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#rivalidade
imaginosa · 11 months
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Sinceramente? Eu odiava ela. Quer dizer, desde o início, todo mundo parecia tentar me obrigar a não gostar dela, então, por muito tempo, eu tive a sensação de que realmente não gostava. Mas, no fundo, eu nem tinha motivos pra isso. Eu não a conhecia. A gente nunca tinha tido contato e, pelo visto, ninguém queria que a gente tivesse.
Na verdade, a gente estava em uma situação que impedia que a gente se desse bem: eu conheci um cara e me apaixonei por ele. Só que, poucos meses antes, naquele mesmo ano, a mesma coisa tinha acontecido entre eles dois. Eu sei que isso não é culpa de ninguém, são encontros e desencontros, eles tiveram um passado que eu não tinha nada a ver, mas o problema é que, de repente, eu estava no centro de tudo.
Eu não sei muito bem o que aconteceu entre eles e nem tive tempo de procurar saber, porque, de uma hora pra outra, tudo que eu queria era não ouvir mais o nome dela. Aquele maldito nome que comecei a escutar em todos os lugares.
Algumas pessoas que a conheciam e não estavam satisfeitas com o término dos dois decidiram que seria legal mencionar o nome dela toda vez que eu estivesse por perto, só pra me deixar desconfortável. Eu ficava incomodada porque sabia que faziam isso por maldade, mas eu nunca falei nada, só que eu juro que eu me sentia um lixo. Nada daquilo fazia sentido, eu tinha acabado de chegar e não entendia muito bem o que eu tinha feito pra merecer passar por algo assim.
Depois de ouvir tantos comentários maldosos, eu passei a não querer estar nos mesmos lugares que ela, mas você sabe como é... Ela frequentava todos os lugares que eu frequentava. Parecia que eu não tinha como fugir dela, por mais que eu quisesse, e isso despertou outra coisa em mim: a ansiedade. De repente, a adrenalina tomava conta do meu corpo, parecia que eu ia desmaiar, meus sentidos ficavam super alterados, meu coração acelerava, como se eu estivesse prestes a morrer. Eu estava sempre em alerta. Toda vez que eu percebia que tinha alguma chance dela aparecer em algum lugar que eu cogitava ir, eu questionava se deveria ir ou não. E eu nem podia imaginar que tudo isso tinha um motivo: a rivalidade que criaram entre a gente.
Não fazia nenhum sentido odiar alguém que eu nem conhecia. Soava até injusto dizer que eu não gostava de alguém que eu nunca nem tive nenhum contato. Eu comecei a me sentir muito mal por isso, eu nunca fui uma pessoa ruim, nunca me senti bem julgando ninguém, eu odiava ter a impressão de que alguém não gostava de mim sem ao menos me conhecer. Então, por que eu deveria ter tantos sentimentos ruins por uma pessoa que nunca me fez nenhum mal real?
Eu percebi, talvez tarde demais, que a situação já estava fora de controle, mas eu não queria mais que aquilo continuasse. Já havia passado muito, muito, muito tempo desde que começaram a fazer da minha vida um inferno. Eu recuperei minha consciência e comecei a tentar entender o motivo de não gostar dela e me senti muito perdida quando percebi que nada daquilo tinha partido de mim. Só que isso me fez ter vontade de conhecê-la de verdade.
Eu não podia evitar que o nome dela surgisse em todo lugar que eu tava e eu queria saber se faziam a mesma coisa com ela, se ela ouvia coisas sobre mim... Mas, pra isso, eu precisaria falar com ela. Apesar de esbarrar com ela em vários lugares, eu nunca cogitei falar com ela pessoalmente. Nem sei se conseguiria um argumento plausível pra iniciar uma conversa com ela. Nem sei se deveria. Eu não tinha coragem. Então, surgiu uma possibilidade que caiu de paraquedas.
