Tumgik
#n me pergunte como ela entrou
skzoombie · 7 months
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-Que cara é essa, minha rainha? - johnny perguntou sem entender quando a mulher de corpo curvilíneo revirou os olhos e caminhou para dentro do apê, deixando a porta aberta para ele entrar.
Um dia inteiro sem responder uma mísera mensagem da namorada, - pelo menos é como ele havia nomeado duas semanas atrás - e agora estava na frente da porta do apartamento dela agindo como se nada tivesse acontecido.
-Não vem com esse tonzinho pra cima de mim - falou com desprezo enquanto caminhava até a cozinha e pegava os dois latões de cerveja na geladeira.
-Como assim? 'Cê não me fala não posso adivinhar, não vai começa com as viagem - respondeu se jogando no sofá com estampa de flores em cores bem brega.
-Eu 'tô viajando? Posso garantir que se eu abrir seu storie da noite passada, não vai parecer que 'tô "viajando" - disse sinalizando aspas com os dedos enquanto entregava a cerveja para o coreano alto sentado na sua frente.
Ela sentou na poltrona de couro ao lado e esticou as pernas para alcançar a mesa de centro da sala, suspirou alto e arqueou as sobrancelhas quando percebeu que johnny observava seu rosto sorrindo que nem um idiota.
-Travou de vez? Tá me olhando assim por quê? - questionou na defensiva.
-Só achando fofo você se mordendo de ciúmes de mim - respondeu sorrindo e bebendo um gole da cerveja.
-E se eu tiver? - falou jogando uma almofada na cara do homem - Prometeu pra mim que se eu aceitasse namoro, não ia fica correndo na noitada.
-Minha rainha, eu já falei que sosseguei dessas coisa- justificou puxando ela pela perna e fazendo caminhar até o sofá, sentando no seu colo - Aquela minha skin morreu, você matou ela quando entrou na minha vida.
-Aí, é que não é exatamente ciúmes, é só que conheço o teu eleitorado, falei pra gente ficar só se pegando e você insistiu muito pra um rolê sério - começou a despejar tudo - Já tá careca de saber que só entro em relacionamento sério se for uma coisa top entre os dois.
Johnny tinha conquistado ela só com a lábia e sempre foi popularzinho nas festas do Rosa porque quase todo mundo já caiu nos papo dele, mais rodado que qualquer coisa. O que o tornava mais interessante, era que o gato nem morava nessa região, filhinho de papai, herdeiro de milhões, que amava tá no meio do povão, ao contrário da família que tinha um leve desgosto pelas atitudes e convívio do filho mais velho.
-'Tô levando nosso rolo mais a sério do que possa imaginar, ontem teve uma galerinha que ficou querendo me conhecer daquele jeitinho, 'cê é que entende - disse jogando o cabelo um pouco mais comprimido pra trás e fazendo a mulher revirar os olhos com o exibicionismo - Mas não me deixei corromper, falei em bom tom que agora tô fechado com a minha gata.
Ela soltou uma gargalhada alta e o homem sorriu junto, abraçou o corpo que estava sentado no seu colo e começou a espalhar uns beijinhos nos ombros dela. S/n confiava, apesar do histórico de cafajeste do coreano, sabia que johnny jamais ficaria com alguém sabendo que isso poderia de alguma forma humilhar ou constranger ela.
-A partir de agora sou homem de uma mulher só, confia - disse esticando o minguinho como promessa - Aliás, tava sem graça ontem, não tinha você lá pra mim pode ti arrasta pro banheiro e co-
Ela colocou uma das mãos na boca dele para impedir que continuasse a frase, não precisava que ele ficasse sempre relembrando da fatídica festa que fodeu com você no banheiro da casa de luxo dele enquanto todo mundo dançava do lado de fora, com a tranca da porta estragada e perigo de qualquer pessoa entrar.
-Cineminha hoje, que acha? - perguntou mudando o assunto e querendo mais um programa brega de casal para aquela tardezinha de sábado.
-Com você até sentar no meio fio pra tomar uma gelada, seria ótimo - ela revirou os olhos com a resposta e levantou do colo do namorado para começar a se arrumar.
Johnny sorriu bobo para as paredes e ficou aproveitando o vento que entrava pela janela do apartamento enquanto idealizava as horas seguintes com a sua deusa.
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mundodafantasia1d · 6 months
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Champagne Problems
Harry olhou para a mulher no banco do passageiro, ela olhava pela janela. 
- Olho na estrada, Styles - ela sorriu sem olhar para ele. 
- Desculpa - ele voltou a atenção para a estrada à sua frente. 
- Falta muito para chegarmos? 
- Não, estamos quase chegando. 
- Sua mãe não ficou muito chateada por termos decidido ficar no hotel, ficou? 
- Ela falou por um bom tempo mas entendeu que seria melhor assim, ela e a Gemma estão tão ocupadas com esse casamento. 
- Não quero nem imaginar o trabalho que elas estão tendo - (s/n) comentou, se arrepiando só de pensar.
Gemma, irmã de Harry, se casaria nesse fim de semana e essa era a razão pela qual estavam indo para a cidade natal de seu namorado. Eles optaram por ficar em um hotel, (s/n) queria evitar a confusão do casamento. Ela nunca gostou de casamentos, mas com certeza gostaria da festa.
Chegaram ao hotel no fim da tarde, arrumaram suas coisas e foram para o jantar de ensaio do casamento, Harry seria padrinho. Foi uma noite até agradável, tirando o fato de que seu namorado desapareceu e voltou dizendo que só tinha ido ao banheiro mas sua cara de quem tava aprontando o acusou, mas ela deixou para lá quando sua sogra perguntou sobre seu vestido.
(S/n) teve que admitir, o casamento foi lindo. Gemma estava deslumbrante em seu vestido branco, (s/n) sempre achou brega mas a cunhada estava irradiando uma luz linda. Todos pareciam tão felizes por Gemma e Michal e era possível sentir o amor dos dois emanar deles. (S/n) podia não gostar de casamentos e com certeza não queria se casar nunca, mas não era insensível à felicidade deles. 
E Harry estava tão feliz pela irmã, e ela amava ver Harry feliz. Eles dançavam em meio a risadas e (s/n) pensou que a noite estava impressionantemente agradável.
Até o momento em que a música parou e Gemma entregou o microfone para Harry. Ele parecia nervoso, suas mãos estavam suadas, ele segurava sua mão e sorriu para ela antes de dizer: 
- Antes de mais nada eu tenho que dar os créditos a Gemma que teve a ideia, você sabe que essas pessoas aqui são as mais importantes da minha vida e eu estou muito feliz por elas poderem presenciar esse momento - (s/n) ficou pálida na mesma hora e mentalmente implorou para que não fosse o que ela pensava que seria - Vou contar uma história, em uma manhã de terça feira, eu fui para a academia, treinei como sempre faço nas minhas folgas e quando estava saindo vi essa linda mulher na recepção da academia, usando roupas de ginástica, cabelo amarrado e com esse sorriso lindo que ela tem, sendo extremamente educada enquanto soletrava seu nome para a recepcionista - as pessoas ao redor riram, mas ela estava paralisada - Nunca vou esquecer esse dia, porque foi nele em que conheci a mulher com quem quero viver minha vida, cada minuto ao seu lado tem sido um sonho e eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida, como tenho de que você é o amor da minha vida, por isso eu tenho uma pergunta pra fazer - ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou, ela entrou em pânico - (S/n), você aceita se casar comigo? 
Podia ouvir os sussurros das pessoas ao redor, as reações de surpresa, os gritos de sim, mas tudo isso parecia tão distante para ela. Não soube ao certo quanto tempo ficou parada sem esboçar qualquer reação. 
- Posso colocar o anel da minha mãe no seu dedo? - Harry perguntou após um tempo já com o anel próximo ao seu dedo, mas ela puxou a mão imediatamente. 
- Não - sussurrou. 
- O que? - ele perguntou. 
- Desculpa - sua voz não passava de um sussurro. 
- (S/n), eu não estou entendendo. 
- Eu não quero me casar - ela deixou as palavras escaparem, rápida e atrapalhadamente, com os olhos fechados, pois não aguentaria olhar em seu rosto agora. 
- Você está negando meu pedido? - ele se levantou.
- Estou - depois de alguns segundos ela abriu os olhos e viu a dor em seu rosto, ele respirou fundo. 
- Ela não quer se casar comigo - ele disse para as pessoas ao redor que reagiram surpresas.
Ela não conseguia mais ficar lá, foi se afastando enquanto o via lá parado, a mão com a caixa do anel no bolso, o olhar triste. 
- Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - ouviu a tia de Harry comentar.
Gemma espirrou e deixou a garrafa de champanhe que segurava cair, não iriam precisar dela de todo jeito, ninguém estava comemorando, nenhuma multidão de amigos estava aplaudindo, os céticos da cidade natal de Harry chamaram isso de problemas com champanhe.
Então ela foi embora.
Harry não foi para o hotel naquela noite e quando ela tentou ligar para ele na manhã seguinte, ele não atendeu. No dia seguinte, a mãe dele apareceu para pegar as coisas dele, ela tentou falar com a sogra que não quis a escutar. 
- Anne, por favor... - ela a interrompeu. 
- Eu não quero escutar (s/n), você magoou muito o Harry, em frente de todas as pessoas importantes para ele, não esperava isso de você. 
- Se você puder me deixar explicar. 
- Não é a mim que você deve explicações, é ao Harry, ele está na casa de vocês, se você o ama de verdade sugiro ter uma explicação muito boa para o que fez. 
Sozinha, ela decidiu reservar o trem noturno, assim ela poderia sentar lá com sua dor, multidões movimentadas ou pessoas dormindo silenciosas, não tinha certeza do que era pior. 
Chegou na casa em que vivia com Harry, não sabia se conseguiria encará-lo mas precisava tentar. Ele estava na sala, no escuro, com uma taça de champanhe na mão. 
- Harry - ela o chamou mas ele não a olhou. - Eu deixei sua mão cair, eu sei que te machuquei, eu juro que meu coração despedaçou quando te deixei lá, parado, desanimado, o anel da sua mãe no bolso. Seu coração era de vidro e eu deixei cair. Eu sinto muito por isso. 
- Desculpas esfarrapadas é tudo o que você tem? - a voz dele era baixa e rouca e ele não a olhou. - Palavras bonitas não vão amenizar a dor. 
- Olha, eu agradeço pelo que você fez, você tinha um discurso e eu deixei você sem palavras, mas... 
- Chega - ela se assustou com o grito dele - É você que tem um discurso aqui, aposto que veio pensando nele o caminho todo, pegou o trem noturno, evitou multidões porque sabe que agora todos falam disso, do papel ridículo que passei - ele se levantou e finalmente a encarou. - O amor escorregou além do seu alcance, se você tiver uma boa razão fala agora porque é a última chance de salvá-lo. 
- Eu não poderia dar uma razão. 
- Então vai, arrume suas coisas.
Ele a deixou sozinha e ela desabou. Horas depois ela chegou a um dormitório onde seria seu lar até colocar sua vida de volta nos trilhos, se isso fosse possível sem ele. 
“Este dormitório já foi um hospício” estava escrito em um canto da parede. 
- Bem, é feito para mim - ela riu sem graça, e o riso foi se transformando em choro. Até que dormiu.
No dia seguinte, todos noticiavam que Harry foi visto no aeroporto deixando o país, ela havia o perdido.
Era uma noite fria, algumas semanas depois de ter perdido o homem que amava, ela continuava no dormitório porque não tinha mais forças para seguir em frente, havia o magoado e tudo que merecia por isso era aquele pequeno quarto que já foi um hospício. 
Ouviu batidas na porta e se surpreendeu ao ver Harry parado bem ali. Eles não disseram nada, ela apenas deu passagem para ele, que entrou. Depois de se encararem por um tempo, ele respirou fundo. 
- Sinto sua falta - ele disse por fim. 
- Eu sinto sua falta também, Harry. 
- Por que? Só me responde por que, por favor - ele implorou. 
- Harry, eu não vou me casar, desculpa por te machucar, eu me odeio por isso, sei que essa decisão te causa dor mas você vai encontrar a coisa real invés disso, ela vai consertar sua tapeçaria que eu rasguei e vai segurar sua mão enquanto dança, nunca vai te deixar lá parado e desanimado, como eu fiz e você não vai nem se lembrar de todos os meus problemas com champanhe. 
Ele pegou sua carteira do bolso, a abriu e tirou a foto de (s/n) que ficava ali. 
- Eu nunca vou te esquecer, essa foto está sempre comigo porque é uma representação física do que está no meu coração, você. 
- Harry - ela não disse nada mais do que o nome dele. 
- Eu sei que você me ama, então por quê? 
- Pelo dinheiro, pelo show, pelo que quiser acreditar, só por favor, não insista, eu já dei minha resposta.
Aquela foi a última vez que se viram. 
Até que se encontraram novamente, um anos depois, na academia em que se conheceram. Ela o viu falando com a mesma recepcionista, viu quando ele pegou a carteira e a abriu para pegar o cartão e viu uma pequena polaroid cair, ele se abaixou para pegar e quando os olhos dele se levantaram encontraram os dela. Se encararam por um tempo, então ele levantou a polaroid mostrando sua foto, ela sorriu. 
- Posso te convidar para um café? - ele perguntou e ela concordou. 
Na cafeteria próxima à academia, eles ficaram em silêncio com os sentimentos gritando. 
- Você continua linda. 
- Posso dizer o mesmo de você. 
Os dois pareciam constrangidos, a situação toda era desconcertante e tinha muitos sentimentos no ar. 
- Eu nunca estive pronta, então eu assisti você partir - ela finalmente falou. - Às vezes você simplesmente não sabe a resposta até que alguém esteja de joelhos te perguntando. 
- Não foi a resposta que eu queria ter ouvido. 
- Demorou mais do que eu queria pra entender que a resposta para aquela pergunta vinda de você deveria ter sido sim, eu passei tanto tempo odiando a ideia do casamento, sempre quis ser independente até conhecer você e me apaixonar perdidamente, eu disse para mim mesma que estava tudo bem - ela riu sem graça. - Naquele dia, sua tia disse: Ela teria sido uma noiva tão adorável, que pena que ela não tem uma cabeça boa - os dois riram. - Ela não estava errada. Eu tenho traumas, Harry. O casamento dos meus pais foi o pior que podia ser, eu era só uma criança e estava escondida no closet tentando evitar os gritos, todas aquelas brigas e o ódio que eles sentem um pelo outro até hoje acabou com qualquer resquício de sentimento bom que eles um dia tiveram um pelo outro, o casamento acabou com o respeito que tinham e eu jurei pra mim mesma, no escuro daquele closet, que eu nunca me casaria - lágrimas escorriam pelo rosto dela. - Eu entrei em pânico, Harry, eu não queria que o que tínhamos acabasse, não queria que nosso amor virasse ódio. 
- Isso nunca aconteceria, o amor que sinto por você é maior e mais intenso do que qualquer sentimento e mesmo depois de você ter partido meu coração, eu não consegui te odiar, eu tentei mas tudo que sinto por você é amor.  - ela sabia que era verdade, pois podia ver em seus olhos. 
- Eu fui uma idiota, como eu pude achar que nosso amor não era forte? 
- Sim, você foi - ele riu - mas ainda dá tempo de consertar, eu ainda quero passar o resto da minha vida com você. 
- O anel da sua mãe ainda está com você? 
Ele se levantou, estendeu a mão para ela que a pegou e a levou para fora dali até o estacionamento da academia, onde o carro dele se encontrava. Ela esperou enquanto ele procurava algo lá dentro. Harry encontrou o que procurava, parou em frente a (s/n) se ajoelhou e a mostrou o anel de sua mãe. 
- Você aceita se casar comigo, meu amor? 
- Sim - ela respondeu com um sorriso enorme no rosto. 
Ele colocou o anel em seu dedo, serviu perfeitamente, ele se levantou e a pegou em seus braços. 
- Eu te amo (s/n) e sempre vou te amar, eu prometo que nunca vou te odiar ou deixar de te amar, não vou deixar nada estragar nosso casamento, será eterno.
- Eu te amo, Harry e vou te amar para sempre.
E eles finalmente se beijaram.
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lucuslavigne · 2 months
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Cheating on You.
Gyuvin × Leitora.
๑: agnst?, twt, bestfriends to lovers?, "Gyuv", traição, menção a outros membros do zb1, menção a Hanni do nwjns, bem curtinho.
Nene's note: falei que não sabia quando ia sair mas postei hj pq fiquei ansiosa e escrevi isso aqui rapidão. Me perdoem qualquer erro 😞🙏🏻
Espero que gostem.
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Você e Gyuvin eram amigos desde sempre. Já nem se lembravam de como se conheceram de tão grudados que eram. Gyuvin sempre foi o tipo de amigo que não liga de ser carinhoso com você na frente dos outros, o que os faziam serem confundidos com um casal. E você sempre foi atrás do mesmo, se ele te chamasse para ir a algum lugar, você ia de prontidão, não importa onde fosse.
A amizade de vocês sempre funcionou muito bem! Você falava sobre os garotos que você queria pegar para o Kim, e o mesmo sempre te falava das meninas que ele tinha ficado, o que rendia muitas risadas e piadas internas.
Embora você estivesse acostumada com um Gyuvin super carinhoso, nunca esperou a notícia de que um dia ele poderia estar namorando. Até porque quem iria querer Kim Gyuvin? Ele era irritante, cínico, egocêntrico e faz piadas de tiozão.
Mas é. Ele namorava agora, e você foi a primeira pessoa a saber. Você ficou muito feliz por ele, afinal, no fundo você sabia o quão incrível Gyuvin era. E bom... Agora ele te devia um encontro com o amigo dele, Ricky.
— Eu não vou te arrumar o Ricky! — te afastou.
— E porque não? — perguntou indignada.
E enquanto isso, Hanni, a namorada do mesmo –e agora sua amiga– ria de toda a situação.
— Porque ele não é um cara de compromisso. — suspirou passando as mãos pelo rosto, frustrado.
— Eu posso mudar ele Gyuv! — entrou na frente do mesmo.
— Vai nessa. — riu da sua cara.
E sim, ele te arrumou o amigo rico dele. O encontro com Ricky foi incrível! Ele te buscou na sua casa, te levou para um restaurante chiquérrimo, te deu um vestido lindo da YSL e ainda te deixou em casa. Você decidiu ligar para Gyuvin e contar tudo, afinal você estava muito feliz. Conversaram por horas, até que precisaram desligar por conta do horário. Pelo menos foi isso que ele te falou.
A verdade era que Gyuvin estava estranho, não só com você, mas com Hanni também. Não queria contato físico, a olhava com seriedade e mal a elogiava ou dizia que a amava. Isso tudo era uma situação um tanto constrangedora.
Estava com Taerae em sua casa, haviam marcado de assistir o Street Woman Fighter juntos para passar o tempo. Como o episódio havia acabado, estavam apenas jogando conversa fora. Isso até sua campanha tocar.
— Gyuvin? — ficou surpresa.
— Posso entrar? — te perguntou.
— S/N, eu preciso ir agora. — te avisou. — E aí Gyuvin? — sorriu ao ver o amigo.
— Tudo bem Taerae? — respondeu.
— Valeu pela noite S/N! — te agradeceu. — Depois te mando mensagem falando o que aconteceu.
— Tudo bem Taerae, boa noite. — o abraçou. — Entra Gyuv. — o deu espaço enquanto acenava para Taerae que já saia.
— Eu quero conversar com você. — disse sério.
— Pode falar Gyuv, é muito sério? — se sentou do lado do Kim.
— Você é minha melhor amiga desde sempre, me apoiou em tudo, me defendeu, cuidou de mim quando eu precisei e...
— Aonde quer chegar? — perguntou.
— Eu não consigo mais ficar perto da Hanni. — confessou. — Sempre que eu beijo ela ou seguro a mão dela eu sinto que estou traindo você.
Você ficou surpresa, nunca havia imaginado a possibilidade de Gyuvin gostar de você.
— Gyuvin... — falou.
— Eu sei que é errado, mas eu simplesmente me sinto assim.
— Mas e a Hanni? Como ela se sente? — retrucou.
— Eu não sei! Que merda... — se jogou contra o sofá. — Eu sinto sua falta 'tá?! — te olhou. — Só isso que eu sei.
Seu coração estava acelerado. Não queria se sentir assim, Gyuvin era seu melhor amigo.
— A gente não pode fazer isso e...
— Por que não? — te encarou.
— A Hanni vai...
— Esquece a Hanni! — se levantou nervoso.
— Gyuvin, se acalma por... — mas mal teve tempo de completar a frase.
Os lábios de Gyuvin juntos aos seus faziam a sua cabeça girar, e quando ele te puxou pela cintura pode sentir as lágrimas caindo pelo rosto dele, te fazendo levar suas mãos até o rosto do Kim, secando as lágrimas dele.
— Eu quero você. Sempre quis. — te abraçou. — Mas eu só percebi quando você me pediu para marcar um encontro entre você e o Ricky.
— Eu... — suspirou. — Não sei o que te falar Gyuvin.
— Me deixa passar a noite com você, por favor. — te olhou com os olhos cheios de lágrimas. — E amanhã eu vou embora e termino com a Hanni. — falou. — E se você quiser que eu suma da sua vida, eu sumo, mas essa noite eu preciso de você. — te apertou mais.
— Pode ficar Gyuvin. — o abraçou de volta. — Não te quero longe.
E naquela noite você e Gyuvin ficaram abraçados em sua cama enquanto faziam confissões de amor e escutavam música. Nunca havia percebido que o cara certo para você estava bem na sua frente e nunca havia percebido, mesmo que toda aquela situação fosse errada.
Quando Gyuvin pegou o celular, viu uma mensagem de Ricky.
“ Eu espero que você termine com a Hanni e quebre a cara do Taerae. ” e uma foto da Pham e do Kim mais velho se beijando em uma festa.
— Parece que o universo 'tá favorecendo a gente. — te mostrou o celular.
— Acho que sim. — riu de leve, voltando para os braços de Gyuvin, se sentindo mais leve do que nunca.
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bts-scenarios-br · 10 hours
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Reaction - Quando você recebe hate por ser pansexual.
Personagens: leitora!feminina, membros!idols
Gênero: angst angst angst
Cont. de Palavras: 4k
Avisos: Homofobia em todas as partes (em especial as parted do Yoon, Tae e JK.), e também palavras e desabafos sensíveis.
Obs: Pansexualidade diz respeito à pessoas que são atraídas por outras pessoas independente de seu gênero! Caso se pergunte a diferença desta orientação sexual para a bissexualidade, no geral a diferença é histórica (o momento e contexto de surgimento de cada uma), e, é claro, a relação e identificação da pessoa com os termos. (Fonte: adm que é bi/pan)
N/A: Oioi, olhem, eu pesei um pouco a mão pra escrever esse React, então ficou um pouco, digamos, real demais em algumas partes. Se por acaso o assunto for gatilho para você NAO LEIA, já é triste demais ter que lidar com isso na vida real, não tem porque prejudicar ainda mais a sanidade e ler aqui também. Mas, apesar dos apesares, para quem for ler prometo que os membros irão te reconfortar em todos, não se preocupe. E também, não se esqueçam que a homofobia é crime, besties! Se cuidem, se você passar por isso, ou se não, cuidem daqueles que passam. Beijinhos, boa leitura <3
Kim Namjoon
Você sabia que, por namorar uma pessoa internacionalmente conhecia, eventualmente a sua anonimidade iria acabar. O que não esperava, no entanto, era que ela seria dilacerada de forma tão brutal. Por isso que estava nesse momento sentada no chão do seu banheiro, completamente imóvel e sem saber o que fazer ao certo.
O motivo? Suas redes sociais privadas, onde compartilhava os detalhes mais particulares da sua vida pessoal apenas com as pessoas mais próximas, haviam sido, de alguma forma, expostas ao público por uma conta anônima (aparentemente teria que rever as pessoas em quem confiava).
Não é que você tivesse algo a esconder, até porque não tinha vergonha de quem era. O ponto é que sabia que, a partir do momento em que o mundo descobrisse certos detalhes sobre quem era, seria instantaneamente julgada e atacada. E convenhamos, ser arrancada do armário à força nunca é algo muito prazeroso.
“Pansexual?? Que merda é essa? Esses lgtv estão começando a querer inventar coisas, juro💀”
Você suspirou, fechando os olhos por alguns segundos enquanto lia mais um comentário no post que mostrava uma foto sua em uma passeata do orgulho que havia participado com seus amigos, segurando a bandeira Pan.
Foi então que você ouviu a porta da frente abrir, e passos apressados começarem a andar pela casa, e entrou ainda mais em desespero. Você sabia que o Namjoon já tinha visto tudo porque havia recebido uma série de ligações e mensagens dele nas últimas horas, mas não teve forças de responder ou mesmo atender qualquer uma delas.
“Jagi! Amor!! Onde você tá???” Você ouviu o desespero na voz dele enquanto provavelmente te procurava pelo seu apartamento.
