oliver and bartolomé // intimacy
somewhere in the future
Bartolomé acordou à luz do sol, à beira dourada da manhã tocando o seu rosto sob o travesseiro. Piscou os olhos, atordoado pelo luxo de um sono profundo e desprotegido. Pestanejou novamente, tentando fazer a manhã transformar-se em algo compreensível - estava em seu apartamento, em sua casa, no prazer de uma cama larga e lençóis limpos, com Oliver dormindo ao seu lado. Bart suspirou suavemente, contente em ter o homem em seus braços. Ollie ainda tinha seus olhos fechados, cabelo em desarranjo e testa limpa de preocupações. O peito do músico se encheu de afeto com a suavidade que sempre sentia ao ver o mais novo desta forma - sereno, descansado, seguro. Bartolomé arranjou-se para pressionar seu corpo contra o de outro um pouco mais, sentindo o cabelo macio roçar em sua barba e a respiração em sua pele exposta. Voltando a fechar os olhos, Bart sentiu o braço em torno de si puxando-o para mais perto - Lil’ more. - o murmúrio de Oliver era quase inaudível quando ele o fazia esfregando a sua bochecha contra a pele desnuda de seu peito. - More. - o mais velho concordou em torno de um bocejo, concentrando-se na pressão quente da mão do fotografo contra suas costelas, uma marca carinhosa de pertença e presença, mas Bartolomé sabia que o sono não voltaria a lhe dominar e sua mente passou a vagar à medida que o sol continuava a subir.
Sua mente ainda pregava peças em momentos como aquele, era algo mais forte do que Bart poderia controlar, mas as ondas que lhe tomavam já não eram mais de incertezas. Quando o músico percebia-se acompanhado em instantes de quietude, lembra-se das suas antigas preocupações como se fossem as birras de uma criança, ainda que ele tivesse seus quase quarenta anos quando tais temores chegaram em seu auge. Quarenta anos que agora pareciam uma lasca de vidro, o sopro de uma brisa, um piscar de olhos sob a luz do sol. Ele sentia-se velho naquela época, mais velho do que agora, quando se preocupava com Oliver e se perguntava se alguém poderia o amar verdadeiramente como o mais novo professou fazer. Agora Bartolomé tinha certeza. Tinha a certeza há tanto tempo que mal se lembra da ferroada de melancolia que fazia pesar todos os membros do seu corpo e o peito apertar-se em nó dolorido. Agora ele acordava todas manhã e esse amor o rodeava; ele caminhava pelo mundo com esse amor ao seu lado - e quando vacilava, esse amor o mantinha firme.
Ele sabia que o amor de Oliver não direcionado apenas para si. Não, o mais novo sentia demais para focar um sentimento tão puro em uma só pessoa. Ollie tocava outros com sua bondade; ele era capaz de emergir afeto de companhias selvagens, aplacar culpa e arrependimento em corações turbulentos; deixava de lado suas próprias crenças para entender a dos outros ou acompanhá-los nas descobertas das suas; fazia mais leve o fardo da dor e renunciava à ilusão de fuga com palavras e prosa da adoração. Claro, isso poderia muito bem ser Bartolomé colocando seu olhar sobre as demais relações do homem, já que ele esteve presente na ponta receptora de todos esses feitos, mais de uma vez; porém, duvidava, pois não havia quem conhecesse Oliver e discordasse do seu efeito.
Por vezes, o músico, pensava nesse dom que vivia em Ollie e se perguntava qual a razão, entre todas as almas que poderiam ser alvo do amor do mais novo, a sua foi a escolhida. Ele não tinha qualquer percepção de qual poder que o poderia ter agraciado, qual agência que o premiaria ou divindade que traçaria tal destino, mas Bart sabia, na parte mais profunda e solitária de si mesmo, que ser amado daquela forma era um bem constante num mundo que demasiadas vezes se esquiva à disciplina da bondade. Ele não compreendia a sua benção, mas agradecia por tê-la recebido.
E Bartolomé amava Oliver. Por tudo o que havia de sagrado, como o amava. Bart o amava com abandono e cuidado e imprudência e esperança; o amava com uma alegria mais doce e mais consistente do que imaginava ser possível em sua juventude; o amava com uma ferocidade que nunca poderia ter adivinhado que possuía; o amava nas suas quezílias, nos seus silêncios, no seu sono; o amava ainda na doação do seu corpo, o toque, o gosto e o cheiro do seu prazer, o derramamento dele sobre a sua mão trémula.
Lembrar seus antigos tremores, das antigas preocupações que lhe torcia o estômago em luto e medo, era recordar o que aconteceu e também o que não aconteceu, tudo o que os levou até ali, aquela manhã sonolenta e aconchegante, na cama que não era mais apenas sua, na casa que agora era deles. - I love you. - ouviu o sussurro vindo de um Oliver quase adormecido, como se ele soubesse o que se passava na mente turbulenta de Bart - e talvez soubesse, talvez isso fizesse parte do seu poder. - With all I am. - respondeu em voz baixa, enquanto perdia-se no calor do corpo à sua volta e retornava as suas memórias, agora mais felizes e reais.
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PFTDGEHSJSJDYTE I CANT BELIEVE MONKEY D. LUFFY HAS TAKEN OVER TUMBLR!!!
At first sight I was like, oh cool! I see they’ve added a Luffy tab on my dashboard, because I love one piece. And then I look down the luffy tag,,, AND THERE ARE SO MANY PEOPLE WHO JUST. DON’T KNOW WHO HE IS XD. That must mean THEY’VE JUST ADDED HIM TO EVERYONE’S DASHBOARDS WAHAHAHA!
First of all, it’s pronounced loo-fee. Second of all, he’s from hit series One Piece and you better not forget it!!!
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Fellas, if your story has...
Way too many narrators
Self-aware weird formatting
A metanarrative
Courier font
Meaningful colored text
The story existing as a piece of media within the story itself
A fucked up house
An unreliable narrator
Just way too much about the romantic lives of people who suck
That's not your story, that's
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