Não sei como encontrei o Tumblr dela, mas lendo as coisas que ela publicava, eu comecei a me identificar com muitas das coisas que ela sentia. Era incrível, ela escrevia muito bem e parecia que eu estava lendo coisas que eu escrevi, coisas que eu vivi... Como eu poderia odiar uma pessoa tão parecida comigo?
Em meio a tantos rótulos e toda rivalidade que criaram entre nós duas, aquilo tomou conta da minha cabeça. Eu sei que é estranho, mas naquele momento eu comecei a sentir uma coisa diferente por ela, eu comecei a gostar dela, e isso era uma coisa que ninguém achava normal, só porque ela era a ex do meu namorado. E eu tive medo de que ela pensasse da mesma forma.
A única solução que encontrei foi enviar uma ask em anônimo pra ela. Eu nem tinha planejado isso. Ela já não publicava nada há bastante tempo, mas tudo que eu li me deixou... com inveja?! Não sei, mas eu gostava de tudo que ela escrevia. Li alguns textos, me identifiquei demais e senti que precisava deixar pelo menos um elogio. Eu precisava dizer que eu adorava aqueles textos e não pensei muito antes de agir. Se bem que eu adorava quando elogiavam meus textos, então, quem sabe... Talvez ela também pudesse gostar disso.
Eu mandei um pequeno e sincero elogio e ela não só me respondeu como também voltou a usar o tumblr. Toda vez que ela publicava novos textos, eu me identificava de alguma forma. Eu continuei mandando mensagens e não demorou muito pra gente começar a ter boas conversas. No fundo, eu sabia que ela só tava curiosa tentando descobrir quem eu era, afinal, eu era um anônimo mandando uma ask legal.
Ao mesmo tempo, a gente se deu tão bem. Eu comecei perceber as infinitas coisas que a gente tinha em comum e não conseguia ignorar isso. No início, eu só queria conhecê-la e tirar aquele sentimento ruim de dentro de mim. De repente, ela tava me dizendo que eu era o ser humano mais incrivelmente legal que ela já havia conhecido. Bom, eu sempre tive noção de que aquela mensagem não era realmente pra mim e sim pro anônimo que tava conversando com ela. Mas mesmo assim, lá estava eu, me importando demais, preocupada com ela e ansiando por novas conversas.
Ela começou a entrar no Tumblr frequentemente (porque estava curiosa pra saber quem eu era) e, embora quisesse sentir o gostinho da investigação, se esforçava ao máximo pra não me pressionar. Claro que ela me pedia pra dar pistas sobre quem eu era e eu tava doida pra dizer, a gente já tinha conversado sobre tanta coisa (e parecia que a gente conseguia conversar sobre qualquer coisa). Eu queria ser amiga dela, mas tinha muito medo daquilo tudo acabar assim que eu revelasse o meu nome. Eu não conseguia ser 100% transparente. Era uma situação muito difícil de explicar, na verdade, tinha vezes que nem eu entendia como eu fui parar ali. Eu nunca tive alguém pra chamar de amigo e ela tava sendo a melhor que eu poderia ter. Pena que sob essas circunstâncias...
Íris Gomes.   (via imaginosa)
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suspirocotidiano · 1 year
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Raiva é melhor. A raiva dá a sensação de existir. É uma rivalidade, uma presença. Uma consciência de valor. Uma ardência deliciosa.
