Tumgik
#tumor & piadas
momo-de-avis · 4 years
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Guerras de Midgard, Cap. 4: Dahaka
Este capítulo é patrocinado pelo homeopata pessoal do Zuzarte:
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Antevisão: no qual Zuzarte atinge o expoente máximo do seu edginess, esfrega-nos sexismo atroz, e comete o pior acto de teabagging ao leitor que já li que me deixou em lágrimas de ambos riso e desespero.
Preparem-se que este capítulo aniquilou-me os neurónios
Assim que chegou à entrada dos enormes portões de sua casa, James ignorou a campainha e saltou o muro.
Epa porquê man
Querem saber como é esta casa? Pois fodam-se porque Zuzarte diz-nos “leste o primeiro livro, não leste? Então chupa, se não leste, azar o teu”.
Literalmente:
A casa era muito semelhante à do avô de James em Portugal, a arquitectura era idêntica. Max Strongheart, filho de [Jonatã] Strongheart, gostara tanto da casa do pai que quis ter uma réplica igualzinha, em Edimburgo.
Eu vou desconstruir esta frase até à medula para perceberem como ela é exemplo top de como não se escreve:
1. Primeiro, a casa era “muito semelhante”. Muito semelhante implica um nível altíssimo de parecença.
2. Depois, já é a arquitectura que era “idêntica”.
3. A ponto nenhum nos foi descrito no primeiro livro o aspecto da casa. Neste, também não nos é dado qualquer ponto de referência de qual será o seu aspecto. Eu, que sou historiadora da arte, tenho particular interesse em saber o que é que destaca esta casa para ela ser digna do narrador se lembrar, mesmo sem nos prover descrição (é casa portuguesa do Raul Lino??? é Prémio Valmor???)
4. Mesmo que o primeiro livro tivesse provido descrição, estás MESMO à espera que o leitor se recorde? Já o tinha dito no spork anterior, mas quando escrevem sagas, é importantíssimo transportar a informação de um livro para o outro. A arquitectura de uma casa é uma dessas informações? À partida, não. Excepto quando o narrador faz questão de a destacar na narrativa, como é o caso aqui. O segredo para não ser repetitivo é perspectiva. Se são duas personagens diferentes a olhar para a mesma casa, vão vê-la de forma diferente. Usem isso.
5. Finalmente, a casa deixa de ser “muito semelhante” e prescinde mesmo de uma “arquitectura [...] idêntica”. Atentando ao facto de que “semelhante” e “idêntico” são sinónimos, vamos estabelecer que ambos significam que existe um nível de parecença indubitável, mas que apesar de tudo se distinguem, seja por que razão for. Mas na última frase, a casa já é “uma réplica”, que não só significa ser ipsis verbis a casa que deveríamos conhecer, como Zuzarte acrescenta “igualzinha” para reforçar o pleonasmo e garantir-nos o QUANTO igual a casa é. É a papel químico.
Estão a ver a puta de salganhada que está aqui? ISTO É A SEGUNDA FRASE DO CAPÍTULO, CARALHO.
Tomem este exemplo por regra de uma coisa que vos dizem para fazer mas não se faz: discorrer de palavras bonitas só para prolongar o texto. O erro é este: repetição e contradições. Nem tudo o que parece sinónimo o é.
Enfim, James nota que o interior da casa está iluminado e há uma festa, o que ele consegue ver porque
embora ele se encontrasse a vários metros de distância, [...] era possível devido ao grande poder que ele possuía de ver a longa distância como as águias. Este poder tinha sido transmitido desde o seu avô.
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Ele não te transmitiu mais nada? Anemia? Tumores benignos? Tensão alta? Só mesmo os poderes?
James segue pelo “caminho empedrado” que é literalmente o único elemento de descrição desta casa que nos dá, e o cão de guarda atira-se-lhe para cima para o lambusar todo contente que o dono voltou a casa, e é só agora que James se arrepende de não ter tocado a campainha, o que não sei como é que afecta porque o cão não se desmaterializa se o fizeres?
Já agora, o cão chama-se Runepaw. “Pata de Runa”. De alguma forma, esperava exactamente isto
James entra no salão que está pejado de convidados que olham para ele estupefactos por esta lesma de gente ser agora capitão. O gajo, meio embasbacado, lá prossegue na demanda de high-society de cumprimentos, e eis que de repente---
---antes de inserir aqui este excerto, lembram-se da cena na casa do Bjorn Quebra Bilhas de Toledo, envolvendo uma escadaria e um nariz partido?
Pois bem
sem querer, pisou a causa de um dos vestidos das convidadas. Esta, sem se aperceber, continuou a andar rasgando o vestido até à cintura. James permaneceu imóvel a olhar para a seminudez da senhora.
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Obviamente, os convidados ficam fulos. O “convidado” acompanhante da mulher berra “mas que afronta é esta, por Júpiter?” o que é hilariante porque ele ainda não se decidiu se a malta é católica ou pagã, mas está mesmo na altura de tomares uma decisão, boneco.
...manos, esta cena já dura há meia página e tenho mais uma segunda pela frente pqp
-- Veja por onde anda! -- avisou o convidado enquanto limpava o monóculo, que lhe conferia um ar cómico.
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Se acham que o enxerto de vergonha alheia terminou, estão enganados.
James, que se sentia muito mais à vontade no campo de batalha do que na maioria das situações sociais, com o embaraço não conseguiu evitar de se rir da cena, com a senhora meio despida e o seu acompanhante empertigado de monóculo em punho. Este não gostou de ser gozado e avançou para James, mas com tanto azar que tropeçou e foi contra a mesa da comida. Um dos empregados que passava por lá gritou:
-- Mon Dieu, mon soufflé de poisson. Il est ruiné!
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(não se diz “evitar de” btw)
O Dark Jonatã tá-me a dar vibes de We Live in a Society e não tou a curtir nada
DESTA VEZ, o Zuzarte insere uma nota de rodapé para explicar o que é que isto significa: “Meu Deus, o meu soufflé de peixe foi desfeito!” e eu estou a CHORAR porque a tradução está errada sjkfhgjdkgdjkghfjkhf oh Zézoca, podias ter uma bota com instruções na sola que não a saberias calçar
Esta descrição estende-se por demasiado tempo, e Zuzarte provê-nos uma longa exposição sobre como o bigode é “em forma de anzol” e dele pende “um fio de esparguete” e há “pasta de peixe” a cobrir o monóculo, ou mesmo a enorme “mancha de chocolate e natas” que se ia “desprendendo da cabeça”, e nós, leitores, aka vítimas, somos tipo James Caan no Misery, enquanto este livro é a Kathy Bates a partir-nos as pernas, enquanto o Zuzarte, de olhos esbugalhados qual maníaco, nos grita “RIAM-SE, SEUS ENERGÚMENOS. RIAM-SE. DIGAM-ME QUE TENHO PIADA”. Lágrimas escorrem-lhe dos olhos. Eu assinto forçosamente.
-- Meu jovem, nunca na minha vida fui tão humilhado. Só porque você é um capitão do exército, pensa que pode chegar aqui e desrespeitar toda a gente? Desafio-o para um duelo! Quem diabo pensa que você é? -- atirou o convidado, quase tão vermelho como o molho de tomate que lhe escorria do bigode.
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é isso, man, mata-o já
-- É meu filho -- respondeu um homem elegante que descia as escadas, vestindo um fato de cerimónia militar, complementado por um sabre. Era Maximilian Strongheart, filho de [Jonatã] e pai de James Strongheart. -- E desafiá-lo para um duelo é capaz de não ser boa ideia, Lorde Ponsonby. Estou certo de que o rapaz não se importará de lhe apresentar um sincero pedido de desculpas -- acrescentou de forma bem educada, mas sem esconder o ar divertido que a cena lhe provocou.
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James sente-se em casa quando vê o pai e eu sou forçadíssima a perguntar, já que o primeiro livro sofreu do mesmo mal:
ONDE ESTÁ A TUA MÃE?
No primeiro, só vemos UMA mãe. Tu tratas as mulheres como incubadoras de filhos e vaginas falantes, mas reflecte-se particularmente na ausência total de mães.
A festa prossegue e eu quero realçar isto:
chegaram mais convidados, alguns deles traziam prendas, outros traziam pratos de comida e também havia aqueles que não traziam nada.
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mano... mano tu... tu és da alta sociedade... e os convidados trazem pratos de comida tipo festa do tupperware??? tipo comadres a competirem pelo melhor arroz doce do bairro???
Harry traz um embrulho que “talvez fosse uma caixa com uma garrafa de vinho ou whisky”. James pergunta pela mulher e por alguma razão a conversa segue-se desta forma:
-- Ficou em casa, tá com aquela constipação, tás a ver?
-- Tou compincha.
Pausa. Lição:
“Tou” e “tá” são palavras abreviadas. Obviamente, num diálogo usam o que quiserem. Mas quando escrevem a forma abreviada do verbo estar, colocam apóstrofe: ‘tou. ‘tá. O itálico não serve para nada. Itálico usa-se para estrangeirismos, ou outras coisas tipo pensamentos ou deixas provindas da distância (telefone, rádio), esse tipo de merdas.
Já agora, vírgula antes de compincha. Caralho, o Zuzarte não sabe mesmo meter vírgulas, mas ele tem um pavor especial a separar o vocativo (exemplo: nesta frase, “caralho” é vocativo lmao). Vírgulas são talvez 40% subjectivas, e não tanto uma necessidade sintática para esclarecer o significado (casos pontuais que seguem regras precisas) como opção estética que vos ajuda a definir o ritmo da frase, mas o vocativo é SEMPRE separado por uma vírgula. Eu tenho a certeza de que vocês conseguem dizer porque é que “Tou compincha” soa mal, mas eu vou pôr por termos técnicos para tornar claro:
O verbo estar é transitivo, significa que necessita SEMPRE de um complemento directo (complemento directo é a resposta à pergunta “o quê” na frase, e por “o quê” referimo-nos a objecto na frase, não literalmente um objecto)---mesmo quando prescinde dele, como acima. Acima, não necessita de um complemento directo porque ele está subentendido, tendo em conta que foi referido na frase acima: “estás [o quê?] a ver?”. É uma resposta, logo suprime-se o complemento directo. 
O vocativo é a invocação da frase, quando existe nela um elemento que leva o interlocutor a dirigir-se directamente a algo ou alguém. É um complemento à parte. Se não o separamos, transformamo-lo num complemento diferente e atrofia o sentido da frase.
O Zuzarte, como suprimiu a vírgula a seguir ao verbo transitivo acima, transformou “compincha” no complemento directo. Deixou de ser um vocativo---a forma como o gajo invoca directamente o amigo---e passou a ser o objecto da frase, como se “compincha” fosse um estado.
Vírgulas são muito importantes, amigos. E se eu me queixei do livro anterior que as tinha todas colocadas como se fosse um exercício de orações do 9º, neste o Zuzas ganhou confiança porque elas estão todas atrozes e mal colocadas, e é dificílimo entender o sentido das frases.
Continuando.
Finalmente, chega Amy:
Amy trazia um vestido verde, estilo império.
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Sintam a subtileza desta excelsa descrição
O cabelo ruivo estava apanhado por uma fita, fazendo um rabo-de-cavalo. Vinha acompanhada dos pais: a mãe era humana, senhora de vastas terras, no norte de Inglaterra. O pai era Aldrid Isläimr Elfo (sic) um espadachim reputado na sua raça.
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(Vêm ali o “no norte de Inglaterra”? Tecnicamente, pode estar correcta a vírgula, porque é um complemento circunstancial, mas a forma como a restante frase está construída---e porque os complementos circunstanciais se referem ao sujeito e NÃO o complemento directo, faz soar que a senhora é que é do norte de Inglaterra, e não as terras que ela possui. Uma vez que tanto “no norte de Inglaterra” como “senhora de vastas terras” são ambos complementos circunstanciais, não há qualquer necessidade de ambos estarem separados por vírgulas.)
Pausa.
Pensem novamente no que disse ali em cima sobre a ausência de mães, e agora ponderem sobre este instante: a mãe é apenas descrita como “senhora de vastas terras”, e nem sequer tem um nome. O pai, contudo, não só tem um nome como uma exímia qualidade, que Zuzarte prolonga nas frases seguintes:
Era famoso por ter eliminado um temível Dragão Negro de duas cabeças, usando apenas a sua espada Ildaron Fen’Ahlramën. A espada recebeu o seu nome do lendário cavalo Ildaron, o corcel utilizado por Äldïn Helaers XX, na campanha contra os elfos.
Portanto, primeiro temos: uma mulher que é só a mãe, logo, a incubadora, e cujo único atributo são as suas qualidades materiais: as terras que, certamente, o pai adquiriu com o casamento.
Depois, o pai, Homem, Macho: seus tomates viripotentes são tema da lendário história da morte do Dragão Negro! Homem de macheza de tal forma sublime que sua piça portentosa recebeu sete nomenclaturas de três língua élficas diferentes, e todos lhe sabem o nome, cognome, nome do cavalo e nome da espada!