“No banheiro.” Você disse, com a voz tão fraca que não teve certeza se ele pode ouvi-la, mas logo a porta abriu encerrando a sua dúvida.
“Ai meu Deus, ainda bem que está aqui…” Ele disse, se abaixando do seu lado e te puxando para um abraço. “Eu vi o que aconteceu… e você não me dava sinal de vida, eu fiquei preocupado.”
“Eu sei, me desculpa…” Você disse, com a voz fraca, se aninhando à ele, que te apertou mais forte.
“Não precisa se desculpas, meu bem.” Ele suspirou, se afastando um pouco para poder te olhar nos olhos. “Como está se sentindo?”
“Péssima.” Você respondeu, sentindo um nó se formar na sua garganta. “Eu não sei o que fazer Namjoon… não é como se eu pudesse simplesmente mudar quem eu sou para agradar essas pessoas, não existe uma solução pra isso.”
“É claro que não tem solução, porque isso não é um problema.” Ele voltou a te puxar para perto, colocando a sua cabeça no peito dele. “Se existem pessoas por aí que querem usar a sua forma de amar como uma coisa negativa, só porque não agrada os padrões atrasados e inadequados deles, convenhamos que o problema na verdade são eles.” Você sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto, e ele foi rápido em limpá-la.
“Eu sei que está certo… mas ainda dói.” Você desabou. “Dói saber que as pessoas são tão cruéis com quem não fez absolutamente nada de errado, só porque não somos o que querem que sejamos.”
“Eu sei que dói meu bem, acredite, dói em mim também.” Ele limpou o seu rosto mais uma vez. “Mas tudo o que podemos fazer por enquanto é tentar mostrar para esses que são julgados que não estão sozinhos.” Ele deu um sorriso fraco, tirando uma mexa de cabelo do seu rosto. “E é isto que vou fazer por você todos os dias da minha vida, até não aguentar mais.” Você não resistiu, e sorriu também. “Eu te amo, e você me ama, e se eles têm qualquer problema com isso então eles que se fodam… eu estou contigo até o fim, okay?” Você concordou, sendo puxada para mais um abraço pelo seu namorado.
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Kim Seokjin
“Mas que merda…?” O Jin falou para si mesmo, lendo as palavras baixas que apareciam na tela do celular dele.
“Ela é pansexual?? Okay, coloquem aqui abaixo as suas apostas de quanto tempo vai demorar para ela o trair! Eu começo! Dou 2 meses no máximo, depois que perder a fama, vai logo procurar a próxima pobre alma… essas pessoas não sabem amar uma pessoa só de verdade.”
“Que merda?” Ele levantou os olhos, te olhando indignado.
Você nem mesmo sabia da onda de hate que estava levando, apenas ficou sabendo quando uma amiga próxima te alertou por estar ficando preocupada. Quando você viu a principal opinião do público geral (de que iria trair o seu namorado porque aparentemente se você gosta de todos os gêneros então você ficaria com qualquer um), você ficou preocupada que o Jin pudesse pensar algo parecido e decidiu tomar coragem e mostrar o que estava acontecendo para que pudessem conversar e deixar as coisas claras entre vocês.
“Isso não é verdade, Jin… sabe que eu te amo, não é porque eu gosto de outros gêneros que vou te deixar assim-”
“Eu sei disso, Jagi, não tem que se explicar pra mim.” Ele disse, te cortando, mas de forma doce. “Eu tô indignado exatamente pelo tipo de pensamento doentiu que essas pessoas estão tendo…” Você sentiu um alívio percorrer o seu corpo, sorrindo de leve.
“Não faz ideia do quão feliz eu fico por você me entender…” Ele sorriu, mas logo sua expressão preocupada voltou ao rosto.
“Mas de pouco importa eu te entender se não posso te proteger disso…” Suspirou, se levantando de repente.
“Onde você vai?” Você perguntou, se levantando logo em seguida.
“Pra empresa.” Ele desbloqueou o celular, procurando algum contato que não conseguiu decifrar o que era, e logo levando o aparelho ao ouvido. “Manager-nim?” Ele disse depois de alguns segundos, fazendo você o olhar desesperada e começar a tentar comunicar sem sucesso para que ele esquecesse disso. “Viu o que te mandei, certo? Sim… já conseguiu falar com os advogados?” Você entrou em ainda mais desespero, quase arrancando o celular dele com suas próprias mãos. “Ótimo… sim, ela está bem… okay, vou ver com ela então. Até logo.” Ele enfim desligou o telefone, e você o deu um tapa no braço. “Ai!”
“Jin o que você tá fazendo?” Você perguntou, sem ligar para a dramática dor dele.
“Me preparando pra processar todo idiota que falar de você, o que mais seria?” Ele disse, como se fosse óbvio.
“Sekjin!” Você disse, suspirando. “Se for processar todo mundo vai ficar pra sempre fazendo isso.” Ele pareceu enfim se acalmar, lembrando que mais do que punir as pessoas, ele deve garantir que você esteja bem.
“Jagi, vem aqui…” Ele falou, abrindo os braços, onde você não demorou em se aninhar, e ele a cobriu em um abraço. “Você sabe que você é a pessoa que eu mais amo na vida, não é?” Você concordou, mesmo que incerta. “E sabe que é a pessoa com quem eu mais me preocupo também, não é?” Você deu de ombros, e ele levantou uma sobrancelha, se afastando um pouco para te olhar, fazendo você suspirar e concordar. “Então… acha mesmo que eu não vou fazer o que estiver no meu alcance pra te proteger daquilo que te machuca?” Você ficou uns segundos sem dizer nada, o que fez com que ele suspirasse e segurasse o seu rosto de modo que olhasse para ele. “Você é perfeita aos meus olhos, e uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheço… e é frustrante que as pessoas não vejam isso por se cegarem com um preconceito, e usarem isso para tentar invalidar não só o nosso amor mas a sua integridade.” Você não conseguiu evitar se emocionar um pouco com as palavras do Jin, que percebeu e sorriu de leve, beijando a sua testa. “Você é muito mais do que eles dizem não se preocupe… e agora se me der licença, eu tenho uma série de processos para abrir.” Finalizou a fala, de uma forma um tanto quanto dramática, te dando um selinho e enfim se soltando, indo até a porta e fazendo você soltar uma leve risada.
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Min Yoongi
“Sim, a S/N foi à parada do orgulho aqui de Seul…” O Yoongi disse, na live que estava fazendo sozinho. “Ela estava com medo porque sabia que ia ser vista, mas fiquei feliz que foi mesmo assim, ela ficou muito contente, e até encontrou alguns de vocês lá.” Ele sorriu, orgulhoso, mas logo a expressão dele caiu completamente.
“Ela diz que é pansexual como desculpa pra ser uma p*ta”
“Que tipo de raciocínio é esse, hein?” Ele disse, visivelmente nervoso, após ter lido o comentário em voz alta. “Até onde eu saiba, quem uma pessoa ama não define em nada esse tipo de coisa.” Levantou uma sobrancelha, cruzando os braços e se encostando na parte de trás da cadeira. “Mas se vocês não conseguem se controlar e querem dormir com todo mundo que seja do gênero que te atrai, aí o problema já não é meu…” Deu de ombros. “E muito menos problema da S/N.”
Depois disso ele mudou de assunto rapidamente, e não demorou muito para encerrar a Live por completo, com uma desculpa qualquer de trabalho. Porém, na realidade, ele precisava mesmo era te encontrar o mais rápido possível. Você nunca, nunca mesmo, perdia uma live sequer dele, e ele tinha completa noção de que dessa vez não tinha sido diferente (até porque as dezenas de mensagens que você havia o enviado desde o momento em que ele respondeu ao fã já comprovavam isso).
Mas afinal ele nem mesmo teve que sair do estúdio para te encontrar, pois assim que encerrou a Live e se despediu, ele ouviu uma batida na porta, já sabendo quem seria.
“Yoongi você tá pirado, é?” Você disse, já entrando no estúdio dele, que suspirou.
“Oi pra você também Jagi…” Ele disse, irônico, e você o ignorou.
“Min Yoongi… me diz porque você achou que seria uma boa ideia dar patada em um fã?!” Falou, visivelmente em desespero.
“Gente homofóbica não é meu fã não…” Ele respondeu, levantando uma sobrancelha. “E vem cá, por que você tá tão brava assim? Eu estava te defendendo!”
“Sim, mas a troco de que, Yoongs?” Você falou, e ele se acalmou ou ouvir o apelido que você sempre usava com ele. “Eles vão continuar me odiando, mas vão passar a odiar você agora também… não quero que você me defenda se em troca for prejudicar a sua imagem…” Ele suspirou, te puxando para um abraço quando terminou de falar por perceber que estava à beira de lágrimas.
“Amor… eu entendo a sua preocupação, entendo mesmo.” Ele disse, acariciando o seu cabelo enquanto percebia as suas primeira lágrimas molharam a camiseta dele. “Mas você é muito mais importante pra mim do que a minha aceitação pública.” Se afastou um pouco para poder te olhar nos olhos. “Eu te amo S/N… e não vejo qual o sentido em ser admirado pelas pessoas, se essas pessoas têm visões tão baixas e nojentas de você.” Voltou a te abraçar. “Você é importante demais pra mim pra eu deixar que continuem te atacando e te machucando, mesmo que isso custe a minha popularidade… eu sou um homem de princípios, sabe.” Disse, tentando quebrar um pouco o gelo com a última frase, o que funcionou, pois fez você dar um leve sorriso, se afastando e segurando o rosto dele com as mãos.
“Eu te amo, sabia?” Você disse, olhando no fundo dos olhos dele, que sorriu e te deu um selinho doce.
“Sim, eu sabia… mas nunca é demais ouvir isso de você.” Você sorriu também.
“Agora, se eu fosse você eu me preparava pra bronca que vai levar do Manager e do Namjoon…” Você falou, fazendo ele rir de leve.
“Eu não ligo pro que o manager diz… e sinceramente eu acho que o Namjoon teria dado um esculacho muito maior no meu lugar, então não tem com o que se preocupar.” Disse, por fim, te fazendo rir.
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Jung Hoseok
“Pansexualidade não existe. Ela é apenas uma bi encubada.”
O Hobi leu e releu o comentário umas cinco vezes antes de compreender de fato o grande ponto dele, e concluiu que não havia nenhum. Mas, apesar de saber que o melhor seria deixar isso de lado, e seguir com o dia dele, ele não pôde ignorar as centenas de curtidas que aquelas palavras bobas tinham recebido.
Ele não fazia ideia se você tinha conhecimento dessa nova e surpreendente onda de hate que estava levando, mas sabia que, independentemente disto, ele queria poder conversar com você sobre esse assunto. Por isso te chamou para passar a noite no apartamento dele aquele dia, depois do trabalho.
“Você tá estranho… aconteceu alguma coisa?” Você perguntou, se ajeitando no sofá para ficar mais perto dele. “Sabe que pode me dizer qualquer coisa, né?”
“Eu sei, e quero te dizer mesmo, é só que…” Ele suspirou, te deixando ainda mais preocupada. “Eu li umas coisas na internet hoje cedo, enquanto estava almoçando, e não gostei muito… falavam sobre você.” Você já imaginava o tipo de coisa que poderia ser, então não estava surpresa.
“E o que foi?” Perguntou, e ele pegou o celular dele que estava ao lado, para lhe responder.
Você apenas leu em silêncio o post, concordando com a cabeça e, depois de alguns segundos, suspirando. Estava decepcionada, mas não surpresa.
“Já ouvi isso algumas vezes mesmo.” Falou, fazendo ele te olhar, com um olhar chateado.
“E por que dizem isso?” Perguntou, de forma genuína, mas você apenas deu de ombros.
“Muitas pessoas têm dificuldade em entender o diferente… e por não entenderem, acham que esse diferente está errado.” Falou, e ele inclinou a cabeça um pouco pro lado, claramente incomodado.
“Quem eles acham que são pra definir a orientação sexual dos outros assim…” Ele falou, cruzando os braços, e fazendo você soltar uma leve risada. “Se dizem super aliados e inclusivos, mas se as pessoas não se rotulam do jeito que querem eles fazem um escândalo?”
“Seres humanos são hipócritas.” Você respondeu.
“E põe hipócritas nisso…” Ele concluiu, negando com a cabeça. Mas então se ajeitou no sofá e lhe olhou, segurando as suas mãos. “Você não se importa com essas coisas?”
“Claro que me importo... sempre me machuca ler essas coisas.” Disse, e ele concordou, te puxando para se aninhar no peito dele. “Mas eu tento não deixar que tenham esse poder tanto assim, sabe?” Ele concordou mais uma vez. “Por mais que me chateie, tento ignorar… lá no fundo é sempre o melhor a se fazer.”
“E é mesmo…” Ele deu um beijinho no topo da sua cabeça. “E sabe que independente de tudo, eu ainda vou estar do seu lado, né?” Perguntou, e você sorriu de forma suave, olhando para ele e concordando com a cabeça.
“Sei, sim…” Ele sorriu também. “Mas agora vamos deixar esses preconceituosos de lado e aproveitar nossa noite direito!”
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Park Jimin
“S/N?” O Jimin chamou, assim que entrou no apartamento que dividiam, estranhando a sua falta de resposta. “Jagi?” Tentou mais uma vez, com um apelido carinhoso, e tendo o mesmo silêncio, o que o deixou preocupado.
Mas não demorou muito para que ele te encontrasse. Você estava no escritório, sentada em frente ao seu computador e com fones de ouvido, o que explicava a sua falta de resposta mais cedo. Quando ele se aproximou para te chamar, porém, ele congelou ao perceber o que estava na sua tela.
Era um post que alguém tinha feito sobre você, com uma foto que tinha tirado quando visitou uma ONG que acolhia crianças LGBTQIA+ que estavam em situação de rua por não terem acolhimento e segurança em casa. Nessa foto em específico, você estava de pé, parecendo estar contando uma história ou algo assim, e com uma bandeira Pan nos seus ombros.
O quanto a foto era bonita foi a primeira coisa que o Jimin pensou, sorrindo levemente. Mas logo o quentinho no coração dele foi embora, quando ele desceu os olhos um pouco mais e começou a ver alguns dos comentários.
“Legal ela querer ajudar e tal… mas não seria melhor orientar as crianças à pararem com essas merdas e voltarem para casa? Com esse exemplo dela vão ter mais e mais na rua, isso sim.”
O Jimin franziu o cenho no mesmo instante em que você soltou um suspiro de derrota, se inclinando levemente pra trás e quase pulando para fora da cadeira quando sentiu que tinha alguém atrás de você. Mas logo relaxou quando viu que era o seu noivo.
“Meu Deus, amor, você quer me matar do coração ou o que?” Você falou, tirando os seus fones e colocando a mão no peito de forma dramática, e ele apenas negou com a cabeça, voltando a olhar para a tela.
“Eles sempre dizem esse tipo de merda?” Ele perguntou, fazendo você voltar a olhar para a tela e concordar com a cabeça, suspirando mais uma vez.
“Por incrível que pareça sim.” Voltou a se sentar. “Eles falam as maiores atrocidades do mundo, e depois não entendem porque os outros dizem que eles são o problema… seria até cômico, se não fosse trágico.”
“Pra uma pessoa olhar pra uma imagem dessas, sabendo o contexto, e ainda assim falar esse tipo de merda…” Ele suspirou também, se apoiando na sua cadeira de forma que ficasse atrás de você, e com a cabeça dele encostada em cima da sua. “Realmente não deve fazer ideia do que é amor ao próximo…” Você concordou mais uma vez.
“Só se o próximo for, agir e pensar igual a ele…” Disse, com uma risada sem graça.
Depois de alguns poucos segundos, ele se afastou de você, rodando a cadeira para que olhasse diretamente nos seus olhos.
“Você sabe que é incrível, né?” Ele disse, segurando o seu rosto. “Não importa o que esses idiotas dizem… você é tipo, muito muito incrível.” Você riu, levemente envergonhada.
“Eu não faço nada extraordinário, Jimin…” Pegou as mãos dele, as abaixando e apertando de leve. “Quero só ajudar a proteger eles exatamente desse tipo de coisa.” Indicou a tela com a cabeça. “Isso está na conta oficial da organização… eu estava deletando os comentários negativos pras crianças não verem.”
Se o seu parceiro já estava completamente orgulhoso e apaixonado por você, isso o derreteu por completo, o que se mostrou pelo sorriso de bobo apaixonado no rosto dele, e o beijo doce que te deu logo em seguida.
“Você é incrível, Jagi.” Ele repetiu olhando no fundo dos seus olhos, e ele afastando logo em seguida, indo em direção à porta do cômodo. “Eu vou buscar o meu laptop.” Ele disse, saindo. “Vou te ajudar com os comentários!” Gritou, já do corredor, fazendo você soltar uma leve risada, agradecendo mentalmente pela pessoa que tinha ao seu lado.
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Kim Taehyung
Quando você tomou a decisão de fazer algum tipo de posicionamento público sobre a sua orientação sexual, você sabia que seria extremamente estressante. Mas, ainda assim, achava que seria melhor você mesma dizer para todos, do que se a Internet descobrisse por conta própria.
Mas, nesse momento você estava começando a se arrepender profundamente dessa decisão.
Tudo começou com você abrindo uma conta pública no Instagram, coisa que até então não havia por motivos de privacidade. Mas pensou que, já que queria melhorar o seu relacionamento com o fandom, e deixar as coisas mais genuínas possíveis, ter uma conta onde pudesse interagir diretamente com todos seria algo que pudesse deixar as coisas melhores.
E de fato, pelos primeiros dias tudo funcionou surpreendentemente bem. Claro que haviam comentários negativos aqui e ali, mas no geral as pessoas pareciam ao menos serem minimamente civilizadas.
Mas tudo desandou quando você decidiu que era a hora de tomar o próximo passo. Acabou optando por postar um pequeno vídeo falando sobre a sua orientação sexual, tentando ao máximo possível parecer como se estivesse conversando com algum amigo ou algo do gênero. Falou sobre como percebeu, como se assumiu para as pessoas mais próximas, e também como foi que contou ao Tae (assim como a reação dele).
No começo, parecia que isso tinha dado resultados positivos. Chegaram algumas mensagens positivas, e via que o vídeo estava começando a ser compartilhado por diferentes pessoas em diferentes plataformas, mas foi exatamente aí que o problema chegou.
Vocês acreditam que tenha sido questão das pessoas
“Ótimo, mais uma ameaça de morte para a coleção.” Você disse, suspirando ao abrir a mensagem que tinha recebido na sua rede social.
“Você deveria se envergonhar de se envolver com o Tae. Gente como você precisa mesmo é morrer e ir pro inferno, que é o seu lugar.”
“Credo, que horror…” O Tae disse, suspirando ao seu lado e olhando para a tela do seu computador. “Anota o nome de usuário desse também, vai tudo pro advogado.” Dessa vez quem suspirou foi você.
“Precisa mesmo disso tudo, Tae?” Você perguntou. “Isso só vai deixar eles mais irritados…”
“Ótimo, eu quero deixar eles furiosos.” Ele respondeu. “Quero que a semana… não, o mês deles seja horrível. Que fiquem tão irritados que não consigam mais fazer nada certo.”
“Amor…” Você disse, deixando o computador de lado e passando os braços pelo pescoço dele, que já estava claramente nervoso. “Eu vou ficar bem, não precisa se desgastar tanto assim por essas coisas…”
“Se vai ficar bem é porque não está agora.” Ele respondeu, se aconchegante em seus braços, que começou a acariciar os cabelos dele no mesmo instante. “E você sabe que eu tenho vontade é de matar as pessoas que te machucam… processar elas não é nada demais perto do que eu quero fazer de verdade.” Você soltou uma leve risada com o comentário, o que o relaxou um pouco, já que se afastou do seu abraço e te olhou no fundo dos seus olhos. “Sei que não quer que eu me preocupe nem gaste minha energia com isso, mas por favor tenha em mente que você não é um fardo, S/N…” Você ficou em silêncio ao ouvir essas palavras, sem saber ao certo como o Tae sabia o que você estava sentindo melhor do que você mesma. “Você é alguém que eu ame e queira bem, então me deixa cuidar um pouco de você, por favor…”
Não tinha como você dizer não para isso, nem o pior dos monstros conseguiria negar um pedido tão doce e convincente quando esse. Então você apenas concordou, sorrindo de forma doce, e voltando a puxá-lo para um abraço, se aconchegando no mesmo.
“Eu te amo…” Você murmurou. “Obrigada por estar aqui por mim…”
“Eu te amo ainda mais.” Ele beijou o topo da sua cabeça. “E eu vou ficar aqui pra sempre, se me deixar… não se preocupe.”
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Jeon Jungkook
Quando começou a namorar o Jungkook, você já tinha uma leve noção de que a sua privacidade acabaria por completo. O que não tinha se dado conta, no entanto, era que a privacidade do seu passado também acabaria.
Tudo começou com você dizendo a universidade onde havia estudado, uma das únicas informações pessoais que você já havia dito. Depois disso, foi questão de dias até que já tivessem encontrado inúmeras informações suas. Uma das coisas que encontraram, por exemplo, foram fotos da sua juventude, fosse de páginas da república em que vivia, ou mesmo das redes sociais dos seus antigos colegas de turma.
E é claro que, junto com essas imagens, foram encontradas imagens suas com seus ex-relacionamentos. Eles não eram muitos, mas ainda assim eram diversos. Teve três relacionamentos na universidades, e todos com pessoas visivelmente Queers, e é claro que isso aparentemente foi uma afronta da sua parte. Como ousa você ter amado pessoas!
“Nossa o histórico de relacionamentos dela é quase um rodízio… não tem padrão nenhum, acho que o Jungkook vai ser só mais um pra essa p*ta.”
“Eu não acredito que esse tipo de gente se diz meu fã…” O seu namorado disse, visivelmente irritado. “É sério que eles ouvem nossas músicas e depois saem por aí despejando bosta pela boca desse jeito? Quem eles pensam que são?”
Normalmente, quando o Jungkook se estressada com qualquer coisa você usava do raciocínio lógico pra acalmar ele. Mas, nesse caso, não importava o quanto você pensasse em algum argumento, nada fazia sentido algum para o que estavam falando.
“Não precisa se estressar com isso, meu bem…” Você disse, e ele negou com a cabeça.
“Não tem como não me estressar, S/N.” Você percebeu que a situação era séria mesmo quando ele te chamou pelo seu nome. “Como você se sentiria se as pessoas saíssem por aí falando essas coisas sobre mim? Iria ficar bem?”
“É claro que não…” Você se rendeu, se sentando na ponta da cama. “Eu já não estou bem, Kook…” Ele se acalmou, ao ver a sua vulnerabilidade, se sentando ao seu lado e te puxando para junto dele. “Acha que não me machuca ouvir esse tipo de coisa todos os dias? Eu me sinto derrotada… só não quero que você se machuque por essas coisas também.”
“Eu não estou me machucando, eu estou é querendo machucar eles.” Ele disse, e você revirou os olhos, fazendo ele beijar a sua bochecha. “Você sabe que pra mim, se mexem com você, mexem comigo também, jagi…” Você encostou a cabeça no ombro dele, que começou a brincar com o seu cabelo. “Sei que não consigo sentir na pele o que você tá sentindo, mas ainda assim me dói muito ver o quão horríveis são os pensamentos das pessoas.” Ele se afastou, fazendo com que você o olhasse nos olhos. “Sei que não digo muito isso… mas eu te admiro muito, sabe? Você tem que ouvir tanta atrocidade todos os dias por algo que nem ao menos tem controle sobre, e ainda assim tá aqui…” Ele sorriu de leve. “Sei que acha que deveria mudar de alguma forma pra acabar com isso, mas por favor não ouse vestir uma máscara só pra agradar as pessoas.”
“Como você sabia?” Você perguntou, genuinamente surpresa.
“Sei que falou sobre isso com o Namjoon… ele me contou tudo depois.” Você revirou os olhos mais uma vez, mas soltou uma leve risada. “Eu estou falando sério, Jagi… continue sendo quem você é, e não tenha vergonha disso.” Ele segurou o seu rosto com ambas as mãos. “Nós vamos superar tudo isso, eu prometo.”
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Imagine com Louis Tomlinson
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Please, don't go
Pedido @juulia-sfwr: "Bom, queria um do Louis, onde eles eram namorados mas terminaram, mas os dois estão sofrendo. Aí eles se encontram em algum lugar, conversam e ele descobre que S/N vai embora do país e ele não deixa ela ir, fazendo uma surpresa pra ela. Agradeço desde já amor 💚"
n/a: Amiga, eu tô até com vergonha, você mandou esse pedido lá no tumblr antigo e eu acabei encontrando essa semana. Perdão pela demora, mas espero que goste mesmo assim! ❤
Avisos: Contém palavrões, Flashback em itálico
Masterlist
Contagem de palavras: 2,838
Resmunguei um palavrão quando a luz forte bateu em meus olhos. Abri lentamente, tentando me acostumar, e sendo bombardeado por uma dor de cabeça insuportável.
