Tumgik
alexloststuff · 3 years
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When kindred spirits meet
Não sabia se acreditava muito em destino. De qualquer maneira, muito do que pensou ser uma invenção da mente criativa de vários homens e mulheres, acabou se tornando real. Durante as jornadas que viveu, pode descobrir não só lendas que acabavam por ser verdadeiras, como leis da física que brincavam com sua sanidade.
O barulho e os sons das ruas de Paris acabaram quebrando o transe no qual se encontrava. - Senhorita Lancaster? O seu motorista. - O mensageiro do hotel cinco estrelas, com sotaque francês, apontou para o Audi preto logo à sua frente, abrindo a porta do veículo. Piscou algumas vezes e esboçou um sorriso gentil ao entrar no carro, com cheiro de couro e um aroma de eucalipto que se confundia com o perfume de sua mãe e o próprio. A mulher de cabelos prateados já estava sentada no banco traseiro, ao lado de Alexandra, enquanto retocava com os dedos a maquiagem próxima aos olhos, se olhando em um espelho de bolsa.
- Ah, você está deslumbrante querida. - Annie Lancaster fechou o espelho pequeno e os olhos claros se voltaram para os da filha, que encarava as luzes do lado de fora da janela. - Eu senti a sua falta. De verdade. Que bom que conseguiu vir a tempo para a Fashion Week.  A voz de sua mãe parecia longe, tão longe. Sentia um enorme vazio no peito, como se... Algo familiar estivesse faltando. Lembrou-se de cores pálidas, de um relógio holográfico laranja... Tudo parecia um sonho borrado. Se lembrava de um par de olhos, verdes. Lembrava-se da mistura de sentimentos naqueles olhos. Dor, calor. Como as duas coisas poderiam estar juntas?
- Alex? - A voz de Annie parecia preocupada.
As imagens na cabeça da loira se dissiparam e então balançou a cabeça bruscamente. - Ah! Sim. É, eu também. Faz tempo que não vejo você, o Arthur, a Elo... - Deu de ombros, tentando não ter um mini ataque de pânico ao relembrar toda a experiência que havia tido em um universo paralelo. 
“Alex, não é o seu pai”, dizia a voz grave por trás dos olhos verdes.
“O que está dizendo?!” ela perguntava, sentindo falta de ar, enxergando suas mãos sujas de terra enquanto arfava, ajoelhada no chão.
“Eu tive que... Quer dizer, não era eu. Era outro eu. E eu precisava fazer aquela ilusão para...” sentia a mão dele sobre a sua.
“Pare. Por favor, pare. Pare.”
Annie se calou ao perceber a filha aérea. Deveria estar cansada, só isso.
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Assim que o carro estacionou na frente do local lotado de luzes e fotógrafos, a porta de Alex se abriu. O segurança a ajudou a descer do carro, assim como outro segurança fez o mesmo com a sua mãe, a maior designer do momento. A loira trajava um dos vestidos mais lindos que já usara. A própria mãe desenhava os modelos que usariam em todos os eventos públicos em Paris, era quase uma obsessão. Vestir todos da maneira que sonhava e é claro que concediam esse desejo à ela ao menos uma vez por ano. Tal situação era completamente fora do universo de Alex, mas ainda assim, se lembrava bem dos nomes dos outros designers que a conheciam como "a filha de Annie que poderia ter sido modelo mas preferia ficar em... o que ela faz mesmo?".
Seguiu pelo tapete vermelho com a mãe que logo de cara parou para dar uma entrevista para o canal de TV "E! Enterteinment Television". Annie era carismática e as redes sociais a amavam, assim como as celebridades, outros designers e modelos. O mundo da alta costura sempre soube quem eram os Lancaster. Alex passou reto pela entrevista e pelas câmeras, deixando a mãe brilhar enquanto os fotógrafos insistiam em tirar fotos da jovem. Esboçou um sorriso tímido para algumas lentes e escondia o rosto com a pequena clutch que carregava, como uma piada. Todo ano fazia a mesma pose.
Assim que adentrou o local foi bombardeada pelo gelo do ar-condicionado assim como o aroma de perfumes extremamente caros se sobrepondo entre si. Garçons elegantes passaram com uma bandeja cheia de taças com champagne e prontamente pegou uma delas. Deu um gole na bebida e arregalou os olhos ao ver Arthur perto de um pequeno palco aonde uma banda tocava uma espécie de música eletrônica com instrumentos de sopro. Estava aliviada.– Boo. – Disse Alex no ouvido do mais velho.
– Oh! Oh. Eu estou tão... Eu nunca tinha ouvido nada parecido. – Gesticulou o homem grisalho para a banda.
– Eles são bons. Meute. Eu coloco na sua lista do Spotify depois. – Disse com sinceridade ao ouvir um pouco as notas e então se aproximou novamente. – Como está a Elo?
– Você sabe, diz que está tudo bem... Fica sem fome antes do desfile... E... Já está bebendo?!
– Claro! É pra isso que eu estou aqui. Bebida, comida e música. E Elo e minha mãe, claro.
– Mas principalmente a bebida.
– Yep.
