Tumgik
axlnotrose · 1 year
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A interrupção de seus amigos foi o suficiente para espantar grande parta da raiva que se acumulava a cada palavra de Joshua. Thomas não havia aparecido na escola aquele dia, e Axl agradeceu mentalmente por aquilo, pois seria capaz de sair dali e terminar o serviço que havia começado na semana anterior. – Ela está certa. – Concordou com Kate. – Acho melhor pelo menos esperarmos até semana que vem para que você volte a tocar. – Os olhares dos amigos caíram todos sobre si, entretanto seus olhos estavam ocupados em observar Joshua naquele instante, e podia sentir a intensidade por trás das orbes castanhas, o brilho que fazia seu estômago revirar.
"Mas isso não significa que não vamos nos encontrar no fim de semana, não é?" Questionou Matt, fazendo com que Axl finalmente desviasse o olhar. – Precisamos urgentemente terminar de definir a setlist da formatura, o diretor disse que quer revisar para garantir que não vamos tocar nada 'inapropriado'. – Revirou os olhos. – Não precisamos necessariamente ensaiar as músicas, mas vamos pesquisar e montar isso logo. Só que na minha casa não vai dar, minha tia avó está hospedada lá e ela não gosta de muita bagunça. – Encolheu os ombros. "Vocês sabem que na minha só podemos se não envolver bebidas e afins... E minha irmã está um saco com toda a arrumação do casamento." Clary se manifestou, Matt apenas negou com a cabeça, e Kate disse que sua mãe ainda estava insegura em permitir outro encontro na residência após Matthew vomitar no carpete da sala. "E na sua casa, Josh?" Questionou Clary, encarando o amigo com expectativa. "Se seu pai não gostar, prometo que não vou levar bebida nem nada." Dessa vez Matt entrou no assunto e todos permaneceram ansiosos pela resposta do quinto integrante. – Não precisa nos dizer agora, pode perguntar pra ele antes e avisar durante a semana, se não der, nós vamos arranjar um jeito.
A resposta veio durante a semana e, no sábado após o almoço, Axl se viu fazendo o trajeto que já se acostumara, buscando cada um de seus amigos em suas casas, afinal era o único com carteira de motorista. Entretanto percebeu que se estivessem em cinco, com os instrumentos, não teriam espaço no veículo. "Poderíamos fazer uma vaquinha e comprar uma van" sugeriu Kate, porém não teve tempo de responder, pois logo estacionaram em frente a residência que já conhecia. Lembranças de seu primeiro dia ali vieram a tona e, de imediato, sentiu aquele típico desespero causado pela ansiedade, e estava enxugando as mãos suadas na camiseta quando a porta se abriu. Os cabelos negros de Joshua caíam perfeitamente ao redor de seu rosto, emoldurando as feições delicadas e entrando em contraste com a cor de sua pele, Axl deixou o olhar varrer o rosto alheio, até pousar nos lábios rosados antes de desviar para qualquer outra coisa que não lhe fizesse sentir um misto de emoções. E encontrou o suporte necessário no hijab preto de Clary que se encontrava logo a sua frente na hora em que entraram na residência luxuosa.
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 1 year
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O jovem assentiu timidamente e sentou-se na beirada do sofá, pensando que suas roupas talvez estivessem sujas demais para relaxar um pouco mais. Observava a movimentação de Joshua pela sala e estava prestes a pegar um cookie quando a voz do jovem lhe chamou atenção. Foi como se tivesse ganhado um prêmio importante e um sorriso involuntário se formou em seu rosto. – Obrigado! – Encarou as cordas embaladas por alguns instantes, já planejando colocá-las no violão assim que voltasse do culto no dia seguinte. – Não precisa me agradecer, é um prazer poder ajudar.
Eles comeram em silêncio por alguns minutos, Axl se ocupava a encarar as caixas espalhadas pensando na trabalheira que daria para organizar tudo aquilo. Nunca havia feito uma mudança na vida, tendo sido criado desde sempre naquela mesma casa onde morava agora, assim como suas irmãs. Mas já havia auxiliado em reformas na igreja e até no próprio lar o suficiente pra saber o quão incômodo aquela bagunça toda poderia ser. Seus olhos pousaram nas prateleiras de uma enorme estante que estavam em um canto da sala, havia carregado elas até ali e conhecia seu peso enorme. – Sr. Smith, o senhor quer ajuda para montar aquela estante pesada? – Não que achasse que o homem não dava conta da tarefa, mas sabia que em duas pessoas a exaustão dele seria menor.
O restante da tarde foi ocupado pela atividade de montar móveis e colocar pregos nas paredes, Axl seguia as instruções do homem mais velho enquanto Joshua andava pela casa limpando a sujeira que faziam sempre que furavam alguma coisa. Já se aproximava das 7pm quando uma batida discreta na porta foi ouvida e assim que o outro adolescente atendeu, ouviu a familiar voz tímida de Rachel. "Boa noite, eu gostaria de saber se Axl ainda está, sou irmã dele, meu nome é Rachel." Limpando as mãos nas calças, Axl se aproximou da porta, sorrindo para a garota. "Ah, oi!" Ela disse. "Papai já chegou da visita de mais cedo, então mamãe pediu para que eu viesse chamá-lo e saber se nossos novos vizinhos não gostariam de jantar com a gente." As bochechas da menina coraram, não era sempre que ficava tímida na frente de estranhos, costumava ser a mais ousada de todas as mulheres Griffiths, o que lhe rendia boas broncas de seu pai. Axl encarou os vizinhos em expectativa por uma resposta.
@joshua-smi-th
O sol brilhava alto no céu quando ele avistou a própria casa. Aos poucos o verão se transformava em outono, e uma brisa gelada era responsável por aliviar o calor. De longe conseguia enxergar Esther e Hannah brincando no jardim, com suas bonecas em mãos, as vozes das meninas ficavam mais altas à medida que ele se aproximava. Entretanto sua atenção foi desviada por um objeto estranho na rua, algo que há muito não via por ali: um caminhão de mudança. Não era como se muitas pessoas chegassem em Llanfair, normalmente era o contrário, costumavam sair. Observou curiosamente o veículo, percebendo o movimento de duas pessoas atrás da caçamba, estava prestes a tentar se aproximar um pouco mais quando uma mão pequena pousou em seu braço. "Mamãe está te chamando lá dentro." Axl sorriu para a garotinha, passando a mão pelas trancinhas ruivas antes de agradecer e seguir para o interior da residência, onde Rachel lhe aguardava com prontidão. – Onde está mamãe? – Questionou enquanto a adolescente retirava o casaco de seus braços e a bolsa de suas mãos, sorrindo brevemente, ela indicou a cozinha. – Obrigado, Rach. – Seguiu em silêncio até o cômodo indicado, apenas para se deparar com a típica imagem de sua mãe, o avental na cintura enquanto preparava as refeições. "Ah, Axl, que bom que chegou. Como foi o ensaio hoje?" – Foi bem, estamos com alguns novatos, é difícil ensinar tudo para eles. – Confessou. – Pelo menos tenho paciência o suficiente para explicar. – "Paciência é uma virtude da qual você nasceu carregado, meu filho." A mulher falou com um sorriso, acariciando os cabelos negros do jovem. – Papai saiu? – Ela concordou "O Sr. Finnigan ligou, aparentemente o pai dele está muito doente, seu pai foi até o hospital para dar algumas bençãos ao homem." Assentiu "Ele pediu para que eu te desse um recado." Nora voltou a atenção para as panelas no fogão. "Viu que temos vizinhos novos, certo?" Concordou. "Seu pai pediu para que você ajude o homem a organizar tudo, apenas para dar as boas vindas à cidade." Não era um pedido inédito, Axl já havia ajudado mais de um morador com os afazeres domésticos em sua vida, e não se incomodava em fazê-lo, especialmente considerando que era uma forma de se livrar de suas obrigações durante a tarde. – Sim, senhora. Irei fazer isso, vou apenas trocar para roupas menos incômodas antes. – Mamãe sorriu mais uma vez. "Quando estiver saindo, peça para Chloe trazer as menores para dentro."
