Tumgik
#planteumcogumelo
psychcogumelos · 3 years
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Hoje foi o primeiro dia que me permiti sorrir de forma boba, desde o dia que você se foi, há seis meses. O motivo: uma garota que conheci. Acredite, até você iria gostar de conhecê-la. O jeito dela simplesmente me encanta. A forma como ela demonstra gostar de cada pedacinho de mim, e da minha intensidade, me fascina. Falar com ela é diferente. Não sinto mais que minha voz ecoa em um túnel infinito sem respostas. Pela primeira vez em muito tempo, alguém me escuta. Pela primeira vez em muito tempo me sinto bem em mostrar as coisas que costumava gostar, meus poemas, minhas músicas, meus hobbies. Bem, você sabe que hoje em dia já não tenho mais tantos hobbies. A vida foi me despedaçando aos poucos, até restar apenas um reflexo embaçado do que eu costumava a ser. E ainda assim, com todos esses buracos que habitam o meu ser - e diga-se de passagem, são muitos -, ela consegue enxergar beleza aqui.
Ainda não sei como é o olhar dela. Não nos conhecemos pessoalmente. Mas, algo em mim acredita que será uma experiência parecida com olhar um mar escuro em uma noite de lua cheia. Apesar de haver um lado obscuro que talvez ela prefira guardar para si mesma, há algo nela que brilha e queima, como o sol do meio dia. Eu sei, parece meio contraditório. Mas não encontraria formas melhores de descreve-la.
Pela primeira vez consigo me imaginar com alguém. Aquela coisa de frio na barriga, e toda a pieguice que o acompanha. Consigo vislumbrar como seria abraça-la, sentir seu cheiro, seu toque, seus olhos encontrando os meus em meio a risos ou a um silêncio ensurdecedor que pairaria sobre nossos olhares mais profundos. É possível se apaixonar sem ao menos tocar alguém? Bom, sou a prova viva de que sim. Embora não tenha certeza de que seria correspondida, porque, como bem sabe, minha insegurança reina em meu ser de forma quase patológica. Mas, desde o momento em que vi sua foto pela primeira vez, senti que bem lá no fundo ela poderia ser a única pessoa capaz de mudar tudo aqui dentro. Senti que talvez, só talvez, ela pudesse ficar. Mesmo com todo o caos que habita em mim, com todas as minhas inseguranças e incertezas, com as obscuridades e tristezas das quais ainda não consego me livrar, talvez ela pudesse ficar e fazer de mim seu novo lar.
- E se ela resolver ficar?
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psychcogumelos · 8 years
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Ninguém sabe quem sou ou como me sinto. Ninguém sabe como me sinto em relação a mim mesma e aos meus receios. É confuso sentir tudo e ao mesmo tempo, nada. É doído se sentir vazia. Porque quando se ergue muros ao seu redor, não é na intensão de se isolar, e sim de perceber quem está realmente afim de pulá-los para chegar até você.
—  Myself. 
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psychcogumelos · 8 years
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Medo de voar
Você sempre acreditou que eu pudesse voar, mas as minhas asas não me pareciam suficientes. Para lhe ser franca, nunca superei o meu medo de altura, e isso me consome de formas que jamais serei capaz de explicar.  Como pode um pássaro ser feliz, passando a vida inteira trancado em uma gaiola, e nunca descobrir como é do lado de fora? Ainda que com suas asas cortadas, ele poderia explorar o mundo e construir ideias próprias a respeito de tudo. Suas asas cresceriam novamente, e a jornada ficaria ainda mais singular. Você sempre me disse que eu podia voar, mas, cá estou eu, presa à uma gaiola imaginária, impedida de sair e explorar. Atrás de grades de ferro que eu mesma ergui em minha volta, porque, não importa o que aconteça, aqui sempre me pareceu mais seguro, aqui sempre foi o meu lugar. Bom, é nisso que sempre tentei acreditar.  De todas as coisas que posso lhe dizer, só quero mesmo agradecer, e também me desculpar. Por não ser tão forte como você, e permitir que meus medos me impeçam de tentar. 
—  Myself. 
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psychcogumelos · 8 years
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No relógio marcavam 5:30 da manhã. Sentei-me na poltrona e comecei a reler nossas conversas no celular. O chá esfriava aos poucos na mesinha de centro, e a essas horas me perguntava se talvez eu não devesse “esfriar” um pouco também. Suas lembranças; cada vez mais constantes, me traziam à tona aquele frio na barriga que só sentia com você. Quando nos beijávamos e tu sorria entre o beijo, ou acariciava a minha nuca com aquela sua forma carinhosa e meio sem jeito de ser.
Foi intenso, não? Quer dizer, por um momento não pensou que tudo poderia dar certo, que eu poderia lhe fazer feliz? Você parecia acreditar muito nisso em todas as vezes que nossos olhares se encontravam, e eu contemplava o brilho dos teus olhos, as pupilas dilatadas em plena luz do dia. Ou quando te abraçava e tu me apertava forte e suspirava fundo, como se eu estivesse de partida para uma viagem sem data de retorno. Como se me perder, fizesse tudo desmoronar ao seu redor. Caramba, você... você sentia medo de me perder, teu coração doía com tal hipótese, suas mãos gelavam e teu corpo suava frio quando brigávamos e tudo parecia ser o fim. Mas um fio de esperança sempre surgia e trazia a certeza de que eu ficaria do teu lado pra sempre, ou quase isso, né?
E no final das contas, você não me perdeu, eu não lhe perdi. Nos perdemos! Perdemos o fogo, a poesia e a arte. Perdemos a ideologia e a filosofia, a melodia e a letra. Perdemos a música... perdemos o amor. O nosso amor. Que um dia pareceu ter nascido para nunca acabar. Mas como bons racionais, sabíamos que não duraria para sempre. Nada dura, nem mesmo as lembranças, embora as nossas fossem permanecer por um bom tempo ainda.
—  Myself.
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psychcogumelos · 9 years
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Eu queria dar a ela o melhor de mim, mas jamais seria o suficiente. Porque, mesmo que houvesse um mundo mágico a ser descoberto, ela precisava de outros horizontes.
Plante um Cogumelo.
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psychcogumelos · 9 years
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Mas é que ela estava presente em cada passo que eu dava, em cada cor, em cada sentimento. Esquecê-la seria mais uma tarefa que nunca saberia como cumprir.
Myself. 
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