É por merdas destas que o sexismo na literatura é tema que continua a mover as calhas da crítica, e razão pela qual eu tendo a afastar-me da fantasia, se vou ser sincera. Até agora, não existe UMA personagem feminina com um traço de personalidade. Não, nem mesmo a Amy, que é claramente o interesse amoroso: reparem que a Amy entrou na sala e Zuzarte dá-nos apenas a sua aparência física, e de seguida discorre dos feitos DO PAI! A mãe NEM SEQUER TEM DIREITO A UM NOME. Aliás, logo na nossa introdução à Amy ficou estabelecido qual é a função dela na narrativa: ela está aqui para ser salva. Ela não tem valor. Ela não tem agência.
Ficam a saber que se um livro não tem mulheres, não leio. Ponto.
Até agora, James ainda não teceu um juízo de valor sobre Amy, nem sequer contemplou “que gaja boa”. Excepto isto:
A meia-elfa não trazia um presente mas, em vez disso, exibia um sorriso encantador e uma fita à volta do pescoço, que completava a sua beleza.
Tecnicamente, isto é juízo de valor mas não nos demonstra qualquer posição do personagem face à elfa. Não traduz nada.
E FINALMENTE, um toque de emoção depois dela o cumprimentar:
Extasiado, James ficou a olhar para ela durante algum tempo e só depois respondeu.
-- Ah... pois, boa noite, Amy. Não te via desde há, deixa ver... cinco ou dez minutos. -- gozou James, disfarçando o seu embaraço (lidar com o sexo oposto também não era dos seus fortes).
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Eu deliro com a forma como o Zuzarte escreve os chamados ‘dialogue tags’, ou discurso do narrador inserido no discurso directo. 
O que o narrador diz depois da fala do personagem é suposto complementar, NÃO explicar. Faço esta ressalva porque à partida não deve ser necessária explicação---e na ocasião de ser, agora vou dizer como EU pessoalmente faço---sai-se do parágrafo da fala e inicia-se um novo em que é permitido ao narrador estender-se pelo assunto complementar.
O discurso convém que seja o mais natural possível sem exagerar, caso contrário entramos no chamado Tiffany Effect: demasiado realismo torna a obra irrealista. Mas pequenas marcas de discurso, naturalmente, são permitidas. Zuzarte deve ter um problema em ser ouvido na vida porque ele reitera e repete-se e passa a vida a dar-nos informação inútil que é totalmente redundante, pois reparem: primeiro enche aquela merda de reticências, coloca inclusive ali uns “ah” ou mesmo o “deixa ver” que é marca de discurso de quem está a parar para pensar.
E DEPOIS acrescenta: “disfarçando o seu embaraço” QUE JÁ ERA EVIDENTE PORQUE NÓS TEMOS A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SUFICIENTE PARA IDENTIFICAR AS EMOÇÕES AQUI, CARALHO.
“Dark Jonatã Tomates de Aço, mas não sabe falar com um pipi”
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Amy olha para os olhos de James---que há dois capítulos atrás foram descritos como “cruel” e que lhe dá um ar “ASSUSTADOR E MAU---e
Por mais alarido que houvesse, ela não desviava a atenção daqueles olhos. 
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Eram azuis, cor do céu, que pareciam iluminar toda a cara de James por debaixo de umas sobrancelhas negras, cor de carvão.
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Engenho e mestria literária ao nível de um Flaubert, sim senhor, tou aqui a arrepiar-me toda.
Os olhos de Amy também não eram facilmente ignoráveis, uns olhos cor de fluorite capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera
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Se calhar já estou a ser meta demais, mas:
1. “O gajo é todo grosso, mas olha que ela também não lhe fica atrás” -- não há UMA GAJA neste tarolo de língua portuguesa infamemente apelidado de livro que consiga existir isoladamente e seja dotada da suas próprias características e agência. TODAS existem “apesar de” os homens da sua vida, o que me está a dar uma fúria que nem vos sei descrever.
2. Eu genuinamente rangi os dentes com “capaz de acalmar uma pessoa e amansar uma fera”.
Se há trope que é NOCIVO e que DETESTO é o da mulher que cura o homem. Dado o que já vimos do diabo do cu do Dark Jonatã, eu já estou à espera há muito tempo que a solução seja essa mesma. Mas ter lido este conjunto de palavras fez-me verdadeiramente perder a cabeça.
enfim... prossigamos.
James tenta dar-lhe um elogio e o rapaz deve ser autista, e não digo isto no sentido pejorativo, digo isto metendo o meu chapéu de terapeuta de sofá porque ele está a tentar dar-lhe um elogio mas berra do nada BONITA---se calhar é tourette? Não sei, mas precisa de terapia. Além disso, a perna começa-lhe a tremer e “no entanto, conseguiu controlar-se” ya claro, vai lá mas é meter um cacto no cu.
Harry, que ATÉ AGORA ESTAVA NO MEIO DOS DOIS E EU NÃO TINHA PERCEBIDO, retira-se e James caga a cueca porque
Amy continuava a olhar para ele com um sorriso provocante!
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Amigos eu quero falecer
James regurgita umas quantas palavras porque está todo nervoso, e Amy diz que a festa só vai ficar melhor quando ele vir que presente é que ela lhe trouxe, ao que James pergunta “ai é, onde é que está?” e ela
e ela
Amy puxou do laço que tinha ao pescoço e deixou a fita cair.
-- Sou eu -- disse ela.
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Alguém venha cá meter-me um tiro nos cornos, peço-vos
James oferece-lhe um copo de champanhe e gagueja que nem um atrofiado e insulta a rapariga que fica “desanimada” mas lá brinda e James pensa “ai que estúpido” e eu tou aqui tipo
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E depois... isto:
-- Non, tu ne vas pas touché mon soufflé! -- gritou o empregado que James ouvira quando empurrara um dos convidados.
-- Eh, eu não quero nada com o teu maldito chulé ou sofá, ou lá o que isso é, a comida de franciús é muito má. -- disse Harry ao pé da mesa da comida, disposto a dar um murro no empregado.
EXPLIQUEM-ME o propósito desta cena?
A nota de rodapé, novamente, traduz o francês: “Não vais tocar no meu soufflé!” bom saber. sinto-me muito mais iluminada, agora.
James vai socorrer o amigo, embora eu não saiba de quê, e Amy manda bota a baixo no champanhe, e a mãe diz isto:
-- Amy, onde estão as tuas maneiras?!
-- Quero lá saber... -- disse Amy enquanto atirava o copo para o chão, fazendo-o partir em mil pedaços.
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A festa decorre “sem grandes alterações” e James põe água na fervura entre o amigo Harry e o empregado que agora, por razão nenhuma, é mordomo porque o Zuzarte está a seguir aquele conselho de substituir palavras por sinónimos sem saber o que é que elas significam, e ainda se reconcilia com Amy “que amuara depois da (des)conversa que tinham tido” e eu só quero mesmo deixar aqui bem assente que vocês os dois são uns otários do caralho.
De repente, toca a sirene dos “ataques aérios” e “ouviu-se um dragão a sobrevoar a casa de James.”
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De súbito, uma quadrilha de Elfos Negros entrou no salão, empunhando espadas.
-- Nadorhuan -- disse Aldrid, pai de Amy
Desta vez, não há nota de rodapé lmaooo
Also, já introduziste o Aldrid, não tens de o introduzir outra vez, caralho.
Este é o momento em que vocês pensam: será que o Zuzas transpôs a sua icónica marca de caps lock e lutas da merda?
Oh fofos...
James viu a quadrilha espalhar o caos e o pânico na festa e ficou furioso.
-- TÊM DE SER LOUCOS PARA SE ATREVEREM A ATACAR-ME NA MINHA PRÓPRIA CASA!!! -- gritou ele com a voz tão alta que todos os Elfos Negros olharam para ele.
1. Obrigada por me dizeres que gritou, entre o caps lock e os 3 pontos de exclamação, eu realmente não tinha lá chegado.
Já agora, como é que sabes que eles estão aqui para ti? Estão tipo, 50 pessoas nessa casa, o mundo só gira à tua volta quando estás bêbado, ó boi.
2. gritou tão alto que eles olharam para ele -- eu tenho a certeza de que se ele tivesse adoptado um tom de voz aceitável tinham olhado para ele à mesma
James desembainhou a sua espada e correu em direcção a um espadachim que foi imediatamente decapitado.
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LEVEI MAIS TEMPO A LER ESTA FRASE DO QUE O PALHAÇO A DEGOLAR O BICHO CARALHO
Um dos Elfos Negros encontrava-se perto da mesa de refeições, e foi surpreendido pelo mordomo que empunhava uma espingarda Winchester.
-- Ne touche pas mon soufflé -- disse ele, disparando uma bala, rebentando com a cabeça do elfo.
Vou ser sincera. Gosto disto. Gosto genuinamente deste momento, tem piada e o gajo fez o delivery como deve ser. Estou aqui para um empregado cagão que está tão farto desta merda como eu sacar secamente de um espingarda winchester do cu e arrear no pessoa. Só gostava mesmo que estivesse num bom livro.
Aldrid desembainha a sua piça e ala que se faz tarde:
-- Intooth doost killian lu’jindurn streea, dos orn naut sevir nindol beldaein dro! (Desembainha a tua arma e enfrenta a morte, tu não sairás deste edifício vivo).
Uma vez mais: sendo que o parêntesis está na fala, assumam que o man esporreou élfico e de seguida proveu uma tradução.
Pensavam que era Aldrid quem disse isto? Pois não foi! O Zuzarte é que não sabe explicar um caralho. Foi um Elfo Negro, aparentemente.
Aldrid rodopia seu viripotente talo e iça-se sobre os Elfos Negros qual ninja das caldas, e o seu prepúcio é tão cortante que “cortou a armadura dos seus inimigos como se fosse uma faca quente sobre manteiga”
Zuzarte tu não fazes a puta de como funcionam armaduras
Harry, por qualquer razão, saca de duas pistolas do cu e “defendeu-se”.
Nunca James vira ninguém manejar as pistolas como Harry
ele não fez nada, pára de chupar a piça aos outros 
As suas duas pistolas “King George” e “Elisabeth”
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possuíam um poder de fogo inacreditável, já para não falar da perícia de Harry, pois saltava pelas paredes dava pontapés e até usou um dos Elfos Negros como se fosse uma prancha para se movimentar mais facilmente pela sala, à medida que disparava
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CENA: INT. QUARTO DE ADOLESCENTE. CASCAIS.
ZUZARTE sorri de soslaio para o PC. Empurra os óculos pela cana do nariz acima. Ajusta o seu action figure do Vegeta em cima da secretária, satisfeito. Primeiro, toca levemente no teclado, e por fim começa a escrever depois de um momento de ponderação.
ZUZARTE (murmurando)
Ah, sim... Genial! Claro que o Harry tem de ser excepcional em qualquer coisa, mas não pode ser em nada mais que o James já seja, não é? Não, não... O James é o melhor em tudo, claro. Hm...
ZUZARTE olha para a aparelhagem. Clica num botão. AUSTRIAN DEATH MACHINE começa a tocar de fundo.
ZUZARTE
É melhor fazer uma pausa.
ZUZARTE insere um CD no seu PC. Assim que começa a jogar Tony Hawk Pro Skater, ao som de “If It Bleeds, We Can Kill It”, o cérebro ilumina-se. Entusiasmado, retira o CD e atira-o tipo boomerangue para o canto do quarto, e começa furiosamente a escrever. 
MÃE (VOZ OFF):
Zuzinho, vem jantar!
ZUZARTE (gritos)
Já vou, mãe! Isto é mais importante!
...
Estou ainda convencida de que o Zuzarte não faz ideia de afinal quantos Elfos negros entraram pela casa a dentro
Um dos bandidos vira que nada estava a correr como o previsto, tal era a brutalidade da carnificina de James, a habilidade de Aldrin e a perícia e pontaria de Harry
o filho da puta só matou um. O pai da Amy matou dois. O cabrão do mordomo matou outro. O Harry matou um número indeterminado. Literalmente a carnificina é causada por toda a gente menos o James. Pára de chupar a tua própria pila, IMPLORO-TE Zuzarte bate uma punheta como um adolescente normal
O elfo corre para a porta, abre-a e... pqp vocês nem sonham quem está do outro lado
foi surpreendido por Gulliver.
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Agarra-o (deve ser tipo cachaço do gato) e atira-o porta fora, e uma vez na rua, é surpreendido por Runepaw. Literalmente não sei o que nada disto quer dizer.
Quando só restava apenas um eflo, James trespassou-o com a “Vingadora”.
Assim, como se fosse uma barata.
O salão ficou inundado de sangue
Zuzarte caralho pára de ser edgy. A sério. Vai fazer festas a um cão, passear na praia à noite, assistir a um espectáculo na Inatel, qualquer merda, mas pára de ser edgy.
Amy pisga-se da protecção da sala onde se refugiou, porque é menina e pipis são fracos tadinhos precisam de protecção :(, e vê
James a arrancar a cabeça de um dos elfos, a erguê-la e a gritar incrivelmente alto!
Amy ficou assustada e admirada de como o rapaz que ela conhecera outrora poderia ser tão cruel!
és tão estúpida, coitadinha de ti
James respirava pesadamente e, de seguida, soltou um grito tão alto que Amy, assustada, escondeu-se atrás de uma parede. A rapariga ainda espreitou pelo canto do seu refúgio e viu James a contorcer-se e a alterar-se até se transformar no Dahaka.
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No meio disto, os tomates Harry e do pai de Amy tornam-se quatro tâmaras mirradinhas e os palhaços bazam dali a correr.
