ANÚNCIO!!
Feliz Halloween para todos!! 🎃
Sejam bem vindos a Era Angelical!! Inexplicavelverse tem mais dois futuros projetos pela frente, um já tinha sido oficialmente anunciado antes e esse outro é "O Amável".
Sinopse: Antes de O Caso de Arthur Cavalcanti e Inexplicável, O Amável é um livro shakespeariano e body horror. Isaac, Sofia, Davi e Eli são melhores amigos que cresceram dentro de um laboratório por terem uma doença que não deixam eles serem expostos ao mundo e por isso eles passam por tratamentos diariamente por médicos que José, pai de Isaac e Sofia, garantiu que faram de tudo para acharem essa cura. Mas quando sintomas estranhos começam a surgir em seus corpos, Isaac começa a questionar esse tal tratamento. Porém eles não podem mais serem salvos, tudo muda e a esperança de viverem suas vidas em um mundo repleto de sonhos é totalmente destruída.
Ainda sem uma possível data de lançamento, mas que já tem seu roteiro e enredo prontos e logo depois do final de Estar começarei sua produção. O Amável nos contará a origem da nova ameaça que nossos protagonistas irão enfrentar em Um Novo Caminho: os Anjos.
O próximo é Um Novo Caminho que tem uma nova capa oficial, mas também sem uma possível data de lançamento. O roteiro e enredo deste ainda segue em desenvolvimento. Essa nova capa do livro é uma referência a clássica capa de O Exorcista de William Peter Blatty.
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MAPIANU Nº4 // EXPERIMENTALISMO BRASILEIRO
Salve, my selektas. Mais um MAPIANU que ficamos de postar, agora só faltando o último que postamos. Retificando pra seguirem nossa página no instagram pra acompanhar e interagir por lá também, já que lá o fluxo é, digamos, prioridade. No post anterior falamos um pouco sobre isso, confere lá. Vamos de Experimentalismo e mais uma sequencia de lançamentos embaçados, de atmosfera abstrata e experimental dos novos sonidos que ecoam pelo Brasil.
Então pega aquele isotonico pra curar a ressaca, e bora que bora.
DOMENICO LANCELOTTI - sramba.
No coração do inverno em Lisboa, uma fusão musical como nenhuma outra está acontecendo. Domenico Lancellotti deu as boas-vindas a Ricardo Dias Gomes em seu reino criativo e juntos embarcam em uma jornada sonora que mescla o passado e o futuro. Seu estúdio subterrâneo, carinhosamente conhecido como The Cave, se torna o berço de um projeto único que une Tom Zé, Faust e João Gilberto, resultando no que eles chamam de "samba de máquina".
O projeto toma forma sem esforço, à medida que a sinergia entre eles desperta algo extraordinário. Armado com um arsenal de sintetizadores projetados na Rússia, Ricardo está ansioso para dar vida à sua nova empreitada musical. Domenico, por sua vez, traz sua guitarra e uma coleção de instrumentos de percussão para a mistura. Suas explorações começam com a criação de sons e sua gravação - um processo que não só dá origem a sons, mas à essência do samba em si.
Em um período turbilhão de apenas alguns meses, a dupla captura a essência do que se tornará seu inovador álbum "sramba.". O álbum é uma homenagem às raízes do samba, mas redefine audaciosamente os limites do gênero. Ritmos tradicionais de guitarra e percussão se entrelaçam perfeitamente com os sintetizadores analógicos que Ricardo tanto aprecia. Essa síntese emerge como uma progressão natural para a dupla. A criação de Domenico no Rio de Janeiro o imergiu no samba desde cedo - filho de um renomado compositor de samba, ele absorveu a essência do gênero como se fosse parte de si. O samba está em seu DNA, ele afirma, uma força versátil que ele incorpora em cada estilo musical que toca.
A revelação de Domenico e Ricardo acontece quando eles descobrem que os sintetizadores não estão em conflito com o samba que eles admiram. Em vez disso, essas máquinas ecoam os timbres dos icônicos instrumentos de percussão do gênero, como ganza, repinique, surdo e tarol. Além disso, eles percebem uma conexão com o samba fundacional que antecedeu o surgimento da bossa nova e do samba jazz. Este é um samba impulsionado pelo ritmo - suas levadas capazes de se prolongarem infinitamente. "É samba de clave, estruturado geometricamente", explica Domenico. "É samba ostinato", acrescenta Ricardo.
