Tumgik
#sem citações de livros hoje
beu-ytr · 3 months
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Resenha de "Primeiro eu tive que morrer" de Lorena Portela
*alguns spoilers, editado
Primeiro eu tive que morrer é um romance contemporâneo cheio de graça, conta a história de uma jovem publicitária que, pra se afastar dos problemas relacionados ao trabalho (na verdade, o excesso dele) viaja para Jericoacoara, no Ceará, pra relaxar a cabeça.
Esse livro tem um quê de verão, que bateu certinho com o lugar que eu sem querer escolhi pra ler ele, a praia
Ler ele na praia movimentada de Jauá enquanto lia as descrições feitas pela autora realmente foi uma experiência formidável kkkkkk me senti meio que na história sabe
E falando em história, até que eu curti um pouquinho. A primeira metade do livro tem uma pegada bem filmezinho mesmo, bem soft. Inclusive acho que esse enredo daria um bom filme coming of age sabe?
Os personagens, embora não muito bem construídos em questão de personalidade e etc (a autora simplesmente os descreve com um monte de adjetivos bons e só) são muito simpáticos a um nível que chega a ser suspeito
Digo isso porque, ao meu ver, na história só quem não bate bem da cabeça é a própria protagonista, porque todos ao redor dela são praticamente perfeitos
Todos com sorriso no rosto 24hrs por dia e todos muito camaradeiros independente de qualquer circunstância. Eu sinceramente comecei a suspeitar disso a um certo ponto mas não tinha nada de errado, ele só eram incrivelmente legais mesmo
Enfim voltando a parte importante, o climáx do livro. Que rola faltando uns dois ou três capítulos pra acabar, foi um pouco repentino e tenso e um pouco confuso também.
Algumas coisas acho que passaram pela minha cabeça e eu não entendi direito sei lá, vou ler denovo depois
A respeito do desfecho, acho que ficou meio acelerado sei lá, quando terminou eu fiquei an? Já acabou? e a febre? e o coisa? An?
Acho que o final não faz justiça a profundidade que o livro se propôs a criar, ficou muito batido e clichê não gostei muito
Vi também no Scoob alguns comentários a respeito dos diálogos, vi gente dizendo que eram irreais e meio, desculpe o linguajar, cringe
E devo admitir que pensei isso também, especialmente na carta que a protagonista escreveu se desculpando pra Gloria no final, achei pá mas também não chegou a me incomodar
Na verdade esse livro não é um livro, é um estado mental, literalmente. Pra curtir ele, tem que se imergir nele, esquecer o resto apagar as inibições e ir
Até porque a mensagem que ele passa (que pra mim é o mais importante) é muito inspiradora, e muito bonita também. E ler ele hoje melhorou muitíssimo meu humor então esse detalhe dos diálogos toscos não me incomodou muito não mas eu entendo o porquê dele ter incomodado algumas pessoas
Enfim, esse livro é uma gracinha mesmo, como eu disse ele é fácil de ler, uma escrita simples que tenta ser um pouco filosófica mas ainda sim simples, espaço moderno, citações de músicas (citou Florence + The Machine e eu amei isso), um monólogo bem foda no final e de quebra um romance ligeiro, meio confuso mas mesmo assim cativante
Esse livro é o tipo exato de livro que se lê em viagens, seja de carro avião sei lá. É curtinho, praiano, profundo até certo ponto e bem estruturado digamos assim
Ótimo romance, ótima autora, quem diacho é Amália?, ótimo casal, ótimo Ceará, quero visitar agora
Obrigado pela atenção e até a próxima ;)
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rick2097 · 1 year
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Sigo dia pós dia, pessoa pós pessoa, gastando minha poesia, minhas músicas, e toda magia que eu já tive. E eu nunca tive muita. Em cada decepção a tristeza fica menor. A forma de lidar aperfeiçoa. Mas a facilidade de acessar tudo fica um pouco mais difícil. E eu me pergunto a cada "Fix you", a cada "try", a cada "Maremotos" quanto tempo mais eu vou conseguir tomar essas porradas sentimentais.
A primeira foi a J****, que eu conversei até de madrugada mesmo cansado e compartilhei o único pagode q gostava e "Mirrors". Agora não há modo de escutar sem lembrar.
Depois foi M******, que levou Anavitoria, Melin e músicas nacionais calmas, assim como visitar amigo na casa dos pais, já que eu sempre ia lá por que ela não tinha energia pra ir na esquina.
Aí teve a Q*****, que me levou meu mundo indie inteiro que esse eu luto até hoje na resignificação. Foi ela que me olhou com toda atenção do mundo do outro lado da mesa atrás do copo de chocomenta com café. E que animou as maiores loucuras, mas essa só levou a música, por que um amigo dominou a arte de fazer loucuras, e eu amo ele por não ter ido embora. Lembro que me viciei em música pop e clássica pós Quezia, foi um período sombrio.
Mas aí apareceu uma fã de pop, que foi rápido, intenso, e significativo. Essa nem doeu tanto, mas me fez querer esquecer música pop.
O que me levou ao forró, clássica, e volta as raízes do Indie.
E agora, eu já calejado não doei nenhuma música pra ela. Não deixei ela roubar a melhor parte de mim, mas ela roubou meus livros, ela roubou minha citações, e eu vou odia-la se for embora.
Não sei o que fazer, já que aprendi a não dar música, tenho receio em dar minha citações, espero que na próxima eu não doe nada. Quem sabe funcione
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effywrt · 24 days
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realizam desejos
SEQUÊNCIA :
-
NOMES:
Doutora -
Doutor -
Robô -
comemora aniversário sozinha
doutora não tem jeito com criança
desejo: ver um narval
- ex namorado é um dos guardas, nada oficializado
tem constantes paralisia do sono
manda mensagem pro ex (i miss u im sorry)
é uma máquina que ela desenvolveu com o amigo e vão ver na prática se funciona
colocam o cliente para dormir só funciona com eles em estado vegetativo e aí avisam quando estão acordando e eles tem vazar
dão lugar para os doutores dormirem lá
um casal e um robô
relação com filmes do wes anderson
vai comprar azeitonas e pede pra robô reiniciar memória do atendente
descobrem que ela teve uma infância difícil tipo “castelo de vidro”
quer visitar um “castelo de vidro”
desejo de conhecer alguém que foi importante pra história
“ninguém dessa casa sabe que eu fumo… Se você contar a eles eu mato você” (não parecia estar brincando)
No meio da semana, estou cansado de ser uma pessoa.
Então, nas quintas-feiras, me dê espaço para morrer um pouco em particular.
Não quero ir ao supermercado, dobrar roupas, lavar uma panela ou cortar alcachofras para uma salada. Deixe-me sentar em silêncio em uma sala sozinha com os joelhos dobrados para o lado. Vou me retirar para dentro de mim, onde residi obscuramente através de vidas imensuráveis ​​e contrastantes, todas desorganizadas e empilhadas umas sobre as outras na boca do estômago. Às vezes, eles saem da minha boca como uma camada de gelo por causa de você e seus dedos irritantes puxando meu lábio inferior, ansiosos para que eu diga o que penso antes de saber como dizer.
doutora está enfrentando um começo de alzheimer
venho me esquecendo das coisas. esses dias, numa conversa aleatória, me perguntaram sobre o meu filme preferido, fora a memória afetiva que eu tinha pela obra, eu me lembrava muito pouco dele, sorri sem graça, aquele sorriso de autodefesa que nos vem ao rosto quando ocorre algo que foge ao nosso domínio. parei para pensar, e realmente eu venho me esquecendo das coisas. meus melhores momentos, canções, livros, amores, etc., estão todos se tornando borrões de lembranças, imagens ilegíveis, pouco acessíveis aos meus esforços de querer lembrar com exatidão. anos inteiros estão se resumindo numa pequena porção de memórias. amores que foram tão intensos que eu achava que fosse morrer de tanto sentimento, hoje não passam de recordações indiferentes. livros que me fisgaram para dentro de si, são evocados à minha mente como um mosaico de citações distorcidas. as canções que eu mais gosto, sumiram da minha cabeça, mas parecem ter se impregnado em meu dna, são acionadas sempre que necessário, se alguém cantarola um trecho, elas voltam à ponta da língua, mas quando eu voluntariamente quero lembrá-las, elas escorrem pelos meus dedos. por hora, tenho a sensação de que o meu corpo, naturalmente, queira se esvaziar do passado, abrir espaço para novos filmes preferidos, novas memórias afetivas, novos amores e canções. eu que sou teimoso, e sem perceber, insisto em lembrar, mas venho me esquecendo.
Há sete anos ele e os irmãos tentavam animar a mãe, arrancar alguma reação dela e nada. O pai estava sempre ocupado e era seco.
A mãe vivia em seu próprio mundo.
Eles cresceram praticamente por conta própria, sendo mais educados por Tia. E agora, aquela menina em segundos conseguia um milagre.
Você se lembra de quando éramos felizes juntos?
Eu me lembro, você não?
Então, de repente, você está enjoado
Isso ainda é verdade?
Você disse que era para sempre e no final eu lutei por isso
Por favor, seja honesto, não somos melhores por isso?
Pensei que você me odiasse, mas você ligou e disse: Sinto sua falta
Eu entendi
Bons um para o outro, dê isso ao verão
Eu sabia, você também
Mas eu só vi você uma vez em dezembro
Ainda estou confusa
Você disse para sempre e eu quase comprei a ideia
Sinto falta de brigar no seu antigo apartamento
Quebrando louças quando você está decepcionado
Eu ainda te amo, prometo
Nada aconteceu da maneira que eu queria
Cada canto desta casa é assombrado
E eu sei que você disse que não estamos nos falando
Mas sinto sua falta, me desculpe
Eu não quero ir, acho que vou piorar
Tudo o que conheço me traz de volta para nós
Eu não quero ir, já estivemos aqui antes
Onde quer que eu vá me leva de volta para você
Eu não quero ir, acho que vou piorar (você disse para sempre e eu quase comprei a ideia)
Tudo o que sei me traz de volta para nós (sinto falta de brigar no seu antigo apartamento)
Eu não quero ir, já estivemos aqui antes (quebrando louças quando você está decepcionado)
Onde quer que eu vá me leva de volta para você (eu ainda te amo, prometo)
Eu não quero ir, acho que vou piorar (nada aconteceu da maneira que eu queria)
Tudo o que conheço me traz de volta para nós (todos os cantos desta casa são assombrados)
Eu não quero ir, já estivemos aqui antes (e eu sei que você disse que não estamos nos falando)
Onde quer que eu vá me leva de volta para você (mas sinto sua falta)
Eu não quero ir, acho que vou piorar isso
Tudo o que conheço me traz de volta para nós
Eu não quero ir, já estivemos aqui antes
Onde quer que eu vá me leva de volta para você
Ela pensava que cada ligação de um número desconhecido era o aviso do meu suicídio. Estes eram os dias ruins. Minha vida era um presente que eu queria retribuir. Minha cabeça era uma casa de torneiras pingando e luz queimada.
Depressão, é um bom amante. Tão atencioso; tem esse jeito inato de fazer tudo sobre você. E é fácil esquecer que seu quarto não é o mundo, Que as sombras escuras que sua dor projeta não iluminam o ambiente. Hoje, dormi até as 10, limpei todos os pratos que possuo, briguei com o banco, cuidei da papelada.