..amigos eu ainda não virei a página, mas se esta merda der em King Kong eu vou de joelhos a fátima
-- Fracos -- disse o Dahaka. -- Todos foram uns fracos na outra vida. Mesmo assim, vou dar-lhes uma outra oportunidade.
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Meus amigos, eu não tenho palavras para descrever o que se passa a seguir. Por entre um chorrilho de maiúsculas, descrições que tentam ser gore mas ficam-se pelo sangue e tripas tipo caldo de galinha mal cozinhado mas tão desligado e desconexo e superficial que nem sequer exige um “TW: Gore”, Zuzarte atinge o extremo do seu edginess, eu vou só dizer isto:
O man ressuscita os elfos negros mortos para os matar outra vez.
Sim, é exactamente isso que acontece. Isto é equivalente literário a continuar a fazer scroll down no Porn Hub depois de te masturbares, ainda com a vergonha ali à flor da pele, de lágrimas nos olhos porque atingiste o ponto mais baixo da tua vida, à procura de um segundo vídeo para furiosamente esgalhares o pessegueiro por nada mais que a necessidade urgente de dopamina, já que a tua vida é uma miséria.
Deixo a transcrição do que o Zuzarte chama de “segundo massacre”:
Muitos dos elfos foram cortados ao meio, outros foram pisados e agarrados pelas pernas enquanto o Dahaka os usava como moca para bater violentamente com a cabeça na parede, deixando um rasto de sangue. Dos trinta elfos que irromperam pela casa dos Strongheart, apenas cinco restavam ainda de pé.
AI ERAM TRINTA? LOL
Dahaka ou Dark Jonatã grita bué ( “OFEREÇAM A VOSSA ALMA!!!” ) e “rios de sangue” correm pelo chão, e os empregados devem estar a perder a cabeça que limpar esta merda vai ser um inferno
Grita mais um pouco ( “PODER INFINITO!!!” ) e por cada vez que aparece caps lock, o Zuzarte faz questão de nos dizer que está mesmo a gritar, caso tenham dúvidas, e 
desta vez, saíram-lhe das mãos raios que electrocutaram os elfos que restavam, queimando-os e fazendo-os explodir.
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TOU EM LÁGRIMAS
O salão tresandava a sangue e a corpos queimados, Dahaka erguia-se majestosamente no meio da sala.
majestosamente é um bocado a palavra errada, idiota da merda
O bicho das trevas topa a respiração da Amy, que tá a resfolegar tipo cavalo a ver este filme do Eli Roth, e corre para ela, ruge, mas ela começa a chorar e 
ao ver as lágrimas a caírem daqueles olhos cor de jade,
já não são da cor da fluorite? 
acalmou.
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-- Maldição -- pensou. -- Voltei a transformar-me nele. Acho que já sei o que me leva a transformar no Dahaka. A violência, a luta, a guerra, o ódio, a fúria e a raiva.
E o micropénis do zuzarte que tinha claramente 16 anos quando escreveu esta merda porque está totalmente no auge do edginess
Por um parágrafo inteiro, tudo o que Amy faz é continuar a resfolegar que nem cavalo epiléptico, quase sem ar, porque coitadinha a menina precisa de ser salva :( sabe Deus como é ser rapariga, nós pipis andantes precisamos de um forte e belo Dark Prince né
James passa-se da cabeça, baza, e o pai encontra no chão um capacete de elfo, por razão nenhuma. Pega nele e “compreendeu rapidamente que o filho partira de novo para a guerra, provavelmente para nunca mais voltar” e como é que ele depreendeu isso de um capacete de elfos, fica aquém do nosso pea brain, mas
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REZO PARA QUE NÃO VOLTE.
O dragão que se ouviu a sobrevoar a casa dos Strongheart? Pôs-se nas putas, aparentemente.
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Anteriores:
Capítulo 1 - Maré de Trevas
Capítulo 2 - Novo Herói
Capítulo 3 - Memórias
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#8 Ready to Lose
Eu coloquei minha cabeça pela porta da sala de plantão, esperando que ela estivesse lá. Meus olhos viram sua pequena estrutura enrolada em um dos beliches inferiores e eu entrei no quarto o mais silenciosamente possível.
Eu deslizei para a cama atrás dela e passei meu braço em volta de sua cintura, ela começou a se mexer e gentilmente passou os dedos para cima e para baixo no meu antebraço.
"Hey", ela sorriu, sua voz ainda pesada do sono.
"Eu te encontrei" Eu sussurrei beijando a parte de trás do seu pescoço. Ela se virou de modo que ela estava de frente para mim e se aconchegou mais no meu peito.
"Eu senti falta de acordar assim" sua voz estava abafada contra a minha pele, mas fez meu coração inchar de amor.
"Que faz de nós dois. Como está seu primeiro dia de volta?” Eu perguntei, tentando não parecer muito preocupado. Era o seu primeiro dia de volta desde a cirurgia e como tínhamos turnos diferentes hoje, secretamente mandei Maggie e April me mandarem mensagens durante todo o dia com atualizações sobre como ela estava indo.
Por uma semana ou mais, Bailey a deixara fazer consultas em tempo parcial, o que Amélia odiava, mas hoje era seu primeiro dia completo de volta à sua rotação normal.
"Está tudo bem, eu acho", ela bufou, mexendo com a linha do pescoço da minha blusa "DeLuca fica em cima de mim a cada cinco minutos, oferecendo-me café e comida, o que é legal, mas droga enfurece. A próxima coisa que sei é que ele vai me seguir até o banheiro. E Alex e Mer continuam fazendo piadas sobre tumores, toda vez que cometem um erro, sempre culpam seus tumores imaginários. Eu só queria uma pequena pausa de tudo isso.” Ela suspirou, sua voz ficando presa em sua garganta um pouco. Meu coração sofria por ela, já era difícil o suficiente para ela ter que redescobrir quem ela era sem o tumor, mas agora Alex e Mer estavam lhe dando um tempo difícil - eu agradeci ao Senhor por ela ter Maggie e April em o lado dela.
"Você quer que eu fale com Alex e Meredith sobre isso?" Eu perguntei afastando uma mecha de cabelo do seu rosto, ela balançou a cabeça contra o meu peito, mas eu ainda não estava convencido. Isso a estava incomodando mais do que ela admitiria, mas eu não iria empurrá-la para longe, pressionando por mais informações. "De qualquer forma" Eu achei melhor mudar a conversa para algo que normalmente discutiríamos "Eu fiz uma noite toda e não podia esperar para chegar em casa e me aconchegar com você, então o fato de que eu encontrei você e nós podemos fazer isso" me cortou batendo seus lábios nos meus. Minha mão puxou-a pela parte de trás do seu pescoço mais perto de mim e eu rolei para que ela estivesse deitada em cima de mim. Suas mãos seguraram o colarinho da minha blusa enquanto nossas línguas exploravam as bocas um do outro. Quando ela se afastou eu fiquei sem fôlego, um pouco confuso mas definitivamente querendo mais,
"Sinto muito, você estava dizendo" ela sorriu para mim mordendo o lábio inferior um pouco, fios soltos de cabelo caindo sobre o rosto e escovar minhas bochechas.
"Quem eu?" Eu sorri quando ela acenou com a cabeça "Eu ... eu não estava dizendo nada" Eu rolei sobre mim, então eu estava no topo e a beijei novamente, ela riu no beijo correndo os dedos pela minha cabeça. Acho que ficaremos bem a longo prazo.
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oresto · 2 years
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talvez um capítulo sem nome
uma vez eu perdi alguém.
não foi uma dessas perdas subjetivas
imaginadas
que cabem no mundo das ideias.
foi objetiva.
tinha cheiro (pútrido)
e forma (inumana).
e não foi uma passagem rápida.
sem susto ou sobressalto.
foi uma tormenta que durou
alguns (longos) anos.
eu vi a perda enquanto ela acontecia.
vi meu pai perder suas habilidades
uma
a
uma.
até se tornar
um corpo sem reação
em uma maca hospitalar.
ele era tão forte.
independente,
cabeça e coração de artista.
se jogava na vida.
às vezes até demais
(bebia bebia bebia)
e aí ao invés de uma cirrose
um câncer.
o negócio do câncer é que
você pode perder as esperanças na primeira biópsia.
eles dizem: não tem metástase
(alívio)
mas não tem cura
(derrota).
e assim foram três anos
sem milagre esperado,
só a certeza de que
no fim da linha
havia uma
morte.
e ela poderia ter sido digna?
imagino que sim
não fosse o hemisfério direito do meu pai
ter sido comido por um tumor
que tinha o tamanho de uma bola
de baseball.
(não que eu tenha visto uma)
o tumor comeu a humanidade do meu pai.
primeiro sua andança,
depois suas mãos de calígrafo
e
por fim
sua voz.
não sobrou nada por fora
só uma terra arrasada
mas no fundo
ainda tinha tanta água.
ele chorava.
chorava muito.
e algo me diz que
a piada cruel disso tudo
é que o câncer deixou sobrar
só um fio de sanidade.
coisa pouca.
mas suficiente pra ele
sofrer.
foi assim que perdi alguém.
de repente ele estava aqui
e depois já não estaria.
eu estava trabalhando no dia
em que seu corpo resolveu desligar.
uma ligação às 18h30.
pego o carro
cruzo brasília.
do setor de clubes sul
a águas claras.
(trânsito enorme)
eu nem vi o tempo passar.
eu nem sei como dirigi.
eu nem me lembro de chegar ao
meu apartamento
esperar o meu marido
entrar no carro
deitar no banco de trás
chorar chorar chorar
e ir pro interior de minas.
eu não vi os quilômetros passarem.
cheguei de madrugada.
abracei minha família.
chorei chorei chorei.
no outro dia, 
de manhã,
meu avô me diz:
“você não estava aqui”
eu não respondi
mas na minha cabeça
as inúmeras noites que passei
em sua cabeceira
as inúmeras noites que contei
ao lado dele
de um a dez
pra ver se ele se tranquilizava
as inúmeras noites que
tentei
adivinhar seus balbucios
as inúmeras noites que 
conversei
sem ter nenhum retorno
todas as noites
os dias
os anos
doeram em mim.
eu estive aqui.
eu estive
muito aqui.
por um período da minha vida,
a morte foi o único lugar
em que eu estive.
aqui
cabe um interlúdio
– minha avó 
mãe do meu pai
resolveu que não conseguia
visitá-lo. olhar pra ele. falar com ele.
porque doía.
ele chamava por ela.
perguntava por ela.
e eu mentia que ela ia vir.
a mentira tinha gosto amargo
mas a verdade era pior.
doía em mim também. 
mas eu enfrentei a dor.
ela só voltou a vê-lo
no dia em que ele morreu.
decidiu de manhã ir até lá
lhe deu sua benção
e ele des
can
sou. – 
a morte não é bonita.
nem sei se é sagrada
é uma fatalidade
coisa do destino
nos atravessa a todos
em menor ou maior medida
o que não necessariamente contam
é que a morte também
mata um pouquinho de quem a assiste.
o luto é um pouquinho de morte.
algumas certezas são perdidas
algumas dúvidas, adquiridas.
a gente sai dele meio que
um zumbi
algumas coisas se sentem,
outras,
nem se notam.
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cottagecorecaelum · 2 years
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003 - Everything is (not) allright...
18 dias sem tirar cartas. Podia parecer pouco para algumas pessoas, mas para ele que não deixava nem de fazer o simples e clássico sorteio diário, aquilo era muito. Doloroso até, se fosse falar a verdade. Mas não conseguia. Sua energia no momento focava em outra coisa. 
Desde o início de outubro sua cabeça só focava naquela suspeita, a mesma que foi confirmada no dia anterior. Olhava de relance para os papéis largados na mesa da cozinha e suspirava enquanto mergulhava seus dedos nos pelos macios de Sunny. Aquilo e a companhia de Pierre e de Jaehyun eram as únicas coisas que traziam mais leveza pra seus pensamentos.
Ainda assim lá estava ele, absorto com o fato de que poderia ter feito algo muito antes de estar numa situação como aquela. Ele sentia que demorara demais para ir no hospital, procurar ajuda, mesmo tendo plena ciência do que aquelas dores poderiam ser.
Talvez não quisesse rememorar e reviver todo aquele passado de dias no hospital, sem saber o que esperar no dia seguinte.
“Pelo menos conseguimos identificar o tumor cedo. Antes que ele evoluísse para algo pior”, o médico lhe disse, sem saber que foi mais ou menos aquelas palavras que também escutara, quando sua mãe era a paciente. E bem, as coisas não terminaram tão bem assim para ela.
Se tinha uma coisa que ele desejava com todo seu íntimo, naquele instante, era a presença de sua omma ali com ele. Ela iria saber exatamente o que dizer e o que fazer. E mesmo que não soubesse, seu abraço, seu sorriso carinhoso definitivamente fariam seu estômago parar de revirar com a possibilidade de sua vida ter fim tão cedo e tão… de repente.
Parecia ser uma piada até. Logo quando tudo estava indo tão… bem. Quando ele estava no caminho para realizar sonhos que sempre tivera e que se formavam, à medida em que ele conhecia mais Altalune… aquilo acontecia.