Sentei na cama com certa dificuldade, cada músculo do meu corpo gritando para não fazer aquilo. 
— Bom dia… — A voz feminina saiu quase como um ronronar. Encarei a figura nua ao meu lado, o lençol branco cobrindo apenas seu traseiro deixando a pele das costas á mostra.
— Bom dia. — Murmurei, me arrependendo com a nova onda de dor que surgiu. Apertei as têmporas com as pontas dos dedos em uma tentativa inútil de diminuir aquela tortura. O relógio na mesa de cabeceira informava que eram quase duas da tarde, o que indicava que eu já havia perdido o primeiro compromisso do dia. 
— Essa noite foi… — A garota começou a falar, me lançando um sorriso malicioso. Flashes da noite passada me inundaram, fazendo um nó se formar em minha garganta e meu estômago se revirar. 
— Uhum. — Concordei sem nem mesmo ouvir a última palavra. Obriguei meu próprio corpo a se levantar, precisava de um banho urgentemente. 
A água quente fez com que os músculos tensos relaxassem um pouco, dando certo alívio para a dor que eu sentia em minha cabeça. Respirei fundo quando a porta do banheiro foi aberta, e sem convite a garota entrou. Ela mantinha o mesmo sorriso descarado no rosto enquanto se dirigia ao box. Antes que ela se aproximasse mais, me enrolei em uma toalha para sair. 
— Não quer continuar a noite? — Seu tom era de segundas intenções, fazendo meu corpo arrepiar de um jeito nada bom. 
— Desculpe, eu tenho algumas coisas urgentes para resolver hoje. — Falei me dirigindo para o quarto novamente. Catei minhas roupas no chão e me vesti rápido, fugindo de lá assim que possível, sem despedidas. 
Era sempre assim, eu enchia a minha cara em alguma festa e acabava na cama com alguma garota parecida com ela. 
Mesmo depois de dois meses do término, S/N ainda habitava cada pensamento meu.
Em algum momento comecei a me esquecer do motivo do fim do nosso relacionamento, deixando para as lembranças que me atormentavam apenas os nossos momentos bons. Aqueles que me dilaceravam de tanta saudade. Que faziam com que eu sucumbisse a qualquer morena de cabelo nas festas. 
Entrei em minha casa já dando de cara com uma Helene muito brava, já era o quarto dia que eu perdia nossos ensaios, e ela ficava cada vez mais furiosa. 
— Eu já sei o que vai dizer, Helene. — Falei baixo.
— Será que sabe mesmo? — Ela perguntou com ironia, colocando ambas as mãos em sua cintura. — Louis, faltam menos de três meses para a sua próxima turnê, você precisa ensaiar! — A voz aguda fez os cantos da minha cabeça doerem, e eu fechei os olhos em reflexo. 
— Eu sei. — Resmunguei. — Não vai se repetir. 
— É o que você diz toda vez. — Bufou. — Louis, se você quer afundar a sua carreira de vez, devo dizer que está fazendo um belo trabalho. O que têm acontecido com você, afinal? 
— Eu estou sofrendo! — Gritei. — Eu estou na porra do fundo do poço e não sei como sair. — Me joguei no sofá. Por alguns segundos Helene me olhou com pena, antes de sentar ao meu lado. 
— Louis, beber todas as noites, dormir em hotéis com garotas desconhecidas… nada disso vai ajudá-lo 
— E o que vai? 
— Você deveria procurá-la. 
— Eu não sei do que está falando. — Menti, muito mais para mim mesmo do que para a loira à minha frente. Helene suspirou, passando uma das mãos pelo rosto. 
— Você está assim desde que seu relacionamento acabou. É óbvio que você ainda ama, S/N. O que eu não entendo é por que você não a procura.
— Porque acabou, Helene. Ela deixou isso muito claro. — A encarei. 
— Então procure outra válvula de escape, Louis. Uma que não seja tão destrutiva. Talvez devesse voltar a compor.  
Helene foi embora me deixando pensativo. Já fazia algum tempo que eu não produzia nada, muito por medo de acabar transparecendo o quão perdido eu estava.
Decidi seguir seu conselho, mesmo que aquilo talvez nunca saísse daqui. 
Deixei que os sentimentos me inundassem pela primeira vez nos últimos meses, passando horas no estúdio, acompanhado apenas pelo meu violão e cantando a plenos pulmões versos que faziam o meu coração doer. 
A conclusão de que mesmo depois de tudo ainda amava S/N com cada mínima parte de mim era desesperadora. Eu queria esquecê-la, esquecer de sua existência, seu cheiro perfeito, beijo devastador, sua risada que ressoava em minha alma fazendo meu coração vibrar, seus olhos penetrantes que liam minha alma com facilidade. Mas ao mesmo tempo, o medo de esquecê-la era horrível. Tinha medo de esquecer como era amar dessa forma, tão profundamente. 
— Ei, cara, que bom que você veio. — Oliver disse assim que adentrei no jardim de sua casa. O lugar estava decorado com luzinhas, algumas poucas pessoas espalhadas conversando com copos de cerveja em suas mãos. 
— Eu não perderia seu aniversário. — Falei abraçando o ruivo. 
O mundo inteiro parou quando a vi sentada em um dos bancos de madeira, sorrindo para uma garota. Por um milésimo de segundo nossos olhos se encontraram, e eu pude ver um vislumbre de dor por baixo dos cílios grossos. 
Como um covarde, peguei um copo de bebida e fiquei o mais afastado possível. Encarava a pequena churrasqueira com hambúrgueres, tentando criar o mínimo de coragem para comprimentá-la. 
— Oi. — Meu corpo inteiro tencionou, virei meu rosto levemente, vendo aquela que tanto me fazia falta parada ao meu lado.
— Oi. — Respondi dando um longo gole em minha cerveja. 
— Como você está? — Por alguns segundos pensei que ela não sentia nenhum efeito com minha presença depois de tanto tempo, já que me olhava com atenção. 
— Muito bem. E você? — Me dei ao luxo de olhá-la, o rosto lindo com um sorriso pequeno nos lábios que tanto beijei. 
— Estou bem. Na verdade já vou embora, não gostaria e ir sem me despedir. — Engoli em seco, ainda era cedo, a comida sequer havia ficado pronta e um canto da minha mente gritava que ela estava indo embora para não precisar ficar perto de mim. — Tchau, Louis. 
— Tchau, S/N. — A dor me atravessou, sempre odiei despedidas, e as com ela eram sempre devastadoras, mesmo as mais bobas. 
S/N me encarou por mais alguns segundos, os olhos grudados em meu rosto. E então se afastou, atravessando o jardim para abraçar Oliver antes de sair. Uma parte de mim invejou mortalmente o meu melhor amigo por estar com a minha garota entre os braços. 
Me senti um idiota, tendo que segurar o choro porque a garota se despediu de mim. 
— Vou sentir falta dessa garota. — Oli disse se aproximando. 
— Não é porque eu e ela terminamos que você precisa cortar contato. — Falei o encarando, e era verdade. Sabia muito bem que os meus amigos a adoravam. Com todos os motivos, ela era a pessoa mais adorável do universo. 
— Ah, você não sabe… — Oliver refletiu baixinho, chamando a minha atenção. 
— Não sei o quê? — Perguntei virando meu corpo totalmente para ele. 
— S/N vai voltar para o Brasil, cara. — Achei que meus joelhos fossem ceder com a informação, meu coração vacilou batendo forte contra o peito a ponto de eu achar que realmente explodiria. 
— O quê? Quando? 
— Amanhã. — Uma onda de realidade me atingiu com força, a vontade de vomitar me deixando zonzo, o gosto amargo em minha boca nada tinha haver com a cerveja. — Ela tem sofrido muito desde o término de vocês… e com todas aquelas matérias sobre você estar saindo com várias garotas… a família a convenceu de voltar. 
Respirei fundo, absorvendo as informações. Um ruído muito parecido com um grito ressoou pelo meu peito. Pura dor. 
— Lou, você está bem? — O olhar de Oliver era de preocupação, e eu podia sentir a atenção de todos os presentes em cima de mim, transformando aquela cena em muito mais patética. 
— Eu não… não posso deixar isso acontecer. — Falei entregando o copo quase vazio em sua mão. 
Saí correndo da festa, ouvindo a voz de Oliver gritando o meu nome, mas não me importei.
Eu não podia deixá-la ir, simplesmente não podia. S/N não podia sair da minha vida daquela forma, sem a possibilidade de volta. 
Caminhei sem rumo por algum tempo, até sentir minhas pernas doerem e perceber que estava perto do apartamento que um dia foi nosso lar. 
— Você não pode estar falando sério. — S/N disse enquanto as lágrimas grossas escorriam em seu rosto, pingando pelo queixo e molhando sua roupa. 
— Pois eu estou! — Gritei. — Eu cansei de brincar de casinha, cansei de fingir que isso está dando certo. — A raiva queimava o meu corpo, e a cada palavra eu via S/N e encolher um pouco mais. 
— Brincar de casinha? — Sua voz saiu baixa, magoada. 
— Está surpresa? — Perguntei com ironia. — Tudo que você tem feito é encher a porra do meu saco com foto de arranjo de flor, com foto de convite. — Puxei meu cabelo entre os dedos, S/N estava com os lábios entreabertos, chocada com as minhas palavras. A raiva sempre me fazia dizer qualquer coisa que me viesse a cabeça. — A gente nem transa mais, S/N! 
— É só isso que importa então? Sexo. 
— Por que eu vou ter a merda de uma noiva que sequer transa comigo? — Aquilo foi um golpe baixo, e eu me arrependi no segundo em que proferi as palavras. Mas eu não voltaria atrás, já estava feito. 
— Então você pode procurar outra, Louis. — O tom de mágoa me cortou. 
— Talvez eu devesse mesmo. — S/N apertou os lábios em uma linha fina, e por alguns segundos eu pensei em dar para trás nas palavras. Então ela fez aquilo que eu nunca pensei que faria, retirou o anel de noivado do anelar direito, atirando em mim com raiva. 
Depois daquilo, S/N foi embora, sem olhar para trás, sem levar as suas coisas. Alguns dias depois Oliver apareceu, empacotando as suas coisas e deixando metade do nosso quarto vazio.
Os primeiros dias de solteiro foram preenchidos de euforia, que não durou sequer uma semana. A realidade me atingiu com uma dor excruciante, me fazendo perceber o grande filho da puta que fui com ela. Mas como voltar atrás? Depois de ter dito coisas tão duras enquanto ela apenas pensava sobre o nosso dia. Dia que por semanas eu também imaginei com ansiedade antes de pedir a sua mão em casamento.
O que aconteceu comigo? Quando eu me perdi dessa forma? 
Fui para casa, pretendendo me embebedar como um gambá e chorar até apagar. Mas a mensagem que recebi de Oliver me fez revirar a casa inteira atrás da caixinha de veludo.
“Ela vai pegar o vôo das sete, portão quatro. Vai atrás dela” 
Eram quase seis, e se eu bem a conhecia, já devia estar no aeroporto há pelo menos uma hora. 
Dirigi segurando o volante com força, ignorando as buzinas e os gritos dos outros motoristas. Olhando para o relógio a cada dez segundos.
Corri pelos portões do aeroporto desesperado, o grande telão informando que o embarque já havia começado.
A fila parecia interminável, e ela não estava em lugar nenhum. 
— Por favor, preciso saber se a passageira S/N/C já embarcou para o vôo do Rio de Janeiro. — Falei esbaforido, me apoiando no balcão. 
— Senhor, infelizmente não posso lhe dar essa informação. — A recepcionista disse com um sorriso simpático. 
— Por favor, eu imploro. É muito importante. 
— Desculpe, senhor. Eu não posso. 
Decidi não insistir, não era culpa da moça. Voltei para o portão, onde a fila já havia diminuído consideravelmente. As chances de que ela já estivesse no avião eram altas. O sangue percorria as minhas veias muito quente, em pura adrenalina. 
— S/N! — Berrei, ignorando os olhares horrorizados que me foram direcionados. — S/N! 
— Senhor, por favor, você não pode ficar gritando aqui. — Um segurança disse se aproximando. Todos à minha volta me encaravam, alguns com julgamento, outros com pena. 
— S/N! — Gritei novamente, sentindo o peito apertar. Já não enxergava direito pelas lágrimas, senti um aperto em meu braço. 
— Por favor, senhor, me acompanhe. 
— S/N! — Tentei mais uma vez. 
— Senhor! — O homem careca falou um pouco mais alto, aplicando mais pressão no meu braço. 
— Por favor. — Implorei. — O amor da minha vida está entrando nesse avião. — O choro era incontrolável, sequei o rosto com o dorso da mão livre, vendo dezenas de celulares apontados para mim, e mesmo sabendo que aquilo estaria em todas as mídias em apenas alguns minutos, eu não podia ligar menos. — S/N! — Berrei mais uma vez, sentindo minha garganta doer. O homem que me segurava tentou me puxar, e eu pensei que estava tudo acabado. Havia perdido S/N, de vez. Me virei para acompanhá-lo.
— Espera! — Meu coração foi para a garganta e voltou. Virei lentamente, ainda com um braço preso nas mãos enormes do segurança. 
— Senhorita, você precisa embarcar agora. — Um funcionário informou, ela o olhou por alguns segundos e voltou os olhos para mim. 
— Eu só preciso de um minuto. — O homem suspirou, dando um passo para o lado e a deixando passar. S/N deu alguns passos, parando a minha frente. — O que você quer, Louis? 
— Não vai. — Implorei. — Por favor, não vai. 
— E por quê não? Acabou, Louis. Foi você quem quis isso!
— Eu fui um idiota. — Tentei soltar meu braço, mas o segurança não me libertou. — Eu fui pior que um idiota. Fui um grande merda. E eu sei que eu não mereço o seu perdão.
— Então o que está fazendo aqui? — Tentei dar um passo em sua direção, mas o homem me segurou no lugar mais uma vez. 
— Será que você pode me soltar? Estou no meio de uma coisa aqui. — Me dirigi ao homem entredentes, ouvindo algumas risadas da multidão que já nos rodeava. Com relutância ele me soltou, e eu fiz o que queria, parando a sua frente. — Eu estou aqui para implorar. — Caí de joelhos na sua frente. — E eu estou disposto á implorar o resto da minha vida, S/N. Não posso prometer que nunca mais vou fazer merda, porque eu sou um idiota do caralho. Mas eu prometo que vou tentar. Prometo que vou implorar. E eu prometo que vou te amar. — Alguém soltou um suspiro alto, mas eu sequer quis olhar. Minha visão estava fixa na mulher à minha frente, que me encarava com receio. 
— E o que garante que você não vai cansar de novo? — Sua voz embargou. — O que garante que amanhã você não mude de ideia e decida que não me quer de novo? 
— Eu me arrependi de tudo o que eu disse no momento em que as palavras saíram da minha boca, eu só não fui homem o suficiente pra pedir perdão. — Engoli em seco. — Por favor, fica comigo. 
S/N me olhou por alguns segundos intermináveis, sem proferir uma palavra sequer. E então, estilhaçando o meu coração, ela deu um passo para trás e se virou, voltando de onde havia vindo. Eu não podia culpá-la, mas a dor era demais. Deixei que meu peso cedesse, sentando sobre os meus pés, os soluços balançando meu corpo inteiro. 
As pessoas murmuravam, e eu sabia que toda aquela cena era patética. Logo o mundo inteiro saberia o quão burro eu era de perder a mulher da minha vida.
Uma gritaria começou, me tirando do eixo. Desgrudei os olhos do chão, erguendo lentamente, considerando estar em um delírio. 
S/N estava parada exatamente onde esteve há alguns segundos, acompanhada de sua mala.
Me levantei com alguma dificuldade, meus joelhos doendo pelo tempo considerável naquela posição. Ela ergueu o dedo indicador em direção ao meu rosto. Meu coração batendo tão forte que fiquei com medo de não conseguir ouvir suas palavras. 
— Um deslize, Louis Tomlinson, e eu vou sumir no mundo. Um dedinho fora da linha, e você nunca mais vai me ver. — Sua voz era firme, assim como sua expressão. — Uma vírgula mal colocada, e você fica solteiro, está me entendendo? — Movi minha cabeça com força, confirmando. Um sorriso apareceu em seus lábios, ela soltou a mala no chão, e depois de dois longos meses, pulou em meus braços. 
A gritaria ficou ensurdecedora. Eu a apertei com força, deixando beijos em cada parte que minha boca alcançava.
— Não vou desperdiçar essa chance. — Falei em seu ouvido, S/N afastou o rosto para me olhar.— Bom mesmo. Se tiver uma próxima eu corto seu pau fora. — Falou baixinho, me fazendo soltar a primeira risada verdadeira em muito tempo. Com um pouco de receio, por medo de uma negativa, aproximei meu rosto do seu. Mas não precisei fazer mais nada, S/N grudou a boca na minha, causando ainda mais comemorações, me fazendo lembrar da nossa plateia. E pela vermelhidão de suas bochechas quando se afastou, ela também havia se esquecido.
Era sempre assim. Quando estávamos juntos parecia que o resto do mundo não existia.
Éramos somente eu e ela. No nosso mundo particular. Que a partir de agora eu cuidaria com a minha vida.
Gostou do imagine e gostaria de dar um feedback? Ou então quer fazer um pedido? Me envie uma ask! Comentários são muito importantes e me fariam eternamente grata!
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little-big-fan · 1 year
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What do we do now? - Parte 2.
Parte 1 aqui.
N\a: Meus amores, durante o processo de escrita da segunda parte desse imagine, ele acabou ficando grande demais! Então acabei precisando separar no meio! A próxima parte já está prontinha, e assim que a quiserem, me avisem! Muito obrigado a quem mandou ask falando sobre a primeira parte, foi muito especial! <3 Uma ótima leitura! Lari
Contagem de palavras: 3,924
Três meses.
Tirei minhas malas do carro com a ajuda do motorista. Apoiando a capa de figurinos em cima de uma delas, me dirigi ao hall do grandioso hotel. Algumas semanas atrás recebi algumas mensagens da produtora de Harry, com as fotos de inspirações dos figurinos das primeiras semanas de volta em turnê. Desde o último show, Harry e eu pouco nos falamos. Na primeira semana ele dizia estar sobrecarregado com as gravações do filme, mas após duas ou três semanas, milhões de sites de fofoca especulavam que ele estava tendo um caso com a diretora do longa. Nunca tocamos no assunto, e com os dias, o contato foi esfriando até que por dois meses inteiros não trocamos nem uma letra. 
Mitch estava no Hall, junto a vários outros funcionários da equipe. O abracei e cumprimentei a todos, informando que deixaria as malas no quarto e logo voltaria. Combinamos de jantar todos juntos, para conversar e contar como foram os últimos meses. Após fazer o que havia dito, voltei. Agora já haviam mais alguns colegas que chegaram. A conversa estava divertida, um dos seguranças contava as peripécias do filho caçula que parecia ser um pestinha adorável. 
Harry chegou depois de cerca de meia hora, empurrando sua mala ao lado do corpo, cumprimentando um por um com um abraço. Não sendo diferente comigo, Harry me apertou em seus braços e me levantou, me fazendo soltar um gritinho de surpresa.
O jantar também fora agradável. Harry contou algumas coisas sobre a rotina de gravações, e como algumas fãs tentaram invadir o set.
O primeiro show chegou, como seria na mesma cidade do set de gravações, alguns atores que contracenaram com Harry estariam presentes. 
Desde a noite anterior, após o jantar me sentia estranha. Passara a manhã inteira me sentindo mal e vomitando qualquer coisa que encostasse em minha boca.
Estava terminando os últimos ajustes do figurino. O camarim estava cheio, a maquiagem e cabelo de Harry já estavam prontas, e faltava apenas a minha parte. 
Eu já estava guardando as coisas quando o camarim ficou em silêncio do nada. O motivo foi que na porta estava a tal diretora do filme. Harry deu um sorriso sem graça, me encarando de lado antes de convidá-la para entrar. E assim que o perfume muito doce (que eu podia jurar que ela tinha tomado um banho daquilo) entrou em contato com meu nariz, meu estômago revirou no mesmo segundo. Não foi possível disfarçar. Corri para o pequeno lavabo com a mão sobre a boca e me ajoelhei em frente a privada, colocando o pouco de comida que havia conseguido almoçar á algumas horas. 
Senti meus cabelos serem levantados, e vi Mitch me ajudando. A mão livre fazia um carinho em minhas costas e ele assoprava meu rosto. Sequei o suor da testa e lavei minha boca.
— Você está bem? — O moreno perguntou quando me recompus. 
— Sim, acho que comi algo que me fez mal. — Fiz uma careta e ele sorriu, me puxando para fora do banheiro pela mão. Todos me encaravam, e eu queria me enfiar em um buraco.
— Tudo bem? — Harry perguntou. Assenti com a cabeça e soltei a mão de Mitch, indo pegar as minhas coisas. — Não vai ficar para o show?
— Acho melhor descansar um pouco. — Falei apoiando a capa vazia nas costas. — Ainda estou me sentindo um pouco mal.
— Posso pedir para alguém te levar ao médico. — Disse pegando seu celular na mesa de maquiagens. Olivia, a diretora estava sentada na cadeira dele, e parecia alheia á tudo digitando algo na tela do seu aparelho.
— Não precisa, foi algo que eu comi. Só preciso dormir e amanhã estarei 100%. — Forcei um sorriso, Harry suspirou contrariado mas aceitou. Me despedi desejando um bom show a todos e voltei para o hotel.
Minha barriga roncava de fome, mas depois de mais uma tentativa frustada de me alimentar e acabar botando tudo para fora, decidi dormir.
Na manhã seguinte, acordei ainda me sentindo nauseada, e depois de mais um episódio tendo que fugir para o lavabo, não consegui fugir da consulta médica quase forçada, que Harry fez questão de ir para que eu não tivesse a oportunidade de escapar. 
Estava sentada em frente ao homem de jaleco branco, enquanto Harry estava sentado do lado de fora na recepção. Depois de um exame rápido, ele anotava algumas coisas em um bloco antes de me olhar.
— Quando foi sua última menstruação? — O homem loiro perguntou, tirando os olhos do papel para me observar.
— Cerca de duas semanas atrás. — Ele assentiu com a cabeça.
— Bem, vou lhe indicar alguns exames, para descartar a opção de uma infecção ou algum tipo de vírus alimentar. — Me estendeu a prescrição. — E aqui tem a receita de um remédio para ajudar na náusea. — Me entregou mais um papel. — Eu sugiro que faça um exame de gravidez, antes de tomá-lo, apenas para descartar esta opção. — Meu coração deu um salto.
— Eu não posso estar grávida, tomo anticoncepcional e meu ciclo é regular. — Ri fraco, como se aquilo fosse algum tipo de piada de muito mal gosto. 
— Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz, alem disso, uma boa parcela de mulheres passa por um fenômeno chamado de sangramento de escape, que pode tranquilamente ser confundido com a menstruação. É apenas um exame para descargo de consciência, digamos assim. — Disse cruzando as mãos á sua frente. — No hemograma que pedi, será possível saber se há uma gravidez, mas se quiser tomar o remédio antes pode até mesmo fazer um teste de farmácia. — Assenti, tentando assimilar suas palavras. 
Depois de algumas recomendações sobre o medicamento, o homem se despediu desejando melhoras, e assim que saí do consultório, Harry se levantou da cadeira, apertando a mão do médico e agradecendo o atendimento. 
Harry dirigiu até a farmácia, pensei que fosse ficar no carro, mas ele decidiu ir junto comigo. Não falei sobre a consulta, apenas entreguei a receita á farmacêutica e me dirigi até a ala de produtos femininos, pegando o bendito teste. Por mais que tivesse pela certeza de que o resultado seria negativo, a pontinha de dúvida gritava em meus pensamentos. Assim que me viu com o teste na mão, a postura de Harry ficou tensa, assim como seu rosto. 
Não dissemos uma palavra até chegarmos ao hotel.
— Obrigado pela consulta. — Falei ainda no estacionamento.
— Você acha que pode estar grávida? — Ele perguntou quase sussurrando, mesmo estando em um lugar vazio.
— Não. — Afirmei. — Mas o médico disse para fazer um teste antes de tomar a primeira dose do remédio. — Eu não queira ter aquela conversa, só queria correr até o quarto, tomar o maldito medicamento e conseguir comer algo sem botar para fora. 
— Se estiver, pode ser meu? — Ele disse segurando meu braço, quando tentei sair, me fazendo encara-lo. 
— É a única opção. — Admiti em um suspiro. — Não fiquei com ninguém depois de você.
Harry soltou meu braço e passou a mão pelos cabelos, puxando-os um pouco para trás, e soltou um suspiro longo. Depois de alguns segundos nos encarando, saímos do estacionamento. O silêncio no elevador era mortal, me causando um desconforto ainda maior do que o que sentia no estômago. 