Arthur balançou a cabeça afirmativamente por alguns segundos. - Eu também. - Brincou ele com uma risada e ofereceu o braço para Alex que o segurou com um sorriso. Ambos caminhavam agora pelo espaço, admirando a decoração impressionante do lugar. Avistou Karl Lagerfeld, que acenou para ela e o retribuiu de volta com um beijinho. – Se ele ver o meu pijama... – Disse entre dentes para Arthur, que cobriu a boca com a mão ao fingir que estava tossindo. Estava rindo. Estava nervosa. Estava incomodada. Era como se... Como se... Algo no fundo de sua garganta e peito... 
Então quando a multidão se dissipou, ela o viu. O par de olhos verdes.
Alex permaneceu sem reação ao conectar todos os pontos em sua mente. Um filme de segundos correu pelas sinapses do cérebro, conectando o dono das orbes claras com seu nome. Loki. O moreno vestido de preto e verde escuro, com vestes formais e... Humanas, a encarava de longe com um sorriso incerto. 
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– Arthur? - Alex sussurrou, sem conseguir desviar o olhar do moreno, que desapareceu logo atrás de um garçom. - Eu acho que estou ficando louca.
- O quê? - O mais velho respondeu e seguiu o olhar pelo local, procurando entender do que Alex estava falando.
- Eu... Já volto. - Ela então deixou a taça em uma mesa alta e andou lentamente pelo local, que aos poucos esvaziava por conta do início do desfile. Mesmo assim, saiu para o terraço, sem pressa. 
- Hello, dear. - O sotaque britânico a fez se arrepiar quando, aos poucos, virou-se para a direção da voz. Lá estava ele, com um sorriso gentil. Gentil?! As memórias voltavam como um passe de mágica, mas ela deveria saber mais do que isso. Ele as devolvia para Alexandra.
A sensação havia retornado; o medo, a angústia, a desconfiança, o afeto, o encantamento, a admiração e como ele parecia deixá-la sem ar. Sem ar por inúmeros motivos e como se culpava por tal sentimento. Se culpava por ser “apenas” humana, apenas um peão nos planos dele e não mais do que isso. Lembrou-se então de como havia sido usada e descartada em uma rua qualquer no Cairo, como se não tivesse feito nada para ajudar aquele... Deus. Aquele... Homem. Aquele sorriso. Viveram meses juntos, meses lutando, meses brigando e querendo um matar o outro. Meses se protegendo e ouvindo os gritos que ficaram entalados nos peitos de ambos devido as adversidades da vida. E então se ouviram pela primeira vez e como um passe de mágica... Ali estava ele.
- Você... O que está fazendo aqui?
- Eu nunca saí daqui. Não de verdade. Você não percebeu, só isso. - Ele respondeu, com aquele brilho enigmático nos olhos. - Mas hoje é um dia especial.
A loira franziu o cenho e então ouviu a banda no salão principal tocar “September” da banda Earth, Wind & Fire. Alex esboçou um sorriso ao ouvir a música e deu de ombros.
- Pensei que estivesse com medo daqui. E quisesse ficar longe. Sabe como é, eu sou problema.
- Oh, darling. You don’t really know me. - Ele disse com um sorriso malicioso e divertido, esticando uma das mãos, convidando-a para uma dança animada.
CAST:
Annie Lancaster - Meryl Streep
Eloise Williams Lancaster - Zendaya
Arthur Smith - Robert De Niro
Loki - Tom Hiddleston
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alexloststuff · 3 years
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The most dangerous man.
O momento que mais reunia clientes, historiadores, arqueólogos e businessmen era um evento em um museu. Acredite, não era apenas uma festa com drinks, vestimentas formais, conversas teóricas e prospecção de investidores. Ali poderiam ser feitos acordos que valeriam montes de dinheiro por baixo dos panos. O mundo de artefatos históricos e artísticos nunca valeu tanto dinheiro na mente de pessoas ambiciosas e perigosas. Uma dessas pessoas era Octavio Rossi. Alex o conheceu em uma de suas primeiras buscas que havia feito na vida, depois de ser professora substituta em Harvard e querer ver o mundo. É claro que acabou trombando com o homem alto e de sorriso largo, que mais parecia ser um comprador excêntrico e interessado, mas que era na verdade obcecado por poder. A maioria dos “caçadores de artefatos” conheciam Octavio, o que o fazia agir por meio de outros homens como forma de proteger-se, dando o ar da graça em eventos sociais apenas.
- Alexandra Lancaster. - Ouviu a voz do mesmo assim que se aproximou do bar montado na varanda externa do museu. A voz dele ecoou pelas paredes e chão de mármore. Esse era Octavio, um pavão. Gostava de ser visto, admirado e temido. Se aproximou da loira no balcão do bar, com aquele sorriso que mais parecia uma faca. Ele trajava um smoking preto impecável, e Alex, um vestido verde escuro e elegante, com um decote em V nas costas (em momentos como aquele era ótimo ter uma mãe designer).
- Octavio. - Levou alguns segundos para pegar o copo com Gin & Tônica e virar-se para o homem. Esboçou um sorriso simpático, completamente forçado. Não gostava nada daquele homem. Se existisse um arrependimento, seria ter trabalhado para ele.
- Está deslumbrante. - A elogiou como um cavalheiro e acenou para o barman, que parecia já saber que se tratava de um outro uísque. Voltou-se então para Alex e permaneceu a fitá-la com um sorriso. A mulher então deu de ombros, incomodada com o silêncio. Octavio riu com isso e respirou fundo. - Fiquei chateado que recusou a minha proposta no email.