E quando Caelum pensava na perspectiva de deixar aqueles que amava… Seu Perrie… Jae… Joonie… Sunny… De fazer eles guardarem aquele mesmo sentimento que tinha até hoje com sua mãe. Aquilo sim, lhe fazia morrer mais por dentro.
Queria permanecer positivo. Fazer como sua mãe e olhar para eles e dar aquele mesmo sorriso tranquilizador que ela sempre lhe dava. Mas estaria mentindo. Afastou-se de tudo e de todos, recolheu-se em seu canto, pois não importa para quem olhasse, sentiria que estaria mentindo, que não estaria sendo sincero.
E teria continuado naquela perspectiva, se não fosse pelo seu terapeuta: “Afastar-se e afastar os outros só vai te colocar num lugar onde você não deveria estar agora. Você precisa daqueles que ama e eles também precisam de você.”
Foi naquelas palavras, então, que pensara, enquanto se arrumara pra sair ao festival naquela noite. Ficar em casa, na cama, só pioraria aquele sentimento ruim. Precisava mudar aquela perspectiva. Precisava… viver. Ao menos enquanto houvesse tempo. E, a partir daquele instante, sabia que faria exatamente aquilo.
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corredor944 · 3 years
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… circula no whatsapp - 375 …
POR QUE AS CONFUSÕES MENTAIS A PARTIR DOS 50???
Causas de: CONFUSÃO MENTAL NA TERCEIRA IDADE
Por: Arnaldo Liechtenstein, médico.
Sempre que dou aulas de clínica médica para alunos no quarto ano de Medicina, faço a seguinte pergunta:
Quais são as causas que causam confusão mental nas pessoas de terceira idade?
Algum risco: "Tumor na cabeça".  Eu respondo: Não!
Outros apostam: "Sintomas iniciais de Alzheimer".  Eu respondo novamente: Não!
A cada recusa, a concorrência está assustada.
E fica ainda mais de boca aberta quando listo as três causas responsáveis ​​mais comuns:
- diabetes não controlado; - Infecção urinária; - Desidratação
Parece uma piada, mas não é.  Constantemente pessoas com mais de 50 anos param de sentir sede e param de beber líquidos.
Quando ninguém está em casa para lembrá-los de beber líquidos, eles rapidamente se desidratam.  A desidratação é grave e afeta todo o organismo.  Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento de palpitações cardíacas, angina (dor no peito), coma e até morte.
Eu insisto: Sem brincadeira! Na melhor das hipóteses, esse esquecimento de beber líquidos começa aos 50 anos, quando temos pouco mais de 50% da agua que devemos ter no corpo.  Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, pessoas com mais de 50 anos têm uma reserva de água mais baixa.
Mas há mais complicações: ainda desidratadas, elas não sentem vontade de beber água, porque seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão: Pessoas com mais de 50 anos de idade desidratam facilmente, não apenas porque possuem uma reserva de água menor, mas também porque eles não sentem a falta de água no corpo.
Embora as pessoas com mais de 50 anos pareçam saudáveis, o desempenho das reações e funções químicas prejudica todo o seu organismo.
Portanto, aqui estão dois alertas: 1) Adquira o hábito de beber líquidos.  Por líquidos compreenda água, sucos, chás, água de coco, leite, sopas, geléia e frutas ricas em água, como melancia, melão, pêssegos, abacaxi;  Laranja e tangerina também funcionam.  O importante é que, a cada duas horas, Beba um pouco de líquido. Lembre-se disso!
2) Alerta para familiares: ofereça líquidos constantemente a pessoas com mais de 50 anos.  Ao mesmo tempo, esteja atento a eles. Quando percebem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritados, não têm ar, demonstram falta de atenção. Eles são quase certamente sintomas recorrentes de desidratação.
Arnaldo Liechtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Você gostou?
Então espalhe!  NÃO ESQUEÇA DE FAZER AGORA!
Seus amigos e familiares precisam saber por si mesmos e ajudá-lo a ser mais saudável e feliz.
É bom compartilhar! Para pessoas com mais de 50 anos
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bloghenryted · 3 years
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Nunca entendi o que era sofrer por uma mulher, até ela partir. Eu sempre fui o cara desapegado, que via amigo amigo chorando por amor, que fazia piada quando uma amiga tirava a foto do perfil quando brigava com alguém. Nunca sofri por amor! Talvez por nunca ter amado. Mas numa tarde de sábado um esbarrão no metrô mudou tudo! De máscaras, só vi seus olhos, e os papais que derrubei, ela era escritora! E eu detestava leitura, mas no chão li um frase que mexeu comigo: “A gente só sabe o quanto ama alguém quando estamos prestes a perdê-la”. Lembrei do meu pai tuberculoso, pedindo para que eu cuidasse dos meus irmãos aos 12 anos de idade. Passei a segui-la, a ler seus versos. Convidei para um bate papo, nos aproximamos, nos apaixonamos! E após uma semana de amor, ela descobriu que estava com um tumor maligno na mama esquerda. Foram os quatro meses mais longo da minha vida! Sessões de químio, anestesias, morfina! Mas nem uma delas aliviava a dor de ver quem a gente ama e não poder fazer nada. Me senti inútil, me senti pequeno. Após toda a luta recebemos juntos a notícia de que o câncer havia avançado. Precisávamos de um milagre! Orei as madrugadas, chorei todas as noites, sozinho! Não queria que ela visse que eu estava abalado. Ela perdia peso, mas não perdia a força. Ela partiu as 02h45 da manhã de um Domingo. Antes dela partir, escreveu uma carta que eu só recebi após sua morte. “Do lado esquerdo do meu peito sempre houve um problema, mas só depois de você houve amor. Eu sei que se está lendo isso eu já não estou mais aí. Essa dor vai passar, mas tudo aquilo que a gente viveu vai ficar pra sempre, neste papel e em sua memória, eu amo você.” As lágrima molharam o papel, limparam meus olhos, e eu pude ver com clareza que amar é sofrer, mas é mais do que sofrer! Amar é sofrer porque valeu a pena. Foi a primeira vez que eu perdi um amor! Mas eu agradeço, foi a primeira vez que eu amei! No fundo nós nunca teremos quem nós amamos, nós temos um tempo com essa pessoa, e cabe a nós fazer de cada segundo uma eternidade. Henrique Luiz Sigam:@henryted33 (em Pé Da Vaca) https://www.instagram.com/p/CNzqCjXjsjA/?igshid=gpneyggiu59k
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informarbem · 3 years
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Uma mulher inglesa fingiu ter cancro terminal e engendrou um plano para que os amigos e familiares, com pena da situação de saúde, lhe pagassem o casamento com que tinha sonhado. Toni Standen, de 29 anos, arrisca agora pena de prisão, após ter burlado os amigos em quase 10 mil euros.
A mulher até deu entrevistas a jornais locais, na sua senda para angariar dinheiro. Dizia que queria que o pai, Derek, também com cancro, a pudesse levar ao altar antes de Toni morrer.
A falsa notícia foi dada por Toni no Facebook. "Foi-me dito que tenho dois meses de vida. Tenho um novo tumor muito agressivo numa perna e os meus órgãos estão a falhar. Estou à espera de um milagre médico, porque se não tiver esperança, não tenho nada", escreveu a jovem nas redes sociais. Pouco tempo depois anunciou que o cancro "está em todo o lado, no meu cérebro, nos meus ossos".
Os amigos criaram uma página de angariação de fundos e, apesar do pai de Toni morrer antes da boda, conseguiram que a amiga tivesse o casamento com que tinha sonhado.
Os amigos desconfiaram depois de, no discurso que fez, a noiva ter rido da situação da morte do pai e ter feito piadas sobre o cancro. Só quando Toni passou a lua de mel, na Turquia, e depois viajou por toda a europa, desafiando a doença que a mulher dizia que até já lhe tinha tirado o andar, é que perceberam que algo não estava bem contado. Toni chegou mesmo a rapar o cabelo para manter a farsa.
Já durante o verão, Toni contou que tinha apanhado Covid-19 e, confrontada pelos amigos, acabou por confessar que toda a história.
Acusada de burla, o caso chegou agora aos tribunais ingleses. A mulher já foi ouvida e o juiz considerou o caso "uma violação horrível da confiança dos amigos". Toni arrisca pena de prisão, caso venha a ser condenada pelo crime.
"Foi uma atuação digna de Óscar. Ela enganou-nos a todos", conta uma amiga.
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misterskrebs · 3 years
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Realidade VS Fantasia
Uma vez me perguntaram, "Nossa, você vive rindo, você é mesmo doente?", "Por que você fica fazendo o tempo todo as pessoas sorrir?", “Nossa você vive passando mal, porque não vai ao médico?” E eu já fui, já vou a mais de 20 anos. Muitos ainda não conhecem “eu” de verdade, apenas a “Talita Krebs” da internet que posta fotos e vídeos bobos, muitos me perguntam porque eu não faço faculdade ou demoro pra terminar, porque perco interesse rápido das coisas, ou não sou uma "boa dona de casa", bem eu não faço porque não posso “Ah, consegue sim é só se esforçar” Não, posso esforçar ao máximo é não adiantará em nada. Eu tenho mais de 20 anos e tenho uma vida bastante reclusa e restritiva, e repleta de remédios, pelo o que alguns dos médicos já me falaram, eu não posso sair sozinha, não posso ficar sozinha em casa, na hora de dormir minha mãe se levantava toda noite para ver se “eu” estáva dormindo e bem. Tanto que eu acostumei tanto com isso, que quando estou de folga, é só isso o que faço, porque talvez assim eu não faça nada de errado comigo mesma ou com outras pessoas. Sofro de vários transtornos, transtorno do medo, transtorno de personalidade borderline, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo de identidade, convulsões diárias (ainda estou fazendo exames para determinar a causa) anemia aguda (que com o tratamento hoje já não é mais leucemia, menos mal... mas... um pouquinho que eu cambaleie pode tudo voltar) um tumor, que pode ser benigno mas, que incomoda e muito e claro a depressão (Já faz 11 anos que venho lutando contra ela) Tudo isso se junta, e faz com o que eu não faça nada, não sinta muita coisa as vezes e até mesmo, me sinta com muitas dores, fadiga logo... Parece que se eu só dormir, ou fingir que ali não estou é melhor para todo mundo. E tudo isso começou bem cedo, aos 6 anos sofri algo que não desejo a ninguém, aos 8 anos, também... Devido há isso desenvolvi TDI, aos 8 anos vivia chorando, pensamentos horríveis, sem causas aparentes, nariz sangrando, até desmaios na escola, e ser motivo de piada. E foi aí que fui diagnosticada com TAG e síndrome do pânico, aos 9 anos. E eu que cresci num lar, que era impossível acreditar em amor verdadeiro, um dia acreditei. Mesmo, que do homem, que sempre teria que defender eu, minha família, meus bens mais preciosos, foi dele que eu mais apanhei... E aos 15 anos, idiota, me apaixonei pela primeira vez... Mas, de lá foi tudo piorando, transtorno bipolar, fui diagnosticada, mas, não era, era apenas uma vontade excessiva de fazer pelos outros, que eu sei que jamais fariam por mim... A depressão é a incontrolável vontade de acabar com tudo, todos os dias, mesmo que as vezes as coisas estejam indo bem, mas, até hoje me acomete, então sim nem todo dia estarei “bem”, vou viver tenho crises convulsivas, de medo, de insegurança, de inferioridade, e não, eu não posso controlar isso, é assustador não ter controle do próprio corpo, sei que a minha vida é como uma bomba relógio, por isso sempre vivo o presente, já tive várias paradas cardiorrespiratórias, já fiz muita coisa ruim comigo, até 2 vezes tentei o suicídio, por isso sou vigiada, mesmo que de longe, as vezes de perto.. além das convulsões, é perigoso porque já me machuquei sério, bati a cabeça, fiquei desacordada, não é fácil, a vida não é fácil, não quero que sintam pena de mim só quero que possam me entender, quase todos os dias não estarei bem, mas, quero tentar, continuar sobrevivendo, ainda não desisti, quero trazer conhecimento sobre o TGA, um tema pouco abordado, sou uma menina estranha, divertida, conselheira, brincalhona, mas, as vezes séria até demais... Sobre aconselhar, mas, que com a própria vida não sabe o que fazer... É sou eu. Sou magra, sim, mesmo tendo mais de 1,70 é difícil eu conseguir engordar, mas, emagrecer? Bah! nos últimos 3 meses emagreci 14 kg. Mas, todos os dias ando recebendo mensagens, que são por outros motivos, até mesmo por motivos horríveis, que estão usando contra mim, quando um dos meus maiores defeitos foi amar demais alguém, sem ter sido eu mesma. Fui manipulada a acreditar, que ele a mim, nunca amou, e no final tudo se confirmou, não era loucura, tão pouco falta de segurança nele, sim a verdade... E é isso que sou uma caveira que todo mundo consegue facilmente ver o que sou por dentro, mas, o melhor de tudo que mesmo com as raízes murchas, secas, sempre me acho um motivo e força, para florescer novamente... E eu? eu quero continuar fazendo meus vídeos idiotas, às vezes penso que passo pouco tempo na internet, mas afinal a internet é o único lugar aonde posso viver e “sair” de casa, enquanto eu estiver aqui vou fazer o possível para trazer alegrias às pessoas ao meu redor, quero que todos se lembrem de mim como uma garota alegre e um pouco estranha, bem é só isso mesmo, obrigada a todos que sempre me ajudam mesmo estando longe, obrigada pela amizade de vocês, elas são muito importante para mim, obrigada 🙏🏼 “Continue a nadar... Talita Biscaia” 💐
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tsushimarp · 4 years
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Conheça mais de tsu_yerik!