Harry insistiu em ficar no meu quarto enquanto fizesse o teste, mesmo que eu insistisse que era desnecessário e que o resultado daria negativo. 
Porém eu não esperava pela bomba que cairia em meu colo assim que o segundo traço apareceu na varetinha. 
Já faziam vinte minutos que eu chorava soluçando, completamente apavorada. Harry caminhava de um lado para outro dentro do quarto sussurrando palavrões.
— Isso pode dar um resultado falso, não pode? — Ele perguntava pela quarta vez. Tão desesperado quanto eu.
— Eu já disse que não sei! — Afirmei novamente, fungando. 
— Vamos voltar lá, fazer um outro teste, ou exame, sei lá. — Ele falava muito rápido, e parecia tremer. — Algo que seja confiável.
Cerca de meia hora depois, estávamos novamente na clínica, Harry conversou com alguém na recepção e fomos direcionados para uma sala de ultrassom. Eu não fazia ideia de como ele conseguiu aquilo tão rápido, mas com certeza uma bela quantia em dinheiro estava envolvida. Uma enfermeira me levou até a maca pela mão, abriu o botão da minha calça jeans e ergueu minha camiseta, dando acesso total a minha barriga. Um outro médico entrou, depois de alguns minutos naquela situação horrível. Ele despejou um gel viscoso em mim, e encostou um aparelho ali, encarando uma tela em preto e branco. 
O silêncio era quase fúnebre, senso quebrado apenas pelos sons do aparelho, quando o médico digitava algumas coisas aqui e ali. Então um som ritmado tomou conta do ambiente.
— Você sabe o que é isso? — O senhor já um pouco grisalho perguntou. Neguei com a cabeça. — É o coração do seu bebê. — Acho que o meu coração parou nesse momento. Harry ficou totalmente pálido, em pé ao lado do médico, ele passou as mãos pelo rosto e suspirou algumas vezes. Eu já estava chorando novamente. Aquilo não podia ser verdade. — Têm aproximadamente 10 semanas. Ainda não é possível ver o sexo. — Disse observando a imagem que para mim parecia turva. — Está mais ou menos desse tamanho. — Demonstrou com os dedos. Era muito pequeno, talvez do tamanho de uma ameixa, menor que a palma da minha mão. — Vou deixá-los conversar. Quando estiverem prontos, podem pegar o exame impresso na recepção. — Ele disse se levantando, e me entregando alguns lenços para que limpasse a barriga. — Meus parabéns. — Falou antes de sair.
Por longos minutos ficamos em silêncio, eu chorava baixinho, e Harry parecia em choque, ainda olhando para a tela que agora estava desligada.
— Harry. — Chamei baixinho, o tirando do seu transe. — Me desculpa, eu nunca… — Comecei, sendo engolida pelo meu próprio choro. — Eu juro que… — Tentava encontrar as palavras, mas parecia que meu vocabulário inteiro havia sumido. 
Harry se sentou na maca, ao meu lado. Seu rosto já havia recuperado um pouco da cor, mas a expressão ainda era de desespero. 
— Eu sei. — Engoliu em seco. — Está tudo bem. — Respirou fundo. — Vai ficar tudo bem.
— Como? — Falei sentindo um nó gigantesco em minha garganta.
— Eu não sei. — Admitiu. — Mas vamos dar um jeito. — Ele suspirou novamente.
Depois de mais alguns minutos em completo choque, voltamos para o hotel. Fomos cada um para seu quarto, e eu me deitei na cama, ainda me sentindo horrível. Ele deveria pensar que eu queria dar o golpe da barriga ou algo do gênero. Minha cabeça estava uma zona. Não fazia ideia do que fazer ou pensar. Meus olhos ardiam de tanto chorar e meu corpo estava muito cansado pela falta de vitaminas. 
Quase duas horas depois de nosso último encontro, Harry foi até meu quarto, com uma sacola nas mãos, de onde tirou algumas laranjas, me deixando totalmente confusa.
— Minha mãe disse que essa era a única coisa que ela conseguia comer durante os primeiros meses de gestação. — Ele disse me entregando a fruta depois de descascar.
— Você contou a ela? — Perguntei surpresa.
— Eu precisava de um conselho. — Admitiu. — Deveria ter te consultado, desculpa.
— Está tudo bem. — Falei levando um pedaço da laranja a boca, ainda com medo de vomitar tudo. Fechei meus olhos ao sentir a acidez, meu corpo já agradecendo por ser alimentado. — O que ela te disse? — Perguntei antes de colocar mais um pedaço na boca. 
— Que preciso assumir a responsabilidade. — Me olhou de lado enquanto descascava mais uma fruta. Não respondi, apenas o observei. — Eu não vou te deixar sozinha nesse momento, não vou abandonar você. — Ele respirou fundo, agora me encarando de frente. — Não estou fazendo isso só porque minha mãe me disse, s/n. Eu nunca te abandonaria nesse momento. Eu só… entrei em choque. 
— Eu também. Nunca passou na minha cabeça que estivesse grávida. — Passei a mão pelo cabelo, e respirei fundo tentando não voltar a chorar. — Eu não sei o que fazer. — Confessei. 
Harry se aproximou mais na cama, levando uma das mãos até minha barriga, onde o bebê estava. 
— Eu também não sei. Mas ainda temos muito tempo para aprender. — Ele me encarava nos olhos, o medo ainda estava lá, mas eu também estava apavorada.
— Você quer quer esse bebê? — Perguntei em um fio de voz. Durante das horas em que estive sozinha, milhares de cenários passaram em minha cabeça, incluindo um em que Harry me pedia para tirar a criança. Por mais que eu não fosse devota a nenhum tipo de religião, nunca me imaginei abortando. Até pensei na possibilidade de ficar com o bebê e criá-lo sozinha caso Harry não o quisesse. 
— Você não quer? 
— Eu quero. — Comecei. — Pensei que um filho agora fosse atrapalhar a sua carreira, e…
— Não pense nisso agora. — Ele me interrompeu. — Precisamos pensar sobre a sua saúde e do bebê agora. Do nosso bebê. — Meu coração batia acelerado, e eu não podia deixar de sentir alívio em saber que não estava sozinha naquela situação. — Por enquanto pensei em não contar a ninguém. — Disse me olhando com receio.
— Eu concordo.
— Vou marcar alguns exames. Para sabermos se está tudo bem com vocês dois. Depois pensamos no que faremos no futuro. — Assenti com a cabeça, e Harry voltou a descascar a laranja.
Nas semanas que se seguiram, me afastei da turnê. Fiz uma bateria de exames e iniciei o processo de pré natal. Sempre que podia, Harry estava presente nas consultas, e quando não, mandava mensagens a todo momento para saber como eu e o bebê estávamos. 
Depois de uma longa conversa no meu apartamento em San Diego, decidimos manter a gravidez e o bebê em segredo. A exposição que a vida de Harry tinha era muito grande, e sabíamos que eu receberia todo tipo de comentário maldoso. 
Na 14° semana descobrimos ser uma menina. Harry parecia ainda mais apavorado do que quando descobriu sobre a gravidez, já sua mãe estava exultante. Não nos conhecíamos pessoalmente ainda, mas Anne mantinha contato frequente para saber sobre a gestação da neta.
A data provável do parto seria entre as últimas semanas de dezembro e o começo de janeiro, e para estar presente, Harry liberou a agenda nos dois meses, alegando precisar de férias depois de tanto tempo em turnê. 
As poucas pessoas que sabiam sobre a paternidade de Harry precisaram assinar um contrato de confidencialidade, todos os médicos, a doula, até mesmo a equipe que Harry contratou com muita antecedência para fotografar o parto. 
Ele prestava atenção em cada detalhe, tomando todo cuidado possível para que aquele período fosse o mais tranquilo para mim. 
Nos falávamos todos os dias, era uma relação muito estranha. As vezes parecíamos velhos amigos, comentando episódios de friends, horas a fio em chamadas telefônicas. Harry adorava ver cada mudança de humor que eu tinha, rindo a ponto de perder o fôlego quando contava que havia chorado por algum vídeo no Instagram e até mesmo de um comercial de cereal. Ele também pedia fotos toda a semana para acompanhar o crescimento de Grace em meu ventre.
Seu nome significava benevolência divina, exatamente o que ela era. O nome perfeito para um bebezinho tão amado por todos ainda antes de nascer. 
Harry me convenceu, depois de muita insistência a passar as últimas semanas de gestação em sua cidade natal, assim que fizesse seu último show ele me encontraria e ficaríamos juntos á espera da nossa pequena. 
Descobri que Anne era tão insistente quanto o filho, já que me convenceu a ficar em sua casa. Ela estava exultante. Embaixo da árvore de natal haviam presentes para Grace e até mesmo para mim. 
A gravidez estava sendo muito tranquila. Tudo corria muito bem. Eu gerava uma bebê linda e saudável, que pela ultrassom 3d descobrimos ser a cara do pai. 
Já fazia quase uma semana que eu estava na casa de Anne quando Harry chegou. 
— Uau. — Ele disse olhando para minha barriga. Fazia quase um mês desde a última que que nos vimos, por poucas horas durante uma das consultas, e minha barriga havia aumento de tamanho muito consideravelmente.
— Se essa é a sua forma de dizer que estou enorme, eu já sei. — Falei suspirando. Por mais que estivesse amando gerar a minha filha, mal conseguia me olhar no espelho. Me sentia uma bola enorme, perambulando por aí. 
— Você está linda. — Anne disse com censura, ainda abraçada ao filho.
— Minha avó costumava dizer que a menina suga toda a beleza da mãe, hoje eu acredito. — Falei fazendo uma careta, fazendo com que os dois revirassem os olhos. 
Meu sono era quase nulo há algum tempo. Minhas costas doíam muito e Grace parecia estar em um trampolim toda vez que eu me deitava. Decidi me levantar e da uma volta pela casa, para ver se a pequena se aquietava. Quando passei pela porta do quarto de Harry, a mesma se abriu, revelando-o sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado.
— Não. — O tranquilizei. — Apenas não consigo dormir. Essa menina vai ser dançarina. — Falei passando a mão pela barriga, fazendo Harry rir. Ele me puxou pela mão, fazendo me deitar em sua cama. O que me deixou nervosa, minha líbido nas últimas semanas estava às alturas, e estar sozinha com aquele homem que era o grande protagonista das minhas fantasias não ajudava muito.
Harry se deitou também, porém encostando o rosto em minha barriga, e cantando baixinho. Como sempre acontecia quando ele fazia isso, Grace ficou quietinha. Ela adorava ouvir a voz do pai, e eu também. 
Fiz menção de levantar, e Harry me segurou, deitando aí meu lado. 
— Melhor ficar aqui, caso ela acorde. — Ele disse baixinho, me fazendo rir fraco. Harry adormeceu acariciando minha barriga, e eu acabei me entregando ao sono também. 
Parecia não dormir bem assim á séculos. E depois dessa noite, Harry passou a me acompanhar em todas elas.
Eu não podia negar que meu coração batia muito mais forte quando estava com Harry, e que eu amava estar em sua presença. 
Gemma chegou com o marido duas semana antes do Natal, tão feliz quando a mãe com a chegada da sobrinha. 
E depois de ver como Harry e eu agiamos perto um do outro, sempre rindo de alguma besteira, ou até mesmo assistindo televisão enquanto ele fazia carinho na filha ainda no meu ventre, ela dizia ter certeza de que estávamos apaixonados.
E droga, eu sabia que eu estava. Mas esperava que fossem apenas os hormônios da gravidez me pregando uma peça. E Harry estava apenas muito feliz com a filha. Ele ficava perto de mim por ela ainda não ter nascido. Eu me convencia disso, negando qualquer tipo de ilusão que se aventurava em minha mente.
Havíamos entrado no consenso de que um parto domiciliar era o ideal em nossa situação, já que ir até um hospital era perigoso demais para o segredo. Harry havia contratado uma equipe inteira de médicos para que estivessem apostos a qualquer momento quando as últimas semanas de gestação se aproximavam.
Em uma madrugada, acordei sentindo a cama molhada. Balancei Harry com força, que acordou passando as mãos sobre os olhos.
— Harry, a bolsa estourou. — Falei sentindo a ansiedade me dominar. Ele arregalou os olhos, se levantando no mesmo segundo e pegando o celular. 
Em poucos minutos, Harry acordou a casa inteira, e todos estavam em meu quarto. Algum tempo depois eu já estava ligada a um aparelho que monitorava as contrações que já haviam começado, me fazendo urrar de dor. 
Ele não saia do meu lado em nenhum segundo. Segurava minha mão, secava o suor que brotava em minha testa e acariciava minha testa. 
— Okay, s/n, quando vier a próxima eu quero que você faça muita força. — Maya a obstetra e pediatra dizia. Assenti com a cabeça. Agora eu estava encostada no peito de Harry, que estava sentado atrás de mim me dando apoio, na maca que a equipe médica havia montado. 
A dor voltou, e eu fiz o máximo de força que pude, chorando.
— Eu não consigo. — Solucei.
— Consegue sim. — Harry disse massageando meus ombros. — Vamos lá, s/a, você consegue. — Harry deu um beijo na parte de trás da minha cabeça. O fotógrafo registrava tudo. Eu me sentia completamente exausta. 
Então mais uma onda de dor veio, Harry me abraçou, sussurrando palavras de apoio em meu ouvido, e eu fiz o máximo de força que pude. 
E então veio o alívio, seguido pelo grito estridente da bebê no colo da médica.
Maya colocou Grace em meu colo, que ainda chorava, eu a acompanhava e Harry também. 
— Você conseguiu. — Harry disse me olhando, virei meu rosto para observa-lo. Ele tinha um sorriso aberto, as covinhas fundas nas bochechas o deixando ainda mais lindo. — Obrigado, s/n. — Colou sua testa na minha. — Obrigado. — Disse novamente. E então, Harry colou seus lábios aos meus. Foi um beijo casto, apenas um encostar de lábios. Que fez com que aquele momento fosse ainda mais perfeito. 
— Bem vinda, meu amor. — Sussurrei para Grace, que já estava quietinha por ser se aquecido contra meu corpo. 
O Natal chegou dois dias depois. Harry havia ido ao centro da cidade quase disfarçado atrás de uma roupinha de bebê escrito "meu primeiro natal", ele se demonstrava um pai muito mais babão do que eu podia imaginar. Me dando todo o suporte que eu precisava. 
Harry e eu continuamos dormindo juntos depois do nascimento de Grace. Ele levantava durante a madrugada quando ela resmungava e só me acordava quando o motivo era fome. Ele passava as tardes conversando com a bebê, como se ela entendesse tudo que ele dizia. 
Em nenhum momento falamos sobre o beijo. E eu me convencia cada vez mais de que fora apenas euforia de momento. Estávamos muito felizes com a vinda ao mundo do nosso bebê. Éramos apenas dois pais eufóricos. Apenas isso.
— Eu queria poder ficar aqui mais um tempo. — Harry resmungou, balançando Grace em seu colo, que já havia crescido muito em seu primeiro mês de vida. Faltavam apenas alguns dias para que ele fosse embora e voltasse a rotina da turnê por mais alguns meses.
Já estávamos em San Diego, onde Harry me ajudou com a adaptação de Grace ao novo ambiente.
— Eu sei, é muito difícil se separar dessa coisinha linda. — Falei me aproximando, e acariciando o rostinho do bebê adormecido. Harry acomodou a pequena no bercinho ao lado da "nossa" cama, e se virou para mim. Já faziam quase dois meses desde a sua chegada, e ficamos grudados quase 24h durante esse período. Era estranho pensar que não o veríamos por algum tempo.
— Vai ser muito difícil ficar longe de vocês duas. — Harry disse baixinho, colocando uma das mãos na minha cintura e me puxando para perto, fazendo meu coração pular.
— Harry… — Sussurrei, mas quando senti seus lábios tocando os meus, senti que podia derreter em suas mãos. — Harry, não. — Falei o afastando pelos ombros. — Não vamos confundir as coisas. — Ele me olhava confuso.
— Eu não estou entendendo. — Admitiu. Desviei meu rosto, tentando me concentrar em alguma outra coisa. A verdade é que aquele sentimento que nutri por Harry durante a gravidez não sumiu como eu esperava. Na realidade só aumentou à medida que o via com a nossa filha. Harry segurou meu rosto, me obrigando a olhar em seus olhos novamente. — Confundir o que, s/n? 
— Isso aqui. — Apontei para nós dois com o indicador. — Nós não temos nada e… 
— É óbvio que temos! Temos a coisa mais importante que existe! — Ele disse olhando rapidamente para Grace que ainda dormia. 
— E exatamente por isso que não podemos nos confundir mais. — Suspirei, com o rosto ainda preso entre suas mãos. — Temos que pensar no melhor para a nossa filha agora. 
— Você não sente nada por mim, é isso?
Continua... (?)
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hyunjungjae · 1 year
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MARIE ESCREVE COM O EUNWOO PFVR 🧎🏽‍♀️🧎🏽‍♀️🧎🏽‍♀️
[4:53AM] Cha Eunwoo -Lee Dongmin-
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bom, você pediu aqui está JJDKEJDKW, escrevi num surto da madrugada, plm, juro preciso dormir, mas enfim, as fotos não tem nada a ver, porém gostei das fotos quis usar então usei, espero que goste 😘
Contém: Eunwoo big!dick(?), n sei como isso chama mas eunwoo prende seus pulsos e tampa seus olhos com gravatas, dirty talk, apelidos como “lindinha” e “minha gatinha”, mano seila mais oq to com um sono da porra KKKKKKK
Mais uma noite você foi dormir na casa de sua querida amiga, porém como uma amiga muito queridíssima, ela dormia cedo, já você só dormia lá pra umas 3:30 da manhã…
Como o esperado ela te deixou sozinha, porém ouviu alguns clicks que vinham do quarto ao lado, do irmão dela.
Estava em dúvida se realmente iria até lá, já que você não conseguia passar 10 segundos perto do garoto sem suspirar e simplesmente virar um tomate de tão vermelha que sua pele ficava.
Porém, como não havia nada para fazer, resolveu ir até o quarto do garoto. Encontrou ele lendo alguns papéis, então bateu na porta 3 vezes mas bem baixo para não acordar sua amiga que dormia, e perguntou também baixo se poderia entrar.
Ele deixou ainda sem desgrudar os olhos dos papéis, que provavelmente eram coisas do trabalho dele, e por um momento você pensou em voltar, o garoto estava lendo, concentrado, nem iria querer conversar contigo agora…
Porém, mesmo assim entrou, e sentou na beirada da cama. Após deixar a papelada de lado, ele te olha e vê que seu pijama estava curto demais, coisa que passa despercebido por ti, Eunwoo te tranquiliza com um sorriso dizendo que você poderia ficar mais confortável na cama caso quisesse.
Após alguns minutos, o garoto vai falar alguma coisa e vê que você está quase caindo no sono, “Ei” ele diz um pouco alto, te assustando e logo em seguida te acordando. “Quer fazer uma aposta?”
“Pode ser…?” você diz desconfiada, “Quem dormir primeiro, perde.”
Você concorda, e não tinha ideia de como faria isso, sendo que a segundos atrás estava cochilando. Passando algumas horas conversando com ele, já que para passar seu tédio e seu sono, precisava fazer algo. Você boceja e diz “To com sono já, vamo’ dormir já…”
Ele não diz nada, apenas desvia o olhar do seu rosto para o próprio armário, se levanta e vai até lá.
“Já que não consegue se manter acordada, acho que eu poderia te ajudar a te manter acordada….”
Ele diz enquanto tira duas gravatas de lá, “Deita” ele não pede, ele manda você deitar.
Claramente não o tardaria em fazer. “Levanta os braços.” Você levanta, e Dongmin pega seus dois pulsos, e os prende com a gravata “Vai ficar um pouquinho apertado, mas é necessário, okay?” e logo a outra gravata, vai de encontro aos seus olhos, tampando sua visão. Você concorda murmurando um “uhum” e balançando a cabeça.
“Desde que apareceu aqui no meu quarto com essa roupinha curta, tive que me conter pra não tirar ela toda e te arrombar.”
A fala do garoto te molha, mais do que acaba de ficar. “Se você não fosse tão gostosa, eu juro que conseguiria me controlar mais, mas olha isso…não dá!” ele diz abaixando seu shorts junto de sua calcinha, fazendo você sentir a brisa gelada que vinha da janela aberta, bem na parte que acaba de ficar desnuda.
O Lee apenas enrola sua camiseta do pijama, deixando os peitos a mostra, “Olha isso…meu amor, você é gostosa, como eu nunca percebi isso antes?”
“Sempre esteve aqui, você que não queria enxergar…” você disse baixo, esperando que ele não ouvisse, mas logo após escutar a resposta, descarta a possibilidade dele não ter ouvido. “Sempre o notei na verdade, mas não tive atitude porque nunca tínhamos um tempo a sós, já que você vive fugindo…” ele diz se posicionando por cima de ti, beijando seu pescoço, você conseguia apenas se deliciar com a sensação.
E podia admitir que não ver o que estava prestes a acontecer, te excitava, e não era pouco.
Eunwoo abre suas pernas, e logo sente algo molhado e pontudo passando entre seus lábios, fazendo uma espécie de massagem, extremamente excitante, enquanto os dedos se encarregavam de fazer uma massagem no seu pontinho também.
“Eunwoo…” você geme, querendo tirar a venda de seus olhos apenas para espiar o que acontece, porém impossibilitada de executar a ação.
Sente a cabeça do pau dele entrando e a massagem no seu ponto mais forte, você começa a gemer mais e mais alto, “Ei ei, mais baixo, não quer acordar minha irmã aqui no quarto ao lado né? Ou quer deixar saber que a amiguinha dela veio visitar o irmão e acabou amarrada na cama dele?” balança a cabeça que não desesperadamente, e logo fecha a sua boca, gemendo apenas entre arfares enquanto ele se enfiava.
“Caralho, por que você é tão apertada? Tão…boa.” ele diz após conseguir finalmente se enfiar dentro de ti, parando com os dedos.
Você choraminga, parecendo uma gatinha chorando. “Que lindinha…minha gatinha chorando.” Eunwoo ia lento, sem pressa, não queria a machucar, e só queria sentir cada vez que se afundava, você apertava ele.
Você sente uma mão do garoto passar pelo teu peito e apertar com gosto os dois, então sente ele descer com as pontas dos dedos, e chegar até sua intimidade, novamente, estimulando seu pontinho de prazer enquanto ia com mais força e mais rápido.
Suas paredes o apertavam fortemente, as fontes de prazer que recebia parecia que iria explodir, então Eunwoo começar a ir com mais força, chegando a algumas vezes enfiar tudo e apenas deixar ali dentro o mais fundo que conseguia chegar, te acertando em cheio, enquanto os dedos faziam uma massagem rápida em seu pontinho.
Passou a apertar mais, fazendo com que o garoto soltasse arfares pesados, e quando ia soprar o ar para fora, fazia questão de mirar em sua buceta molhada a fazendo arrepiar com o vento, Eunwoo leva a mão que estava em sua intimidade, até a gravata que estava em seus olhos e a tira, te dando visão das gotinhas de suor que fazia a ponta do cabelo do garoto ficar molhada, e também as bochechas rosadas, pelo prazer que sentia, também podia enxergar algumas gotinhas molhadas no abdômen definido do garoto.
Apenas de ter essa visão conseguia sentir um orgasmo próximo, e logo chegou ao seu ponto extremo de prazer.
Eunwoo se retira de dentro de você, deixando você esguichar, se molhar toda, molhar todo o abdômen e cama dele, gemendo descontroladamente e deixando suas pernas tremerem, deixando o corpo livre para que sentisse o que precisava sentir. Enquanto, ele não tirava a mão de sua intimidade, e se tocando com a outra que anteriormente apoiava o próprio peso ao lado de seu corpo.
Após você se molhar inteira, ele joga toda a porra, nos seus peitos e na sua cara. Quando vocês terminaram, você olha no rosto do garoto e vê um sorrisinho ladino e uma carinha quem teve exatamente o que queria. “Caralho gatinha, olha bagunça que você fez, molhou tudo…” você se sente envergonhada, mas logo solta um sorrisinho, e o Lee pega a porra que caiu em seu queixo e em seu peito com o dedão, levando até a sua boca e fazendo você engolir.
Após isso, ele te soltou e perguntou se queria voltar ao quarto da irmã, mas você negou, ele sorriu e foi até porta apenas para tranca-la, voltou com um sorriso maior e isso era apenas o começo de muitas transas que iriam ter pela frente.
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boy, ki nem eu disse tô morrendo de sono, espero q tu tenha gostado minha querida dudinha
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strawmariee · 11 months
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Olá minhas queridas pessoinhas! Hoje é um dia bastante especial pois é o aniversário do meu filhote Narancia! Então nada melhor que escrever um especial de aniversário para ele, não é mesmo?? Espero que gostem e boa leitura!!💕
Especial Aniversário: Narancia Ghirga
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Hoje era um dia bastante especial entre os membros da gangue Bucciarati, já que hoje era o aniversário do 3° membro mais novo do grupo: Narancia Ghirga.