Alguns minutos mais tarde ele se encontrava no jardim mais uma vez, usando agora roupas menos formais, caminhou em direção ao terreno vizinho. Se aproximando com timidez do fundo do caminhão, de onde vinham vozes masculinas. – Com licença. – Pediu antes mesmo de se fazer presente no campo de vista dos estranhos, e assim que o fez, levou pouco tempo para assimilar a imagem dos dois. O primeiro era um homem adulto, parecia estar na casa dos quarenta e tinha feições simpáticas, já o segundo era, definitivamente, seu filho, semelhança era inegável. E Axl perdeu alguns segundos analisando a face do adolescente que o encarava de volta, algo naquelas expressões chamava sua atenção, apenas não entendia o motivo. – Meu nome é Axl, Axl Griffiths. Moro ali na casa ao lado e estava me perguntando se vocês não gostariam de ajuda para descarregar o caminhão.
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axlnotrose · 1 year
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Era confortável conversar com Joshua, em momento algum entraram em assuntos muito pessoais, e apesar de Axl já saber o bastante sobre aquela família através dos relatos de Alicia, devia admitir que imaginava alguém completamente diferente no papel de patrão, um pouco mais velho talvez. Nada o havia preparado para um homem jovem, porém de aparência relativamente cansada, se estivesse chutando certo, imaginava que Joshua tinha quase a mesma idade que si, e também havia sido pai muito jovem se assim fosse.
Havia se entretido tanto na conversa, que se surpreendeu ao ouvir os passos apressados entrarem na cozinha e seu olhar imediatamente se voltou para as crianças que sorriam animadas. Alexander tinha as bochechas coradas e o cabelo preto bagunçado, e Axl seu pai imaginou o quão animadamente aqueles dois vinham brincando. Sentiu algo aquecer em seu peito com a proposta de Olívia, ela não via Alec como diferente, ela não ligava para a aparência do menino, percebeu que ali vinha surgindo uma amizade pura e pela forma que o garoto se balançava em ansiedade aguardando por uma resposta, concluiu que era recíproco. Diferentemente da maioria das vezes, Alec não estava sendo obrigado a interagir com outra criança, estava se soltando. – Olha, Liv... – Falou com um sorriso, segurando a mão da garota. – Nesse horário o Alec tem treino de futebol na escola – Já via as expressões da menina murcharem, então continuou – Mas se seu pai não se importar, podemos mudar o horário das aulas para... Uma hora mais tarde? Assim dá tempo de buscar o Alec e vir pra cá, o que acha? – Dessa vez se voltou para o chefe no aguardo de uma resposta positiva, rezando para que esta viesse, e sentiu os ouvidos doerem com os gritos de alegria de Olívia diante da afirmação.
Separar as crianças mais tarde foi a parte mais difícil do dia, ambos estavam entretidos em uma brincadeira envolvendo robôs e Barbies (uma mistura peculiar, Axl admitia), e o homem viu a forma como os olhos do garoto marejaram ao afirmar que precisavam ir para casa. Mas tudo se desfez diante da garantia que iriam se ver na semana seguinte.
Axl apenas não esperava era que o reencontro não demoraria tanto a acontecer. No sábado acordaram cedo, aproveitaria o dinheiro recebido pela última aula de Liv para comprar roupas para o filho. Alec estava crescendo rápido demais, além do ganho de peso, tendo apenas sete anos, já usava alguns tamanhos maiores e as perdas eram inevitáveis. Portanto, juntando uma sacola de roupas que já não serviam ao garoto, tomou o metrô rumo ao centro da cidade onde, numa igreja, havia um bazar mensal no qual conseguiam encontrar muitas coisas de qualidade e também vender as antigas. Alec parecia não dar a mínima para o fato de vestir peças usadas, afinal assim havia sido sua vida inteira.
Já era quase hora do almoço quando saíram do local com uma mochila recheada de peças 'novas' para pai e filho usarem, e resolveram andar pelo centro enquanto procuravam algo para comer. Haviam acabado de parar diante da vitrine de uma loja de produtos para animais de estimação, a fim de admirar as roupinhas temáticas para animais, quando ouviram uma voz familiar "Olha papai, quem está ali!" E Axl se virou a tempo de reconhecer as duas figuras que se aproximavam, pai e filha andavam em sua direção de mãos dadas.
AU
@axlnotrose
Joshua não poderia estar com o dia mais corrido, não sabia o que estava pensando ao abrir uma nova sede de seu restaurante. Além de montar toda a estrutura devia treinar os novos funcionários e os chefes, já que a maioria não trabalhava consigo na matriz. O dobro de trabalho nas mesmas 24 horas do dia. Podia se dizer um homem exausto, sem dúvidas. Tentava manter um rosto minimamente animado ao chegar em casa, não queria transparecer muito para Olívia, ela era apenas uma criança e não tinha culpa de nada daquilo. Ao menos tinha sorte de poder contar com Alicia, a babá que parecia ter saído do céu para lhe ajudar. Sempre conseguia contar com ela para as horas extras, que atualmente eram bem comuns, e ela parecia lidar bem com Olivia. O que era bem difícil, sabia o quanto a filha era agitada. Por mais que tentasse gastar toda a energia da menina com atividades que ela pedia, nunca parecia ser o suficiente. Mas não importava o que fosse que sua pequena lhe pedisse, sempre conseguia uma forma de realizar o desejo, mesmo sabendo que se arrependeria em algum momento. Este seria o caso das aulas de guitarra, sabia que isso evoluiria para uma bela dor de cabeça, mas o sorriso da menina ao ganhar o instrumento fez tudo valer a pena. Achar um professor também não foi difícil, felizmente Alicia conhecia uma pessoa que poderia dar aula. Confiava na indicação dela e, devido ao tempo, infelizmente não conseguiu falar com ele pessoalmente, apenas por telefone. Não viu problemas, contando que Alicia estivesse junto. Depois do valor fechado, apenas podia esperar que a filha gostasse realmente das aulas.
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axlnotrose · 1 year
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Não se lembrava de absolutamente mais nada dos acontecimentos que se seguiram à crise na casa de seu professor. Sua lembrança seguinte era a de ser acordado na sexta-feira para que tomasse o café da manhã, e em seguida fez questão de repetir a dose de calmantes do dia anterior, o que foi o suficiente para fazê-lo apagar mais um pouco. Tinha vagos flashes de ser despertado para se alimentar e tomar duas medicações, e no sábado foi surpreendido com uma visita extra ao terapeuta. Em momento algum vovó questionou o que realmente havia acontecido, ela nunca botava pressão nele, sabendo que quanto mais forçasse a barra, mais ele tentaria esconder tudo, pois a vergonha ainda era um dos sentimentos que o acometiam ao falar sobre o passado.
Foi em algum ponto do domingo que teve coragem de contar, e viu os lábios da mulher se franzirem ao mencionar Thomas. Sabia que ela discordava de sua decisão de não fazer uma denúncia, ao mesmo tempo que entendia seus motivos. Vovó era a melhor pessoa do mundo e Axl agradecia eternamente por ter sido enviado para ela depois da verdade vir a tona. Ele passou o fim de semana longe do celular e das redes sociais, manteve a mente o mais ocupada possível afim de evitar novas crises que pareciam prestes a ocorrer a qualquer segundo. E mesmo sob os protestos contrários da avó, Axl decidiu que queria ir a aula naquela segunda-feira. Inventou a desculpa de que tinha matérias importantes, porém seu foco era Joshua. Será que o outro garoto iria? Estaria ele bem? Não se lembrava do que aconteceu após chegarem na casa de Lucien, Josh havia explicado tudo ao pai?
Nos primeiros horário não o viu pelos corredores, sequer teve tempo de procurá-lo, foi apenas no horário do almoço, quando se aproximou da mesa onde seu grupinho sempre sentava que pôde voltar a focar em sua atividade. "Você está com uma cara horrível." Disse Matthew assim que depositou a bandeja com o almoço sobre a mesa. "Sua avó nos disse que você teve uma crise muito feia na quinta, está se sentindo melhor?" Dessa vez foi Kate quem perguntou, colocando a mão sobre a do amigo. — Estou. — Não era uma mentira completa. — Vocês viram o Josh por aí? — Estava tão concentrado em olhar ao redor que não reparou na troca de olhares espantados dos amigos. "Não vimos." Disse Clary, desconfiada. Axl comeu de forma distraída e fingiu não ouvir os questionamentos dos amigos quando se levantou da mesa, iniciando uma caminhada lenta pela escola.