- Ah, não fique. Eu sei que existem outras pessoas qualificadas para isso. - A loira sorriu e bebericou o drink, olhando ao redor, em busca de qualquer outra desculpa para sair dali. Era preciso pisar em ovos com aquele homem. Cada movimento e frase deveria ser calculada, já que o mesmo parecia ter uma espécie de síndrome de perseguição. E quando se tornava o alvo de Octavio, raramente saía inteira dele.
- Mas não tão atraentes quanto a madame. Obrigado. - Agradeceu o barman pelo copo de uísque e bebericou, sem tirar os olhos dos de Alex. Ao fundo, um outro homem loiro parecia fitar a dupla, bebendo vinho em um copo. Octavio pareceu perceber e assentiu para o rapaz, que se afastou, andando lentamente. - Bem, tenho que ir. Sabe como é, negócios. - Esboçou então um sorriso e suspirou, como se admirasse o rosto da mulher. - Foi um prazer vê-la, Srta. Lancaster. E inteira. - Deslizou as orbes claras pelo corpo de Alex, sem malícia, e mais como um desprezo. Se afastou do bar e então seguiu com passos lentos o outro homem que agora estava mais afastado.
Foi como se agora ela pudesse de fato respirar, já que o coração estava completamente acelerado, e os dedos presos na taça com mais firmeza do que desejava. 
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alexloststuff · 3 years
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He’s a fuck*ng God!
- Eu não entendi até agora como me encontraram e o que de fato eu estou fazendo aqui. - Alex encarava o loiro de bigode engravatado que dizia ser um tal de “Mobius”.
- Alexandra, certo? - Ele passava os olhos por um arquivo com várias pastas e documentos enquanto ambos estavam sentados em uma espécie de sala mais parecida com uma dos anos 70. - Srta. Lancaster, você mesma já nos ajudou no passado. É só o que consigo dizer. Assim como o seu pai. Matthew Lancaster foi um dos maiores teóricos que tivemos no nosso país. Ainda que muito do seu conhecimento tenha permanecido entre um grupo pequeno de estudiosos.
Os olhos castanhos da loira se ergueram devagar até os do homem, perplexos. Era como se uma corrente elétrica percorresse o seu corpo inteiro junto com um soco em seu peito. - Meu pai? - O som da própria voz saiu como um sussurro. Não poderia ser verdade. Seu pai era um físico e filósofo por hobby. Era na verdade um professor e um empreendedor, ex-militar. O rosto de Mobius demonstrou um certo incômodo, pois temia que havia falado demais. - Alexandra. - Continuou ele, com paciência e calma. - Estamos falando aqui de uma catástrofe. Sei que conhece algumas leis da física e sei que entende de universos alternativos, mesmo sem saber como sabe. E é por isso que eu preciso da sua ajuda. Eu não a chamaria se não fosse realmente necessário. Mas é claro, que a escolha é sua.
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Alex demorou alguns segundos. Estava absorvendo muitas informações realmente estranhas, o que de fato vinha acontecendo. Nos últimos tempos, estava trombando com casos muito específicos e longe de parecerem mundanos ou “normais”. Além disso, sabia o que universos alternativos queriam dizer, só não sabia que ela poderia trafegar entre eles. A loira respirou fundo e assentiu, tentando controlar vários sentimentos que dançavam em seu peito.
- Se eu aceitar. O que estamos procurando? - Perguntou. Mobius se recostou na cadeira e fitou para a mulher que estava de guarda na porta, como se a autorizasse a abri-la. Assim que a mesma se abriu, um homem alto e de olhos verdes andou elegantemente para dentro da sala. Os olhos pousaram nos de Alex com certa curiosidade, analisando-a. A loira então pareceu chocada. Conhecia aquele rosto e mais do que isso. Sabia quem ele era. Aquele homem, aquele... Deus. Era extremamente traiçoeiro e perigoso.
- Não é possível. - Disse em um sussurro, sem tirar os olhos dos de Loki.
- Foi o que eu achei também. - O moreno disse, esboçando um sorriso pequeno e até mesmo simpático.
- Precisamos de ajuda para encontrar outros Lokis ramificados no tempo, Alexandra. - Mobius se levantou e andou tranquilamente até o lado do moreno. - E sei que você pode ajudar. Talvez exista algo que possa querer nesse trabalho, e que nenhum outro poderá dar.
A mulher franziu o cenho, tentando entender o que aquelas palavras significavam. Ainda assim, não conseguia tirar os olhos dos de Loki. Eles eram intensos demais e era como se pudesse cair em uma armadilha se desviasse o olhar, como um predador prestes a atacar. Ainda que algo naquele Loki parecesse diferente e até mesmo mais... Humano, se fosse possível.
- Acredite, eu tenho muitas coisas e... 
- Seu pai. - O moreno a interrompeu. - Poderá encontrar seu pai.
E então os olhos castanhos de Alex se arregalaram. Seu pai, em outras linhas do tempo. Seu pai, vivo e respirando em outras ramificações. Seu pai, que talvez a tivesse visto crescer, tivesse visto se tornar a mulher que é. 
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alexloststuff · 3 years
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Meet... Roddie.