Temos diferentes definições de vida adulta. Não trabalho por salário, demorei para me formar na faculdade, mas não falo mais pelos outros e não me arrependo de nada pelo qual não possa me desculpar genuinamente.
Minha mãe tem orgulho de mim. Foi difícil reescrever minha vida como eu queria viver. Mas hoje, eu quero viver.
Não salivei por causa de facas afiadas nem invejei o garoto que se jogou da ponte na cidade vizinha. Eu apenas limpei meu banheiro, lavei a roupa, liguei para meu irmão.
Disse a ele:
— Foi um bom dia.
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nattyfariablog · 1 month
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Flores Para Algernon
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Olá, amores!
Precisamos falar sobre o livro Flores Para Algernon, de Daniel Keyes.
Aos 32 anos, Charlie trabalha na padaria Donners, ganha 11 dólares por semana e tem 68 de QI. Porém, uma cirurgia revolucionária promete aumentar a sua inteligência, considerada gravemente baixa. O problema? Enxergar o mundo com outros olhos e mente pode trazer sacrifícios para a sua própria realidade. E resta saber se Charlie Gordon está disposto a fazê-los.
Sabe quando você lê um livro tão impactante que tudo o que você se pergunta é por que as pessoas não param tudo o que estão fazendo e vão ler esse livro, falar desse livro? Foi exatamente assim que eu me senti quando li Flores Para Algernon pela primeira vez (e na segunda vez, também).
O livro é narrado através dos relatórios de progresso de Charlie Gordon, que demonstram não apenas a sua capacidade intelectual, como o que ele pensava sobre o mundo e como tudo isso se transforma quando ele, finalmente, começa a ter um entendimento melhor de como as coisas funcionam.
Flores para Algernon é lindo, triste e profundo. Foi publicado pela primeira vez nos anos 50, então, muitas coisas que agora são bem simples eram mais complexas naquela época, como a questão das doenças mentais. O livro, por exemplo, usa o termo "retardado", que caiu em desuso. Isso, talvez, tornou o livro ainda mais especial para mim, porque se hoje pessoas com transtornos já sofrem com preconceito e exclusão, naquela época era ainda pior. Muito pior.
Além disso, os abusos que Charlie sofre o tempo todo me deixavam furiosa, apreensiva e triste. Triste porque em nossa sociedade, em pleno século XXI, não é incomum que coisas assim ainda aconteçam. O livro também traz discussões importantes como ética, moral, validação, relacionamentos familiares, amizades, amor e esperança. Charlie, em especial, traz constantemente a tona o fato de que uma pessoa, mesmo com transtornos mentais, mesmo com Q.I baixo, ainda é uma pessoa, e é de uma crueldade sem tamanho reduzi-las a meros objetos de deboche, ou fazê-las passarem por situações constrangedoras e até perigosas, como os "amigos" dele faziam.
Mais do que uma história sobre um homem que se tornou super inteligente, Flores Para Algernon é a história de um homem determinado, que foi além dos seus limites, além de qualquer limite humanamente possível, no intuito de ser a cada dia melhor. É a história que representa milhares de pessoas que ainda são invisibilizadas pela sociedade por não atenderem a um padrão específico. É uma crítica a avanços que acontecem de forma quase antiética, visando o "avanço a qualquer custo", mesmo que isso comprometa vidas humanas.
Charlie Gordon é o personagem mais humano e carismático que eu já li. Acompanhá-lo nesse livro - por duas vezes - foi uma das experiências mais doces e profundas e só de escrever essa resenha, me dá vontade de ler esse livro de novo. Vou propagar a palavra de Flores Para Algernon para todos, sempre que eu puder, porque a mensagem que esse livro passa deveria ser obrigatória para qualquer ser humano. O final do livro me deixou especialmente comovida, mas foi tão bem encaixado e verossímil que eu só tenho a agradecer a Daniel Keyes por essa obra de arte perfeita que deve ser enaltecida diariamente.
Vamos para as citações:
"Eu quero ser intelijente".
"Nossa, se eu ficar intelijente ele vai si surprender de mais".
"O dotor Strauss disse que eu tinha algo que era muito bom. Ele disse que eu tinha uma boa motorvasão".
"Quando ele disse isso fiquei tão felis e animado que mi levantei num pulo e apertei a mão dele por ser tão bom com migo".
"Depois da operasão vou tentar ser esperto. Vou tentar com toda a minha força".
"Se você é intelijente você podi ter muitos amigos pra conversar e você nunca fica solitário sosinho o tempo todo".
"Si eu tinha que mi esforçar muito de qualquer forma por que é que eu fiz a sirurgia então".
"Vai aconteser tão lentamenti que você não vai notar que está acontesendo".
"Muinta jente ri de mim e eles são meus amigos e a gente si diverte".
"Eu disse pra ele que nada de espessial acontesia comigo".
"Talvez um dia eu vensa o Algernon".
"Já faz dezessete anos Charlie e quero que você saiba que a industria de pani ficassão não está tão bem mas como sempre disse, você tem um trabalho aqui por toda a sua vida. Então, não se preocupe com a chegada de novas peçoas pra tomar o seu lugar".
"Ele realmente deu uma de Charlie Gordon".
"É assim que são essas mudanças em você. Elas estão acontesendo tão lentamente que você não consegue notar".
"Eu disse pra ela que não sabia que demorava tanto mas eu quiria aprender de qualquer forma porque eu fingia muintas vezes."
"Mas mi perdi e mi senti mal por mi perder porque aposto que Algernon consiguiria subir e descer essas ruas umas miu vezes e não se perder como eu fiz".
"E eu tenho uma dor de cabessa e um grande caroço na cabessa e marcas azuis e pretas pelo corpo todo".
"Derotei Algernon".
"Então, perdi na segunda vez porque eu fiquei tão empolgado. Mas depois disso eu vensi ele mais oito vezes".
"Eu não sei o que um artista é mas se Norma levou um tapa por dizer isso, axo que não deve ser algo bom".
"Espero que ele consiga um amigo e não fique tão sozinho".
"De qualquer forma eu não sabia que sabia operar a batedeira".
"Eu operei a batedeira de massa e todo mundo ficou surpreso, especialmente Frank Reilly".
"Eu fiquei com medo porque todo mundo olhava engraçado pra mim e estavam todos empolgados".
"Axo que estão bravos comigo porque eu operei a máqina mas eles não tiveram o dia de folga como pensaram. Será que isso quer dizer que estou mais inteligente."
"Eu acho que me lembro da minha mãe me dizendo para ser sempre bom e amigável com o próximo".
"Eu não sabia na época, mas acho que sei agora que ela pensava que eu machucaria a bebê porque era burro demais para saber o que estava fazendo".
"Eu me sinto doente. Não para ver um médico, mas por dentro, meu peito parece vazio, como se sentisse azia e tivesse levado um soco ao mesmo tempo".
"Então, eu vi uma imagem que me lembrei na minha mente de quando eu era criança, e as crianças da vizinhança me deixavam brincar com elas de esconde-esconde, e era sempre eu quem pegava. Depois de eu contar até dez várias e várias vezes nos meus dedos, eu ia procurar os outros. Eu ficava procurando até ficar escuro e frio e eu ter que ir pra casa. Mas eu nunca encontrava nenhum deles, e eu nunca soube por quê."
"Todo mundo estava rindo de mim e subitamente eu me senti nu".
"Eu nunca soube antes que Joe e Frank e os outros só gostavam de mim por perto para rir de mim. Agora sei o significado de dizer 'dar uma de Charlie Gordon'".
"Se ele tivesse todos esses brinquedos para si, ele seria a pessoa mais feliz do mundo".
"Seu crescimento intelectual vai ultrapassar seu crescimento emocional".
"Quando eu ficar intelijente do jeito que o prof Nemur fala, com muito mais do que duas vezes meu Q.I. de 70, então talvez as pessoas vão gostar de mim e ser minhas amigas".
"Mas todos os garotos são apaixonados por Harriet, então, ele também é apaixonado por ela".
"Acho que vai demorar um pouco até eles se acostumarem com as mudanças em mim".
"Ele não sabe o que fez para merecer essa punição, mas sempre existe a possibilidade de haver mais".
"À medida que vira as páginas, sente vontade de chorar, mas não sabe por quê. Por que ele estaria triste?"
"Mas o que será que Frank e Gimpy sentem agora, vendo que mudei?"
"O problema é que todo prazer foi embora, porque os outros se ressentem de mim".
"Eu os via claramente pela primeira vez: não deuses ou heróis, mas apenas dois homens preocupados com tirar algo do próprio trabalho".
"Eu nunca antes tinha ouvido alguém dizer que talvez não existisse um Deus. Aquilo me deu medo, porque pela primeira vez comecei a pensar no que Deus significa. Agora entendo que um dos motivos importantes para ir à universidade e obter uma educação é aprender que as coisas em que você acreditou a vida toda não são verdade, e nada é o que parece ser".
"Tudo no que eu conseguia pensar era na pele macia dela, a centímetros de distância".
"Até no mundo de faz de conta tem que haver regras. As partes precisam ser consistentes e se encaixar. Esse tipo de filme é uma mentira. As coisas são forçadas a se adaptar porque o autor ou diretor ou alguém queria algo que não se encaixava. E a história parece errada".
"Você é um gênio. Você vai continuar subindo e subindo e vai ver mais e mais. E cada passo vai revelar mundos que você nem sabia que existiam".
"Nem tudo tem que ser... Descrito em palavras".
"Sou como um homem que passou a vida inteira semiadormecido, tentando descobrir como ele era antes de acordar".
"Eu era alguém antes de passar pelo bisturi do cirurgião. E tenho que amar alguém".
"Qualquer coisa, menos acreditar que Gimpy estava roubando."
"Ele me usara todos esses anos para ajudá-lo a roubar?"
"Não me lembro de ter odiado tanto alguém antes - mas na manhã de hoje, odiei Gimpy com todo o coração".
"Felizmente, não acho que seja capaz de violência".
"Eu seria tão culpado quanto Gimpy por meu silêncio".
"O que é correto? É irônico que a minha inteligência não me ajude a resolver um problema assim".
"Eu era uma pessoa antes da operação, caso você tenha esquecido".
"Por que para mim era tão importante saber o que ela pensava, como se sentia? Por mais de um ano no Centro de Adultos a única coisa que importava era agradar a ela".
"Você precisa encontrar a resposta dentro de você, sinta a coisa certa a fazer".
"Meus sentimentos por você não vão mudar porque estou me tornando inteligente. Eu só vou te amar mais".
"Alguma coisa dentro de mim queima, e eu só sei que me faz pensar em você."
"Agora não há nenhuma dúvida. Estou apaixonado".
"Não encontro mais prazer em discutir ideias em um nível tão elementar".
"Todos esses especialistas encontravam desculpas para escapar, com medo de revelar a limitação de seus conhecimentos".
"Talvez, algum tipo de milagre, quem sabe? Mas você se transformou em um jovem muito inteligente".
"Estava tudo bem enquanto eles pudessem rir de mim e parecer inteligentes à minha custa, mas agora eles se sentiam inferiores ao imbecil. Comecei a ver que, por meio do meu surpreendente crescimento, eu os fiz encolher e enfatizei suas inadequações. Eu os havia traído, e eles me odiavam por isso".