Mal percebeu onde havia ido parar até estar de frente com o local familiar, e também não imaginou que o encontraria ali, mas sua silhueta era inconfundível através do vidro da porta. Ele bateu delicadamente antes de entrar, e por alguns instantes foi incapaz de dizer qualquer coisa. Deixou o olhar vagar pelas expressões de cansaço que se assemelhavam às suas até pousar na mão alheia enfaixada. Uma fagulha de raiva se acendeu em si, sentindo que um único soco havia sido pouco. — Eu... — Suspirou, se aproximando. — Eu só queria saber como você está. — Sentiu as bochechas corando e timidamente enfiou as mãos nos bolsos da calça. — Fiquei preocupado. — Admitiu.
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 1 year
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Ele gostava de ajudar as pessoas, havia descoberto que era algo que o trazia um sentimento bom, ao contrário do que muitos pensavam, não o fazia somente por causa da igreja de seu pai, para passar uma boa impressão. E enquanto carregava as caixas, Axl se lembrava das diversas vezes em que se oferecera para auxiliar em trabalhos manuais pela cidade. Não era de se gabar, e nem o faria, pois vaidade demais era pecado, mas tinha boas habilidades quando se tratava de atividades de reparos domésticos, aprendera muito na última reforma da igreja.
Pouco prestou atenção no pai e filho que circulavam ao seu redor, apenas seguindo as instruções sobre onde deixar os pertences antes de voltar até o caminhão. Era claro que no fundo estava curioso sobre os novos vizinhos, o fato de alguém ter escolhido Llanfair como o novo lar já lhe chamava muito a atenção, e o fato da comunidade ser pequena, fazia com que grande parte das pessoas se conhecessem. Na escola, na igreja, nas praças e mercados, todos acabavam reconhecendo uns aos outros eventualmente. Sabia que os recém chegados seriam uma espécie de atração a cidadezinha durante as próximas semanas, e o menino, Joshua, provavelmente frequentaria a mesma escola que os outros adolescentes da região.
— Se precisarem de ajuda para montar os móveis e pendurar algumas coisas, tenho ferramentas em casa. — Disse para o outro garoto enquanto caminhavam juntos carregando algumas prateleiras. — Pode acelerar o trabalho de vocês. — Bateu as mãos uma na outra assim que colocaram as madeiras pesadas no chão, sentindo os músculos das costas e braços doerem pelo trabalho, Axl reconhecia que sentiria alguma exaustão muscular no dia seguinte. Sua atenção foi desviada, porém, para a caixa que Lucien depositou próximo a si, reconhecendo seu formato e sentiu uma pontada de ânimo se formar em seu peito. — Você toca teclado? — Sorriu animado. — Estou tentando aprender a tocar também, mas não tenho muito tempo para aprender, pois sou eu que ensino outros instrumentos para os mais novos. Eu tenho um violão antigo, precisa de cordas novas, mas não consegui juntar dinheiro pra comprar.
@joshua-smi-th
O sol brilhava alto no céu quando ele avistou a própria casa. Aos poucos o verão se transformava em outono, e uma brisa gelada era responsável por aliviar o calor. De longe conseguia enxergar Esther e Hannah brincando no jardim, com suas bonecas em mãos, as vozes das meninas ficavam mais altas à medida que ele se aproximava. Entretanto sua atenção foi desviada por um objeto estranho na rua, algo que há muito não via por ali: um caminhão de mudança. Não era como se muitas pessoas chegassem em Llanfair, normalmente era o contrário, costumavam sair. Observou curiosamente o veículo, percebendo o movimento de duas pessoas atrás da caçamba, estava prestes a tentar se aproximar um pouco mais quando uma mão pequena pousou em seu braço. "Mamãe está te chamando lá dentro." Axl sorriu para a garotinha, passando a mão pelas trancinhas ruivas antes de agradecer e seguir para o interior da residência, onde Rachel lhe aguardava com prontidão. – Onde está mamãe? – Questionou enquanto a adolescente retirava o casaco de seus braços e a bolsa de suas mãos, sorrindo brevemente, ela indicou a cozinha. – Obrigado, Rach. – Seguiu em silêncio até o cômodo indicado, apenas para se deparar com a típica imagem de sua mãe, o avental na cintura enquanto preparava as refeições. "Ah, Axl, que bom que chegou. Como foi o ensaio hoje?" – Foi bem, estamos com alguns novatos, é difícil ensinar tudo para eles. – Confessou. – Pelo menos tenho paciência o suficiente para explicar. – "Paciência é uma virtude da qual você nasceu carregado, meu filho." A mulher falou com um sorriso, acariciando os cabelos negros do jovem. – Papai saiu? – Ela concordou "O Sr. Finnigan ligou, aparentemente o pai dele está muito doente, seu pai foi até o hospital para dar algumas bençãos ao homem." Assentiu "Ele pediu para que eu te desse um recado." Nora voltou a atenção para as panelas no fogão. "Viu que temos vizinhos novos, certo?" Concordou. "Seu pai pediu para que você ajude o homem a organizar tudo, apenas para dar as boas vindas à cidade." Não era um pedido inédito, Axl já havia ajudado mais de um morador com os afazeres domésticos em sua vida, e não se incomodava em fazê-lo, especialmente considerando que era uma forma de se livrar de suas obrigações durante a tarde. – Sim, senhora. Irei fazer isso, vou apenas trocar para roupas menos incômodas antes. – Mamãe sorriu mais uma vez. "Quando estiver saindo, peça para Chloe trazer as menores para dentro."
Alguns minutos mais tarde ele se encontrava no jardim mais uma vez, usando agora roupas menos formais, caminhou em direção ao terreno vizinho. Se aproximando com timidez do fundo do caminhão, de onde vinham vozes masculinas. – Com licença. – Pediu antes mesmo de se fazer presente no campo de vista dos estranhos, e assim que o fez, levou pouco tempo para assimilar a imagem dos dois. O primeiro era um homem adulto, parecia estar na casa dos quarenta e tinha feições simpáticas, já o segundo era, definitivamente, seu filho, semelhança era inegável. E Axl perdeu alguns segundos analisando a face do adolescente que o encarava de volta, algo naquelas expressões chamava sua atenção, apenas não entendia o motivo. – Meu nome é Axl, Axl Griffiths. Moro ali na casa ao lado e estava me perguntando se vocês não gostariam de ajuda para descarregar o caminhão.
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axlnotrose · 1 year
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– Tudo bem, eu entendo. – Foi o que disse diante da confissão alheia sobre estar constantemente ocupado. Axl sabia muito bem o que era viver dentro do emprego, considerando que, quando seu filho era mais novo, foi obrigado a trabalhar em até três locais diferentes a fim de manter um padrão de vida bom para eles dois. Agora com Alec mais velho, havia percebido que seu tempo com o garoto era mais valioso do que muitos luxos por aí, e abriu mão da rotina caótica, trabalhando o suficiente para se manterem com o básico e o resto ele se virava como podia. Observou com atenção enquanto o outro homem tratava das necessidades da própria filha, sorrindo diante do contraste entre a garota agitada que circulava pelo cômodo e o menino que repousava a cabeça em seu ombro tranquilamente. Sabia que parte dessa letargia de Alexander se dava pelo efeito dos remédios para suas alergias, e outra parte vinha junto da personalidade reservada e calma do menino.
Axl sorriu diante da fala da menina, e virou o rosto para encarar Alec que o olhava em dúvida. No fundo dos olhos azuis, havia aquela típica curiosidade infantil, a vontade de ir junto da outra menina e brincar, conhecia o garoto o suficiente para enxergar por trás do brilho tímido. – Acho que não tem problema de brincarem um pouco. – Colocou Alexander no chão, acariciando os cabelos negros do garoto. – Se comporte ok? – Foi tudo o que teve tempo de dizer antes de assistir Olívia puxá-lo em direção as escadas, e parte de si fez uma prece silenciosa para que Alec finalmente se soltasse o suficiente e se permitisse criar laços com outra criança, ter uma amizade.