Um destaque, "Diga", exemplifica sua visão. Os sons defeituosos das máquinas se transformam em um samba esplêndido, e os murmúrios e batidas ásperas dos equipamentos analógicos adicionam camadas únicas à composição. Da mesma forma, "Tá Brabo" mostra como uma melodia marcante do sintetizador complementa o ritmo da guitarra, destacando que sua conquista não se trata apenas de inovação, mas de criar um álbum de samba excepcional.
A amplitude dinâmica do álbum é evidente - desde o retumbante baque do baixo da faixa de abertura "Ere" até o samba enriquecido por cordas "Nada Sera de Outra Maneira", uma homenagem a influências como Tamba Trio e o "Estudando O Samba" de Tom Zé. A arte deles brilha em faixas como "Um Abraço No Faust", uma homenagem à canção de João Gilberto "Um Abraço no Bonfá", e "Quem Samba", infundida com toques da herança italiana de Domenico. Até mesmo "Descomunal" quebra convenções, abraçando os vocais de Tori entre tambores eletrônicos, violoncelo e sintetizadores em movimento.
Tanto Domenico Lancellotti quanto Ricardo Dias Gomes são pilares da música brasileira, e sua sinergia ao longo das últimas duas décadas gerou genialidade. O legado de Domenico com os +2 e a Orquestra Imperial, ao lado das explorações de Ricardo, prepararam o terreno para "SRAMBA". Este álbum une com naturalidade as composições rítmicas e enraizadas no samba de Domenico com as experimentações audaciosas de texturas e instrumentação de Ricardo.
"SRAMBA" é mais do que uma simples fusão musical; é uma afirmação audaz de que, mesmo com a integração de máquinas, a essência do samba permanece inabalada. Domenico captura isso perfeitamente: "Samba de máquina é samba" - um testemunho do espírito duradouro de um gênero aberto a novos horizontes sem perder sua essência.
RODRIGO CAMPOS - PAGODE NOVO
Isolado devido à pandemia de Covid-19, Rodrigo Campos transformou esse período de parcial reclusão em uma oportunidade para explorar novas possibilidades e estreitar laços mesmo sem sair de casa. Afinal, se o sambista não pode ir ao pagode, o pagode pode chegar até o sambista. Usando um celular como elemento de interação e registro do mundo externo, o cantor, compositor e multi-instrumentista estabeleceu as bases para a música geográfica de "Pagode Novo" (2023, YB Music). São canções investigativas que partem do pagode como um espaço físico de celebração e um ritmo com características predefinidas pela indústria e seus criadores, mas que se transforma em um elemento a ser reconfigurado pelo artista.
Caracterizado pela forte sensação de movimento, em contraste com o ambiente doméstico ao qual o compositor foi limitado durante o período da pandemia, "Pagode Novo" segue o caminho dos trabalhos anteriores do músico, que já criou atmosferas sonoras em São Mateus, Bahia, Japão e até nos quintais do samba. São composições descritivas que partem de observações minuciosas, por vezes radiográficas, de cenários, eventos e personagens. É um espaço conceitual que ocasionalmente oferece conforto quando voltamos os ouvidos para o amplo repertório de Campos e suas contribuições paralelas, mas que também desafia seus limites.
Rodeado por parceiros criativos antigos e novos, honrando o aspecto colaborativo dos pagodes de fundo de quintal, Campos transforma a gravação em um espaço marcado pela miscelânea de vozes. Logo na abertura do álbum, Maria Beraldo se destaca em meio a paisagens e sensações enquanto assume os vocais da introdutória "Fernanda na Mitologia". Pouco depois, é o amigo Romulo Fróes quem dá movimento aos versos sempre descritivos de "Silvia e o Medo". Um contínuo entrelaçamento de informações que continua até os momentos finais do álbum, em "Japonego", composição que abre espaço para Juçara Marçal.
No entanto, é quando o "novo" explícito no título da obra entra em cena, ampliando os limites da obra, que a música de Campos realmente se destaca, cativa e cresce. Além do minucioso processo de criação e do uso de instrumentos característicos do compositor paulistano, como o cavaco, "Pagode Novo" encanta por meio do diálogo do artista com a produção eletrônica. Programações e ambientações sintéticas apontam para o mesmo território explorado em "Delta Estácio Blues" (2021), mas partindo de uma abordagem econômica e sofisticada, como se fosse projetada para acalmar o ouvinte.