"Importa é que, antes de me envolver com o experimento, eu tinha amigos, pessoas que se importavam comigo".
"Ele faz com que eu sinta que, antes do experimento, eu não era realmente um ser humano".
"Eu só queria que ela jogasse jogos comigo como de costume. Nunca quis fazer algo que a magoasse".
"Havia algo em você antes. Não sei... um calor, uma abertura, uma gentileza que fazia todo mundo gostar de você e de ter você por perto".
"As melhores delas foram presunçosas e condescendentes, usando-me para parecer superiores e seguras em suas próprias limitações".
"Eu me encontro querendo impressionar você de uma maneira que nunca pensei em fazer antes, mas estar com você debilitou minha autoconfiança".
"Eu estava tão absorvido em mim mesmo e no que acontecia comigo que nunca pensara sobre o que acontecia com ela".
"Eu queria estar apaixonado por ela".
"Ter inteligência e conhecimento não era o suficiente. Eu queria isso, também".
"Mas ainda mais assustador é que eu queria que me capturassem e surrassem. Por que eu queria ser punido?"
"Ele vai ser normal, custe o que custar. Faremos o que precisar."
"Sempre que se sente preso e o pânico se estabelece, ele perde o controle e se suja".
"Charlie cora de prazer com os elogios e a atenção. Não sorriem com frequência para ele e dizem que fez algo bem".
"Por um instante, ele havia se esquecido de quão ruim ele era, de como fazia os pais sofrerem".
"Tornar Charlie normal é mais importante que qualquer coisa".
"Só depois de Norma provar que Rose era capaz de ter filhos normais, e que eu era a aberração, ela parou de tentar me consertar. Mas acho que nunca parei de querer ser o garotinho inteligente que ela queria que eu fosse, para que me amasse."
"Ele me tratava - mesmo naquela época - como um ser humano".
"Ele comete o mesmo erro que os outros quando olham para uma pessoa de mente débil e riem porque não entendem que existem sentimentos humanos envolvidos. Ele não percebe que eu era uma pessoa antes de vir para cá".
"Antes, porém, nós removemos as porções danificadas do cérebro e permitimos que o tecido cerebral implantado fosse quimicamente revitalizado para produzir proteínas cerebrais em um ritmo anormal".
"Ouvi-lo admitir que os dois eram ignorantes de áreas inteiras em seus próprios campos era aterrorizante".
"Haviam fingido ser gênios. No entanto, eram apenas homens comuns trabalhando cegamente, fingindo ser capazes de trazer luz à escuridão. Por que é que todo mundo mente? Ninguém que eu conheço é quem parece ser".
"Você tem uma mente soberba agora, inteligência que não pode realmente ser calculada, mais conhecimento absorvido até agora do que a maioria das pessoas aprende durante uma vida inteira".
"Estranho sobre aprender; quando mais longe eu vou, mais vejo o que nunca soube que sequer existia".
"Mas é assustador compreender que meu destino está nas mãos de homens que não são os gigantes que um dia eu imaginei, homens que não tem todas as respostas".
"No pico de sua inteligência, a performance de Algernon se tornara variável".
"Eu estava ali, como parte de uma apresentação científica e esperava ser posto em exibição, mas todos seguiram falando de mim como se fosse uma espécie de coisa recentemente criada que apresentavam ao mundo científico. Ninguém naquela sala me considerava um indivíduo, um ser humano".
"Mais do que uma vez, eu me peguei ouvindo algo tolo ou pessoal sendo lido para a audiência."
"Pode ser dito que Charlie Gordon, na verdade, não existia antes desse experimento".
"Eu sou um ser humano, uma pessoa, com pais e memórias e história, e eu era antes de vocês me levarem para aquela sala de cirurgia!"
"As conclusões de Nemur haviam sido prematuras. Tanto para mim quanto para Algernon, levaria mais tempo para ver se a mudança permaneceria".
"Eu talvez não tenha todo o tempo que imaginava ter".
"Quero que ela me tome nos braços e me diga que sou um bom garoto e, ao mesmo tempo, quero me virar e evitar um tapa".
"Ele é como as outras crianças. Ele é um bom garoto."
"Quando Norma floresceu no nosso jardim, eu me tornei uma erva daninha, autorizado a existir apenas onde não fosse visto, em cantos e partes escuras".
"Ali na cama, Charlie não entendia o que diziam, mas, agora, isso o machuca".
"Algernon é uma companhia agradável".
"A solidão me dá uma chance de ler e pensar".
"Tão desgraçadamente bonita. Tão cheia de vida e empolgação. Sua voz, seus olhos - tudo nela era um convite".
"Quando ele abandonou Rose, também abandonou as vendas e eu o admirava por isso".
"Matt tivera a disposição de me aceitar como eu era".
"Sempre me defendendo".
"Quem era eu?"
"Eu queria a sua aprovação, o velho brilho de satisfação que cobriu seu rosto quando aprendi a amarrar meus próprios cadarços e abotoar o meu suéter. Eu tinha vindo até aqui por essa expressão em seu rosto, mas eu sabia que não a receberia".
"Sinto-me feliz por Algernon não estar mais sozinho".
"Nada nas nossas mentes realmente vai embora".
"Eu me senti mal por dentro enquanto olhava para seu sorriso baço e vazio - os olhos grandes e brilhantes de uma criança, incerta, mas ansiosa por agradar, e percebi o que eu reconhecia nele".
"Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouca inteligência".
"As outras pessoas tinham algo que me faltava, alguma coisa que me era negada".
"Uma criança pode não saber como se alimentar, ou o que comer, mas ela conhece a fome".
"Há tanto que pode ser feito com essa técnica, caso seja aperfeiçoada".
"Por que ele tinha medo de me deixar amar Alice?"
"Não sei quanto tempo mais tenho. Um mês? Um ano? O resto da minha vida? Isso depende do que eu descobrir sobre os efeitos colaterais psicofísicos do experimento".
"Não é amor, mas ela é importante para mim".
"O comportamento de Algernon está se tornando errático de novo".
"Algernon mordeu Fay".
"Ele parecia apático e confuso".
"Há um estranho senso de urgência em seu comportamento".
"Tenho o direito de saber tudo relacionado ao experimento e isso inclui o meu futuro".
"Possivelmente, distúrbios emocionais para complica o retardamento, você poderia não ser o mesmo tipo de pessoa".
"Poderia haver regressão para um nível ainda mais primitivo de funcionamento".
"Ele não percebe que descobrir quem realmente sou - o significado de toda a minha existência - envolve conhecer as possibilidades do meu futuro e também do meu passado".
"A parte deprimente é que várias ideias em que psicólogos baseiam suas crenças sobre inteligência humana, memória e aprendizagem são pensamento desejoso ou projeções".
"O problema real é que não há lugar para ninguém em lugar algum".
"Existem muitas pessoas que darão dinheiro ou bens materiais, mas poucas darão tempo ou atenção".
"A sensação era de viver a morte - ou pior, de nunca ter estado realmente vivo e consciente".
"Algernon se recusa a atravessar o labirinto; a motivação geral diminuiu".
"Mas eu não chamaria isso de amor, não é a mesma coisa que existe entre nós".
"É como se tudo o que aprendi se fundisse em um universo de cristal que gira à minha mente para que consiga ver todas as facetas disso refletidas em incríveis explosões de luz".
"Algernon está deitado em sua própria sujeira, imóvel".
"O que quer que aconteça comigo, terei vivido mil vidas normais com os anos que adicionar aos que não nasceram ainda".
"É como se todo o conhecimento que absorvi durante os meses passados houvesse amalgamado e me erguido para um auge de luz e entendimento. Isso é beleza, amor e verdade, tudo unido em um só".
"Ninguém realmente começa algo novo".
"A contribuição de cada homem à soma de conhecimento é o que conta".
"Descobri que ninguém realmente se importa com o Charlie Gordon, seja ele um imbecil ou um gênio".
"Inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma".
"Inteligência sem a habilidade de dar ou receber afeto leva a um colapso mental e moral, para neurose e, possivelmente, até para psicose".
"Não tenho nenhum amigo de verdade".
"Quem pode dizer que a minha luz é melhor do que a sua escuridão?"
"O que aconteceu comigo? Por que estou tão sozinho no mundo?"
"Revisando os dados sobre Algernon: apesar de estar em juventude física, ele regrediu mentalmente. Atividade motora debilitada; redução geral do funcionamento glandular; perda acelerada de coordenação; e fortes indicativos de amnésia progressiva".
"Inteligência artificialmente induzida deteriora em uma razão de tempo diretamente proporcional à quantidade do aumento".
"A quanto posso me agarrar?"
"Comparado ao cérebro normal, o de Algernon tinha diminuído de peso e havia uma suavização geral dos enrolamentos neurológicos, além do aprofundamento e aumento de fissuras no cérebro".
"É tolo e sentimental, mas ontem à noite, bem tarde, eu o enterrei no quintal. Chorei enquanto colocava um monte de flores selvagens sobre o túmulo".
"Ela sempre trabalhava para mostrar aos vizinhos que boa esposa e mãe ela era".
"Eles me mudaram, fizeram uma cirurgia em mim e me deixaram diferente, do jeito que você sempre quis que eu fosse".
"Eu queria vê-la sorrindo e saber que fora eu quem a deixara feliz"
"Eu tomaria de boa vontade o fardo e a dor de suas mãos, mas não havia sentido em começar algo que não conseguiria terminar".
"Pensamentos suicidas para interromper tudo agora, enquanto ainda estou no controle e consciente do mundo em torno de mim".
"Eu conseguia notar que estava demorando muito mais tempo para resolver o labirinto agora".
"Tenho que guardar algumas das coisas que aprendi. Por favor, Deus, não me tire tudo".
"Eu não finjo entender o mistério do amor, mas dessa vez foi mais do que sexo, mais do que usar o corpo de uma mulher. Foi ser erguido da terra, além do medo e da tormenta, ser parte de algo maior do que eu mesmo".
"E, enquanto me deitava lá, com ela, conseguia ver o quão importante era o amor físico, quão necessário era para nós estarmos nos braços um do outro, dando e recebendo".
"Ela concordou em ir embora quando eu a mandar embora. É doloroso pensar assim, mas suspeito que o que temos é mais do que a maioria das pessoas encontra numa vida inteira".
"Quero parar o tempo, me congelar nesse nível e nunca a deixar".
"Quero que elas me lembrem do que estou deixando para trás".
"Atividade motora comprometida".
"Um sorriso real e acolhedor, porque você queria que as pessoas gostassem de você".
"Talvez fosse por isso que para mim era tão importante aprender. Eu pensava que faria as pessoas gostarem de mim. Pensei que teria mais amigos".
"Deterioração progride".
"Está ficando frio na rua, mas eu ainda boto flores no túmulo do Algernon".
"Algernon era um rato especial".
"Vi em um desses livros que eles tem um pó mágico que pode te deixar forte e inteligente e fazer um monte de coisa. Acho que vou mandar dinheiro pelo correio e compra um pouco para mim".
"Eu amo ela e ainda quero ser intelijente, mas eu tinha que dizer isso para ela ir embora".