– Eu aceito um café. – Disse sorrindo. – Preciso apenas lavar as mãos antes. – Dobrou as mangas de sua camisa social até a altura dos cotovelos antes de caminhar até a pia. Tentava manter uma postura um pouco mais formal diante do outro, mesmo que Joshua lhe passasse uma energia que o permitia relaxar um pouco. Algo lhe dizia que não teria problemas com o patrão, e uma parte de si já havia gostado da maneira como o homem cuidara de Alec enquanto estava ocupado. Sabia que muitos patrões por aí sequer permitiriam a presença da criança em suas casas. – Obrigado por permitir que Alec ficasse comigo aqui. – Resolveu dizer. – Ele estaria nas aulas de futebol da escola nesse horário, mas passou mal hoje mais cedo e tive que buscá-lo. Normalmente é Alicia quem cuida dele para mim quando estou ocupado, mas como ela também estava trabalhando...
AU
@axlnotrose
Joshua não poderia estar com o dia mais corrido, não sabia o que estava pensando ao abrir uma nova sede de seu restaurante. Além de montar toda a estrutura devia treinar os novos funcionários e os chefes, já que a maioria não trabalhava consigo na matriz. O dobro de trabalho nas mesmas 24 horas do dia. Podia se dizer um homem exausto, sem dúvidas. Tentava manter um rosto minimamente animado ao chegar em casa, não queria transparecer muito para Olívia, ela era apenas uma criança e não tinha culpa de nada daquilo. Ao menos tinha sorte de poder contar com Alicia, a babá que parecia ter saído do céu para lhe ajudar. Sempre conseguia contar com ela para as horas extras, que atualmente eram bem comuns, e ela parecia lidar bem com Olivia. O que era bem difícil, sabia o quanto a filha era agitada. Por mais que tentasse gastar toda a energia da menina com atividades que ela pedia, nunca parecia ser o suficiente. Mas não importava o que fosse que sua pequena lhe pedisse, sempre conseguia uma forma de realizar o desejo, mesmo sabendo que se arrependeria em algum momento. Este seria o caso das aulas de guitarra, sabia que isso evoluiria para uma bela dor de cabeça, mas o sorriso da menina ao ganhar o instrumento fez tudo valer a pena. Achar um professor também não foi difícil, felizmente Alicia conhecia uma pessoa que poderia dar aula. Confiava na indicação dela e, devido ao tempo, infelizmente não conseguiu falar com ele pessoalmente, apenas por telefone. Não viu problemas, contando que Alicia estivesse junto. Depois do valor fechado, apenas podia esperar que a filha gostasse realmente das aulas.
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axlnotrose · 1 year
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O sol brilhava alto no céu quando ele avistou a própria casa. Aos poucos o verão se transformava em outono, e uma brisa gelada era responsável por aliviar o calor. De longe conseguia enxergar Esther e Hannah brincando no jardim, com suas bonecas em mãos, as vozes das meninas ficavam mais altas à medida que ele se aproximava. Entretanto sua atenção foi desviada por um objeto estranho na rua, algo que há muito não via por ali: um caminhão de mudança. Não era como se muitas pessoas chegassem em Llanfair, normalmente era o contrário, costumavam sair. Observou curiosamente o veículo, percebendo o movimento de duas pessoas atrás da caçamba, estava prestes a tentar se aproximar um pouco mais quando uma mão pequena pousou em seu braço. "Mamãe está te chamando lá dentro." Axl sorriu para a garotinha, passando a mão pelas trancinhas ruivas antes de agradecer e seguir para o interior da residência, onde Rachel lhe aguardava com prontidão. – Onde está mamãe? – Questionou enquanto a adolescente retirava o casaco de seus braços e a bolsa de suas mãos, sorrindo brevemente, ela indicou a cozinha. – Obrigado, Rach. – Seguiu em silêncio até o cômodo indicado, apenas para se deparar com a típica imagem de sua mãe, o avental na cintura enquanto preparava as refeições. "Ah, Axl, que bom que chegou. Como foi o ensaio hoje?" – Foi bem, estamos com alguns novatos, é difícil ensinar tudo para eles. – Confessou. – Pelo menos tenho paciência o suficiente para explicar. – "Paciência é uma virtude da qual você nasceu carregado, meu filho." A mulher falou com um sorriso, acariciando os cabelos negros do jovem. – Papai saiu? – Ela concordou "O Sr. Finnigan ligou, aparentemente o pai dele está muito doente, seu pai foi até o hospital para dar algumas bençãos ao homem." Assentiu "Ele pediu para que eu te desse um recado." Nora voltou a atenção para as panelas no fogão. "Viu que temos vizinhos novos, certo?" Concordou. "Seu pai pediu para que você ajude o homem a organizar tudo, apenas para dar as boas vindas à cidade." Não era um pedido inédito, Axl já havia ajudado mais de um morador com os afazeres domésticos em sua vida, e não se incomodava em fazê-lo, especialmente considerando que era uma forma de se livrar de suas obrigações durante a tarde. – Sim, senhora. Irei fazer isso, vou apenas trocar para roupas menos incômodas antes. – Mamãe sorriu mais uma vez. "Quando estiver saindo, peça para Chloe trazer as menores para dentro."
Alguns minutos mais tarde ele se encontrava no jardim mais uma vez, usando agora roupas menos formais, caminhou em direção ao terreno vizinho. Se aproximando com timidez do fundo do caminhão, de onde vinham vozes masculinas. – Com licença. – Pediu antes mesmo de se fazer presente no campo de vista dos estranhos, e assim que o fez, levou pouco tempo para assimilar a imagem dos dois. O primeiro era um homem adulto, parecia estar na casa dos quarenta e tinha feições simpáticas, já o segundo era, definitivamente, seu filho, semelhança era inegável. E Axl perdeu alguns segundos analisando a face do adolescente que o encarava de volta, algo naquelas expressões chamava sua atenção, apenas não entendia o motivo. – Meu nome é Axl, Axl Griffiths. Moro ali na casa ao lado e estava me perguntando se vocês não gostariam de ajuda para descarregar o caminhão.
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axlnotrose · 2 years
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Durante todo o período da aula, sua mente ficou ocupada entre prestar atenção nos movimentos da criança à sua frente e se preocupar com o próprio filho no andar de baixo. Naquele dia iriam tentar uma música simples, com poucos acordes, apenas para iniciar, e havia levado seu mini amplificador para que pudessem conseguir a distorção e os sons desejados. Olivia tinha todas as dificuldades que esperava de uma criança da idade dela, exceto por Alec, mas o garotinho, assim como o pai, era uma exceção. Entretanto, mesmo com os erros, Liv parecia orgulhosa de si mesma e de sua evolução no instrumento e não pôde deixar de se surpreender quando, no fim da aula, recebeu um abraço animado após elogiar as habilidades adquiridas da menina.
— Está sentindo esse cheiro? Parece que Alicia tá preparando algo bem gostoso. — Comentou enquanto arrumavam a pequena bagunça feita. — Vamos lá ver o que é? — Recebeu uma concordância entusiasmada e logo desciam as escadas, Olivia tagarelando a cada passo que davam. O cheiro de comida estava divino e Axl sentiu o estômago revirar, até mesmo pensou em pedir um pouco para a amiga, entretanto seus pensamentos foram desviados quando encontrou a figura do filho no sofá. Alec não havia percebido sua aproximação, distraído por um desenho na TV, enquanto se mantinha enrolado numa manta. Não sabia o que esperava encontrar quando chegasse no piso térreo, mas com certeza não era ver seu filho, normalmente tímido, tão a vontade na casa de um desconhecido.