O resultado desse processo se reflete em composições como a envolvente "Atraco". Já uma colaboração conhecida com Mari Tavares, a faixa mantém o aspecto ritualístico do samba, mas impressiona pela ambientação enevoada e pela completa delicadeza dos arranjos que percorrem a canção. Mesmo quando se afasta desse resultado e investe nas batidas, como em "Deixa a Noite", parceria com Verônica Ferriani, prevalece o refinamento estético que envolve a experiência do ouvinte até os minutos finais do disco, em "Mister Chueng", uma música que soa como um remix dos temas asiáticos de "Conversas com Toshiro".
Claro que essa busca por novas possibilidades e faixas que tendem ao etéreo não afasta Campos da realidade e dos temas que ele tem explorado desde "São Mateus Não É Um Lugar Assim Tão Longe". Um exemplo disso ocorre em "Pinheiros É Bom", uma música em que ele canta do ponto de vista de um garçom para explorar os contrastes e a distância, econômica e física, que separam os bairros de Pinheiros e Vila Carrão. É como um olhar renovado para um universo há muito desvendado pelo compositor. São canções que surgem do confinamento vivenciado pelo artista para percorrer ruas, vivenciar histórias e detalhar sensações.
KENYA MACEDO - CAMINHOS
Com uma distinta fusão de batuques de tambores entrelaçados ao seu potente timbre vocal, Kennya Macedo apresenta seu EP de estreia, "Caminhos", marcando o início de sua nova fase artística. Esse álbum afrofuturista, que mergulha nas influências sonoras da artista e é produzido por Eron Guarnieri e Paulo Bira, agora foi lançado em várias plataformas musicais.
Macedo explicou, "O álbum adota uma perspectiva afrofuturista, reconhecendo que tudo tem origem na música negra, ao mesmo tempo que se entrelaça com sintetizadores e tons eletrônicos."
"Caminhos" serve como uma representação da essência da artista. Tendo percorrido diversos projetos como vocalista e backing vocal ao longo de seus 30 anos de trajetória musical, Kennya Macedo agora embarca em sua primeira empreitada solo. Como uma homenagem às suas raízes ancestrais, ela mergulha profundamente em sua herança e revela neste álbum uma exploração musical extensiva e influência sonora.
Macedo conclui, "O título deste EP, 'Caminhos', denota a convergência de sonoridades que me conectam tanto às minhas raízes quanto ao ambiente urbano. Ao mesmo tempo, ele emana uma sensação de naturalidade e sincretismo, assim como paganismo convivendo com uma fé profunda, explorando, assim, a dualidade da complexidade humana."
XAXADO NOVO - XAXADO BEAT
Com uma década de trajetória, três álbuns lançados e diversos prêmios, a banda Xaxado Novo se renova em seu mais recente trabalho de estúdio, "Xaxado Beat". O grupo preserva suas raízes no forró, porém, introduz uma abordagem inovadora ao incorporar elementos eletrônicos em ritmos como baião e xote.
O álbum de oito faixas celebra a liberdade, a festividade e os bailes, abordando questões sociais com um viés crítico, mantendo a leveza e o romantismo. "Xaxado Beat" é recomendado para aqueles que apreciam artistas como BaianaSystem, Nação Zumbi, Gilberto Gil, Mariana Aydar e Braza. Uma das mudanças notáveis é a nova formação da banda, composta por Vanille Goovaerts (rabeca), Davi Freitas (vocais e triângulo), Bruno Duarte (zabumba, percussão e SPD-S), Eliezer Tristão (sousafone) e Ricardo Barros (guitarra).
A estética visual do grupo, complementando o caráter pop que desejam expressar nessa fase da carreira, se aproxima da estética urbana paulistana. Entre as participações especiais, destaca-se Samuel Samuca, vocalista da banda Samuca e a Selva, na faixa "Flor de Caliandra", e Adiel Luna na música "Xenhenhem". A canção "Forró Estalado" conta com a colaboração de Tanaka do Pife e Anná, que também participa em "Canto do Norte".
Lançado pelo selo Relva Music Label e Ingroove, o projeto busca trazer uma abordagem mais contemporânea ao forró, atraindo um público mais amplo, além dos tradicionais entusiastas do gênero.
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