"Eu disse para mim mesmo Charlie si eles tirarem saro de você não fique chateado por que você se lembra que eles não são tão intelijentes como você costumava achar que eles eram. E além disso, eles foram uma vez seus amigos e se eles riam de você isso não significa nada porque eles gostavam de você também".
"É bom ter amigos".
"Então, vou pra um lugar onde tem um monte de gente como eu e ninguém liga que o Charlie Gordon já foi um jenio e agora ele nem consegui le um livro ou escreve direito".
"E me sinto grato de ter visto tudo nem que seja um pouquinho".
"Não sei por que sou burro denovo ou o que que fiz erado".
"De qualquer forma, é por iço que vou tenta continua ficando intelijente, pra eu poder ter aquela sensassão boua de novo. É bom sabe coisas e se intelijente e eu quiria sabe tudo que esiste nu mundo intero. Eu quiria pode ser intelijenti de novo agora mês mo. Se eu pudesse eu ia missentar e le o tempo intero. De qualque forma aposto que sou a primera peçoa bura no mundo que discobriu algo importante pra siência".
"É fasil ter amigos si você dexa as peçoas rirem de você. Vo faze muitos amigos onde vou".
"Porfavor, si você tive uma oportunidadi, colo qui umas flores no tumulo du Algernon nu quintau".
Até a próxima!
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ablogtopost · 4 months
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Santos e Teólogos que afirmam a existência de súcubos e incubos
(Uma ou mais páginas só para as Citações, o texto próprio vem depois)
Só Doutores e Papas serão parafraseados nas páginas. Os Teólogos que não terão seus textos parafraseados, somente terão seus nomes citados, serão divididos em confirmações da doutrina e testemunhos históricos.
𝗦ã𝗼 𝗝𝗲𝗿ô𝗻𝗶𝗺𝗼, 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗯í𝘁𝗲𝗿𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟰𝟮𝟬)
𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗔𝗴𝗼𝘀𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟰𝟯𝟬);
"Na questão sobre se podem os anjos, sendo espíritos, unir-se carnalmente com as mulheres, já toquei, embora de passagem e sem dar-lhe solução, no Livro Terceiro desta obra. Diz a Escritura: Dos espíritos faz anjos seus, quer dizer, dos espíritos por natureza faz anjos seus, encomendando-lhes o ofício de anunciar. Diz-se em grego ἄγγελος (ághghelos), que em latim soa angelus e se traduz por 'núncio'. Não é fácil, porém, dizer se fala de seus corpos, quando acrescenta: E seus ministros, fogo abrasador, ou quer dar a entender devam seus ministros arder na caridade como em fogo abrasador. A própria Escritura, contudo, testemunha haverem os anjos aparecido aos homens em corpos tais, que não apenas podiam ser vistos, mas também tocados. E ainda há mais. É fato do domínio público, que muitos asseguram haver experimentado ou ouvido de pessoas autorizadas, que tinham experiência disso, haverem os Silvanos e os Faunos, vulgarmente chamados íncubos, atormentado com frequência as mulheres e nelas saciado suas paixões. Ademais, são tantos e de tal ponderação os que afirmam que certos demônios, chamados Dúsios pelos gauleses, intentaram e executaram semelhante torpeza, que negá-lo parece falta de vergonha. Por isso, não me atrevo a definir se há espíritos de corpos aéreos (pois também o ar, quando agitado por leque, excita a sensibilidade do tato e dos demais sentidos) capazes de semelhante libido, quer dizer, de ter a seu modo comércio carnal com as mulheres.
Não ouso, contudo, de modo algum crer que os santos anjos de Deus então caíram deste modo; nem deles fala o Apóstolo São Pedro, quando diz: 'Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os precipitou nos abismos tenebrosos do inferno onde os reserva para o julgamento' (2Pd 2,4). Inclino-me a crer que fala daqueles que, depois de se afastarem de Deus, caíram com o diabo, seu príncipe, cuja astúcia invejosa, na forma de serpente, fez cair o primeiro homem. A Santa Escritura é testemunho abundante em provas de os homens de Deus serem chamados também anjos. Assim, de São João (o Batista) está escrito: 'Eis que despacho à tua presença meu anjo, que irá diante de ti, preparando-te a caminho' (Lc 7,27; Cf. Ml 3,1). E o Profeta Malaquias, por graça peculiar sua, ou seja, a ele pessoalmente comunicada, a si mesmo chamou anjo.
Alguns, todavia, não perfilham tal modo de pensar, por lermos na Escritura que dos chamados anjos de Deus e das mulheres por eles amadas não nasceram, ao que parece, homens de nossa raça, mas gigantes, como se em nossos dias não nascessem homens cujos corpos sobrepujam de muito a estatura ordinária, como há pouco insinuei. Não é certo que, há alguns anos, quando Roma viu aproximar-se-lhe das portas a devastadora mão dos godos, havia ali certa mulher, que vivia com os pais, cuja estatura, de certo modo gigantesca, sobrepujava em muito os demais? Era admirável o gentio que vinha de toda parte vê-la. E o mais maravilhoso era não serem os pais sequer tipos ordinários, de estatura hoje comum. Puderam, portanto, nascer gigantes antes mesmo de os filhos de Deus, também chamados anjos de Deus, se misturarem com as filhas dos homens, ou seja, dos que viviam segundo a carne, em outros termos, dos filhos de Seth com as filhas de Caim.
Supõe-no a própria Escritura Canônica no livro que comentamos. Eis suas palavras: 'Acontece que, depois de haverem-se multiplicado os homens na terra e de haverem-lhes nascido filhas, vendo os anjos de Deus serem belas as filhas dos homens, dentre elas tomaram por esposas as que mais lhes agradaram. E disse o Senhor: Desses homens farei desaparecer meu espírito, por serem carne. Viverão apenas cento e vinte anos. Naquele tempo havia gigantes na terra. E depois os filhos de Deus se uniram com as filhas dos homens e nelas geraram filhos para si, filhos que foram as pessoas de renome daquele tempo' (Gn 6,1-4). Tais palavras do texto sagrado indicam com luz meridiana que, quando os filhos de Deus tomaram por mulheres as filhas dos homens, por serem boas, quer dizer, formosas, já havia gigantes na terra. A Escritura costuma chamar bons também os formosos de corpo. O certo é que depois de tal procedimento nasceram gigantes, pois diz assim: 'Naquele tempo já havia gigantes na terra'. E depois os filhos de Deus se uniram com as filhas dos homens.
Antes e depois, por conseguinte, do referido acontecimento. O que acrescenta: E geraram-nos para si mostra com suficiência que primeiro, quer dizer, antes de os filhos de Deus caírem em tais desmandos, geravam filhos para Deus, não para si, noutras palavras, não dominados pela libido, mas com vistas à propagação. E não geravam filhos para sua vaidade, mas cidadãos para a Cidade de Deus, a quem anunciaram, como anjos de Deus, que em Deus puseram a esperança, assemelhando-se àquele que nasceu de Seth, era filho da Ressurreição e pôs a esperança em invocar o nome do Senhor. Nessa esperança seriam, com sua posteridade, co-herdeiros dos bens eternos e, sob a paternidade de Deus, irmãos de seus filhos.
Mas ninguém há de pensar que foram anjos de Deus de tal maneira que não eram homens, pois a própria Escritura declara abertamente que foram homens. Depois de dizer que os anjos de Deus, cativos da beleza das filhas dos homens, dentre elas tomaram por esposas as que mais lhes agradaram, acrescentou: 'E disse Deus: Desses homens farei desaparecer meu espírito, por serem carne'. O Espírito de Deus fizera-os anjos de Deus e filhos de Deus; por declinarem, porém, às coisas inferiores, são chamados homens, nome de Natureza e não de Graça, e, além disso, também são chamados carne, espíritos desertores e desertos, por desertarem. Os Setenta chamam-nos anjos de Deus e filhos de Deus; tais nomes, todavia, não se encontram em todos os códices. Alguns trazem apenas filhos de Deus. Por outro lado, Áquila, o intérprete preferido pelos judeus, não traduz anjos de Deus nem filhos de Deus, mas filhos dos deuses. São verdadeiras, penso, ambas as versões. Eram filhos de Deus e irmãos dos pais, que tinham, como eles, Deus por pai, e filhos dos deuses, porque gerados pelos deuses, com quem eram deuses também, segundo o Salmo: 'Eu disse: Sois deuses e todos filhos do Altíssimo.'
É, pois, razoável acreditar que os Setenta receberam espírito profético e que, se por própria autoridade mudaram algo em sua versão e o expressaram de modo diferente do original, o fizeram, sem dúvida, por inspiração Divina. Deve-se reconhecer, ademais, que em hebraico esse termo é ambíguo e, portanto, admite ambas as traduções, de filhos de Deus e filhos dos deuses.
Omitamos as fábulas dos escritos apócrifos, assim chamados porque de origem desconhecida até mesmo de nossos pais, através de quem nos chegou, em sucessão notória e certa, a autoridade das verdadeiras Escrituras. Embora, na realidade, nesses escritos apócrifos se encontre uma ou outra verdade, por causa de abundantes falsidades carecem de autoridade canônica. Não podemos negar haja Enoque, sétimo a contar de Adão, escrito algumas coisas Divinas, pois o Apóstolo São Judas o diz em sua epístola canônica. Mas, não sem motivo, não se encontram no cânon das Escrituras, que se conservava no Templo do povo judeu, mercê do cuidado dos Sacerdotes que se iam sucedendo. A própria antiguidade dos livros de Enoque tornou-os suspeitos e a falta de tradução legítima atraiu dúvida acerca de sua autenticidade.
Por esse motivo, aos escritos que foram publicados com seu nome e contêm fábulas de gigantes cujos pais não foram homens, os prudentes acham, com fundamento, que não se lhes deve fé, assim como a muitos outros publicados por Hereges com nomes de Profetas e, mais recentemente, com nomes de Apóstolos. Uns e outros foram privados de autoridade canônica e, depois de esmerado exame, incluídos no número dos Apócrifos.
É certo, segundo as Escrituras canônicas, Hebraicas e Cristãs, que houve muitos gigantes antes do Dilúvio, que foram cidadãos da cidade terrena e que os filhos de Deus, nascidos de Seth, segundo a carne, caíram nessa sociedade, abandonando a justiça. Não é de maravilhar, portanto, que deles pudessem nascer também gigantes, porque, embora verdade que nem todos fossem gigantes, então havia muitos mais do que nos tempos seguintes ao dilúvio. E ao Criador prouve criá-los para mostrar ao sábio que não se devem superestimar nem a beleza, nem a grandeza, nem a fortaleza corporal e que os bens espirituais e imortais, que o beatificam, privativos dos bons, não comuns a bons e maus, são muito superiores e estáveis. Outro profeta, encarecendo exatamente isso, diz: 'Ali viveram os famosos gigantes que houve no princípio, homens de grande estatura e destros na guerra'. Deus não os escolheu, nem lhes deu a senda da ciência, e pereceram, porque careceram da sabedoria, e pereceram por sua estupidez."
- "De Civitate Dei, Liber Decimus Quintus", XXIII (PL 41, 468-471).
𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗜𝘀𝗶𝗱𝗼𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗲𝘃𝗶𝗹𝗵𝗮, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟲𝟯𝟲)
𝗦ã𝗼 𝗕𝗲𝗱𝗮, 𝗼 𝗩𝗲𝗻𝗲𝗿á𝘃𝗲𝗹, 𝗠𝗼𝗻𝗴𝗲 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟳𝟯𝟱)
Valafrido Estrabão (✝ 849)
Haimo, Bispo de Halberstadt (✝ 853)
Cesário de Heisterbach (✝ 1240)
(Testemunho)
𝗔𝗹𝗲𝘅𝗮𝗻𝗱𝗿𝗲 𝗱𝗲 𝗛𝗮𝗹𝗲𝘀 (✝ 𝟭𝟮𝟰𝟱), 𝗗𝗼𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗜𝗿𝗿𝗲𝗳𝗿𝗮𝗴𝗮𝗯𝗶𝗹𝗶𝘀
Guilherme de Auvergne, Bispo de Paris (✝ 1249)
Tomás de Cantimpré (✝ 1272)
𝗦ã𝗼 𝗧𝗼𝗺á𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗾𝘂𝗶𝗻𝗼, 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟭𝟮𝟳𝟰)
𝗖𝗮𝗿𝗱𝗲𝗮𝗹 𝗦ã𝗼 𝗕𝗼𝗮𝘃𝗲𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟭𝟮𝟳𝟰)
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- "Doctoris Seraphici S. Bonaventurae S. R. E,- Episcopi Cardinalis Opera Omnia Issu et Auctoritate R. P. Bernardini A Portu Romatino, Totius Ordinis Minorum S. P. Francisci, Ministri Generalis, Edita, Studio et Cura PP. Collegii a S. Bonaventura, ad Plurimus Codices MSS. Emendata, Anecdotis aucta Prolegomenis Scholiis notisque Illustrata, Tomus II.", Florença, 1885, páginas 218-219.
𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗔𝗹𝗯𝗲𝗿𝘁𝗼 𝗠𝗮𝗴𝗻𝗼, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟭𝟮𝟴𝟬)
Beato Tiago de Voragine (✝ 1298)
(Testemunho)
João Nider (✝ 1438)
Alonso Tostado, Bispo de Ávilla (✝ 1455)
(Doutrinal)
Cardeal Alfonso Petrucci (✝ 1517)
Cardeal Caetano (✝ 1534)
Alfonso de Castro (✝ 1558)
Sixto de Siena (✝ 1569)
Hermann Thyraus (✝ 1591)
Pedro Binsfield (✝ 1598)
Paolo Grillandi (séc. XVI)
Juan Azor (✝ 1603)
Frei Girolamo Menghi (✝ 1609)
𝗙𝗿𝗮𝗻𝗰𝗶𝘀𝗰𝗼 𝗦𝘂𝗮𝗿𝗲𝘇, 𝗗𝗼𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗘𝘅𝗶𝗺𝗶𝘂𝘀 (✝ 𝟭𝟲𝟭𝟳)
𝗖𝗮𝗿𝗱𝗲𝗮𝗹 𝗦ã𝗼 𝗥𝗼𝗯𝗲𝗿𝘁𝗼 𝗕𝗲𝗹𝗮𝗿𝗺𝗶𝗻𝗼, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟭𝟲𝟮𝟭)
Vincenzo Filliucci (✝ 1622)
Tommaso Malvenda (✝ 1628)
Martino Bonacina, Bispo de Praga (✝ 1631)
Gaspar Schott (✝ 1666)
Hermann Busenbaum (✝ 1668)
Tommaso Tamburini (✝ 1675)
Sinistrati (✝ 1701)
(Doutrinal)
Benjamin Elbel (✝ 1756)
Charles Rene Billuart (✝ 1757)
𝗣𝗮𝗽𝗮 𝗕𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗫𝗜𝗩 (✝ 𝟭𝟳𝟱𝟴)
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- "Benedicti XIV. Pont. Opt. Max. Olim Prosperi Cardinalis De Lambertinis Opus De Servorum Dei Beatificatione, et Beatorum Canonizatione Nunc primum in XVI. Volumina distributum. Editio Novissima Ad Postremam Romanam ab Ipso Auctore recognitam, emendatam, et plurimis rebus audactam omnio exacta. Tomus Septimus.", Nápoles, 1774, página 174.
𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗔𝗳𝗼𝗻𝘀𝗼 𝗱𝗲 𝗟𝗶𝗴𝘂ó𝗿𝗶𝗼, 𝗕𝗶𝘀𝗽𝗼 𝗲 𝗗𝗼𝘂𝘁𝗼𝗿 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 (✝ 𝟭𝟳𝟴𝟳)
Dom Dominic Schram (✝ 1797)
Jean-Baptiste Bouvier, Bispo de Le Mans (✝ 1854)
Joseph Bizouard (✝ 1870)
Mons. Jean Etienne Xavier Craisson (✝ 1881)
Pe. Montague Summers (✝ 1948) (no livro sobre "Vampiros". E nele ele também fala sobre Lilith)
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gazeta24br · 5 months
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Com dramaturgia escrita por Tomás Fleck, obra chega às livrarias em dezembro publicada pela editora Reformatório A obra de Mario Quintana, o famoso poeta das coisas simples, é um patrimônio da cultura brasileira. Mesmo anos após sua morte, seus versos continuam na ponta da língua. Já a sua biografia permanece repleta de lacunas: quem foi o homem por trás do poeta? Nos anos 80, Mario teve uma amizade inusitada com Liane Neves, jovem fotógrafa contratada para registrar seu octogenário. E este fato inspirou a dramaturgia Minha sombra luminosa, de Tomás Fleck, cujo título faz referência à maneira como Mario definia a presença de Liane em sua vida. O lançamento do livro acontece em São Paulo, na Livraria da Vila, em Pinheiros, no dia 7 de dezembro, às 19h. Além da presença do autor, haverá uma leitura dramática com o ator Genézio de Barros no papel de Mario Quintana, Rita Batata como Liane Neves e ainda Emílio Faria. Foi a própria Liane quem confidenciou esses fatos ao roteirista Tomás Fleck, que logo transformou a história de amizade entre o poeta e a fotógrafa em argumento de cinema. Acontece que, quando a atriz e produtora Rita Batata leu este argumento, logo vislumbrou a história nos palcos e, assim, encomendou a peça a Tomás. A empreitada se realizou contemplada pelo edital PROAC-SP para publicação de dramaturgia inédita. "Eu nasci no mesmo estado que Mario Quintana e, desde pequeno, costumava ler seus livros.”, comenta Tomás, dizendo ainda: “a forma como ele trabalha o humor sempre me chamou a atenção e eu trago isso comigo até hoje. Inclusive, por meio desta obra, posso tentar retribuir parte da paixão pela escrita que Mario construiu em mim. Um dos grandes desafios (e honras) de escrever essa peça foi partir de uma história verídica sem perder a liberdade de ficcionalizar personagens que são baseados em pessoas reais. Fazer isso é uma grande responsabilidade e foi feito com bastante estudo - mantendo o tema da história sempre em perspectiva: a amizade.” Agora, com a dramaturgia pronta, a peça busca financiamento para sua montagem, que terá direção geral de Ricardo Grasson. Na orelha do livro, o cineasta Jorge Furtado diz: “em Minha sombra luminosa, Tomás Fleck constrói um drama vivo, engraçado, empolgante e comovente, sobre a relação entre a poesia e a fotografia, entre a vida e a arte. A fantasia é quase real, ‘“a imaginação é a memória que enlouqueceu’.” O prefácio é assinado por Vinicius Calderoni que escreve: "Minha sombra luminosa, primeiro texto teatral de Tomás Fleck, é uma inspirada oxigenação deste gênero de recriações biográficas, uma lufada de vento fresco em dia tórrido." “Um ponto que me tocou desde que Liane me contou esta história foi o fato de que os dois se tornaram amigos, mesmo ela tendo 23 anos e ele 80,” relembra Tomás, concluindo que “com isso sempre em vista, os conflitos dos personagens (que não são poucos) caminham na direção desse lugar fraterno. Outro elemento que foi rico de poder usar é o humor, que costumo ter bastante no meu trabalho. Como Mario escreveu muitos livros e poesias (e diversas em tom cômico), pude buscar na obra dele as suas características, além de citações para usar na voz do personagem Quintana." Este ano a Editora Reformatório, uma das editoras independentes mais premiadas do país, completou 10 anos e lançou a publicação de dramaturgia teatral em seu catálogo. O editor Marcelo Nocelli acredita no teatro e ressalta o quão prazeroso é ler uma peça e poder imaginar como você a levaria ao palco. Minha sombra luminosa é a segunda publicação do selo e outras peças já estão previstas. Minha sombra luminosa autor: Tomás Fleck gênero: Teatro Formato fechado: 14 x 21 cm n. de páginas: 128 ISBN: 978-65-88091-92-0 Preço sugerido: R$ 50,00 Serviço Lançamento com noite de autógrafos e leitura dramática aberta ao público. Quando: 07/12/2023 - a partir das 19h Onde: Livraria da Vila de Pinheiros Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros Sobre o autor - @tomas.fleck Tomás Fleck é dramaturgo, roteirista, diretor de cinema e tv.
Sua carreira reúne séries exibidas na Netflix, Globo, Amazon Prime, além de filmes selecionados para importantes festivais, como o de Gramado, Brasília e Anima Mundi. Gaúcho, Tomás é formado em Comunicação Social e reside em São Paulo. Estudou literatura no Curso Livre de Preparação de Escritores da Casa das Rosas e integrou o Núcleo de Dramaturgia do Sesi/SP, onde escreveu a peça A tragédia canina para humanos. Também ministra aulas de roteiro e direção audiovisual em diversas instituições. Sinopse do livro - @editorareformatorio Inspirada em fatos reais, Minha sombra luminosa conta a história da amizade inusitada entre Mario Quintana e Liane Neves em 1986. Ela é uma fotógrafa iniciante de 23 anos que recebe a missão de registrar o dia a dia dele para uma homenagem ao seu octogenário. Ele é um poeta consagrado de 79 anos, sem nenhum interesse em ser homenageado – tanto que diversos fotógrafos reconhecidos foram demitidos dessa tarefa árdua antes dela. Porém, diante da chance de alavancar sua carreira, Liane cria uma estratégia ousada: se hospeda no hotel em que Mario mora e finge ser uma vizinha amigável no intuito de ganhar a confiança dele antes de admitir o interesse real de fotografá-lo. Os dois se aproximam e ela percebe que, apesar das seis décadas que os separam, eles têm mais em comum do que poderia imaginar. E Mario fica cada vez mais instigado com a presença da estranha “vizinha”, que o faz repensar antigas convicções. Quando tudo parece correr bem, Liane admite ser fotógrafa e se depara com problemas muito maiores do que o simples incômodo de um poeta que não quer ser homenageado.
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isabellaoliveirasblog · 7 months
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Essa semana a saudade tá mais aflorada do que nunca, durmo e acordo pensando em você.
As vezes passo a mão no lençol da cama fecho os olhos e sinto a textura da sua pele, o cheiro dela, como eu queria poder te abraçar e fugir de todo esse mundo.
Meu refúgio é você; você é aquela casinha no campo que as pessoas vão pra não enlouquecer na rotina do dia a dia, você tira isso de letra, sabe acolher, tem seu interior calmo e silencioso pronto pra receber qualquer visita e as vezes eu até consigo escutar os passarinhos acordando por trás de toda sua conversa paralela ao amanhecer.