Um avião da Alemanha com destino à Los Angeles havia acabado de pousar no aeroporto LAX. No portão de desembarque, Arthur (o melhor amigo da família Lancaster e mordomo) aguardava a loira sair pelas portas, segurando uma folha de papel sulfite com o apelido da jovem. Assim que Alex saiu do portão com sua mochila nas costas e óculos escuros, a loira esboçou um sorriso gigante ao avistar o velho amigo. Se apressou na direção do mais velho e o abraçou com apenas um braço, já que o outro estava ocupado com uma pequena gaiola de plástico. - Argh! I've missed you, Art. - Disse ela com um riso alegre, amassando a folha A4 que o homem segurava. Ele correspondeu o abraço com um sorriso carinhoso mas se afastou após algum tempo para fitar o que a loira carregava. - O que é isso? - Apontou para a gaiola.
- Ah. Isso. Uh... É o Roddie. É um... Coelho. - Levantou um pouco a gaiola e sorriu sem jeito para Arthur.
- Um... Coelho? - O mais velho franziu o cenho, achando muita graça naquilo. Alex sempre retornava com alguma novidade que não costumava ser... Bem. Um ser vivo.
- Um coelho. É uma... Longa história. Eu te conto tudo no caminho. - A história seria de fato longa e no momento só queria descansar e não pensar em alcatéias, lobisomens, britânicos malucos e... O coelho. - Você trouxe meu bebê? - Perguntou ela com um olhar desconfiado e Arthur apenas riu, o que indicava que sim. O "bebê" de Alex nada mais era que um jeep Land Rover esportivo na cor verde escuro.
Assim que chegaram na mansão com Alex dirigindo e cortando um pouco demais os carros da rodovia principal, Bryce os recebeu na porta da casa, bebendo um chá em sua caneca dos Simpsons. A loira desceu do carro assim como Arthur e abraçou o amigo que tanto a ajudava quando estava longe. - E aí, bobão. Que saudade que eu tava de você. - Se afastou e fitou a caneca. O rapaz esboçou um sorriso grande e respondeu. - É, até que senti sua falta. A casa andou quieta demais e é estranho, sabe como é. Tá todo mundo lá na sala te esperando, vi pelo rastreador do seu bebê.
- Stalker. - O fitou de maneira incrédula ao voltar para o carro e pegar sua mochila e a gaiola de plástico. Bryce franziu o cenho assim que a jovem voltou a retornar para entrar em casa e a acompanhou. - Isso aí é um coelho? - Perguntou Bryce.
- Yep.
- Um coelho.
- É.
- Um coelho normal? Ele não engoliu nada e não é procurado pela Interpol?
- Bryce, é só um coelho. Eu "ganhei" e não consegui me desfazer dele. Depois eu... Explico tudo, é uma longa história. - Suspirou ela enquanto jogava a mochila em qualquer canto na grande sala e se deparava com Eloise, Randall e Annie sentados no sofá, admirando um vestido que estava preso em um manequim feminino.
- Oh, querida! - Exclamou Annie assim que viu a filha se aproximar e se levantou do sofá. - Como foi de viagem? Como estava Bali? - Perguntou, sorridente enquanto se apressava para abraçar a filha. Alex fitou os olhos de Eloise (que estava se segurando para não rir) por cima do ombro da mãe.
- Bali estava excelente! Obrigada, mãe.
- Ah, que ótimo. Pena que não pegou nenhum bronze. Continua tão pálida, querida... - A mulher tocou o rosto da filha e depositou um beijo no rosto dela.
- Protetor fator 100. - Provocou Alex com um sorrisinho.
Eloise se aproximou e se jogou na irmã, quase a fazendo cair e depois foi a vez de Randall, abraçando a loira com carinho.
- A sua mãe estava esperando você para decidir o que fazer com o vestido. - Disse ele com um ar divertido e ao mesmo tempo parecia estar exausto. Quando Annie queria uma opinião ela simplesmente torturava todos com suas perguntas e questões artísticas.
- Isso é um coelho? - Perguntou Annie com uma certa surpresa ao apontar para a gaiola que Alex carregava.
- É, um coelho. O nome dele é Roddie.
- Um coelho?! - Eloise começou a rir e pegou a gaiola com cuidado, colocando-a no chão e a abrindo para brincar com o bichinho branco.
- E tá tudo bem com o coelho? Por que trouxe o coelho?
- For God's sake! Qual é o problema em trazer um coelho?!?! - Exclamou Alex agora sem paciência.
- Eu não sabia que queria mais animais. - Riu Randall, observando Eloise pegar o bichinho no colo.
- Eu não queria.
- Ela ganhou. - Completou Bryce.
- De quem? - Perguntou Annie.
- No mínimo tem alguém atrás dele. - Eloise riu.
- Guys... Podemos falar de outra coisa que não seja o Roddie? - Fechou os olhos, respirando fundo.
- O Louis vai adorar o Roddie. - Provocou Arthur com um sorrisinho, trocando olhares com Bryce que retribuiu o semblante divertido.
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alexloststuff · 3 years
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SIMON
- Okay. All set. Alex? - Era a voz de Bryce vinda dos auto-falantes dentro do galpão gigante no terreno da mansão dos Lancaster. Antes de se tornar uma espécie de local para treino da garota, ali abrigava peças raras e colecionáveis. Claro que muitas coisas haviam sido recolocadas ou até mesmo vendidas em leilão após a morte de seu pai. Agora, ali era uma espécie de academia/arena para que Alex gastasse toda a sua energia. No início, era apenas uma brincadeira com o talento de Bryce, que criava robôs a cada segundo por diversão. Além disso, ele adorava participar de lutas clandestinas entre robôs. Tudo evoluiu até fazer a loira melhorar seus reflexos e habilidades.