NOME: Im Yerik USER DO TWITTER: tsu_yerik DATA DE NASCIMENTO / IDADE: 31 de março de 1990 / 30 anos GÊNERO: Masculino NACIONALIDADE: Rússia ETNIA: Coreano OCUPAÇÃO: Pianista em uma companhia de ballet
Residente de Shuiro desde 2020
PERSONALIDADE Na maioria do tempo sou alegre, sociável, chego a ser chato de tão brincalhão e barulhento que sou, talvez isso incomode um pouco os outros. Eu gosto muito de beber, falar alto, ouvir música, cantar… Bem distinto da personalidade asiática, eu sinceramente acho a galera mais fechada.
Mas também tenho meu momento soturno que varia entre ficar no meu quarto sozinho ouvindo música emo a ficar pedindo abraço pros meus amigos. Ah! Eu também sou bem autodepreciativo então é bem comum eu fazer piadas deste gênero sobre eu mesmo.
PASSADO Nasci em Vladivostok, na Rússia, é uma cidade costeira bem próxima à Coréia do Norte e relativamente perto ao Japão. Meus pais são naturais de Busan e só vivemos lá porque meu pai teve de se mudar para a Rússia à trabalho, como ele trabalha pro governo eu nunca soube ao certo o que ele fazia lá, mas nunca o contestei e nem irei.
Apesar de ser de família coreana eu cresci mais “ocidentalizado”, será que podemos dizer isso sendo Vladivostok uma cidade do oriente? Enfim, eu cresci sob os costumes russos e meus pais não curtiram muito, sabe como são os coreanos… Então aos meus 15/16 anos eu fui pra um internato na Coréia onde vivi até me formar, foi questão de dois ou três anos e logo voltei pra Rússia. Viver na Coréia me fez bem apesar de estar longe da minha família, era outra cultura e por mais que eu vivesse esta cultura dentro de casa, viver no país é uma vivência totalmente diferente. Eu fiz vários amigos no internato e também conheci meu primeiro amor, Hyomin, mas ela quebrou meu coração e foi horrível, nunca sofri tanto.
Aos 18 anos, de volta para Rússia, entrei na escola de música como pianista e já trabalhava em pequenas orquestras de balés e alguns concertos;  quando me formei recebi uma boa proposta de emprego para trabalhar numa companhia fixa de ballet russo e aceitei. Viajamos toda a Rússia em apresentações e eu amava este emprego, principalmente por causa de Klara, uma bailarina. Eu tinha uns 22 anos e eu estava muito apaixonado por ela, eu fui bem precipitado logo após conseguir o coração de Klara e já a pedi em casamento. Em 2015 nos casamos e continuamos vivendo em pequenos tours pela Rússia, vez ou outra fazíamos algo internacional, e quando não estávamos viajando com a companhia estávamos vivendo juntos na casa que compramos juntos em Moscou. A minha vida era um sonho, talvez um conto de fadas e não tinha nada que eu amasse mais do que Klara. Pois bem, se existe algum poder maior que nós neste mundo - não acredito em Deus - talvez a força da natureza, ela certamente me odeia. Klara veio a óbito em 2018 por conta de um tumor que ela tinha e não sabia, consequentemente não o tratando, e mais uma vez meu coração foi despedaçado. Eu não tive coragem e nem forças pra continuar com a companhia sem a Klara e pedi minha demissão, vendi a casa de Moscou e voltei a viver com meus pais em Vladivostok e fazia alguns bicos como pianista para tirar meu sustento.
PRESENTE No começo de 2020 eu recebi uma indicação pra trabalhar numa companhia de ballet aqui em Tsushima, eu fiquei bem animado pra falar a verdade porque nossa, faz tanto tempo que estava viajando pela Rússia que me esqueci dessas origens e espero sinceramente que eu me encontre aqui neste lugar. Eu sou um amante nato do mar até porque Vladivostok é uma cidade costeira e apesar de fazer bastante frio na maioria das vezes, eu gosto sim de praia.
Bem, sou fluente em coreano e meu japonês é relativamente bom graças ao que aprendi no internato então acho que vai dar tudo certo sim. Ainda estou me adaptando na minha casa nova e ainda não fiz muitos amigos além dos de trabalho, então espero fazer amigos novos o mais rápido possível. Sobre o que eu gosto de fazer: acho que beber, eu adoro beber! Gosto de pessoas sociáveis e extrovertidas, também gosto das introvertidas… Eu diria que eu sou o meio termo porque eu tenho essa minha alma soturna às vezes. Mas é só às vezes! 
O que me desperta emoções? Filmes em geral, lembrar da Klara, cachorros, jogos… Não me sinto muito emotivo não apesar dos pesares? Quer dizer, se alguém querido seu morrer é lógico que você vai ficar triste, né. Acho que eu vario muito entre raiva e alegria, sei lá. 
Meu dia-a-dia em geral está bem tedioso, eu passo o dia todo jogando porque ainda não fiz amigos! Mas assim que eu fizer eu (espero) estar saindo bastante com eles e bebendo.
FUTURO Seria meio idiota falar que gostaria de me apaixonar de novo? Quer dizer, não agora, gostaria de conhecer pessoas novas tanto para amizade quanto para amor ou algo entre esse meio termo. Não vou dizer que pretendo esquecer Klara, nunca irei tirá-la de meu coração, mas preencher o vazio dentro de mim de qualquer forma. No geral busco novas amizades e almejo sucesso na minha nova carreira aqui no Japão.
ORIENTAÇÃO SEXUAL: Bissexual (como ele veio de um país homofóbico ele irá se dizer hétero, pretendo desenvolver a bissexualidade dele no RP) TEMAS DE INTERESSE: Angst; Crack; Fluff; General; Romance; Smut. FACECLAIM: Bang Yongguk
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cronicasepifanicas · 4 years
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PÁRIS: um relato de amor III
A expectativa de vida de Páris era de seis meses, de acordo com o diagnostico de tumor. Após a consulta, alguns exames foram exigidos e não havia alternativa a não ser realizar esplenectomia. Esse procedimento cirúrgico consiste na retirada do baço. Embora não seja um órgão vital, sua ausência é nociva, prolongaria a vida dele mais uns cinco anos.
Dona Elena continuou aflita até nos despedirmos. Eram necessários alguns cuidados antes da cirurgia e também achar um canino com mais de 25 quilos para ser doador compatível com Páris para realizar transfusão sanguínea durante o procedimento. Nesse momento, a aflição se transformou em uma saga incansável para a senhora que tanto protegia seu Labrador companheiro. As preocupações com o bem-estar animal começam muito antes da entrada no bloco cirúrgico. Nessa região, a Leishmaniose é uma doença que acomete inúmeros cachorros. Por isso, procurar um animal de grande porte, vacinado, com coleira contra esse parasito e em bom estado de hidratação exige esforço do proprietário.
Essa senhora não havia posses, o dinheiro mal custeava as despesas de casa, quem sustentava o Páris era o seu filho. Para se deslocar Dona Elena dependia de táxis e ela morava numa região distante da cidade em relação aos centros veterinários isso aumentava os gastos, na maioria das vezes, gentilmente seu vizinho oferecia carona para levá-los. Então, a busca pelo doador ocorreu boca a boca.
Passaram-se quatro dias, estávamos ansiosos pelo dia de reencontrar com Páris. Pontualmente as nove da manhã chegam à clínica, Páris, Dona Elena, outro labrador preto de 23 quilos guiado por seu proprietário. A coleta do sangue de Leon, o doador, ocorreu com sucesso.
               No relógio marcava meio dia quando começaram os preparativos para a triunfal entrada de Páris ao bloco. Ele pesava em torno de 30 quilos, a tricotomia foi realizada e já em estado dormente, ele foi levado para o centro cirúrgico.
               Naquele dia tudo parecia diferente, havia três médicos veterinários em alto nível de concentração, atentos a cada possível reação de Páris. Eram meio dia e trinta e cinco quando o médico responsável iniciou a incisão na pele do cachorro. A região esplênica exige cuidados meticulosos pelo fato de ser sanguinolenta. Se, por descuido, o médico não realizar as técnicas de hemostasia com excelência, acontece um quadro hemorrágico. A perda de sangue é muito rápida e difícil de ser contida. Passaram-se quase duas horas.
Conheço o cirurgião há alguns meses, sempre engraçado, com confiança fazia piadas e cantava durante os procedimentos e rapidamente terminava os planos cirúrgicos com êxito. Devido ao uso da paramentação pela equipe cirurgica e do uso obrigatório da máscara a região do olhar se tornou meu guia mais silencioso e expressivo de saber o que está acontecendo  ̶ como recém estou no terceiro período da graduação, não tenho conhecimento sobre técnica cirúrgica e também ainda não tive a oportunidade de realizar nenhum procedimento  ̶ os diferentes jeitos em que ele franzia a testa também me contavam como estava indo o procedimento. Na maioria das vezes o seu olhar tranquilo mostrava-me que o paciente estava bem e Lucca encontrava-se satisfeito com o que tinha realizado.
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gabrielpardal · 5 years
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Charly que transformou um tumor em humor
Em meados de 2015 Charly Clive começou a se sentir um pouco fraca. Não doente, mas estranha. Com certa frequência sentia-se cansada durante suas atividades rotineiras. Ela estava terminando o curso de teatro e trabalhava como babá nas horas vagas quando percebeu um ponto cego em sua visão periférica. Preocupada, Charly foi ao oftalmologista relatar o problema. O médico pediu um exame de ressonância e o resultado revelou seu diagnóstico. Ela tinha vinte e três anos quando soube que estava com um tumor cerebral do tamanho de uma bola de golfe. Cientificamente falando, Charly estava com um adenoma na hipófise, glândula localizada na base do cérebro. Era um tumor relativamente grande, porém, benigno. “Eu não me sentia doente”, disse ela em entrevista ao The Guardian. “Eu estava bem. Exceto que durante todo o ano me senti entorpecida. Mais sarcástica do que o habitual. Bastante cínica e pessimista ao invés do meu otimismo irritante de sempre. Acontece que, como o tumor estava na minha glândula pituitária, eu não conseguia regular a emoção. Não contei nenhuma piada em 2015.”
Controlar as emoções já é uma coisa difícil de se fazer, você deve saber, imagina agora com um impedimento químico e concreto. Imagina controlar a emoção ao receber uma notícia de uma doença como essa. Informada de que seria melhor tirar o tumor o mais rápido possível, marcou a cirurgia para o próximo mês. Assim teve tempo para finalizar seus compromissos e se preparar para o procedimento, seja lá o que for se “preparar” para uma cirurgia no miolo do cérebro. Charly morava com seus pais em Londres. Sua melhor amiga, a também atriz Ellen Robertson, se mudou para a sua casa para lhe fazer companhia nesses dias nebulosos. As duas passaram o tempo todo tendo ideias de esquetes de teatro. “E se em vez de um tumor, eu tivesse ido ao médico e ele me dissesse que havia uma pequena vila vivendo em minha glândula pituitária?” Charly anotava num caderno. Esse processo foi importante para que ela conseguisse se acalmar. Grande parte da aflição havia sido transmutada em arte. Aliás, está aí algo de que os artistas sabem que são capazes, transformar suas dores em obra. Mas enfim havia chegado o momento em que os cirurgiões sabem de que são capazes. Charly entrou na sala de operação enquanto seus pais e sua melhor amiga aguardavam o resultado na sala de espera. Após algumas horas, o médico chefe foi ao encontro deles e anunciou que a cirurgia havia sido um sucesso. Quando acordou na UTI após a cirurgia, Charly chamou a enfermeira e perguntou “Cadê Britney?” A enfermeira pensou que ela estivesse se referindo à Ellen. Então ela explicou “Não, Britney é o nome do meu tumor.” *** Durante as semanas que passou internada no hospital em recuperação, Charly e Ellen continuaram escrevendo sobre a experiência pela qual estavam passando. “Escrevemos sobre todos os médicos e enfermeiros, minha família e amigos, escrevemos sobre as coisas que fizemos para passar o tempo evitando falar sobre o elefante branco na sala.” Tumor. Taí uma palavra que já vem carregada de peso. Há palavras que vêm assim, acompanhadas de prejulgamentos, capazes de provocar silêncio em uma sala, de mudar a temperatura do corpo, arrepiar os pêlos da nuca, fazer as pálpebras se encherem de lágrimas. Às vezes é melhor chamar as coisas pelo nome que elas têm, noutras vezes vale a pena transformá-las em algo mais pessoal, a fim de se relacionar melhor com a coisa em si. Chamar o tumor de Britney foi a forma que as duas encontraram para tornar a experiência mais palatável e se distanciar de sua carga para que pudessem escrever sobre. Mas é possível transformar um tumor em humor? “Escrevemos a história de Britney da maneira que gostaríamos que nos contassem: através da comédia.” Segundo Charly, elas nunca tiveram dúvidas sobre o gênero da peça: “Britney desde o início surgiu como comédia. Não tínhamos dúvidas. Uma peça sobre um tumor cerebral que não seja engraçada? Você tá louca?” Após algumas semanas já tinham uma primeira versão do texto puseram o título de “Britney — uma história com muito coração e… um tumor cerebral.” Quando perguntavam elas respondiam que era uma peça curta para duas atrizes, uma comédia sombria inspirada na experiência de Charly e o seu tumor. “Seria mais fácil escrever algo melodramático sobre tudo isso, contando como enfrentar e superar tudo”, Charly explica, “mas sou inglesa, por isso foi mais natural criar algumas piadas sombrias sobre o assunto e a partir daí decidimos que o melhor caminho a seguir seria rir.” Pegar um assunto sério e transformá-lo em uma comédia não é uma tarefa fácil, mas é exatamente isso que Charly Clive e Ellen Robertson fizeram. Talvez elas estejam certas, o riso pode não ser o melhor remédio, medicinalmente falando, mas certamente é uma parte importante em um processo de cura. A gargalhada pode ser a afirmação da vida. Esse é o sentido alegre da dor sobre o que Nietzsche escreveu. A dor, para Nietzsche, não é uma experiência necessariamente ruim. Pelo contrário, a dor pode ser libertadora e uma via de transformação para a alegria. A dor e alegria não podem ser separadas uma da outra. Logo, se o riso é o desfecho de toda dor, então rir na dor é ter consciência deste desfecho, é antecipá-lo. A gargalhada é o reconhecimento da condição trágica da vida. Já o melodrama está mais para a neurose de Freud. O drama é resultado da vontade de não sentir e de não passar pela dor — que é como não querer passar pela vida. Sentimos dor porque estamos vivos.