Consegue me entender ?
Espero sim. Por mais que esse texto vai ficar aqui nas notas desse celular, sem mesmo saber quais defeitos você o colocaria, porque é claro que você enxergaria primeiro os defeitos e depois viria que ele é só um texto de amor e amor quase sempre é imperfeito. Mas quer saber ?
Esse é um dos seus maiores defeitos e até isso eu sinto falta, parece que até isso eu amava.
Fazer o que, eu amo você e tudo que te acompanhar eu vou amar.
Comecei a ler mais e agora to lendo um livro que se chama “o que eu faço com essa saudade ? “ ainda to no primeiro parágrafo e me segurando pra não ler rápido demais e ele me faz chorar todo instante e mesmo assim eu não consigo parar de ler, fala sobre amores que se tornaram saudades e de saudade que nem se quer um dia foi amor; o nosso amor foi amor de verdade e eu sinto que nesse livro não vai ter nada que descreva o quanto foi lindo, continuo lendo pra chorar com citações bobas, pra rir daqui e esperar que você sinta daí.
Será que eu te encaminho esse texto ?
Olha que ele nem é o mais bonito que eu escrevi, eu venho escrevendo a dias, as vezes 2 vezes no mesmo dia e eu nem sinto a necessidade de me trancar no quarto pra escrever, ontem mesmo entrei no meu mundo no meio da correria da tarde na cozinha e escrevi pra você, inconscientemente o horário que eu estava escrevendo era sempre o horário que você aparecia por aqui e todos os dias com a mesma pergunta: tá vendendo ? Você tá bem ? Então tá vida, eu te amo beijo e uma saía depressa sem que eu visse. A sua primeira pergunta me causava uma ansiedade absurda e hoje tudo que eu queria era uma visita sua e mesmo que fosse pra ficar mal, eu queria ficar na sua companhia. Eu saio de um assunto e entro em outro, é assim que funciona minha cabeça, você costumava colocar as coisas no lugar e agora eu preciso aprender a colocar sozinha, preciso dar conta de ser pra mim o que você é, se eu me amar metade do que eu te amo, eu tenho amor pra uma vida inteira.
Te amo e tô te esperando pra viver, aqui ou em outro plano não sei, eu sei que é você.
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bunkerblogwebradio · 8 months
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Analise do Fascismo por Mises
“Fascista” hoje em dia é pouco mais do que um termo ofensivo para os oponentes e não tem valor cognitivo, mas a seguir o usarei em um sentido preciso, para designar um apoiador do regime instaurado por Benito Mussolini na Itália. Nesse sentido, Ludwig von Mises era um fascista ou um simpatizante do fascismo? A pergunta à primeira vista parece absurda e, de fato, devo argumentar que é; Mises era um defensor do livre mercado, da liberdade e das relações internacionais pacíficas, em contraste com a economia controlada pelo Estado e a violência do ditador italiano.
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Apesar de tudo isso, alguns historiadores responderam afirmativamente à nossa pergunta, e o principal deles é Perry Anderson, um formidável estudioso marxista. No ensaio “The Intransigent Right at the End of the Century”, que apareceu na London Review of Books em setembro de 1992 e tem sido frequentemente referenciado desde então, Anderson diz sobre Mises que:
“não havia defensor mais intransigente do liberalismo clássico no mundo de língua alemã dos anos XX… [mas] olhando além da fronteira, ele podia ver as virtudes de Mussolini. Os camisas-negras haviam, para o momento, salvado a civilização europeia pelo princípio da propriedade privada; ‘o mérito que o fascismo conquistou com isso viverá eternamente na história’”.
Anderson cita com precisão o Liberalismo de Mises, mas distorce completamente a visão de Mises. Mises oferece nesse livro uma crítica penetrante ao fascismo italiano, e somente extraindo a frase citada de seu contexto, e distorcendo seu significado, Anderson foi capaz de retratar Mises como um apoiador de Mussolini. A seguir, tentarei explicar a visão de Mises sobre o fascismo, conforme ele a expõe no Liberalismo. Ao fazer isso, fui precedido pelo grande historiador Ralph Raico, que abordou o tópico em um ensaio de brilho característico, “Mises on Fascism, Democracy, and Other Questions”, mas seu relato tem uma ênfase diferente da minha.
A discussão de Mises está contida em “As razões do fascismo”, uma seção do primeiro capítulo de Liberalismo, “Os fundamentos da política econômica liberal”. Mises afirma que a chegada ao poder dos “partidos da Terceira Internacional” — ou seja, os partidos comunistas controlados pela Rússia soviética — mudou a natureza da política europeia para pior, de uma forma que nem mesmo a Primeira Guerra Mundial fez. Antes de os comunistas chegarem ao poder, a influência das ideias liberais impunha padrões de contenção às forças autoritárias.
Antes de 1914, mesmo os inimigos mais obstinados e ferozes do liberalismo tiveram de resignar-se a aceitar muitos dos princípios liberais, sem contestação. Mesmo na Rússia, onde uns poucos raios do liberalismo haviam penetrado, os defensores do despotismo czarista, ao perseguirem seus oponentes, tinham, ainda assim, de levar em conta as opiniões liberais da Europa. Durante a Grande Guerra, as partes em conflito das nações beligerantes, mesmo com todo o zelo, tiveram, ainda assim, de usar de certa moderação na luta contra a oposição em sua terra (p. 73). (Todas as citações subsequentes são do Liberalismo). As coisas mudaram quando os comunistas chegaram ao poder.
Os partidos da Terceira Internacional consideram permissíveis quaisquer meios, desde que lhes pareçam úteis na consecução de seus objetivos. Quem não reconhecer, incondicionalmente, todos os seus ensinamentos como os únicos corretos e a eles não se conformarem com toda a lealdade, a seu juízo, sujeita-se à pena de morte. Não hesitam em exterminá-lo e a toda a sua família, inclusive as crianças pequenas, quando e onde for fisicamente possível. (p. 73). Chegamos agora a uma parte do argumento de Mises que é crucial para entender sua opinião sobre o fascismo. Ele diz que alguns oponentes do socialismo revolucionário pensaram que haviam cometido um erro. Se ao menos estivessem dispostos a matar seus oponentes revolucionários, desrespeitando as restrições do estado de direito, teriam conseguido impedir a tomada do poder pelos bolcheviques. Mises claramente associa os fascistas a esses “nacionalistas e militaristas” e diz que eles estavam enganados. O socialismo revolucionário é uma ideia, e apenas a melhor ideia do liberalismo clássico pode derrotá-lo. O que distingue a tática política liberal da do fascismo não é uma diferença de opinião relativa à necessidade de usar a força armada para resistir a atacantes armados, mas uma diferença na consideração do fundamento do papel da violência na luta pelo poder. O grande perigo que ameaça a política interna na perspectiva do fascismo reside na sua total fé no decisivo poder da violência. Para assegurar o êxito, deve-se estar imbuído da vontade de vencer e de sempre proceder de modo violento. É este o mais alto princípio. O que ocorre, porém, quando um adversário, de modo semelhante, animado pelo desejo de tornar-se vitorioso, também age de modo violento? O resultado é, necessariamente, uma batalha, uma guerra civil. O vitorioso final, a surgir desse conflito, será a facção mais numerosa. A longo prazo, a minoria, mesmo que composta dos mais capazes e enérgicos, não pode resistir à maioria. Por conseguinte, permanece sempre a questão decisiva: como obter a maioria para o seu próprio partido? Esta, entretanto, é uma questão puramente intelectual. É uma vitória que somente poderá ser obtida, utilizando-se as armas do intelecto, nunca a força. A supressão de toda oposição pela violência é o caminho mais inadequado para ganhar adeptos para uma causa. O recurso à força bruta (isto é, sem justificativa, no que concerne aos argumentos intelectuais aceitos pela opinião pública) simplesmente faz com que se ganhem novos amigos entre aqueles que se tenta combater. Numa batalha entre a força e a ideia, esta última sempre prevalece (pp. 75–76).
Mises não tem utilidade para a política doméstica fascista, e sua política externa não é melhor.
Não merece maiores considerações o fato de que a política externa do fascismo, baseada no reconhecido princípio da força nas relações internacionais, não pode deixar de causar uma série de conflitos internacionais que, necessariamente, destruirão toda a civilização moderna. Para manter e aumentar o atual nível de desenvolvimento econômico, deve-se assegurar a paz entre as nações. Porém, estas não podem viver em paz, se o princípio básico da ideologia que as governa for a crença de que somente pela força se pode assegurar, para si, um lugar na comunidade das nações (pp. 76–77).
Mas e a frase citada por Perry Anderson? O mérito que Mises atribui ao fascismo italiano é que ele salvou a Itália de uma tomada socialista, que teria resultado na aplicação de métodos bolcheviques de extermínio. É a esse respeito, afirma Mises, que “salvou a civilização europeia” e conquistou para si um mérito que “viverá eternamente na história”. Mises não afirma que apenas os fascistas poderiam ter detido os socialistas; sua afirmação é que os fascistas de fato o fizeram. (Este é um assunto que tem despertado muita controvérsia entre os historiadores; para outra defesa da visão de Mises, veja o artigo de Ralph Raico citado anteriormente).
Ao arrancar uma frase de seu contexto, Anderson converteu uma condenação do fascismo em uma defesa dele. É como se alguém fosse chamado de simpatizante do comunismo porque escreveu que “o socialismo soviético conquistou a glória eterna ao salvar a Europa da barbárie”, embora o escritor fosse um forte crítico do socialismo. Na verdade, essa é exatamente a visão de Mises, como os leitores de Governo Onipotente devem se lembrar.
Artigo originalmente publicado em: https://mises.org/library/mises-and-fascism
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nattyfariablog · 2 months
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Os Fornos de Hitler
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Olá, amores!
Precisamos falar sobre o livro Os Fornos de Hitler, de Olga Lengyel.
A história real de uma mulher sobrevivente de Auschwitz. Olga escreveu este livro com a leveza de um diário – apesar de nunca ter sido. Nele, ela conta em detalhes como era a vida no campo, mostrando com clareza e simplicidade o horror cometido pelos alemães. Olga Lengyel conta, de forma sincera e aberta, uma das histórias mais horripilantes de todos os tempos. Este relato verdadeiro e documentado é o registro íntimo e diário de uma mulher que sobreviveu ao pesadelo de Auschwitz e Birkenau.
Há quase dois anos, venho estudando bastante sobre a Segunda Guerra Mundial, não só por ser um dos mais terríveis períodos históricos do mundo, mas porque, do jeito que as coisas vão, temo que possamos passar por situações semelhantes no futuro. Sei que a Segunda Guerra Mundial é um assunto que desperta muito interesse na humanidade, existem diversos conteúdos a respeito - ainda que nem todos sejam responsáveis e verídicos - mas aqui está um livro que nos mostra como as coisas foram bem piores.