- Yep. Ready. - Disse a loira, respirando fundo e preparada. Nunca sabia da onde o SIMON, o robô, iria surgir. O local era todo protegido por tatames e materiais macios para a queda. No entanto, existiam colunas e obstáculos feitos de inúmeros materiais diferentes para criar todo o tipo de cenário. Era possível escalar, correr sob inúmeras peças e até mesmo saltar. Alex estava vestida com roupas pretas justas de combate, assim como luvas, joelheiras e cotoveleiras. Seus fios loiros estavam presos em um rabo de cavalo alto.
Aquela espera era a pior parte. O silêncio estranho e ameaçador. SIMON estava pronto em algum lugar. Aquele robô era uma máquina ridícula que a cada vez se tornava melhor. Não era à toa que Bryce havia sido um dos melhores alunos formados no MIT. Seu melhor amigo ganhava uma boa grana sem sair de casa e mesmo assim, não se mudava daquele trailer. Um cara simples, por isso era o melhor amigo da jovem.
Alex andou alguns metros com cuidado. Suas botas pretas tentando não fazer nenhuma espécie de barulho enquanto os olhos azuis vasculhavam o local com toda a atenção. Seus batimentos cardíacos estavam alterados e tentava ao máximo não anunciar sua respiração. Foi então que ouviu uma espécie de zumbido. Algo... Elétrico. Estava vindo de algum lugar acima do seu ombro. Devagar, a loira virou o rosto para cima à sua esquerda e viu parte de um braço metalizado. "Bingo", pensou. Esboçou um sorriso e sacou a sua arma.
(LISTEN)
Assim que o fez, no entanto, o robô havia saído do outro lado da garota, atrás de uma cortina feita de plástico. Son of a bitch. O desgraçado tinha desencaixado o próprio braço para distraí-la. Alex gritou pelo susto e rolou no tatame a tempo, antes que aquele pedaço de metal a agarrasse pelo tronco. Ajeitou a arma em punho e atirou contra a lataria de SIMON, que agora escalava para resgatar o próprio braço. - BRYCE. What the fuck!!! - Exclamou a garota.
- You said you wanted something difficult! - A voz do amigo ecoou pelo local.
- Yeah, difficult. Not "killing mode"! - Exclamou a loira que agora voltava a atirar em cada pedaço que via do robô. O desgraçado recuperou o braço, encaixou em si mesmo e voltou os olhos vermelhos de laser em direção a ela.
- I hate you. - Disse Alexandra antes de correr, pulando alguns pneus que ficavam no meio do local. SIMON escalou toda uma parede para então cair na frente da garota, o que fez com que ela o chutasse por conta do reflexo. O robô a pegou pelo tornozelo e a puxou, fazendo com que caísse de boca no chão. A loira se virou rapidamente e atirou agora com duas armas (esta outra que antes estava presa em um colete específico que trajava).
O robô tentou proteger sua parte vital com os braços, o que deu tempo para Alex se levantar e correr. Tinha um plano para aquela lata velha. É claro que SIMON não era tão lento assim e conseguiu recuperar o atraso com velocidade. A jovem saltava por alguns caixotes de madeira e se prendeu ao topo de uma plataforma após um salto que havia aprendido com Four. Esboçou um sorriso com a vitória daquele aprendizado. A máquina a seguia, pulando agora na mesma plataforma em que a garota se encontrava. - You are really ugly. - Sussurrou ofegante, sem tirar os olhos do robô, que tirou duas facas de dentro dos braços de metal. Alex pausou por um segundo quando viu as lâminas e sorriu. - Sorry?!
E então ele veio para cima dela. A loira escapava dos movimentos rápidos com agilidade, se equilibrando na plataforma estreita enquanto dava vários passos para trás. Se distraiu apenas para olhar o tronco do robô, mirando o que queria fazer. O problema foi exatamente esse. Por conta disso, a lâmina passou de raspão em seu braço, fazendo um corte superficial. Alex soltou um grito irritado e atirou mais vezes no vidro protetor de SIMON, a tempo de deslizar sob as pernas do robô e com isso, segurar alguns cabos aparentes na armadura do mesmo. Com um impulso, ergueu ambas as pernas e chutou o robô em suas costas. É claro que aquilo com um humano seria tiro e queda, mas... SIMON era extremamente pesado. Ele permaneceu no lugar e virou seus olhos para baixo, para a loira. - Fuck.  - Teve que largar as armas assim que ele aproximou os braços com as lâminas perto de seu rosto. A força era absurda para conseguir manter aqueles braços longe de si. A jovem gritou, usando toda força que ainda restava para empurrar os braços de metal até os cabos aparentes em sua carapaça. As próprias lâminas de SIMON cortaram os cabos que lhe davam energia. Assim que várias faíscas surgiram e os cabos se partiram, o robô cessou seus movimentos e suas luzes apagaram.
Alex permaneceu deitada, ofegante e irritada, fitando aquela porcaria de robô.
- You... SIMON! YOU KILLED HIM! - Bryce soou extremamente preocupado com o dano que ela havia feito.