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*** No Hospital Memorial São José em Recife, Flávio José, paciente em tratamento de câncer, recebeu de surpresa a visita do seu cachorro. O encontro foi um desejo expressado por ele dias antes, quando disse que estava com saudades do animal. O seu médico, Danilo Tancredi, afirmou que Flávio apresentou progressiva melhora após a visita do cachorro. “A gente notou visivelmente no outro dia a melhora de Flávio, e ele vem melhorando a cada dia”, disse o médico, afirmando que estava avaliando a possibilidade de dar alta a Flávio. A visita é parte do projeto chamado “O que importa para você?”, destinado a pacientes internados por longos períodos. Segundo o hospital, até casamento já foi realizado por lá como forma de atender os desejos dos pacientes. A alegria, o riso, o sorriso, a felicidade têm propriedades curativas. Quando Charly e Ellen começaram a ensaiar o texto (“Fazíamos todos os personagens, inclusive o tumor”), seu pai sugeriu que o levassem ao famoso festival de esquetes de Edimburgo. A intuição paterna deu certo e a peça foi aprovada e selecionada. “Britney” estreou em 2016 no Festival Fringe de Edimburgo e recebeu muitas críticas positivas: “Eu nunca fiquei tão emocionada com uma performance do Fringe antes. ‘Britney’ me tocou como nenhuma comédia me tocou antes”, escreveu o crítico Edin Braw. “O que parece ser uma ideia muito arriscada é realizado com níveis incríveis de inteligência e genialidade “, publicou o Young Theater. “Eu amei ‘Britney’. Comovente, engraçado, maravilhosamente realizado e tremendamente bem escrito. Elas são honestamente brilhantes e devem ter sua própria série de TV”, escreveu o dramaturgo Mike Bartlett. O espetáculo seguiu seu rumo, participou de outros festivais na Inglaterra e em seguida as garotas cruzaram o oceano e entraram em cartaz em teatros dos Estados Unidos. *** De um momento turbulento, trágico e difícil da sua vida, Charly Clive concebeu um produto admirável. Toda essa história traz dentro dela uma perguntinha. Será que estamos fazendo bom uso das dores que nos acontecem, será que estamos à altura das nossas tristezas? A verdade é que nos tornamos todos muito melindrosos, qualquer dor partimos logo para a anestesia. É assim que somos educados. Queremos fugir da dor, mandar a tristeza embora e para isso usamos antidepressivos, bebidas, redes sociais, festas, remédios para dormir, uma cartilha variada de entorpecentes. Nos tornamos especialistas em produzir entorpecentes de todos os tipos. Mas o que essa história propõe é que no fundo toda dor é também uma oportunidade. A dor está nos dizendo algo, enquanto não a olharmos com outros olhos, nada será produzido de diferente. Por pior que seja a situação, tem algo que está sempre em nossas mãos: o que podemos fazer com as coisas que nos acontecem. Daí que uma proposta para isso é alcançar o humor, pois chegar ao humor é encontrar o sentido alegre da dor. Viver a tristeza e não querer somente que a tristeza seja algo que deva ser escondida, varrida, eliminada. Descobrir em toda tristeza, em todo sofrimento, em toda dor, a sua/nossa força. Parece ser isso que podemos aprender com Charly Clive e Ellen Robertson. E com Britney, que é o motivo disso tudo.
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Charly e Ellen no hospital
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voe
Você chegou em nossas vidas por acaso.
Mas era tão especial, que nos conquistou.
Seu jeito era meigo, divertido.
Era impossível não rir ao seu lado.
O tempo todo fazendo piadas, fofocas...
Você era uma figura!
Tia Jaciara...
Você foi a mulher que casou com meu tio e nós gostávamos mais de você do que dele, mesmo quando o casamento terminou.
Você era querida, convidada sempre para as festas da minha família, por sua presença tão ilustre e agradável.
Você gostava de forró, gostava de dançar, de ser feliz.
Sua vida não era fácil, mas você tentava ser feliz.
Então você descobriu o câncer.
É difícil dizer quais razões, além das fisiológicas, existam por trás disso.
Não acredito que tenha sido a sua hora, já que ainda tinha 53.
Mas eu fico feliz que não esteja mais sofrendo tanto, eu vi seu sofrimento de perto.
Você travou uma batalha longa contra essa doença.
Era nos seios, fez os tratamentos, perdeu o cabelo.
Você me inspirava.
Você sorria e usava o seu facebook para postar fotos suas sorrindo, mesmo fazendo quimioterapia.
Você escrevia textos para as pessoas.
Você motivava o mundo.
Sempre feliz (ou tentando) em meio a um mundo de desordem.
Quando o tratamento acabou e o câncer do seio sumiu, achei que fosse ficar tudo bem.
Você exalava vida. Preparada pra uma nova vida, novas construções.
Mas ai você caiu de novo. E agora era mais grave.
Nunca vou esquecer o quanto você gostava de mim e da minha família.
Que a adotamos e você nos adotou.
Vimos o seu decair e foi difícil.
Era terminal, tumor no cérebro.
Mas não aceitamos, não nos preparamos pra isso.
Você aos poucos mostrava pro mundo o quanto estava mais fraca.
Eu lembro de quando fui te visitar no hospital 2 vezes.
De quando fiz carinho nas suas mãos por muito tempo e você não largava minha mão por estar gostando.
Quando perdeu sua visão, mas enxergou borrado o vestido da minha mãe.
O quanto foi difícil segurar as lágrimas quando seu estado foi ficando cada vez pior e você já não conseguia conectar muito as coisas que falava.
De que me disse uma vez no hospital o quanto gostava de mim e do meu carinho...
Você marcou minha vida, com certeza.
Sua história me inspirou muito e vai continuar me inspirando.
Não sei onde você possa estar agora, se é que você está.
Mas se tiver, eu tenho certeza que tudo acabou, todo o sofrimento.
Espero que esteja em paz.
Você conseguiu vencer o câncer, ele nunca mais vai te perturbar de novo.
Eu sei que isso custou sua vida. E isso me deixa triste.
Mas eu sei que não foi em vão.
Você foi uma mulher tão guerreira.
Obrigado por tudo, de coração.
Eu não sei como to conseguindo escrever esse texto pra você, pois minhas lágrimas deixam minha visão turva nesse momento.
Obrigado por me fazer refletir sobre a vida, sobre os valores de tudo.
Sobre o valor da vida.
Você foi e sempre será muito querida.
Palmas pra sua existência.
Eu te amo. Vá em paz, pra onde quer que seja.
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ornitotheus · 4 years
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Duncan em: eu não sou feliz em festas.
Eu estou muito feliz de voltar aqui, mas vamos do começo.
Oi, vocês tão bem? Eu também não. Eu não tô bem porque eu vou morrer, desculpa dar esse spoiler mas vocês também vão, eu ainda não sei lidar com a morte, então, resolvi escrever um texto cômico para lidar com isso, bem maduro, não? Porque existem duas coisas que você não consegue fugir na vida, uma é a morte e a outra são os vendedores da C&A, uma horas algum deles te alcança. Eu acho que não tenho (mais) tanta fé no Mundo sabe? Hoje me incomoda um pouca a existência de Deus, alguém (ou algo) que pode resolver tudo com sua varinha de condão e não o faz, um dia eu abri isso com o Riq e ele me disse:
"Poxa Math, não pensa desse jeito, não odeie Deus porque foi Deus que te fez assim".
Então (?) se ele me fez assim, a culpa de eu odiá-lo é dEle? Acho que devemos aceitar que tudo tem um fim, nada dura pra sempre, talvez por isso términos de relacionamentos sejam tão difíceis e eu acho que nunca vou esquecer (um dos) meus términos, porque pra mim relacionamento sempre foi muito importante, sempre olhei namoro como um "treinamento" para o casamento, é tipo você dizer:
"...olha eu quero passar o RESTO da minha vida com você, mas não agora".
Mas terminar também faz bem, no final do meu antigo namoro só discutíamos e brigávamos, minhas conversas com elas pareciam as músicas do Ramones: altas, agressivas e duravam no máximo 3 minutos. Mas eu tenho que aplaudi-la, terminar esse relacionamento foi a melhor coisa que ela podia ter me dado (sem malícia aqui, agradeço), afinal é loucura você continuar em uma relação que só tá te consumindo na esperança que um dia melhore, eu penso que é como um câncer, se você tem tumor, você PRECISA fazer uma cirurgia pra retirar, e não pensem que é uma analogia muito distante porque términos de relacionamentos são como cirurgias: machuca, ficam cicatrizes, seus amigos te visitam... E eventualmente alguns morrem no processo né.
Eu acho isso muito intrigante, há pessoas que realmente AMEAÇAM matar as outras por causa de término de relacionamento, eu acho isso uma loucura, eu nunca AMEAÇARIA minha ex de morte porque poxa, estraga a surpresa né. Mas como eu sou adulto, fiz o que qualquer pessoa sensata e sã faria, eu enchi a cara, e pra você ver como somos injustos, dói o coração mas é o fígado que se fode, interessante, e por favor, eu não sou muito bom em conselhos mas, se vocês pensarem em pedir para ser amigo da pessoa depois de um término, não façam, porque é tipo você dar um tiro na cara de alguém e depois oferecer um bandaid (?) meio que não é o suficiente, sabe? A vida é uma bosta. Mas eu vejo a juventude bebendo, e é muito engraçado. Porque os adolescentes bebem porque acham que a vida é incrível e os adultos bebem porque sabem que não é. Mas não me entendam errado, tem alguns jovens que leem meus textos, pelo amor de Deus, eu não to falando que o álcool é a solução pra todos os problemas de vocês tá, óbvio que não, você tem que usar drogas também. Quando eu era mais novo (até hoje na verdade) eu assistia filmes de terror e pensava:
"Por que o Freddy Krueger tá matando especificamente essas pessoas?”
E hoje como adulto eu entendo, eram adolescentes. Acho que é por isso que eu não quero ter filhos, sério. Se um dia eu quiser me decepcionar com alguém é só eu olhar no espelho. A vida adulta é difícil. Vocês lembram quando vocês estavam no supermercado com a mãe de vocês e se perdiam dela? A vida adulta é isso PRA SEMPRE. Faz anos que eu escrevo e hoje eu meio que cansei de precisar ser "poético" usar palavras difíceis e bonitas, mas eu confesso que eu queria aprender a fazer metáforas, eu ainda sou péssimo nisso, eu realmente tenho problemas com metáforas, porque sempre que eu começo uma metáfora ela é interessante no começo, depois vai ficando deprimente no meio e termina de um jeito muito merda sabe? É igual meus relacionament...Ih alá, fiz de novo. Eu já fui muito tímido, hoje em dia com o que eu trabalho, com meu curso, eu perdi isso, mas antes eu era literalmente um imóvel. Eu era tão tímido que quando eu ia na farmácia comprar preservativo eu pedia pra moça do caixa embrulhar pra presente.
“...é pra um amigo meu, pelo amor de Deus, não é pra mim".
Isso atrapalhava até quando eu voltava de ônibus pra casa — eu sentava normal no meu lugar, do lado da janela e sentava um gordo do meu lado, até aí tudo bem né, os gordos sentam. Aí eu tava lá tranquilo e chegou meu ponto, eu preciso descer, eu PRECISO descer, e querendo ser uma pessoa educada eu olhava pra ele constrangido e falava tipo:
"Opa tudo bom, chegou meu ponto, você poderia levantar pra eu poder sair?"