- Nós tínhamos que acordar mesmo tão cedo?- Questionou Mista enquanto coçava o seu olho direito e caminhava até o grupo que já estava todo reunido na sala, com excessão de Narancia.
- Sim, vamos aproveitar que o Narancia está dormindo como pedra e vamos fazer algo para ele.
- Tipo uma festa surpresa?- Perguntou Abbacchio com o seu humor 10 vezes pior, provavelmente por não ter dormido.
- Acho uma boa!- Trish disse enquanto sorria levemente.- Seria uma boa depois de tudo que passamos com o meu pai...
- Acho que não temos tempo pra organizar uma grande festa surpresa, mas podemos tentar!- S/n sugeriu e atraiu toda a atenção do grupo para si.
- Estou ao seu lado S/n.- Giorno disse enquanto sorria minimamente.
- Eu também!- Cada um disse a mesma frase e o capo sorriu com a concordância de todos.
- Ok, então vamos nos organizar em grupos para ficar mais fácil.
- Eu posso ajudar a fazer o bolo..
- Definitivamente não.- Todos ali disseram em unissono e deixando Mista indignado com tamanha traição.
- Vamos fazer assim: Trish, S/n e Giorno ficarão responsáveis pelo bolo enquanto Abbacchio, Mista e eu iremos comprar alguns enfeites.
- Combinado!
Enquanto os mais velhos saíam dali, os três mais novos foram diretamente para a cozinha e pegaram o grande livro de receitas.
- De qual sabor podemos fazer?- S/n questionou enquanto virava as páginas, procurando algum sabor de bolo.
- Laranja!- Giorno e Trish sugeriram ao mesmo tempo, fazendo os 3 rirem.
- Beleza, o sabor será laranja!
S/n fingiu segurar um martelo de juíz imaginário e bateu na mesa antes de cada um se separar em diferentes cantos da cozinha, para pegar os ingredientes e tudo que eles utilizariam.
- Que barulheira toda é essa?- Os adolescentes ouviram passos na escada e os três se encararam ao ouvir a voz do aniversariante.
- S/n, vai distrair ele!- Trish disse um pouco nervosa e empurrou a garota da cozinha.
- É... Oi Nara! Bom dia!- A mais nova correu na direção do garoto que abriu um sorriso radiante para ela antes de pular em seus braços.
- Meu Deus, calma! Eu não sou tão forte assim!
- S/n... Você sabe que dia é hoje?- O garoto perguntou enquanto se afastava dela, a olhando com os olhos brilhantes.
- Hum...- Ela bateu o indicador em seu queixo e fingiu estar pensativa.
- Eu não tenho ideia... Pode me dar uma dica?
- Ah... Você esqueceu?- O sorriso dele diminuiu um pouco enquanto a encarava.
- Ah! Acabei de me lembrar.- Ela disse com um grande sorriso.- Será que hoje... É o aniversário de alguém?
- SIM! É O MEU!
- Ora, ora! Hoje você é um rapaz crescido!- Ela o abraçou enquanto bagunçava os seus cabelos.- Parabéns Nara!
- Obrigado!- Ele se separou e começou a olhar em todos os cantos da sala.- Onde estão os outros?
- Ah, eu não sei dizer! Quando eu desci aqui também estava vazio.
- Ah... Entendi...
- Mas sabe, oque você acha de passarmos o seu dia juntos??
- EU ADORARIA! APENAS ESPERE AÍ!
Ele subiu rapidamente as escadas e S/n soltou o ar que havia prendido inconscientemente. Com certeza ela tinha que melhorar sua habilidade em mentir!
- Gente, vocês vão ficar bem sozinhos?- Ela perguntou quando entrou na cozinha e encontrou seus 2 amigos ainda fazendo a massa do bolo.
- Vamos ficar bem, não se preocupe.
- Isso, distraia o Narancia pelo máximo de tempo possível!
- Pode deixar!
A garota voltou ao seu antigo lugar  quando ouviu uma porta se fechar no andar de cima.
- Estou pronto S/n!
- Ok, vamos indo então?- Ele agarrou o meu braço.
- Só se for agora!
⸺☆⸺
Narancia estacionou o carro e segurou a minha mão assim que começamos a andar.
- Então Nara, oque você quer fazer? Hoje é o seu dia!
- Nós podemos ir para o fliperama?? Tem uma máquina lá com um brinquedo que estou querendo há muito tempo!
- Mas é claro! Tomara que esteja aberto.
Ele saiu me arrastando pelas ruas da cidade e por sorte, o lugar estava aberto. Comprei várias fichas para ele que fez questão de jogar em TODOS os brinquedos do lugar, deixando por último a garra.
- Agora você vai ver!- Ele colocou o seu dedo no vidro e apontou para o seu alvo.- Hoje eu pego você!
Ele franziu as sobrancelhas em concentração extrema assim que colocou a ficha na máquina. Ele moveu a garra até uma pelúcia do homem-aranha que estava dando sopa.
- DROGA!- Narancia gritou quando a garra largou o brinquedo e ele deu um tapa nela.
- Calma Nara, posso tentar?- Estiquei minha mão em sua direção, que me olhou ladino antes de dar a nossa última ficha para mim.- Obrigada!
- Boa sorte S/a.
Sorri confiante quando ele disse o meu apelido e o imitei, colocando toda a minha atenção naquela máquina.
Movi a garra com cuidado para cima do boneco e olhei dos dois lados da máquina, vendo se ela estava bem posicionada antes de apertar com força o botão.
- NÃO ACREDITO!- Narancia gritou próximo demais do meu ouvido quando o boneco vinha para nossa direção.- S/N VOCÊ É INCRÍVEL! NEM MESMO O BRUNO TINHA CONSEGUIDO!
- Obrigada Naran-
Nos calamos totalmente quando o boneco caiu faltando apenas alguns centímetros para que pudéssemos pegá-lo. Mordi o meu lábio enquanto me segurava para não explodir ali.
Inspirei fundo e, com um sorriso triste o encarei, logo ficando assustada quando vi Aerosmith ao seu lado.
- NÃO NARANCIA!
⸺☆⸺
Fomos expulsos pelo dono do estabelecimento que nos xingava em todas as línguas possíveis. Sua loja estava destruída e Narancia e eu tínhamos alguns cortes no rosto. Mas pelo menos ele estava feliz ao conseguir pegar o boneco.
- S/n, podemos tomar um sorvete??- Ele questionou enquanto me olhava com grandes olhos pidões.
- Bem, por hoje podemos fazer oque você quiser. MAS POR FAVOR SEM DESTRUIR MAIS NADA!
- Hehe, desculpa!
Ele coçou a nuca envergonhado e eu fiz apenas suspirar com um sorriso enquanto bagunçava mais uma vez os seus cabelos, arrancando uma reclamação baixinha sua. Ele segurou mais uma vez a minha mão e fomos até um caminhão de sorvete próximo.
Na fila onde estávamos só tinha os pais com os seus filhos e isso me deu a sensação de ser a mãe do Nara. Enquanto a fila não andava, senti meu companheiro me abraçar e eu sorri enquanto acariciava suas mãos.
- Eu estou me divertindo tanto! Obrigado S/n.- Ele disse enquanto esfregava sua bochecha contra a minha, parecendo até um cachorrinho.
- Não precisa agradecer Nara! Fico feliz em estar deixando o seu dia mais alegre!
- PRÓXIMO!
Nos espantamos quando um homem nos chamou. Narancia e eu gelamos quando vimos o quão alto ele era e o quão grande era a verruga em seu nariz.
- Vão querer quais sabores, pirralhos?!- Ele disse sem muita paciência.
- Pode me ver um de baunilha e...
- PIRRALHOS?!
- Isso aí garoto. Agora só me falem oque vocês vão querer logo pra eu ganhar alguma grana!
- Mê vê um de baunilha e um de [Sabor favorito], por favor.
Ele só me olhou de cima a baixo e começou a fazer as nossas casquinhas e entreguei o dinheiro a ele quando ele nos entregou os sorvetes.
- Hunf, só pra te falar que com essa sua cara você vai demorar muito pra conseguir dinheiro! E com essa sua educação você vai espantar mais clientes ainda!
- COMO É QUE É?!
Gelei quando vi que Narancia já queria arranjar briga com aquele senhor e segurei sua mão enquanto corríamos dali, parando em uma praça bem longe.
- Narancia, você não pode arranjar briga com qualquer um!
- Ele chamou a gente de pirralhos! E eu só ia dar um jeito naquela cara feia dele!
- Nara...- Coloquei minha mão livre na cintura, e ele desviou o olhar envergonhado enquanto se sentava no banco e eu o imitei.- Gostou do seu sorvete?
- Muito!
Voltei a sorrir quando ele começou a tomar o sorvete bem rápido e eu o imitei, mas já me preparando pois o dia ainda seria bem divertido e agitado ao seu lado.
⸺☆⸺
- Nara!! Fecha os olhos!- Corri na sua direção e ele me olhou curioso quando eu voltei correndo de uma loja.
- Hum... Tá bom!
Ele fechou os seus olhos e eu peguei a sua mão e coloquei o presente que eu havia comprado.
- Pode abrir!- Ele o fez e deu um grito animado quando viu oque estava em sua mão: Um tamagotchi.
- Obrigado! Obrigado! OBRIGADO!- Ele me abraçou e começou a dar vários pulinhos enquanto eu me animava junto com ele.
- Você gostou??
- Você ainda pergunta?! Eu amei!
Ele olhou para o presente com bastante carinho e eu comecei a olhar para o pôr do sol ao nosso lado.
- Acho melhor irmos para casa.
- É... Ok...
Ele segurou o meu braço e, enquanto caminhávamos estranhei o quão desanimado ele ficou de repente.
- Oque foi? Por que você de repente ficou triste?
- É que eu queria que esse dia durasse mais tempo! Não sei quando vou poder sair com você assim de novo.
- Se é esse o problema, nós podemos organizar um dia da semana para sempre saírmos juntos! Oque acha?
- Eu amaria!
Ele riu e eu abaixei a sua cabeça na minha altura e beijei a sua testa, arrancando mais uma risada sua. Narancia foi dirigindo e dançávamos durante o caminho todas as músicas que tocavam na rádio até chegarmos em casa.
Subimos as pequenas escadas e eu dei espaço para Narancia abrir a porta, e quando isso aconteceu, ele foi saudado com uma explosão de confetes bem no rosto.
- SURPRESA!!!- Um grito em coro foi ouvido mas Narancia ainda parecia atordoado com os confetes.
- EU NÃO ACREDITO!
Ele disse com um grande sorriso assim que se recuperou e todos ali deram um abraço em conjunto no garoto que estava prestes a chorar.
- SEM CHORORÔ, VAMOS APROVEITAR!
Mista gritou antes de ligar a caixa de som e uma música animada começar a preencher a sala. Narancia se juntou a ele e os dois começaram a dançar enquanto eu me jogava no sofá exausta.
- Graças a você que conseguimos fazer tudo melhor do que o planejado, obrigado S/n.- Bruno se sentou ao meu lado e sorriu.
- Fico feliz em ter sido útil de alguma forma e...
- S/N, VEM DANÇAR!
Mista e Narancia agarraram cada braço meu e me puxaram para o meio da sala junto com eles, me fazendo sorrir cansada enquanto me preparava para a longa noite!
⸺☆⸺
Depois de Narancia abrir todos os presentes e todo mundo pelo menos dançar alguma música, chegou a hora dos parabéns.Narancia ficou atrás do bolo e todos nós começamos a bater palmas para ele, que parecia louco para devorar o bolo.
- NARANCIA! NARANCIA! NARANCIA!!- Batemos palmas para ele, que agradeceu a todos.- Faz um pedido!!
O garoto ficou alguns minutos pensando e vi que sua feição de repente mudou para uma triste.
- Eu queria que o Fugo também estivesse aqui...- Todos ficaram em silêncio enquanto ele assoprava as velas, sorrindo triste. Ele pegou a espátula e cortou um pedaço de bolo e colocou em um pratinho.- Bem, quero dar esse primeiro pedaço de bolo para a S/n como agradecimento pelo dia do hoje!
- Oh Nara, não precisa disso!
- Mas eu quero!- Ele se aproximou de mim e me entregou o prato.
- Obrigada!
- Será que... No meu pode ter um pouco mais de morango?
Todos nos viramos assustados em direção a porta e vimos ninguém menos que Fugo ali, ainda parecendo meio tímido enquanto entrava na casa.
- F-Fugo?!
- Bem... Eu sei que hoje é o seu aniversário, então...- Ele coçou a nuca enquanto tirava um saco de presente de suas costas.- Eu quis trazer um presente...
O pobre loiro foi derrubado por Narancia quando ele pulou em cima dele, fazendo os dois caírem no chão. Mista saiu correndo e se jogou em cima dos dois, arrancando reclamações do loiro que estava sendo esmagado.
- Mas... Como?- Perguntei surpresa enquanto olhava para alguém, buscando respostas.
- Eu consegui me comunicar com ele e o convidei para a festa.- Bruno disse enquanto sorria vendo a cena.
- Poxa, eu já estava achando que havia sido o bolo! Já estava pra acender as velas e fazer um pedido!
Minha fala arrancou a risada dos meus companheiros enquanto nós ainda observávamos os três jogados no chão.
The End.
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fuiabarcelos · 7 months
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Champagne problems: Amar é sofrer?
Versão português Br
Ship: Sam Winchester x leitora.
Resumo: Ela queria casar, ele queria terminar. Ou isso foi apenas um mal entendido?
Bingo: Uma música de evermore - Champagne problems.
Gênero: Muita tristeza (o flashback é fofo) - 4600 palavras.
Avisos: Sam sem alma quebrando o coração da leitora, tentativa de suicídio, saúde mental, depressão, hospitalização psiquiátrica, família toxica, manipulação.
N/A: Isso é como eu imagino que seria o Sam sem alma se estivesse em um relacionamento. Eu considero a história um pouco pesada.
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Ele entrou na sala junto a Dean. Assim que seus olhos encontraram os dele, você sentiu seus ombros relaxarem e lembrou da sensação de ter um coração novamente, ele estava batendo como todas às vezes que via ele. É incrível como Sam conseguiu restaurar o amor de dentro de você apenas com sua presença.
Você correu para os braços dele e o abraçou o mais forte que podia, sentindo o seu cheiro. Estar perto dele restaurou os bons sentimentos que há muito tempo foram perdidos e você finalmente se permitiu lembrar do dia que tanto lutou para esquecer desde que ele se foi.
A lembrança do dia mais feliz da sua vida se tornou a mais dolorosa no último ano.
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— Não acredito que você me trouxe aqui novamente! — Você exclamou com felicidade. Vocês estavam no restaurante onde ele te pediu em namoro. Desde aquela noite vocês nunca mais voltaram a esse lugar.
Ele estava completamente reformado, você só o reconheceu pelo letreiro brilhante com o nome do restaurante e pelo garfo gigante em sua entrada.
— Pensei que poderíamos relembrar os velhos tempos. A comida não foi das melhores, mas aquela noite foi incrível.
— Eu me lembro perfeitamente de você elogiando a sobremesa por dias! — Sam fez uma expressão ofendida, como se estivesse sendo acusado de algo que ele não fez, quando, na verdade, os dois sabiam que o que você disse era verdade. Você riu antes de continuar a falar — Mas devo concordar, foi uma noite incrível.
A comida havia melhorado e Sam estava novamente elogiando a sobremesa.
— Por que não pede mais uma? — Você perguntou quando ele terminou de comer.
— É uma ótima ideia, mas eu tenho outros planos.
— Já sei! — Você disse enquanto pegava um guardanapo e retirava os resquícios de chocolate da boca dele — Vamos caminhar pelo parque.
— Como você adivinhou?
— Sam… Você pensa que eu não entendi o que está acontecendo aqui? Você está recriando o nosso primeiro encontro. Me trouxe a esse restaurante, pediu os mesmos pratos, as mesmas bebidas, sobremesas…
— Eu esqueci que você é uma garota esperta — Ele brincou — Vamos?
A noite estava calma e silenciosa. O céu estava totalmente iluminado por diversas estrelas que brilhavam incessantemente ao lado da lua que, por sua vez, refletia sua beleza no lago à frente de vocês.
— A noite está tão bela — Você suspirou aproveitando o silêncio e o calor das mãos de Sam nas suas.
— Assim como você — Quando olhou para Sam, os seus olhos estavam brilhando enquanto ele olhava para você. Esse tempo todo ele estava te admirando.
— Você ainda é aquele rapaz completamente apaixonado daquela noite.
— Sim, e apaixonado pela mesma mulher — Ele sorriu. Você sempre soube que esse sorriso, algum dia, seria o motivo do seu colapso. Ver Sam sorrir despertava em você uma felicidade inexplicável, como se nada mais no mundo importasse. Como se não houvesse nada mais belo.
E então vocês finalmente estavam no campo à beira do lago. Cheio de flores coloridas que pareciam as mesmas sob a luz do luar, mas você tinha a lembrança clara de como era estar aqui durante o dia. Esse lugar conseguia ser belo em ambos os turnos.
Não tão belo quanto Sam.
Você o observou enquanto caminhava sozinho em direção às flores, logo após pedir para que você aguardasse um momento. Seu corpo estava iluminado pelas estrelas, destacando-se no meio do campo de flores, e exalava a essência de sua natureza romântica e etérea. Era evidente para você que ele estava colhendo uma flor, assim como havia feito tantos anos atrás, um gesto que ecoava a admiração dele por você.
Não demorou muito para ele voltar, afastar o seu cabelo delicadamente (o que certamente lhe trouxe mais arrepios que o normal) e colocar a bela flor na sua orelha. Agora, vocês dois estavam sorrindo intensamente um para o outro, não querendo que esse momento acabasse.
Sam aproximou seus lábios da sua bochecha e a beijou suavemente algumas vezes. Ele sabia exatamente como demonstrar seu amor.
Os pensamentos de que você não merecia isso, não merecia todo esse amor explodiram em sua mente, você estava pronta para afastá-lo e pedir para ir embora. Ele e o amor dele a deixavam tão vulnerável e, ao mesmo tempo, tão feliz, isso te assusta!
— Foi aqui que você me pediu em namoro — Em vez de pedir para ir embora, você tentou expulsar os pensamentos e reviver as lembranças daquela noite perfeita — Você estava tão nervoso, mas conseguiu me fazer tão feliz.
— Eu espero mantê-la feliz pelo resto da minha vida — As mãos dele deslizaram para o bolso da calça, retirando uma caixa vermelha. Sam se ajoelhou no chão, sem se importar que a grama sujaria seu jeans. Você arregalou os olhos quando percebeu o que estava acontecendo e pensou que desmaiaria a qualquer momento — Eu estou há um tempo planejando isso porque queria que fosse perfeito. Você é a mulher que eu amo e quero amar pela eternidade, ter você como namorada durante todos esses anos foi a melhor coisa que me aconteceu, mas ainda é pouco para mim. S/n, eu quero colocar um anel no seu dedo, levá-la ao altar vestida de branco, beijá-la na frente de todos depois do sim e, finalmente, tê-la como minha esposa.
— Sam… Você não pode fazer isso — Seu rosto estava encharcado de tantas lágrimas. Havia pouco ar em seus pulmões e você estava tonta, muito tonta — Eu te amo e o que eu mais quero é passar o resto da minha vida com você, mas...
Sam já estava preparado para qualquer reação “negativa” que você tivesse, pois te conhecia há muitos anos e lutava com você para curá-la desse sentimento de que você não era digna de nenhum amor.
Ele sabia que o pedido de casamento traria de volta os seus traumas, traria as lembranças do seu pai espancando a sua mãe, da sua avó traindo o seu avô e ele ameaçando matá-la. Você ficou no meio desses casamentos fracassados, mas eles sempre afirmavam que isso era amor.
Amar para você é sofrer.
Por isso, Sam fez questão de reviver o dia que vocês saíram pela primeira vez e começaram a namorar, pois ele sabia que isso a traria conforto.
— S/n, meu amor — Ele disse, ainda ajoelhado — Já conversamos sobre isso, você merece sim ser amada, porque o amor não é nada daquilo que você presenciou. Você não precisa ter medo. Eu estarei aqui por você e nunca vou fazê-la sofrer.
— Eu não queria que meus problemas insignificantes estragassem esse momento, me perdoa.
— Você não estragou nada, não se preocupe, baby — Ele passou as mãos pelos cabelos antes de segurar a sua e olhar nos seus olhos — Então… Você aceita se casar comigo?
Você respirou fundo e se lembrou de toda a felicidade que Sam te trouxe desde que estiveram juntos. Ele estava falando a verdade quando disse que nunca te machucaria, você tem certeza disso.
— Sim, Sam! Eu aceito me tornar sua esposa.
Ele finalmente colocou o anel em seu dedo e a puxou para um beijo apaixonante e demorado. Vocês passaram a noite inteira escorados em uma árvore, com você sentada no colo de Sam enquanto contavam histórias e trocavam muitos e muitos beijos.
Você se casaria com o homem que pensou que não existia. Um homem romântico, respeitoso e extremamente lindo. Você se casaria com Sam Winchester.
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Agora ele finalmente estava aqui. Um ano depois de ele dizer sim a Lúcifer e cair na jaula.
Depois que Sam se foi, Dean seguiu o próprio caminho e foi tentar ter uma vida normal com Lisa e Ben, mesmo com a dor da perda do irmão, ele parecia estar contente com a vida que estava levando e você estava feliz por ele. Você os ajudou em algumas caçadas antes e sabia o quanto essa vida é difícil.
Quanto a você, depois que Sam caiu na jaula você se afastou de todos, pois sentia que precisava vivenciar seu luto sozinha. Sua família tentou manter contato, eventualmente ligando para saber o motivo do seu sumiço, mas você não deu nenhuma informação sobre o paradeiro seu e do seu noivo.
Todas as noites você sentia falta de Sam passando as mãos pelos seus cabelos antes de dormir enquanto contava como foi a última caçada, dos beijos e toques carinhosos dele. Você sentia que a melhor parte da sua vida foi arrancada a força e, o pior, seria para sempre.
Você pensou que seria para sempre.
Você esperou que ele a abraçasse de volta o mais apertado que conseguisse, afastasse seu cabelo, segurasse seu rosto e junta-se seus lábios no dele. Você finalmente poderia dizer o quanto sentiu falta dele, mas ele não fez nada disso. Sam ficou parado, olhando para você como se aquele abraço que você tanto sonhou em ter novamente, não significasse nada para ele.
— Ele está um pouco confuso, S/n — Dean disse — Sam passou um ano com lúcifer, vai demorar um pouco para ele ficar bem.
— Você está certo. Me desculpa, Sam — Você acredita no que Dean disse. Sam precisava de um pouco de espaço para entender e superar tudo o que aconteceu — Eu só… Senti muito a sua falta.
Sam concordou antes de dizer que precisava sair para tomar um banho.
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Ele finalmente estava a amando novamente. Foi um pouco mais bruto do que costumava ser, mas você sentiu que isso restaurou a conexão entre os dois. Os seus corpos estavam dando prazer e amor um para o outro.
Sam a beijava como se precisasse desesperadamente de você, e você sabia que ele estava pronto para continuar.
— Amor, eu estou cansada — Você disse, afastando os lábios dele dos seus para olhar em seu rosto. Você acariciou suas bochechas suavemente, sentindo agora que precisava daquele momento de carinho após um sexo intenso e após ficar sem ele por 1 ano — Nós podemos apenas ficar aqui por um tempo, conversando e dando carinho. Eu preciso desse momento com você depois de tudo o que aconteceu.
— Não estou interessado em fazer isso agora, talvez depois — Ele disse. A boca de Sam encontrou com seu pescoço onde ele deixou uma mordida intensa e desesperada. Certamente ficaria uma marca profunda depois.
Você ficou um pouco decepcionada, pois sentia falta daquele amor que durante muito tempo foi um medo e uma insegurança, mas depois do pedido de casamento se tornou o que você tinha de mais importante. Entretanto, você entendeu o lado de Sam e entendeu que ele precisava colocar a cabeça no lugar antes de estar vulnerável novamente para você.
— Sabe, eu estava pensando, agora que você voltou, podemos finalmente fazer o nosso jantar de noivado com a minha família. Para comemorar nosso futuro casamento e a sua volta.
— Tudo o que você quiser, desde que continue gemendo embaixo de mim.
Num misto de incerteza e desagrado, você se viu cedendo. Você não sabia se aquilo era chantagem ou uma forma de parecer sexy, mas abriu mais as pernas e esperou que ele entrasse em você novamente, mesmo já tendo o suficiente daquilo.
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Você passou semanas planejando o jantar de noivado perfeito. A ajuda de Sam foi necessária, mas ele não estava disposto a planejar isso, então você fez o trabalho todo sozinha e esperou que ele gostasse.
