontecia neles, jogando fora a imagem de menininha que a amiga tinha para cobri-la de preto, meias arrastão e coturnos. Já era hora de Ji largar o estilo de garota de igreja e refletir o que havia dentro de si mesma, e a mudança de guarda-roupa era apenas o início. Também estava especialmente ansiosa para detonar o perfeito cabelo preto da mais nova.

Agora, de frente à amiga e parada a sua porta, esperava que ela se aprontasse para poderem sair, aproveitando o fim de semana livre de aulas. “Sabe, agora que parei para pensar, é bem oportuno que estejamos fazendo isso tão perto do Halloween. Você vai parecer uma bruxa do século 21.” Brincou, o corpo lentamente a pender para o lado até que encostasse na borda da porta aberta. “Não sei o que te inspirou a fazer isso, mas tenho medo de perguntar e você voltar atrás, então vamos logo.”

#[ thread: makeover montage. ] #[ paras. ] #[ bcuhayun. ]

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E você acha que ficarei só olhando, é? Deixar em paz porra nenhuma, desembucha logo pra eu saber em quem bater.

— O que foi? Nunca viu ninguém chorando? Me deixa em paz.

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