E o que o gordo fazia? Ao invés de levantar ele se virava. Porra, ele é gordo, ele é redondo, não faz diferença. Não é que gordos sejam más pessoas, não é isso, é só uma questão de geometria, sabe? Geometria. E não me levem á mal, eu poderia fazer essa piada com pessoas magras, mas gordos são mais engraçados, não sei explicar. Pensa em um gordo correndo de mochila. Viu? Mais engraçado. Eu lembro quando eu saí do interior e fui pra "cidade grande" (a gente que é caipira fala assim) e assim que eu desci na capital eu vi uma imagem que me assustou muito, eu vi um cadeirante descendo a ladeira junto com uns skatistas, eu não sei se ele descia por vontade própria mas.... Era legal morar em apartamento porque não tem testemunha de Jeová, eu sei, não me entendam errado, é a religião da pessoa mas me irritava me acordarem 8h da manhã de um Domingo, batiam na porta, eu abria, e eles falavam: 
"Oi, tudo bem? Você conhece Jeová?"
Eu lembro que eu sempre respondia a mesma coisa:
"Conheço sim senhora, mora bem ali na casa 25, o seu Jeová da mecânica".
Eles ficavam bravos comigo. Ficava pensando na hora que eles iam se vingar de mim. Bateriam na porta, eu abriria e eles falariam:
"Oi, tudo bem? Você conhece o Mário?".
Uma coisa que eu vejo é o pessoal homofóbico, e é muito doido pensar que alguém quer deixar a outra pessoa pra baixo só pela opção sexual. Eu odeio a conotação dessa palavra "homofobia", porque fobia quer dizer "medo", dai você para pra pensar que não faz sentido, pra mim "homofóbico" é um cara que mora numa casa que é assombrado por um fantasma gay, tá bom, talvez isso assuste, mas agora se você quer impedir um casal de se amar e ter um relacionamento você não é homofóbico né, é um idiota. Muita gente é contra a entrada de gays no exército, o que eu acho muito engraçado, qual é o problema de homossexuais servirem o exército? Talvez eles demorem um pouco mais pra se arrumar de manhã mas, eles se esforçam, tirando isso, qual a pior coisa que poderia acontecer? A guerra virar um musical da Broadway?
"...mas não é tão simples Matheus, o que eu vou falar pros meus filhos?". 
O que tem pra explicar? Se os gays voassem tudo bem, aí eu entendo: 
— Pai por que aquele homem tá voando?
— Pô filho não sei te explicar, acho que é algo com a gravidade, não sei. 
Pior é quando usam a bíblia pra justificar o preconceito. Eu acho que a bíblia tem umas passagens bacanas sobre amor, perdão, vamos manter isso, mas não dá pra levar TUDO da bíblia ao pé da letra né? Adão conversava com uma cobra, quem ele acha que é? O Harry Potter? Mais engraçado ainda é que só usam a bíblia pra criminalizar o homossexualismo. Sabe o que mais é pecado na bíblia? Comer carne de porco. Então se você odeias os gays e come bacon você também vai queimar no inferno abraçado com o Felipe Neto. Falam que eu sou gay por defender a causa LGBT, sempre dizem isso que por eu ter cumplicidade com as pautas eu sou um homossexual também, o que faz total sentido, afinal, todos os funcionários da NASA são estrelas (?).
Mas eu tenho fé que um dia a humanidade vai olhar pro passado e se envergonhar de tudo isso, eu tenho muito essa imagem na minha cabeça, que um dia no futuro uma criança vai estar lendo um livro de história e pergunta pro pai dela:
— Pai, é verdade que no século 21 os homossexuais não tinham direitos, não podiam se casar e eram vítimas de preconceito na rua?
— Sim filha, isso realmente aconteceu.
— E você lembra quando tudo isso mudou pai?
— Olha, eu não lembro não filha porque já faz muito tempo mas, sua mãe sabe, a gente pode perguntar pra ela, vou chamar. Ô Ricardo, dá um pulinho aqui, nossa filhota tá com uma dúvida.
Vocês viram em 2017 quando estavam discutindo o racismo nos Oscar? Teve 20 indicações de pessoas brancas e nenhuma dos negros. Muita gente ficou brava comigo por causa dessa discussão sobre representatividade, pessoal bravo me mandando mensagem:
"Não Matheus veja bem, os negros não fizeram um bom papel então eles não merecem ganhar o Oscar, é uma questão de mérito".
Mas os atores negros não foram indicados pra esses papeis. Como é que você vai ter mérito por uma coisa que você não é indicado? É tipo uma garota chegar pra mim e dizer:
— Matheus, você é um péssimo marido.
— Mas a gente nem é casado.
— É uma questão de mérito.
— Mas...
— MÉRITO.
Cês assistem Star Wars? Agora o protagonista é negro e MUITA gente ficou puta por causa disso.
"Ah mas isso não é racismo Matheus, todos os protagonistas foram brancos e agora o protagonista é um negro e isso não é normal".
Isso não é normal? Cara, é Star Wars. Star Wars é um filme que a galera tá lutando no espaço, o Jaba é uma meleca ameba que tem inteligência. Amigo, se você acha isso normal o problema não é com Star Wars, é com você bicho. Como isso não é racista?
"Aquela meleca com duas cabeças lutando com uma espada tudo bem, agora aquele negro ali não sei não hein, isso aí não acontece".
Racismo é uma falha de caráter, todo mundo pode ser racista. Eu já fui racista, inclusive. Eu acreditava fielmente que todos os japoneses lutavam Kong-Fu, e claro, isso não é verdade, óbvio, alguns são samurais também. Já perceberam que alguns conservadores falam uma frase muito específica?
"Eu não sou racista mas..."
"Eu não sou preconceituoso mas..."
Já perceberam também que depois dessa frase, sempre vem algo MUITO racista?
"Eu não sou racista mas... Eu odeio negros".
Imagina se usássemos essa frase pra tudo? O mundo ia ser muito louco.
"Pedofilia é errado mas... Tem alguns garotos que são gostosos".
Que droga, que clima bizarro. Eu não sei porque eu entro nesses assuntos delicados e que deixa tudo meio desconfortável, acho que é porque eu odeio tabus, eu acho que quando se cria um tabu o pensamento morre, temos que falar de tudo. Mas vamos mudar de assunto, falar de alguma coisa mais leve né? Bom, aborto. Brincadeirinha. Mas eu acho que há esperança, por exemplo, o novo papa, como eu amo aquele homem. Ele é um papa diferente, mais cabeça aberta, eu gosto muito do Papa Francisco que entrou no lugar do Bento XVI que saiu porque não tinha mais condições físicas pra exercer as funções da igreja né, com razão, afinal criança corre pra caralho. E eu acho que foi aí que o Francisco me conquistou, ele foi o único que admitiu que existia pedofilia dentro das igrejas católicas, pensei:
"Finalmente alguém falou sobre".
Ele disse que 1 em cada 10 padres são pedófilos e tudo mais, e eu concordo plenamente, ele só esqueceu de falar que os outros 9 ficam vigiando a porta pra ver se ninguém ta vindo. Fico pensando sobre, esses dias vi um documentário no Discovery sobre religião onde uma senhora de 86 anos afirma que existe um rosto de Jesus em um pão que ela comprou, e ela afirma:
"Isso é um milagre".
Não, é um PÃO.
Aparecer uma suposta imagem de Jesus em um pão de uma senhora não é milagre, seria milagre aparecer um pão no rosto de uma senhora. É... Eu vou pro inferno, e tá tudo bem. Uma vez o Papa disse que os animais iam pro Céu e sei lá, isso me assusta porque se os animais foram pro Céu então os dinossauros também foram e eu não sei vocês mas eu não queria passar o resto da minha vida correndo de um Tiranossauro Rex né?! Se bem que eu acredito fielmente que os Tiranossauros Rex não foram pro Céu porque os braços deles são curtos demais pra fazer o sinal da cruz então fica difícil.
Lembro uma vez, uma senhora chegou pra mim e disse:
"Matheus, você não pode falar o nome de Deus em vão".
E eu fiquei muito ofendido porque não foi em vão, eu tava contando uma piada. Pra mim quem fala o nome de Deus em vão é aquele cara que fica do NADA falando:
"Deus, Deus, Deus, Deus, Deus".
Nessa mesma época outra senhora disse que ia colocar meu nome na macumba, querida, meu nome já tá no SPC e no SERASA, não vai ser o Exú que vai me foder, fica tranquila. Eu condeno muito religião, pra mim fé é valida, mas religião é uma fé imposta, então acho isso muito errado. Porque eles dizem que existe o caminho certo e o errado, mas se você não seguir os caminhos que eles acham certos, é você que tá errado (?) e eu não acho isso certo, acho isso muito errado (ok, talvez eu tenha me perdido nos pensamentos). Acho que a religião foi um jeito que as pessoas encontraram pra poder lidar com a morte, sabe? Porque a morte assusta muito as pessoas, mas eu acho que a vida nada mais é que uma revistinha que a gente folheia na sala de espera da morte. Acho que é por isso que algumas pessoas acreditam em reencarnação, atualmente eu sou uma pessoa que ainda não acredita, talvez numa próxima vida, quem sabe. Mas eu tenho um amigo que tem depressão crônica e acredita em reencarnação, e é muito estranho isso.
— Você acredita em reencarnação?
— Sim.
— E você tem depressão e acha que sua vida é uma merda?
— Sim.
Se mata então bicho. Porque se você tem depressão e acredita em reencarnação a vida é tipo um jogo ruim e o suicídio é o botão de reset, começa de novo amigo. Acho que esse é um dos motivos de eu não ter cometido suicídio, o medo da reencarnação ser real. Imagina só eu decido me matar porque a vida tá uma merda, eu não quero mais viver, quero descansar pra eternidade, eu me tranco no quarto, preparo tudo, amarro uma corda no teto, pego a cadeira, me mato... E quando abro o olho vejo um médico batendo na minha bunda.
Lembro que quando eu tinha depressão meus amigos sempre me falavam a mesma coisa:
"Pô, vê um filme".
Migo, eu não quero ver um filme, eu quero MORRER.
Sabe o que eu sentia quando me falavam isso? Que eu tava na mesa do hospital, em estado terminal, quase morrendo, e passa o médico e eu falo:
"Doutor, me ajuda, eu tô morrendo".
E então o doutor chega perto, liga a TV em um filme e vai embora. Era assim que eu me sentia! É muito doido você olhar estatísticas disso, sabe? Por exemplo, morre mais pessoas no mundo por suicídio do que por homicídio, isso significa que é mais provável você se matar do que te matarem, pensa que estranho. É mais fácil você morrer pelas suas próprias mãos do que por um ato de Deus, sabe por quê? Porque Deus não exis...
BRINCADEIRA, pegadinha. Uma vez eu tive um sonho que eu sinceramente achei que era algo divino. Eu estava em um jardim, e vi na minha frente um senhor barbudo, cabelos grandes, de túnica e pensei:
"É Jesus, eu não acredito".
Ele chegou mais perto e eu tive certeza, é ele. E ele me provou, mostrando as mãos né, ele tava segurando o RG. Tive que perguntar pra ele:
"Jess" (é que a gente tava íntimo já).
"Jess, a vida é uma experiência difícil e você quer que a gente aproveite ela, como você quer que eu viva e goste sendo que a vida é muito desgastante".
E eu nunca vou esquecer do que o Jess me disse, ele me olhou no fundo dos olhos e disse:
"É uma questão de mérito".
Mas eu acho sinceramente que eu descobri o sentido de tudo e vou compartilhar com vocês mas já aviso, é difícil de ouvir pela primeira vez:
O único motivo das pessoas acharem que são infelizes é porque elas acham que a felicidade existe.
Porque no filme romântico por exemplo, a moça derruba os livros no chão e o amor da vida dela abaixa pra pegá-los, na vida não é assim, você deixa os livros caírem e um mendigo chuta pra longe, é isso, a vida é isso. Antes de acabar com essa minha baboseira toda, vou compartilhar algo com vocês: no começo do ano passado foi aniversário da minha ex namorada, na verdade todo ano é aniversário dela, essa puta não morre nunca... E no ano passado ela me chamou pra ir no aniversário dela, disse que seria uma boa ideia, e eu falei que iria, pensei que seria uma boa ideia, e não foi. Cheguei na festa e tava todo mundo lá, os caras que ela me traiu, os familiares dela, os amigos dela que me odiavam e foi uma merda, no meio da festa eu chamei ela de canto e disse:
"Oi, olha, parabéns pelo seu aniversário mas eu não to me sentindo muito bem aqui então eu vou embora mas agradeço o convite".
E eu nunca vou esquecer o que ela me disse, ela segurou meus ombros e disse:
 "Fica, vai ter bolo".
 O sangue subiu né, porque essa era a garota que foi responsável por todas as minhas falhas de caráter, inseguranças, traumas e fracassos e agora ela quer que eu fique só porque vai ter uma MERDA de um bolo? E sabe do pior? Eu fiquei... Porque eu adoro bolo. Depois disso todo mundo foi pra sala e voltamos a conversar depois de anos sem se falar e ela me contou da vida dela, disse que amadureceu e eu senti isso, eu a conheci numa fase ruim e então eu percebi que a minha ex era uma boa pessoa e que eu era muito grato por ter conhecido ela, que aprendemos muitas coisas juntos, então essa é a mensagem que eu deixo pra você, se você acha que a vida é uma merda, que a vida é difícil, e você quer se matar e sair dessa vida... Fica, vai ter bolo.
