Chuva de março
Rodar a chave cedo tem o seu encanto: continuar a mascar a pastilha da viagem, trocar as calças de ganga pelas de pijama (mantendo a parte de cima), pôr La Femme (sempre grata, T) na coluna (sempre grata, V), aproveitar o quentinho do Papa Figos que foi nos servido (ao R e a mim) como vinho da casa, por este ter terminado antes ainda de pormos pé naquele restaurante na Graça.
Noite chuvosa, vento gelado. Sobremesa de chocolate e caramelo salgado.
Foi só 1 cerveja e 1 vinho – juro, Joca –, mas o espírito vive e não cala. Acabei L'Ópera, mas danço ao som do melhor (pior?) popzão hipster da Gáulia, na esperança de um dia vir a viver novas aventuras na terra do croissant.
Sempre bom ouvir franceses falar inglês e castelhano (que se passa, La Femme?); mas não há igual à sua língua-mãe. Lábios fechadinhos em ô. Nem por acaso, amanhã é dia de Godard. E o pior é que adoro esta existência poser.
Hoje, sexta-feira santa, foi de facto dia divino: manhã no pequeno T1, almoço e trabalho no estúdio – desenho naturalista de fruta intercalado com a impressão de uma ilustração digital –, jantar, random olá a uma antiga colega da Arroio.
Esta cidade é pequena que dói. Mas por vezes aquece este conjunto de ossos.
Est-ce bien normal ?
Il y a des questions où je sais que je ne trouverai jamais la réponse
Il y a des choses auxquelles on ne peut rien faire
Il faut s'en doute s'en moquer et passer à travers
Valha-nos o Papa Figos.
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Requiem pour un chat - Francois Anton, 2013.
Argelian,b.-French, 1944-2022
Oil and pastel, 130 x 97 cm
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Untitled #23, Richard Diebenkorn, 1981. Gouache and crayon on paper.
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Não há letra
Olho para a página como um projeto, uma folha de Excel, um sítio que aparenta precisar de rubricas, de publicações regulares, higienizadas, normativas e/ou normativizantes
Mas de que serve (almejar) uma audiência se o que nos pulsa dentro é um desejo simples e silencioso — para o qual talvez não haja letra
Será isto a ampliação ou o enterro último dos afetos...?
A economia do cubo que se fecha mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais a cada dia
Para que, para quem
desenhamos?
O risco tem de ser visível?
—
Eu gosto da pulsão do traço; e só agora começo a apreciar quando me fere.
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Luciano Ventrone
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The imagination lake of silence - Grietje Postma , 1996.
Dutch, b. 1961 -
Woodcut on Japanese paper , 31 x 24 cm. Ed. 48/50.
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Azúcar
Es como si te viera al final de la calle
Entre gotas de lluvia
Entre el café solo y el pastel
Entre mis historias y desahogos
Tierra y azúcar
Te recuerdo cada mañana
Te sentiré aquí cada enero
Pero aunque esto yo lo sepa,
Hay días en los que lloro
Lluvia y azúcar
Sé que tengo tu mano sobre la mía
Ángel de mi guarda, dulce compañía
También sé que sabes:
Sin ti, soy chiquita
Calor y azúcar
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On location
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And in every corner, memories form
You warmed us like the sun
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Centro
Recentrar em dois sentidos: viajar até ao centro (fora) e acordar um outro núcleo (dentro).
Pagar 2€ por uma bica, que lá tem outro(s) nome(s). Abraçar P e, depois, D. Desenhar com e sem V. Registar com cliques, riscos, inalações.
Ano contraditório, ano imenso, ano sem fim.
Sigamos, pois.
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End of Summer
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Pico, 2023
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