Sam não havia voltado ao normal ainda, depois que ele retornou da jaula ele não era mais o homem doce, romântico e fofo de antes. Agora ele é frio e você constantemente se pega exigindo a atenção dele. Às vezes você se sentiu egoísta por não gostar das atitudes dele e sentir que precisa entender o lado dele, afinal Sam esteve preso com Lúcifer durante 1 anos, é inevitável que isso tenha afetado a saúde mental dele.
Mas estava afetando a sua também.
Antes, você costumava ser muito instável mentalmente, todos os dias você acordava e esperava ansiosamente pela chegada da noite, pois enquanto dormia era o único momento que você não sentia dor. Sam estava lá por você, tentando alegrá-la e reacender a sua vontade de continuar. Você ainda se arrepende por fazer ele passar por tanto sofrimento quando decidiu tirar a sua própria vida, mas ele estava lá segurando a sua mão no hospital e cuidou de você como ninguém fez antes.
Você sentia que aquela sensação de desgosto pela vida estava voltando, mas que não podia contar com Sam dessa vez, não por que ele não se importava, mas por que ele já estava sofrendo demais.
— Eu estou tão animada! — Você disse quase dando pulinhos enquanto ajeitava a gravata de Sam — Nossa… Você está tão lindo, meu amor.
— Eu poderia dizer o mesmo, se me permitir mostrar o que posso fazer com você no quarto.
Você revirou os olhos, mas se arrependendo imediatamente. Não era para o seu descontentamento ficar tão explícito.
Parecia que Sam estava constantemente te chantageando para levá-la para cama. Você sentiu que sexo era a única coisa que importava para ele, que você só estava servindo para satisfazer os prazeres dele. Onde está todo aquele afeto que ele costumava lhe dar? Era como se o amor estivesse vindo apenas do seu lado…
Você balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos idiotas. É claro que Sam ainda te amava, ele só estava confuso. Levá-la para cama é a forma dele mostrar que te ama, certo?
— Temos um jantar à nossa espera, Sam. Podemos deixar isso para mais tarde — Sam não gostou da resposta.
— Prefere agradar a sua família idiota do que a mim? Eu pensei que você me amasse.
— Eu amo, amo muito. Mas eu planejei com tanto carinho nosso jantar de noivado, eu quero comemorar o nosso casamento — Você sorriu tentando acalmá-lo, suas mãos agora estavam no rosto dele esperando que ele entendesse seu lado — Nós vamos casar, Sam! Isso não é incrível? Poderemos transar quantas vezes quisermos.
Sam claramente não estava convencido, mas desistiu de argumentar. Você colocou a mão dele na sua e o guiou até a sala de jantar, onde estava sua família.
— S/n! — Sua avó gritou de felicidade quando a viu — Você está tão linda nesse vestido! — Rapidamente ela puxou você para um abraço — Sam, quanto tempo! — Ela chegou perto para abraçá-lo também, mas Sam se esquivou. Você ficou em choque com a reação dele e a sua avó extremamente desconfortável, ele percebeu o clima que havia deixado ali e tentou consertar.
— É ótimo vê-lo novamente — Ele disse estendendo a mão para cumprimentá-lo.
— Eu estou tão feliz por vocês, vocês são o casal mais fofo que eu já vi. Tenho certeza que esse casamento não terá nenhum problema.
Se ela pudesse ver além das aparências, saberia que vocês tinham diversos problemas. Que você não sabia mais se estava feliz.
A campainha tocou e você correu para atendê-la, deixando Sam sozinho para cumprimentar a sua família. Quando você abriu a porta, viu Dean parado com um sorriso no rosto.
— Que bom que você veio, Dean! Estava esperando por você.
— Eu não perderia isso por nada, estou aguardando esse dia há muito tempo. Eu trouxe isso — Ele lhe entregou uma garrafa de Dom Pérignon.
— Champanhe! Muito obrigada, Dean.
— Uma noite especial, merece uma bebida especial.
Durante todo o jantar a sua família elogiou o seu relacionamento com Sam, eles relembraram vários momentos entre vocês dois nos almoços em família. Era nítido que todos estavam felizes com a notícia do noivado, exceto uma pessoa… O noivo.
Você pediu para que todos se levantassem, pois finalmente tomou coragem para realizar o discurso que havia preparado.
— Sam e eu agradecemos muito a presença todos, é muito importante para nós termos todos aqui apoiando e celebrando essa nova fase na nossa vida — Você respirou fundo antes de olhar para o homem com quem desejava passar a eternidade, o homem que fizera juras de amor eterno a você — Nunca achei que chegaria a este ponto de anunciar para todos que vamos nos casar. Desde que te conheci, acendeu um amor dentro de mim que eu nem sabia que estava lá. Você trouxe felicidade para a minha vida e me amou do jeito que sou. Quero que saiba que sempre estarei ao seu lado, Sam, e mal posso esperar para usar um vestido branco e me casar com você — Você sorriu e secou as lágrimas solitárias que escorreu pela sua bochecha — Eu te amo tanto, amor.
Os seus familiares aplaudiram a cena e você esperou ver algum resquício de felicidade em Sam. Esperava que ele declarasse suas belas palavras de amor a você ou que falasse que ele te amava também. Ele não fez isso, apenas permaneceu com sua expressão descontente por estar ali.
— Você está bem, Sam? — Você sussurrou.
— Na verdade, não. Eu estou cansado de todo esse teatrinho. De fingir que eu me importo com você para consegui-la levar para a cama, só por que transar com você é bom para caralho — Todos ali estavam em choque com os gritos do seu noivo — Eu não me importo com você, S/n e nem a amo. Eu nem sei por que eu aceitei vir nesse jantar de merda com essa família que se acha perfeita quando, na verdade, se odeiam profundamente.
— Sam… Para com isso, por favor — Você implorou chorando.
— O que deu em você? — Dean gritou do outro lado da sala de jantar.
— Você é tão ingênua, S/n. Estava fazendo de tudo por mim achando que em algum momento eu retribuiria. Como pode pensar que eu amasse você ou que me casaria com você? — Em fúria, Sam retirou o seu anel de noivado e o jogou dentro de sua taça de champanhe — Já chega de tudo isso.
Ele bateu a porta antes de sair, ligar o seu carro e sumir na escuridão.
Ao fundo, tocava uma das músicas que você fez questão de colocar na playlist, pois era do cantor favorito de Sam: Blue Suede Shoes de Elvis Presley.
“One for the money, to for the show”
Eu não estava pronta para isso, então eu vejo você ir — Você pensou.
Sua cabeça doía descontroladamente com tanta informação, a sua família não calava a boca dizendo que Sam é um homem horrível e que você encontraria algo melhor.
— Ele seria um marido adorável, se não fosse fodido da cabeça — Disse a sua mãe.
Você não conseguiu se manter ali, no meio daquele caos. Então, minutos depois, você estava ajoelhada no chão da rua, enquanto suas lágrimas se misturavam com a chuva.
Você se entregou a um homem que prometeu lhe amar e nunca a machucar. Você se entregou ao homem que quebrou o seu coração. Sam Winchester arrancou seu coração de seu peito e o jogou no lixo.
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Sua depressão a havia consumido novamente. A fofoca de tudo o que aconteceu no jantar havia se espalhado pela cidade, pois sua família não conseguia segurar a própria língua. Sua mãe lhe ofereceu um quarto na casa dela por alguns dias, até que você se sentisse um pouco melhor, mas estar lá foi a pior decisão que você poderia tomar.
Todas as vezes que alguém te via chorando, você ouvia que não precisava ficar assim que logo você encontraria alguém melhor. Sua prima, que sempre gostava de se sentir superior a você, disse que isso não passava de problemas insignificantes e todos ao redor concordaram com ela. Você só queria se sentir acolhida.
Após perceber que sua família não ligava para o seu sofrimento, você sumiu. Você mudou de número, alugou um apartamento em um estado mais longe possível e deixou a depressão tomar conta.
Em uma noite, você fez novamente. Eram 11:45 pm quando o telefone da emergência tocou e eles ouviram suas súplicas por ajuda. Os paramédicos correram para tentar te socorrer, você estava caída no chão com cortes profundos nos pulsos e uma pilha de frascos de remédios vazios ao seu redor.
No hospital, quando você se recuperou um pouco, eles pediram explicações. Você havia tentado tirar sua própria vida novamente. Os médicos conversaram com você sobre te mandar para um hospital psiquiátrico. Você ficou com medo, mas aceitou, pois sabia que precisava de ajuda e sua família não estava lá por você… Nem Sam.
Como você sentia falta de Sam. O Sam que a levou àquele restaurante, a fez sorrir e, no fim da noite, te pediu para se tornar oficialmente dele. Do Sam que te amava assim como você amava ele.
E agora você está aqui, deitada em uma cama de um manicômio esperando o horário do seu próximo remédio.
— S/n, nós vamos fazer uma sessão de terapia em grupo para receber o novo paciente, você quer se juntar? — Uma das enfermeiras perguntou. Você estava entediada, então concordou. 
Você entrou na sala onde a terapia em grupo iria acontecer, chegando por último. Sentou-se e esperou o início, mas ao dar uma olhada ao redor procurando por rostos familiares, o arrependimento de ter concordado em vir se intensificou.
— Esse é o novo paciente, Sam. Nós decidimos fazer essa sessão para acolher ele, Sam está em um estado avançado de psicose e precisa se conectar com a realidade.
Sam estava péssimo. As olheiras escuras e profundas abaixo de seus olhos denunciavam que ele não dormia há dias, ele possuía diversos cortes em seu rosto e mãos e estava claramente exausto.
Ele não estava prestando atenção em nada que a psicóloga ou os outros pacientes falavam, os olhos dele estavam fixos nos seus. 
Sam queria abraçá-la e pedir desculpas por tudo o que aconteceu, porque ele finalmente se lembrava de todas as coisas ruins que fez quando estava sem alma. Ele sabia das suas questões psicológicas, mas não sabia que você havia ficado tão mal a ponto de ficar internada em um hospício.
Você não aguentou ficar mais um minuto naquela sala e correu de volta para o seu quarto, duas enfermeiras vieram atrás de você, pois achavam que se tratava de um surto depressivo, talvez elas estivessem certas. No ápice da angústia, você se jogou no chão, soltando gritos de dor e frustração que ecoaram pelas paredes. Suas mãos correram para os seus cabelos e você os puxou com força como se estivesse tentando extrair a agonia de dentro de si.
 As enfermeiras agiram rapidamente para conter o seu sofrimento físico e emocional, te conduzindo à cama e imobilizando-a para evitar que se machucasse ainda mais. Não demorou muito para você sentir a picada da medicação em seu braço e um sono profundo a consumir.
Agora, você está frente a frente com a psiquiatra que costuma te atender, ela está interessada em saber o que causou o seu último surto.
— Ele está aqui… O meu ex noivo.
— Isso explica muito coisa. Você está falando do novo paciente? Sam — Você concordou — Eu não sei quais foram as razões para ele ter agido tão rudemente com você, mas eu sei que vocês não conversaram depois de tudo. Eu posso levá-la até o quarto dele, porque eu sei que você ainda tem muitas dúvidas.
— Eu tenho medo de ele gritar aquelas coisas horríveis para mim de novo, ele não me ama… 
— Essa escolha é sua, desde que você chegou aqui você me contou que queria ter a chance de conversar com ele pela última vez, mas se não se sentir pronta para isso, está tudo bem.
— Alguém pode ficar perto?
— Claro, você não estará sozinha.
O percurso do seu quarto até o de Sam foi envolto em uma atmosfera sombria. Suas mãos tremulavam e a boca seca era uma manifestação do seu nervosismo. No entanto, você fechou os olhos por um momento, respirou profundamente e, reunindo coragem, adentrou no quarto dele.
A enfermeira ficou te esperando atrás da porta para dar privacidade aos dois, ela prometeu ficar atenta a qualquer sinal de alerta.
— Oi, Sam — Você disse baixinho e quase chorando.
— S/n! — Ele veio até você e a puxou para um abraço apertado. Não foi o mesmo abraço frio e sem afeto que ele lhe deu no dia que voltou da jaula. Havia carinho nesse abraço, mas você acreditava que isso era apenas sua cabeça te sabotando para fazê-la se sentir melhor. Em seguida, Sam depositou um beijo na sua testa antes de segurar o seu rosto e olhar em seus olhos — Eu senti tanto a sua falta.
— Foi você quem me afastou. Foi você quem disse que não me amava, que me humilhou na frente da minha família inteira! Você provavelmente é a causa de eu estar aqui! — Você o afastou e tentou não falar tão alto para a enfermeira não achar que estava tendo alguma briga e te tirar de lá antes de terminar essa conversa. 
— Eu sei, mas por favor, se acalme. Vamos conversar — Ele segurou a sua mão e a guiou para se sentar na cama — S/n, quando Castiel foi tentar me salvar, ele não conseguiria me tirar de lá com a minha alma. Eu voltei, mas minha alma continuou presa com Lúcifer, até agora.
— Então, você estava agindo daquele jeito por que estava sem sua alma?
— Sim, com a minha alma fora do meu corpo, não restou nenhum tipo de emoção. Eu fiz coisas horríveis que durante um tempo eu não me lembrei. Eu perguntava para Dean  constantemente o que havia acontecido com você e ele nunca me contou a verdade, até que um dia eu finalmente me lembrei. Eu te procurei para tentar me desculpar, mas não a encontrei em lugar nenhum.
— Por que você está aqui, Sam?
— Minha alma continua sendo torturada por Lúcifer. Ele estava sentado ali, rindo de nós dois — Ele aponta para uma cadeira isolada no canto do quarto, mas não havia nada lá. Não era psicose, mas Lúcifer atormentando Sam.
— Isso é... Horrível. Você não merece isso.
— Dean e Castiel estão procurando uma maneira de me curar — As lágrimas desciam por ambos os rostos, vocês estavam sofrendo por motivos diferentes, mas conseguiam entender os sentimentos um do outro.
— Minha família estava certa, eu tenho problemas insignificantes comparados a isso.
— Não diga isso. Sua família não sabe o que diz — Os olhos de Sam estavam fixos nos seus e você não conseguiu desviar o olhar daqueles olhos tão lindos, mas agora tão cheios de dor — Seus problemas não são insignificantes e eu estou feliz que você tenha procurado ajuda. Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz, S/n. Eu prometi que nunca a machucaria, que protegeria você para sempre, mas olha a onde eu te trouxe! Eu espero que um dia você possa me perdoar.
— Você se lembra quando ficamos hospedados naquele hotel velho e você disse que ele era um manicômio nos anos 90 e eu fiz uma piada: então ele foi feito para nós? — Você riu com a lembrança — Olha onde estamos agora.
— Você está certa — Ele riu com você. Quando ambos pararam de rir, vocês se olharam novamente — Eu sempre amei você e nunca desisti de levá-la para o altar — Os lábios dele estavam a centímetros do seu e você não poderia esperar mais nenhum minuto para beijá-lo novamente. Foi um beijo que carregava consigo toda a bagagem de suas emoções entrelaçadas. A princípio hesitante, mas logo se aprofundou em uma busca mútua por consolo e conexão.
— Eu preciso me curar primeiro, Sam. Eu não estou pronta para isso.
— Eu sei, e estou disposto a esperar o quanto for preciso. Eu não desistirei de você, porque você é a mulher da minha vida.
— A vida não foi justo conosco, mas eu espero que ela se arrependa e peça perdão. Eu preciso me curar antes de perdoar você, Sam.
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gabur32 · 3 months
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record of ragnarok x reader
Resumo: a única coisa que você deveria ter feito era ficar na sala onde você estava, mas como você está entediada resolveu dar uma passeada por valhalla e com isso você acabou conhecendo algumas pessoas.
S/n=seu nome
S/S=sobrenome
Parte 1
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"EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR AQUI!!"
"P-por favor se acalme" A VALQUÍRIA GÖLL ou apenas Göll estava com você, quando ela entrou na sala que você estava ela ficou surpresa por descobrir que uma mulher lutaria no ragnarok, mas depois de um tempo com você, ela percebeu que você não era muito paciente.
"eu? me acalmar? como vou fazer isso? Por que eu não posso sair daqui?"você perguntou.
" só para esperar até que sua luta comece"
"...."você fica em silêncio, Göll fica feliz que você esteja um pouco mais calma agora, mas logo ela fica surpresa ao ver você se levantar ir para porta.
"e-espera para onde v-você está indo?!"ela tenta te impedir de sair mas não consegue.
"não se preocupe, eu voltarei antes que a senhorita Brunilda perceba que sai"e com isso, você sai correndo pelos corredores e deixando a pequena Valquíria para trás.
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Depois de algum tempo caminhando sem rumo você se pergunta onde estão os outros humanos.
Ao andar mais um pouco você se depara com portas de Dojo.
"isso me lembra velhos tempos, faz muito tempo que eu não entrei em um dojo"sem pensar muito você entra.
Ao entrar você vê uma pessoa sentada no chão lendo um livro.
O estranho olha para você.
"Olá? Você também é uma valquíria?"
"não, não sou, só estou andando por aí"
"Entendo, os jovens de hoje em dia não conseguem ficar parados somente em um lugar"
franzindo a testa você olha para ele indignada.
"só para você saber, eu sou muito mais velha do que você, seu velho i*****"
"se você diz, de qualquer forma qual é o seu nome"
"S/n S/S, e você o quem seria?"
"Sasaki Kojiro"
"Acho que ouvi falar de você em algum lugar, se eu não me engano foi o meu ex-aluno que me falou de você"
"Sério? e qual seria o nome do seu aluno?"
"O nome dele era, era... Lembrei o nome dele era Toda Seigen"
"...."ele não reage.
"Ei velho, você bateu as botas ou algo assim"
"Você está brincando, certo?"
"Não, por que?"
"É que eu acho meio impossível você ter sido a professora do meu ex-mestre"
"Então você também conheceu ele, que coincidência, eu era mestre do seu antigo mestre"
"..."
"PORQUE DIABOS VOCÊ ESTÁ ME OLHANDO ASSIM!!?"
"eu só acho improvável"
"se você não acredita em mim então pergunte a ele"
"que curioso, uma pergunta, quantos anos você tem?"
"minha idade? Não sei exatamente mas tenho cerca de 4,5 bilhões"
"O QUEEEE!!!???"
"eu amo quando as pessoas reagem assim, hehehe.
"VOCÊ ESTÁ BRINCANDO NÃO É? SEU PROJETO DE GENTE"
"SEU VELHO,O QUEM VOCÊ ESTÁ CHAMANDO DE PROJETO DE GENTE"
Continua...
Nota do autor: eu não sei o que exatamente poderia escrever então escrevi isso.
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euurxseydolue · 4 months
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𝐏𝐎𝐕 :: 𝐉𝐄𝐎𝐍𝐆𝐈𝐍, O Seu Chefe.
O sol nascia lá fora, um dia novo, um dia de trabalho, o despertador tocava alto ao seu lado, lhe fazendo bufar e se levantar da cama, depois indo no banheiro fazer as suas higienes e tomando seu café, saindo de casa dirigindo até a empresa. O seu trabalho era ótimo, mas o que lhe assustava era o seu chefe, Yang Jeongin, o mais temido pelo seu comportamento rude e intransigente, sua relação com ele era estranha, sentia olhares, umas aproximadades ali e aqui, o que era estranho. Você era ótima, é claro, mas não achava justo Jeongin ser "legal" com você e tratar mal as outras pessoas, mesmo não tendo muita intimidade com ele.
Chegando no destino, saia do automóvel com roupa simples de trabalho, junto com anéis, brincos e colares, nada muito chique, então adentra no local e caminha pelos os corredores longos, chegando e entrando no elevador com pura cara de tédio, com braços cruzados, até que por coincidência aparece ele:
═ "S/n?" ═ perguntou o homem, com a sua expressão de raiva entrou no elevador ficando ao seu lado, com as mãos nos bolsos, virando seu rosto em sua direção de forma ríspida ═ "Cadê os documentos?"
═ "Ainda estou fazendo." ═ respondia sem vontade, escutando um "tsk" vindo do chefe, virando seu rosto novamente.
═ "Isso era para estar pronto semana passada, você não sabe?"
═ "Sim, eu sei, mas andei meio ocupada, além desses documentos."
═ "Ocupada com o que exatamente?" ═ falou já meio irritado, sua voz nítida.
═ "Coisas pessoais, senhor." ═ Jeongin escutando, soltou um suspiro pesado, e então, se virou para você novamente, agora com um sorrisinho.
═ "Na minha sala, vai lá depois do seu trabalho. Quero falar com você, não se atrase." ═ dizia saindo do elevador com as portas abertas, lhe dando um aceno em "tchau".
Okay, aquilo te bateu medo. O que ele queria falar? O que ia acontecer? Era algo ruim? Não sei, só basta esperar o horário, mas.. Se ele for me demitir por atrasar nos documentos? Não.. Não acho que não, ele saiu com um sorriso no rosto, deve ser coisa boa, não é?
De tantos pensamentos, vou na minha mesa e me sento, colocando a bolsa do lado e ligando o computador, apressar nesses documentos logo antes que dê em merda, e só sentia cutucadas no meu ombro, e era Yuna, minha amiga.
═ "S/n! Bom dia!" ═ falou sorrindo e meio alegre, te abraçou e te entregou um café quente, sentando na mesa na sua frente ═ "Como vai? Parece nervosa."
Pegando o café na mesa, tomava um pouco, sua cara já não muito boa, respondia:
═ "Bom, eu to bem né.. Eu acho.." ═ distraia o olhar para algum canto aleatório, pensando.
═ "'Eu acho?' O que deu hein?" ═ pensava até em mentir, mas como ela é mais esperta que o FBI, apenas suspirei.
═ "Tava com o chefe no elevador, falou que era eu ir no escritório dele pra conversar comigo.. E eu to com medo" ═ após eu só ouvia a risada de Yuna, olhei para ela rapidamente e a mesma cobria o sorriso com a mão, abafando o som. ═ "Não entendi a graça."
═ "Tu vai ser demitida quer ver!" ═ se encostou na cadeira e apoiou a cabeça, com a boca virada para cima enquanto ria.
Sério? Que ajuda. Eu morrendo de preocupação e ela rindo da minha cara.
═ "Que apoio hein." ═ tomava o café com expressão de raiva, olhando para o além enquanto ainda escutava sua risada ═ "Para de rir!"
═ "Ai.. Aiai.. Ta bom ta bom parei!" ═ soltava uns risos, mas depois se acalmou, recuperando sua postura ═ "Okay.. Mas você sabe do que ele quer falar com você?"
═ "E eu vou lá saber. Só entrou, falou dos documentos, também falou desse papo de ir na sala dele e depois saiu." ═ resumia a cena no elevador, terminando o café e o deixando na mesa, deixando sua cabeça apoiada na cadeira, olhando pro teto, quase deitada.
═ "Hm, vai dar em merda isso dae." ═ falou Yuna ainda tomando seu líquido, depois pegando seu celular, aparentemente conversando com alguém por mensagem.
═ "Cara, tu sempre vê algo negativo nas coisas!" ═ se sentou na cadeira novamente olhando diretamente para Yuna, com as mãos no rosto, quase cobrindo.
═ "Ahhh minha amiga, quando o chefe fala 'quero falar com você', tem uma pulguinha nessa história." ═ sorria de canto, então pegando sua bolsa e se levantando da cadeira, ainda com celular em mãos ═ "Vou ter que ir agora, beijos beijos. E boa sorte!" ═ saia depressa sem me dar tempo de responder, então só respirava fundo.
Depois desse super apoio de Yuna, me foquei no trabalho, pegando uns papéis dos documentos e mexendo no computador, para terminar o resto que precisava ser feito.
════ ☆
Passou-se horas, estava com fome e meio cansada, a empresa quase vazia e eu lá com a bunda doendo de tanto tempo sentada nessa cadeira desconfortável. Terminando, me levantei pegando minha bolsa e os papéis, desligando o computador e indo ao encontro com o chefe, me veio aqueles pensamentos de antes e as falas de Yuna, me fazendo ficar com medo e nervosa.
Entrei no mesmo elevador, esperando subir, saia depois caminhando em mais um corredor grande, estava com braços e pernas doendo, de tanto andar e carregar esses papéis inúteis, estava de cabeça quente.
Bati na porta de Jeongin com o pé de forma desajeitada, deixando os pertences e os documentos caírem, e no mesmo instante o homem estava porta, vendo a cena.
═ "Mil perdões!" ═ dizia desesperada, pegando de folha em folha caídos no chão, enquanto via outra mão, as juntando.
═ "Tudo bem, sem problema." ═ falou calmo, ajudando com os papéis, depois lendo ═ "São esses os documentos?"
═ "Ah, sim, são esses!" ═ gaguejava um pouco, pegando sua bolsa e depois juntando as folhas, ficando de pé novamente.
═ "Okay" ═ lhe entregou o resto que estavam em sua mão, se levantando do chão ═ "Entre." ═ abria um espaço para entrar na sala, em gesto gentil.