O Olho Mais Azul – Toni Morrison
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geekpopnews · 6 months
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Locked In: Novo Filme de Terror da Netflix para 2023
Confira “Locked In” na Netflix! Este thriller britânico estrelado por Rose Williams e Famke Janssen vai te prender do início ao fim. Não perca! #LockedIn #Netflix #Thriller #Lançamento
A Netflix lançou um novo filme de terror intitulado “Locked In” (“Paralisia” no Brasil). O filme promete ser um dos destaques do ano no gênero de horror. “Locked In” é uma produção original da Netflix, e conta com um elenco de peso, um enredo inusitado, que está gerando muitas expectativas nos fãs. A Netflix tem investido pesado em produções originais nos últimos anos. “Locked In” é mais uma…
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myhappy3nd1ng · 8 months
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Fica a dica! ;)
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blog-fitness4all · 11 months
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A Histórica Rivalidade entre Ali e Frazier
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Ao longo da história do boxe, muitas rivalidades emocionantes têm sido disputadas dentro dos ringues. No entanto, uma das mais intensas e memoráveis rivalidades de todos os tempos foi entre Muhammad Ali e Joe Frazier. Eles lutaram três vezes entre 1971 e 1975, cada luta sendo tão emocionante quanto a última. Esta rivalidade duradoura e cheia de drama capturou a imaginação do público em todo o mundo e elevou o desporto para um novo nível de popularidade.
O Início da Rivalidade
Muhammad Ali e Joe Frazier surgiram no boxe profissional na década de 1960. Ali era um boxeador habilidoso e carismático que se tornou um dos lutadores mais populares do mundo, enquanto Frazier era conhecido por sua força bruta e agressividade no ringue. Quando Ali foi suspenso do boxe por se recusar a se alistar nas forças armadas dos Estados Unidos durante a Guerra do Vietname, Frazier se tornou o campeão mundial dos pesos pesados. Quando Ali voltou ao boxe, a rivalidade entre ele e Frazier se tornou inevitável.
A Primeira Luta Épica
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Em 1971, Ali e Frazier enfrentaram-se em uma das lutas mais memoráveis da história do boxe. A luta foi apelidada de "O Combate do Século" e foi realizada no Madison Square Garden, em Nova York. A luta foi muito equilibrada, com Ali dominando as primeiras rodadas e Frazier se recuperando nos rounds posteriores. No final, Frazier conseguiu derrubar Ali no 15º round e venceu por decisão unânime dos juízes.
A vingança
Após perder a primeira luta, Ali estava ansioso para se vingar de Frazier. Em 1974, os dois lutadores enfrentaram-se novamente, desta vez no Estádio de Artes Marciais do Zaire, em Kinshasa, numa luta que ficou conhecida como "Rumble in the Jungle". Ali usou uma tática diferente e conseguiu vencer Frazier por nocaute técnico no 8º round, conquistando o título dos pesos pesados.
O Último Encontro
A terceira e última luta entre Ali e Frazier foi realizada em 1975, em Manila, nas Filipinas. A luta ficou conhecida como "Thrilla in Manila" e é considerada por muitos como a luta mais emocionante da história do boxe. Foi uma batalha épica que durou 14 rounds, com ambos os lutadores dando o seu melhor. No final, Ali venceu por nocaute técnico e consolidou-se como um dos maiores boxeadores de todos os tempos.
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A rivalidade entre Ali e Frazier é uma das maiores histórias da história do boxe. Eles lutaram em algumas das lutas mais emocionantes e memoráveis já disputadas, e o seu impacto no desporto é sentido até hoje. Eles tornaram-se lendas do desporto e inspiraram gerações de lutadores a seguir os seus passos. Mesmo após aposentados, o legado de Ali e Frazier continua a ecoar no mundo do boxe e além. Eles provaram que a rivalidade saudável e a competição intensa podem ser a chave para alcançar grandes coisas. Embora a rivalidade possa ter sido dura no momento, é inegável que Ali e Frazier formaram um laço único e duradouro que foi construído através do desporto. A suas lutas permanecerão como momentos clássicos do boxe e continuarão a ser referências para futuros lutadores que procuram alcançar a grandeza no desporto. Read the full article
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kyuala · 2 months
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queria abrir um tópico de discussão aqui inspirado nos headcanons que a diva @idollete fez: pipe e a mulher grávida discutindo países neutros pra criança nascer pq nem fudendo que ele vai aceitar filho dele nascendo em solo brasileiro e ela aguentando mais um argentino na família? piorou
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imninahchan · 26 days
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nina, avisa a jolene…
ô jolene ela raised esse man e ela raised as kids dele também tá meu marido não vai embora não meu casamento não acabou porque foi deus que me deu eu já falei aqui que eu não me separo não eu fico viúva ou morre ele ou morro eu ou morrem os dois
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anhel-con-h-muda · 2 months
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*sale nuevo post en Los hijos del Norte*
CÁLLENSE TODOS, YA EMPEZÓ MI NOVELA FAVORITA
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frodo-sam · 1 year
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oh man latinos really can’t have anything...