Focado na figura adorável de olhos azuis, Axl não percebeu a aproximação de uma quarta pessoa até de a voz animada de Olívia o surpreendeu, e viu a menina correndo em direção a um homem. Alec também se assustou com o grito da garotinha, olhando ao redor rapidamente antes de correr em direção ao próprio pai no exato momento que o viu ali. Sem pensar muito, Axl se abaixou para tomar o garoto nos braços, e o levantou junto de si antes de tornar a prestar atenção naquele que imaginou ser seu patrão. E passada a surpresa inicial, pôde prestar atenção na aparência do homem e, deuses, há muito ele não sentia aquilo no fundo de estômago quando conhecia um homem. — Oi. — Sorriu, tendo de se lembrar rapidamente que aquele era seu chefe. — É um prazer finalmente te conhecer, sou Axl, o professor de Olivia.
AU
@axlnotrose
Joshua não poderia estar com o dia mais corrido, não sabia o que estava pensando ao abrir uma nova sede de seu restaurante. Além de montar toda a estrutura devia treinar os novos funcionários e os chefes, já que a maioria não trabalhava consigo na matriz. O dobro de trabalho nas mesmas 24 horas do dia. Podia se dizer um homem exausto, sem dúvidas. Tentava manter um rosto minimamente animado ao chegar em casa, não queria transparecer muito para Olívia, ela era apenas uma criança e não tinha culpa de nada daquilo. Ao menos tinha sorte de poder contar com Alicia, a babá que parecia ter saído do céu para lhe ajudar. Sempre conseguia contar com ela para as horas extras, que atualmente eram bem comuns, e ela parecia lidar bem com Olivia. O que era bem difícil, sabia o quanto a filha era agitada. Por mais que tentasse gastar toda a energia da menina com atividades que ela pedia, nunca parecia ser o suficiente. Mas não importava o que fosse que sua pequena lhe pedisse, sempre conseguia uma forma de realizar o desejo, mesmo sabendo que se arrependeria em algum momento. Este seria o caso das aulas de guitarra, sabia que isso evoluiria para uma bela dor de cabeça, mas o sorriso da menina ao ganhar o instrumento fez tudo valer a pena. Achar um professor também não foi difícil, felizmente Alicia conhecia uma pessoa que poderia dar aula. Confiava na indicação dela e, devido ao tempo, infelizmente não conseguiu falar com ele pessoalmente, apenas por telefone. Não viu problemas, contando que Alicia estivesse junto. Depois do valor fechado, apenas podia esperar que a filha gostasse realmente das aulas.
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axlnotrose · 2 years
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Não ligava de ser tocado por Josh daquela forma, não se importava de ter os dedos alheios, tão delicados, deslizando pela pele áspera e deformada de suas cicatrizes, as marcas dos piores anos de sua vida que carregaria para sempre. Em alguns momentos, sua autoestima era destruída por aquilo tudo, mas diante do brilho no olhar alheio, Axl se sentiu bonito como nunca. O namorado o amava exatamente como era, apenas isso importava. Permitiu que outro explorasse sua derme, suspirando baixo ao que os lábios do menor passaram a acariciar o local também. Era bom, ia além de qualquer coisa que já havia sentido. Existia um prazer naquilo tudo, impossível de ser descrito, pois não se resumia apenas às sensações físicas causadas pelos estímulos trocados. Foi com o corpo do outro pressionando o seu, com peso de suas digitais traçando padrões aleatórios em seu torso, que sentiu o calor se espalhando até seu baixo ventre, tornando o tecido de suas calças um pouco apertados demais para o que despertava ali. — Josh... — Chamou antes de iniciar o trabalho de desabotoar lentamente a camisa que o mesmo usava, revelando aos poucos o tronco pálido e magro. Ao contrário do que esperava, não obteve nenhuma resposta negativa às suas atitudes, e assim que teve total visão da pele alheia, pousou as mãos nas nádegas do namorado, puxando-o para mais perto enquanto apertava o local. Reprimiu um gemido ao sentir o quadril dele em contato com o próprio, estimulando sua parte mais sensível, mas também o calor das peles nuas o fez delirar, portanto só se deu o trabalho de beijá-lo novamente. E de novo. Então mais uma vez. Poderia ficar para sempre naquilo, trocando beijos e explorando a epiderme do outro com seus dedos calejados, movimentando lentamente o quadril apenas para obter mais sensações prazerosas. — Eu te amo. — Sussurrou pela milésima vez. Os vidros embaçados do veículo servindo como uma cobertura a mais para o que faziam ali. Foi então que pousou o polegar sobre um dos mamilos alheios, acariciando o local com delicadeza.
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"Você tomou seus remédios?" A mulher perguntou assim que pararam em frente à escola, o olhar focado no adolescente ao seu lado, este que retorcia as mãos em ansiedade. Nos últimos dois dias ele vinha sentindo aquele frio na barriga se intensificar, apreensivo com o recomeço, animado para o reencontro. — Tomei, sim. — Respondeu com sinceridade, apertando a alça da mochila. "Lembre que todos os professores estão dispostos a te ajudar caso precise, e que pode voltar pra casa a hora que quiser." Ele concordou com a cabeça. "Estou falando sério, Axl." — Tudo bem. — No fundo não estava realmente, mas aquela era sua nova realidade.
A despedida foi curta e o tempo de aulas passou em uma velocidade absurda. Sentia os olhares de alguns docentes cada vez que adentrava as salas de aula, assim como ouviu um ou outro comentário de alunos, afinal ele estava ali de novo depois de simplesmente desaparecer. Axl não ligava de verdade para a reação dos outros, naquele dia seu foco parecia único, e quando o sinal anunciando o horário do almoço soou, sentiu o coração bater acelerado.
Não tinha palavras para descrever o que sentia quando se pôs a aguardar na sala de música. Durante cinco meses ansiou por aquele momento, com medo de que não fosse ocorrer, temia uma desistência por parte do outro jovem, que ele percebesse o quanto merecia alguém melhor. Pensou nas inúmeras horas que chorou após ter, de certa forma, partido o próprio coração ao causar aquela separação abrupta, era tudo culpa sua, sabia bem, mas havia sofrido da mesma forma. Se virou assim que ouviu a porta abrir, apenas para se fechar novamente, pousando os olhos na figura tão familiar. A presença alheia lhe causou uma onda de emoções tão avassaladora que só pôde parar no mesmo lugar e sorrir de forma apaixonada, suas entranhas se contorcendo, o coração batendo rapidamente e lágrimas ameaçando se derramar. — Oi. — Foi tudo o que conseguiu dizer em um tom tão baixo que não teriam escutado se não fosse pelo silêncio extremo do ambiente.
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axlnotrose · 2 years
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— Preciso de dinheiro. — Foi a frase que havia o levado até ali, uma residência que fugia completamente de sua realidade, frente a frente com uma garotinha de sorriso sapeca e cabelos desgrenhados. Ao seu lado, Alicia sorria, e Axl jamais seria capaz de agradecê-la por todos os favores que já haviam sido feitos para si naqueles anos todos que se conheciam, aquele sendo apenas mais um deles. Havia sido uma coincidência enorme que o patrão de sua vizinha estivesse precisando de um professor de música na mesma semana na qual o rapaz havia sido demitido de seu emprego em uma loja de discos. Também tinha muita sorte do homem não exigir indicações ou credenciais, não precisava que fosse formado em nenhuma faculdade. Axl tinha o conhecimento de vida e esperava que fosse o suficiente para ensinar aquela menina, por quem rapidamente desenvolveu um certo carinho.
Todos os dias ouvia sua vizinha narrando as aventuras de cuidar da pequena Olívia, e então o homem passou a ver de perto o quão pouco jus as palavras faziam à ela. Independentemente das travessuras e energia infinita, Liv não lhe dava trabalho algum e devagar vinha aprendendo a dominar o instrumento que ganhara do pai, este que Axl somente ouvia falar e jamais vira pessoalmente nas primeiras semanas trabalhando na residência. Com seus dedinhos pequenos, a menina já era capaz de tocar algumas notas, ainda se acostumando com os calos que apareceriam em sua pele e as cãibras de segurar a guitarra muito tempo.