E assim você entra e deixou as papeladas na mesa dele, depois se sentando na cadeira, cansada, deixando a bolsa no outra do lado.
═ "Aish.. Que pesado.." ═ sussurrou, mas foi o suficiente para Jeongin escutar.
═ "Pesado hm? Só esses papéiszinhos?" ═ debochou, deixando um sorriso de canto, se encostando na mesa com as mãos no bolso.
═ "Que?-" ═ na tentava de falar, acabei sendo interrompida.
═ "Tá. Não foi para isso que te chamei." ═ saiu e foi para trás da mesa, se sentando na cadeira principal, mantendo o foco em você ━ "Tenho uma coisa pra te dizer.."
═ "E o que seria essa 'coisa'? ═ perguntou, com medo e curiosidade batendo, se ajeitando e olhando para Jeongin, meio assustada pelo olhar dele.
═ "Você entrou aqui a pouco tempo, fez um ótimo trabalho diferente de vários daqui, me subindo um interesse.." ═ fez uma mini pausa, logo voltando a falar, enquanto S/n escutava com atenção e com ansiedade para saber o que era ═ "Não posso mentir que, eu te apreciei, mesmo com o meu jeito rude. Estive distante não só de você, como também de outros.. Porque.."
═ "Porque..?"
═ "Estou apaixonado por você, é isso." ═ finalizou sério, juntando as mãos encima da mesa, sem nem mesmo piscar. ═ "Eu deixei isso bem nítido nesses tempos prá cá, não percebeu?"
Você sentindo o choque completo, sentiu seu corpo gelar, seus olhos se arregalam e suas mãos apertando a própria roupa entre as coxas, se sentiu nervosa. O que eu iria falar?
═ "É.." ═ soltava em voz trêmula, sorrindo nervoso, quebrando o contato visual, olhando para teto, chão, não sei, qualquer canto.
═ "É..?" ═ dizia Jeon, em busca de resposta mais completa.
═ "Então.. Eu.. Ai.." ═ dou pausas, a procura de palavras certas, na tentativa de não magoá-lo ═ "Eu.. Agradeço a sua admiração por mim, é.. Sempre me elogiou com o meu trabalho mesmo com alguns atrasos, eu sempre me dedico muito em busca de um resultado.. Mais.. Eu não sinto o mesmo que você... Mil perdões, chefe.."
Depois dessa fala, o clima nunca ficou tão pesado agora. A sala em puro silêncio, nem um barulho sequer além da chuva no lado de fora da janela. Apenas senti um olhar fixo em mim, levantei a cabeça e apenas vi Jeongin, com a mesma posição, mãos juntas e tendo foco em mim.
═ "Hm, tudo bem, entendo." ━ distraiu seu olhar e se levantou da cadeira.
═ "Oh! Desculpa! Não queria te magoar viu? Mil desculpas!" ═ desesperada entre gaguejos eu me levantava junto, pegando minha bolsa e indo em direção ao chefe.
═ "Não, tudo bem, depois você pensa melhor." ═ respondeu seco, abrindo a porta do escritório, em sinal de você sair.
A fala do homem me deixou meio confusa, como assim "depois pensar melhor?", o que ele queria dizer com isso?
═ "Pensar melhor? Como assim?" ═ parava em frente a ele, esperando uma resposta para minha dúvida.
═ "Você sabe que não aceito um 'não' como resposta, não é? Então te darei um tempo para pensar, sem problemas." ═ respondia, abrindo um mini sorriso.
═ "Mas chefe, eu te falei né.. Não me sinto atraído pelo senhor.." ═ ria de nervoso, enquanto via o olhar de Jeon e o sorriso desmanchando.
Em um movimento rápido, Jeon com a mão livre pegou em sua cintura e puxou para si, juntando os corpos e os rostos bem próximos, lábios quase se tocando enquanto se sentia o perfume.
═ "Um dia eu faço você me amar. Não importa o tempo que demore." ═ falou em tom grosso e seco, logo te soltando para que fosse embora ═ "Pode sair." ═ dito isso, você o obedece em puro choque de novo.
Saia do escritório andando pelos corredores, pensando no que tinha acabado de acontecer, se sentindo confusa e pertubada. Depois dessa, se sentiu em uma linha que não deveria ter atravessado, caminhando, tentava desesperadamente afastar os pensamentos que giravam em sua mente, sabendo da situação "perigosa". Será que vou ceder ao impulso do Jeongin?
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skzoombie · 6 months
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!detalhamentos angustiantes!
A mulher abraçou o casaco preto contra o próprio corpo, esfregou as mãos entre si e levou até a boca para soltar um bafo quente contra as mesmas, seus olhos observaram o lado de fora do veículo. Uma escuridão extrema, não havia postes de luz na rua, a única coisa que iluminava era a lâmpada da varanda da casa onde estava com o carro estacionado em frente.
Respirou fundo decidindo por finalmente sair de dentro do veículo quente e entrar dentro da casa amarela de madeira. Enfrentou o vento frio que soprava forte e abraçou com força o próprio corpo novamente, subiu os três degraus da entrada e olhou em volta para encontrar a caixa de correio como havia sido orientado pelos donos.
Colocou a mão dentro da caixa que estava na madeira da parede, sentiu uma chave de metal e puxou o molho, caminhou na direção da porta e inseriu na maçaneta, mas nem um mínimo clique foi escutado. Tentou novamente com a segunda chave. Nada! Com a terceira e última. Nada!
-Só pode estar de brincadeira. - resmungou a mulher observando com um olhar indignado as chaves em sua mão.
Virou o corpo em direção ao carro, contemplou a rua totalmente escura e sem uma sinal de vida noturna. Sentiu um desconforto subir pelo corpo, deu uma leve corrida até o carro e entrou trancando a porta.
Pegou o celular que estava carregando no compartimento do para-brisa, inseriu a senha e abriu no aplicativo do airbnb, procurou pelo número de telefone do casal que tinha conversado a poucas horas antes.
-Atendam, por favor! Eu 'tô morrendo de frio - sussurrou em reclamação, escutou o som da caixa postal e suspirou frustrada - Oi, sou a s/n, quem vocês alugaram a casa no airbnb. Tentei entrar mas nenhuma das chaves que vocês comentaram abriu, se me retornarem antes da meia noite, seria muito grata.
Desligou a ligação e encarou o telefone sem saber que atitude tomaria naquele momento. Era muito tarde para tentar encontrar um hotel no meio do nada, uma cidade que nunca havia escutado falar até duas semanas atrás, quando foi convida a uma reunião de planejamento da nova filial.
Quando estava prestes a ligar o carro e tentar encontrar um mísero sinal de vida na escuridão, percebeu uma luz acender através da janela da casa amarela. Saiu rapidamente de dentro do veículo, caminhou até a porta e bateu algumas vezes, notou alguém mover a cortina da janela por segundos e fechar novamente, um clique rápido e a porta foi aberta.
-Como posso ajudar? - um menino que devia ter no máximo uns vinte e cinco anos, encarou a mulher com um olhar confuso e com o olhos correndo dentro o escuro ao fundo.
-Foi com você que conversei no airbnb? - rebateu com os braços cruzados no peito e afrontando o menino que ergueu as sobrancelhas.
-Como assim? Você alugou essa casa no airbnb? - questionou confuso e com um tom de surpresa quando ela concordou - Eu também.
-Oi? Tem certeza que não veio no dia errado? - ela perguntou não querendo acreditar na situação que estava se revelando.
Pegou o celular que estava no bolso da jaqueta e abriu o aplicativo com os dados do dia que havia reservado a duas semanas atrás, o homem riu pelo nariz negando com a cabeça e também mostrando no próprio celular as mesmas datas.
-Só pode ser uma piada - ela falou suspirando alto e encarando o carro. - Duvido que vou encontrar um hotel com reservas a essa hora.
-Sinto muito, caímos no mesmo golpe - respondeu rindo baixo e abriu um pouco mais a porta, revelando a decoração interna da casa - Não quer entrar e tentar ligar para alguns hotéis?
Ela virou de frente para o menino, encarou o mesmo escorado na porta, sentiu um leve aperto no peito e pensou consigo mesma se deveria entrar em uma casa vazia, no meio do nada com uma pessoa que nunca tinha visto até esse momento.
-Melhor não, fico no carro mesmo e vou ligando - respondeu abrindo um sorriso forçado e caminhando até os degraus.
-Não vou conseguir dormir se não entrar, vou me sentir culpado na verdade - falou antes que ela chegasse no carro - Essa escuridão, você no carro sozinha e provavelmente vai ficar sem internet.
Parou os passos, observou a rua na sua volta, sentiu o vento gelado entrar por baixo do casaco e sem cogitar as possibilidades horrendas que poderiam acontecer futuramente, concordou com a cabeça e decidiu entrar na casa.
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-Mark, você é de onde? - perguntou baixo pegando a xicara de chá quente que lhe foi oferecida.
-Canada - respondeu sentando na cadeira em frente na pequena mesa de madeira - Estou pensando em comprar um imóvel na cidade, então optei por vir pessoalmente dar uma olhada.
-Nessa parte da cidade? Nossa, corajoso - falou com a voz baixa e tomou um gole do chá.
-Não, vou morar na parte mais agitada, essa região me dá até medo - justificou rindo um pouco e fazendo a mulher também sorrir.
-Você conseguiu encontrar uma reserva? - questionou curioso.
-Não, todos disseram que as reservas só podem ser feitas antes da meia noite. - falou observando o relógio logo acima do fogão que ficava próximo de ambos.
-Sinto muito por essa situação, sei que não é minha culpa mas talvez se eu tivesse chegado depois de você - cogitou na possibilidade enquanto falava.
-Tudo bem, só preciso de internet para fazer o meu péssimo review sobre o lugar e já vou estar satisfeita - comentou em tom de piada e fazendo ambos rirem juntos.
-Pode dormir no quarto principal se quiser, eu fico na sala - disse o menino sem jeito e levantando da cadeira para seguir até o sofá.
-Dormir? Não precisa se preocupar, eu fico no carro - ela levantou rapidamente e seguiu até perto da porta.
Tinha um leve receio na mente da mulher, mesmo que sua intuição percebesse que não havia nada a temer com o menino. Não queria tornar a situação uma possibilidade de ser assassinada ou assediada, quem sabe até mesmo jogada para os cachorros.
-Entendo você ter medo de eu fazer algo contigo, mas sabe muito bem que isso não vai acontecer - rebateu cruzando os braços e usando o sotaque fortemente canadense.
-Você não entende o que é ser mulher - falou virando na direção dele e soltando suspiro profundo.
-'Tá, nisso você tem razão, mas se quiser chavear a porta do quarto, fique a vontade - justificou com sinceridade - Só por favor, não gostaria de ver você sozinha nessa completa escuridão.
Mark utilizava de uma voz quase em desistência, porém havia um medo genuíno na situação, realmente estava tentando afastar da mente as chances de algo acontecer com a mulher a sua frente e ele ter que carregar essa culpa eternamente.
-Tudo bem, só preciso pegar minha mochila no porta-malas - respondeu e viu um sorriso fraco abrir na boca da pessoa a sua frente.
-Pode deixar que eu busco, enquanto isso organiza a cama do quarto como quiser - passou ao lado dela e parou agradecendo com os olhos pela confiança.
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Mesmo com o sentimento de amedrontamento, ela optou por deixar ao menos uma fresta da porta de madeira aberta, vez ou outra olhava para o sofá que ficava na sua visão, querendo reparar na movimentação do menino enquanto dormia.
Minutos antes ele havia oferecido até uma carona para a sua reunião da tarde do dia seguinte, mas ela negou com firmeza, compreendia as atitudes dele, queria ser prestativo para renegar o sentimento de culpa. Não tinha como ela deixar ele seguir com aquilo, no pouco tempo que ficaram juntos conversando na mesa, mark se mostrou alguém carinhoso, prestativo e cuidadoso, mesmo comentando sobre ela mesma organizar a cama, ele acabou por fazer tudo sozinho.
-Espero que durma bem e tudo de certo amanhã - ele falou baixo enquanto observava ela seguir em direção a cama.
-Espero o mesmo para você, mark - respondeu sorrindo fraco e fechando apenas metade da porta.
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Quando estava quase caindo no insconsciente, entrando no primeiro estágio do sono, prestes a se aprofundar nos sonhos. Escutou um barulho fraco da madeira da porta abrindo. Com uma velocidade imensa, virou o corpo na direção do barulho e percebeu ainda tudo escuro na sala, viu o corpo do canadense subindo e descendo, dormindo profundamente.
Afastou os sentimentos negativos da própria mente e cogitou uma possível memória falsa, talvez tivesse criado algo na própria cabeça.
-Ah - escutou um sussurro no ouvido e um arrepio na nuca, virou o corpo rápido de novo e abraçou o cobertor contra sí com força.
A escuridão da noite parecia não impedir a visão da mulher, havia algumas frestas da lâmpada da varanda saindo pela janela que ficava na sala, o que possibilitava a visão do homem, que se mexeu no sofá virando para outro lado enquanto ainda dormia.
Com um extremo medo correndo pelas veias e o coração palpitando, ela puxou o ar pelo peito e chamou baixo a pessoa que estava deitada alguns metros.
-Mark - soltou mais como um sussurro, ele se mexeu mas não acordou - Mark.
Quando falou o nome mais alto, o menino levantou a cabeça e resmungou em confusão por ter sido chamado repentinamente.
-Tudo bem com você? - ele perguntou deitando a cabeça e com um tom sonolento.
-Sim, só queria ter certeza que ainda estava aí - respondeu baixo mas plausível.
-Não vou a lugar nenhum, a menos que me peça - ele respondeu com a voz calma e soltando um riso fraco.
-Sei o que está pensando, quero que continuei deitado aí mesmo - falou séria e tentando segurar um sorriso que não poderia ser visto naquela distância.
-Tudo bem, se precisar é só chamar - mark falou finalizando a conversa da madrugada e parecendo voltar ao seu sono profundo.
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Era em torno de oito horas da manhã quando ela acordou com um barulho fraco de vento na janela, abriu os olhos e sentiu o sol entre as frestas encontrar o seu rosto. Levantou da cama e caminhou cautelosamente pela sala iluminada, observou o sofá e percebeu que o mesmo estava vazio.
Ela aproveitou do momento sozinha e optou por tomar um banho, organizar as roupas na mochila e se manter preparada para a reunião da tarde.
—-
-Socorro - escutou uma voz soar distantemente, rapidamente pulou com susto e largou a xicara de café em cima do balcão da cozinha.
Escutou novamente um grito quase inaudivel, respirou fundo e caminhou lentamente rumo ao som, abriu a porta do banheiro e não encontrou nada, até o momento que escutou um som de madeira alguns metros dela.
Havia a porta de um porão, abriu devagar um pouco mais a madeira e percebeu uma escada para o local com uma luz fraca que saia de uma janela que ficava dentro. Um grito forte foi escutado e a mulher se afastou com o coração palpitando, questionou a si mesma milhares de vezes se deveria ou não descer as escadas.
-Merda - sussurrou para si e desceu silenciosamente pelos degraus.
Parou no último e viu ao fundo do porão uma porta de pedra, parecia pesada e velha, estava totalmente aberta e se via apenas uma escuridão para dentro do lugar.
-Porra - comentou alto e sentou no penultimo degrau, ficou longos minutos observando com medo na direção e cogitando se deveria ou não entrar - Mark, que não seja você.
Levantou da escada e caminhou até a frente da porta, olhou nas prateleiras em volta para ver se encontrava uma lanterna, suspirou frustrada e decidiu por ligar a do celular.
-Tem alguém ai? - perguntou não muito alto e caminhando para dentro da escuridão.
Seguia-se apenas um corredor de pedra, escuro e que parecia sem fim, escutava o som da terra caindo fraco entre as paredes. Quando percebeu que não enxergava mais a porta de saída, a mulher cogitou retornar e quem sabe esquecer tudo isso, deixar a curiosidade consumir ela mas não matar de fato.
-S/N - escutou um grito alto e mark caiu correndo no colo dela.
O homem respirava alto, tinha um medo no olhar e estava com um leve sangue escorrendo pela testa. Ele não conseguia falar e nem parecia ter forças para caminharem juntos até a saída.
-Precisa sair daqui - ele sussurrou entre suspiros e tentando empurrar o corpo dela para longe.
-O que aconteceu com você? - ela perguntou assustada e tentando ajudar o menino.
Seu segundo questionamento foi interrompido pelo som de passos fortes que pareciam correr na direção dos dois. Ela apontou a lanterna para o barulho e percebeu algo gigante e irreconhecível, uma coisa de cabelos compridos e um rosto que parecia quase totalmente deformado.
O corpo de mark foi puxado rapidamente pela coisa, a cabeça dele explodiu completamente quando foi jogada com força contra a parede de pedra, a mulher deu um grito assustado e a luz foi apontada para o monstro horrendo que emitiu um som horripilante, tremendo todo o local.
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say-narry · 2 years
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Memories - Capitulo 27
Nota da autora: agradeço imensamente todos os comentários, estamos entrando na reta final da história.
avisos: palavrões, um pouco de angústia.
capitulos anteriores | masterlist
Havia se passado dois dias desde a conversa que tive com minha mãe e irmã. Eu sabia o que deveria fazer, mas não como fazer.
Gemma estava ocupada com os sócios, mamãe tinha marcado uma viagem com os amigos, o que me restava era meu fiel escudeiro Louis, que não estava gostando nem um pouco da história.
— Me explica de novo, porquê estamos de tocaia pra ver aquela mulher? Já não foi suficiente a porra toda que ela fez? - Os olhos de Louis estavam focados na cafeteria próximo ao apartamento de S/n.
— Courtney é uma das culpadas por toda essa merda que aconteceu entre mim e S/n, está na hora dela reverter tudo isso. - Respondi olhando pro mesmo ponto que ele.
— E você acha que ela vai dizer algo? Acha que ela tirou as fotos? - Louis rebateu sem me olhar.
— Ela ou alguém por trás dela… Eu já não tenho nada a perder, então não me custa tentar. - Suspirei profundamente e bebi um pouco do café que estava no suporte do carro de Louis.
— Certo… Ela te disse quando vem aqui? Só pra saber quanto tempo vamos ter que esperar.
— Disse que sempre, mas sem horário definido até onde me lembro.
Louis torceu os lábios em desagrado, mas não disse nada, apenas ficamos dentro do carro com vidros escuros fechados analisando o movimento sem nenhuma aparição de Courtney ou de alguém parecido.
— Mas sabe, o que vai fazer quando encontrá-la? Não pode simplesmente encurrala-la e fazer com que ela cuspa toda a verdade pra fora. – Louis perguntou roendo a ponta do dedão.
— Eu ainda não pensei nisso. – Relaxei meu corpo no banco do carro e fechei os olhos.
— Na minha opinião, você deveria primeiro de tudo, coletar provas. Talvez ter uma testemunha ou gravar o que ela falar… Você sabe, é bem difícil acreditarem em você depois de tudo que aconteceu… – Louis falou sem jeito, mas eu entendi o que ele falou. Fazia sentido.
Eu precisava provar por A + B que Courtney havia me prejudicado. Ela ou qualquer um que esteja por trás disso.
— Eu sei… – Senti meus dentes rangendo um contra o outro, era muita coisa pra se pensar - Você acha que S/n acreditaria se eu falasse algo?
— Sendo franco? Em nem uma vírgula. – Louis desbloqueou o celular e entrou em alguma rede social – Mas talvez com provas, acredito que ela consiga pensar no seu caso.
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3 dias depois…
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72h depois do inicio da nossa tocaia, Louis já estava ficando impaciente e eu não poderia reclamar, não havíamos tido nenhum sinal dela. Fomos embora tarde da noite e voltamos na manhã seguinte durante dois dias, o terceiro dia estava passando arrastado.
Eu passava a galeria do meu smartphone vendo as minhas fotos com S/n, as poucas fotos que minha mãe havia me enviado estavam salvas como se minha vida dependesse disso. Eu sentia tanta falta da minha S/n, da sua risada, do seu olhar apaixonado e das suas mãos me fazendo carinho. Era por ela todo esse sacrifício e agonia, e todo o sacrifício seria pago quando ela me perdoar.
— Harry! - Ouvi Louis se ajeitar no banco do motorista – Olha quem vem ali!
Desviei o olhar e foquei numa figura loira e magra caminhando apressadamente pra dentro da cafeteria.
Meu coração disparou suas pulsações, minha parte irracional queria sair daquele carro e puxa-la pelo braço e mante-la presa até que ela confessasse, mas a racional fazia o seu trabalho apenas deixando minha respiração um pouco pesada e batimentos cardíacos acelerados.
— Eu vou lá. - Passei a mão pela porta do carro buscando pela macaneta interna, mas Louis me barrou.
— Espera um pouco… Vamos ver se ela não veio se encontrar com alguém! – Louis não tirava os olhos do local que ela havia entrado.
Acenei com a cabeça e esfreguei minhas mãos gélidas no jeans da minha calça.
Por alguns minutos ficamos em silêncio, Louis e eu revesávamos os olhares.
Devido a estrutura da cafeteria ter janelas grandes e transparentes, conseguíamos ver o fluxo que Courtney fazia lá dentro.
Às vezes ela olhava no smartphone enquanto esperava seu pedido na fila do caixa.
Ela parecia tranquila e sem maiores preocupações.
Courtney recebeu o pedido e sentou-se em uma das mesas vazias que ficavam coladas a janelas que dava vista pra rua em que estávamos estacionados. Ela abriu a bolsa e retirou um tablet, parecia ler alguma coisa nele enquanto bebia o líquido do copo.
Foram aproximadamente meia hora somente nisso.
Nada demais.
— Talvez seja hora de ir… Se ela tivesse marcado com alguém, provavelmente teria chegado. - Louis comentou enquanto se esticava no banco.
— Certo, acho que… – Meus olhos desviaram por alguns segundos e vi uma figura conhecida caminhar e entrar na cafeteria.
Christopher.
— Porra… – Louis soltou após acompanhar meu olhar – Será?
Sentia minha pulsação na garganta. Aquilo não fazia sentido.
Courtney continuava de cabeça baixa lendo algo no aparelho e Christopher havia entrado na fila pra fazer o pedido, ele olhava pro smartphone e sorria algumas vezes.
Seria S/n?
Franzi a testa tentando afastar esse pensamento, eu não tinha tempo para ficar triste agora, estava ali por ela, não era? Vou fazer as coisas e não me lamentar.
Pelo que vimos, ele fez o pedido, pagou e em 5 minutos saiu da cafeteria com dois copos e uma embalagem do estabelecimento.
Ele e Courtney se quer se olharam.
É, talvez não seja ele por trás disso.
— Vou até lá. – Virei-me pra abrir a porta novamente.
— Harry… – Louis me chamou - Lembra do que eu disse?
— Sem assusta-la. Gravar a conversa. Ter S/n de volta. - Repeti algo que Louis e eu conversamos nos dois dias anteriores.
— Eu não vou sair daqui até que você saia.
Eu agradeci com um sorriso e sai de dentro do carro.
Abri e fechei minhas mãos varias vezes tentando fazer que o sangue corresse melhor para elas e me acalmasse.
Eu precisava ser frio e calculista agora.
Olhei para os lados e atravessei a rua rapidamente, puxei a porta da cafeteria e entrei.
O cheiro agradável de café e bolinhos invadiu meu olfato me fazendo relaxar.
Olhei em direção a Courtney e desviei. Ela se mantinha na mesma posição. Olhando pro tablet.
Entrei na fila respirando profundamente, eu fazia alguns movimentos numa forma de chamar atenção e às vezes coçava a garganta.
Havia apenas duas pessoas na minha frente, os funcionários do local, um rapaz de óculos sentado duas mesas a frente de Courtney, onde ele parecia estar em uma reunião com o notebook e ela.
Local perfeito.
Chegou a minha vez e dei uma nota para a moça do caixa que me devolveu algumas moedas no qual eu fiz questão derrubar sobre o balcão fazendo um barulho mais alto.
As moedas que caíram no chão, eu agachei para pega-las e percebi de canto de olho que havia conseguido o meu objetivo.
A moça do caixa pediu desculpas e eu dei um sorriso simpático admitindo a culpa. Eu também sentia o olhar de Courtney queimando minhas costas.
Fiquei no local de espera do pedido e olhei para o teto, fui baixando meu olhar até encontrar com o de Courtney, que sorriu tímida e acenou brevemente.
Acenei de volta e fui chamado pra retirar meu pedido.
Agradeci ao funcionário e bebi um gole do café expresso que havia pedido.
Caminhei tranquilamente até a mesa de Courtney que pareceu assustada com a minha ação.
— Olá, Harry… Como vai?
— Na medida do possível… – Murmurei dando a minha melhor feição de tristeza, o que não era muito difícil.
— O que houve? – Ela franziu o cenho.
Apenas balancei a cabeça negativamente, bebendo mais um gole.
— Desculpe, não quis ser inconveniente. – Ela se encolheu.