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Entrevista a Marina Donovan
Como mencionado no artigo postado relativo à detenção do Sr. Christian Cavanaugh, entrevistámos durante esta semana a Arquiteta e Empresária Marina Donovan, que nos deixara um tanto surpresos com a revelação da sua doença, durante uma conferência ao qual se fez presente, em New York. Sendo assim, nos sentámos com a Arquiteta, que nos abriu as portas para a sua maravilhosa casa e que foi um livro aberto para todos nós, nos expondo e explicando tudo o que achou necessário no decorrer da entrevista. Só temos que agradecer a disponibilidade e amabilidade da recepção de Marina Donovan à presença dos nossos jornalistas e rápidas melhoras, é tudo o que mais desejamos. 
Abaixo apresentamos a entrevista por escrito, se quiserem observar o vídeo da entrevista, basta consultarem o nosso site.
Boa Tarde Srª Donovan, queremos desde já agradecer o fato de nos ter recebido para esta entrevista, que certamente já é à muito esperada, tendo em conta os últimos acontecimentos na sua vida.
MD. Boa Tarde, eu é que agradeço a vossa presença, infelizmente não estou em condições de me deslocar para outros locais sem ser para o hospital, às vezes para o escritório, mas acima de tudo tenho ficado por casa a descansar, a quimioterapia é um tratamento um tanto invasivo. 
É começando exatamente por falar na Quimioterapia, que gostaríamos de começar, por saber como é que se está a sentir, se tem notado melhorias, os médicos têm sido positivos em relação ao diagnóstico?
MD. Para vos ser sincera, eu me certifiquei que os médicos pudessem ser o mais realistas possível, porque não quero ter qualquer tipo de ilusão e muito menos iludir a minha família. Preferia que esperassem logo o pior, do que terem sempre uma esperança e acabarem por se desiludir com a fé que depositaram. Tenho me sentido um pouco mais fraca, o que já seria de se esperar, mas tenho forças para continuar a lutar e isso é certamente o mais importante. Os médicos têm visto pequenas melhorias, nada muito significativo, mas juntos acreditamos que podemos ultrapassar esta fase. 
Com certeza é o que todos nós estamos torcendo para que aconteça. A Srª Donovan, expôs esta situação durante uma conferência em New York, onde afirmou inclusive que nem os seus familiares sabiam do seu diagnóstico. Porque é que escondeu o mesmo da sua família e como foram as reacções quando retornou aos Hamptons?
MD. Sim, eu expus o que estava acontecendo comigo durante uma conferência, exatamente para evitar futuras especulações e que os media fossem importunar os meus familiares com questões pelos quais ele não saberiam responder. Sei que foi algo um tanto surpreendente e acredito que tenha sido um choque, acima de tudo para a minha família, amigos e até mesmo colegas de trabalho. Mas, acho que todos entendem quando eu digo que, precisava do meu espaço, porque antes de expor a minha situação em voz alta, eu quis primeiro me mentalizar e ter espaço para pensar na minha própria vida, antes que outros decidissem pensar por mim, só porque estou doente. Por isso, essa foi a razão pela qual omiti da minha família, acima de tudo também para os proteger e quis me informar bastante acerca desta minha condição de saúde, para lhes poder explicar devidamente quando voltasse para casa. 
Foram um misto de reacções, obviamente que eu esperava de tudo e sou a primeira a admitir que se tal acontecesse com o meu marido ou com um dos meus filhos, eu também reagiria da mesma forma. Eu vejo a preocupação no olhar deles, felizmente os meus filhos não me olham com pena, mas estão ressentidos pelo fato de eu não lhes ter contado tudo, antes da conferência. Só que eles mal sabem o quão mais forte fico, sempre que acordo de manhã e vejo um deles pelo corredor da casa, ou recebo uma ligação, ou até mesmo de olhar as fotografias deles, já me dá muita força para continuar a passar por tudo isto e claro, o apoio incondicional do meu marido, tem sido muito mais do que eu poderia esperar.
Vê a vida de forma diferente agora? Sente que já fez tudo o que tinha a fazer e que se algo corresse mal, você partiria feliz, ou tem muitas coisas ainda que a Srª Donovan pretende fazer? 
MD. Não digo que veja as coisas de uma forma diferente, talvez as viva de um jeito diferente. Porque começo a pensar em coisas que sonhei fazer ou presenciar um dia e tais ainda não aconteceram. De qualquer forma, eu partiria feliz sim, porque os meus maiores sonhos se concretizaram e por isso eu já me sinto completa, mas por outro lado, acho que ainda tenho muito para viver. Quero muito viajar pelo mundo, conhecer os meus futuros netos, estar presente nos casamentos dos meus filhos, quero acima de tudo continuar ao lado deles sempre que possível e os ver realizar os próprios sonhos. E claro, a ideia de envelhecer juntamente com o meu marido, me parece a melhor forma de acabarmos a nossa história. 
Existem alguns rumores acerca de umas desavenças com o seu filho mais velho, Nathan, o que tem a comentar acerca disso?
MD. Todas as famílias têm os seus problemas, é normal quando os filhos por vezes não concordam com os pais e vice-versa, ou quando os próprios ideais de vida uns dos outros não “condizem”, o que pode realmente levar a discordâncias. Não vou comentar mais acerca desse assunto, evidentemente desejo o melhor para o meu filho e isso é o mais importante.
Como é que os seus pais, que estão atualmente a residir na Ucrânia, reagiram às notícias do seu Câncer Mamário? Ou chegou a contar-lhes primeiro?
MD. Os meus pais foram sim os primeiros a saber, no caso, foi a minha mãe. Todavia, eu pedi para que ambos não comentassem tal assunto com os meus filhos ou com o meu marido e felizmente eles não o fizeram. Obviamente como pais, sempre têm em preocupação o meu bem estar e sabendo que também eu tenho filhos, a minha mãe ficou sobretudo preocupada em relação aos netos, inclusive eles quiseram vir logo para os Hamptons para me apoiarem e à minha família, mas eu insisti para continuarem em casa, acho que isto é algo que eu tenho que passar com a minha família primeiro e aí sim os meus pais poderão vir sempre que quiserem. 
Quando é que descobriu que estava com Câncer? Teve algum tipo de sintomas estranhos que a fizeram ir ao médico? Qual foi a primeira reacção quando soube do seu próprio diagnóstico?
MD. Eu descobri o meu câncer mamário à dois meses e meio atrás, não tive sintomas, a única coisa que notei foi um nódulo no meu seio esquerdo e obviamente fiz questão de ir logo até ao médico e foi então que vários exames foram realizados e confirmaram que se tratava de um tumor maligno. Foi um misto de não surpresa, com choque, porque a reacção do médico quando verificou o nódulo pela primeira vez, não fora das melhores reacções e aí eu me preparei para o pior. Mas acima de tudo, foi o choque nas palavras proferidas, porque infelizmente Câncer é uma palavra que assusta bastante, mas que agora eu faço questão de a fazer ser mais uma palavra no meu dicionário, como tantas outras que tenho. 
Qual o conselho que daria para todas as mulheres relativamente à prevenção do câncer mamário? Efetivamente, no hospital, já deve ter conhecido vários guerreiros na ala de oncologia. 
MD. Sem dúvida somente o fato de fazerem prevenção já é o imperativo. É muito importante uma mulher saber fazer a apalpação dos seus seios antes e após a menstruação e caso sentir alguma dor, procurar um médico. Muitas vezes pode não ser nada de especial, mas pelo menos para garantir que não seja, é bom ir ao médico expor essas questões. E obviamente fazer uma ecografia mamária e uma mamografia são importantes para ter certezas que os seus seios se encontram nas melhores condições. 
Atualmente, a Srª Donovan não está trabalhando na sua Empresa, inclusive deixou-a ao cuidado de alguns sócios e também de colegas de trabalho de confiança. Acredita que mesmo com o que está acontecendo na sua vida, a Empresa se manterá estável?
MD. Não tenho qualquer dúvida que sim, é imperativo para mim, para os meus sócios e para os trabalhadores na minha Empresa, que tudo se mantenha em conformidade e sempre fazendo mais e mais sucesso. Como mencionou, tenho sim sócios que estão me ajudando na gestão da Empresa e um arquiteto da minha confiança, o Arquiteto Brick Eckhart, que tem uma mente incrível e que tenho a certeza que deixará os nossos clientes muito satisfeitos com todos os projetos que o mesmo realize ou aprove. A minha Empresa foi um grande sonho meu que se tornou realidade, por isso, independentemente da minha ausência, eu tenho a plena consciência que tudo está entregue em boas mãos. 
Por fim, mas certamente não menos importante. Tem alguma mensagem para deixar aos nossos leitores, aos seus familiares ou admiradores do seu trabalho?
MD. Sim, eu adoraria poder falar muito mais acerca da minha gratidão para com os meus colegas de trabalho, amigos, familiares, clínicos e pessoal hospitalar, ou até mesmo as pessoas com quem me cruzo na rua que fazem questão de me darem uma palavra de força. É isso que me faz acordar todos os dias e tentar manter o meu sorriso no rosto, por muito fraca que possa estar, a força interior é algo para além do imaginável e tudo graças ao apoio incondicional de todas as pessoas que fazem parte da minha vida.
Há minha família eu só tenho a pedir, mais uma vez, desculpas pelo sucedido e agradecer-lhes, do fundo do meu coração por terem sido, continuarem a ser e serão sempre as pessoas mais importantes e a maior prioridade da minha vida. Aos meus filhos, obrigada  pelo apoio incondicional, pelas palavras de força ou até mesmo pelas simples piadas que fazem só para me fazerem rir, mesmo nunca me tendo visto de uma forma tão frágil. Ao meu marido, não tenho palavras para descrever o amor que sinto por ele, o companheirismo de todos os anos que passámos juntos e por me ter dado o privilégio de não só ser sua esposa, como mãe dos seus cinco maravilhosos filhos, de quem me orgulho muito. Aos meus pais, люблю тебе так багато, спасибі за все, eles saberão o que isso significa *risos nervosos chorosos*. 
E a todos vós, aos meus colegas, aos meus sócios, amigos...o meu coração está cheio e os responsáveis são todos vocês, muito obrigada. 
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inkgiselly · 7 years
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Sabe quantos textos eu escrevi ouvindo músicas no volume máximo? Para disfarçar os gritos abafados dentro de mim e tentar fingir que estava tudo ótimo Sabe quantos textos eu escrevi lembrando das nossas conversas? Recordando das nossas piadas sem graça mas que fazia nós darmos boas risadas Sabe quantos textos eu escrevi convivendo com a merda daquela saudade que me consumia? Sabe quantos textos eu escrevi pensando em como seria bom acabar com tudo? Textos que me dominavam, me reprimiam, como um tumor E por fim, sabe quantos textos simplesmente existem porque você também existe? - G. Marques
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theboyincherry · 7 years
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Vou te contar uma história
E la estava eu tinha seis anos de idade naquele tempo.Minha familia pensou que eu só estava sendo mimado quando disse que não lembrava do dia que fomos ao parque no ano anterior, mas mesmo assim ela me levou ao médico para fazer um exame geral. Levou doze meses para que podessem descobrir o que estava acontecendo comigo e então a grande bomba eu tinha um tumor no cérebro, que nunca aconteceu antes com qualquer pessoa e que poderia ter sido evitado se eu não sofresse de depressão , sim você deve estar pensado "Uma criança de sete anos com depressão?" eu herdei ela de minha mãe mas nunca toquei no assunto com minha familia por apenas pensar que eu poderia apenas ser mais um menino triste por que a mãe não comprou aquela bala na loja da esquina. A depressão levou ao tumor e aos sete anos eu ja tinha uma data de "óbito" , por que as aspas? por que eu não irei morrer no sentido literal da palavra o homem conhecido como Raphael tem a data marcada para sua morte no dia 05/07/2017. Vou explicar como isso vai funcionar, esse tumor pelo menos no inicio me fazia esquecer 1 ano vivido começando nos meus seis anos, ou seja eu não me lembrava mais dos amigos de classe que fiz na escola no ano anterior. E isso irá piorando pra meses ,dias até chegar no ponto de total esquecimento e o mais incrivel disso é que eu me lembraria de todos os anos esquecidos no mesmo dia que eu irei esquecer tudo, a vida é realmente uma caixa de surpresas, E bem como foi pra uma criança depressiva e com uma data de morte marcada ? estranhamente normal, mas para seus pais não foi nada normal. Meu pai vivia culpando minha mãe pelo o que aconteceu comigo ja que herdei a depressão dela , mas o que ele não sabe é que o que fez essa depressão piorar foram as brigas constantes deles que aconteciam por mais que incrivel diariamente, eu chegava da escola e ia direto para o quarto brincar com uma pista de carrinhos de controle remoto, naquele tempo isso era meu unico modo de escapar da realidade um pouco. Minha mãe contou para a diretora da escola e ela passou para os professores o meu caso e qual foi o resultado disso? Tratamento especial, sim eles me tratavam diferente dos demais alunos e me davam privilégios. Com isso o meu melhor amigo começou a se afastar de mim e ele era o unico que me fazia dar risada, com isso eu me tornei o cara das piadas eu simplesmente dava risada de tudo, ver as pessoas sorrindo era meu unico objetivo dia após dia, mas no final de todos os dias depois da aula eu chegava em casa e la estava ela, a grande realidade da minha vida , eu só era feliz da porta de casa para fora o que só fez piorar meu estado mais ainda e esse foi o primeiro passo para o dedo no gatilho.
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