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bocadosdefilosofia · 6 months
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«La rivalidad es más poderosa que cualquier moralidad, y la rivalidad es inmoral. La moda es más poderosa que cualquier estética, y la moda es inmoral. La gloria, habrían dicho nuestros abuelos, es más poderosa que el mérito, y la gloria es inmoral. El libertinaje de los signos, en todos los terrenos, es mucho más poderoso que la realidad, y el libertinaje de los signos es inmoral. El juego, cuyas reglas son inmemoriales, es mucho más poderoso que el trabajo, y el juego es inmoral. La seducción, bajo todas sus formas, es mucho más poderosa que el amor o el interés, y la seducción es inmoral.
Esto no es —y tampoco en Mandeville— un punto de vista filosófico cínico, es un punto de vista objetivo de las sociedades, y acaso de todos los sistemas. La propia energía del pensamiento es cínica e inmoral: ningún pensador que sólo obedezca a la lógica de sus conceptos jamás ha llegado a ver más lejos de sus narices. Hay que ser cínico si no se quiere perecer, y esto, sí se me permite decirlo, no es inmoral: es el cinismo del orden secreto de las cosas.»
Jean Baudrillard: Las estrategias fatales. Editorial Anagrama, pág. 72. Barcelona, 2000
TGO
@bocadosdefilosofia
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sonsofks · 8 months
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Filipinas Deja su Marca en el IESF 2023 de Mobile Legends: ¡Campeones Indiscutibles!
¡Filipinas (SIBOL) Hace Historia al Ganar el Campeonato Mundial de Esports IESF 2023 en Mobile Legends: Bang Bang! En una emocionante y vibrante batalla en el mundo de los videojuegos, el equipo nacional de Filipinas, SIBOL, se coronó campeón en el Campeonato Mundial de Esports IESF 2023, dejando a todos con la boca abierta y el corazón latiendo a mil por hora. ¡Una hazaña que marcará el libro…
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waddei · 1 year
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we need the argentina vs Brazil like i don't know if you guys understand how much we need Argentina vs Brazil for the finals
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manaosdeuwu · 1 year
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[voz de pibe crónicamente en línea] lo que más me jode de que shipeen a luffy con law no es la diferencia de edad sino que law genuinamente no se lo fuma a luffy. lo respeta y unen fuerzas pero él se mataría antes de tener algo con luffy. es muy pendejo el luffardo en todos los sentidos
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dani-r · 1 year
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Croacia ganó un solo partido dentro de los 90 minutos y aún así llegó a semifinales...
Por favor, Diego, Rodrigo y Gilda hagamos mierda a Holanda para así destruir a Croacia. No más gringos llevándose la copa, loco, que venga a Latam por favor te pido. Basta chicos.
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kyuala · 10 days
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pensando aqui, queria mt ter uma discussãozinha bem bestinha idiota com o pipe sobre futebol, os dois bem se provocando só pra eu falar pra ele que galinha nenhuma é páreo pra um gavião 💭🦅🤍🖤
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If Argentina doesn't win the World Cup, who would you prefer to win instead? And who would you really not want to win?
If Argentina doesn't win (toco madera) I would like for Uruguay to win. I really don't want European countries winning, shit gets boring, 4 years in a row is enough. And Brasil bc they would become even more annoying than they already are.
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