— Posso me sentar?
Courtney parecia ainda mais assustada com aquilo.
— C-claro! – Ela apontou para poltrona atrás da mesa.
Coloquei meu café em cima da mesa, tirei minha carteira do bolso e meu smartphone, onde eu distraidamente ativei o gravador.
— Desde o acidente tudo tem sido difícil. - Fixei meu olhar na gota que escorria da beirada do meu copo, se eu a olhasse demais provavelmente colocaria tudo a perder – Eu me sinto mal por tudo que causei a S/n… Não me recordo de muita coisa, mas lembro que o que eu fiz com ela, foi muito maldoso.
Em uma breve olhada, percebi que Courtney tinha um olhar de pena sobre mim.
— O que nós dois fizemos, Harry. - Vi seu peito subir e descer pausadamente – Mas S/n te perdoou, não é? Você me disse aquele dia.
— Eu… - engoli em seco, mexendo nos meus próprios dedos transparecendo estar muito mais nervoso do que eu realmente estava – Eu menti.
Courtney arqueou uma de suas sombrancelhas e sua expressão mudou.
— Ela ainda não sabe?
— Sabe, mas não me perdoou. – Me ajeitei na cadeira e cruzei os braços, apoiando os na mesa – Quando te encontrei aqui, tínhamos passado a noite juntos, a mesma noite que eu queria ter contado tudo a ela, mas não deu. Até que algumas semanas atrás, estávamos bebados e Louis soltou sobre a aposta… Desde então, foi só ladeira abaixo.
— E não é por menos. – Courtney bebeu um gole do líquido de seu copo ainda me olhando.
— É… Mas sabe, isso nem foi tão grande quanto as fotos.
— Fotos? – Ela perguntou um pouco tensa, limpando a garganta.
— Pois é, ironicamente, fotos minhas com você. – A encarei, arrumando minha postura. - Mas eu sei que você não tem nada haver com isso, fique tranquila. Só queria entender porque nunca da certo de ficarmos juntos…
Courtney pareceu confiar no que eu disse, tanto que ela relaxou novamente e abriu a boca algumas vezes.
Ficamos em silêncio por poucos minutos. Meu coração ainda estava disparado e sentia minhas mãos geladas, por mais que um pouco de suor estivesse concentrado na minha nuca.
— Você realmente gosta dela, Harry?
— A única coisa que eu tenho certeza desde que eu sai do coma, é o quanto eu amo aquela mulher. Eu sempre a amei, mas sempre havia alguma coisa que me desviava dela. – Respondi sincero – Eu sei que eu deveria ter terminado essa aposta antes do casamento, tudo teria sido mais fácil… Talvez estaríamos com filhos e com uma família, mas não era pra ser assim. – Murmurei a última frase engolindo o choro rapidamente.
— E se eu não tivesse me colocado nisso… – Courtney mencionou – Eu me arrependo todos os dias por aquilo. Foi maldoso, rude e qualquer outra coisa ruim. Quando eu vi ela no seu leito do coma, eu me toquei o quanto nós todos fizemos mal a ela. Ela estava lá, mesmo depois de tudo que fizemos… Quem mais faria isso?
Concordei com a cabeça rapidamente, mas revisando sua fala, quem estaria englobado no todos?
— Todos, eu e você? Isso que quer dizer. – Arqueei minha sombrancelha, euforico por dentro.
Os olhos azuis de Courtney me fitaram durante instantes, eu podia ver que eles estavam com brillho além do comum. Ela estava prestes a chorar.
— Ah–Uh… - Os lábios dela tremiam – Talvez eu me arrependa muito, – os dedos de Courtney se enfiaram no próprio couro cabeludo, puxando levemente para trás - mas eu não consigo mais guardar isso.
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Nota autora: Eai, o que acham? Courtney vai mesmo abrir o bico?
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lucuslavigne · 8 months
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𖦹 Nerves.
Changbin × Leitora.
Entrega do frappuccino do anôn 🤍
๑: Como Seo Changbin lidaria com um término, angst, fluffy (?)
Não sei se era isso que você esperava anôn, mas foi o melhor que pude fazer 😞
Espero que gostem.
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Changbin estava em um cruzeiro com os amigos próximos como Wooyoung e Haknyeon. Estava divertido, até encontrarem com Yuqi, sua amiga.
— Olha se não é o Seo. — se aproximou.
— Como vai Yuqi? — foi educado.
— Vou bem, obrigada. — sorriu leve. — Ficou sabendo?
— Sabendo do que? — perguntou.
— A S/N vai sair da cidade. — contou, chocando os três homens alí.
— Isso é sério? — Haknyeon perguntou.
— Uhum. — se sentou com eles. — Olha Changbin, eu sei que o que falaram de você pra' ela é mentira. — o olhou. — Mas você precisa mostrar isso pra' ela.
— Eu tentei Yuqi. — falou. — Se ela não quis enxergar, aí o problema não é meu.
— Mas...
— Yuqi. — começou a falar. — Ela ficou do meu lado por dois anos, se ela de uma hora pra' outra passou a desconfiar de mim, então ela não me amava. Agora por favor, me deixe em paz e vá curtir sua tarde com a Miyeon.
— 'Tá. — concordou relutante. — Até algum dia.
— Até. — se despediu, mas logo apoiando o rosto entre as mãos, soltando um longo suspiro.
Os outros dois rapazes ficaram tensos, não sabiam como ajudar o amigo.
— Bin... — Wooyoung colocou uma das mãos no ombro do amigo. — Não é melhor você ir esfriar a cabeça?
— Eu vou pro' meu quarto, qualquer coisa vocês me chamam. — levantou. — Obrigado por terem ficado aqui comigo.
— Cuidado Changbin. — Haknyeon avisou.
O Seo caminhava apressado pelos corredores do navio, as lágrimas já começavam a ser presentes nos olhos bonitos. A respiração descompassada denunciava o desespero que o coreano sentia, o aperto no peito tão cruel que o fazia desejar dormir um longo sono.
Reconheceu a porta do próprio quarto e entrou nele, trancando a porta de maneira rápida. Abriu o pequeno frigobar que havia ao lado da cama, retirando de lá uma garrafa de cerveja. “ A conta no final da viagem vai ser grande ” pensou o Seo. Queria afogar as lágrimas na bebida tão comum, queria ficar bêbado ao ponto da única coisa que ele pudesse pensar fosse em beber mais, queria esquecer você, queria esquecer o que fez com ele. As garrafas iam cada vez mais fazendo morada ao redor do corpo forte, assim como as lágrimas.
O homem simplesmente não conseguia tirar sua imagem da cabeça, seu sorriso quando ele te dava um belo buquê de rosas brancas, sua risada quando ele fazia algum comentário bobo, seu rosto amassadinho por estar em um sono profundo ao lado dele na cama. O coreano se condenava por não conseguir viver sem você.
Você era parte dele, os dias dele se resumiam a você. Tentado pela saudade, apenas pegou o celular e discou seu número, ficou surpreso quando você o atendeu.
— Alô, Changbin? — como era bom escutar sua voz.
— Ouvi dizer que você está saindo da cidade. — falou.
— Quem te contou isso? — perguntou.
— Pode não importar agora, mas talvez tenha funcionado de alguma forma. — riu fraco. — É o que eu digo a mim mesmo quando você se deita a noite.
— Changbin, você 'tá bêbado?
— Não se preocupe comigo porque eu estou bem. — suspirou.
— Onde você 'tá? — escutou o barulho das chaves da mulher.
— 'Tô num cruzeiro com o Wooyoung e com o Haknyeon. — fungou. — Eu 'tô bem.
— Merda Changbin. — suspirou.
— Eu queria te dizer que eu realmente me importo com você. — começou a chorar de novo. — Você sabe que eu nunca machucaria ninguém que você ama...
Agora era você quem se encontrava chorando, não queria ter perdido o Seo, principalmente depois de Yuqi ter lhe mostrado todas as evidências da mentira.
— Sinto muito por ter te deixado passar por tudo isso sozinho Changbin... — limpou as lágrimas.
— Ouvi dizer que você parece feliz agora. — sorriu, tentando esconder a dor. — Que conseguiu passar para o curso de jornalismo.
— É... — riu levemente. — Eu usei as dicas que você me deu para o vestibular. Elas funcionaram bem pra' mim.
— Que bom. — mais um suspiro. — Me desculpe o incomodo. — disse.
— Quando voltar do cruzeiro venha pra' nossa casa 'tá?
— Nossa... Casa. — respirou fundo. — Certo.
— Descanse agora. — o alertou, mas não obteve nenhuma outra resposta a não ser um ronco do homem. — Eu te amo Changbin. — riu.
Desligando a ligação com o maior, ligou para Wooyoung, esperando que o mesmo atendesse rápido ao telefone, já que não vivia longe do mesmo.
— Alô? — escutou a voz do homem.
— Wooyoung.
— Oi S/N. — falou. — Por que me ligou?
— O Changbin me falou que 'tá num cruzeiro com vocês.
— Está sim, por que? — perguntou.
— Ele dormiu durante a lição, pode ver se ele está bem?
— Ah sim, já estou indo.
— Obrigada Woo. — agradeceu. — Depois me manda mensagem.
— Sim senhora. — brincou. — Até depois.
— Até Wooyoung. — encerrou a chamada.
É, parecia que Seo Changbin não sabia como lidar com términos.
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lanternadosafogados · 11 months
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Após o baile Kuroo Tetsurou x Fem!Reader
Algumas pessoas acreditam que a noite do baile é algo inesquecível e sem sombra de dúvidas especial.
Mas na verdade o baile não passa de uma festa como qualquer outra. Pois o que realmente é inesquecível vem depois da festa. 
[Nome] e Kuroo estavam no carro do rapaz. A festa foi divertida, mas já era tarde e estava na hora de voltar para casa. Ao menos, foi o que [Nome] pensou que iriam fazer.
Kuroo entrou em uma rua escura e relativamente ruim.
— Kuroo...onde estamos indo? — [Nome] perguntou ao seu par.
— Você vai ver — Um sorriso malicioso se formou nos lábios do rapaz. Isso fez [Nome] ter uma leve paranóia sobre seu namorado querer a sequestrar. Talvez devesse maneirar um pouco em seu consumo de casos criminais.
[Nome] olhava para fora da janela meio aberta do veículo. Tentava reconhecer o local em que estavam, mas árvores e mais árvores não eram exatamente uma grande pista.
Foi então que o carro chegou em uma subida e [Nome] se fez adivinhar.
A cidade possuía uma colina um pouco afastada para que, quem quisesse, pudesse apreciar a vista... mas as pessoas não iam até lá apenas para isso. Casais costumavam ir até lá para ficar ou fazer "outras coisas".
[Nome] sentiu o ar deixar seus pulmões por um segundo quando Kuroo parou o carro e puxou o freio de mão. 
— Chegamos. — Ele disse em um tom repleto de segundas intenções e em seguida saiu do carro. Sem pensar muito, [Nome] o seguiu.
Kuroo estava sentado na beira da colina. Realmente ele tinha coragem, pois a noção parecia lhe fazer falta. E isso parecia se aplicar a [Nome] também, já que se sentou ao lado do rapaz quando Kuroo deu alguns tapinhas no chão fofo.
— Gostou? —Kuroo perguntou.
— Hã... do que? 
— Da vista. — Kuroo virou o rosto para o lado. [Nome] podia jurar que viu as bochechas do outro corarem levemente. 
[Nome] olhou para frente. Ela sabia da existência daquele lugar, mas nunca havia ido até lá. Podia ver boa parte da cidade lá de cima. Graças a noite, a cidade parecia ter sido inteiramente pintada de preto. As poucas luzes espalhadas aqui e ali enfeitavam a vista como sutis pinceladas coloridas.
— É... linda — Ela disse, sentindo seu braço encostando levemente no braço de Kuroo. O contato a fez se afastar um pouco.
— O que foi? — Kuroo olhou para [Nome], um pouco perdido.
— Ah. N-nada. Eu só... Você me trouxe pela vista?
— Huh? Sim. - Mais uma vez Kuroo exibiu aquele sorriso malicioso — O que você achou que íamos fazer? — Perguntou passando o braço pela cintura da namorada.
— N-nada. — [Nome] tentou disfarçar, mas Kuroo conseguiu lê-la com facilidade. 
O rapaz deixou escapar um risinho que [Nome] revidou com um tapa de leve em seu ombro.
— Ok ok — Kuroo disse após uma boa dose de risadas da cena — Eu só achei que... talvez você gostasse... se a noite não tivesse sido boa... 
[Nome] piscou algumas vezes. Era um tanto inacreditável que o sempre confiante Kuroo Tetsurou estava tão inseguro. Havia entrado em um universo paralelo sem perceber?
— Do que... do que você está falando? — [Nome] perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.
Um silêncio constrangedor não demorou para pairar sobre os dois. 
Kuroo estava com a cara fechada olhando para baixo. [Nome] apenas se aproximou um pouco mais de seu namorado. Repousando sua cabeça em seu ombro. Aquilo pegou o capitão da Nekoma de surpresa. 
— Eu gostei muito dessa noite — Ela começou — Porque eu queria ir ao baile com você. Esse lugar... fechou tudo com estilo. — [Nome] soltou uma curta risada ao terminar de falar. 
Kuroo também riu. Dando um beijo no topo da cabeça de [Nome].
— Eu fiquei feliz quando você me convidou — Kuroo deixou escapar em um sussurro.
Nenhum dos dois teve pressa para ir embora. Estar ali, um com o outro era uma ótima forma de encerrar a noite do baile. Apenas eles e o céu noturno testemunhando alguns beijos aqui e ali.
Também postado no Wattpad e Spiritfanfics sob o Nick de Angosciato!
Espero que tenham gostado ❤️
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rljppbr · 21 days
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𝘆𝗮𝗻𝗴 𝗷𝗲𝗼𝗻𝗴𝗶𝗻, 𝗇𝗈𝗏𝗈 𝖿𝗎𝗇𝖼𝗂𝗈𝗇𝖺́𝗋𝗂𝗈.
— 𝐏𝐎𝐕 :: 𝐉𝐄𝐎𝐍𝐆𝐈𝐍, 𝗈𝗇𝖾 𝗌𝗁𝗈𝗍.
— 𝐇omem x 𝐌ulher!reader • 𝐏𝐑𝐎𝐍𝐎𝐌𝐄𝐒 :: 𝖾𝗅𝗮/𝖽𝖾𝗅𝗮.
╰──̷─••• "𝘯𝘢 𝘥𝘳𝘰𝘨𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘤̧𝘢 𝘴𝘰́ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘷𝘰𝘤𝘦̂, 𝘚/𝘯."
︶꒦⏝꒷꒦︶
─ Você e Jeongin tinham namorado por apenas 10 meses, era um amor recíproco e lindo, mas infelizmente chegou ao fim. Motivo? Traição, por parte dele. Era uma quarta-feira à tarde, o homem entrou em casa cansado e suado, com a blusa mal colocada, o zíper quase aberto, marcas de arranhões em suas costas, e uma expressão alegre, como se tivesse tido uma boa transa com outra pessoa que você nem sequer sabia que existia.
— Aquele bendito dia foi horrível, foi uma gritaria danada, barulhos de coisas quebrando, parecendo de vidros. Chegaram à conclusão de terminar, e assim foi feito, afastados por três meses, ambos seguindo caminhos diferentes, o ruim é que ainda se pensava nele, era difícil esquecê-lo. Atualmente você está em uma empresa enorme e muito famosa, recebe um bom salário como recompensa, sendo uma das melhores funcionárias de todos os turnos. Mas sem querer, S/n escutou uma conversa do dono com o seu sócio sobre a entrada de novas pessoas na empresa, ficou animada, pois gosta de conhecer pessoas novas, e foi correndo para sua amiga, Yuna, que parecia estar cansada de tanto trabalhar, como sempre.
━ "Yuna, Yuna! Novidade!" ━ chegou S/n feliz, sentando na cadeira em frente à sua amiga.
━ "Ishi.. O que foi agora hein?" ━ Yuna perguntou já curiosa, tomando um café. Nessas situações, tanto ela quanto S/n adoram fofocar e falar da vida dos outros, é como um passatempo preferido delas.
━ "Tipo, eu sem querer acabei ouvindo um assunto do dono e do sócio dele.. Vai entrar alguém na empresa." ━ falou baixo, aproximando seu rosto para mais perto da amiga, para que ela escutasse.
— Yuna quase se engasgou com a bebida, sua expressão foi de surpresa, pois ambas as mulheres sabiam como o dono era. Chato, feio, irritante e controlador, e para os que trabalhavam ali, sabiam que ele não aceitaria mais ninguém, até porque a empresa estava indo bem, só que por algum motivo ocorreu o contrário.
━ "Que? Como assim? O velho anunciou semana passada que não deixaria mais ninguém entrar, pois a empresa está no auge, e de repente mudou de opinião?"
━ "Pelo o que escutei, sim." ━ S/n riu, desaproximando.
━ "Você sabe quem é mais ou menos?"
━ "Não, não escutei a conversa literalmente toda, só algumas partes.. Agora é só esperar essa pessoa vir para cá." ━ apoiou o queixo em sua mão, suspirando ainda curiosa e pensando no novo funcionário que está vindo."
﹒ ﹒ ﹒
— Se passaram horas e estava anoitecendo, fim da tarde. Você, que era quem trabalhava mais, estava ajeitando as últimas papeladas do documento em sua mesa. Sua cabeça estava pesada, cheia de dor, e seus olhos lutavam para permanecer abertos, olhando pouco para a tela do computador devido ao alto brilho branco vindo dela. Finalmente, tinha terminado tudo e estava livre, podia ir para casa e relaxar a mente que tanto a perturbava em busca de descanso. Levantou-se da cadeira e andou com os papéis no braço, seu rosto olhando para o chão e não vendo à sua frente, até que foi surpreendida ao esbarrar em alguém. Sua surpresa foi nítida, pois além de você ou do seu chefe, ninguém mais estava na empresa naquele horário específico.
━ "Ei! Me desculpe, andei muito distraído! Você se machucou?" ━ falou a voz masculina, estendendo o braço para ajudá-la a levantar, demonstrando preocupação, mas para você era bem familiar.
━ "Ai, que situação... não, não me machuquei, só fiquei meio zonza e-" ━ S/n não terminou a frase, ela tinha pegado na mão do homem para se levantar, só que ao perceber a feição do outro, ficou parada diante dele por um instante. ━ "Jeongin??" ━ afastou-se confusa após o reconhecer.
— A expressão de Yang era de choque, ele reencontrou a mulher com quem terminou meses atrás, nunca pensou em revê-la novamente, na mesma empresa em que começou a trabalhar. Havia olhos bondosos, raivosos e confusos embaixo de todo aquele rímel de S/n, ele sabia, ele conseguia ver.
━ "Uau... Que surpresa você por aqui.." ━ falou meio sem graça, dando um sorriso sem mostrar os dentes. ─ "Bom... Como vai a vida?" ━ puxou assunto, ainda tímido.
━ "É, uma surpresa mesmo. E eu estou bem, seguindo meu caminho." ━ mostrou um sorriso meio forçado, depois se agachando para pegar os papéis no chão.
━ "Hm, que bom então..." ━ deu outro sorriso forçado. Por incrível que pareça, ele também não a esqueceu completamente, S/n de vez em quando invadia seus pensamentos, por coisas que ainda lembravam dela.
━ "Então, está aqui por quê?" ━ perguntou S/n.
━ "Estou trabalhando aqui agora, entrei hoje, já que meu tio conseguiu arrumar uma vaga para mim. Só estava arrumando a minha mesa."
━ "Ah... Espera, o quê? Você? Aqui? Entrou hoje?" ━ você parecia estar confusa com a resposta, mas até que se lembrou do assunto do seu dono com o sócio de mais cedo, ele era a pessoa nova, o Jeongin, o seu ex. ━ "Ah... Então você é o novo funcionário... Merda..." ━ falou baixo, para que o homem não a escutasse.
━ "O que disse?"
━ "Nada, não disse nada. Eu só pensei alto."
— Assim surgiu um silêncio entre ambos. A mulher, sem muito o que fazer, já com os papéis arrumados no braço, fez uma cara séria e foi em direção ao caminho que estava seguindo antes, mas foi pega pelo pulso.
━ "Me solte, Jeongin."
━ "Não, eu não vou soltar. Não quero que você vá embora como da última vez."
━ "Cara, é óbvio que eu vou embora. Não estou disposta a ver a sua cara e relembrar tudo de novo. Me esquece de uma vez." ━ ao dizer essas palavras, você quer se separar, mas ao mesmo tempo não quer. O rosto do homem era bonito demais para não ser analisado e admirado, te segurando e não querendo que você suma de vista.
━ "S/n... Só me escuta!" ━ ele tenta se aproximar, mas a mulher dá três passos para trás, recuando.
━ "Escutar o que?"
━ "Escutar o que eu tenho a dizer, por favor, me escute pelo menos uma vez." ━ respondeu sério, olhando fixamente para a moça na frente. ━ "Por favor?" ━ repetia, agora com tristeza nos olhos.
— S/n sinceramente não queria escutá-lo, nem mesmo estava ali presente com ele, cara a cara. Ela tinha medo de que isso acontecesse de novo. Mas sem muito o que fazer, apenas suspirou e cruzou os braços, olhando para ele, esperando que começasse a falar o que queria.
━ "S/n, preciso que você saiba que sinto muito. Sei que cometi um erro e não há desculpas pelo que eu fiz, pelo menos eu espero. Sei que quebrei a sua confiança, mas queria ter pelo menos uma... Uma segunda chance. Eu quero tentar consertar tudo aquilo que eu causei."
— A mulher ficou surpresa e em silêncio por um momento pela confissão, olhando para Jeongin com uma mistura de dúvida e leve raiva.
━ "Que? Segunda chance? Tá de brincadeira comigo?" ━ sua expressão ficou de deboche, quase rindo da situação. ━ "Depois daquele dia, Jeongin, eu nunca mais consegui superar. A confiança que tínhamos foi destruída, o nosso amor foi destruído. Não sinto nada por você, não tenho nem coragem de olhar na sua cara."
━ "Eu entendo. Mas isso é passado, então por favor, me dê a chance de provar para você que posso mudar, que posso ser alguém bem melhor do que antes. Todo mundo merece uma segunda chance."
━ "Você não é todo mundo, Jeongin, entenda isso." ━ suspirou em estresse, agora com as sobrancelhas franzidas. ━ "E aliás, como posso confiar em você depois do que aconteceu?"
— Yang respirou fundo antes de falar novamente, suas palavras carregadas de sinceridade.
━ "Entendo, e mais uma vez eu sei que é difícil esquecer, mas prometo que vou fazer de tudo para reconquistar sua confiança em mim, mesmo em apenas três meses, eu mudei de atitude." ━ antes que você o refutasse, ele te calou com um dedo posicionado em sua boca, aproximando-se de seu rosto. ━ "Sei muito bem o que vai me falar, "a mais, já perdi o interesse em você", mas eu não. Você pode não me amar agora, nem amanhã, ou nem na próxima vida. Porém escute minha cara, um dia eu te faço se apaixonar por mim novamente, mesmo que dure uma eternidade. A paixão que sinto por você parece que não vai embora nunca, é infinito. 𝘕𝘢 𝘥𝘳𝘰𝘨𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘤̧𝘢 𝘴𝘰́ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘷𝘰𝘤𝘦̂, 𝘚/𝘯."
— Você surpresa com a confissão do homem, sua feição ficou de choque puro. Ele parecia falar tão sério, algo que estava dentro dele finalmente saía pela sua boca, as suas palavras pareciam em tom de seriedade, um amor desconhecido que você nunca presenciou, e agora ouvindo perfeitamente, sabia que Jeongin nunca a esqueceu e nem quer esquecer.
— O silêncio habitava novamente, o mais alto se afastou e retirou o seu dedo de seus lábios, lhe dando permissão de falar, só que ainda S/n não tinha palavras para formar uma frase, parecia estar brincando de estátua. Enquanto isso, Jeongin colocou as mãos no bolso, olhando fixamente para a mulher, até que depois de minutos quebrava o silêncio:
━ "Agora que já disse tudo o que tinha para dizer, vou me retirar." ━ ele se inclinou e lhe deu um selinho na bochecha, fazendo seu rosto se iluminar com um sorriso inocente. ━ "Até amanhã, princesa." ━ finalizou, saindo completamente de sua vista com os sapatos barulhentos batendo no chão e ecoando pela sala.
— S/n não se mexeu. Seu corpo estava paralisado. Várias perguntas passavam por sua cabeça: "o que ele quis dizer com isso?", "como pode fazer com que eu me apaixone de novo?", "ele realmente me ama apesar de me trair?", "será que ele mudou de verdade?". Não havia resposta para essas questões irritantes. No entanto, ela gostou de vê-lo se reaproximar. Parecia que Yang estava arrependido do que fez antes, mas S/n sabia que ainda havia algo na história que ela não sabia, mas descobriria cedo ou tarde.
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