Os relatos dos sobreviventes do Holocausto e dos campos de concentração nunca deixam de me chocar. Ao lê-los, fico com uma sensação de impotência, angústia e desespero, pensando em como outro ser humano pode ser capaz de tanta crueldade em nome de crenças e ideologias que não se sustentam, nem se justificam. Essas vozes não podem e não devem ser caladas. Livros como esse precisam ser divulgados, sua leitura precisa ser incentivada em cada canto do mundo, com o intuito de conscientizar os leitores a respeito do que pode acontecer, se assim permitirmos.
Os Fornos de Hitler me impactou de maneiras muito peculiares, desde suas primeiras páginas. Não é um livro grande; é bem curto, mas tão pesado que levei mais tempo do que o habitual para concluí-lo. Olga sobreviveu, mas assim como os outros sobreviventes, parte dela morreu naqueles campos de concentração, enquanto ela era desumanizada e forçada a tomar decisões que, em outros contextos, seriam impensáveis, além do peso esmagador da culpa que ela carregava em si, por se sentir responsável pela morte das pessoas que amava. Acompanhar a sua força é inspirador. O simples fato de ela sobreviver é o maior ato de resistência que ela teve e ela transcendeu isso salvando outras vidas, refletindo de forma sábia sobre o que aconteceu, superando e levando uma vida que, embora traumatizada, trouxe esperança em cada aspecto.
Recomendo esse livro para todo mundo que está vivo hoje na face da terra, especialmente para os que gostam de não-ficção e para os que se interessam por questões políticas e históricas.
Vamos para as citações:
"Não sou capaz de me absolver da acusação de que fui, em parte, responsável pela morte dos meus pais e dos meus dois filhinhos".
"Se aqueles relatos fossem verdadeiros, os atos vergonhosos deviam ser obra de um punhado de loucos".
"Indaguei se as autoridades permitiriam que eu o acompanhasse. O oficial da SS declarou, com brandura, que não se oporia. Se eu quisesse ir, seria bem acolhida. Insinuaram, até, que não havia o que temer".
"'Guardem seu cadáver', retrucou, com brutalidade. 'Logo terão muitos outros'".
"Eu os poupara do trabalho pesado, mas condenara Arvad e minha mãe à morte na câmara de gás".
"Daquele inimigo não se podia esperar qualquer misericórdia, a não ser por um preço medonho".
"Auschwitz era um campo de escravos. Por pior que fosse a vida lá, era melhor do que Birkenau. Porque Birkenau era, sem dúvida, um campo de extermínio e isso nunca foi mencionado nos relatórios".
"A própria morte só poderia vir como uma libertação".
"Primeiro, eles cremam aqueles que não podem usar - crianças e velhos. Todos os que são colocados à esquerda na estação são mandados direto para o forno crematório".
"Havia, porém, nos olhos de Mengele, uma selvageria inquietante. Durante as seleções, nunca dizia uma palavra. Só ficava lá, sentado, assobiando para si mesmo, enquanto apontava o polegar para a direita ou para a esquerda, indicando, assim, para que grupo a selecionada deveria ir. Embora estivesse tomando decisões que significavam o extermínio, ele era tão agradavelmente presunçoso quanto poderia ser qualquer outro homem".
"Porque aquelas criaturas desgraçadas levadas para os abatedouros eram seres humanos - como você e eu".
"Como era possível um homem sorrir naquele campo?"
"O essencial é ter um objetivo, um propósito".
"Trezentos e sessenta cadáveres a cada meia hora, que era o tempo necessário para reduzir a carne humana a cinzas, perfaziam 720 por hora, ou 17.280 cadáveres a cada turno de 24 horas. E os fornos, com assassina eficiência, funcionavam dia e noite".
"Às vezes, os fornos ficavam tão lotados que não conseguiam dar conta do trabalho, mesmo em turnos de 24 horas. Os alemães tinham, então, que cremar os cadáveres em "valas da morte". Eram trincheiras com cerca de 60 metros de comprimento por 4 metros de largura, providas de um eficiente sistema de drenagem para escoar a gordura humana".
"Em menos de três meses, os alemães 'exterminaram' mais de 1,3 milhão de pessoas em Auschwitz-Birkenau".
"Os alemães não ligavam o gás de imediato. Eles esperavam. Porque os peritos em gás descobriram que era necessário deixar que a temperatura ambiente se elevasse em alguns graus. O calor animal fornecido pelo rebanho humano facilitava a ação do gás".
"Além disso, é possível que alguns condenados fossem mais resistentes. De qualquer forma, era frequente haver sobreviventes, mas os alemães não tinham piedade. Mesmo respirando, os moribundos eram levados para o crematório e atirados nos fornos".
"Foi isto que eu vi com meus próprios olhos. Não devemos permitir que isso jamais aconteça outra vez!"
"'Quando vir as primeiras chamas do crematório ao amanhecer' disse ele 'saberá que são minha saudação à você'".
"Um dia, decidimos que tínhamos sido fracas por tempo demais. Precisávamos, ao menos, salvar as mães. Para levar a cabo o nosso plano, tínhamos que fazer os bebês passarem por natimortos".
"Quando um deportado tatuado morria, seu número de registro ficava 'disponível' para o deportado seguinte, já que os alemães, por algum motivo, nunca passavam do número 200 mil".
"A propósito, os prisioneiros no campo eram, principalmente, gentios, em vez de judeus, como muitos leitores ocidentais podem imaginar. A população de Auschwitz era formada quase que por 80% de gentios. O motivo não era segredo para ninguém. A maioria dos judeus era mandada imediatamente para as câmaras de gás e os fornos crematórios. Os eventos que descrevi foram impostos a católicos, protestantes e ortodoxos gregos - a todos que, como judeus, eram, por uma razão ou outra, considerados dispensáveis pelos captores alemães."
"Que crime os ciganos haviam cometido? Eram uma minoria e isso era o suficiente para condená-los à morte".
"Ao menos uma pessoa esteve ausente do banco de réus durante o julgamento em Lüneburg, onde os líderes dos campos foram condenados por seus atos horrendos. Esse homem devia ter pagado, como o dr. Klein e o dr. Krammer pagaram. Eu me refiro ao dr. Mengele, médico chefe depois da partida do dr. Klein. De todos que vi 'em ação' no campo, ele era, de longe, o principal provedor das câmaras de gás e dos fornos crematório".
"Apesar de toda a presunção, Mengele era um covarde".
"Vivíamos para resistir e resistíamos para viver".
"O dr. Mengele tinha dois estudos favoritos: gêmeos e anões".
"A empresa alemã Bayer enviou medicamentos em frascos sem rótulos que indicassem o conteúdo. Pessoas que sofriam de tuberculose receberam injeções desse produto. Elas não foram mandadas para as câmaras de gás. Seus supervisores esperaram que morressem e, de fato, morreram rapidamente. Depois, parte de seus pulmões foram enviadas a um laboratório determinado pela Bayer".
"Se pudessem esterilizar todos os povos não alemães que sobrevivessem após a vitória alemã, não haveria perigo de terem novas gerações de povos 'inferiores'".
"O amor tornou-se excitação corrompida para os escravos e entretenimento sádico para os supervisores".
"Pensei nos meus pais, nos meus filhos, em meu marido. O pesar e o remorso que nunca me largaram apertaram o meu coração. Ah, meu dever estava claro. Eu devo vingá-los. Por isso preciso reconquistar a minha liberdade. Agora, eu iria fugir".
"Até mesmo o pensamento de matar um odioso nazista me enchia de um sentimento terrível".
"Agora ouvíamos uma nova língua, uma língua estranha e víamos pessoas que nunca tínhamos visto antes, mas elas nos trouxeram o maior presente que a vida pode nos dar - a liberdade".
"Mas não é fácil apagar as memórias da Geena quando as raízes da vida foram arrancadas e não se tem mais por que viver".
"O que eu, pessoalmente, posso fazer para que coisas terríveis como essas nunca se repitam?"
"Se, mesmo na selva de Birkenau, nem todos eram necessariamente desumanos para com seus semelhantes, então, existia esperança".
Até a próxima!
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É realmente muito difícil conseguir acompanhar essa infinidade de mudanças que aconteceram e estão acontecendo na Área Trabalhista. Mais difícil ainda é saber se essas mudanças já estão valendo ou se podem ser aplicadas aos contratos de trabalho. Mas você precisa saber disso! Você precisa ajudar o seu cliente a reduzir custos e riscos operacionais. E você só consegue fazer isso com o conhecimento. Após a grande reforma trabalhista, que me rendeu e-books, livros, palestras e citações em obras internacionais (como pode conferir abaixo), me dedico a estar a frente dos demais me atualizando e capacitando meus alunos e seguidores de forma clara, objetiva, direto ao ponto. Sem que você precise perder um tempo gigantesco lendo artigos de lei chatos e redundantes; Sem decorar textos enormes, que podem perder a vigência a qualquer momento. Sem hacks. E você também pode estar a frente assim. Como você sabe, Ilustre Colega, minha missão hoje é motivar e ensinar outras mulheres a terem os mesmos diferenciais.Ter AUTORIDADE e CONFIABILIDADE dos seus Clientes e Amigos. E é por isso que no dia 02 de Julho, ao vivo, eu vou te capacitar com as principais mudanças trabalhistas, para que você aumente seu portfólio de negócios e possa cobrar elevados honorários por seu conhecimento no Workshop News Labor (WNL) Clique na BIO. https://www.instagram.com/p/CfJu02Bs884/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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cafecibernetico · 2 years
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A ARTE E SUA MANIFESTAÇÃO: NA EDUCAÇÃO, DANÇA, MÚSICA ESCRITA E INOVAÇÃO! (Até rimou).
Olá, jovem cibernético!
Você sabia que a internet só chegou ao Brasil lá por volta de 1988? Você ainda nem pensava em nascer?!   Mas este grande cantor e compositor Gilberto Gil, que seus pais conhecem muito bem, já estava à frente de seu tempo com suas composições falando de tecnologias. Ele já usava a arte para ir além da vida cotidiana!
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Você já percebeu que os artistas sempre vão trazer algo além da sua arte, ou melhor, através da sua arte. Eles não só inovam com seus pincéis ou grafites, batidas, e rimas, eles são um veículo da vida, um caleidoscópio que (re)mostram a vida através da arte. Como já dizia o novelista Oscar Wilde “a arte imita a vida e a vida imita a arte”.
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Sem a arte morreríamos como disse o controverso filosofo e poeta Nietzsche “Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade. Somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida” (2008).
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Esse cara ai em baixo, o Baiano Glauber rocha dizia que vc pode mudar o mundo com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, mas infelizmente hoje com tantas câmeras, talvez esteja nos faltando as ideias!
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Mas e você, além de consumir arte, também a produz?! E se eu te convidasse para se expressar através da arte, ela pode ser pelo seu corpo, com a dança, pela tua voz, pela música, ou poesia, ou pelas suas mãos com as artes plásticas, ou até através de tudo isso junto com a sétima arte, o cinema. Isso mesmo, o cinema. Já tentou produzir algo, que tal chamar a galera e fazer que nem esse cara aí de baixo?!
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Tem um cara que manja muito disso e disse o José Manuel Moran ele disse o seguinte: “A música e os efeitos sonoros servem como evocação, lembrança (de situações passadas), de ilustração -associados a personagens do presente, como nas telenovelas- e de criação de expectativas, antecipando reações e informações. O vídeo é também escrita. Os textos, legendas, citações aparecem cada vez mais na tela, principalmente nas traduções (legendas de filmes) e nas entrevistas com estrangeiros.” Enfim arte e escrita sempre se entrelaçam, no passado, no presente e no futuro, que já chegou.