- Well, he almost killed ME! WHAT THE HELL, BRYCE!  
Enfurecida, Alex se levantou e limpou o rosto, que estava suado e com um pouco de fuligem. Fitou aquela lataria com um sorriso divertido e se curvou para ninguém em específico, como se fosse um fim de espetáculo.
- Ha, very funny... - Disse Bryce com um revirar de olhos no trailer, vendo tudo por câmeras.
- Come on. Lame music time. - Pediu a loira. Toda vez que ganhava poderia escutar uma música brega no último volume. O amigo negou com o rosto, reprimindo um riso. Abriu a playlist do spotify de Alex e então colocou a música extremamente alta no galpão.
- You go, girl!
(LISTEN)
Alex desceu da plataforma e dançava no trajeto, colocando suas armas de volta no colete. Bryce estava se divertindo, negando com o rosto enquanto via a amiga dançar, pensando no que precisaria consertar no robô. Ao mesmo tempo, ficava feliz toda vez que a amiga tinha algum êxito. Menos nos videogames.
Arthur, o mordomo e seu incrível amigo, adentrou o galpão assim que ouviu a música e esboçou um sorriso, carregando uma toalha e uma garrafa de água. - One more, huh? Congratulations, darling! - Dizia ele com um ânimo aparente. Alex se aproximou dele e pegou a garrafa e a toalha para jogá-los no chão antes de puxar Arthur para uma dança. Bryce bateu palmas de dentro do trailer, soltando risadas com a cena que estava vendo. - I don't... Oh geez... - Murmurava Arthur com alguns risos sem jeito, dançando com a garota. Aquela família e aquela casa sem dúvidas eram das mais esquisitas. Ainda assim, sabiam viver daquela maneira muito bem. Compartilhavam dores, lembranças e as mais diversas aventuras.
Em algum lugar na mansão, Annie - mãe de Alex- estava provando uma de suas criações em uma modelo. Ajustando o vestido escarlate sobre a pele negra da modelo quando ouviu a música vir de longe. A mulher abriu um sorriso e negou com o rosto algumas vezes, ainda prestando atenção no caimento do vestido.
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alexloststuff · 3 years
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It was only a little prank
LANCASTER MANSION - LOS ANGELES, 11:37 PM
- Bryce, passa a pipoca. - Pediu Alex, com uma das mãos esticadas, sem tirar os olhos da TV. Os dois amigos assistiam o filme Jumanji (o antigo). O rapaz com traços indianos passou a pipoca para a loira, sem fitá-la nos olhos. Ela recebeu o balde e colocou a mão dentro do mesmo, encontrando apenas alguns milhos que sobraram ali no fundo. Piscou algumas vezes, checando se era isso mesmo e bufou, fitando o moreno.
- Are you kidding me?
- What? - Bryce dizia com um olhar de uma criança, completamente focado na TV.
O silêncio só foi interrompido pelo som de saltos se aproximando contra o piso de mármore.
- Já chegou? Não ia ficar a noite toda na festa? - Perguntou Alex, sem se preocupar em tirar as orbes claras da tela. Só quando o silêncio perdurou foi que se virou e encontrou Eloise com um olhar decepcionado. Sua maquiagem escorria pelo rosto e carregava a bolsa quase que encostando a mesma ao chão.
- Elo? - Perguntou Alex no mesmo instante, se levantando do sofá e se aproximando da meia-irmã mais nova. A abraçou de maneira acolhedora e então fitou os olhos castanhos da garota. - O que aconteceu?!
Bryce pausou o filme no mesmo momento, se sentando corretamente no sofá com a atenção nas duas irmãs.
- Não, nada... Eu só... - E os olhos da jovem se inundaram de lágrimas novamente. Eloise largou a bolsa no chão e passou uma das mãos pelo cabelo, estressada. - Matt. Aquele... Aquele idiota. Como eu pude confiar nele, como eu acreditei que ele...
- Whoa. Whoa, whoa. O Matt? - A loira franziu o cenho assim que ouviu o nome do namorado de Eloise. Particularmente não gostava muito dele e sim do melhor amigo de Eloise, Dan. - O que foi que ele fez? - Os olhos claros de Alex ficaram completamente irritados.
Demorou cerca de alguns segundos para Eloise ir até o sofá ao lado de Bryce e se jogar ali. O rapaz apenas fitava as duas sem saber muito o que dizer ou fazer, precisava ouvir. A mais velha seguiu a irmã e cruzou os braços, atenta para o que a morena iria dizer.
- Ele... Nós brigamos. Ele bebeu muito. Acabou ficando idiota e agressivo. Eu encontrei o Dan e a gente ficou conversando muito porque fazia tempo que não nos víamos, e o Matt ficou... Irritado. Muito irritado. Pegou no meu pulso e...
- Ele te machucou? - O tom de Alex era sério.
- Não. Mas doeu. E... Aquela casa é gigante. Eu fui procurar o banheiro e então o Matt estava lá, transando com uma garota.
Ninguém disse absolutamente nada. Alex tentou controlar a respiração. Quem ele achava que era para encostar nela daquele jeito e tratá-la daquela forma? Traí-la daquela forma. A loira fechou o punho e o apoiou sobre os lábios, pensando. Bryce negava com o rosto, aparentemente chateado. - Que babaca. Eu sinto muito, Elo. Espera, eu vou fazer um chá pra você, tá bom? - E se levantou, indo diretamente para a cozinha.