Foi em uma terça feira que recebeu uma ligação da escola, novamente Alec tinha os olhos e lábios inchados sem nenhuma causa aparentemente, e após buscá-lo, fez questão de medicar o pequeno. Sem o emprego na loja de discos, tinha a maior parte dos dias livres, aproveitando para fazer bicos antes de seguir para seu trabalho como atendente em uma cafeteria no fim da tarde. Entretanto terças eram seus dias como professor, e se viu no telefone com Alicia, tentando garantir que não haveria nenhum problema em levar Alec consigo até a casa do patrão, mesmo sabendo que o filho jamais incomodaria. "Eu vigio ele enquanto você e a Olívia estão no escritório, não se preocupe." Foi o que a mulher dissera, e ainda com o coração na mão, seguiu para o andar de cima, dando uma última olhada no garotinho que segurava a mão da babá.
AU
@axlnotrose
Joshua não poderia estar com o dia mais corrido, não sabia o que estava pensando ao abrir uma nova sede de seu restaurante. Além de montar toda a estrutura devia treinar os novos funcionários e os chefes, já que a maioria não trabalhava consigo na matriz. O dobro de trabalho nas mesmas 24 horas do dia. Podia se dizer um homem exausto, sem dúvidas. Tentava manter um rosto minimamente animado ao chegar em casa, não queria transparecer muito para Olívia, ela era apenas uma criança e não tinha culpa de nada daquilo. Ao menos tinha sorte de poder contar com Alicia, a babá que parecia ter saído do céu para lhe ajudar. Sempre conseguia contar com ela para as horas extras, que atualmente eram bem comuns, e ela parecia lidar bem com Olivia. O que era bem difícil, sabia o quanto a filha era agitada. Por mais que tentasse gastar toda a energia da menina com atividades que ela pedia, nunca parecia ser o suficiente. Mas não importava o que fosse que sua pequena lhe pedisse, sempre conseguia uma forma de realizar o desejo, mesmo sabendo que se arrependeria em algum momento. Este seria o caso das aulas de guitarra, sabia que isso evoluiria para uma bela dor de cabeça, mas o sorriso da menina ao ganhar o instrumento fez tudo valer a pena. Achar um professor também não foi difícil, felizmente Alicia conhecia uma pessoa que poderia dar aula. Confiava na indicação dela e, devido ao tempo, infelizmente não conseguiu falar com ele pessoalmente, apenas por telefone. Não viu problemas, contando que Alicia estivesse junto. Depois do valor fechado, apenas podia esperar que a filha gostasse realmente das aulas.
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axlnotrose · 2 years
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Em ocasiões normais ele teria adorado o convite, teria reparado nos detalhes da casa do professor, absorveria os detalhes daquele local e tentaria aprender um pouco mais sobre aquela família. Mas seu cérebro agia no piloto automático, apenas sentou onde lhe foi indicado, percebendo de forma distante quando Joshua se afastou e ficou sozinho com o homem mais velho. Lucien passava uma espécie de conforto, não conseguia explicar, talvez por ser a primeira figura masculina em dezessete anos que realmente se preocupava consigo. Axl confiava no professor, havia lhe confiado vários segredos que uma pouca quantidade de pessoas sabia, era ele a quem confiou seu talento assim que iniciou o ensino médio, recebeu o apoio necessário para começar sua banda e seguirem com a música naqueles anos escolares.
Mesmo com a sensação de proteção que Lucien passava, estava no limite naquele instante, e a voz do homem parecia apenas um eco no fundo de sua mente. Retorcia as mãos sobre a mesa, os olhos fixos nesses movimentos enquanto concentrava suas forças para se manter ali. Não sabia por quanto tempo se manteve em silêncio, pareceu uma eternidade, foi o período necessário para assimilar o questionamento que lhe fora feito, entretanto sua resposta foi diferente da esperada. — Quero ir p-pra casa. — Disse baixo. — Liga pra minha avó, eu q-quero ir pra casa. — As lágrimas retornaram aos seus olhos, e deixou que as gotas caíssem sobre o tampo da mesa.
No silêncio, ele começou a se perder, agora que não precisava mais focar em dirigir ou manter Joshua seguro, o mundo real começou a se afastar. Primeiro sua respiração ficou pesada, e então aquela sensação que teve no carro voltou com toda a força. Sentia as mãos de Tom em todos os lugares, os toques não permitidos, a voz do outro garoto soando em sua cabeça, e mesmo que estivesse completamente vestido, tinha a sensação de suas roupas estarem sendo tiradas. Assim como no dia do ocorrido, se entregou a impotência causada por um medo tão extremo que lhe causava tremores. A cozinha onde antes estava havia sumido, agora se via no quarto azul escuro onde tudo aconteceu, e sua voz ecoou. — Thomas, pare, por favor. — Ele não queria, mas o loiro continuava, e sequer podia se mover enquanto as mãos e boca alheias tocavam e marcavam seu corpo nu.
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 2 years
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Nos pouquíssimos minutos que se seguiram durante o trajeto até o estacionamento, Axl entrou em uma espécie de batalha contra a própria mente. Com os olhos ardendo pelas lágrimas, ele tentava não se deixar levar pelas lembranças daquela última tarde com Thomas, sabendo que estas memórias levariam à outras piores e ainda mais assustadoras, coisas de seu passado que o perseguiam dia e noite sem piedade. Queria se afastar da escola o mais rápido possível, chegar no silêncio de seu quarto onde podia deixar os próprios monstros extravasarem, entretanto jamais poderia deoxar Joshua sozinho naquele estado, e não estava com paciência para enrolação, por isso abriu a porta do carro para o outro, indicando sua pressa, após o método do diálogo não funcionar apropriadamente.
O som de 'Carry On Wayward Son' ecoou pelas caixas de som assim que deu partida no veículo, em um dia normal ele aumentaria o volume e cantaria a plenos pulmões, afinal aquela era sua música. Porém no momento qualquer coisa seria estímulo demais para seu cérebro, e se viu obrigado a desligar o rádio, apertando o volante e trincando o maxilar enquanto dirigia pela cidade. Teve medo de sair do ar ali, de ser sugado pelo horror do subconsciente, podia sentir as mãos tremendo e o suor escorrer pela nuca, alucinando com o odor adocicado do perfume que mais odiava. "É normal sentir sensações antigas quando está em crise." Dissera o médico. Maldito era Thomas por ter criado mais um trauma em si, e, após anos lutando por uma estabilidade, ter o levado ao desequilíbrio mais uma vez.
Respirou aliviado quando estacionou em frente à residência que conhecia só de passagem, mas não destrancou as portas de imediato. Encarando o próprio colo, reuniu coragem para falar. — Não conte à ninguém o que você ouviu hoje. — Implorou, deixando as lágrimas escorrerem por sua face. — Apenas algumas pessoas sabem o que aconteceu entre mim e Thomas. A banda, minha avó, seu pai... Eu não preciso de mais gente sabendo, ok? — Talvez seu tom fosse um pouco duro, mas estava desesperado, precisava guardar o segredo, por mais que machucasse como o inferno. — É por isso que ele foi expulso da banda, é... — Lembrou-se da sensação de desespero enquanto as mãos fortes de Tom o prediam contra o colchão, mesmo sendo maior e mais forte estava completamente vulnerável, inerte pelas lembranças que o invadiram naquele instante, o terror mais absoluto enquanto o rosto de seu ex-melhor amigo se misturava ao de Paul. Levantou o rosto para respirar fundo e foi então que viu uma figura familiar parada na porta da frente, e pelas expressões, o homem já havia percebido que algo não estava certo. Suas suspeitas foram confirmadas quando Lucien sinalizou, e a mensagem foi clara: 'Para dentro, os dois.'
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 2 years
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Ele pensava que estava preparado para qualquer coisa, uma parte super autoconfiante de seu cérebro dizia que seria capaz de enfrentar qualquer situação que o namoro poderia lhe trazer. Entretanto, quanto mais desespero Joshua demonstrava, mais essa confiança ia morrendo e aos poucos que o outro falava, sua mente juntou as peças, um frio se alojou no fundo de seu estômago, como se tivesse engolido um enorme cubo de gelo. E as palavras finais ecoaram pelo quarto silencioso, pairando no ar como uma enorme tempestade prestes a cair. Axl não sabia o que responder, sequer sabia como respirar apropriadamente. Em alguma outra ocasião pensaria que não passava de uma pegadinha, mas o pânico na voz e na face do namorado mostrava o contrário.