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E por fim, por falar em arte e suas expressões diversas, que tal a escrita e as transmídias, é meu garoto(a)... essa ai é para os mais CDFs, segue o link de um livro e uma pequena aula de uma monstra que sabe tudooo do assunto! é "ella" a Santaella. E um "videozinho" que tem haver! E vale apena.
Senta que lá vem aula!
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É isso aí jovem rsrs, agora é com você, o celular já tá na tua mão, vai usá-lo ou ser usado por ela: Se você está gostando dos nossos postes, ou nem tanto manda ai a real! É só entrar em contato conosco e deixar o teu ❤️!
Se quiser ir mais além:
Clique aqui para ver como fazer seu próprio caleidoscópio.
Clique aqui para ver arte de rua (surpreenda-se).
Referências.
José Manuel Moran, Professor de Novas Tecnologias da Pós-graduação da ECA-USP e da Universidade Mackenzie Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em: http://penta3.ufrgs.br/animacoes/MovieMaker/VideoSalaAula-Moran.pdf. Acesso em: 20 de junho de 2022.
NIETZSCHE, Friedrich. Ecce homo: de como a gente se torna o que a gente é. Tradução: Marcelo Backes. Porto Alegre: L&PM, 2003.
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whoisherivinn · 2 years
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Carta aberta ao vazio
Dia após dias e vejo com mais frequência as remanescentes memórias personificadas batendo na porta e esperando um convite para seus atos vis. Querido infinito ∞, no fim você é apenas uma criança que quer atenção. E suas ações infantis para comigo nada mais é a prova disto. Querido romântico vazio, tenho tido sonhos dos quais me remetem ao acordar, sensação mistas de agradado e desespero. As pessoas de meu passado, cujo tiverem participações ambíguas em minha vida nada mais estão fazendo do que investir meus sonhos e me causar estranheza, medo e desconforto. Quero que pare. Querido límbico vazio, você me assusta. Me dar calafrios constantes. Me dar o desprazer de ter que ligar com meus demônios mais algozes. Me dar o desgosto de olhar para meus fantasmas mais terríveis e os mais irônicos e ficar por isso mesmo. E cabe a mim e apenas a mim, entrar nessa luta diariamente, arduamente, de fogo ferro e brasa para conseguir respirar, sorrir e viver honestamente no final, morrer honestamente. Querido sociável vazio, você me libertou. Me fez ser mais seletivo. Com você, aprendi a ser observador e ler o ser humano tendo como fato que o rosto de cada um é um livro aberto para interpretação emotivas e cognitivas. Você ensinou-me a usar a ironia e o sarcasmo como arma para denegrir a defesa do agressor e ter vantagens. Me ensinou a beber enlouquecidamente, a fumar deliberadamente, a usar drogas por diversão mais nunca abusar das micro doses de cada uma delas. Me ensinou a ter senso do comum, mas não do ridículo. Querido estranho vazio, quando foi que você se formou em docência? Deveras tal pergunta ecoa na mente; não só na minha, mas tenho fé que em de outras e outros. Na fome me ensinou a poupar pra dar de comer ao meu filho e esposa. No frio me ensinou a dividir ou até mesmo abdicar do calor gostoso do cobetor para aquecer filho e cônjuge. Me ensinou a doar, mas sem esperar receber mais. O erro foi meu, as vezes. Doei-me deveras em abundância, hierarquicamente até os dias atuais fui sua marionete. Hoje, não mais. Sinto falta dos seus ensinamentos, suas obras, citações, frases, pinturas, esculturas, melodias, das chuvas, do sangue, do terror e horror, do sorvete, da escada, da ladeira, da praia a noite, do bis, da música, da neve, das rosas, das tochas, da quebra do ciclo de risadas entre amigos. Sinto falta de odiar você. Querido, maldito vazio... Depois de tanto querer fazer você desaparecer, hoje sou eu, que procuro você.
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thewritersroomblog · 4 years
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Superlista de hábitos, manias e trejeitos para personagens
Olá, escritores!
Hoje eu trouxe mais uma superlista para vocês, com hábitos, manias e trejeitos que podem ser usados para os mais diversos personagens e situações, dando mais realismo e ajudando nas descrições.
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Confira a lista abaixo:
A
Abaixar a cabeça
Abraçar o próprio corpo
Abrir os braços
Acumular / não jogar coisas fora
Ajeitar as próprias roupas
Ajeitar óculos com a ponta dos dedos
Ajeitar-se onde estiver sentado
Andar descalço
Andar de um lado para o outro enquanto fala no telefone
Andar / ficar nu
Arregalar os olhos
Assistir os mesmos filmes/séries várias vezes
Assistir TV enquanto come
Assoar o nariz
Assobiar
Apertar cravos / espinhas
Apertar o botão “soneca” do despertador e voltar a dormir
Apoiar o rosto com a mão
Apontar o dedo indicador
Arrancar rótulos de embalagens
Arrotar
Arquear as sobrancelhas
Assentir com a cabeça
B
Balançar a cabeça de um lado para o outro
Balançar a cabeça em negativa / descrença
Balançar as pernas
Batucar os dedos em superfícies
Beber
Beijar de olhos abertos
Beliscar a si ou a outros
Bocejar
Brincar com barba/ bigode
Brincar com objetos
C
Cantarolar
Cantar no chuveiro 
Cerrar os punhos
Cerrar os dentes
Checar as horas
Checar redes sociais / notificações
Chupar bala / doces
Chupar cubos de gelo
Chupar dedo
Coçar a cabeça
Coçar o nariz
Coçar o queixo
Colecionar objetos
Colocar a língua para fora para se concentrar
Colocar objetos na boca
Colocar os pés sobre mesa/outras superfícies
Colocar um guardanapo no colarinho / sobre o colo
Começar a fazer coisas sem terminá-las
Comer “besteiras”
Comer de boca aberta
Comer com os cotovelos à mesa
Comprar coisas que não precisa
Comprar em brechós / antiquários
Colocar a mão sobre o próprio peito
Colocar as mãos nos bolsos
Colocar as mãos nos quadris
Colocar o cabelo atrás da orelha
Contar histórias
Corrigir a gramática de outras pessoas
Cozinhar
Cruzar os braços
Cruzar as pernas
Cuspir bebida / comida
Cuspir enquanto fala
Cuspir no chão
Cutucar feridas
D
Dar de ombros
Dar gorjeta
Dar socos no ar em comemoração
Dar tapinhas nas costas
Dançar 
Depilar-se
Desculpar-se por tudo
Desmontar objetos 
Desenhar 
Desviar o olhar
Divagar
Dobrar página do livro enquanto está lendo
Dormir muito tarde ou muito cedo
Dormir abraçado com bichinho de pelúcia / travesseiro
Dormir com a televisão ligada
E
Encarar as pessoas
Encostar-se em paredes
Engasgar-se
Engolir em seco
Enrolar mechas de cabelo com os dedos
Erguer as sobrancelhas
Escrever com uma mão, mas fazer todo o resto com outra
Esconder a boca com a mão para rir
Esconder o rosto com as mãos
Esfregar as mãos
Esfregar os olhos
Espalmar a mão em superfícies
Espreguiçar-se
Estalar a língua
Estalar o pescoço
Estalar os dedos
Erguer as mãos
Exercícios físicos
Experimentar roupas
F
Falar alto/ baixo
Falar com plantas / animais
Falar de boca cheia
Falar dormindo (durante o sono)
Falar de si mesmo em terceira pessoa
Falar muito rápido / muito devagar
Falar palavrões
Falar sozinho
Fazer / ajeitar rabo de cavalo
Fazer artesanato
Fazer aspas com os dedos 
Fazer barulhos estranhos com a boca
Fazer citações
Fazer contas com os dedos
Fazer coreografias
Fazer hang-loose com a mão ( 🤙 )
Fazer listas
Fazer piadas
Fazer várias coisas ao mesmo tempo
Ficar curvado no computador / telefone
Ficar na ponta dos pés
Fofocar
Franzir o cenho
Fumar
Fungar
G
Gaguejar
Gastar mais dinheiro que ganha
Gesticular enquanto fala (“falar com as mãos”)
Gravar diálogos de filmes / séries
H
-
I
Ignorar mensagens
Imitar coreografias
Imitar tom de voz / gestos de outras pessoas
Interromper / falar por cima dos outros
J
Jogar lixo no chão
Jogar no celular
Jogar tarot
Jogar videogame / jogos online
Juntar as mãos 
L
Lamber / umedecer os lábios
Lavar as mãos constantemente 
Ler em transportes públicos
Levantar o polegar em aprovação
Levantar o dedo indicador
Limpar o nariz com o dedo
Limpar os dentes com um palito
Lixar as unhas
M
Mania de limpeza
Mascar chiclete
Massagear as têmporas
Mastigar a ponta do cabelo
Mentir
Mexer no cabelo
Molhar a ponta do dedo antes de virar a página de um livro
Morder a parte interna da bochecha
Morder a ponta de caneta / lápis / outros objetos
Morder lábio
Mostrar a língua
Mostrar o dedo do meio
Murmurar
N
Nomear objetos inanimados
O
Observar as pessoas
Olhar de lado (soslaio)
Olhar-se em qualquer espelho / superfície espelhada
Olhar para o céu / estrelas / nuvens / o “nada”
Olhar para os próprios pés
Ouvir música enquanto está fazendo outras atividades
P
Passar a língua nos dentes
Passar batom 
Pentear o cabelo
Pensar demais
Pigarrear 
Pintar o cabelo
Pintar unhas
Piscar um dos olhos
Presentear 
Prestar atenção em horas “iguais” (ex. 11:11)
Procrastinar
Pronunciar certas palavras de forma errada
Pular refeições
Puxar a pele da unha (cutículas)
Q
Queimar objetos
Queixar-se
R
Rabiscar
Ranger os dentes
Rasgar papel
Rebolar
Reclamar
Repetir palavras / expressões
Responder mensagens rápido
Resolver cubo mágico
Retocar a maquiagem
Revirar os olhos
Rir de nervoso
Roer unhas
Roncar
Roncar no meio de uma risada
Roubar objetos de pequeno valor (cleptomania)
S
Secar suor
Sentar de pernas dobradas
Sentar de pernas abertas
Sonhar acordado
Sonambulismo
Sorrir sem mostrar os dentes
Sotaque
Soprar bolhas
Suspirar
T
Tagarelar
Tensionar o maxilar
Tirar cera do ouvido
Tirar coisas da comida (ex. milho, cebola) antes de comer
Tirar fotos / selfies
Tocar instrumentos
Tocar o próprio rosto
Tocar nas pessoas enquanto conversa
Trançar o próprio cabelo
Tropeçar
U
Usar diferentes tons de voz durante a conversa
Usar emojis 
Usar gírias
Usar gírias / falar frases antigas
Usar maquiagem
Usar objetos como microfone / instrumentos
Usar óculos sem necessidade
Usar palito de dentes
Usar roupas “de marca”
V
Verificar o celular o tempo todo
Virar uma moeda/objeto entre os dedos
X
-
Y
-
Z
Zombar
--
Beijos e até mais!
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