Eloise voltou a fitar os olhos de Alex e se arrumou rapidamente sobre o sofá, alerta. - Alex, não.
- O quê? Eu não falei nada. - Respondeu a loira com um sorriso divertido.
- É sério. Eu sei que ele agiu mal mas é isso, eu não preciso mais dele na minha vida e pronto. É só isso.
- Uhum.
- Alex.
- Eu sei, tá legal?! O cara é um filho da puta e é óbvio que não vai mais sair com ele. É só isso!
04:12 AM
(CLIQUE E ESCUTE)
 Em seu quarto, Alex vestiu uma touca preta com três furos, deixando as orbes claras aparecerem através do buraco. Pegou seu tão pouco utilizado taco de baseball, vestindo suas luvas igualmente pretas e saiu pela janela do quarto, pulando um andar para o quintal com a ajuda da árvore que ficava na frente de sua janela. Pegou a moto do lado de fora aonde já havia posicionado estrategicamente antes de ir "dormir". Deu partida e seguiu em direção à casa de Matt.
Como era esperado, o carro Audi do panaca estava estacionado na frente da casa dele. - Cansado tão rápido, babaca? - Perguntou para si mesma com raiva em sua voz. Encostou a moto longe da casa mas não tão longe para não precisar correr. Na mochila, pegou uma lata de tinta spray vermelha. - Como vamos decorar essa lataria, garanhão? Picasso? Eu acho ótimo. Mas você não merece. - A loira esboçou um sorriso maldoso e cheio de vingança. Após terminar a arte, beijou a ponta dos dedos de uma das mãos e então quebrou os vidros com o taco de baseball. É claro que o alarme do carro disparou na primeira batida, no entanto, Matt deveria estar completamente chapado e bêbado. Foi a sua mãe que acendeu a luz da porta da frente bem no momento em que Alex saiu do local e partiu com a moto.
THE NEXT DAY 10:15 AM THE BREAKFAST
Toda a família estava reunida na grande mesa. Alex parecia ter dormido mal ou aparentemente pouco. Estava com seu roupão branco sobre o camisetão do AC/DC. Eloise parecia melhor mas estava mais quieta. Annie lia o jornal, assim como Randall e Arthur. Era impressionante o som das folhas sendo passadas e trocadas em um ritmo nenhum pouco combinado. A loira mastigava uma torrada quando sua mãe começou:
- Oh my. Eu completamente esqueci de comentar. Não sabem quem bateu na porta esta manhã? - Annie abaixou o jornal na mesa com os olhos alertas. - O policial Conner. Achei que fosse por conta do barulho ensurdecedor naquele galpão por causa do tal robô do Bryce e... Enfim. Mas não. Ele me disse que acabaram com o carro do Matt, querida. Justo o dele. Temos agora esse tipo de gente na vizinhança? Eu não pude acreditar.
Eloise permaneceu a fitar fixamente os olhos da mãe, antes de lentamente, seguir com as orbes castanhas até as de Alex.
- É sério, mãe? Isso é um absurdo! - Exclamou a incrédula Alex, ignorando o olhar da irmã e agora o de Bryce. O casal fitava a loira fixamente, aguardando alguma resposta que obviamente não fora entregue.
- Muito sério. Acabaram com o carro do menino. E escreveram algumas palavras extremamente pesadas...
Alex se engasgou com o suco de laranja.
- Depois avise se ele precisar de algo, querida. - O preocupado Randall pegou na mão de Eloise com carinho.
- Nós terminamos. - Disse Eloise sem rodeios, com um sorrisinho.
Arthur só elevou os olhos para o teto e suspirou, como se desse graças.
- Então... Ele vai viver. - A morena disse, voltando a comer e o olhar encontrou com o de sua irmã.
- Vai. Vai viver. - Respondeu ela.
Um silêncio tomou conta do cômodo  por algum tempo antes de Bryce terminar o assunto.
- Você precisa beber mais chá, Alex.
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alexloststuff · 3 years
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Catch the fox!
- Okay, okay, okay. Here she comes, guys! She's alive! - Brian, um rapaz loiro coberto com tatuagens batia palmas junto com outras quinze pessoas. A turma era grande enquanto Alex passava pelo grupo com seus patins nos pés, esboçando um sorriso. Acabou se curvando para todos com um sorriso divertido no rosto como quem se apresente diante uma plateia grande.
- Alive and ready! - A loira abriu os braços, se exibindo, completamente confiante. A verdade não era bem essa, afinal. Aquele jogo a deixava com a adrenalina à flor da pele.
- Boa, A. Ei, vamos evitar as avenidas principais já que tem muitos policiais por lá, beleza? - Avisou Brian com um aceno de cabeça e um tapinha amigável no ombro de Alex. - Pessoal, vocês ouviram?! Nada de andarem nas avenidas principais!
Todos resmugaram pois provavelmente já haviam ouvido a mesma coisa milhares de vezes naquele dia. A loira então arrumou seu capacete, luvas, joelheiras e cotoveleiras.
- Com medo, loirinha? - Perguntou Karen, uma garota com cabelos verdes e traços asiáticos.