Como aquilo aconteceu? Era a pergunta que queria fazer, apesar de saber a resposta, e ainda não fazia sentido para si. As chances eram extremamente baixas, mesmo assim estavam ali. — Você tem certeza? — Sua voz saiu quase num sussurro, e sentiu os olhos marejando ao que Josh assentiu veementemente. Talvez devesse segurar as lágrimas, esconder o pavor que se apossou de todo seu ser e tentar transmitir alguma segurança ao ômega. Mas foi impossível. Eles só tinham dezessete anos, estavam no último ano de escola, não sabiam nada sobre merda nenhuma. Foi capaz de somente envolver o menor num novo abraço, deixando que o próprio pranto acompanhasse o alheio.
Não sabia por quanto tempo permaneceram daquela forma, ambos com várias perguntas na ponta da língua, mas sem a coragem de fazê-las. Foram tirados daquele estado quando a porta se abriu, não havia como esconder o que estava ocorrendo, e a ômega se aproximou com um olhar preocupado. "Crianças, está tudo bem?" Não estava e Axl se permitiu chorar com mais intensidade quando as mãos delicadas acariciaram seus cabelos. "Hey, me contem o que aconteceu, quero ajudar." — Vó...
@joshua-smi-th
"Ok crianças, estão liberados." O garoto sorriu ao ouvir tais palavras, sentindo as gotículas de suor escorrerem por sua face, ele atravessou o campo em uma corrida lenta, os olhos focados na pessoa que havia avistado mais cedo, logo no início do treino. O mais novo não percebeu sua aproximação de imediato, e Axl utilizou daquilo para apreciar a visão do ômega que mantinha a cabeça baixa, os olhos focados naquilo que parecia ser o dever de casa. Subiu os degraus da arquibancada até parar pouco abaixo dele, sabendo que seu cheiro chamaria atenção, assim como seus passos. — Eu achei que você tinha ido pra casa. — Sorriu. — Disse que não estava se sentindo bem mais cedo, está melhor? — Apenas pelas feições alheias já podia ver que a resposta era negativa, e de fato estava surpreso que Joshua havia mantido a programação após queixar-se durante toda a manhã que vinha sentindo certo mal estar. — Eu vou tomar banho e logo podemos ir, ok?
Era sempre assim nas sextas feiras, caso o treino não fosse cancelado, Josh o esperava para que pudessem ir juntos até a casa do mais velho, e o que fariam lá mudava de acordo com a vontade de ambos. — Acho que pode ter sido aquela pizza que seu pai pediu anteontem, estava bem gordurosa. — Chutou enquanto dirigia. — Vou pedir para minha avó fazer uma sopa da hora pra gente, ela deve ter algum remédio também.
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axlnotrose · 2 years
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Naquela quinta-feira, Axl não seguiu diretamente pro estacionamento após sair do vestiário. Seu corpo inteiro doía enquanto caminhava em direção à sala de música, precisava pegar seu violão, o qual havia levado para que Lucien o ajudasse numa composição durante o intervalo, e deixou o instrumento no cômodo sabendo que ali ele estaria seguro. Estava a alguns passos do local quando ouviu as vozes e não demorou muito para reconhecer os emissores de tais sons assim que se deparou com a porta entreaberta. Os cabelos loiros de um dos rapazes caíam ao redor de sua face bonita, emoldurando as feições que, mesmo a uma certa distância pareciam ameaçadoras, já o outro, mais baixo e mais magro se encontrava contra a parede, a expressão assustada enquanto tentava se soltar do aperto em um de seus pulsos.
— O que está acontecendo aqui? — Ambos os olhares pousaram em si, e rapidamente Thomas soltou o aperto no pulso de Joshua, o olhar ameaçador assumindo um brilho diferente. "Axl..." — O que você quer, Thomas? — Questionou rapidamente. — Ele te machucou? — dessa vez sua pergunta foi direcionada diretamente ao mais novo, porém foi interrompido antes que pudesse dizer mais algo. "Só estávamos conversando." — Isso não me parecia muito uma conversa. — "Eu só queria entender o porquê dele ter tomado meu lugar na banda, só isso. O que ele tem que eu não tenho?" Naquele instante Axl respirou fundo. — Ele não tomou seu lugar na banda e você sabe muito bem disso. — A atenção de Thomas então foi desviada toda para si, e Griffiths sentia o corpo estremecer diante do olhar duro do outro rapaz. "Vocês armaram contra mim." O moreno balançou a cabeça em negação, soltando uma risada sarcástica. — Não é possível que você esteja dizendo isso, depois do que fez você ainda tem coragem de se fazer de inocente?
Tom se aproximou. "Eu não sei do que está falando." — Você sabe, e sabe muito bem. Joshua não roubou seu lugar na banda, ele entrou pois tinha uma vaga em aberto, vaga que você perdeu depois de todos decidirem te expulsar. — "Ninguém nem me deu a chance de explicar nada." — E tinha o que explicar?! — Sua voz tremeu com o nervosismo. "Eu já me desculpei." — Desculpas não vão adiantar, não existe perdão nesse contexto, especialmente depois de eu ter confiado absolutamente todas as merdas possíveis pra você, você ainda assim agiu como agiu, mesmo sabendo de tudo. — "Eu não queria te machucar!" Axl umedeceu os lábios, a respiração pesada com o pânico. — Devia ter pensado nisso enquanto eu implorava pra você parar. — Caminhou até o violão, pendurando o instrumento nos ombros, tentando disfarçar o quanto suas mãos tremiam ao se aproximar de Josh e tocar seu braço com delicadeza. — Vamos embora. — "Axl, vamos conversar." Thomas agarrou seu cotovelo e por milissegundos o mundo apagou, juntamente com a onda de sentimentos que se apossou de seu corpo. — Não encosta em mim! — Se virou rapidamente e ignorando toda a dor em seus membros, foi certeiro ao mirar o punho no olho direito do outro garoto. — Nunca mais encoste em mim, nem no Josh. Deixe a gente em paz, Thomas. N-nunca mais encoste em m-mim. — Sentiu as primeiras lágrimas se formarem em seus olhos antes de se virar em direção à saída mais uma vez, sua mão agarrando a de Joshua enquanto o puxava até o estacionamento. — Vamos logo.
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 2 years
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Era como se estivesse com uma coceira que não conseguia alcançar, era a sensação que o acompanhou nos dias que se seguiram ao diálogo após seu treino. "São apenas seus instintos em relação ao seu ômega estar doente, uma vez tive uma gripe forte e seu avô quase enlouqueceu, éramos apenas namorados na época." Foi o que vovó disse ao desabafar com ela sobre todas as emoções estranhas que o perseguiam. Foi no fim da tarde de um sábado quando a campainha tocou. Estava sozinho desde de manhã e se ocupava em dedilhar algumas melodias em seu violão quando o som ecoou pelo apartamento.
Vestiu uma camiseta ao caminhar em direção à porta distraidamente, e demorou um pouco para assimilar a visão a sua frente ao abri-la. Joshua estava parado, os olhos escuros brilhando de uma maneira estranha, a face rosada e levemente úmida, os cabelos negros um pouco desgrenhados, juntamente com o cheiro amargo que atingiu as narinas do alfa de imediato. Foi como se algo dentro de si entrasse no modo alerta, seu cérebro apenas gritando que seu ômega estava sofrendo por alguma razão e precisava de proteção. Não hesitou em envolvê-lo num abraço apertado. — Amor, o que aconteceu? — Questionou baixinho, puxando-o para dentro do apartamento e de imediato sentindo as lágrimas molharem sua camiseta. — Josh, meu anjo, fala comigo. — Sua voz não passava de um sussurro ao adentrar o próprio quarto e sentar na cama, puxando o outro para se acomodar junto a si.
— Aconteceu algo grave? Eu posso ajudar de alguma forma? — O desespero era avassalador, malditos os instintos que faziam seu coração acelerar ao máximo naquele momento e seu alfa uivar em frustração por não poder agir como a natureza mandava. — Olha pra mim. — ergueu o queixo alheio a fim de que seus olhares se encontrassem. — Quer me contar?
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"Ok crianças, estão liberados." O garoto sorriu ao ouvir tais palavras, sentindo as gotículas de suor escorrerem por sua face, ele atravessou o campo em uma corrida lenta, os olhos focados na pessoa que havia avistado mais cedo, logo no início do treino. O mais novo não percebeu sua aproximação de imediato, e Axl utilizou daquilo para apreciar a visão do ômega que mantinha a cabeça baixa, os olhos focados naquilo que parecia ser o dever de casa. Subiu os degraus da arquibancada até parar pouco abaixo dele, sabendo que seu cheiro chamaria atenção, assim como seus passos. — Eu achei que você tinha ido pra casa. — Sorriu. — Disse que não estava se sentindo bem mais cedo, está melhor? — Apenas pelas feições alheias já podia ver que a resposta era negativa, e de fato estava surpreso que Joshua havia mantido a programação após queixar-se durante toda a manhã que vinha sentindo certo mal estar. — Eu vou tomar banho e logo podemos ir, ok?
Era sempre assim nas sextas feiras, caso o treino não fosse cancelado, Josh o esperava para que pudessem ir juntos até a casa do mais velho, e o que fariam lá mudava de acordo com a vontade de ambos. — Acho que pode ter sido aquela pizza que seu pai pediu anteontem, estava bem gordurosa. — Chutou enquanto dirigia. — Vou pedir para minha avó fazer uma sopa da hora pra gente, ela deve ter algum remédio também.
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axlnotrose · 2 years
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Axl revirou os olhos com o comentário sobre a ilegalidade do que estavam fazendo, ele sabia daquilo, odiava que lhe dissessem coisas óbvias. De qualquer maneira, no fundo, não queria que Joshua fosse embora, e sabia que seus amigos também não, ele era parte da equipe agora. Nenhum deles ligava sobre as possíveis consequências de suas atitudes, o que importava era que estavam juntos e curtindo o momento. Ocasiões assim o ajudavam a ocupar a mente, a companhia o fazia se distrair de todos os monstros que o acompanhavam no dia a dia, portando não negou quando lhe alcançaram uma garrafa de cerveja, sentando sobre o cobertor recém esticado e tomando um gole generoso da bebida.
Da mochila, Matt tirou vários salgadinhos e outras comidas que em nada eram saudáveis e ali eles ficaram até que Kate viesse com uma de suas ideias mirabolantes. Ele já havia jogado aquilo, fato, mas por algum motivo ficou levemente nervoso naquela noite, e a cada vez que a garrafa girava, seu estômago se retorcia um pouco. "Axl, verdade ou desafio?" Matthew questionou e todos os olhares pousaram sobre o rapaz que apenas suspirou. — Hmm, desafio? — O sorriso de seu melhor amigo deixaria qualquer um extremamente apreensivo, mas uma das regras era clara: não precisavam fazer nada que se sentissem muito desconfortáveis. "Eu desafio você a beijar a Kate, se vocês dois estiverem ok com isso, claro." O Griffiths apenas encolheu os ombros. — Ok.
O grito de comemoração de Kate fez com que Axl soltasse uma gargalhada. "Eu sempre quis fazer isso, meu Deus, chegou meu momento de brilhar." Todos sabiam sua orientação sexual, e jamais o desrespeitariam por ser quem era. Aquilo não passava de uma brincadeira, portanto não se incomodou ao se debruçar sobre o círculo, se aproximando da amiga. "Meu Deus, Axl. Você podia me beijar mais vezes né? Que delícia." A loira brincou assim que se afastaram e a garrafa se pôs a girar mais uma vez, dessa vez apontando para o único que não tinha sido desafiado a nada ainda. Kate sorriu brevemente "Josh, verdade ou desafio?"
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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axlnotrose · 2 years
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Aproveitou para comer e se hidratar antes da apresentação começar, não era a primeira do tipo que fazia, mas sentia o nervosismo correndo por suas veias, e a presença de Joshua utilizando suas roupas acentuava esse problema de maneira absurda. Pelos momentos que se seguiram tentou manter a mente ocupada ao máximo, e quase agradeceu em voz alta quando Kate agarrou sua mão, o puxando para longe "Me ajuda a aquecer a voz." Ela pediu. Ele afinou a guitarra e verificou o funcionamento dos instrumentos de seus amigos (todos confiavam em seus ouvidos para auxiiar na afinação).
Parecia que toda a ansiedade sentida se esvaía assim que tocava os primeiros acordes, ele amava a sensação de estar no palco e admitia que se divertia absurdamente durante os shows que faziam. Era satisfatório finalizar tudo e receber o dinheiro em suas mãos, assim como os elogios e aplausos. E não conseguia parar de sorrir enquanto organizavam as próprias coisas para ir embora, a adrenalina o deixando em um estado de agitação muito bem vindo. "Hey Kate, presentinho para vocês." Ouviu um rapaz chamar, reconhecendo o homem como dono do local e primo de sua melhor amiga, comemorou internamente ao ver duas caixas de cerveja sendo depositadas nos braços da garota. Era uma tradição que saíssem para beber, comer e conversar após um show e quase havia esquecido da presença de Joshua até que Matt se pronunciou. "Vamos no lugar de sempre, não é Axl? Você vai dirigir." Seu olhar desviou do novato para o amigo, retomando a mente para a realidade antes de concordar com a cabeça.
Eles tinham um ponto de encontro, e todos sorriram quando estacionou próximo ao prédio cuja construção fora embargada no ano anterior. Ninguém disse nada enquanto passavam pelo buraco na cerca, em silêncio subindo as escadas, chutando garrafas e lixo deixado por outros frequentadores. "Está vazio." Matthew falou após espiar por uma porta e assim adentraram o mesmo apartamento de sempre, seguindo o protocolo de inspecionar para verificar se alguém havia utilizado o local e limpar possíveis restos dessas presenças. "Josh, me ajuda a estender esse cobertor." Pediu Clary, tirando o tecido da mochila.
@axlnotrose
Bufou mais uma vez, com um claro mal humor com o pedido do pai. Sentia como se fosse alguma afronta, embora ele não soubesse seus motivos para negar algo que seria tão simples, não podia deixar de ficar irritado. — Olha eu até ajudaria, se não fosse… — Começou e, pelo olhar que viu se formar da feição de seu progenitor não continuou. Ainda não entendia como ele podia gostar tanto de Axl, confessava que se sentia meio traído. “Eu não vou te obrigar filho, mas me faria muito feliz te ver saindo com pessoas novas, além de que estaria ajudando por um tempo.” E foi com essa frase que Joshua foi convencido.
Logo após o intervalo não foi difícil achar o “grupinho punk” da escola, como costumava chamar. Andou até eles sentindo o sangue ferver levemente ao se aproximar dos meninos. Possivelmente seria uma cena tanto quanto inusitada, não era conhecido como uma das pessoas sociáveis na escola, na verdade tinha noção de que era bem fechado comparado aos seus colegas.— Olá. — Começou chamando a atenção dos meninos, tentou não olhar diretamente para nenhum deles, em especial o mais alto e moreno conhecido como o Axl. — Meu pai me disse que precisam de um tecladista substituto e me convenceu a ajudar. — Estendeu um papel com seu número de celular para um dos meninos, se estivesse certo era o baixista da banda. — Me passem o que for preciso… Ah e se precisar, eu posso levar meu teclado… — Dito isso se despediu e tratou de sair rapidamente do local tentando evitar qualquer comentário desnecessário. Sabia que não era a pessoa mais bem quista da escola e não queria dar motivos para mais fofocas. Depois de algum tempo percebeu que estava em um grupo de whatsapp novo, aparentemente sua “oferta” havia sido aceita. Sentiu-se um pouco nervoso em pensar que logo teriam que marcar algum tipo de ensaio onde teria que realmente falar e participar de algo, isso porque não queria pensar nas apresentações… Tentou não pensar demais nisso o resto da tarde.
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