- Não tô afim de quebrar meu pulso de novo. - Esboçou um sorriso divertido e então Brian voltou com o rabo de raposa. Todo o grupo emitiu um som de deboche junto com animação. Queriam assustá-la. Brian entregou o rabo para Alex, que o posicionou dentro de sua calça jeans (tinha um adesivo). Parecia de fato um adereço de uma fantasia de raposa, era ridículo. Algumas pessoas riram já que era a vez de Alex ser a presa. Ignorou o som do grupo e focou na rua à sua frente. Eles eram bons no skate e patins, mas Alex era boa nos reflexos.
- Vamos lá! Preparados? - Gritou Brian com um sorriso. Todos gritaram de volta, e alguns bateram palmas. A loira se posicionou, preparada para correr.
- Three! Two! One! GO! - O loiro apertou uma buzina e Alex disparou pelo beco aonde se encontravam, patinando pela calçada enquanto o grupo contava até cinco.
(LISTEN)
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- Five, Four, Three, Two, One, GO! CATCH HER! - Brian berrou ao apertar a buzina ainda com mais gosto ao ver o grupo todo correr e perseguir a raposa aka Alex, que estava se distanciando do grupo a toda velocidade. As regras eram simples. Só podiam permanecer dentro do perímetro delimitado pelo grupo, o que era mais ou menos vinte quarteirões. Pode parecer muito, mas para atletas no patins... Não mesmo.
Alex patinou o mais rápido que pôde até uma pequena galeria na rua Sunset Boulevard e cortou sem querer um grupo de turistas que saíam de uma van com seus celulares a postos. - Sorry! - Exclamou com uma risada, tentando não machucar ninguém e principalmente não cair. Ouviu algum xingamento atrás de si mas pouco se importou. Queria ganhar. Só precisava ficar com aquele maldito rabo por dez minutos e pronto. Adentrou o beco perto de um "In-N-Out" e parou para respirar um pouco, o que obviamente tinha sido uma péssima escolha.
- Uh... They are pretty close now. - A voz de Bryce soou nos fones de ouvido de Alex.
- Bryce, isso é roubar! Não me fala nada! - Sussurrou Alex.
- Então por que colocou os fones?! - Perguntou incrédulo.
- Minha playlist me faz correr melhor.
- Beyonce?
- Gotcha. - Uma voz masculina veio do outro lado do beco, fazendo com que Alex arregalasse os olhos enquanto o rapaz com patins se aproximava com uma velocidade surpreedente.
- Shit! - Exclamou a loira e saiu do beco patinando depressa. Max era o nome do rapaz que vinha atrás de si. O mesmo esticou a mão e por pouco não pegou o rabo de raposa de Alex, pois no mesmo instante, a garota freou e andou de costas para aonde ía.
- Vai morrer assim, Harvard! - Exclamou Max com um sorriso ameaçador, o que fez com que Alex mostrasse o dedo do meio para ele. Voltou a correr de frente e se segurou no poste do semáforo para fazer uma curva fechada e descer a rua à esquerda. Ouviu o xingamento de Max que quase passou direto pelo sinal fechado para pedestres e riu. Lá estava ele, praticamente sentado no chão. A loira gargalhou, o que é claro, durou pouco. Lá vinha Karen com sangue nos olhos, o que a pegou desprevenida. Alex acelerou, pronta para atravessar a rua e foi aí que o acidente aconteceu. O carro de polícia estava passando pelo sinal vermelho com a sirene ligada enquanto a loira simplesmente corria pelo meio da rua, fora da faixa de pedestres.
O carro freou abruptamente, mas a garota acabou sendo empurrada pelo capô. Não havia se machucado, apenas a dor de cair no chão daquela forma a atingiu. Karen arregalou os olhos para o carro a polícia e sumiu do local rapidamente, assim como outros patinadores que estavam próximos. A loira olhou para cima e viu o policial forte e careca sair do carro com os seus óculos escuros. Alex esboçou um sorriso sem jeito. - Hey. Good afternoon, sir.
A delegacia estava vazia e a garota batia as botas no chão, impaciente. Olhou para fora das portas de vidro e viu o carro de Annie ser estacionado. Uma BMW. Fechou os olhos e suspirou. Odiava quando isso acontecia. Desviou o olhar para o chão e evitou fitar a mãe nos olhos assim que ouviu os saltos se aproximarem.
- Quando vai parar de correr por aí? - A voz diferente e familiar fez com que Alex erguesse os olhos, surpresa. Era Eloise, vestida completamente arrumada com um vestido roxo incrível.
- Eu... Foi um acidente! Sério. Eu meio que saí do circuito e fui pra...
- Sempre tem alguma coisa. Não me leve a mal, eu acho irado. Mas um dia vai se matar. - A mais nova suspirou.
- Vai pra algum lugar? Você tá um arraso. - Os olhos agora eram carinhosos ao fitar Eloise, que esboçou um sorrisinho vitorioso.
- Já fui. Acabei de voltar de um coquetel da revista Pose. Vai, vamos. Você me deve uma. - Disse a morena, acenando com a cabeça para o carro enquanto se dirigia ao mesmo.
- Te devo milhões... - Resmungou para si mesma, lembrando-se como a irmã sempre a salvava de inúmeras enrascadas quando podia. Ergueu a cabeça para acenar com a destra para o policial careca de óculos escuros que permaneceu sério e parado como uma estátua.
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